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URINÁLISE
Fisiologia e Função Renal 
UROANÁLISE - exame físico-químico da urina 
UROANÁLISE – Análise de resultados 
1.1.6. Densidade
	* Índice de avaliação parcial da capacidade de concentração e diluição dos túbulos renais.
	* Concentração de solutos na urina depende: 
		- ingestão de água e sólidos
		- células tubulares
		- hormônio anti-diurético (HAD)
	* Densidade normal: 1,015 - 1,025
Densidade
 
Recém-nascido
1,012
Lactente
1,002 – 1,006
Adulto
1,002 – 1,035 (1,015 a 1,025)
1.1.6.2. Hiperestenúrias
	* Urina hiperdensa (densidade > 1,030)
	* Desidratação
		- febre, vômitos, diarréia, queimaduras
	* Substâncias que excedem o limiar renal
		- glicosúria: diabetes melito
		- proteinúria: sindrome nefrótica
	* Densidade: 
**** Útil para avaliar a capacidade de diluição renal .
****A perda desta característica é o primeiro sinal de DOENÇA TUBULAR RENAL.
UROANÁLISE – Análise de resultados 
	* O pH urinário determina:
		- existência de distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória
		- tratamento de patologia urinárias (infecções)
		- precipitação de substâncias inorgânicas, entre elas cristais e cálculos renais
	* o pH urinário depende:
		  da dieta alimentar:
			- dieta protéica - urina ácida
			- dieta vegetariana - urina alcalina
	* O controle do pH urinário com drogas e dieta servem para:
		- impedir a formação de cálculos 
		- ajudar na excreção de substâncias 				indesejadas
	* Alcalinização da urina por vegetais, NaCO3, citrato de potássio, acetazolamida:
		- excreção de salicilatos 
		- impedir a formação de cálculos de 				sulfamidas, ácido úrico, oxalato de cálcio e 			cistina.
UROANÁLISE – Análise de resultados 
UROANÁLISE – Análise de resultados 
 Hemoglobina
	* Hematúria 
	- distúrbios de origem renal ou genitourinária
	* Hemoglobinúria 
	- lise das hemácias no trato urinário
	- distúrbios hemolíticos
	* Normalmente a hemoglobina está ligada a haptoglobina (2 globulina) 
 causas:
	- transfusões de sangue incompatível
	- queimaduras extensas
	- púrpuras
	- válvulas cardíacas artificiais 
	- soluções hipotônicas
 Doenças renais com hematúria
	- cálculos
	- pielonefrites
	- glomerulonefrites
	- tumores
	- traumas
 Mioglobina
	* proteína transportadora de oxigênio no músculo 
	* a liberação de mioglobina ocorre na lesão do músculo cardíaco ou esquelético
	* a mioglobina é tóxica aos túbulos renais -
	* Mioglobinúria:
		- coma prolongado
		- esforço físico intenso
		- convulsões
		- trauma muscular
		- doenças musculares
		- infarto do miocardio
UROANÁLISE – Análise de resultados 
UROANÁLISE – Análise de resultados 
2.5. Glicosúria
	* é a presença de glicose na urina
		- Melitúria - presença de qualquer açúcar na 					urina
		- Pentosúria - ribose, xilulose
		- Hexosúria - glicose, galactose, frutose
		- Dissacaridúria: lactose, maltose
2.5.2. Limiar tubular de reabsorção de glicose: 160 - 180 mg/dl
2.5.3. Fontes de glicose sanguínea:
	* Origem exógena: 
		- digestão do amido, glicídeos da 				alimentação
	* Origem endógena: 
		- gliconeogênese
		- glicogenólise
Glicemia normal: toda glicose filtrada será 						reabsorvida
2.5.7. Glicosúrias endócrinas
	- Diabetes Mellitus - tipo I e II
	- Doenças do S.N.C. (tumor, hemorragia, asfixía, 									etc...)
	- Queimaduras
	- Stress, ansiedade
	- Alimentar
	- Drogas: corticóides, anticoncepcionais, 				diuréticos (tiazidas), anestesia geral.
UROANÁLISE – Análise de resultados 
UROANÁLISE – Análise de resultados 
2.6. Cetonas 
	* Metabolismo intermediário dos lipídios
		Lipídios Acetil CoA
 Ciclo de Krebs
			 Corpos cetônicos 
	* Corpos cetônicos
		- ácido acetoacético combustível para resp.
		- ácido -hidroxibutírico energia para o músc. 
 	- acetona cardíaco e sistema renal 
UROANÁLISE – Análise de resultados 
UROANÁLISE – Análise de resultados 
2.10.1. Colúria (bilirrubinúria):
	* bilirrubina conjugada no sangue > 2,0 mg/dl
	* pode aparecer na urina antes da icterícia (pele, 		mucosas)
	* concentração normal na urina ~ 0,03 mg/dl
2.10.2. Aumento da bilirrubina na urina
	* Icterícia obstrutiva (Pós-hepática):
		- colangite (inflamação dos canais biliares)
		- cálculos
		- neoplasias
UROANÁLISE – Análise de resultados 
2.11. Urobilinogênio
	* Produto da degradação da bilirrubina conjugada por ação de enzimas bacterianas na luz intestinal.
	* urobilinogênio urinário normal: ~2 mg/dl ou menos de 1 U Ehrlich/dl.
	* Variações das conc. de Urobilinogênio:
		- alteração na flora bacteriana intestinal (antibióticos) diminui urobilinogênio nas fezes e na urina.
		- obstrução intestinal (cólon) - aumenta urobilinogênio na urina, pois aumenta a absorção intestinal. 
	
UROANÁLISE – Análise de resultados 
Significado clínico da presença de nitrito
- Cistite
- Pielonefrite
- Avaliação da terapia com antibióticos
- Monitoração de pacientes com alto risco de infecção do trato urinário
1. Análise física
		* densidade (+ importante)
		* cor
		* aspecto
		* depósito
		* odor
		* volume (urina 24 horas)
 
2. Análise química
		* pH			* bilirrubina
		* glicose		* urobilinogênio
		* proteínas		* nitritos
		* cetonas		* hemoglobina
		* esterase
3. Análise do sedimento
		* preparo de lâmina: elementos por campo (100 e 400X)
		* câmara de contagem: elementos / ml de urina.
Exame do sedimento
- Contagem entre lâmina e lamínula
- Centrifugar o tubo contendo a urina a 1.500-2.000 rpm, durante 5 minutos.
- Passar o sobrenadante para outro tubo e diluir o sedimento até 0,5 ml com o próprio sobrenadante ou com solução fisiológica.
- Homogeneizar o sedimento.
- Colocar 20 micro litros do sedimento entre lâmina e lamínula (20x20).
- Observar ao microscópio inicialmente em pequeno aumento (100x) para observar a distribuição dos elementos e visualizar cilindros.
- Realizar a contagem em 400x.
- Contar no mínimo 10 campos microscópicos.
Exame do sedimento 
Elementos que devem ser contados: leucócitos, eritrócitos e cilindros (cada tipo separadamente). 
Observar toda a lâmina para contar os cilindros.
 Resultado: expressar os resultados como número de elementos por campo microscópico (por campo):
• < 1 por campo = Raros
 • 1 a 100 por campo = Muitos
 • > 100 por campo = Numerosos
Sedimento orgânico
Sedimento celular (ou elementos celulares)
	1. Células Epiteliais
			
	2. Leucócitos
	3. Hemácias
	4. Bactérias
	5. Leveduras
	6. Espermatozoides
	7- Muco
 8- Cilindros
2. Sedimento inorgânico
	1. Cristais
	2. Grânulos
2- Leucócitos
	- Número: até 5 por campo (400X)
		 até 7.000/mL
		 NORMAL		 Excesso	 Leucocitúria
	- Origem: desde o glomérulo até a uretra
	- Forma: Normal – esférica, neutrógilos
			Urina recente: núcleo lobulado e grânulos
			Urina não recente: sem núcleos
		Piócitos: com vacúolos, granulações e agrupados
Piúria (leucocitos degenerados na URINA)
	Ocorrência: em processos inflamatórios e irritativos crônicos renais.
Leucocitúria
	Ocorrência: infecções urinárias, sintomáticas com bacteriúria. Pielonefrite, cistite e uretrite.
3- Hemácias
	- Número: até 3 por campo (400X)
		 até 5.000/mL
		 NORMAL		 Excesso	 Hematúria
	- Origem: desde o glomérulo até a uretra
	-Tipos de hematúria
		- Microhematúria: aspecto límpido e sem modificação da cor. 			Teste positivo na fita. Ligado a patologias renais. Geralmente 							 hemácias dismórfica.
		- Macrohematúria: hemácias em grande quantidade. Cor e 			aspecto da urina alterados. Com repouso ou centrifugação = 			depósito de hemácias. Está associada à sangramento do trato 								 urinário inferior.- Classificação
	1. Doenças renais (associada com cilindros, proteína e hemoglobina):
		- hemácias dismórficas
		- microhematúria
		- cilindros hemáticos ou hemoglobínicos.
		Exs.: glomerulonefrite, nefrite lúpica e intersticial, nefrolitíase, 			IRA, tumores, tuberculose renal, rim policísitico, necrose tubular 								aguda.
	2. Doenças do trato urinário inferior:
		- macrohematúria
		- hemácias isomórficas
		- hemoglobina (+++)
		- pode não ter cilindros nem proteinúria
		Exs.: infecções agudas e crônicas (cistite, uretroprostatite), 			cálculos, tumores, inflamações e lesões do trato genitourinário, 				 cistite hemorrágica por medicamentos.
	3. Doenças extra renais:
		- Apendicite aguda
		- Tumor de cólon
4- Bactérias
	- Forma: cocos, bastões e em cadeias.
	- Normal: Não há bactérias nos rins e bexiga.
		Bactérias da uretra e vagina – Contaminação.
5- Fungos
	Forma: incolores, redondas ou ovais com dupla refringência. Podem aparecer gemuladas.
	Ocorrência: mais frequente – Candida spp.
	
5- Espermatozóides
	- Forma: corpo oval com cauda longa
	- Ocorrência: Em urina masculina após: convulsão, poluções noturnas, 						 enfermidade no trato genital.
6- Protozoários
	- A Trichomonas vaginalis é relativamente frequente tanto nas urinas das 	mulheres como na dos homens 
	
7- cilindros
Cilindros
Os cilindros são os únicos elementos exclusivamente renais encontrados no sedimento urinário.
Formam-se principalmente no interior da luz do túbulo contorcido distal e do ducto coletor, possibilitando a visão microscópica das condições existentes no interior dos néfrons.
8- Muco
 
O muco é um material proteico produzido por glândulas e células epiteliais do sistema urogenital.
Não é considerado clinicamente significativo e sua quantidade é maior quando há contaminação vaginal.
2. Sedimento inorgânico
Cristais
 É comum encontrar cristais na urina.
 Embora raramente tenham qualquer significado clínico, deve se proceder à sua identificação para se ter certeza de que não representam anormalidades.
 Os cristais são formados pela precipitação dos sais da urina submetidos a alterações de pH, temperatura ou concentração, o que afeta sua solubilidade.
 Os sais precipitados aparecem na urina na forma de cristais verdadeiros ou de material amorfo, que também se inclui na categoria de cristais urinários.
Cristais 
Cálculos Renais
 A análise dos cálculos renais excretados é importante no tratamento do paciente.
 Aproximadamente 75% deles contêm oxalato de cálcio, sendo possível evitar formações futuras através de mudanças na dieta.

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