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Diagnóstico e Manejo da Hemorragia Pós-parto (HPP) Definição: perda de sangue até 24h pós-parto > 500ml (parto normal) ou > 1000ml (cesárea). Ou paciente com sangramento genital importante que apresenta instabilidade hemodinâmica. A HPP é grave quando a perda de sangue é > 1L. CLASSIFICAÇÃO Primária: nas primeiras 24h Secundária: 24h – 6 semanas pós-parto FATORES DE RISCO Anteparto: Pré-natal inadequado (não identifica risco previamente) Abordagem inadequada de anemia e distúrbios da coagulação Inadequado manejo pré-natal dos aumentos pressóricos Não avaliação do risco de acretismo placentário em gestantes com cesariana prévia Multiparidade Parto: Trabalho de parto prolongado (fadiga muscular atonia uterina) Altas taxas de cesariana Partos em ambientes com ausência de estrutura Não considerar risco de acretismo placentário Pós-parto Não uso da profilaxia com ocitocina Ausência de monitoramento materno adequado Ausência de avaliação imediata de puérperas com sinais iniciais de HPP Ausência de ação diante da suspeita e/ou diagnóstico de HPP Não inclusão dos familiares no processo de monitoramento pós-parto A maioria dos casos de HPP ocorrem em pacientes sem fator de risco! PREVENÇÃO DA HPP Manejo ativo do terceiro período do trabalho de parto: Uso de ocitocina para todas as pacientes Clampeamento do cordão de 1 a 3 minutos Tração controlada do cordão umbilical Vigilância/massagem uterina após dequitação a cada 15 minutos nas primeiras 2 horas Outras medidas adicionais: Uso racional de ocitocina no trabalho de parto Episiotomia seletiva Evitar manobra de Kristeller Estimular o contato pele a pele coma mãe na primeira hora de vida Ácido tranexâmico nos partos de alto risco (antifibrinolítico) ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO Baixo Ausência de cicatriz uterina, gravidez única, ≤ 3 partos vaginais prévios, ausência de distúrbios da coagulação Manejo ativo do 3º estágio, observação rigorosa Médio História prévia de HPP, cesariana ou cirurgia prévia, ≥ 4 partos vaginais, obesidade, corioamnioite, indução de parto, DHEG, gestação múltipla Manejo ativo, avaliar acesso venoso e tipagem sanguínea Alto Placenta prévia, acretismo placentário, DPP, pré-eclâmpsia grave, coagulopatias Manejo ativo, acesso venoso, tipagem sanguínea, prova cruzada, reserva de sangue DIAGNÓSTICO E ESTIMATIVA DA PERDA VOLÊMICA Índice de choque = FC/PAS Se IC ≥ 0,9: alta chance de transfusão de sangue TRATAMENTO Deve ser baseado na causa específica da hemorragia: 4 Ts Intercorrência FR Tônus Atonia uterina 70% Trauma Lacerações, hematomas, inversão e rotura uterina 19% Tecido Retenção de tecido placentário, coágulos, acretismo placentário 10% Trombina Coagulopatias e uso de anticoagulantes 1% Atonia uterina: Ocitocina Massagem bimanual Balão de tamponamento intrauterino por 24h se Falha de terapia medicamentosa Paciente tiver que ser transferida Ácido tranexâmico 1g em 10 min Sutura compressiva de B-Lynch Sutura compressiva de Cho Trauma: Pesquisar a causa e afastar a possibilidade de lacerações de trajeto Sutura das lacerações Buscar hematomas avaliar exploração cirúrgica Inversão uterina manobra de taxe se falha laparotomia. A inversão está relacionada com atonia, portanto devem ser realizadas as suturas compressivas profiláticas Rotura uterina laparotomia Diagnóstico: avaliar presença de todos os cotilédones na placenta, palpação intraútero Tecido: sobra de restos ovulares Demora na dequitação considerar acretismo placentário histerectomia ou curetagem Trombina: identificar qual agente causador da coagulopatia e tratar de acordo
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