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BRUNA RIBAS DURAU LAERTE APARECIDO DE CAMARGO LIZE MARIE DROBNIESKI FERREIRA RENATO MORAIS GUEDES ROBERTO DE MORAIS GUEDES THAYNA RODRIGUES SORENDINO VINÍCIUS AMÂNCIO BAIOCO DISCIPLINA: FISIOLOGIA GERAL PROFA. JANAÍNA KOHL BARBIERO DE SOUZA TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA - TEA Nomenclaturas que vem sendo utilizadas são: -Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome do Espectro Autista (SEA) ou simplesmente autismo. Por ser um conjunto de comportamentos que afeta cada indivíduo de modo e grau diferente, com uma ampla variedade. numa graduação que vai da mais leves à mais grave. A nomenclatura atual é “Transtorno do Espectro do Autismo” (TEA). Transtorno do espectro autista – TEA É um transtorno neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não verbal e comportamento restrito e repetitivo. Alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade. TEA engloba “transtornos” antes chamados de - autismo infantil precoce; - autismo infantil; - autismo de Kanner; - autismo de alto funcionamento; - autismo atípico; - transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação; - transtorno desintegrativo da infância ou Síndrome de Heller; - transtorno de Asperger. Contexto histórico 1943 – Publicação do médico Leo Kanner - “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo” 1944 – Estudo de Hans Asperger -“A psicopatia autista na infância”. 1952 – Associação Americana de Psiquiatria publica a primeira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais (DSM-1). Desde então, ocorreram várias atualizações, tendo a mais recente 2013, DSM-5. Anos 50 e 60 – houve muita confusão sobre a natureza do autismo, e a crença mais comum era de que o distúrbio seria causado por pais emocionalmente distantes. 1978 – O psiquiatra Michael Rutter classifica o autismo como um distúrbio do desenvolvimento cognitivo. 1981 – psiquiatra Lorna Wing desenvolve o conceito de autismo Síndrome de Asperger. 1988 – psicólogo Ivar Lovaas publica um estudo sobre terapia comportamental intensiva. 1988 – Filme Rain Man torna-se um dos primeiros filmes comerciais a caracterizar um personagem com autismo. Síndrome de Savant 1994 – Equivalência da DSM-4 e da CID-10 para não haver mais confusão. A Síndrome de Asperger é adicionada ao DSM. 1998 - A revista Lancet publicou um artigo do cientista Andrew Wakefield, no qual afirmava que algumas vacinas poderiam causar autismo. 2007 - A ONU instituiu o dia 2 de abril como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. 2012 - É sancionada, no Brasil, a Lei Berenice Piana (12.764/12), que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. 2013 - O DSM-5 passa a abrigar todas as subcategorias do autismo em um único diagnóstico: Transtorno do Espectro Autista (TEA). 2014 - O maior estudo já realizado sobre as causas do autismo revelou que os fatores ambientais são tão importantes quanto a genética para o desenvolvimento do transtorno. 2015 - A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (13.145/15) cria o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que aumenta a proteção aos portadores de TEA De acordo com o quadro clinico o TEA pode ser classificado em: ● Autismo clássico ● Autismo de alto desempenho (também chamado de síndrome de Asperger): ● Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação Os indivíduos são considerados dentro do espectro do autismo (dificuldade de comunicação e de interação social), mas os sintomas não são suficientes para incluí-los em nenhuma das categorias específicas Os portadores apresentam as mesmas dificuldades dos outros autistas, mas numa medida bem reduzida. São verbais e inteligentes. Tão inteligentes que chegam a ser confundidos com gênios Grau de comprometimento pode variar de muito. De maneira geral, os indivíduos são voltados para si mesmos, não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente; conseguem falar, mas não usam a fala como ferramenta de comunicação. Três características que podem manifestar- se em conjunto ou isoladamente: ► Dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos; ► Dificuldade de socialização; ► Padrão de comportamento restritivo e repetitivo. Os principais níveis do TEA - Nível Leve - Nível médio ou moderado; - Nível grave ou severo. 30% e 40% das pessoas são de autismo leve e asperger; 60% a 70% das pessoas tem autismo moderado e severo; Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Autismo Empilhar, enfileirar ou reorganizar objetos repetidamente é um comportamento típico de crianças com autismo. Estudo epidemiológico A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo, sendo 2 milhões somente no Brasil. Estima-se que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças tem transtorno do espectro autista. Com prevalência cinco vezes maior em meninos, embora ainda não se tenha uma explicação científica para isso. Estudos epidemiológicos realizados nos últimos 50 anos, a prevalência de TEA parece estar aumentando globalmente. ►incluindo aumento da conscientização sobre o tema; ► a expansão dos critérios diagnósticos; ► melhores ferramentas de diagnóstico; ►aprimoramento das informações reportadas. Explicações possíveis para esse aumento TEA: ETIOLOGIA (CAUSA) DO TEA Sua etiologia ainda é desconhecida, entretanto, a tendência atual é considerá- la como uma síndrome de origem multicausal envolvendo fatores genéticos, neurológicos e sociais da criança. Fatores que aumenta a probabilidade do Autismo: ● Gênero ● Pais mais velhos ● Genética ● Parentes autistas ● Fator ambiental ● Saúde e cuidados Gerais da mãe durante a gravidez ● Uso de medicamentos inadequados durante a gravidez SINTOMAS DO TEA Os sintomas do espectro autista, em geral, eles são observados desde a infância, porém existem vários tipos e níveis, que muitas vezes o problema pode se alastrar até a vida adulta. ● Entre 8 a 10 meses, a criança autista pode apresentar falta de resposta quando for chamada e desinteresse com as pessoas ao redor; ● Apresentam dificuldades em participar de brincadeiras em grupo; ● Crianças com autismo podem não balbuciar e nem aprender a comunicar com gestos; ● Atraso anormal na fala; ● Comportamentos repetitivos e incomuns são sintomas clássicos; ● Quando adultos, os autistas podem se tornarem obsessivos por determinados temas, como datas, números ou assuntos; Podemos citar como sintomas, de forma geral: Outros autistas podem apresentar como: - o acessos de raiva, - hiperatividade ou excesso de passividade, - necessidade intensa de repetição, - baixa capacidade de atenção, - movimentos corporais repetitivos, - dificuldades para lidar com determinados ruídos, - aumento ou diminuição da resposta à dor e falta de empatia. Alguns mitos sobre autismo – Mãe Geladeira - culpabilizando os pais (principalmente as mães) das crianças com Autismo por seremmuitos “frios”, pouco afetuosos com seus filhos e assim a criança se tornava Autista. - Todo autista tem talentos fora do comum - Muitas pessoas ainda insistem em enxergar o autismo como um sinal de que a criança é superdotada. - Vacinas podem causar autismo - não há nenhuma comprovação científica que ligue o transtorno do espectro autista a vacinas como sarampo, caxumba ou rubéola. DIAGNÓSTICO ● O diagnóstico do TEA é clínico. ● Baseado em sinais, sintomas, entrevista com os pais e responsáveis, observação direta do comportamento. ● Levando em conta os critérios do DSM-5 (manual de diagnóstico e estatística da sociedade Norte- Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (classificação internacional de doenças da OMS). Características do autismo que podem ajudar no diagnóstico: - Relacionamento interpessoal afetado; - Riso inapropriado; - Não olhar nos olhos; - Frieza emocional; - Poucas demonstrações de dor; - Acessos de raiva; - Gostar de brincar sempre com o mesmo brinquedo ou objeto; - Dificuldade em focar-se numa tarefa simples e concretizá-la; - Prefere ficar só do que brincar com outras crianças; - Aparentemente não ter medo nenhum de situações perigosas; - Ficar repetindo palavras ou frase em locais inapropriados; -Não responde quando é chamado pelo nome como se fosse surdo; - Dificuldade em expressar seus sentimentos com fala ou gestos. O TEA não tem cura, portanto, a detecção precoce é fundamental para reduzir os sintomas e melhorar a vida da criança. Segundo os especialistas o rastreamento do autismo deve começar a partir do 16º mês de vida A importância do diagnóstico precoce A importância do Estímulo TRATAMENTO O autismo não tem cura, pois não é uma doença, e sim uma condição neurológica. Ainda não se conhece a cura definitiva para o transtorno do espectro do autismo. TRATAMENTO Da mesma forma não existe um padrão de tratamento que possa ser aplicado em todos os portadores do distúrbio. Cada paciente exige um tipo de acompanhamento específico e individualizado. Técnica cientificamente comprovada para o tratamento: ● ABA – Terapia comportamental; ● Teacch – Terapia comportamental; ● PECS – método comunicação alternativas. Terapias indicadas para acompanha a pessoa com TEA Fonoaudiologia Ocupacional Musicoterapia Psicoterapia Psicomotricidade Equoterapia Psicoterapia Remédios Apesar de não existirem remédios específicos para tratar e curar o autismo, o médico poderá indicar medicamentos que podem combater sintomas relacionados ao autismo como agressão, hiperatividade, compulsividade e dificuldade para lidar com a frustração, como por exemplo clozapina, risperidona e aripiprazol. Outro tratamentos ● a alimentação - Alguns alimentos podem intensificar os sintomas como a farinha de trigo, o leite e a soja. Grande parte dos autistas apresentam uma deficiência enzimática que inibe a digestão destes alimentos. ● Internação Tratamento para autismo severo Matéria da reportagem Profissão Repórter Jovens com autismo severo recebem transtorno em fundação especializada - FADA Quanto mais cedo o autista for adequadamente tratado, com estímulos apropriados, maiores as chances de ele vir a obter mais autonomia e independência. Autismo no cinema Síndrome de Savant Síndrome de Asperger The Big Bang Theory (Sheldon) The Good Doctor (Dr. Shaun Murphy) Filme Rain Man, 1988. Personagem Raymond (Dustin Hoffman) Com Síndrome de Savant Concluí-se que tem aumentando muito o número de TEA. A grande contribuição é das melhores ferramentas de diagnóstico e da conscientização do tema. Os estudos demonstram, a identificação precoce dos sinais e dos sintomas de risco para o desenvolvimento do TEA é fundamental REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LEBOYER, Marion. Autismo Infantil: fatos e modelos. – 2ª Ed.- Campinas, SP: Papirus, 1995. LOPES, Ana Maria Costa da Silva, ET AL. Transtorno do Espectro do Autismo. Rio de Janeiro: SBP, 2019. MELLO, Ana Maria S, ET AL. Retratos do autismo no Brasil. São Paulo:AMA, 2013. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Autismo: orientação para os pais / Casa do Autista. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. MORAL, Adriana, ET AL. Entendendo o autismo. São Paulo: SANTANDER/USP/FUSP, 2017. PINTO, RNM, Torquato IMB, Collet N, Reichert APS, Souza Neto VL, Saraiva AM. Autismo infantil: impacto do diagnóstico e repercussões nas relações familiares. Rev Gaúcha Enferm. 2016 set;37(3):e61572. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1983- 1447.2016.03.61572 Obrigado!
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