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SEMINÁRIO TEMÁTICO V - ATIVIDADE 02 - DANIELA MARQUES COELHO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL 
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA 
Curso de Graduação em Administração Pública 
 
 
 
 
 
ACADÊMICA: DANIELA MARQUES COELHO 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO TEMÁTICO V 
ATIVIDADE A DISTÂNCIA II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Grande - MS 
Outubro/2019 
 
 
Questão Proposta 
 
Entre os anos 1980 e 2004, a economia brasileira teve seu 
desempenho marcado por taxas de crescimento 
reduzidas, inferiores ao seu potencial, e insuficientes para 
permitir a expansão da renda e do emprego no ritmo requerido 
para o adequado enfrentamento da exclusão e da desigualdade 
no País. 
Esse desempenho refletiu uma instabilidade recorrente, 
segundo a qual os momentos de aceleração no período tiveram 
de ser precocemente interrompidos por políticas restritivas, 
orientadas para enfrentar desequilíbrios macroeconômicos de 
natureza diversa – descontrole inflacionário, vulnerabilidade 
externa, desequilíbrio fiscal-financeiro –, o que inviabilizou, até 
recentemente, a obtenção de uma trajetória sustentável de 
crescimento. 
Para superar essa condição, seria necessário conferir maior 
potência à Política Industrial, por meio da ampliação da sua 
abrangência, do aprofundamento das ações já iniciadas e da 
consolidação da capacidade de desenhar, implementar e avaliar 
políticas públicas. O êxito da Política de Desenvolvimento 
Produtivo (PDP), lançada em 2008, dependia da sua capacidade 
de mobilizar o setor produtivo nas direções propostas. 
A partir do vídeo, dos slides de apresentação e do 
guia da Política de Desenvolvimento Produtivo (disponíveis na 
aba Material de Apoio) desenvolva um texto dissertativo 
apontando os aspectos que mais chamaram sua atenção. Nesse 
sentido, destaque uma macrometa da política que você acredita 
que seria a mais viável de ser alcançada. Por fim, apresente o 
setor mais relevante para o desenvolvimento industrial (presente 
na PDP) na sua opinião. Justifique com base nas referências 
bibliográficas indicadas. 
. 
 
 
 
A Política de Desenvolvimento Produtivo lançada pelo governo em maio de 2008, 
foi anunciada como a mais abrangente política industrial adotada no Brasil nas últimas 
décadas, sendo que, sua prioridade visava o aumento nas exportações através de 
ações voltadas para uma maior diversificação de segmentos industriais. Um dos 
diferenciais do PDP, foi que sua construção se deu em parceria com o setor industrial, 
vez que, foram realizadas reuniões e consultas iniciais ao setor privado para identificar 
e elaborar as ações necessárias à viabilização dos seus objetivos, fortalecendo assim 
à interlocução com o empresariado, o que é fundamental para a operacionalização da 
Política de Desenvolvimento Produtivo. Para trazer efetividade para o PDP, foram 
estipuladas 04 macrometas: 
- Ampliar a participação do investimento no PIB: de 17,6% em 2007 (R$ 450 
bilhões) para 21% em 2010 (R$ 620 bilhões), o que representa um crescimento anual 
médio de 11,3% entre 2008-2010; 
- Estimular a inovação ao elevar a participação dos gastos privados de P&D no 
PIB: de 0,51% em 2005 (R$ 11,5 bilhões) para 0,65% em 2010 (R$ 18,2 bilhões), 
alcançando um crescimento anual médio de 9,8% entre 2007-2010; 
- Aumentar a participação das exportações brasileiras no total das exportações 
mundiais: de 1,18% em 2007 (R$ 160,6 bilhões) para 1,25% em 2010 (R$ 208,8 
bilhões), um crescimento anual médio de 9,1% entre 2007-2010; 
- Aumento do número de MPEs (médias e pequenas empresas) Exportadoras: 
aumento de 10% em relação às 11.792 de MPEs existentes em 2006, ou ainda, 12.971 
MPEs exportadoras em 2010. 
Dessas 04 macrometas, a segunda, seja talvez a mais possível de ser 
alcançada, vez que, há décadas, os investimentos do governo em pesquisas e 
inovações são irrisórios, assim, estabelecer uma meta para o dispêndio privado em 
pesquisa e desenvolvimento (P&D) parece ser uma decisão acertada. Como seu 
objetivo é captar os investimentos das empresas em atividades sistemáticas, 
destinadas a ampliar o estoque de conhecimentos e seu uso em novas aplicações, 
além de produzir conhecimento novo, os investimentos em P&D das empresas 
aumentam sua capacidade de assimilar e explorar conhecimentos desenvolvidos 
externamente e empreender esforços inovadores, trazendo assim, inúmeros 
benefícios para a indústria brasileira. 
Nesse sentido, o setor mais relevante para o desenvolvimento industrial, com 
base no PDP, é o de biotecnologia, pois, é fato que precisamos melhorar a forma 
 
 
como exploramos os recursos naturais, vez que, toda cadeia produtiva depende 
desses recursos. Assim, o desenvolvimento de novas tecnologias para o melhor 
aproveitamento ou ainda o reaproveitamento de matérias primas, seria algo inovador 
e colocaria o Brasil em lugar de destaque no cenário internacional. 
O complexo processo de globalização produtiva e financeira condiciona de forma 
determinante as estratégias empresariais e corporativas, ao mesmo tempo em que 
compromete profundamente a capacidade dos governos de desenvolver políticas 
nacionais de fortalecimento da competitividade industrial. 
Em contrapartida, o contexto de acirrada concorrência no comércio internacional 
impõe a necessidade de um aumento considerável na seletividade dos instrumentos 
de política industrial, exigindo do Estado um papel central na mobilização e articulação 
dos recursos produtivos, tecnológicos, financeiros e organizacionais/institucionais 
requeridos para a viabilização de blocos de investimentos que, por sua vez, são 
determinantes da maior ou menor capacidade de resposta das empresas, dos setores 
e do país aos desafios impostos pelo novo quadro. 
Por isso acreditamos, que o fortalecimento do setor de Biotecnologia, traria um 
lugar de destaque ao Brasil no cenário comercial internacional, devendo, portanto, ser 
prioridade do governo federal o investimento em políticas de desenvolvimento de 
tecnologias e gerando assim atratividades para esse setor. 
 
Referências Bibliográficas 
 
DOS SANTOS, R. J. Política Industrial de Inovação: uma reflexão a partir da 
experiência brasileira no período 1951 a 2011. 2019, 16p. 
FERRAZ, J. C.; DE PAULA, G. M.; KUPFER D. Política Industrial. In: HASENCLEVER, 
L; KUPFER, D. (orgs.) Economia industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. 
1ª Ed., Rio de Janeiro: Campus, 2003. 
KUPFER, D. Política industrial. In: Econômica. 2003 Dec;5(2):91-108.

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