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Coautores Arnaldo Lopes Colombo Médico Infectologista e Professor Titular da disciplina de Infectologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Pesquisador IA do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Membro do Conselho Internacional da International Immunocompromised Host Society. Consultor Internacional do Global Action Fund for Fungal Infection (GAFFI) e da Leading International Fungal Education (LIFE). Antonio Carlos Campos Pignatari Médico pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) com residência em Clínica Médica e Infectologia pela Unifesp. Professor Livre-docente e Titular da disciplina de Infectologia do Departamento de Medicina da Unifesp. Celso Francisco Hernandes Granato Médico pela Universidade de São Paulo (USP) com Residência Médica em Infectologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Mestre em Infectologia pela FMUSP e Doutor pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Professor Livre-docente da Unifesp e responsável pelo Laboratório de Virologia Clínica da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Marcelo Simão Ferreira Professor Titular de Infectologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) de 2010 a 2014. Ricardo Sobhie Diaz Professor-associado e Livre-docente da disciplina de Infectologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Residência Médica em Clínica Médica com área de concentração em Infectologia. Mestrado e Doutorado em Infectologia pela EPM/Unifesp. Pós- doutorado em Biologia Molecular no Blood Systems Research Institute pela University of Berkeley, Berkeley, Califórnia, EUA. Colaboradores Adauto Castelo Filho Médico pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com Residência Médica em Clínica Médica e em Infectologia pela Unifesp. Mestre em Epidemiologia Clínica pela Universidade McMaster, Ontário, Canadá. Doutor em Infectologia pela Unifesp. Pós-doutorado na Universidade da Pensilvânia, EUA. Professor-associado da Unifesp. Adriana Macêdo Dell’Aquila Médica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) com Residência Médica em Infectologia pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), São Paulo. Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Médica Infectologista da Unifesp. Membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e da European Bone and Joint Infection Society. Aércio Sebastião Borges Médico pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Residência Médica em Clínica Médica pela UFU e em Infectologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP/USP). Mestre em Doenças Infecciosas pela FMRP/USP. Professor do Departamento de Clínica Médica da Disciplina de Infectologia da UFU. Agda do Carmo P. Vinagre Braga Farmacêutica Bioquímica pela Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo). Supervisora do Setor de Microbiologia do Laboratório Central do Hospital São Paulo da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Alexandre Leite de Souza Médico pela Universidade de Santo Amaro (Unisa). Infectologista pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER). Mestre pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Aluisio Cotrim Segurado Diretor Técnico da Divisão Clínica de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Ana Cristina Gales Professora Adjunta da disciplina de Infectologia do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Coordenadora-geral do Comitê Brasileiro de Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (BrCAST). Coordenadora do Comitê de Resistência Bacteriana da Sociedade Brasileira de Infectologia. Pesquisadora IA do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Residência Médica, Mestrado e Doutorado em Infectologia no Departamento de Medicina da EPM/Unifesp. Ana Maria Passos-Castilho Farmacêutica Bioquímica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com Habilitação em Análises Clínicas e Especialização em Hematologia pela UFSC. Mestre em Farmácia e Análises Clínicas pela UFSC. Doutora em Ciências (Infectologia e Virologia Clínica) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Pós-doutorado pela Université du Québec à Montréal (UQAM). André Mario Doi Médico pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Medicina de Sorocaba, com Residência Médica em Patologia Clínica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Médico do Setor de Microbiologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Médico-assistente da Seção de Biologia Molecular da Divisão do Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Doutorando da disciplina de Medicina Translacional da Unifesp. Angel Arturo Escobedo Carbonell Médico pela Universidad de Ciencias Médicas de La Habana com Especialização em Microbiologia e Parasitologia e Mestrado em Epidemiologia no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri. Mestrado em Jornalismo na Universidad de La Habana. Professor-adjunto do Departamento de Meios Diagnósticos da Facultad de Ciencias Médicas Comandante Manuel Fajardo, Havana, Cuba. Anna Sara Levin Professora-associada do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Antonia M. O. Machado Médica pela Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto. Mestrado e Doutorado em Medicina pela disciplina de Infectologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Coordenadora Técnica do Laboratório Central do Hospital São Paulo da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Professora-afiliada da EPM/Unifesp. Antonio Eduardo Benedito Silva Médico pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) com Residência Médica em Clínica Médica e Gastrenterologia pela EPM/Unifesp. Mestre em Gastrenterologia e Doutor em Medicina pela EPM/Unifesp. Professor-associado de Gastrenterologia da EPM/Unifesp. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Hepatologia. Beatriz Tavares Costa Carvalho Médica com Residência Médica em Pediatria pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mestrado e Doutorado em Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Professora Livre- docente da disciplina de Alergia, Imunologia Clínica e Reumatologia do Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Benedito Antonio Lopes da Fonseca Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Residência Médica em Infectologia (Moléstias Infecciosas e Parasitárias) pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Mestrado e Doutorado pela Faculdade de Medicina da Yale University. Professor Livre-docente do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP/USP). Camila C. H. Aquino Médica pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM), com Residência Médicae Mestrado em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Clinical Fellowship na University of Toronto (Canadá). Professora de Neurologia da University of Utah School of Medicine (EUA). Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia Carlos Alberto Pires Pereira Médico pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), com Residência Médica em Clínica Médica e Doenças Infecciosas e Parasitárias pela EPM/Unifesp. Mestre e Doutor em medicina pela EPM/Unifesp e Médico da disciplina de Infectologia da Unifesp. Carolina Devite Bittante Médica pela Faculdade de Medicina de Valença com especialização em Infectologia pelo Hospital Santa Marcelina. Médica do Grupo de Infecção em Transplante de Órgãos Sólidos do Hospital Israelita Albert Einstein. Médica da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Marcelina. Cecilia Helena Vieira Franco de Godoy Carvalhaes Médica Patologista Clínica. Doutorado em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Coordenadora Médica do Setor de Microbiologia na disciplina de Medicina Laboratorial da Unifesp. Claudio Cirenza Médico pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Residência Médica, Mestrado e Doutorado em Cardiologia pela Unifesp. Médico-assistente da disciplina de Cardiologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Daisy Maria Machado Médica com Residência Médica em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Fogarty Fellowship na Universidade da Califórnia, San Francisco (UCSF). Doutora em Medicina pela disciplina de Infectologia Pediátrica do Departamento de Pediatria da Unifesp. Pós-doutorado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp). Professora-adjunta do Departamento de Pediatria da Unifesp. Daniel Abensur Athanazio Médico com Especialização em Patologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre e Doutor em Patologia Humana pela UFBA/Fundação Oswaldo Cruz. Professor da UFBA. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP). Daniel Wagner de Castro Lima Santos Médico pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) com Residência Médica em Infectologia pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) de São Paulo. Mestre em Infectologia e Doutorando pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Médico Infectologista do Hospital do Rim da Unifesp. Integrante do Grupo de Micologia Clínica da Unifesp e do Laboratório Especial de Micologia (LEMI). Membro da Sociedade Brasileira de Infectologia e da Sociedade Internacional de Micologia Médica e Animal (ISHAM). Daniela Santoro Rosa Professora-adjunta do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Disciplina de Imunologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). David Salomão Lewi Médico pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mestre e Doutor em Doenças Infecciosas e Parasitárias e Professor-associado de Infectologia da Unifesp. Diogo Boldim Ferreira Médico com Residência Médica em Infectologia pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Mestrando em Infectologia pela EPM/Unifesp. Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros Professor Livre-docente da disciplina de Infectologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital São Paulo da EPM/Unifesp. Pesquisador e Líder do Grupo de Pesquisa de Epidemiologia Hospitalar do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Presidente da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), gestão 2017– 2018. Eliézer Silva Diretor de Medicina Diagnóstica e Ambulatorial da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein. Educação Executiva na Harvard Business School. Livre-docente da Universidade de São Paulo (USP). Emiliana Pereira Abrão Doutora pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP/USP) pelo Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada, Departamento de Bioquímica e Imunologia. Pós-doutorado na Faculté de Medecine Pierre et Marie Curie -Sorbonne Univesités, Paris, França. Pós- dutorado na Nottingham University, Nottingham, Inglaterra. Erika Ferrari Rafael da Silva Médica pela Universidade de Santo Amaro (Unisa) com Residência Médica em Doenças Infecciosas e Parasitárias pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Pós-doutorado pelo Hospital Saint-Louis, Paris, França. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Fernando Gatti de Menezes Médico pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), campus Sorocaba, com Residência Médica em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Especialista em Clínica Médica e área de atuação em Urgência pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM). Pós-graduação lato sensu em Gestão de Saúde (Certificate in Healthcare Management) pelo Instituto de Ensino Superior em Negócios, Direito e Engenharia (Insper). Mestre em Ciências na disciplina de Infectologia da Unifesp. Flávia Cristina de Lima Pinto Neurologista e Neurologista Infantil. Mestrado em Neurologia Infantil pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Flavio de Queiroz Telles Filho Médico Infectologista. Mestre em Doenças Tropicais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Doutor em Doenças Infecciosas pela Universidade São Paulo (USP). Professor-associado do Departamento de Saúde Comunitária do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e da Sociedade Internacional de Micologia Humana e Animal (ISHAM). Gilberto Turcato Junior Médico com Residência Médica em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mestre e Doutor em Medicina pela disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Departamento de Clínica da Unifesp. Médico da disciplina de Infectologia da Unifesp. Infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Gisele Cristina Gosuen Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Infectologista da disciplina de Infectologia da Unifesp e do Centro de Referência e Treinamento em ISTs, AIDS e Hepatites Virais de São Paulo. Membro do Comitê de Comorbidades da Sociedade Brasileira de Infectologia. Guilherme de Sousa Ribeiro Médico pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) com Residência Médica em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mestre em Epidemiologia pela Harvard School of Public Health e Doutor em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa pelo Instituto Gonçalo Moniz da Fundação Oswaldo Cruz (IGM/Fiocruz). Professor-associado do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) e Pesquisador em Saúde Pública do IGM/Fiocruz. Pesquisador nível II do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Guilherme Henrique Campos Furtado Médico com Residência Médica em Clínica Médica pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e em Infectologia pelo Hospital São José da Escola de Saúde Pública, Fortaleza, Ceará. Mestre e Doutor em Infectologia pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Pós- doutorado pelo Center for Anti-infectiveResearch and Development, Hartford Hospital, Hartford, CT, EUA. Médico-assistente e Professor do curso de Pós- graduação da disciplina de Infectologia da EPM/Unifesp. Infectologista do Hospital do Coração (HCor). Gustavo Henrique Johanson Médico pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) com Residência Médica em Infectologia pela Unifesp. Mestre em Medicina Tropical e Saúde Internacional pela London School of Hygiene and Tropical Medicine da Universidade de Londres. Especialista em Clínica Médica e Medicina de Urgência pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica. Especialista em Medicina Tropical e Higiene pelo Royal College of Physicians of London. Especialista em Medicina de Viagem pela Sociedade Internacional de Medicina de Viagem. Hélio Rodrigues Gomes Doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Coordenador do Serviço de Doenças Infecciosas do Sistema Nervoso do Hospital das Clínicas da FMUSP (HCFMUSP). Responsável pelo Laboratório de Líquido Cefalorraquidiano da Divisão do Laboratório Central do HCFMUSP. Médico do Centro de Investigações em Neurologia (LIM-15) da FMUSP. Henrique Pott Junior Médico pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) com especialização em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Doutorando em Infectologia pela Unifesp. Ieda Maria Longo Maugéri Professora Associada da disciplina de Imunologia do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Jade Cury-Martins Médica com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Doutora pela Unifesp. Médica-assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Internacional de Linfomas Cutâneos (ISCL). James Venturini Biólogo pela Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Bauru. Mestre e Doutor em Doenças Tropicais pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp). Pós- doutorado pela Rheinisch-Westfälische Technische Hochschule (RWTH- Aachen), Alemanha. Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Doenças Tropicais da FMB/Unesp. Jorge Figueiredo Senise Médico Infectologista e Doutor em Medicina Interna da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). José Roberto Mineo Biomédico e Mestre em Microbiologia e Imunologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Doutor em Ciências, área de Microbiologia e Imunologia, pela Universidade de São Paulo (USP). Visiting Professor of Microbiology, Dartmouth Medical School, NH, EUA. Professor Visitante da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP/USP). Professor Titular de Imunologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Coordenador da área de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC). José Salvador Rodrigues de Oliveira Médico pela Universidade Federal de Goiás. Residência Médica em Hematologia e Hemoterapia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mestrado e Doutorado em Hematologia e Hemoterapia pela Unifesp. Pós- doutorado em Transplante de Células-tronco Hematopoéticas pelo Fred Hutchinson Cancer Research Center, Universidade de Washington, Seattle, WA, EUA. Professor-associado de Hematologia e Hemoterapia do Departamento de Oncologia Clínica e Experimental da Unifesp. Julia Maria Costa-Cruz Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), São Paulo. Mestre em Imunologia pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Doutora em Microbiologia e Imunologia pela Universidade de São Paulo (USP). Professora Titular da disciplina de Parasitologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Representante da Sociedade Brasileira de Parasitologia (SBP), Regional Triângulo Mineiro. Juliana Oliveira da Silva Médica com Residência Médica em Infectologia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e em Infectologia Hospitalar pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Doutoranda pela disciplina de Infectologia da Unifesp. Médica do Hospital Universitário da Unifesp e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Katia Akemi Kiyota Bióloga pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Mestre em Ciências pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Lauro F. S. Pinto Neto Médico com Residência Médica em Clínica Médica e Doutor em Doenças Infecciosas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Professor da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Infectologia. Luci Corrêa Médico pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo com Residência Médica em Clínica Médica pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Mestre e Doutora em Doenças Infecciosas pela Unifesp. Especialização em Infectologia pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Médica da disciplina de Infectologia da Unifesp. Luis Fernando Aranha Camargo Médico com Mestrado em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade de São Paulo (USP). Professor-adjunto da disciplina de Infectologia da Unifesp. Marcelo N. Burattini Livre-docente em Infectologia. Professor-adjunto Livre-docente de Infectologia na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) e Professor-associado de Informática Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Maria Aparecida Shikanai Yasuda Médica pela Universidade de São Paulo (USP) com Residência Médica em Pediatria pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP/USP). Mestre, Doutora, Professora-associada e Professora Titular de Doenças Infecciosas pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI). Maria Cristina Carvalho do Espírito Santo Médica pela Escola de Ciências Médicas do Centro Universitário de Volta Redonda, da Fundação Oswaldo Aranha (Uni-FOA), Rio de Janeiro, com Residência Médica em Clínica Pediátrica pelo Hospital da Companhia Siderúrgica Nacional, Volta Redonda (RJ). Mestre e Doutora em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Professora da disciplina de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina do Centro Universitário da Fundação Oswaldo Aranha (UniFOA). Membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Maria Daniela Bergamasco Médica e Infectologista pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Mestre em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Maria da Conceição Milanez Médica e Mestre em Ciências Fisiológicas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Professora Aposentada de Patologia da Ufes e da Escola Superior de Ciências da Santa Casade Misericórdia de Vitória (EMESCAM). Maria Isabel de Moraes Pinto Médica com Residência Médica em Pediatria pela Universidade de São Paulo (USP) e Especialização em Infectologia Pediátrica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Livre-docente pela Unifesp. Professora do Departamento de Pediatria da Unifesp. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade Europeia de Infectologia Pediátrica (ESPID) Maria Lucia Gomes Ferraz Professora-associada da disciplina de Gastrenterologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Coordenadora do Setor de Hepatites da Unifesp. Maria Luiza Moretti Professora Titular de Infectologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp). Chefe do Laboratório de Epidemiologia Molecular e Doenças Infecciosas da FCM/Unicamp. Maura Salaroli de Oliveira Médica pela Universidade de São Paulo (USP) com Residência Médica em Infectologia e Mestrado em Infectologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Médica do Grupo de Controle de Infecção Hospitalar da FMUSP. Gerente Médica da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)do Hospital Sírio Libanês. Mauricio Mendonça do Nascimento Médico pela Universidade de São Paulo (USP). Dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Mestre em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Doutorando em Oncologia pelo AC Camargo Cancer Center. Dermatologista do Ambulatório de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Nancy Bellei Médica pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Residência Médica em Infectologia pela Unifesp. Mestre e Doutora em Virologia Clínica e Pós-doutorado em Influenza pela Unifesp. Professora-afiliada de Infectologia na Unifesp. Membro da International Society of Influenza. Otelo Rigato Jr. Médico com Residência Médica em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mestre e Doutor em Infectologia pela Unifesp. Médico da disciplina de Infectologia da Unifesp, no Programa de Racionalização do Uso de Antimicrobianos. Infectologista do Hospital Sírio-Libanês. Especialista em Medicina Intensiva pela AMIB em 2004. Paola Cappellano Médica pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) com Residência Médica em Infectologia pela Unifesp. Doutora em Medicina pela Unifesp, com Doutorado Sanduíche na Università degli Studi di Genova, Itália. Médica da disciplina de Infectologia na EPM/Unifesp. Paulo José Martins Bispo Biomédico pela Universidade de Araraquara (Uniara). Mestre e Doutor em Ciências Básicas pela disciplina Doenças Infecciosas pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Pesquisador- associado nos Departamentos de Oftalmologia, Microbiologia e Imunologia, Massachusetts Eye and Ear, Harvard Medical School, Boston, EUA. Paulo Roberto Abrão Ferreira Professor-afiliado da disciplina de Infectologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Responsável pelo Ambulatório de HIV e Hepatites Virais. Médico do Centro de Referência e Treinamento em ISTs, AIDS e Hepatites Virais de São Paulo. Pedro Paulo Chieffi Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Doutor em Ciências pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Professor Titular de Parasitologia na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Raquel Girardello Bióloga pela Universidade de Passo Fundo. Mestre em Microbiologia pela Universidade Estadual de Londrina. Doutorado e Pós-doutorado em Infectologia pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Regina Célia de Menezes Succi Professora-associada Livre-docente do Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) na disciplina de Infectologia Pediátrica. Reinaldo Teixeira Ribeiro Neurologista. Doutorando do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ricardo de Souza Cavalcante Médico pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp). Residência Médica em Infectologia e Doutorado em Doenças Tropicais pela FMB/Unesp. Membro da Comissão de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde e do Serviço de Controle e Prevenção de Infecção em Pacientes Imunossuprumidos do Hospital das Clínicas da FMB/Unesp. Rinaldo Poncio Mendes Médico pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, atual Faculdade de Medicina de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp). Especialização em Doenças Tropicais pelo Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Livre-docente pela FMB/Unesp. Professor Titular da disciplina de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMB/Unesp. Pesquisador Visitante da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Robert Rosas Médico pela Universidade Mayor de San Simón, Bolívia, com título revalidado pela Universidade de São Paulo (USP). Residência Médica em Doenças Infecciosas e Parasitárias pelo Hospital Heliópolis. Mestre em Doenças Infecciosas e Parasitárias e Doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Professor do Centro Universitário São Camilo. Roberto Martinez Médico pela Universidade de São Paulo (USP), com Especialização em Clínica Médica e Infectologia. Livre-docente pela USP e Professor-associado da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP/USP). Rodrigo Cayô da Silva Biólogo pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado em Ciências Básicas pela disciplina de Infectologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Supervisor e Pesquisador-associado do Laboratório ALERTA/Unifesp. Ronaldo Cesar Borges Gryschek Professor-associado do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Responsável pelo Laboratório de Investigação Médica (LIM-06) em Imunopatologia da Esquistossomose do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Responsável pela Seção de Helmintologia do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e da American Society of Tropical Medicine and Hygiene. Rosana Richtmann Médica pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (Fundação Lusíadas). Residência Médica em Infectologia pelo Hospital do Servidor Público Estadual Francisco Morato de Oliveira (HSPE-FMO) de São Paulo. Doutora em Medicina pela Universidade de Freiburg, Alemanha. Membro do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia. Membro do Comitê Técnico-assessor em Imunização (CTAI) do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. Médica Infectologista da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER). Presidente da CCIH do Hospital e Maternidade Santa Joana e da Maternidade Pro Matre Paulista. Sandro Luiz de Andrade Matas Médico, Mestree Doutor pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Professor-afiliado da disciplina de Medicina Laboratorial do Departamento de Medicina da Unifesp. Chefe do setor de Moléstias Infecciosas da disciplina de Neurologia Clínica da Unifesp Sender J. Miszputen Professor-associado da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Residência Médica em Clínica Médica e Gastrenterologia e Doutor em Gastrenterologia pela EPM/Unifesp. Membro Titular da Federação Brasileira de Gastrenterologia e do Grupo de Estudos das Doenças Inflamatórias Intestinais do Brasil. Membro Honorário Nacional da Academia Nacional de Medicina. Sergio Barsanti Wey Médico com Residência Médica em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Mestrado, Doutorado e Livre-docência pela EPM/Unifesp. Professor Livre-docente da Unifesp. Sergio Cimerman Doutor em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Médico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER). Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), gestão 2017–2018. Shirley Shizue Nagata Pignatari Médica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Especialização em Fellowship em Otorrinolaringologia pela University of Iowa, EUA. Mestrado e Doutorado em Medicina (Otorrinolaringologia), Pós-doutorado e Residência Médica pela Unifesp. Professora-adjunta da Unifesp. Silvia Maria Di Santi Bióloga pelo Instituto de Biologia Médica da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Botucatu. Especialização em Moléstias Infecciosas e Parasitárias pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp (FMB/Unesp). Mestre em Parasitologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP). Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Silvio Alencar Marques Médico com Residência Médica em Dermatologia pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB). Mestre em Dermatologia pela Universidade de São Paulo (USP). Doutor em Dermatologia pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Livre- docente em Dermatologia e Professor Titular de Dermatologia pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp) e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Simone Tenore Médica pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com Residência Médica em Clínica Médica e em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mestre em Ciências da Saúde pela Unifesp. Doutoranda pela Universidade de São Paulo (USP). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Sylvia Cardoso Leão Médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) com Residência Médica em Clínica Médica pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Mestre em Gastrenterologia Clínica pela USP. Doutora em Ciências (Microbiologia e Imunologia) pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Professora Titular do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da EPM/Unifesp. Thaís Guimarães Médica pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos. Residência Médica em Infectologia pelo Hospital do Servidor Público Estadual Francisco Morato de Oliveira (HSPE-FMO) de São Paulo. Mestre e Doutora em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Especialista em Infectologia pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do HSPE-FMO e do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Thiago Zinsly Sampaio Camargo Médico pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) com Residência Médica em Infectologia pelo Instituto de Infectologia Emilio Ribas (IIER). Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Doutorando no Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Professor convidado da disciplina de Microbiologia da FCMSCSP. Médico do Grupo de Suporte em Infecção do CTI-A do Hospital Israelita Albert Einstein. Thor Oliveira Dantas Médico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Infectologista com área de atuação em Hepatologia. Mestre e Doutor em Doenças Infecciosas pela Universidade de Brasília (UnB). Professor da Universidade Federal do Acre (UFAC). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) e da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT). Vinicius Ponzio Médico Infectologista do Grupo de Micologia Clinica e Infecção em Transplante da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Mestre em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Dedicatória Para Ronaldo Salomão Este livro é dedicado a todos os pacientes que padecem de doenças infecciosas e aos médicos e profissionais de saúde que os assistem, amparando- os na dor de uma doença muitas vezes evitável e que ainda traz a carga da desigualdade e do estigma. Aos mestres que nos antecederam e mostraram o caminho de ensino, assistência e pesquisa que hoje trilhamos. À minha família, de onde tudo vem e para onde tudo volta. Agradecimentos Aos coautores, fundamentais no delineamento, no planejamento e na realização do livro. Aos colaboradores de cada capítulo, essência do livro, por sua disponibilidade em colaborar e transmitir seu conhecimento às novas gerações de profissionais com competência e generosidade. Ao sr. Ramilson Almeida, incentivador incansável. A toda equipe da Editora Guanabara Koogan: ao sr. Aluísio Affonso, pela confiança e o apoio, e a todos os que participaram nas diferentes fases de elaboração do livro, entre eles, Renata Giacon, Ana Paula Oliveira Aquino e Thiago Gregolin, pelo profissionalismo e comprometimento envolvidos na realização desta obra. Prefácio As doenças ou moléstias infecciosas constituem um dos mais fascinantes campos da Medicina. Resultado da interação de seres vivos, o patógeno e o hospedeiro, tais doenças têm fisiopatologia complexa, na qual mecanismos de virulência e evasão dos microrganismos se contrapõem ao excepcionalmente desenvolvido sistema de defesa do hospedeiro. Curiosamente, nosso convívio com microrganismos é fundamental para a vida e a saúde, como ilustram informações recentes de que somos 10 vezes mais microrganismos do que células: somos um microbioma. Desde tempos remotos, as doenças infecciosas, endêmica e epidemicamente, fizeram parte da nossa história, muitas vezes sendo os eventos centrais dela. Hanseníase (lepra nos tempos históricos), cólera, peste e, mais recentemente, a gripe espanhola deixaram suas marcas. Em muitos casos, essas doenças são demarcadas geograficamente, como é o caso da malária; em outros, socialmente, como a tuberculose. Esses exemplos de doenças milenares ainda respondem por um número de mortes inaceitavelmente alto no mundo. Novas epidemias, como a da AIDS, revelam o preparo e o despreparo da nossa sociedade para lidar com o novo: nunca se viu tamanho acúmulo de conhecimento científico em tão pouco tempo; por outro lado, as mesmas reações de isolamento e preconceito afloraram imediatamente. Novos patógenos emergem a todoo momento, e o impacto de cada nova doença passa a ser respondido em tempo real. Outros patógenos, outrora causadores de grandes epidemias, rondam nossas lacunas de desenvolvimento científico e social, apresentando recrudescências; doenças emergentes e reemergentes estão sempre no horizonte. Dois aspectos da vida moderna, entre muitos outros, mudaram o campo das doenças infecciosas: a mobilidade e as novas técnicas para tratamento de doenças graves. A mobilidade coloca sociedades separadas geograficamente, em áreas distantes do planeta, a um voo de distância, permitindo a rápida propagação de doenças e expondo cidadãos de determinadas regiões a patógenos tipicamente causadores de doenças em outras localidades. As modernas técnicas de tratamento médico, como transplantes de órgãos sólidos e medula óssea, bem como a maior sobrevida de pacientes com doenças autoimunes e degenerativas expõem os pacientes a infecções por microrganismos pouco patogênicos, mas que, nesses casos, causam infecções devastadoras. Neste livro, buscamos trazer esse universo da Infectologia para o leitor. Pode um livro almejar ser lido tanto por estudantes quanto por professores, por médicos generalistas e especialistas, por outros profissionais de saúde, fundamentais na assistência multiprofissional ao paciente, e pesquisadores básicos, que tantos avanços de conhecimentos nos oferecem? Nosso objetivo é que esta obra seja útil a todos eles. Para isso, foram convidados autores- colaboradores com vivência clínica, além de experiência de ensino e pesquisa, para escreverem os capítulos, os quais apresentam de modo claro e direto, mas com a densidade necessária, as informações para as diferentes expectativas de leitura. Os coeditores foram fundamentais nesse processo. Para o constante aprimoramento do livro, é fundamental recebermos críticas e sugestões dos leitores. Contamos com sua colaboração para isso. Desejamos a todos uma boa leitura e que os conhecimentos adquiridos sejam importantes para sua atividade prática, beneficiando, em última instância, o paciente. Reinaldo Salomão Material Suplementar Este livro conta com o seguinte material suplementar: ■ Ilustrações da obra em formato de apresentação (restrito a docentes cadastrados). O acesso ao material suplementar é gratuito. Basta que o docente se cadastre em nosso site (www.grupogen.com.br), faça seu login e clique em GEN-IO, no menu superior do lado direito. É rápido e fácil. Caso haja alguma mudança no sistema ou dificuldade de acesso, entre em contato conosco (gendigital@grupogen.com.br). Parte 1 1 2 Parte 2 Seção 2.1 3 Seção 2.2 4 5 6 7 Sumário Bases de Infectologia Mecanismos Imunológicos na Relação Parasito-Hospedeiro e Evasão da Resposta Imune Ieda Maria Longo Maugéri ■ Daniela Santoro Rosa Diagnóstico Laboratorial em Infectologia Celso Francisco Hernandes Granato Agentes Etiológicos e Doenças Infecciosas Infecções Causadas por Vírus Aspectos Gerais Celso Francisco Hernandes Granato Infecções Causadas por Bactérias Aspectos Gerais Antonio Carlos Campos Pignatari ■ Ana Cristina Gales Cocos Gram-Positivos Paulo José Martins Bispo ■ Antonio Carlos Campos Pignatari Bacilos Gram-Positivos Rodrigo Cayô da Silva ■ Antonio Carlos Campos Pignatari ■ Ana Cristina Gales Cocos e Bacilos Gram-Negativos 8 9 10 Seção 2.3 11 12 13 14 15 16 17 Cecilia Helena Vieira Franco de Godoi Carvalhaes ■ Rodrigo Cayô da Silva ■ Antonio Carlos Campos Pignatari ■ Ana Cristina Gales Anaeróbios Antonia M. O. Machado ■ André Mario Doi ■ Agda do Carmo P. Vinagre Braga Outras Bactérias de Relevância Clínica André Mario Doi ■ Raquel Girardello ■ Katia Akemi Kiyota ■ Antonio Carlos Campos Pignatari Micobactérias Sylvia Cardoso Leão Infecções Causadas por Fungos Aspectos Gerais Flavio de Queiroz Telles Filho ■ Arnaldo Lopes Colombo Criptococose Maria Luiza Moretti Histoplasmose Roberto Martinez Aspergilose Thaís Guimarães ■ Arnaldo Lopes Colombo Paracoccidioidomicose Rinaldo Poncio Mendes ■ Ricardo de Souza Cavalcante ■ James Venturini Zigomicose Robert Rosas Feo-hifomicose Flavio de Queiroz Telles Filho ■ Daniel Wagner de Castro Lima Santos 18 Seção 2.4 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Candidemia e Candidíase Invasiva Thaís Guimarães ■ Arnaldo Lopes Colombo Infecções e Doenças Causadas por Parasitos Aspectos Gerais Marcelo Simão Ferreira Doença de Chagas Maria Aparecida Shikanai Yasuda Malária Aluisio Cotrim Segurado ■ Silvia Maria Di Santi Leishmanioses Marcelo Simão Ferreira Toxoplasmose Aércio Sebastião Borges ■ José Roberto Mineo Protozooses Intestinais Sergio Cimerman ■ Alexandre Leite de Souza ■ Angel Arturo Escobedo Carbonell Esquistossomose Ronaldo Cesar Borges Gryschek ■ Maria Cristina Carvalho do Espírito Santo Hidatidose Unilocular e Policística Marcelo Simão Ferreira Síndrome de Larva Migrans Cutânea e Visceral Pedro Paulo Chieffi Helmintíases Intestinais Marcelo Simão Ferreira ■ Julia Maria Costa-Cruz Neurocisticercose Hélio Rodrigues Gomes ■ Julia Maria Costa-Cruz 30 Parte 3 Seção 3.1 31 32 33 34 Seção 3.2 35 36 Seção 3.3 37 38 39 40 Ectoparasitoses Silvio Alencar Marques Infecções Classificadas por Sistemas Sistema Nervoso Central Meningites Agudas Sandro Luiz de Andrade Matas Meningites Crônicas Sandro Luiz de Andrade Matas ■ Flávia Cristina de Lima Pinto ■Camila C. H. Aquino Abscessos e Empiemas do Sistema Nervoso Central Sandro Luiz de Andrade Matas ■ Reinaldo Teixeira Ribeiro Encefalites Sandro Luiz de Andrade Matas ■ Reinaldo Teixeira Ribeiro Sistema Respiratório Infecções das Vias Respiratórias Superiores Antonio Carlos Campos Pignatari ■ Shirley Shizue Nagata Pignatari Infecções das Vias Respiratórias Inferiores Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros Sistema Gastrintestinal Diarreias Infecciosas Sender J. Miszputen Vírus da Hepatite A e E Celso Francisco Hernandes Granato Vírus da Hepatite B Paulo Roberto Abrão Ferreira Vírus da Hepatite C 41 Seção 3.4 42 43 Seção 3.5 44 Seção 3.6 45 Parte 4 46 Maria Lucia Gomes Ferraz ■ Antonio Eduardo Benedito Silva Vírus da Hepatite D Thor Oliveira Dantas Sistema Musculoesquelético Infecções Osteoarticulares Adriana Macêdo Dell’Aquila Infecções de Partes Moles Luci Corrêa ■ Carolina Devite Bittante ■ Antonio Carlos Campos Pignatari Sistema Urinário Infecções do Sistema Urinário Fernando Gatti de Menezes ■ Luci Corrêa ■ Sergio Barsanti Wey Sistema Cardiovascular Endocardite Infecciosa Luis Fernando Aranha Camargo ■ Claudio Cirenza Síndromes Clínicas Síndrome da Imunodeficiência Adquirida Vírus e Mecanismos da Doença Ricardo Sobhie Diaz Tratamento Antirretroviral Simone Tenore ■ Ricardo Sobhie Diaz Resistência aos Antirretrovirais Ricardo Sobhie Diaz ■ Simone Tenore Imunizações em Pacientes Portadores do HIV ou com AIDS Rosana Richtmann 47 48 49 50 51 52 53 Infecções Oportunistas em Pacientes Infectados pelo HIV Gisele Cristina Gosuen ■ David Salomão Lewi ■ Gilberto Turcato Junior Comorbidades Relacionadas à Infecção pelo HIV Erika Ferrari Rafael da Silva ■ Gisele Cristina Gosuen AIDS e Neoplasias Lauro F. S. Pinto Neto ■ Maria da Conceição Milanez HIV e Gestação Adauto Castelo Filho ■ Henrique Pott Junior ■ Jorge Figueiredo Senise AIDS em Crianças e Adolescentes Daisy Maria Machado ■ Regina Célia de Menezes Succi Síndrome Exantemática Maria Isabel de Moraes Pinto Síndrome da Mononucleose Infecciosa | Aspectos Clínicos e Diagnóstico Laboratorial CelsoFrancisco Hernandes Granato ■ Ana Maria Passos-Castilho Citomegalovírus Celso Francisco Hernandes Granato ■ Ana Maria Passos-Castilho Febre de Origem Indeterminada Thiago Zinsly Sampaio Camargo ■ Sergio Barsanti Wey Sepse Eliézer Silva ■ Otelo Rigato Jr. ■ Reinaldo Salomão Leptospirose Daniel Abensur Athanazio ■ Guilherme de Sousa Ribeiro Tuberculose | Aspectos Atuais do Tratamento Henrique Pott Junior ■ Jorge Figueiredo Senise ■ Adauto Castelo Filho 54 55 Parte 5 56 57 58 59 Parte 6 60 Gripes e Resfriados Nancy Bellei Principais Doenças Causadas por Arbovírus Dengue Benedito Antonio Lopes da Fonseca ■ Emiliana Pereira Abrão Febre Amarela e Outras Febres Hemorrágicas da América do Sul Marcelo N. Burattini Febre Chikungunya Celso Francisco Hernandes Granato Zika Vírus e Manifestações Clínicas Correlatas Marcelo N. Burattini Infecção no Paciente Imunocomprometido Transplante de Órgãos Sólidos Luis Fernando Aranha Camargo ■ Vinicius Ponzio Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas Maria Daniela Bergamasco ■ Paola Cappellano ■ José Salvador Rodrigues de Oliveira Neutropenia Febril Carlos Alberto Pires Pereira ■ Diogo Boldim Ferreira ■ Paola Cappellano Imunodeficiência Primária Beatriz Tavares Costa Carvalho Infecções Sexualmente Transmissíveis Infecções Sexualmente Transmissíveis Mauricio Mendonça do Nascimento ■ Jade Cury-Martins Parte 7 61 Parte 8 62 63 64 65 Parte 9 66 Medicina do Viajante Infecções do Viajante Gustavo Henrique Johanson Terapia Antimicrobiana Terapia Antifúngica Arnaldo Lopes Colombo ■ Flavio de Queiroz Telles Filho Antimicrobianos Ana Cristina Gales ■ Antonio Carlos Campos Pignatari ■ Guilherme Henrique Campos Furtado ■ Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros Terapia Antiviral Nancy Bellei Mecanismos de Resistência e suas Implicações na Terapia Antimicrobiana Ana Cristina Gales ■ Maura Salaroli de Oliveira ■ Anna Sara Levin Infecção Hospitalar Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros ■ Sergio Barsanti Wey ■ Guilherme Henrique Campos Furtado ■Juliana Oliveira da Silva ■ Introdução Um dos aspectos mais estudados e que tem suscitado importantes avanços na saúde da população mundial são os mecanismos relacionados com a interação parasito-hospedeiro, tornando possível o desenvolvimento de novas vacinas ou medicamentos. Há muitas descrições sobre os patógenos que acometem os seres humanos e suas diferentes maneiras de provocar infecções e doenças, muitas vezes coexistem por longos períodos no hospedeiro, tornando-se latentes ou crônicos. Por outro lado, o hospedeiro sempre responde no sentido de eliminar o patógeno ou regular sua infectividade, evitando maior dano aos tecidos ou órgãos. Esta resposta, que confere resistência e proteção ao hospedeiro, é uma das mais fascinantes propriedades do sistema imune e depende da indução de mecanismos inespecíficos e específicos de defesa, que compreendem, respectivamente, a resposta imune inata e a adaptativa. O conhecimento a respeito destes mecanismos e suas interações celulares e moleculares tem sido, em grande parte, demonstrado em experimentos com animais cujas linhagens podem ser naturalmente suscetíveis ou resistentes a determinados patógenos. Além disso, com todos os avanços das técnicas de biologia molecular, é possível estabelecer linhagens resistentes e suscetíveis a determinados patógenos, por manipulação gênica, como transfecção (animais • • • • • transgênicos), deleção ou silenciamento dos genes (animais knockout). Os patógenos que acometem o ser humano podem ser classificados em 5 tipos: Bactérias extracelulares Bactérias intracelulares Vírus Fungos Protozoários e parasitos pluricelulares. Apesar das diferenças entre os tipos de patógenos, o que determina o estabelecimento de uma infecção e que mecanismos do hospedeiro serão efetores para erradicá-la depende de uma série de fatores tais como: número de partículas infectantes, via de entrada, colonização dos tecidos, disseminação e escape dos mecanismos imunes pelo patógeno. Tais características determinam o seu grau de patogenicidade. Assim, os microrganismos podem se multiplicar em diferentes locais de nosso organismo como nos espaços extracelulares, nos fluidos corpóreos ou dentro de células e, portanto, podem provocar doença por mecanismos distintos (Tabela 1.1). A lesão tecidual pode ocorrer por efeito direto do patógeno tal como: a liberação de exotoxinas, sendo exemplos as toxinas tetânica, diftérica, botulínica entre outras, por endotoxinas como o lipopolissacarídeo (LPS) presente na superfície da maioria das bactérias Gram-negativas, que atua como potente indutor da síntese de citocinas pelas células do hospedeiro, que, se não forem controladas, pode levar ao choque endotóxico, ou pelo efeito citopático direto induzido pela maioria das infecções virais. Os mecanismos de lesão tecidual que também podem ser provocados indiretamente pela resposta imune do hospedeiro ao patógeno são: (a) resposta inflamatória induzida no local da multiplicação do patógeno, que pode afetar tecidos normais adjacentes, como nas infecções por bactérias piogênicas; (b) formação de imunocomplexos (interação antígeno-anticorpo), que podem se depositar no endotélio vascular, ou no glomérulo renal como, por exemplo, as ■ glomerulonefrites pós-estreptocócicas; (c) anticorpos com reatividade cruzada devido à homologia entre estruturas do microrganismo e do hospedeiro, como exemplo a miocardite pós-estreptocócica; (d) por destruição celular mediada por linfócitos T citotóxicos ou células natural killer (NK) como ocorre na maioria das viroses, por exemplo, na hepatite viral comprometendo a função hepática por destruição de hepatócitos. Os patógenos que acometem o ser humano precisam ultrapassar diversas barreiras para estabelecer a infecção. Importância dos epitélios e das secreções seromucosas A principal porta de entrada da maioria dos microrganismos é representada pelas superfícies epiteliais. Portanto, a pele e os epitélios de revestimento dos tratos respiratório, digestório e geniturinário são importantes barreiras mecânicas, assim como o movimento das pálpebras na proteção do globo ocular e o epitélio ciliar que reveste as vias respiratórias superiores, impedindo que a massa de partículas inaladas, geralmente com inúmeros microrganismos, alcance os alvéolos pulmonares. A função protetora da pele fica claramente demonstrada com a ocorrência de proliferação bacteriana em ferimentos não cuidados devidamente, ou mesmo a alta incidência de morte por infecções em indivíduos que sofreram queimaduras graves. Tabela 1.1 Mecanismos imunológicos envolvidos na relação parasito-hospedeiro e evasão da resposta imune. Patógeno Exemplo Mecanismo efetor Mecanismo de evasãoImunidade inata Imunidade adaptativa Staphylococcus aureus Neisseria gonorrhoeae Anticorpos neutralizantes IgM e IgG Inibição da ativação do Bactérias extracelulares Escherichia coli Salmonella typhimurium Pneumococcus Streptococcus pneumoniae Fagocitose Ativação do complemento ativadoras do complemento Fagocitose mediada por Fc de imunoglobulina complemento Variação antigênica Resistência à fagocitose Fungos Candida albicans Aspergillus fumigatus Cryptococcus neoformans Ativação do complemento Fagocitose T CD4+ perfil Th1 T CD8+ citotóxico Inibição da fagocitose pelo tamanho, da atividade do sistema complementoe da produção de óxido nítrico Alteração do tráfego intracelular Helmintos Schistosoma mansoni Fasciola hepatica Wuchereria bancrofti Ancylostoma duodenale Degranulação de eosinófilos Anticorpos IgE ADCC Troca e substituição do tegumento Inibição da atividade do fagócito Produção de proteases capazes de clivar imunoglobulinas Inativação das espécies reativas Bactérias intracelulares Mycobacterium leprae Lysteria monocytogenes – T CD8+ citotóxico do oxigênio (ROS) Rompimento da membrana do fagossomo/escape para o citoplasma Vírus Influenza Vírus da imunodeficiência humana Herpes simples Citomegalovírus Epstein-Barr Poxvírus, Vaccínia Interferona tipo 1 Atividade de células natural killer Anticorpos neutralizantes T CD4+ perfil Th1 T CD8+ citotóxico Variação antigênica Variação antigênica e infecção de células imunocompetentes Inibição do processamento antigênico Bloqueio do transportador (TAP) Remoção das moléculas de classe I Produção de citocinas imunossupressoras (IL-10) Produção de homólogos do receptor de citocinas Protozoários Trypanosoma cruzi Plasmodium falciparum Leishmania amazonensis Atividade de células natural killer Fagocitose Anticorpo T CD4+ perfil Th1 T CD8+ citotóxico Variação antigênica Produção de citocinas imunossupressoras (IL-10) ADCC: citotoxicidade celular dependente de anticorpos; IgM: imunoglobulina M; IgG: Imunoglobulina G; IL: interleucina. As secreções seromucosas apresentam diversos fatores solúveis que contribuem para evitar a invasão por um patógeno, como os ácidos graxos e láctico presentes nas secreções sudoríparas e sebáceas deixando o pH do local ácido, o que impede a sobrevida de um microrganismo por muito tempo. A enzima lisozima presente abundantemente na saliva, na lágrima e nos grânulos de fagócitos tem potente efeito bactericida e seu mecanismo de ação ocorre por ruptura de peptideoglicanos (PS-PG) presentes, principalmente, na superfície de bactérias Gram-positivas. O suco gástrico que confere pH ácido no estômago, a pepsina e os peptídeos antibacterianos presentes no intestino, como as criptidinas, são barreiras químicas importantes. Além disso, a própria flora associada aos epitélios, representada principalmente por bactérias e fungos comensais, age como barreira física eficaz que impede, por competição, a fixação de outro microrganismo no mesmo local ou como barreira química por inibir a multiplicação do patógeno liberando substâncias como ácido láctico, que altera o pH local, ou a colicina liberada por Escherichia coli não patogênica que atua como potente inibidor da colonização de patógenos no intestino. Recentemente, tem sido descrita em estudos experimentais e clínicos, a importância da flora no direcionamento da resposta imune local e sistêmica, incluindo os conceitos de resistência e suscetibilidade. Uma vez ultrapassadas estas barreiras, os microrganismos podem colonizar ■ tecidos ou invadir células. Neste momento, vários fatores solúveis e células serão ativados e iniciarão os mecanismos envolvidos na resposta imune inata e adquirida. Neste capítulo serão abordados os mecanismos imunológicos protetores e efetores desencadeados de acordo com o tipo de patógeno e sua localização e os mecanismos pelos quais o microrganismo evade dessa resposta. Mecanismos imunológicos envolvidos na resistência a bactérias extracelulares A maioria dessas bactérias se multiplica na superfície dos epitélios, nos espaços intersticiais, nos fluidos corpóreos tais como sangue e linfa e podem induzir doença por produção de toxinas ou pela resposta inflamatória local. Mecanismos de imunidade inata Os mecanismos efetores da imunidade natural, responsáveis pela eliminação de bactérias extracelulares e que são desencadeados nas primeiras horas após o estabelecimento de uma infecção, são a ativação das proteínas do sistema complemento e a fagocitose que desenvolve o processo inflamatório. Ativação do sistema complemento pela via alternativa ou pela via das lectinas Assim que o microrganismo se fixa nos tecidos, várias proteínas plasmáticas presentes no líquido intersticial começam a ser ativadas como as do sistema complemento. Este sistema é composto por um conjunto de proteínas, muitas com atividade enzimática, que se encontram na forma inativada no líquido intersticial e em circulação. A via alternativa do complemento é ativada a partir do componente C3 deste sistema, que está em níveis elevados na circulação e sofre hidrólise espontânea, formando o complexo C3bBb, e se liga a peptideoglicanos presentes na superfície de bactérias Gram-positivas ou ao LPS em bactérias Gram-negativas. A ligação desses complexos à bactéria faz com que atuem como C3 convertase e clivem moléculas de C3 em C3b e C3a. As moléculas C3b ficam ligadas à superfície da bactéria formando o complexo C3b2Bb convertase para outra proteína deste sistema, o componente C5. Ao se ligar, C5 é clivado em C5b e C5a. O C5b ligado à superfície do patógeno inicia a ativação de outras proteínas do sistema que constituem a via lítica C5b, C6, C7, C8, C9 chamado complexo de ataque à membrana (MAC). O componente C9, quando se liga à superfície do microrganismo, polimeriza e forma um canal na membrana, promovendo lise osmótica, e consequentemente sua eliminação. Tem sido demonstrado que a deficiência em determinados componentes facilita o estabelecimento de algumas infecções, como por exemplo, as por bactérias do gênero Neisseria quando animais são deficientes para os componentes C5, C6, C7, C8. A ativação do complemento, pela via alternativa, tem importância também pela atividade biológica dos seus subprodutos de ativação C3a e C5a que participam na indução do processo inflamatório. Estes subprodutos têm propriedade quimiotática, que atraem leucócitos para o local da infecção, e propriedade de anafilatoxina ligando-se a mastócitos teciduais que liberam aminas vasoativas como histamina, prostaglandinas e leucotrienos induzindo o aumento da expressão de moléculas no endotélio vascular que alteram sua permeabilidade e facilitam a migração de leucócitos para o tecido infectado. Outra via de ativação do complemento é a via da lectina, proteínas plasmáticas que aumentam seus níveis em decorrência de uma infecção e fazem parte das chamadas proteínas de fase aguda. Estas proteínas ligam-se a resíduos de manose na superfície dos patógenos e tornam-se sítios de ligação do componente C1 do complemento (um complexo molecular) que, ao se ligar, expõem o componente C1q, possibilitando a ligação do substrato C4 a outro componente que cliva em C4b ligado ao patógeno e C4a, que semelhante a C3a e C5a tem atividade de anafilatoxina e se liga em mastócitos. Após a ligação de C4b é formado o local de ligação para o substrato C2 que é clivado em C2b e C2a. Neste momento, na superfície do patógeno existe um complexo molecular C4bC2a que tem atividade de convertase para C3 e semelhante ao descrito para via alternativa a ativação se completa até a ligação de C9 levando à lise do patógeno. Fagocitose e resposta inflamatória Macrófagos são os fagócitos mononucleares mais abundantes encontrados nos tecidos e recebem diferentes nomes, como células de Kupffer no fígado, macrófagos alveolares nos pulmões, histiócitos no tecido conjuntivo, células mesangiais no rim, osteoclastos nos ossos e células microgliais nosistema nervoso central. O processo de diferenciação dessas células se inicia a partir da linhagem mieloide na medula óssea (encontradas no sangue como monócitos) e termina nos tecidos; também são conhecidas como macrófagos residentes. Apresentam atividade fagocítica e são capazes de exercê-la logo no início de uma infecção, por expressarem receptores de superfície e internalizados, que podem se ligar ao patógeno ou a seus componentes, serem ativados e eliminar o microrganismo pelo mecanismo de fagocitose. Os macrófagos expressam em sua membrana os receptores semelhantes a Toll, ou TLR que reconhecem padrões moleculares comuns aos patógenos (PAMPS), como lipopeptídeos bacterianos (TLR1 e TLR2 ligados ou TLR2 TLR6), peptideoglicano bacteriano (TLR2), lipopolissacarídeo (TLR4) e flagelina bacteriana (TLR5). Estes receptores podem estar localizados no interior das células (TLR3, 7, 8 e 9) expressos no retículo endoplasmático ou no endossomo e reconhecem ácidos nucleicos como DNA não metilado (CpG) (TLR9), ou RNA fita dupla sintetizado nas infecções virais (TLR3) e RNA fita simples (TLR7 e TLR8). Outros receptores citoplasmáticos também encontrados nesta célula, que possibilitam sua ativação e destruição do patógeno ou indução da inflamação, são os receptores semelhantes a NOD (NLR). Estes receptores reconhecem estruturas comuns a bactérias Gram-positivas e Gram-negativas como o dipeptídeo muramil (NOD2). Existe uma subfamília destes receptores que, quando ativada em conjunto com outras proteínas citoplasmáticas, forma o complexo inflamossoma o qual ativa a via da caspase 1 e, diferentemente de outras caspases que levam à morte celular por apoptose, induz a síntese e liberação de interleucina (IL)-1β e IL-18, citocinas importantes no processo inflamatório. Além dos NLR, os receptores RIG, importantes em infecções virais, são encontrados no citoplasma. Eles reconhecem RNA de fita simples ou transcritos de RNA e DNA que induzem a síntese das chamadas interferonas (IFN) do tipo 1. Na superfície dos macrófagos encontramos os receptores do tipo scavenger e várias moléculas. Um receptor de grande importância também expresso por estas células e que torna o mecanismo de fagocitose mais eficiente é o receptor CD11b/CD18 que se liga à molécula C3b do complemento que está ancorada na superfície do patógeno quando este sistema é ativado, facilitando o processo fagocítico. Uma vez fagocitado, o microrganismo fica confinado a uma vesícula chamada fagossomo, que se funde ao lisossomo e começa o seu processo de digestão por enzimas proteolíticas com intensa atividade bactericida como o lisozima e hidrolases lácticas. Neste processo também são formados metabólitos extremamente tóxicos ao microrganismo como derivados do oxigênio: peróxido de hidrogênio (H2O2), superóxido (O2) e do nitrogênio: óxido nítrico (NO). Além deste processo, a simples adesão do microrganismo à superfície da célula pelos diferentes receptores é capaz de deflagrar uma cascata de ativação que culmina com a síntese de citocinas pró-inflamatórias como fator de necrose tumoral (TNF)-α, IL1β, IL-6, IL-8, IL-12 que têm efeitos locais e sistêmicos. A indução do processo inflamatório, tanto pela fagocitose como por ativação do complemento, ocorre por alteração nas células do endotélio vascular, que irriga o tecido infectado, por síntese de moléculas que auxiliam no aumento do diâmetro do vaso e possibilitam o extravasamento de líquidos e células para o tecido. A síntese de moléculas é induzida pelas citocinas que se ligam a células do endotélio ou por mediadores liberados pelos macrófagos ou subprodutos do complemento e mediadores liberados pelos mastócitos que também se encontram no tecido infectado. A molécula de P-selectina é sintetizada pelas células do endotélio logo após a exposição aos leucotrienos, prostaglandinas e C5a. A selectina-E é sintetizada após algumas horas da interação com o LPS ou TNF-α, que se ligam, principalmente, a glicoproteínas de neutrófilos e iniciam o processo de adesão celular. O TNF-α e a IL-1β são responsáveis por ativar a síntese de outras moléculas que completam a transmigração celular e assim tornam possível que leucócitos alcancem o tecido infectado. Dessa maneira, ocorre a migração dos polimorfonucleares e mononucleares para o local da infecção, permanecendo retidos no tecido pela ação de quimiocinas liberadas por macrófagos como IL-8, MCP-1 (proteína quimiotática para monócitos, linfócitos T e eosinófilos) e RANTES. Os neutrófilos migram precocemente devido à síntese de selectinas e da IL-8. Estas células exercem função fagocítica semelhante à descrita para macrófagos e também têm os mesmos receptores de superfície. O papel protetor de neutrófilos fica bem demonstrado nas imunodeficiências primárias, como na síndrome de Chédiak-Higashi. Pacientes com esta patologia apresentam, por defeitos genéticos, a função dos neutrófilos comprometida, caracterizada por diminuição na quimiotaxia, fagocitose e ausência de enzimas lisossomais. O quadro clínico configura infecções recorrentes e muitas vezes graves, a maioria por bactérias piogênicas. Os monócitos chegam ao local da infecção e terminam seu processo de maturação por ação de citocinas locais liberadas por macrófagos ativados, fibroblatos e células endoteliais diferenciando-se em macrófagos e aumentando o número dessas células no tecido. Outra importante população celular envolvida no processo fagocítico e que também está presente em pequeno número em todos os tecidos e órgãos de nosso organismo, aumentando com o processo inflamatório, são as células dendríticas que também recebem denominações diferentes e se encontram em estágios menos diferenciados quando chegam aos tecidos ou em circulação. Os patógenos que invadem tecidos cutâneos também são capturados por estas células conhecidas por células de Langerhans que têm os mesmo receptores descritos para macrófagos, e após capturarem o microrganismo migram para órgãos linfoides secundários, terminando o seu processo de maturação diferenciando-se em células dendríticas maduras. As células dendríticas nos tecidos têm alta capacidade fagocítica, porém, quando migram para órgãos linfoides adjacentes e terminam o processo de maturação, perdem esta capacidade e tornam-se células apresentadoras de antígeno, expressando uma série de moléculas de superfície que tornam possível seu contato com os linfócitos T. Estas células são as principais apresentadoras de antígenos bacterianos de natureza proteica para linfócitos T em uma infecção primária, sendo um dos mais importantes componentes de ligação entre a resposta imune inata e adaptativa. Os mecanismos efetores da resposta imune inata a bactérias extracelulares (fagocitose e ativação do complemento), que desencadeiam o processo inflamatório, conseguem eliminar o patógeno ou, na maioria das vezes, controlar sua proliferação, tornando possível que mecanismos da imunidade adaptativa sejam ativados, processo que ocorre somente entre 72 e 96 h após o estabelecimento de uma infecção. Devemos ressaltar que todo o processo ocorrido na resposta imune inata age rapidamente iniciando-se na primeira hora do estabelecimento da infecção, porém não confere ao indivíduo imunidade duradoura. Por outro lado, este mecanismo de controle do processo infeccioso com contenção do patógeno no local da invasão é fundamental, pois se esta invasão for disseminada (sepse), atingirórgãos e tecidos com ativação expressiva de macrófagos, principalmente por LPS de bactérias Gram-negativas com aumento nos níveis de TNF-α, IL-1β, pode levar o indivíduo a um quadro grave chamado choque endotóxico. Estas citocinas atuam sistemicamente em diferentes locais, como, por exemplo, no fígado, aumentando a síntese de proteínas de fase aguda, proteínas do complemento; no hipotálamo induzindo a síntese de prostaglandinas e leucotrienos, alterando os centros reguladores da temperatura e assim junto com a IL-6 são conhecidas como pirogênios naturais ou endógenos. O TNF-α também altera a cascata de coagulação, o que explica a participação desta citocina no choque endotóxico. Animais tratados com LPS em doses elevadas apresentam sinais clínicos semelhantes aos observados no choque endotóxico e morrem por coagulação intravascular disseminada. O tratamento desses animais com anticorpos para TNF (anti-TNF) previne a síndrome. A participação do TNF também foi demonstrada em animais knockout para o gene que codifica essa citocina, por serem resistentes ao choque quando tratados com LPS. Como citado anteriormente, os mecanismos envolvidos na imunidade inata controlam o processo infeccioso e muitas vezes eliminam o patógeno, porém é a resposta imune adaptativa que irá conferir ao indivíduo a resposta protetora e duradoura. Mecanismos de imunidade adaptativa Dentre os mecanismos imunológicos envolvidos na resposta imune específica a patógenos extracelulares, o mais eficaz é desempenhado pela imunidade humoral, caracterizada pela síntese de imunoglobulinas específicas para os antígenos bacterianos. Ao contrário da resposta imune inata, este tipo de resposta depende do reconhecimento e da expansão de clones celulares antígeno- específicos, que ocorre somente após 3 a 5 dias ao estabelecimento de uma infecção. Os linfócitos B são as células responsáveis pela imunidade humoral e têm a propriedade de diferenciarem em plasmócitos que liberam as imunoglobulinas específicas ou anticorpos. Estas células sofrem o processo de maturação na medula óssea e migram pela circulação para órgãos linfoides secundários como linfonodos, baço, tecidos linfoides associados a mucosas como placas de Peyer, tonsilas, apêndice cecal, entre outros. Nos linfonodos, os linfócitos B se concentram na região cortical e centros germinativos. No baço, aparecem na região folicular e centro germinativo. Esta especificidade de localização nos órgãos depende da expressão de moléculas de adesão conhecidas como homing. Quando os linfócitos B são ativados, proliferam e diferenciam-se em plasmócitos, deixam de expressar algumas moléculas e são capazes de migrarem para outras regiões do órgão linfoide ou atingem novamente a medula óssea, liberando o anticorpo específico deste local. O contato do linfócito B com a bactéria vai depender da sua entrada nos órgãos linfoides secundários, pois em uma infecção primária somente um pequeno número de linfócitos B chega ao local da infecção pelo processo inflamatório e a resposta primária específica só ocorre dentro dos órgãos linfoides secundários. Os antígenos solúveis liberados pela bactéria (exo ou endotoxinas), ou o próprio patógeno, durante o processo de bacteriemia, atingem os órgãos linfoides via corrente sanguínea ou linfa. Os antígenos bacterianos também podem ser transportados para estes órgãos pelas células dendríticas imaturas que, como mencionado anteriormente, terminam seu processo de maturação nesse local. A ativação de linfócitos B vai depender da natureza dos antígenos. Para antígenos não proteicos, o linfócito B é capaz de reconhecer, proliferar, transformar-se em plasmócito e liberar anticorpo, como por exemplo, as respostas ao LPS de bactérias Gram-negativas ou peptideoglicanos presentes na superfície de Gram-positivas, lipídios e ácidos nucleicos. O LPS é capaz de promover os dois sinais necessários para a célula entrar em mitose; por outro lado, ácidos nucleicos ou peptideoglicanos precisam da presença de citocinas liberadas por macrófagos, células dendríticas, para o 2o sinal ser deflagrado. Por outro lado, se o antígeno for de natureza proteica, para entrar em proliferação o linfócito B precisa da interação com linfócitos-T CD4+, os linfócitos T helper que promoverão o segundo sinal para o linfócito B entrar em mitose. Nesta resposta são produzidos os clones específicos de células de memória. Além de auxiliarem a resposta de células B a antígenos proteicos, os linfócitos T CD4+, quando apresentados a antígenos proteicos pelas APCs (células apresentadoras de antígenos), podem ser polarizados em 3 subtipos: (a) Th1 responsável pela síntese principalmente de IFN-γ, citocina responsável por ativar e incrementar diversas funções dos macrófagos e, consequentemente, promover inflamação, e ainda responsável pelo switch de classe para IgG; (b) Th2 sintetizam principalmente IL-4 que é importante no início da proliferação de linfócitos B e promove switch de classe para IgE. A IL-5 ativa eosinófilos e a IL- 13 age na reposta de mucosas, induz células epiteliais a produzir muco e também • está envolvida no switch de classe para IgE; (c) mais recentemente foi descrito um terceiro subtipo de linfócitos T CD4+ denominado Th17. Este subtipo se caracteriza pela produção de IL-17 e IL-22. Em uma infecção bacteriana por patógenos extracelulares este tipo de resposta aumenta o recrutamento de neutrófilos e monócitos para o local da infecção, promovendo a inflamação. Os efeitos destas células têm sido intensamente estudados nos diferentes modelos de resposta imune. Em uma infecção primária, a primeira imunoglobulina a ser detectada é a IgM, que atinge altos níveis, seguida de níveis moderados de IgG. Em uma segunda ou seguintes exposições ao mesmo antígeno, os níveis elevados e predominantes serão de IgG. A detecção de IgM específica em um indivíduo significa infecção aguda e, muitas vezes, determina o diagnóstico; o achado de IgM em recém-nascido para Treponema pallidum, por exemplo, atesta diagnóstico de sífilis neonatal. Uma característica da resposta imune humoral específica é o aumento de afinidade dos anticorpos com o antígeno de natureza proteica todas as vezes que se repetir o contato do indivíduo com este antígeno. Quando a resposta imune ocorre nos tecidos linfoides ligados à mucosa, em que muitas bactérias invadem via células, como as células M da mucosa intestinal, os plasmócitos serão distribuídos por via sanguínea para a lâmina própria no intestino, glândulas salivares, sudoríparas, lacrimais, mamárias, e sintetizam principalmente IgA. Esta imunoglobulina é a mais abundante nas secreções, bloqueando a invasão de muitos patógenos. A interação das imunoglobulinas com os seus antígenos específicos ocorrerá no local da infecção com ligação direta ao microrganismo ou em outros locais com patógenos ou antígenos circulantes. Destas interações (antígeno-anticorpo), os seguintes mecanismos são desencadeados: Neutralização: toxinas bacterianas são neutralizadas pela ligação com o seu anticorpo específico, impedindo sua ligação com a célula-alvo, sendo esse o • • ■ princípio dos anticorpos induzidos na vacina contra tétano e difteria. Os anticorpos também neutralizam o efeito patogênico de uma bactéria por inibir seu metabolismo e impedir sua proliferação Ativação das proteínas do sistema complemento pela
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