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Apostila_-_Cunicultura_e_Coturnicultura

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APRESENTAÇÃO 
 
Caro (a) Aluno (a) 
 O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA sente-se honrado em tê-lo 
(a) como aluno (a) do Curso Técnico de Nível Médio em Agropecuária a Distância. 
 O IFMA Campus São Luís – Maracanã atua na Educação Profissional desde 1953, priorizando o 
desenvolvimento do homem com base nas competências e habilidades para exercer um caráter produtivo na 
sociedade. Assim esta Instituição direciona suas atividades para a formação inicial e continuada de trabalhadores 
técnicos de nível médio. 
 Respaldado no Art. 39 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9. 394/96 e no Decreto nº 
7.589/2011, que institui a Rede e-Tec Brasil, o curso, ora apresentado, foi elaborado com a finalidade de atender 
um contingente com pouco acesso à educação formal e profissional nas modalidades PROEJA e 
SUBSEQUENTE. 
 Os materiais e recursos utilizados são desenvolvidos por professores especializados, com vasta 
experiência no ensino profissionalizante, e aliados à tecnologia da informação e comunicação permitem um 
ensino inovador e de qualidade. 
 Compõem-se como instrumentos pedagógicos: Material impresso, Ambiente de Ensino e Aprendizagem 
– AVEA (Vídeos-aulas, fórum, chat e atividade), Seminários, Aulas Presenciais, Práticas, Teóricas e Estágio. 
 A Rede e-Tec Brasil Campus São Luís Maracanã possui em 18 polos um coordenador de polo e tutores 
presenciais, responsáveis pelo acompanhamento das atividades no polo e na plataforma. 
 O Diploma de Técnico é concedido àquele que concluir com aproveitamento as etapas do curso, sendo 
capaz de: 
 Projetar e acompanhar empreendimentos agropecuários; 
 Implantar, gerenciar e acompanhar o sistema de controle na produção animal e vegetal; 
 Aplicar e acompanhar com inovações tecnológicas o processo de monitoramento e gestão de 
empreendimentos; 
 Planejar e gerenciar os incrementos agrícolas, bem como os recursos humanos disponíveis para a 
produção. 
 Buscar atualização sempre, conhecendo as tendências de mercado da sociedade, bem como sua 
produtividade. 
Sabemos dos desafios que esperam por você, caro (a) aluno (a), mas com seu compromisso, dedicação e 
persistência conseguirá alcançar seus objetivos. 
Sucesso! 
Coordenação do Rede e-Tec Brasil IFMA Campus São Luís - Maracanã 
 
 
SUMÁRIO 
 
PALAVRA DO PROFESSOR – AUTOR ........................................................................................... 6 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................ 7 
PROJETO INSTRUCIONAL ........................................................................................................... 8 
Aula 1 – Introdução à Cunicultura ............................................................................................. 8 
1.1 Origem e importância da cunicultura ......................................................................... 8 
1.2 Situação atual da cunicultura no Brasil e no mundo ................................................. 11 
Atividade ................................................................................................................................ 16 
Referências ............................................................................................................................. 17 
Aula 02 - Características zootécnicas dos coelhos domésticos ................................................. 18 
2.1 Classificação dos coelhos domésticos quanto à suas características externas ........... 18 
2.1.1 Quanto à comercialização, as raças podem ser divididas em: ........................... 18 
2.1.2 Classificação quanto à função econômica:........................................................ 21 
Atividade ................................................................................................................................ 22 
2.2 Descrição de algumas das principais raças de coelhos domésticos de acordo com sua 
aptidão zootécnica .............................................................................................................. 22 
Atividade ................................................................................................................................ 26 
2.2.1 Ordenar as principais partes exteriores dos coelhos domésticos ...................... 26 
Referências ............................................................................................................................. 28 
Aula 03 – Fatores ambientais importantes na Cunicultura ....................................................... 29 
3.1 Fatores ambientais que podem interferir na produção animal ................................. 29 
3.2 Interações entre os fatores ambientais e a criação de coelhos domésticos .............. 31 
Atividade ................................................................................................................................ 33 
Referências ............................................................................................................................. 34 
Aula 04 – Coelhos: sistemas de criação, instalações e equipamentos ...................................... 36 
4.1 Sistemas de criação ................................................................................................. 36 
4.2 Instalações .............................................................................................................. 37 
 
 
Atividade ................................................................................................................................ 39 
Atividade ................................................................................................................................ 46 
4.3 Equipamentos ......................................................................................................... 47 
Atividade ................................................................................................................................ 52 
Referências ............................................................................................................................. 53 
Aula 05 – Aparelho digestivo do coelho doméstico, sua exigência nutricional e alimentar ....... 54 
5.1 Componentes do aparelho digestivo ........................................................................ 55 
Atividade ................................................................................................................................ 57 
5.2 Como funciona o aparelho digestivo no coelho doméstico ....................................... 57 
Atividade ................................................................................................................................ 60 
5.3 Principais nutrientes e suas exigências ..................................................................... 61 
Atividade ................................................................................................................................ 68 
5.4 Como é a alimentação dos coelhos domésticos ....................................................... 68 
Atividade ................................................................................................................................ 72 
Referências ............................................................................................................................. 76 
Aula 06 – O manejo reprodutivo na cunicultura. .....................................................................78 
6.1 Vamos descobrir o que é MANEJO? ......................................................................... 78 
6.2 Identificar as características da seleção de animais para a reprodução .................... 79 
Atividade ................................................................................................................................ 81 
6.3 Manejo de reprodutores .......................................................................................... 81 
6.4 Manejo de matrizes e suas crias............................................................................... 82 
Atividade ................................................................................................................................ 84 
Atividade ................................................................................................................................ 88 
6.5 Eliminação de matrizes ............................................................................................ 89 
6.6 Sexagem dos animais ............................................................................................... 89 
6.7 Castração................................................................................................................. 90 
Atividade ................................................................................................................................ 91 
 
 
Referências ............................................................................................................................. 92 
Aula 07 - Como controlar sua criação ...................................................................................... 93 
7.1 Sinais de saúde e doenças nos coelhos domésticos .................................................. 93 
7.2 Principais doenças dos coelhos domésticos ............................................................. 96 
Atividade .............................................................................................................................. 108 
Referências ........................................................................................................................... 110 
Aula 08 - Como planejar a criação de coelhos domésticos ..................................................... 112 
8.1 Planejando a criação .............................................................................................. 112 
8.2 Dados zootécnicos ................................................................................................. 113 
Atividade .............................................................................................................................. 129 
Referências ........................................................................................................................... 130 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
PALAVRA DO PROFESSOR – AUTOR 
 
Caro aluno 
 
A Cunicultura é o ramo da Zootécnica que trata da criação racional de coelhos, 
assim nesta disciplina, você estudará a origem dos coelhos tendo a sua 
domesticação o fator resultante. Veremos também como as suas raças podem 
ser classificadas e sua importância econômica, abordando os aspectos 
importantes da criação de coelhos domésticos. 
O conteúdo abordado lhe deixará apto a responder questionamentos e retirar 
dúvidas a respeito da Cunicultura, como também estimular você, caros alunos, 
a iniciar uma criação de coelhos, pelo fato de perceber o valor dos produtos 
oriundos desta exploração animal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
Esta disciplina será composta por 08 (oito) aulas. Na aula 01, você terá a 
oportunidade de entender de forma simples a Cunicultura, como os coelhos se 
tornaram fonte de lucro para o homem no decorrer dos tempos. 
Na aula 02, você estudará a classificação dos coelhos domésticos, quanto à 
suas características externas, as principais características de algumas raças de 
coelhos e a importância do exterior do animal. Já na aula 03, o conteúdo 
abordado será sobre os fatores ambientais que podem influenciar na criação de 
coelhos. 
Os sistemas de criação, instalações e equipamentos, você conhecerá na aula 
04. Na aula de número 05, você aprenderá sobre os componentes do sistema 
digestivo, seu funcionamento, e como se dá a alimentação dos coelhos, na 
aula 06 falaremos sobre o manejo reprodutivo utilizado na cunicultura. 
Os sinais de saúde e principais doenças serão vistos na aula 07 e por fim, o 
planejamento da criação de coelho doméstico na aula 08, desta forma, será 
iniciado o estudo agora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
PROJETO INSTRUCIONAL 
 
Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão 
– IFMA Campus São Luís - Maracanã 
Nome do Curso: Técnico em Agropecuária 
Professor-autor: Prof.ª Esp. Lívia Caroline Praseres de Almeida 
 Prof.ª Esp. Solange Muniz Silva 
Disciplina: Cunicultura 
Aula 1 – Introdução à Cunicultura 
Objetivos da aula 
Ao final desta aula você deverá ter condições de: 
Conhecer a origem dos coelhos domésticos. 
Identificar a situação atual da cunicultura no Brasil e no mundo. 
Avaliar a importância da cunicultura. 
 
1.1 Origem e importância da cunicultura 
Antes de iniciarmos o estudo sobre o coelho doméstico, falaremos um pouco 
sobre domesticação. E você sabe o que é domesticação1? 
Os conhecimentos acumulados sobre a origem dos coelhos são ainda 
insuficientes para determinar, com precisão, onde e como se iniciou o trabalho 
de sua domesticação, esta foi mais tardia quando comparada com a de outras 
espécies como o cão e a vaca, sabe-se que surgiu da necessidade de se obter 
alimento, sendo relatado que os romanos já criavam coelhos para produção de 
carne. 
Ao se iniciar o estudo sobre os coelhos devemos tomar conhecimento que este 
é descendente do coelho silvestre europeu, Oryctolagus cunículus, que mesmo 
antes do nascimento de Cristo quando os fenícios ao chegaram a Península 
 
1 Domesticação: tornar doméstico; adaptar (animal ou planta) à vida em associação com seres 
humanos. (Fonte: Miniaurélio - o minidicionário da língua portuguesa). 
 
 
9 
 
Ibérica, no extremo sudoeste da Europa, encontraram um animal 
desconhecido, que chamaram de I-shphanim (espécie de Damão, um animal 
peludo e pequeno que já conheciam), o qual daria posteriormente a designação 
de Hispania, e assim chamada Península Ibérica pelos romanos. Neste local já 
existiam fósseis que indicavam sua existência há 900 mil anos. 
Mas é aos monges que se atribuí sua domesticação, uma vez que estes em 
seu sistema de reclusão tinham que obter formas para produzirem carne em 
espaços limitados. No século XII o coelho foi introduzido na Inglaterra como 
animal doméstico e não apenas como selvagem, espalhando-se rapidamente 
por todo continente europeu e nos séculos seguintes por todo o mundo. 
Quando falamos da presença do coelho nas Américas nos referimos ao gênero 
Sylvilagus que abrange os tapitis (coelho-brasileiro, mamífero de hábito 
noturno) do Brasil e várias espécies da América do Norte, mais precisamente 
nos Estados Unidos, onde recebem os nomes de cotton tail rabbits (coelhos de 
cauda de algodão) e marsh rabbits (coelhos dos mangues). São estes 
certamente os integrantes mais comuns da família dos leporídeos na América 
do Norte, menores do que as lebres verdadeiras e com membros posteriores, 
cauda e orelhas mais curtas. 
Também diferem daquelas nos hábitos, preferindo esquivar-seaté o 
esconderijo mais próximo a confiar na corrida. Pela aparência e pelo 
comportamento, assemelham-se bastante ao coelho europeu, embora não 
cavem galerias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1.1 Coelho tapiti 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Coelho 
Acessado em 18/10/2010 
Figura 1. 2 Coelho europeu. 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Coelho. 
Acessado em 18/10/2010 
 
10 
 
Para você saber! 
 
 
 
 
 
 
 
Já sabemos que os coelhos possuem características semelhantes às lebres, 
como aspecto fenotípico2. Com toda essa semelhança é possível distingui-las 
por meio de características próprias que serão vistas a seguir: 
 
 Tabela 1.1: Diferenças entre coelhos e lebres. 
Diferenças entre coelhos e lebres 
Coelho Lebre 
Nascem sem pelos. Nascem com o corpo coberto 
de pelo. 
Período de gestação em média é 
de 30 dias. 
Período de gestação em 
media é de 40 dias. 
Nascem com olhos fechados. Nascem com olhos abertos. 
Número de filhotes é de até 15 por 
parto. 
Número de filhotes é de até 
04 por parto. 
Possui carne de cor branca. Possui carne de cor 
vermelha. 
Animais sociáveis vivem em 
colônias. 
Animais não sociáveis vivem 
isolados. 
Membros anteriores curtos. Membros anteriores longos. 
Fonte: MELLO, Hélcio Vaz de; SILVA, José Francisco da. Criação de coelho. 
Viçosa: Aprenda Fácil, 2003. 
 
 
2 Fenotípico: diz respeito à aparência externa do animal. 
 
Classificação zoológica 
Filo: Chordata 
Subfilo: Vertebrata 
Classe: Mamalia 
Ordem: Lagomorfa 
Família: Leporidae 
Gênero: Oryctolagus 
Espécie: Oryctolagus cunículus 
Fonte: MELO, 2003. Criação de coelhos. 
 
11 
 
1.2 Situação atual da cunicultura no Brasil e no mundo 
 
Segundo Márcio Infante, publicado por Délcio Rocha em 15/5/2007, comenta: 
“Podemos afirmar que atualmente, no mercado interno, não há problemas para 
a colocação de coelhos e seus produtos, pois a procura e as possibilidades 
comerciais são superiores à oferta. Quanto às possibilidades de exportação 
são consideradas ilimitadas. França, Inglaterra, Itália, Japão, Alemanha, Suíça 
e Estados Unidos são alguns dos países que vem tentando adquirir carne de 
coelho no Brasil e não conseguem, simplesmente porque a produção brasileira 
é muito inferior às necessidades dos compradores estrangeiros. Também o 
mercado para peles se encontra na mesma situação". 
O Brasil em termos da criação de coelhos no mercado pecuário segundo o 
IBGE no ano de 2005 possuía um rebanho de 303.640 cabeças valor este que 
sofreu uma queda de 6,5% se comparado com o ano de 2004, onde o rebanho 
era composto por 324 582 animais, onde o principal produtor de coelhos no 
ano de 2005 foi o estado do Rio Grande do sul detendo 33,3% da produção 
nacional. Sendo sua criação dentre as diversas explorações da cunicultura, 
caracterizada dentro da produção da América do Sul, com grande parte da 
criação sendo de origem familiar, ou seja, pequena escala, com produção em 
relação à população sendo reduzida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Tabela 1.2: Efetivo e produção animal do Brasil no ano de 2004-2005. 
Efetivos e produção de origem animal – Brasil – 2004-2005 
Efetivos e produção 2004 2005 2005/2004 (%) 
Bovinos 204.512.737 207.156.696 1,3 
Porcas criadeiras 4.482.162 4.518.084 0,8 
Outros porcos e porcas 28.603.137 29.545.850 3,3 
Galinhas 184.786.319 186.573.334 1,0 
Galos, frangas, frangos e 
pintos 
759.512.029 812.467.900 7,0 
Codornas 6.243.202 6.837.767 10,0 
Coelhos 324.582 303.640 -6,5 
Eqüinos 5.787.250 5.787.249 0,0 
Bubalinos 1.133.622 1.173.629 3,5 
Asininos 1.196.324 1.191.533 -0,4 
Muares 1.358.419 1.388.665 2,2 
Caprinos 10.046.888 10.306.722 2,6 
Ovinos 15.057.838 15.588.041 3,5 
Vacas ordenhadas 
(cabeça) 
20.022.725 20.631.530 3,0 
Leite produzido (l) 23.474.693.678 24.571.536.857 4,7 
Ovos de galinha (dz) 2.693.220.081 2.791.548.278 3,7 
Casulos (bicho-da-seda) 
(Kg) 
8.044.604 7.448.904 -7,4 
Ovinos tosquiados 
(cabeça) 
3.762.578 3.698.903 -1,7 
Lã bruta (Kg) 11.172.490 10.777.534 -3,5 
Ovos de codorna (dz) 104.063.867 117.637.576 13,0 
Mel (Kg) 32.290.462 33.749.666 4,5 
Fonte:http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=759&i
d_pagina=1. 
 
 
 
 
13 
 
Tabela 1.3: Efetivo dos rebanhos, segundo as Grandes Regiões da 
Federação - Brasil – 2004. 
Efetivo de rebanhos nas 
Regiões da Federação 
Efetivo dos rebanhos 
Coelhos Ovinos Caprinos 
Brasil 
 324 582 
 15 057 
838 
 10 046 888 
Norte 2 397 429 025 148 546 
Nordeste 30 594 8 712 287 9 331 460 
Sudeste 112 489 543 693 237 416 
Sul 172 552 4 515 766 219 455 
Centro - Oeste 6 550 857 067 110 011 
 Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/ppm/2004/ppm2004.pdf. 
 
Dentro da criação de coelhos tendo em foco especificamente a região 
nordeste, teremos o Estado da Bahia como o maior produtor de coelhos com 
número equivalente ano 2004 a 23.111 cabeças. Sendo que os Estados do 
Maranhão, Piauí e Paraíba segundo os dados do IBGE do ano de 2004, não 
houve efetivo de rebanho economicamente viável. Já o maior produtor regional 
é o sul do país, onde encontramos o Rio Grande do Sul com um total de 
cabeças 109.614 cabeças, considerado o maior produtor nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Tabela 1.1: Efetivo dos rebanhos em 31.12 e variação anual, segundo as 
categorias Brasil – 2007 – 2008. 
 
Categorias 
Quantidade (cabeças) Variação anual 
 (2008/2007) (%) 2007 2008 
 
Grande porte 208 992 648 211 420 012 1.2 
Bovino 199 752 014 202 287 191 1.3 
Bubalino 1 131 986 1 146 798 1.3 
Eqüino 5 602 053 5 541 702 (-) 1.1 
Asinino 1 163 316 1 130 795 (-) 2.8 
Muar 1 343 279 1 313 526 (-) 2.2 
Médio porte 61 634 782 62 802 808 1.9 
Suíno 35 945 015 36 819 017 2.4 
Caprino 9 450 312 9 355 220 (-) 1.0 
Ovino 16 239 455 16 628 571 2.4 
Pequeno porte 1 135 535 985 
1 211 257 
708 6.7 
Galos, frangas, frangos e 
pintos 930 040 524 994 305 374 6.9 
Galinhas 197 618 060 207 711 504 5.1 
Codornas 7 586 732 8 978 316 18.3 
Coelhos 290 669 262 514 (-) 9.7 
 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária, Pesquisa da Pecuária 
Municipal 2007-2008. 
Disponível 
em:http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/ppm/2008/defaulttabzip.shtm>. Acessado 
em 14/12/2010. 
 
 
 
 
15 
 
Tabela 1.4: Produção mundial de carne de coelho em 2003. 
Continente 
Produção de carne de coelho Número de 
coelhos 
(x 1000) 
Toneladas % 
Europa 
 
552 137 49,9 375 561 
Ásia 
 
447 942 40,5 390 785 
África 
 
85 591 7,7 72 236 
América 
 
21 356 1,9 18 215 
Oceania 
 
0 0,0 0 
Mundo 1 107 025 
 
100,0 856 797 
Fonte: EFSA, 2005 adaptado de FAOSTAT, 2004. 
 
 
 
Tabela 1.5: Principais países produtores de carne de coelho. 
Produção dos países produtores de carne de coelho do ano de 2002 a 
2005 em tonelada. 
País 2002 2003 2004 2005 
China 423.000 438.000 460.000 500.000 
Itália 222.000 222.000 222.000 225.000 
Espanha 119.021 111.583 106.612 108.000 
França 83.300 77.800 85.200 87.000 
Outros países 25.669 26.932 27.216 27.438 
Fonte: XICCATO e TROCINO, 2007 adaptado de MANIERO, 2007 e da elaboração Avitalia 
sobre dados da FAO e SENASA. 
 
 
 
 
16 
 
AtividadeQue tal agora depois de seu estudo, fazermos uma pequena atividade para 
recordar os tópicos anteriores? Vamos começar! 
 
1. Os coelhos domésticos atuais descendem de quem? 
_______________________________________________________________ 
 
2. A quem é atribuída a domesticação dos coelhos e por que o fizeram? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
3. Cite três diferenças entre os coelhos e as lebres. 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
4. Qual o país que lidera a produção mundial de coelhos e como é 
caracterizada a cunicultura na América do Sul? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Referências 
 
Biblioteca Vida Guia de Auto – Suficiência. Aprenda a Criar Coelhos. Editora 
Três. São Paulo, SP. 
IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária, Pesquisa da 
Pecuária Municipal 2007-2008. Disponível em: 
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/ppm/2008/defaulttabzip.shtm
>. Acessado em 14/12/2010. 
MELLO, Hélcio Vaz de; SILVA, José Francisco da. Criação de coelho. Viçosa: 
Aprenda Fácil, 2003. 
MILLEN, Eduardo. Zootecnia e Veterinária: teoria e práticas gerais Volume I. 
Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1975. 
MILLEN, Eduardo. Zootecnia e Veterinária: teoria e práticas gerais Volume II. 
Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1988. 
OLIVEIRA, Narciso C. P. R. Manual Os coelhos. Brasília: Ki-Coelho. 2ª 
Edição, 1986. 
VIEIRA, Márcio Infante. Carne e Pele de Coelho: produção, comércio, 
preparo. São Paulo: Livraria Nobel, 1987. 
VIEIRA, Márcio Infante. Coelhos: instalações e acessórios. 5ª Edição 
Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1979. 
VIEIRA, Márcio Infante. Para criar bem, conheça os animais. 3ª Edição 
Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1980. 
VIEIRA, Márcio Infante. Produção de Coelhos: caseira, comercial, 
industrial. 8ª Edição Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1980. 
XIMENES, Sérgio. Minidicionário da Língua Portuguesa. Edição revisada e 
ampliada. Editora Ediouro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Aula 02 - Características zootécnicas dos coelhos domésticos 
Objetivos da aula 
 
Ao final desta aula você deverá ter condições de: 
Identificar as principais características externas dos coelhos domésticos. 
Descrever as principais raças de coelhos domésticos. 
Ordenar as principais partes exteriores dos coelhos domésticos. 
 
2.1 Classificação dos coelhos domésticos quanto à suas características 
externas 
Antes de falarmos sobre as classificações dadas aos coelhos domésticos, no 
que diz respeito as raças, faleremos de forma resumida sobre raça (como 
podem ser, surgir). Então vamos lá! 
O termo raça define um conjunto de indivíduos de uma mesma espécie com 
origem e características comuns, e que, em condições semelhantes, 
transmitem aos sues descendentes tais características. O que caracteriza as 
raças, são os fatores fixos e hereditários, isto é, que os indivíduos receberam 
de seus ascendentes (pais, avós) e que transmitem a seus descendentes 
(filhos e netos). 
E você sabe como as raças podem ser classificadas. Então vamos lá! 
a) Naturais: são mais resistentes, mais rústicas, não são em geral melhoradas 
e foram formadas sem a intervenção do homem. 
b) Artificiais: foram obtidas pelo homem que orientou sua formação dentro de 
critérios pré-estabelecidos, mas sempre com o objetivo de obter as produções 
de acordo com suas necessidades, conveniências ou desejos. 
O resultado prático, foram os aumentos de tamanho, forma, peso, produções 
diversas, maoir poder de assimilação dos alimentos (conversão alimentar) , 
maior precocidade, melhor ganho de peso, etc, conforme as espécies, raças e 
animais utilizados. 
2.1.1 Quanto à comercialização, as raças podem ser divididas em: 
 
19 
 
a) Esportivas: cujas características desejadas, nem sempre têm valor 
ecônomico, os animais têm valor apenas estético, animais criados como 
companhia. Ex: raças anãs de coelhos domésticos. 
b) Econômicas, comerciais, industriais: são as raças nas quais as 
características de produção são de grande importância, pois delas dependem 
os lucros do criador, objetivo da criação. 
As raças podem ser obtidas: 
a) Mutações – podem ser fixadas por consanguinidade3. Ex: coelhos da raça 
Castor Rex. 
b) Cruzamentos4 de raças previamente selecionadas por especializações 
– provocar o aparecimento ou a fixação de características desejadas. 
c) Casualidade: acasalamentos empíricos, ou seja baseado apenas na 
experiencia, e não no estudo. 
d) Seleção5: realizada para melhorar e fixar características já existentes. 
Lembrete! 
e) Mestiçagem – reprodução entre animais mestiços (animal proveniente de 
cruzamento de raças diferentes). 
 
As raças de coelhos surgiram de diversas formas: 
Mutações espontâneas. Ex: Castor Rex; 
Seleção de animais.Ex: Gigante de Flandres; 
Cruzamento: pode culminar com o surgimento de uma nova raça 
Lembrete! 
 
3 Consanguinidade: o grau de parentesco entre indivíduos de ascendência comum; 
4 Cruzamento: é o acasalamento de animais puros, de raças diferentes, mas da mesma 
espécie. 
5 Seleção: método de reprodução pelo qual são escolhidos, os animais que melhor se 
enquadrem dentro do padrão da raça, do tipo ou produção desejada e que sejam fecundos, 
vigorosos e sadios. 
 
 
20 
 
O produtor não pode ficar fazendo cruzamentos sem conhecimento, visto que, 
o potencial de reprodução dos animais depende diretamente do método de 
cruzamento. 
Agora que já sabemos um pouco sobre o que é raça, como podem ser 
divididas chegou a hora de sabermos como as raças de coelhos domésticos se 
classificam: 
Classificação das raças quanto à cor da pelagem 
Branca uniforme: Nova Zelândia Branca, Gigante de Flandres Branca, 
Gigante Espanhol Branco, Angorá Branco, etc. 
Branca com manchas escuras dispersas: Borboleta, Dalmaciano, etc. 
Branca com extremidades escuras: Califórnia, Himalaio, etc. 
Azul: Azul de Viena, Azul de Bevérem, etc. 
Negra uniforme: Alasca, Preto de Hot, Gigante de Flandres Negra, etc. 
Negra mesclado: Negro e Fogo, etc. 
Negra com listra branca: Holandês. 
Avermelhada: Fulvo de Borgonha, Gigante Espanhol, Nova Zelândia 
Vermelha, Havana, etc. 
Prateada: Champagne D’Argente (prateada de campanha) 
Difusa: Chinchila. 
Listrado: Japonês. 
Cinza: Gigante de Flandres Cinza. 
Classificação quanto ao comprimento do pelo 
Pelos extracurtos: pelos menores que 1,3 cm. Ex: Castor Rex. 
Pelos curtos: pelos maiores que 1,3 cm e menores que 2,5 cm. Ex: Polonês. 
Pelos médios: pelos com 2,5 cm, maioria das raças. Ex: Chinchila, Califórnia, 
etc. 
Pelos semilongos: pelos maiores que 2,5 cm e menores que 7,0 cm. Ex: 
Gigante de Bouscat. 
Pelos longos: pelos com mais de 7,0 cm. Ex: Angorá. 
Classificação quanto ao porte físico 
Grande porte ou gigante: peso adulto acima de 5,0 Kg. Ex: Gigante de 
Flandres, Gigante de Bouscat, etc. 
 
21 
 
Médio porte: peso adulto de 3,0 a 5,0 Kg. Ex: Califórnia, Chinchila, Nova 
Zelândia, etc.Pequeno porte: peso adulto de 2,5 a 3,0 Kg.Ex: Havana Rex, Angorá. 
 
2.1.2 Classificação quanto à função econômica: 
Raças produtoras de carne: embora todas as raças de coelhos produzam 
carne, somente as de médio porte e grande preenchem os requisitos 
econômicos, por alcançarem o peso comercial com idade de 60 a 70 dias. 
Nesta faixa de idade produzem carcaça com rendimento em torno de 60%. 
Acima de 70 dias, reduzem sua capacidade de conversão de alimentos. Por 
isso, são consideradas raças para produção de carne as de porte médio, como 
Nova Zelândia, Califórnia, Chinchila, etc, e as de porte grande Gigante de 
Flandres, Gigante de Bouscat. 
Raças produtoras de pele: as raças mais indicadas são aquelas cujos 
animais sejam de médio porte a grande porte, pois as peles mais valorizadas 
são as de maior tamanho, boa espessura, com pelos sedosos e em grande 
concentração, distribuídos de maneira uniforme. 
Para atender a essas exigências, os animais são abatidos em idade variavél, 
de 4 a 8 meses, quando a pele já atingiu sua maturidade, e abate dos mesmos 
é realizado fora do período anual de muda (troca dos pelos). Dá-se preferência 
as raças de pelagem branca, pois estas peles expressam melhor efeito do 
tingimento. 
Raças produtoras de pelos: existe somente uma raça produtora de pelo 
longos, que é a Angorá com suas variedades, com fios acima de 7,0 cm de 
comprimento podendo chegar a 20 cm, de acordo com o clima, condições 
nutricionais, etc. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Atividade 
 Com os conhecimentos que você acabou de adquirir que tal aplicá-los 
agora, com esta pequena atividade. Vamos começar! 
 
1. Como você definiria raça e o que as caracteriza? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
2. Como são obtidas as raças? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
3. Os coelhos domésticos são classificados como? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
2.2 Descrição de algumas das principais raças de coelhos domésticos de 
acordo com sua aptidão zootécnica 
 
a) Gigante de Bouscat: pode ser também denominada Branca de Bouscat, 
originária da França, obtida do cruzamento entre as raças Gigante de Flandres, 
Prateado de Champanha e Angorá de cor branca. Possuindo pelagem branca 
uniforme, sendo a única raça que apresenta pelos semilongos. (MELO, 2003) 
 
23 
 
Tabela 2.1: Principais características da raça Gigante de Bouscat. 
 
 
Características da raça Gigante de Bouscat 
 
 
 
Exterior do 
Animal 
Descrição 
Cabeça Afilada e convexa. 
Orelhas Tamanho médio, em torno de 15 a 18, posicionada em “V” 
na cabeça do animal. 
Olhos Transparentes (apresentando a cor rósea a vermalha). 
Lombo Largo, um pouco arqueado. 
Garupa Delineada e cheia. 
Cauda Cauda: tamanho médio. 
Membros Fortes, bons aprumos. 
Pelos Pelos: comprimento médio, sedosos e brilhantes. 
Função 
zootécnica 
 
Carne e pele. 
Fonte: MELLO, Hélcio Vaz de; SILVA, José Francisco da. Criação de coelho. Viçosa: Aprenda 
Fácil, 2003./VIEIRA, Márcio Infante. Produção de Coelhos: caseira, comercial, industrial. 8ª 
Edição Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1980. 
 
 
b) Raça Nova Zelândia: a raça Nova Zelândia teve origem nos Estados 
Unidos, sendo que nos dias atuais esta difundida mundialmente. Originou-se 
do cruazamento de diversas raças comuns com coelhos brancos americanos, 
apresentando três variedades de cor: a branca, a vermelha e a preta. 
 
 
Figura 2. 1: Coelho. 
Fonte:<http://www.coelhoecia.com.br/Racas/Racas.htm>. 
Acessado em 20/10/2010. 
 
24 
 
Quadro 2.2: Principais características da raça Nova Zelândia. 
 
Características da raça Nova Zelândia 
Fonte: Rolando Arrual Freitas/Aprenda a criar coelhos. 
 
 
Exterior do 
Animal 
Descrição 
Cabeça Arredondada. 
Orelhas Tamanho médio, em torno de 13 cm, posicionada em “V” 
na cabeça do animal, tendo suas extremidades levemente 
arredondadas (fechadas). 
Olhos Transparentes (se apresentando a cor rósea a vermalha, 
reflexo da vascularização sanguínea). 
Lombo Largo, um pouco arqueado. 
Garupa Larga e arredondada. 
Cauda Cauda: tamanho médio. 
Membros Patas: curtas e fortes. 
Pelos Pelos: comprimento médio, não devem ser compridos. 
Função 
zootécnica 
Carne e pele. 
Fonte: MELLO, Hélcio Vaz de; SILVA, José Francisco da. Criação de coelho. 
Viçosa: Aprenda Fácil, 2003./VIEIRA, Márcio Infante. Produção de Coelhos: 
caseira, comercial, industrial. 8ª Edição Revista e Ampliada. São Paulo: 
Livraria Nobel, 1980. 
 
 
Lembrete! 
As variedades vermelha e preta são pouco difundidas, a branca é a mais 
trabalhada dentre as demais. 
 
 
 
25 
 
c) Raça Angorá: originada do Mar Negro. Sendo que sua seleção como raça 
ocorreu em 1740, na Inglaterra. É bastante encontrado na Alemanha, Inglaterra 
e França, pouco difundido no Brasil. Existem variedades de cores, mas a cor 
branca é a que detém maior valor comercial. 
 
Quadro 2.3: Principais características da raça Angorá. 
 
Características da raça Angorá 
 
 
Figura 2.3: Raça Angorá. 
Fonte: < http://www.coelhoecia.com.br/Racas/Racas.htm>. Acessado em 20/10/2010. 
Exterior do 
Animal 
Descrição 
Cabeça Arredondada. 
Orelhas Curtas, eretas em “V” 
Olhos Grandes, coloração rósea em angorás brancos e 
escuros em angorás de outras cores. 
Lombo Comprido e ligeiramente arqueada. 
Garupa Arredondada. 
Cauda Tamanho médio. 
Membros Fortes e compridos. 
Pelos Fino, sedoso, atingindo de 15 a 20 cm de 
comprimento. 
Função 
zootécnica 
Produção de pelos. 
Fonte: MELLO, Hélcio Vaz de; SILVA, José Francisco da. Criação de coelho. Viçosa: Aprenda 
Fácil, 2003./VIEIRA, Márcio Infante. Produção de Coelhos: caseira, comercial, industrial. 8ª 
Edição Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1980. 
 
 
 
 
 
26 
 
Atividade 
Vamos treinar um pouco! 
1. Cite três caracterisitcas da raça Gicante de Bouscat? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
2. Quais principais funções zootécnicas dos coelhos e quais os exemplos 
visto nesta aula? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
2.2.1 Ordenar as principais partes exteriores dos coelhos domésticos 
Agora que você já conhece a classificação das raças e suas características 
falaremos agora sobre o exterior dos coelhos. 
Cabeça: geralmente a cabeça dos coelhos são compridas, pouco convexa na 
parte superior. A fêmea apresenta cabeça mais delicadace fina, quando 
comparada com o macho que apresenta cabeçamais grossa e curta. O 
tamanho está relacionado ao sexo, raça, dessa maneira, os coelhos 
apresentam cabeças diferentes como: pesadas, finas, de pele grossa, entre 
outras características. 
Pescoço: localizado entre a cabeça e o corpo do animal, devendo ser curto, 
musculoso. Somente as fêmeas apresentam papada que é uma prega da pele 
localizada na borda inferior da garganta. 
Tronco: parte mais volumosa do corpo, onde estão localizados os órgãos do 
animal,podendo ser dividindo em sub-regiões: dorso, tórax, peito, ventre, zona 
genital e cauda. 
Membros: o coelho possui 2 (dois) membros anteriores e 2 (dois) posteriores, 
os quais se encarregam de apoiar e movimentar seu corpo. 
 
27 
 
 
Figura 2.1 - Fonte: Biblioteca Vida Guia de Auto – Suficiência. Aprenda a Criar Coelhos. Editora 
Três. São Paulo, SP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Referências 
 
Biblioteca Vida Guia de Auto – Suficiência. Aprenda a Criar Coelhos. Editora 
Três. São Paulo, SP. 
MELLO, Hélcio Vaz de; SILVA, José Francisco da. Criação de coelho. Viçosa: 
Aprenda Fácil, 2003. 
MILLEN, Eduardo. Zootecnia e Veterinária: teoria e práticas gerais Volume I. 
Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1975. 
MILLEN, Eduardo. Zootecnia e Veterinária: teoria e práticas gerais Volume II. 
Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1988. 
OLIVEIRA, Narciso C. P. R. Manual Os coelhos. Brasília: Ki-Coelho. 2ª 
Edição, 1986. 
VIEIRA, Márcio Infante. Carne e Pele de Coelho: produção, comércio, 
preparo. São Paulo: Livraria Nobel, 1987. 
VIEIRA, Márcio Infante. Para criar bem, conheça os animais. 3ª Edição 
Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1980. 
VIEIRA, Márcio Infante. Produção de Coelhos: caseira, comercial, 
industrial. 8ª Edição Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1980. 
XIMENES, Sérgio. Minidicionário da Língua Portuguesa. Edição revisada e 
ampliada. Editora Ediouro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
Aula 03 – Fatores ambientais importantes na Cunicultura 
 
Objetivos da aula 
Ao final desta aula você deverá ter condições de: 
Identificar os fatores ambientais que podem interferir na produção animal. 
Compreender as possíveis interações entre os fatores ambientais e a criação 
de coelhos domésticos. 
 
3.1 Fatores ambientais que podem interferir na produção animal 
 
Os coelhos por possuírem uma grande quantidade de inimigos naturais, onde 
podemos citar como exemplos as raposas, águias e felinos de grande porte 
(onça, jaguatirica) que os perseguem durante o dia, estes desenvolveram 
hábitos noturnos para reprodução e alimentação. 
Devido a esta adaptação estes animais apresentam deficiência visual diurna, 
ou seja, não enxergam bem durante o dia, principalmente os coelhos albinos, 
em contrapartida para suprir essa necessidade o coelho possui uma audição 
muito aguçada, por isso assustam-se facilmente. Os fortes odores oriundos da 
falta de higienização adequada, excesso de ruídos, presença de filhotes mortos 
em decomposição, odores de amônia são alguns motivos pelos quais as 
matrizes algumas vezes se afastam do ninho e deixam de amamentar as crias. 
Dentro da criação de coelhos domésticos temos a presença de fatores 
ambientais que influenciam diretamente sobre os animais que podem ser 
controlados mediante a utilização de instalações bem construídas, bem 
localizadas e com bons equipamentos. Dentre os fatores ambientais temos: 
temperatura, umidade, ventilação, insolação, iluminação, poluição sonora. 
A seguir veremos algumas imagens de exemplos dos inimigos naturais do 
coelho: 
 
30 
 
 
Figura 3.1: Raposa (predador). Fonte: 
Fonte: Disponível em: 
<http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=news&do=shownew&topic=1&newid=1067
>. Acessado em 28/10/2010. 
 
 
 
Figura 3.2: Águia (predador) 
Fonte: Disponível em: 
<http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=55&cid=3006&bl=1&section=2>. Acessado em 
28/10/2010. 
 
 
 
Figura 3.3: Jaguatirica (predador) 
Fonte: Disponível em: <http://uefoda.blogspot.com/2008_09_01_archive.html>. Acessado em 
28/10/2010. 
 
 
 
 
31 
 
3.2 Possíveis interações entre os fatores ambientais e a criação de 
coelhos domésticos 
 
Agora que você conheceu um pouco sobre as interferências que o meio 
ambiente causa na produção animal a seguir iremos falar sobre estes fatores 
ambientais. 
 
 Temperatura – os coelhos por terem se originado em regiões de clima 
temperado desenvolveram a pelagem, fato que prejudica seu desempenho 
produtivo e reprodutivo em regiões tropicais como a nossa. Demonstram bom 
desempenho numa amplitude térmica que varia de 15 a 25ºC, já os filhotes 
entre 10 a 15 dias, necessitam de temperatura mais elevada, entre 28 a 35ºC. 
 
 Umidade – para os coelhos domésticos este é um fator que precisa ser 
bem controlado, pois esta associada às enfermidades respiratórias e oculares e 
tem efeito na oxigenação do ar. Sentem-se confortáveis quando a umidade 
oscila entre 60 a 70%, mas admite uma amplitude momentânea de 40 a 90%. 
Excesso de umidade favorece a manifestação da coriza, pasteurelose, 
conjuntivite entre outras, além de afetar o processo respiratório. 
Favorece também a fermentação da ração, potencializa os efeitos da amônia 
exalada da fermentação da urina, proliferação de moscas e outros insetos que 
podem causar doenças. Para se evitar esta situação, devemos construir 
instalações onde o terreno é seco, com boa drenagem, elevado, com leve 
declínio e longe de brejos e locais com muita umidade. 
 
Ventilação – a circulação do ar, no interior das instalações, é de 
suma importância, pois promove a renovação do ar, ameniza os efeitos da 
temperatura elevada, assim como elimina o ar quente, rico em umidade e 
 
32 
 
odores indesejáveis. Entretanto, se a ventilação for excessiva, proporciona a 
queda de temperatura acentuadamente, favorecendo a infestação de 
microorganismos nocivos aos animais. O controle da ventilação é feito 
mediante a construção de instalações em locais bastante ventilados, com 
galpões equipados com cortinas ajustáveis verticalmente. 
 
Insolação – radiação solar nas proximidades das instalações é 
benéfica, pois o calor é um fator esterilizantes, que reduz a umidade aos 
redores da mesma, assim evitando a proliferação de insetos e de micro-
organismos indesejáveis. Entretanto, a incidência de raios solares no interior 
das instalações, e sobre os animais, é indesejável, para se evitar isso, 
devemos construir as instalações com seu eixo longitudinal no sentido leste-
oeste, assim como um beiral bem acentuado. 
 
 Iluminação – os coelhos são animais que necessitam de fotoperíodo 
longo, para manifestarem, com eficiência, o processo reprodutivo, pois as 
matrizes exigem um período luminoso entre 12 a 16 h, enquanto os 
reprodutores 8 a 12 h. De acordo com a região, caso o período luminoso não 
seja adequado, deve-se completar com luz artificial, de preferência estendendo 
o período do final da tarde, até as 20:30h. 
 
Poluição Sonora- os coelhos são animais dóceis e tranqüilos, mas 
precisam de um ambiente sossegado para terem desempenho satisfatório. 
Devem ser evitados locais com muito ruído, com presença frequente de 
pessoas e animais estranhos, pois estes fatores deixam os coelhos nervosos e 
estressados. 
 
 
33 
 
Atividade 
 Vamos testar o que você aprendeu! 
1. Enumere a 1ª coluna de acordo com a 2ª coluna. 
 
(1) Temperatura ( ) Precisão de ambientes tranqüilos, sem presença de zoada. 
(2) Umidade ( )Fator esterilizante e que diminui a umidade. 
(3) Ventilação ( ) Fotoperíodo longo para melhor eficiência do processo 
reprodutivo. 
(4) Insolação ( ) Promove renovação de ar e ameniza os efeitos da 
temperatura. 
(5) Iluminação ( ) Causa enfermidade respiratória e oculares se não for 
controlada. 
(6) Poluição sonora ( ) Amplitude térmica variando entre 15 a 25 º C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Referências 
 
Biblioteca Vida Guia de Auto – Suficiência. Aprenda a Criar Coelhos. Editora 
Três. São Paulo, SP. 
MELLO, Hélcio Vaz de; SILVA, José Francisco da. Criação de coelho. Viçosa: 
Aprenda Fácil, 2003. 
MILLEN, Eduardo. Zootecnia e Veterinária: teoria e práticas gerais Volume I. 
Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1975. 
MILLEN, Eduardo. Zootecnia e Veterinária: teoria e práticas gerais Volume II. 
Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1988. 
OLIVEIRA, Narciso C. P. R. Manual Os coelhos. Brasília: Ki-Coelho. 2ª 
Edição, 1986. 
VIEIRA, Márcio Infante. Carne e Pele de Coelho: produção, comércio, 
preparo. São Paulo: Livraria Nobel, 1987. 
VIEIRA, Márcio Infante. Coelhos: instalações e acessórios. 5ª Edição 
Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1979. 
VIEIRA, Márcio Infante. Para criar bem, conheça os animais. 3ª Edição 
Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1980. 
VIEIRA, Márcio Infante. Produção de Coelhos: caseira, comercial, 
industrial. 8ª Edição Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1980. 
XIMENES, Sérgio. Minidicionário da Língua Portuguesa. Edição revisada e 
ampliada. Editora Ediouro. 
 
Termômetro (imagem). Disponível em: 
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=3037>. 
Acessado em 28/10/2010. 
 
Umidade (imagem). Disponível em: 
<http://peregrinacultural.wordpress.com/2008/11/18/o-guarda-chuva-poema-de-
mauro-mota-para-uso-escolar/>. Acessado em 28/10/2010. 
 
 
35 
 
Ventilação (imagem). Disponível em: 
<http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=35
5114>. Acessado em 28/10/2010. 
 
Insolação (imagem). Disponível em: 
<http://fmodia.terra.com.br/portal/blog/alexandrewoolley/200909archive001.asp
>. Acessado em 28/10/2010. 
 
Iluminação (imagem). Disponível em: 
<http://miguelitoeducacao.blogspot.com/2009_12_01_archive.html>. Acessado 
em 28/10/2010. 
 
Poluição sonora (imagem). Disponível em: 
<http://conscienciacriticaedireito.blogspot.com/2009/04/poluicao-sonora-um-
mal-que-deve-ser.html>. Acessado em 28/10/2010. 
 
 
 
36 
 
Aula 04 – Coelhos: sistemas de criação, instalações e equipamentos 
 
Objetivos da aula 
Ao final desta aula você deverá ter condições de: 
Identificar os sistemas de criação, instalações e equipamentos. 
Reconhecer os sistemas de criação, instalações e equipamentos. 
 
4.1 Sistemas de criação 
Pelos conhecimentos adquiridos nas aulas anteriores referentes à 
criação de coelhos, nesta você está convidado a conhecer e identificar os 
sistemas de criação voltados para a Cunicultura, então o que você acha? 
Vamos lá! 
Os sistemas de criação serão descritos a seguir: 
a) Extensivo ou em liberdade 
Este sistema apresenta os animais criados em sistema de liberdade plena em 
campos ou áreas com grande extensão territorial apresentando cercas com a 
finalidade de se evitar fugas. Ao se optar pela presença de cercas estas devem 
ser de tela de arame grosso com 1 metro de altura, no mínimo, e com 0,5 
metros da cerca enterrado no chão para evitar a fuga dos coelhos pelo hábito 
de cavar galerias. 
Neste tipo de sistema o cunicultor não possui a opção de criar racionalmente 
ou mesmo industrialmente o coelho por apresentar algumas dificuldades como: 
- não conhecer a quantidade exata dos animais; 
- falta de controle no acasalamento, não sendo possível identificar o 
parentesco; 
- maior disseminação de doenças; 
 
37 
 
- maior demanda de custos financeiros e pessoal, entre outras desvantagens. 
b) Semi-intensivo 
O sistema semi-intensivo apresenta animais criados em pequenos cercados 
com abrigos contra as intempéries naturais (sol, chuva, vento, etc.) e com 
disponibilização do alimento e da água, causando desta forma dependência do 
homem. Neste encontramos a presença de coelheiras móveis que podem ser 
colocadas diretamente ao solo, sem a presença de fundo na mesma, para que 
o animal tenha acesso direto ao alimento. 
O sistema semi-intensivo apresenta praticamente as mesmas desvantagens do 
sistema extensivo como maior aumento de gasto na alimentação e mão-de-
obra, não sendo recomendado para coelhas em gestação ou lactação. 
 
c) Sistema intensivo 
 
É o sistema mais recomendado para uma criação racional permitindo a criação 
intensiva, industrial e comercial com bom rendimento animal e financeiro, com 
emprego de gaiolas individuais ou coletivas. Como vantagens podemos 
destacar o maior controle dos animais, controle no acasalamento, monta 
controlada, diminuição de mortalidade, programação de nascimento e 
comercialização, melhor seleção de matrizes e reprodutores, maior sanidade 
animal, maior higiene nas instalações dentre outras. 
 
4.2 Instalações 
 
Quando falamos dos sistemas de criação percebemos que cada um possui 
determinados elementos que são utilizados na criação dos coelhos, estes 
utilizados corretamente irão facilitar o manejo e oferecer melhores condições 
de vida para os animais que acarretaram em melhores resultados na 
cunicultura. 
A utilização de um bom planejamento, na construção das instalações, deve ser 
realizado antes que se faça qualquer tipo de empreendimento, sendo 
observado o conforto dos animais como requisito primordial para uma boa 
 
38 
 
produção e melhores rendimentos, sem esquecer o bem-estar dos coelhos. As 
instalações não devem apenas oferecer melhores condições de vida aos 
animais, mas também permitir a racionalização dos trabalhos com a criação. 
Se você desejar inserir-se no ramo da cunicultura, deve ter em mente que a 
criação de coelhos poderá ser caseira ou de “fundo de quintal” sendo 
consideradas pequenas criações, isto é, o criador não visa o lucro, por outro 
lado temos as criações de padrões comerciais ou industriais que têm o objetivo 
econômico. Desta forma veremos a seguir alguns itens indispensáveis para 
que se tenha um bom planejamento e instalações adequadas à criação 
cunícola, tendo em vista que abordaremos a produção intensiva, que abordará 
maiores níveis tecnológicos. 
Com as informações adquiridas, não se esquecendo dos conceitos básicos, 
onde poderemos fazer adaptações facilmente das instalações e equipamentos 
para outros sistemas. 
 
Pronto! Vamos agora começar com o nosso estudo! 
 As instalações visam o conforto dos animais, como adequar à distribuição das 
gaiolas no interior das instalações, visando favorecer limpeza, a desinfecção e 
demais práticas ligadas ao manejo. 
O mais importante na cunicultura são os fatores devem ser observados na 
escolha de uma boa localização para implantação da criação, lembrando que 
você conheceu alguns dos fatores na aula 3, são: 
Definir qual será o objetivo da criação (carne, lã, pelo, pele ou 
reprodutores); 
Disponibilidade de água de boa qualidade, devido sua a importância no 
processo digestivo e reprodutivo, além de representar 70% do peso corporal do 
coelho, deve ser potável e a vontade; 
 
39 
 
 Por serem dóceis e tranquilos os coelhos tem necessidade de locais que 
favoreçam o isolamento e tranquilidade, para que tenham um desenvolvimento 
satisfatório, por tanto evitando locais com muitoruído ou com presença 
frequente de pessoas e animais estranhos, com o coelhário ficando a uma 
distância mínima de 500 m de locais como com muito barulho; 
 O local deve possuir condições ambientais favoráveis, para que os 
animais se sintam desconfortáveis e adoeçam com mudanças bruscas de clima 
e temperatura; 
Facilidade de disponibilidade de mão-de-obra qualificada na região para 
executar as atividades de manejo; 
Proximidade a centros consumidores e abastecedores para que se 
diminuam os custos com a produção, na aquisição de insumos e escoamento 
de produção; 
Locais com boa infraestrutura de meios de transportes, estradas para que 
facilitem a distribução dos produtos oriundos da atividade cunícola para 
comercialização; e 
 Coelhário longe de áreas alagadiças (baixos, brejos) e que acumulem 
água, retenham muita umidade e tenha boa drenagem. 
Atividade 
Com o que você aprendeu nesta segunda parte da aula, responda as questões 
a seguir. 
 
1. Qual a finalidade das instalações utilizadas na cunicultura? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
40 
 
2. Cite quatro fatores que não deveram ser esquecidos ao se fazer uma 
orientação na escolha do local, para dar-se início a criação de coelhos. 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
3. De acordo com o que você respondeu anteriormente e com os 
conhecimentos adquiridos neste inicio da segunda parte da aula, na sua cidade 
existe alguma área que poderia ser utilizada pela cunicultura, se sua resposta 
for sim, explique o porquê desta escolha? 
 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
As criações de coelhos podem ser feitas ao ar livre, em gaiolas construídas ou 
montadas fora de galpões, ou em gaiolas abertos ou fechados. A escolha da 
melhor instalação depende principalmente das condições ambientais da região 
e da quantidade de animais a se produzir. 
Instalações ao ar livre: Só e recomendada para pequenas criações, com 
até 50 matrizes, estas apresentam menor custo de implantação, porém têm 
algumas desvantagens, como menor controle do meio ambiente, requer 
maiores cuidados sanitários e os equipamentos ficam expostos a intempéries, 
estragando-se rapidamente. 
Para melhor controle dos fatores ambientais, as gaiolas precisam ser fechadas 
nas laterais, no fundo e na parte superior, devendo ser construídas e montadas 
em locais sombreados por árvores com copa fechada e de folhas caducas, que 
caem durante determinado período do ano (dormência de outono). 
 
41 
 
 
Figura 4.1: Coelhário sobre proteção de telhado. 
Fonte: Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais. 2008. 
 
À frente e o piso das gaiolas precisam ser frestadas para a observação diária 
dos animais e para escoamento dos dejetos. O piso pode ser feito com bambu, 
tela plana com malha fina e ripas de madeira, entre outros, o espaçamento 
entre as peças do piso deve ser de 1,5 cm. 
A cobertura pode ser feita com telhas de barro, sapé ou amianto, as portas 
devem possuir dimensões que permitam o acesso do ninho e o manuseio dos 
animais sendo voltado para o norte evitando desta forma o excesso de sol na 
instalação. 
Neste tipo de criação, as gaiolas de arame galvanizado próprias para os 
coelhos podem ser utilizadas, bastando construir suportes para sua 
sustentação e providenciar proteções nas laterais e na cobertura, como 
também quebra ventos para neutralizar as correntes de ar, já que estas gaiolas 
não apresentam proteção nas laterais. As distribuições das gaiolas deveram 
ser feita em fileiras simples ou duplas, de preferências em único nível para 
facilita a higienização. 
 
 
 
 
42 
 
 
Figura 4.2: Coelhário com proteção de telhado e árvores contra ação dos ventos, chuva e sol. 
Fonte: Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais. 2008. 
 
Galpões: São construídos para oferecer aos animais ambientes e 
condições adequadas, para que os coelhos possam manifestar o potencial 
genético. Na construção dos galpões, deve-se levar em consideração o 
controle dos fatores ambientais (temperatura, umidade, ventilação, 
luminosidade, radiação solar, poluição sonora, e odorífera). 
Durante a construção a altura do pé direito, adotando-se uma altura de 2,8 a 
3,5 m, quando o telhado se apresentar com duas águas, e 2,5 a 2,8 m, quando 
com uma água. Recomenda-se construir o lanternim, dispositivo encontrado 
na cumeeira do galpão, que funciona como um exaustor renovando o ar, onde 
o ar quente, mais leve, sobe em relação ao ar frio, assim o lanternim elimina o 
ar quente rico em odores desagradáveis (ar viciado) e permite uma circulação e 
troca com o ar fresco e oxigenado. 
 
 
 
 
 
43 
 
 
Figura 4.3: Pé – direito de estrutura. 
Fonte: Disponível em: <http://ceccasaeconstrucao.net/dicas-decoracao-sugestoes-
para-pendurar-quadros?id=103>. Acessado em 13/12/2010. 
 
 
Figura 4.4: Circulação de ar dentro do galpão. 
Fonte: Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais. 2008. 
 
 
Figura 4.5: Exemplo de dimensões do lanternim. 
Fonte: Disponível em: <http://www.nordesterural.com.br/nordesterural/matler.asp?newsId=789> 
. Acessado em 13/12/2010 
 
 
44 
 
O beiral deve ser pronunciado e ter entre 1,0 a 1,2 m, para evitar a incidência 
dos raios solares, ventos e chuvas no interior das instalações (0,4 m beiral para 
cada metro de pé direito telado). Adotar as paredes laterais abertas, 
construindo parede de 30 cm de altura e com tela a partir de 30 cm de altura 
até o teto, completados com um sistema de cortinas de ajuste vertical, fechado 
de baixo para cima, que permitirá controla a ventilação de acordo com a 
necessidade, evitando choques térmicos nos animais com laterais do galpão 
deveram ser teladas. 
De acordo com as condições ambientais da região do tipo de telha e 
constituição do telhado, que pode ser instalado forro de ráfia ou material 
similar, acompanhando a inclinação do telhado, as telhas devem ser 
preferencialmente de barro. 
 
 Beiral 
 
 
Figura 4.6: Beiral do telhado. 
Fonte: Disponível em: <http://www.toptelha.com.br/configuracao_telha.php>. Acessado em 
13/12/2010. 
 
Figura 4.7: Beiral para regiões de alta intensidade de chuvas 
Fonte: Disponível em: 
<http://www.nordesterural.com.br/nordesterural/matler.asp?newsId=789>. 
Acessado em 13/12/2010. 
 
45 
 
Para melhorar as condições em relação à umidade, odores, higienização e 
facilidade de limpeza, devem ser construídas valas coletoras de dejetos sob 
as gaiolas. A estrutura e profundidade dependerão da permeabilidade do solo, 
período de armazenamento já estabelecido ou criação de minhocas nas valas. 
As valas são construídas com uma profundidade de 80 cm, quando forem 
utilizadas apenas para a coleta de dejetos, e de 110 cm quando são utilizadas, 
também para criar minhocas. A largura e o comprimento da vala relacionam-se 
com as dimensões das gaiolas (largura e comprimento), e deve projetar 20 cm 
além das linhas de gaiolas,em todos os sentidos, as paredes são verticais e 
devem ser revestidas. As gaiolas devem ficar a uma altura de 80 a 90 cm 
acima da vala, para evitar que o jato de urina caia no corredor. 
As valas devem receber uma boa drenagem, com isso o fundo das valas não é 
revertido e nem socado (batido), mas recebem alguns elementos com 
finalidades que facilitaram a eliminação de umidade e odores desagradáveis no 
interior das instalações. Desta forma, é colocada primeiramente uma camada 
de 8 cm de brita nº 1, depois uma camada de 8 cm de brita nº 0, depois uma 
camada de 15 cm de carvão vegetal e finalmente uma camada de 15 de areia 
lavada. As camadas de brita isolam a umidade no fundo da vala, já o carvão 
vegetal filtra umidade e absorve os odores, minimizando a poluição ambiental, 
a areia lavada facilitará a drenagem e evita o contato dos dejetos com o 
carvão, o que dificultaria a sua retirada, feita normalmente uma vez por ano. 
 
 
Figura 4.8: Vala coletora com suas camadas de brita, areia e carvão. Fonte: Apostila e – Tec 
Brasil, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Sudeste de Minas Gerais Campus 
Barbacena. 
 
46 
 
Esta estrutura permite drenar a umidade da urina, dos bebedouros e até 
mesmo a oriunda da higienização do local, retém os dejetos na parte superior, 
ficando apenas a umidade suficiente para serem curtidos e posteriormente 
retirados, proporcionando ambiente com baixos níveis de odores oriundos da 
fermentação dos dejetos (urina e fezes), controlando a proliferação de moscas. 
 
Atividade 
Para melhor fixação do conteúdo estudado responda a atividade a seguir. 
Vamos começar! 
 
1. De acordo com o que você aprendeu na segunda parte desta aula, 
preencha os espaços vazios colocando V para verdadeiro e F para falso. 
 ( ) As instalações ao ar livre devem ser utilizadas para criação de 200 
matrizes ou mais. 
 ( ) Os quebra-ventos na cunicultura são utilizados para neutralizar as 
correntes de ar. 
 ( ) O lanternim tem por função eliminar o ar fresco e oxigenado de 
dentro da instalação, permitindo a entrada do ar viciado rico em odores. 
 ( ) O beiral deve ser prolongado e possuir de 1 a 1,2 m para diminuir a 
incidência do vento, chuça e raios solares. 
 ( ) As valas coletoras de excretas irão melhorar as condições do 
galpão em relação a umidade, odores, higienização e facilitando a limpeza. 
 ( ) Os elementos presentes nas valas coletoras são: a brita, o carvão 
e a areia lavada. 
2. Qual a função da vala coletora? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
47 
 
 
4.3 Equipamentos 
 
Na cunicultura são utilizados vários equipamentos como exemplos, têm-se as 
gaiolas, ninhos, comedouros, bebedouros, prancha e tatuador, entre outros 
equipamentos com características, composição e graus de tecnologia 
diferentes, todos utilizados no controle e manejo sanitário do plantel. Veremos 
a seguir os principais equipamentos utilizados na criação de coelhos. 
 Gaiolas: tem por finalidade de abrigar e proteger os animais, elas facilitam 
o manejo, o controle sanitário e a alimentação dos animais, estas são 
encontradas em vários modelos e dimensões, são confeccionadas com bambu, 
madeira, tela e em arame galvanizado. Na aquisição de uma gaiola deve-se 
considerar a área mínima de conforto por animal, de acordo com seu 
desenvolvimento ou estagio fisiológico. 
Assim para filhotes de 30 a 70 dias, recomenda-se uma area mínima de 0,08 
m² por animal, e uma lotação máxima de 10 animais por gaiola, já nos animais 
de reposição (machos e fêmeas) dos 70 a 120 dias, requerem área de de 0,33 
m², esta capacidade tambem é utilizada para reprodutores e matrizes 
gestantes, e as lactantes 0,48 m², todos alojados individualmente. 
As gaiolas devem ser confeccionadas com arame galvanizado, por ser mais 
durável e de fácil limpeza, não absorve umidade e se mantém sempre seco. As 
gaiolas destinadas a alojamento de animais com 3 a 5 kg de peso vivo (médio 
porte), o suporte do piso é feito com arame nº 12 e o piso propriamente dito 
deve ser confeccionado com arame nº 14, para animais com peso maior que 5 
kg de peso vivo (grande porte) o suporte do piso é feito com arame nº 10 e o 
piso propriamente dito com arame nº 14, na confecção dos pisos os arames de 
suporte ficam a 5 cm de distância entre si e do piso propriamente dito as 
frestas possuem 1,5 cm. 
As laterais da gaiola devem possuir até a altura de 15 cm em relação ao piso, 
frestas de 3 x 3 cm, daí até o teto 3 x 6 cm, o teto pode ser confecionado com 
frestas de 6 x 6 cm. A porta da gaiola deve ter 35 x 35cm, para facilitar o 
 
48 
 
manuseio e a colocação e retirada do ninho, como sugestão de dimensões de 
gaiolas sugere-se 80 cm de frente (comprimento), 60 cm de fundo (largura) e 
altura de 45 cm, totalizando uma área de 0,48 m². 
Na estruturação interna dos galpões, recomenda-se 70 cm de largura para 
corredores longitudinais e 1,0 m para corredores transversais, a cada 30 a 40 
gaiolas é indicado um corredor transversal com saída para o exterior, 
facilitando a operacionalização e circulação dentro dos galpões. 
Ninhos: são dispositivos básicos para sobrevivência dos récem nascidos 
até a idade de 15 a 20 dias, quando já adquiriram sistema imunológico e 
termorregulados, assim como a audição e visão desenvolvidos . Os ninhos 
devem apresentar dimensões suficientes, para que corram os trabalhos de 
parto, e posteriormente a amamentação dos filhotes de maneira confortável, 
sendo composto de uma caixa ou caixote, dentro do qual se coloca maravalha 
de madeira, capim ou material similar, sempre limpo, seco e desprovido de 
odores fortes, que é completado com os pêlos que a coelha retira das partes 
baixas do corpo, nas vésperas do parto. 
Os ninhos devem ter as seguintes dimensões para os animais de porte médio a 
grande: 
- comprimento de 45 cm; 
- altura – 01 (parte de trás) de 30 cm; 
- altura – 02 (parte da frente) de 15 cm; 
- largura de 30 cm 
- teto de 30 cm com abertura oblíqua frontal (em bisel) de 15 cm acima do piso 
do ninho, no sentido do comprimento. 
Podem ser confeccionados em vários materiais, sendo que a chapa 
galvanizada apresenta algumas vantagens como maior durabilidade, mais 
higiênica, leve, e com pouca necessidade de manutenção. 
 
 
49 
 
 
Figura 4.9: Coelho dentro de ninho. Fonte: Apostila e – Tec Brasil, Instituto Federal de 
Educação Ciência e Tecnologia Sudeste de Minas Gerais Campus Barbacena. 
 
 
Figura 4.10: Dimenões do ninho. Fonte: Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais. 
2008. 
 
 
Comedouro: existem vários modelos, tipo calha, vaso, cuia, etc. 
entretanto recomenda-se o semi-automático, que armazena e disponibiliza o 
alimento por determinado tempo, sem problemas e são abastecidos pelo lado 
externo da gaiola com menor mão-de-obra. Para dimensões dos comedouros 
temos boca (local de captura de alimento) com 25 cm de frente x 7 cm de 
largura, profundidade de 6 a 8 cm, depósito com 25 cm de frente por 8 cm de 
alrgura com capacidade de 2 kg de armazenamento. 
 
 
50 
 
 
Figura 4.11: Comedouro. 
Fonte: Disponível em: <http://www.aviagro.pt/pdf/mc01.pdf>. Acessado em 14/12/2010. 
 
Bebedouros: devem fornecerágua fresca e em quantidade suficiente, 
mantendo a qualidade desta. Existem vários modelos, tipo calha, vaso, cuia, 
etc., mas o mais recomendado é o tipo automático, um niple afixado em 
tubulações de pvc, instalados a uma altura, em relação ao piso da gaiola de 20 
cm, para todas as categorias. 
 
 
Figura 4.12: Bebedouro. Fonte: Apostila e – Tec Brasil, Instituto Federal de Educação Ciência e 
Tecnologia Sudeste de Minas Gerais Campus Barbacena. 
 
 
 
51 
 
Prancha: confeccionada com bambu, e/ou tubos pvc. É importantíssimo 
no manejo pré-desmame dos filhotes, pois, após 20dias de idade, quando inicia 
o consumo de alimentos sólidos, são induzidos ao consumo crescente de 
ração, mas a altura de 4 a 6 cm não permite esse ecasso adequado, então 
utiliza-se a prancheta para reduzir esta altura. Deve ter 45 cm de comprimento, 
30 cm de largura, e 4 cm de altura, e a mesma serve tambem para 
recuperação de animais com calosidade nas patas. 
Tatuador: usado para marcação ou identificação dos animais no período 
da desmama, o que é básico para o manejo reprodutivo e o controle zootécnico 
do rebanho, sendo o mais recomendado o que permite o uso de números e 
letras. 
 
 
Figura 4.13: Tatuador 
Fonte: Disponível em: <http://www.walmur.com.br/site/produtos.asp?idprodutocategoria=25>. 
Acessado em 13/12/2010 
 
Exemplos de outros equipamentos têm-se: seringas de injeção, balanças, 
pulverizador, lança-chamas, materiais de limpeza (vassoura, escova, sabão), 
etc. 
 
 
 
 
 
52 
 
Atividade 
Já cansou? Deu sono? Então para você acordar pense rápido e responda a 
atividade a seguir. 
 
1. Dentre os equipamentos vistos nesta aula, temos as gaiolas. Como você 
e um bom aluno e leu o conteúdo ministrado qual a área mínima que os 
coelhos ocupam quando estão nas idades de 60 dias e 110 dias? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
2. Como deve ser o ninho utilizado pela coelha e láparos? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
3. Quais as dimensões que os comedouros devem possuir e qual o tipo de 
bebedouro mais recomendado? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
4. Qual a função do tatuador? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
 
 
53 
 
 
Referências 
Apostila e-Tec Brasil, Escola Aberta do Brasil. Instituto Federal de Educação 
Ciência e Tecnologia Sudeste de Minas Gerais Campus Barbacena. 
Biblioteca Vida Guia de Auto – Suficiência. Aprenda a Criar Coelhos. Editora 
Três. São Paulo, SP. 
MELLO, Hélcio Vaz de; SILVA, José Francisco da. Criação de coelho. Viçosa: 
Aprenda Fácil, 2003. 
MILLEN, Eduardo. Zootecnia e Veterinária: teoria e práticas gerais Volume I. 
Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1975. 
MILLEN, Eduardo. Zootecnia e Veterinária: teoria e práticas gerais Volume II. 
Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1988. 
OLIVEIRA, Narciso C. P. R. Manual Os coelhos. Brasília: Ki-Coelho. 2ª 
Edição, 1986. 
VIEIRA, Márcio Infante. Carne e Pele de Coelho: produção, comércio, 
preparo. São Paulo: Livraria Nobel, 1987. 
VIEIRA, Márcio Infante. Coelhos: instalações e acessórios. 5ª Edição 
Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1979. 
VIEIRA, Márcio Infante. Para criar bem, conheça os animais. 3ª Edição 
Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1980. 
VIEIRA, Márcio Infante. Produção de Coelhos: caseira, comercial, 
industrial. 8ª Edição Revista e Ampliada. São Paulo: Livraria Nobel, 1980. 
XIMENES, Sérgio. Minidicionário da Língua Portuguesa. Edição revisada e 
ampliada. Editora Ediouro. 
SCHIERE, J.B.; CORSTIAENSEN, C.J. Criação de coelhos em quintais, nas 
regiões tropicais. Wageningen, Fundação Agromisa e CTA, 2008. Disponível 
em: <www.agromisa.org/displayblob.php?ForeignKey=264&Id=207>. Acessado 
em 01/12/2010. 
IMAGEM DO COELHO LOCALIZAÇÃO. Disponível em: 
<http://animais.blogmaneiro.com/wp-content/gallery/desenho-de-coelho-para-
colorir/desenho-de-coelho-para-colorir-15.jpg>. Acessado em 01/12/2010 
 
 
 
 
54 
 
 
 
Aula 05 – Aparelho digestivo do coelho doméstico, sua exigência 
nutricional e alimentar 
 Objetivos da aula 
Ao final desta aula você deverá ter condições de: 
Identificar os componentes do trato digestivo do coelho doméstico. 
Explicar o funcionamento do sistema digestivo do animal. 
Identificar os principais nutrientes e suas exigências para o coelho doméstico. 
Identificar os principais nutrientes e suas exigências para o coelho doméstico. 
Saber como é realizada a alimentação do coelho doméstico. 
 
Nesta aula convidamos você a aprender um pouco sobre o funcionamento do 
aparelo digestivo do coelho e como ele é composto. E então vamos lá! 
O coelho mesmo sendo um animal monogástrico6, é um animal herbívoro, ou 
seja, se alimenta exclusivamente de vegetais, que tem seu aparelho digestivo 
adaptado ao consumo de forragem7, possuindo um estômago e ceco 
desenvolvido e funcional, com uma eficiente flora microbiana8. Estes dois 
orgãos são os maiores no trato digestivo do coelho e também é onde a maior 
parte (80%) da digesta9 fica contida. 
O aparelho digestivo do coelho é contituído de uma via aberta com vários 
segmentos com formas, dimensções e estruturas variadas, este se inicia na 
boca e até o anus, possuindo funções de digerir os alimentos, disponibilizar e 
absorver os nutrientes, que através do aparelho circulatório serão distribuidos 
 
6 Monogástrico: são os animais não ruminantes que apresentam um estômago simples, com 
uma capacidade de armazenamento pequena. 
7 Forragem: é a designação comum dada a alimentação ou revestimento do local onde dorme 
o animal. 
8 Flora Microbiana: O conjunto de bactérias que existem normalmente em determinada parte 
do organismo, estando em contato com o meio externo, como pele, cavidade oral e vias aéreas 
superiores, aparelho digestório, vagina, uretra anterior, conjuntiva e ouvido. 
9 Digesta: material digerido ou bolo alimentar. 
 
55 
 
por todo o corpo do animal, e os resíduos sem aproveitamento são eliminados 
através das fezes e da urina. 
 
5.1 Componentes do aparelho digestivo 
A seguir falaremos um pouco a respeito dos constiuintes do aparelho digestivo. 
 Boca: É a primeira parte do trado digestivo do animal dotada de arcada 
dentaria de 28 dentes que possuem as funções de apreender o alimento, 
triturar e moer os alimentos através dos movimentos de propulsão10 e 
retropulsão11. 
 Língua: Tem como função efetuar a mistura do alimento com a saliva, 
contribuindo dessa forma para o processo de mastigação, ingestão da água, 
cecótrofos por sucção12, deglutição de alimentos, além de ser munida de 
papilas gustativas13 que permitem avaliar o paladar dos alimentos (sabor, 
textura, etc.), entre outras funções. 
 Esôfago: Este vem a ser um tubo – musculoso que transporta o 
alimento, já mastigado

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