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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PEDAGOGIA
INGRID ELLEN SANTOS
OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
RIO DE JANEIRO
2019
INGRID ELLEN SANTOS
OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO 
Trabalho de Pré-Projeto apresentado como exigência da disciplina PPE – Pré-Projeto 
 Orientador: KELES FIRMINA ROSA SOARES
RIO DE JANEIRO
2019
LINHA DE PESQUISA
TEMA: Práticas Educativas – Educação Inclusiva 
TÍTULO: Os desafios da Educação Inclusiva na sociedade contemporânea 
 
1. INTRODUÇÃO 
A Educação vem sofrendo alterações com todo o avanço tecnológico. Dessa maneira, a formação continuada se faz necessária juntamente com a dedicação do docente para enfrentar os desafios impostos na atualidade. Portanto, cabe ao educador a apropriação do novo para mediar seu conhecimento, principalmente para aqueles que, por suas diferenças, estão fora da margem da sociedade. São eles, os alunos de inclusão. 
APRESENTAÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA
 Em todos os momentos da história da humanidade, as pessoas com deficiência foram alvos de preconceito e exclusão. Eram bastante ridicularizadas e ignoradas pela sociedade, inclusive pelos seus familiares. Na Idade Média por exemplo, acreditava-se que era um castigo de Deus o nascimento de uma criança com deficiência e encaravam-na como bruxas ou feiticeiras. Na Roma Antiga, também não eram aceitas pelas leis da antiguidade, e ao nascer com deficiência física, era permitido aos pais, matá-las pela prática do afogamento. Os sobreviventes tampouco tinham seus direitos humanos básicos atendidos. Tais como, à liberdade de expressão de opinião e de religião, direito à saúde, à educação e ao trabalho. Eram explorados nas cidades e em muitos casos serviam de entretenimento nos circos, assim como vemos na literatura da época, O Corcunda de Notre Dame.
 Embora esses comportamentos desumanos tenham mudado de acordo com as transformações e avanços socias, e essas pessoas tenham ganhado aos poucos seu espaço digno na sociedade, ainda há diversas contradições, tensões, embates e entraves entre o que está nas leis e a realidade, que dificultam a construção de uma escola democrática.
 Dentre os principais desafios encontrados para garantir uma aprendizagem de qualidade, a falta de adaptação ao espaço físico impossibilita o acesso e a permanência desses jovens na escola. Mesmo com a Lei Nº 10.098/2000 estabelecendo normas e critérios para promover a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, a falta de estrutura para mantê-los nas escolas ainda é uma realidade. Uma vez que sua locomoção é reduzida, sua autonomia também é, tornando-os cada vez mais dependentes do que realmente são. 
 Focalizando no ensino dentro da sala de aula, esses desafios também são impostos aos profissionais que estão inseridos na instituição. A falta de professores e funcionários preparados e especializados, os tornam incapazes de fazer e adaptar um planejamento que atenda a necessidade do ensino inclusivo. Para estes educadores, lhe faltam olhar para a competência desse aluno, buscando assim, uma melhoria na aprendizagem e não apenas o foco nas suas limitações.
Outra barreira a ser enfrentada e talvez a mais difícil, é o preconceito. Apesar do número crescente, o processo de exclusão social de pessoas com algum tipo de deficiência é tão antigo quanto a socialização do homem, e como dito anteriormente, desde seus primórdios, essas pessoas sempre estiveram marginalizadas e excluídas por suas diferenças. Mesmo com o progresso, o campo da educação não está isento desse preconceito e muitos desses alunos sofrem por parte dos colegas de classe e até mesmo dos profissionais, que de uma forma indireta os rejeitam por suas necessidades.
 Atualmente ainda é escancarado o preconceito e suas vagas são limitadas em muitos espaços da sociedade e não somente no campo educacional. 
Existe um senso comum de que pessoas com algum tipo deficiência são incapazes de produzir e fazer, e por isso também são excluídas do mercado de trabalho. Apesar da legislação exigir que toda empresa de grande porte (100 ou mais funcionários) ocupe de 2% a 5% de seus cargos para portadores de deficiência, esse percentual nunca passou de 1%, segundo dados da Secretaria do Trabalho, do Ministério da Economia. 
 No entanto, números são só números uma vez que servem apenas para cumprir a lei, integrando os portadores de deficiência e não de fato incluindo-os. 
Embora muitas pessoas confundam esses dois termos, é preciso perceber as diferenças e entender suas reais propostas. Uma vez que integrar está no esforço da pessoa com deficiência a se adaptar ao que já existe na sociedade, e incluir, está no esforço da sociedade em mudar sua própria cultura a fim de permitir que todos tenham suas necessidades atendidas. 
Mas será que é possível atender todas as necessidades em um mundo de diferenças?
LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL DA PESQUISA
 Seja no meio acadêmico, político ou na sociedade, de um modo geral, a temática da inclusão tem sido um assunto bastante recorrente e discutido em vários estudos. Seu principal objetivo é assegurar que todos os cidadãos possuam o mesmo direito e deveres. E sobretudo, combater a exclusão e garantir benefícios da vida em sociedade, para aqueles que estão segregados da comunidade devido às suas necessidades. 
Figueiredo (2002), afirmou que para implementar a educação inclusiva com base na diversidade é necessário ter o conhecimento das diferenças e a partir dela realizar a gestão da aprendizagem. 
 No Brasil e no mundo, práticas inclusivas foram implantadas, modificando o cenário anterior, no qual essas pessoas eram discriminadas por suas diferenças no conceito de normalidade. São essas leis que os asseguram viver em sociedade, sem descriminação, com direitos e dignidade. Passam a ser reconhecidos como pessoas dignas de respeito e de educação de qualidade. 
 Pensando num sistema de ensino inclusivo efetivo, a Declaração de Salamanca (1994), defende a subjetividade do portador de deficiência, onde cada criança tem características, interesses, necessidades e capacidades de aprendizagem que lhe são próprias e que as escolas devem acolhê-las sem restrições. 
As escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem-dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas. (Declaração de Salamanca, 1994, p.17-18)
Guebert (2007), enfatiza que as adaptações da Declaração de Salamanca se fazem necessárias e adequadas para a inclusão de alunos com necessidades educacionais no ensino regular. 
Assim, o movimento pela inclusão cresceu e se consolidou ao longo do século XX, buscando garantir processos educacionais democráticos inclusivos, preocupados em garantir direitos iguais a todos os cidadãos, independentemente de suas características individuais. (GUEBERTT, 2007, p. 35).
 Embora a Idade Contemporânea tenha uma preocupação com a educação para todos em prol das diferenças e, que de fato seja esse o principal objetivo a ser alcançado, os portadores de deficiências ainda precisam enfrentar uma luta diária contra a desigualdade, preconceito, a falta de acessibilidade, dentre outros.
Essa luta se expande em todos os momentos da sua vida. A começar pelo ingresso nas escolas. São muitos os fatores que distanciam esses jovens do ensino, afastando-os cada vez mais do pleno desenvolvimentode aprendizagem. O problema ocorre quando há um mal-entendido entre integração e inclusão e, ocorre justamente por confundirem esses dois termos. Há inúmeras escolas capazes de receber alunos portadores de deficiências, porém o problema está em mantê-los, ou seja, são capazes de integrar, mas não de incluir. 
 Para maioria dos profissionais que atuam nas escolas de hoje, é complexo entender a possibilidade de se fazer inclusão. E poucos são os que aceitam e encaram o desafio de ministrar um ensino inclusivo numa sala de aula estruturada à modo tradicional. É preciso lidar com diversidade e a subjetividade de cada aluno, respeitando seu momento e condições. 
Mantoan (1998, p. 3) propõe:
[...] uma verdadeira transformação da escola, de tal modo que o aluno tenha a oportunidade de aprender, mas na condição de que sejam respeitados as suas peculiaridades, necessidades e interesses, a sua autonomia intelectual, o ritmo e suas condições de assimilação dos conteúdos curriculares.
 Pensar numa escola inclusiva é pensar em uma preparação capaz de atender a necessidade do aluno que será incluído. É pensar na infraestrutura, estratégias e metodologias adequadas, preparo e capacitação dos profissionais e material-didático pedagógico específico. 
É importante que todas essas propostas implantadas nas escolas ultrapasse os muros da instituição garantindo também a inclusão fora dela, ou seja, a escola é uma peça fundamental capaz de contribuir na formação e no desenvolvimento do aluno, preparando-o para enfrentar os desafios impostos pela sociedade. 
 Segundo Minetto (2008), a socialização só capaz quando há educação. É ela quem nos fazem conviver e se integrar com o meio, viabilizando um caráter cultural, portanto, a ação pedagógica conduz o indivíduo a viver socialmente se apropriando da cultura e ao mesmo tempo usufruindo dela.
Diante de tais necessidades, as leis que amparam o portador de deficiência se tornam mais do que necessárias no processo de inclusão, pois de nada adianta a escola preparar o aluno para lidar com os obstáculos da sociedade, se a sociedade não está preparada para recebê-los. 
Sassaki (1997) acredita que a inclusão social é a forma pela qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com deficiência e, simultaneamente, essas também se organizam para assumir seus papéis na sociedade. Para ele, a sociedade precisa ser transformada, isto é, devendo se adaptar para atender as necessidades de todos.
Na mesma linha de raciocínio, Minetto (2008) salienta que “a educação é responsável pela socialização, que é a possibilidade de convívio com qualidade de vida, de uma pessoa na sociedade(...)” (MINETTO, 2008, p. 19,20)
Partindo desse pressuposto, o educador é a chave do processo pedagógico, visto que o professor é a “autoridade competente, direciona o processo pedagógico, interfere e cria condições necessárias à apropriação do conhecimento” (GAZIMet. al, 2005, p.51). 
 Portanto, é dentro da sala aula que a inclusão começa e, a partir dela se tem a primeira convivência com a diversidade. Nesta dimensão, a prática inclusiva educacional necessita primeiramente de professores especializados e capacitados capaz de mediar todos os seus alunos. Deste modo, para esses profissionais, o estudo deve ser contínuo, assim como a reflexão sobre suas práticas e a busca por metodologias inovadoras de ensino para esse fim. (GÓMEZ, 1992, p.103-105).
Percebe-se então, que a formação dos educadores se torna indispensável para que cada educando tenha a possibilidade de aprender de forma significativa, garantindo a construção do pleno conhecimento sem prejuízos nos conteúdos curriculares básicos e necessários para a formação completa do aluno. 
Para tanto, a formação continuada também não pode ser ignorada e se torna imprescindível para que o educador possa mediar seu conhecimento. É nessa formação que há a possibilidade de uma nova proposta da educação inclusiva, pois nela os profissionais têm possibilidade de (re)pensar sobre o ato educativo e ao mesmo tempo analisar sua prática como docente, com o intuito de criarem espaços para reflexão coletiva. 
 É dessa maneira, que a educação inclusiva busca a igualdade de oportunidades. Mesmo que em passos lentos, seu objetivo é garantir que o conhecimento alcance todos, independente da sua classe social, raça, cor, comunidade ou capacidade intelectual e emocional. Para Carvalho (2008), “somos diferentes e queremos ser assim e não uma cópia malfeita de modelos considerados ideais. Somos iguais no direito de sermos inclusive, diferentes” (CARVALHO, 2008, p.23).
 Por fim, o processo de inclusão está em quebrar paradigmas e avançar em busca de melhores condições de vida para as crianças com necessidades especiais, despertando o respeito à diversidade, à tolerância, à necessidade de reconhecimento, à aceitação, à solidariedade, à participação e cooperação, à autonomia e à liberdade, na busca e uma educação inclusiva de verdade.
3. REFERÊNCIAS
FIGUEIREDO, R. V. Políticas de Inclusão escolar: escola-gestão da aprendizagem na diversidade. In: Dalva E. Gonçalves Rosa; Vanilton Camilo de Souza. (Org.). Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva formação de professores. Rio de Janeiro e Goiânia: DP&A editora e editora alternativa, 2002, v, p. 67-78.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. Salamanca–Espanha, 1994 
GUEBERT, M.C.C. Inclusão: uma realidade em discussão. Curitiba, IBPEX, 2007.
MANTOAN, M. T. E. Compreendendo a deficiência mental: novos caminhos educacionais. São Paulo: Scipione, 1988.
MINETTO, M.F. O currículo na educação inclusiva: entendendo esse desafio. Curitiba: IBPEX, 2008, p.19.
SASSAKI: Construindo uma sociedade para todos, 1997. 
MINETTO, Maria de Fátima. Currículo na educação inclusiva: entendendo esse desafio. –2 ed. –Curitiba: Ibpex, 2008
GAZIM, E.et al. Tendências pedagógicas brasileiras: contribuições para o debate. Revista Chão da Escola.Curitiba, n. 4, p. 41-52, out. 2005.
GÓMEZ, A. P. O pensamento prático do professor: a formação do professor como profissional reflexivo. In: NÓVOA, A. (org). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

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