Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LICENCIATURA EM FILOSOFIA PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO (PE:OP) POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR RUY REBELLO DE SANTANA JUNIOR 1982407 SÃO PAULO ANCHIETA - UNIP PP 2019 UNIVERSIDADE PAULISTA Licenciatura em Filosofia PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO (PE:OP) POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade Paulista como parte dos requisitos exigidos para a avaliação na disciplina Prática de Ensino: Observação e Projeto. RUY REBELLO DE SANTANA JUNIOR 1982407 SÃO PAULO ANCHIETA - UNIP PP 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4 2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 5 2.1 OBJETIVOS GERAIS ................................................................................... 5 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................... 5 3 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 6 3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 6 3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...................................................... 8 3.2.1 Ambientes e público alvo ........................................................................ 8 3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos .................................... 8 3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas ............................................ 9 3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma ...................................... 13 4 AVALIAÇÃO ...................................................................................................... 14 4.1 RESULTADOS ESPERADOS ..................................................................... 15 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 15 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 17 4 1 INTRODUÇÃO Independentemente do gênero, classe social ou outras características individuais e ou sociais, a inclusão é um direito fundamental de todas as crianças e adolescentes. Enquanto direito fundamental, o direito à inclusão não pode ser negado a nenhum grupo social nem a nenhuma faixa etária. A inclusão garante que todos os alunos, independentemente das suas características e diferenças, acedam a uma educação de qualidade e vivam experiências significativas (BRANDÃO; FERREIRA, 2013). Como cada aluno possui características, capacidades, interesses e necessidades de aprendizagem próprias, sua inclusão nos obriga a repensar a diferença. Aceitar a diferença perspectiva inclusiva, implica respeitar tais características, motivações, interesses e os projetos de cada aluno, o que só é viável através de estratégias e recursos educativos capazes de promover seu desenvolvimento global. A importância de trabalharmos valores, como o respeito, a cooperação e a união, junto ao processo de ensino-aprendizagem, justificam-se a partir da percepção da dificuldade de administrar essa complexa diversidade que compõe um grupo ou turma. Além disso, a discussão sobre diversidade também barra no conceito de igualdade, porém Mantoan (MANTOAN, 2013) menciona que, “Não somos iguais em tudo, mas conquistamos o direito à igualdade e devemos reclamá-lo, toda vez que nossas diferenças forem motivo de exclusão, discriminação, limitação de possibilidades na escola, na sociedade em geral”. Portanto, a escola não pode ser apenas um espaço privilegiado de transmissão de saberes, mas deve também ser um lugar para partilhar vivências e experiências, de forma a favorecer o desenvolvimento de todos os alunos. Neste sentido, a instituição educativa deve estar preparada para dar oportunidade de sucesso a todos, respeitando e aproveitando as suas diferenças como valores. Partindo deste contexto, fica clara a necessidade de promover aos nossos estudantes, temas que os levem ao desenvolvimento do pensamento crítico a respeito da questão da inclusão e do respeito a diversidade. Nesse intuito, buscou-se elaborar um projeto de aproveitamento pedagógico, com foco nos estudantes do ensino médio da E.E. Dr. José Maria Whitaker, localizada no Jardim Santa Cruz, município de São Paulo, utilizando o espaço e estruturas da Praça Dirceu de Castro Fontoura, que fica localizada em frente à escola. 5 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVOS GERAIS Promover a conscientização dos alunos frente a temática da inclusão e do respeito a diversidade, a partir do desenvolvimento de atividades pedagógicas em um ambiente não escolar – Praça Dirceu de Castro Fontoura – abrangendo além das disciplinas que compõe os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO / BRASIL, 2000), temas transversais como Ética, Saúde e Pluralidade Cultural (HAMZE, 2019). O projeto pretende mostrar aos alunos, que o envolvimento com a diversidade pode trazer muitos benefícios e conhecimentos aos jovens, além de gerar um ambiente mais saudável e acolhedor a todos. Com as atividades propostas, espera- se que os alunos tenham condições de trabalhar a coletividade e explorar meios de desenvolver raciocínios e ideais próprias, tornando-os mais críticos e seguros sobre a formação de suas identidades, o que pode, e se espera, que os motive a criar consciência sobre a importância da valorização das diferenças para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Desenvolver a empatia e o senso crítico; • Apreender a administrar a diversidade em prol do bem comum; • Trabalhar valores, como o respeito, a cooperação e a união; • Desenvolver habilidades de interação social, pautadas no respeito as diferenças. • Perceber o outro em sua integralidade, como sujeito e como parte da sociedade. • Realizar atividades que facilitem a inclusão de alunos em grupos de características culturais e/ou sociais diferentes. 6 • Promover ações diretas para enriquecimento dos conhecimentos dos estudantes acerca das características dos alunos especiais e em como incluí- los nas rotinas escolares. • Compreender a interdisciplinaridade inerente ao projeto com relação às disciplinas e aos temas transversais abordados. 3 DESENVOLVIMENTO 3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Sem sombra de dúvidas, uma educação fundamentada em conceitos éticos, que respeitam o histórico social, cultural e emocional dos alunos, é um aspecto complexo e de fundamental importância ante o esforço de funcionamento efetivo de escolas que pretendam, de fato, praticar a inclusão, seja ela social ou de alunos com necessidades especiais (MARTINS et al., 2011). O conceito de educação inclusiva, como caracteriza Marinho (MARINHO, 2007), significa “o caminhar para uma escola aberta à diferença, onde todos possam fazer o seu percurso de aprendizagem independentemente das desvantagens de natureza biológica, sociocultural, psicológica e educacional que possam apresentar [...]”. Ou seja, a educação inclusiva diz respeito ao acolhimento de todas as pessoas que, por apresentarem alguma condição considerada diferente dopadrão estabelecido socialmente como desejável ou “normal”, foram historicamente excluídas da escola. As escolas abertas à diversidade são aquelas em que todos os alunos se sentem respeitados e reconhecidos nas suas diferenças, ou melhor, são escolas que não são indiferentes às diferenças. Ao nos referirmos a essas escolas, estamos tratando de ambientes educacionais que se caracterizam por um ensino de qualidade, que não excluem, não categorizam os alunos em grupos arbitrariamente definidos por perfis de aproveitamento escolar e por avaliações padronizadas e que não admitem a dicotomia entre educação regular e especial. As escolas para todos são escolas inclusivas, em que todos os alunos estudam juntos, em salas de aulas do ensino regular. Esses ambientes educativos desafiam as possibilidades de aprendizagem de 7 todos os alunos, e as estratégias de trabalho pedagógico são adequadas às habilidades e às necessidades de todos (MANTOAN, 2013). A escola de qualidade para todos proporciona um ambiente amistoso e acolhedor para os alunos. Já por esse fato estariam justificados todos os esforços no sentido de torná-la uma realidade em nossa sociedade. Para essa instituição tornar-se acolhedora, seus aspectos organizacionais e educacionais precisam ser revistos, melhorados ou mesmo extintos, de modo que se consigam as reformulações necessárias. Esses aspectos importam em compromissos legais e políticos que são inerentes ao direito de todos à educação, funcionando como um pano de fundo que estará presente em todas as ações empreendidas. Mudanças substanciais na planificação e na implementação de projetos de educação abertos à diversidade estão ancoradas em metodologias interativas, que desenvolvem a pessoa por inteiro e em que a dignidade do aluno está sempre preservada e respeitada. Esses métodos devem acentuar o direito de todos à livre expressão de suas ideias e sentimentos e as propostas de trabalho pedagógico são marcadamente democráticas, mudando o papel desempenhado por alunos e professores e as relações estabelecidas entre eles, no processo de ensino e de aprendizagem. As escolas de qualidade liberam o aprendiz da tutela do adulto e, no plano intelectual e social, a autonomia se opõe à heteronomia; a livre investigação nega o dogmatismo e a instrução não preside os atos pedagógicos, pois o que vigora é o que cada aluno é capaz de fazer, de dizer, de compreender, em um dado momento de sua trajetória escolar (MANTOAN, 2013). Contudo, as escolas não contemplam todas as dimensões na qual a educação se faz presente sobre os processos educativos, Brandão (BRANDÃO, 2017) ressalta que, "[...] podem ocorrer nos mais variados ambientes sociais, caracterizando como educação, não apenas os processos de ensino-aprendizagem que ocorrem dentro do ambiente escolar, mas, também, aqueles que ocorrem fora dele”. Sendo assim, a educação, se caracteriza como um processo contínuo que se desenvolve a todo momento onde haja pessoas construindo conhecimentos em interação e inter-relação. Brandão (BRANDÃO, 2017) complementa. "Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja, ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar.” É clara e evidente a importância da utilização de ambientes não escolares para a construção de uma aprendizagem mais ampla e inclusiva. Desta forma, é essencial que os educadores estejam familiarizados com as características e possibilidades do 8 entorno da escola, para que seja possível a elaboração de atividades fora do ambiente formal de educação, que permitam aos alunos vivenciarem e aplicarem conceitos teóricos aprendidos em sala de aula. 3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.2.1 Ambientes e público alvo Para a elaboração deste projeto foi proposto o aproveitamento pedagógico da Praça Dirceu de Castro Fontoura tendo em vista o desenvolvimento de um projeto de trabalho multidisciplinar, envolvendo os estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Médio da E.E. Dr. José Maria Whitaker. - E.E. Dr. José Maria Whitaker: Rua Padre Arnaldo Dante, 250 - Jardim Santa Cruz, São Paulo - SP. - Praça Dirceu de Castro Fontoura: Rua Amadeu Giusti, 203-251 - Jardim Santa Cruz, São Paulo - SP. A praça é uma área verde de lazer, que conta com playground, jardim gramado, academia da terceira idade, quadra poliesportiva, espaço para caminhadas, mesas e bancos, que disponibiliza também, acesso a internet de forma gratuita através do projeto “Wi-Fi Livre SP” da prefeitura de São Paulo. 3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos - Filosofia: refletir a respeito da natureza da verdade, da justiça e do bem, ponderar acerca das melhores formas de convivência de forma a estimular o desenvolvimento de um pensamento independente e crítico. - Ciências Sociais: compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais de etnias e segmentos sociais, agindo de modo a preservar o direito à diversidade, enquanto princípio estético, político e ético que supera conflitos e tensões do mundo atual (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO / BRASIL, 2000). 9 - Artes: realizar produções artísticas, coletivas, nas linguagens da arte (dança, música e teatro). - Educação Física: compreender as diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressão (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO / BRASIL, 2000). Além das disciplinas e dos conteúdos relatados acima, serão trabalhados de forma interdisciplinar, em todas as etapas do projeto, os temas transversais, Ética, Saúde e Pluralidade Cultural (HAMZE, 2019). 3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas 1ª Fase – Desenvolvimento na E.E. Dr. José Maria Whitaker Nesta etapa, durante as aulas de cada disciplina prevista no projeto, serão apresentados aos alunos os temas e assuntos que serão abordados: Filosofia: Os diversos tipos de conhecimento; A verdade, a justiça e o bem como caminhos para a felicidade; A evolução moral e ética e seus reflexos na sociedade contemporânea; Relações de poder e a questão da liberdade; O eu e o outro; Violência, mediação e convivência na escola. Ciências Sociais: O jovem e a construção de uma identidade; O papel social da educação; Cultura e diversidade cultural; A questão do papel social; A questão da inclusão social; Sociologia da acessibilidade. Artes: Dança: espaço e movimento; Música: escrevendo música; Teatro: dramaturgias coletivas. Educação Física: Jogos e esportes adaptados; Corpo masculino e corpo feminino: verdade e mitos sobre as diferenças de gênero; O “Fair Play” no esporte - a ética em discussão. Durante esta fase, os alunos deverão ser incentivados a debaterem os temas propostos nas disciplinas de Filosofia e Ciências Sociais, tendo como pano de fundo as seguintes problematizações: 10 • O que é conhecer? • Como relacionar justiça, verdade e o bem? • O que é caráter histórico-social da moral e o caráter pessoal? • Somos livres porque reagimos? Somos livres porque dizem que somos? Ou a liberdade é um cálculo racional que fundamenta uma noção de bem comum? A liberdade existe? • O outro é um limite à minha liberdade? • Como poderíamos pensar um projeto sobre mediação de conflitos na escola? • Quais são os valores e quais as direções que desejo seguir na vida? • Até que ponto a escola tem cumprido seu papel social? • Por que a diversidade cultural pode ser causadora de conflitos? • Qual é seu papel na sociedade? • O que é a inclusão social e como praticá-la? • Como tratar os problemas de acessibilidadede forma ampla e irrestrita? Ainda nesta fase do projeto, os alunos serão divididos em 3 grupos, sendo cada grupo direcionado para a preparação de uma das oficinas de Artes que serão expostas posteriormente. Cada grupo deverá ser formado de forma balanceada e equitativa, contendo alunos do 1º, 2º e 3º ano, fortalecendo assim as ideias de inclusão, união e cooperação. O grupo 1 será responsável pela oficina, “Dança: espaço e movimento”. O grupo 2 pela oficina, “Música: escrevendo música” e o grupo 3 pela oficina, “Teatro: dramaturgias coletivas”. Todas as oficinas deverão utilizar os temas desenvolvidos nas aulas de Filosofia e Ciências Sociais para produzirem suas obras. 2ª Fase – Desenvolvimento na Praça Dirceu de Castro Fontoura Nesta etapa serão propostas atividades que envolverão práticas de Educação Física e as apresentações das oficinas de Artes, que serão listadas a seguir, aproveitando a quadra poliesportiva e o jardim gramado da praça. 11 - Vôlei sentado O voleibol sentado é um esporte divertido, empolgante e emocionante para quem assiste e, também, para quem está dentro da quadra jogando. Uma alta dose de espírito de equipe, habilidade, estratégia e garra são características necessárias para a sua prática. O vôlei sentado pode ser jogado por atletas de ambos os sexos, portadores de deficiência física, mas também pode ser praticado por pessoas que não possuem deficiência (IMPULSIONA EDUCAÇÃO ESPORTIVA, 2018a). Esta prática tem o objetivo de gerar maior consciência coletiva em alunos não- deficientes sobre as dificuldades encontradas por pessoas deficientes e como algumas as superam através do esporte. Além disso, engloba o desenvolvimento do potencial sensorial e psicomotor e estimula a agilidade, empatia e autonomia dos alunos. - Esporte não é coisa de menina! Como assim esporte não é coisa de menina? Quantas vezes já escutamos que “futebol é coisa de menino” ou “balé é para meninas”? Infelizmente os exemplos desses tipos de divisão são muitos recorrentes e todos vivemos essa realidade em nosso dia a dia. No esporte e lazer, importantes atividades que promovem a qualidade de vida, inclusão social e cidadania, essa triste realidade também se faz presente. Afinal, existe muita desigualdade de oportunidades, direitos e tratamento entre homens e mulheres no cenário esportivo (IMPULSIONA EDUCAÇÃO ESPORTIVA, 2017). Neste conteúdo pedagógico vamos trabalhar a questão do gênero e introduzir o tema desigualdade de gêneros no esporte. Também vamos mostrar como as mulheres estão se destacando, mesmo com todo o machismo no meio esportivo e compartilhar campanhas e histórias de mulheres muito inspiradoras. - “Fair play”: a ética no esporte e na vida Jogo limpo e respeito pelos outros são valores essenciais não só para o esporte, mas para a vida em sociedade. No esporte, o conceito de fair play está ligado à ética, ou seja, os praticantes devem jogar de maneira que não prejudiquem o adversário de forma proposital. Atualmente essa expressão é empregada em praticamente todos os segmentos da sociedade, e toma o significado de apresentar uma conduta de acordo 12 1 Atividade baseada na proposta do projeto educacional NET Educação, disponível em: https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/danca/ 2 Atividade baseada na proposta do projeto educacional NET Educação, disponível em: https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/escrevendo- musica/ com padrões éticos, sociais e morais (IMPULSIONA EDUCAÇÃO ESPORTIVA, 2018b). Nesta prática vamos entender o conceito de “fair play” e sua origem, refletir sobre atitudes de “fair play” nos esportes e na vida em sociedade e ainda daremos dicas aos alunos de como promover e registrar atitudes de fair play no dia a dia escolar. - Dança: espaço e movimento 1 Nesta oficina, os alunos irão demonstrar como construir um espaço de investigação para o movimento, de modo a se compor um mapa de trajetórias no espaço, a serem seguidas e complementadas pelos movimentos do corpo, interpretando de forma lúdica os conflitos que foram debatidos anteriormente nas aulas de Filosofia e Ciências Socias relacionando com as formas de entender e respeitar o espaço de cada indivíduo. Com isso espera-se que o grupo de alunos reconheça e explore o espaço com o olhar e com o corpo, tenha consciência das direções do corpo no espaço, experimente mudanças de plano, vivencie diferentes qualidades de movimento e de deslocamento com o corpo. - Música: escrevendo música 2 A música está inserida no cotidiano das pessoas de diferentes maneiras e em várias ocasiões, está presente desde fundo musical para a execução de atividades corriqueiras, como lavar louça ou estudar, até servindo como estímulo para a prática de exercícios físicos ou para o relaxamento. A música é produzida e apreciada com diversos fins, seja para relaxar, para refletir, para dançar ou para nos expressarmos, já que tem princípios que permitem que sejam externados sentimentos, sensações e ideias. O grupo terá a oportunidade de apresentar os debates das aulas de Filosofia e Ciências Sociais através de uma composição própria com introdução, verso, refrão e conclusão. Pretende-se com isso que essa experiência se torne um instrumento relevante para o reconhecimento social dos alunos, ou seja, da sua condição como ser integrante da sociedade. 13 3 Atividade baseada na proposta do projeto educacional NET Educação, disponível em: https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/dramaturgias- coletivas/ - Teatro: dramaturgias coletivas 3 Os alunos deverão escrever, organizar e apresentar uma peça teatral, com autonomia para se apropriar de recortes de outros textos e para produzir textos de sua própria autoria, levando em consideração os debates realizados nas aulas de Filosofia e Ciências Sociais. Sabe-se que ao envolver os alunos na organização do espaço torna-se o grupo mais unido e concentrado, na medida em que demonstra objetivamente a responsabilidade de todos para a boa realização do trabalho. Ao final, espera-se que os alunos se apropriem do conceito de dramaturgia e das possibilidades de criação de dramaturgias coletivamente, criando maior autonomia na produção de textos e na apropriação de textos teatrais, para através do teatro, terem condições de expressar suas ideias e emoções. 3ª Fase – Finalização do projeto Nesta etapa serão realizadas algumas rodas de conversa para ponderar sobre as lições aprendidas durante o projeto, para que os alunos possam reverberar os conhecimentos adquiridos e para fazer um balanço daquilo que foi possível conquistar com as ações realizadas. 3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma Esse projeto terá a duração de 15 dias letivos divididos em três etapas. 1ª etapa: Na Escola DATA ATIVIDADE 07, 14, 21 e 28/02/2020 Apresentação e debates dos temas do projeto 06, 13, 20 e 27/03/2020 Preparação dos materiais e ensaios das oficinas de Artes 14 2ª etapa: Na Praça DATA ATIVIDADE 03/04/2020 Vôlei sentado 10/04/2020 Dança: espaço e movimento 17/04/2020 Esporte não é coisa de menina! 24/04/2020 Música: escrevendo música 30/04/2020 “Fair play”: a ética no esporte e na vida 08/05/2020 Teatro: dramaturgias coletivas 3ª etapa: Na Praça DATA ATIVIDADE 15/05/2020 Roda de conversa sobre o projeto, balanço e fechamento 4 AVALIAÇÃO A avaliação é o instrumento que deixa claro o desenvolvimento cognitivo do aluno facilitando apostura e ação do professor em relação ao diagnóstico da aprendizagem teórica e prática, questões que simulam o cotidiano ajudam a promover a interdisciplinaridade, o indivíduo incorpora o conhecimento e o relaciona com o meio inserido. A avaliação global tem por objetivo diagnosticar a situação da realidade escolar, visando a sua melhoria; é diagnóstica, processual e dinâmica. Na avaliação educacional deve-se considerar a história do processo pessoal de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola, através da observação dos trabalhos e seus registros (sonoros, visuais e audiovisuais) deve-se também promover situações de auto avaliação que só irá contribuir para um melhor desenvolvimento do aluno, além de valorizá-lo, pode também ser feito através de imagens, dramatizações, composições musicais e pequenos textos ou falas. Na avaliação, interpretam-se os dados da aprendizagem e de seus próprios trabalhos, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como registrar em documentos próprios, a fim de serem asseguradas à regularidade e a autenticidade da vida escolar do aluno (LIMA, 2014). 15 Desta forma, a avaliação será contínua, acompanhando cada estudante individualmente pela sua postura, dúvidas e observações ao longo de todas as atividades, buscando identificar modificações no comportamento dos estudantes a partir das informações disponibilizadas ao longo do projeto. O que deve disponibilizar aos professores um diagnóstico de incorporação dos conceitos apresentados e definir se os objetivos propostos foram alcançados. 4.1 RESULTADOS ESPERADOS Espera-se que o projeto fomente ainda mais os debates sobre formas de inclusão e de combate à discriminação social, sexual, étnico-racial e de gênero, ampliando o conhecimento sobre esses temas e promovendo atividades de formação social e de valorização da diversidade. Ao final do projeto pretende-se que os estudantes tenham aprimorado o aprendizado nos conteúdos teóricos e práticos das disciplinas desenvolvidas, participando das atividades propostas com curiosidade e empenho. E, principalmente, que a abordagem dos alunos frente a diversidade, seja na escola ou na sociedade, se comparada anteriormente a realização das atividades propostas, seja mais assertiva, justa e correta. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A lei preconiza a universalização da educação para todos, garantindo o direito ao acesso, a permanência e ao sucesso dos alunos. No entanto, a realidade educacional contemporânea coloca a escola como o palco da diversidade, pois ali se encontram alunos de diferentes grupos. A diferença entre os grupos é visível e o trabalho pedagógico precisa voltar-se à diferença, oportunizando o direito de educação para todos. Vale destacar que o trabalho com a diversidade está ligado à proposta de inclusão, que emerge como um grande desafio para a educação, pois, pensar em inclusão pressupõe uma série de fatores, principalmente os que dizem respeito aos alunos. Assim, pensar em inclusão, não é só dirigir o olhar para os alunos com necessidades especiais, mas sim, para todos aqueles alunos que estão nas salas de aula, que 16 muitas vezes sofrem preconceitos e discriminações por pertencer a este ou aquele grupo. Trabalhar com uma proposta de diversidade, propiciando oportunidades de inclusão a todos os alunos na escola, não é uma tarefa fácil, uma vez que não se resume apenas na garantia do direito de acesso. É preciso que lhes sejam garantidas as condições de permanência e sucesso na escola. Para que o processo de inclusão ocorra satisfatoriamente é preciso que haja investimento em educação, senão é um projeto fadado ao insucesso, pois a escola precisa oferecer estrutura adequada para que ele ocorra. A dura realidade das condições de trabalho e os limites da formação profissional, o número elevado de alunos por turma, a rede física inadequada, o despreparo para ensinar "alunos especiais" ou diferentes são fatores a serem considerados no processo de inclusão que garanta a participação de todos os alunos e o sucesso, evitando-se assim o alto número de alunos evadidos e até os retidos no ano letivo. É de extrema relevância que a escola reconheça as diferenças, valorizando as especificidades e potencialidades individuais, reconhecendo a importância do ser humano, lutando contra os estereótipos, as atitudes de preconceito e a discriminação em relação aos que são considerados diferentes. É preciso que todos tenham clareza de que sempre irão existir diferenças, mas é possível minimizá-las, desde que haja interesse em propiciar uma educação de qualidade a todos, para isso é importante notar que o aproveitamento de ambientes não escolares, pode ser um fator muito relevante para promover aos estudantes uma aprendizagem significativa, por meio de atividades bem planejadas e integradas com as diversas áreas de conhecimento previstas nos Parâmetros Curriculares Nacionais. 17 REFERÊNCIAS BRANDÃO, C. da F. Estrutura e funcionamento do ensino. 2a ed. São Paulo: Avercamp, 2017. BRANDÃO, M. T.; FERREIRA, M. Inclusão de crianças com necessidades educativas especiais na educação infantil. Revista Brasileira de Educacao Especial, v. 19, n. 4, p. 487–502, 2013. HAMZE, A. (Brasil E. Temas transversais vinculados ao cotidiano. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/temas-transversais- vinculados-aocotidiano.htm>. Acesso em: 29 out. 2019. IMPULSIONA EDUCAÇÃO ESPORTIVA. Esporte não é coisa de menina?! Uma questão de gênero ue precisa ser levada a serio. Disponível em: <https://impulsiona.org.br/esporte-coisa-de-menina/>. Acesso em: 30 out. 2019. IMPULSIONA EDUCAÇÃO ESPORTIVA. Voleibol sentado: um esporte para todos. Disponível em: <https://impulsiona.org.br/volei-sentado-um-esporte-para-todos/>. Acesso em: 30 out. 2019a. IMPULSIONA EDUCAÇÃO ESPORTIVA. Fair play: a ética no esporte e na vida. Disponível em: <https://impulsiona.org.br/fair-play-o-jogo-limpo/>. Acesso em: 30 out. 2019b. LIMA, P. M. Avaliação da aprendizagem, como um processo interdisciplinar. 2a ed. Curitiba: Secretária da Educação - PR, 2014. MANTOAN, M. T. E. O desafio das diferenças nas escolas. 5a ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2013. MARINHO, P. Construindo o currículo para uma diferenciação pedagógica. Colóquio Internacional de Políticas e Prática Curriculares - Globalização e Interculturalidade: currículo, espaço em litígio?, v. 3, p. 1–16, 2007. MARTINS, L. de A. R. et al. Inclusão - Compartilhando Saberes. 5. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2011. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO / BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/busca-geral/195-secretarias- 112877938/seb-educacao-basica-2007048997/12598-publicacoes-sp-265002211>. Acesso em: 23 out. 2019. 1 INTRODUÇÃO 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVOS GERAIS 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3 DESENVOLVIMENTO 3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.2.1 Ambientes e público alvo 3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos 3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas 3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma 4 AVALIAÇÃO 4.1 RESULTADOS ESPERADOS 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
Compartilhar