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PRÁTICA DE ENSINO OBSERVAÇÃO E PROJETO - POSTAGEM_2_PEOP

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LICENCIATURA EM FILOSOFIA 
 
 
 
PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO (PE:OP) 
 
 
 
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM 
AMBIENTE NÃO ESCOLAR 
 
 
 
RUY REBELLO DE SANTANA JUNIOR 
1982407 
 
 
 
SÃO PAULO 
ANCHIETA - UNIP PP 
2019
UNIVERSIDADE PAULISTA 
Licenciatura em Filosofia 
 
 
PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO (PE:OP) 
 
 
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM 
AMBIENTE NÃO ESCOLAR 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura 
em Filosofia da Universidade Paulista como parte 
dos requisitos exigidos para a avaliação na 
disciplina Prática de Ensino: Observação e 
Projeto. 
 
 
RUY REBELLO DE SANTANA JUNIOR 
1982407 
 
 
 
SÃO PAULO 
ANCHIETA - UNIP PP 
2019
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4 
2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 5 
2.1 OBJETIVOS GERAIS ................................................................................... 5 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................... 5 
3 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 6 
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 6 
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...................................................... 8 
3.2.1 Ambientes e público alvo ........................................................................ 8 
3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos .................................... 8 
3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas ............................................ 9 
3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma ...................................... 13 
4 AVALIAÇÃO ...................................................................................................... 14 
4.1 RESULTADOS ESPERADOS ..................................................................... 15 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 15 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 17 
 
4 
1 INTRODUÇÃO 
 
Independentemente do gênero, classe social ou outras características individuais 
e ou sociais, a inclusão é um direito fundamental de todas as crianças e adolescentes. 
Enquanto direito fundamental, o direito à inclusão não pode ser negado a nenhum 
grupo social nem a nenhuma faixa etária. A inclusão garante que todos os alunos, 
independentemente das suas características e diferenças, acedam a uma educação 
de qualidade e vivam experiências significativas (BRANDÃO; FERREIRA, 2013). 
Como cada aluno possui características, capacidades, interesses e necessidades 
de aprendizagem próprias, sua inclusão nos obriga a repensar a diferença. Aceitar a 
diferença perspectiva inclusiva, implica respeitar tais características, motivações, 
interesses e os projetos de cada aluno, o que só é viável através de estratégias e 
recursos educativos capazes de promover seu desenvolvimento global. 
A importância de trabalharmos valores, como o respeito, a cooperação e a união, 
junto ao processo de ensino-aprendizagem, justificam-se a partir da percepção da 
dificuldade de administrar essa complexa diversidade que compõe um grupo ou turma. 
Além disso, a discussão sobre diversidade também barra no conceito de igualdade, 
porém Mantoan (MANTOAN, 2013) menciona que, “Não somos iguais em tudo, mas 
conquistamos o direito à igualdade e devemos reclamá-lo, toda vez que nossas 
diferenças forem motivo de exclusão, discriminação, limitação de possibilidades na 
escola, na sociedade em geral”. 
Portanto, a escola não pode ser apenas um espaço privilegiado de transmissão de 
saberes, mas deve também ser um lugar para partilhar vivências e experiências, de 
forma a favorecer o desenvolvimento de todos os alunos. Neste sentido, a instituição 
educativa deve estar preparada para dar oportunidade de sucesso a todos, 
respeitando e aproveitando as suas diferenças como valores. 
Partindo deste contexto, fica clara a necessidade de promover aos nossos 
estudantes, temas que os levem ao desenvolvimento do pensamento crítico a respeito 
da questão da inclusão e do respeito a diversidade. Nesse intuito, buscou-se elaborar 
um projeto de aproveitamento pedagógico, com foco nos estudantes do ensino médio 
da E.E. Dr. José Maria Whitaker, localizada no Jardim Santa Cruz, município de São 
Paulo, utilizando o espaço e estruturas da Praça Dirceu de Castro Fontoura, que fica 
localizada em frente à escola. 
5 
2 OBJETIVOS 
 
 
2.1 OBJETIVOS GERAIS 
 
Promover a conscientização dos alunos frente a temática da inclusão e do respeito 
a diversidade, a partir do desenvolvimento de atividades pedagógicas em um 
ambiente não escolar – Praça Dirceu de Castro Fontoura – abrangendo além das 
disciplinas que compõe os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio 
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO / BRASIL, 2000), temas transversais como Ética, 
Saúde e Pluralidade Cultural (HAMZE, 2019). 
O projeto pretende mostrar aos alunos, que o envolvimento com a diversidade 
pode trazer muitos benefícios e conhecimentos aos jovens, além de gerar um 
ambiente mais saudável e acolhedor a todos. Com as atividades propostas, espera-
se que os alunos tenham condições de trabalhar a coletividade e explorar meios de 
desenvolver raciocínios e ideais próprias, tornando-os mais críticos e seguros sobre a 
formação de suas identidades, o que pode, e se espera, que os motive a criar 
consciência sobre a importância da valorização das diferenças para a formação de 
uma sociedade mais justa e igualitária. 
 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
• Desenvolver a empatia e o senso crítico; 
• Apreender a administrar a diversidade em prol do bem comum; 
• Trabalhar valores, como o respeito, a cooperação e a união; 
• Desenvolver habilidades de interação social, pautadas no respeito as 
diferenças. 
• Perceber o outro em sua integralidade, como sujeito e como parte da 
sociedade. 
• Realizar atividades que facilitem a inclusão de alunos em grupos de 
características culturais e/ou sociais diferentes. 
6 
• Promover ações diretas para enriquecimento dos conhecimentos dos 
estudantes acerca das características dos alunos especiais e em como incluí-
los nas rotinas escolares. 
• Compreender a interdisciplinaridade inerente ao projeto com relação às 
disciplinas e aos temas transversais abordados. 
 
 
3 DESENVOLVIMENTO 
 
 
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
Sem sombra de dúvidas, uma educação fundamentada em conceitos éticos, que 
respeitam o histórico social, cultural e emocional dos alunos, é um aspecto complexo 
e de fundamental importância ante o esforço de funcionamento efetivo de escolas que 
pretendam, de fato, praticar a inclusão, seja ela social ou de alunos com necessidades 
especiais (MARTINS et al., 2011). 
O conceito de educação inclusiva, como caracteriza Marinho (MARINHO, 2007), 
significa “o caminhar para uma escola aberta à diferença, onde todos possam fazer o 
seu percurso de aprendizagem independentemente das desvantagens de natureza 
biológica, sociocultural, psicológica e educacional que possam apresentar [...]”. Ou 
seja, a educação inclusiva diz respeito ao acolhimento de todas as pessoas que, por 
apresentarem alguma condição considerada diferente dopadrão estabelecido 
socialmente como desejável ou “normal”, foram historicamente excluídas da escola. 
As escolas abertas à diversidade são aquelas em que todos os alunos se sentem 
respeitados e reconhecidos nas suas diferenças, ou melhor, são escolas que não são 
indiferentes às diferenças. Ao nos referirmos a essas escolas, estamos tratando de 
ambientes educacionais que se caracterizam por um ensino de qualidade, que não 
excluem, não categorizam os alunos em grupos arbitrariamente definidos por perfis 
de aproveitamento escolar e por avaliações padronizadas e que não admitem a 
dicotomia entre educação regular e especial. As escolas para todos são escolas 
inclusivas, em que todos os alunos estudam juntos, em salas de aulas do ensino 
regular. Esses ambientes educativos desafiam as possibilidades de aprendizagem de 
7 
todos os alunos, e as estratégias de trabalho pedagógico são adequadas às 
habilidades e às necessidades de todos (MANTOAN, 2013). 
A escola de qualidade para todos proporciona um ambiente amistoso e acolhedor 
para os alunos. Já por esse fato estariam justificados todos os esforços no sentido de 
torná-la uma realidade em nossa sociedade. Para essa instituição tornar-se 
acolhedora, seus aspectos organizacionais e educacionais precisam ser revistos, 
melhorados ou mesmo extintos, de modo que se consigam as reformulações 
necessárias. Esses aspectos importam em compromissos legais e políticos que são 
inerentes ao direito de todos à educação, funcionando como um pano de fundo que 
estará presente em todas as ações empreendidas. Mudanças substanciais na 
planificação e na implementação de projetos de educação abertos à diversidade estão 
ancoradas em metodologias interativas, que desenvolvem a pessoa por inteiro e em 
que a dignidade do aluno está sempre preservada e respeitada. Esses métodos 
devem acentuar o direito de todos à livre expressão de suas ideias e sentimentos e 
as propostas de trabalho pedagógico são marcadamente democráticas, mudando o 
papel desempenhado por alunos e professores e as relações estabelecidas entre eles, 
no processo de ensino e de aprendizagem. As escolas de qualidade liberam o 
aprendiz da tutela do adulto e, no plano intelectual e social, a autonomia se opõe à 
heteronomia; a livre investigação nega o dogmatismo e a instrução não preside os 
atos pedagógicos, pois o que vigora é o que cada aluno é capaz de fazer, de dizer, de 
compreender, em um dado momento de sua trajetória escolar (MANTOAN, 2013). 
Contudo, as escolas não contemplam todas as dimensões na qual a educação se 
faz presente sobre os processos educativos, Brandão (BRANDÃO, 2017) ressalta 
que, "[...] podem ocorrer nos mais variados ambientes sociais, caracterizando como 
educação, não apenas os processos de ensino-aprendizagem que ocorrem dentro do 
ambiente escolar, mas, também, aqueles que ocorrem fora dele”. Sendo assim, a 
educação, se caracteriza como um processo contínuo que se desenvolve a todo 
momento onde haja pessoas construindo conhecimentos em interação e inter-relação. 
Brandão (BRANDÃO, 2017) complementa. "Ninguém escapa da educação. Em casa, 
na rua, na igreja, ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos 
pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar.” 
É clara e evidente a importância da utilização de ambientes não escolares para a 
construção de uma aprendizagem mais ampla e inclusiva. Desta forma, é essencial 
que os educadores estejam familiarizados com as características e possibilidades do 
8 
entorno da escola, para que seja possível a elaboração de atividades fora do ambiente 
formal de educação, que permitam aos alunos vivenciarem e aplicarem conceitos 
teóricos aprendidos em sala de aula. 
 
 
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
3.2.1 Ambientes e público alvo 
 
Para a elaboração deste projeto foi proposto o aproveitamento pedagógico da 
Praça Dirceu de Castro Fontoura tendo em vista o desenvolvimento de um projeto de 
trabalho multidisciplinar, envolvendo os estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Médio 
da E.E. Dr. José Maria Whitaker. 
- E.E. Dr. José Maria Whitaker: Rua Padre Arnaldo Dante, 250 - Jardim Santa Cruz, 
São Paulo - SP. 
- Praça Dirceu de Castro Fontoura: Rua Amadeu Giusti, 203-251 - Jardim Santa Cruz, 
São Paulo - SP. 
A praça é uma área verde de lazer, que conta com playground, jardim gramado, 
academia da terceira idade, quadra poliesportiva, espaço para caminhadas, mesas e 
bancos, que disponibiliza também, acesso a internet de forma gratuita através do 
projeto “Wi-Fi Livre SP” da prefeitura de São Paulo. 
 
 
3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos 
 
- Filosofia: refletir a respeito da natureza da verdade, da justiça e do bem, ponderar 
acerca das melhores formas de convivência de forma a estimular o desenvolvimento 
de um pensamento independente e crítico. 
- Ciências Sociais: compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais de 
etnias e segmentos sociais, agindo de modo a preservar o direito à diversidade, 
enquanto princípio estético, político e ético que supera conflitos e tensões do mundo 
atual (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO / BRASIL, 2000). 
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- Artes: realizar produções artísticas, coletivas, nas linguagens da arte (dança, música 
e teatro). 
- Educação Física: compreender as diferentes manifestações da cultura corporal, 
reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressão 
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO / BRASIL, 2000). 
Além das disciplinas e dos conteúdos relatados acima, serão trabalhados de forma 
interdisciplinar, em todas as etapas do projeto, os temas transversais, Ética, Saúde e 
Pluralidade Cultural (HAMZE, 2019). 
 
 
3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas 
 
1ª Fase – Desenvolvimento na E.E. Dr. José Maria Whitaker 
 
Nesta etapa, durante as aulas de cada disciplina prevista no projeto, serão 
apresentados aos alunos os temas e assuntos que serão abordados: 
 
Filosofia: Os diversos tipos de conhecimento; A verdade, a justiça e o bem como 
caminhos para a felicidade; A evolução moral e ética e seus reflexos na sociedade 
contemporânea; Relações de poder e a questão da liberdade; O eu e o outro; 
Violência, mediação e convivência na escola. 
Ciências Sociais: O jovem e a construção de uma identidade; O papel social da 
educação; Cultura e diversidade cultural; A questão do papel social; A questão da 
inclusão social; Sociologia da acessibilidade. 
Artes: Dança: espaço e movimento; Música: escrevendo música; Teatro: 
dramaturgias coletivas. 
Educação Física: Jogos e esportes adaptados; Corpo masculino e corpo feminino: 
verdade e mitos sobre as diferenças de gênero; O “Fair Play” no esporte - a ética 
em discussão. 
 
Durante esta fase, os alunos deverão ser incentivados a debaterem os temas 
propostos nas disciplinas de Filosofia e Ciências Sociais, tendo como pano de fundo 
as seguintes problematizações: 
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• O que é conhecer? 
• Como relacionar justiça, verdade e o bem? 
• O que é caráter histórico-social da moral e o caráter pessoal? 
• Somos livres porque reagimos? Somos livres porque dizem que somos? Ou 
a liberdade é um cálculo racional que fundamenta uma noção de bem 
comum? A liberdade existe? 
• O outro é um limite à minha liberdade? 
• Como poderíamos pensar um projeto sobre mediação de conflitos na 
escola? 
• Quais são os valores e quais as direções que desejo seguir na vida? 
• Até que ponto a escola tem cumprido seu papel social? 
• Por que a diversidade cultural pode ser causadora de conflitos? 
• Qual é seu papel na sociedade? 
• O que é a inclusão social e como praticá-la? 
• Como tratar os problemas de acessibilidadede forma ampla e irrestrita? 
 
Ainda nesta fase do projeto, os alunos serão divididos em 3 grupos, sendo cada 
grupo direcionado para a preparação de uma das oficinas de Artes que serão expostas 
posteriormente. 
Cada grupo deverá ser formado de forma balanceada e equitativa, contendo 
alunos do 1º, 2º e 3º ano, fortalecendo assim as ideias de inclusão, união e 
cooperação. 
O grupo 1 será responsável pela oficina, “Dança: espaço e movimento”. O grupo 2 
pela oficina, “Música: escrevendo música” e o grupo 3 pela oficina, “Teatro: 
dramaturgias coletivas”. 
Todas as oficinas deverão utilizar os temas desenvolvidos nas aulas de Filosofia e 
Ciências Sociais para produzirem suas obras. 
 
2ª Fase – Desenvolvimento na Praça Dirceu de Castro Fontoura 
 
Nesta etapa serão propostas atividades que envolverão práticas de Educação 
Física e as apresentações das oficinas de Artes, que serão listadas a seguir, 
aproveitando a quadra poliesportiva e o jardim gramado da praça. 
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- Vôlei sentado 
O voleibol sentado é um esporte divertido, empolgante e emocionante para quem 
assiste e, também, para quem está dentro da quadra jogando. Uma alta dose de 
espírito de equipe, habilidade, estratégia e garra são características necessárias para 
a sua prática. O vôlei sentado pode ser jogado por atletas de ambos os sexos, 
portadores de deficiência física, mas também pode ser praticado por pessoas que não 
possuem deficiência (IMPULSIONA EDUCAÇÃO ESPORTIVA, 2018a). 
Esta prática tem o objetivo de gerar maior consciência coletiva em alunos não-
deficientes sobre as dificuldades encontradas por pessoas deficientes e como 
algumas as superam através do esporte. Além disso, engloba o desenvolvimento do 
potencial sensorial e psicomotor e estimula a agilidade, empatia e autonomia dos 
alunos. 
 
- Esporte não é coisa de menina! 
Como assim esporte não é coisa de menina? Quantas vezes já escutamos que 
“futebol é coisa de menino” ou “balé é para meninas”? Infelizmente os exemplos 
desses tipos de divisão são muitos recorrentes e todos vivemos essa realidade em 
nosso dia a dia. No esporte e lazer, importantes atividades que promovem a qualidade 
de vida, inclusão social e cidadania, essa triste realidade também se faz presente. 
Afinal, existe muita desigualdade de oportunidades, direitos e tratamento entre 
homens e mulheres no cenário esportivo (IMPULSIONA EDUCAÇÃO ESPORTIVA, 
2017). 
Neste conteúdo pedagógico vamos trabalhar a questão do gênero e introduzir o 
tema desigualdade de gêneros no esporte. Também vamos mostrar como as 
mulheres estão se destacando, mesmo com todo o machismo no meio esportivo e 
compartilhar campanhas e histórias de mulheres muito inspiradoras. 
 
- “Fair play”: a ética no esporte e na vida 
Jogo limpo e respeito pelos outros são valores essenciais não só para o esporte, 
mas para a vida em sociedade. No esporte, o conceito de fair play está ligado à ética, 
ou seja, os praticantes devem jogar de maneira que não prejudiquem o adversário de 
forma proposital. Atualmente essa expressão é empregada em praticamente todos os 
segmentos da sociedade, e toma o significado de apresentar uma conduta de acordo 
12 
1 Atividade baseada na proposta do projeto educacional NET Educação, disponível em: 
https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/danca/ 
 
2 Atividade baseada na proposta do projeto educacional NET Educação, disponível em: 
https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/escrevendo-
musica/ 
 
com padrões éticos, sociais e morais (IMPULSIONA EDUCAÇÃO ESPORTIVA, 
2018b). 
Nesta prática vamos entender o conceito de “fair play” e sua origem, refletir sobre 
atitudes de “fair play” nos esportes e na vida em sociedade e ainda daremos dicas aos 
alunos de como promover e registrar atitudes de fair play no dia a dia escolar. 
 
- Dança: espaço e movimento 1 
Nesta oficina, os alunos irão demonstrar como construir um espaço de 
investigação para o movimento, de modo a se compor um mapa de trajetórias no 
espaço, a serem seguidas e complementadas pelos movimentos do corpo, 
interpretando de forma lúdica os conflitos que foram debatidos anteriormente nas 
aulas de Filosofia e Ciências Socias relacionando com as formas de entender e 
respeitar o espaço de cada indivíduo. Com isso espera-se que o grupo de alunos 
reconheça e explore o espaço com o olhar e com o corpo, tenha consciência das 
direções do corpo no espaço, experimente mudanças de plano, vivencie diferentes 
qualidades de movimento e de deslocamento com o corpo. 
 
- Música: escrevendo música 2 
A música está inserida no cotidiano das pessoas de diferentes maneiras e em 
várias ocasiões, está presente desde fundo musical para a execução de atividades 
corriqueiras, como lavar louça ou estudar, até servindo como estímulo para a prática 
de exercícios físicos ou para o relaxamento. A música é produzida e apreciada com 
diversos fins, seja para relaxar, para refletir, para dançar ou para nos expressarmos, 
já que tem princípios que permitem que sejam externados sentimentos, sensações e 
ideias. O grupo terá a oportunidade de apresentar os debates das aulas de Filosofia 
e Ciências Sociais através de uma composição própria com introdução, verso, refrão 
e conclusão. Pretende-se com isso que essa experiência se torne um instrumento 
relevante para o reconhecimento social dos alunos, ou seja, da sua condição como 
ser integrante da sociedade. 
 
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3 Atividade baseada na proposta do projeto educacional NET Educação, disponível em: 
https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/dramaturgias-
coletivas/ 
 
 
- Teatro: dramaturgias coletivas 3 
Os alunos deverão escrever, organizar e apresentar uma peça teatral, com 
autonomia para se apropriar de recortes de outros textos e para produzir textos de 
sua própria autoria, levando em consideração os debates realizados nas aulas de 
Filosofia e Ciências Sociais. Sabe-se que ao envolver os alunos na organização do 
espaço torna-se o grupo mais unido e concentrado, na medida em que demonstra 
objetivamente a responsabilidade de todos para a boa realização do trabalho. Ao 
final, espera-se que os alunos se apropriem do conceito de dramaturgia e das 
possibilidades de criação de dramaturgias coletivamente, criando maior autonomia na 
produção de textos e na apropriação de textos teatrais, para através do teatro, terem 
condições de expressar suas ideias e emoções. 
 
3ª Fase – Finalização do projeto 
 
Nesta etapa serão realizadas algumas rodas de conversa para ponderar sobre as 
lições aprendidas durante o projeto, para que os alunos possam reverberar os 
conhecimentos adquiridos e para fazer um balanço daquilo que foi possível conquistar 
com as ações realizadas. 
 
 
3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma 
 
Esse projeto terá a duração de 15 dias letivos divididos em três etapas. 
 
1ª etapa: Na Escola 
DATA ATIVIDADE 
07, 14, 21 e 28/02/2020 Apresentação e debates dos temas do projeto 
06, 13, 20 e 27/03/2020 Preparação dos materiais e ensaios das oficinas de Artes 
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2ª etapa: Na Praça 
DATA ATIVIDADE 
03/04/2020 Vôlei sentado 
10/04/2020 Dança: espaço e movimento 
17/04/2020 Esporte não é coisa de menina! 
24/04/2020 Música: escrevendo música 
30/04/2020 “Fair play”: a ética no esporte e na vida 
08/05/2020 Teatro: dramaturgias coletivas 
 
3ª etapa: Na Praça 
DATA ATIVIDADE 
15/05/2020 Roda de conversa sobre o projeto, balanço e fechamento 
 
 
4 AVALIAÇÃO 
 
A avaliação é o instrumento que deixa claro o desenvolvimento cognitivo do aluno 
facilitando apostura e ação do professor em relação ao diagnóstico da aprendizagem 
teórica e prática, questões que simulam o cotidiano ajudam a promover a 
interdisciplinaridade, o indivíduo incorpora o conhecimento e o relaciona com o meio 
inserido. A avaliação global tem por objetivo diagnosticar a situação da realidade 
escolar, visando a sua melhoria; é diagnóstica, processual e dinâmica. Na avaliação 
educacional deve-se considerar a história do processo pessoal de cada aluno e sua 
relação com as atividades desenvolvidas na escola, através da observação dos 
trabalhos e seus registros (sonoros, visuais e audiovisuais) deve-se também promover 
situações de auto avaliação que só irá contribuir para um melhor desenvolvimento do 
aluno, além de valorizá-lo, pode também ser feito através de imagens, dramatizações, 
composições musicais e pequenos textos ou falas. Na avaliação, interpretam-se os 
dados da aprendizagem e de seus próprios trabalhos, com a finalidade de 
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como 
registrar em documentos próprios, a fim de serem asseguradas à regularidade e a 
autenticidade da vida escolar do aluno (LIMA, 2014). 
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Desta forma, a avaliação será contínua, acompanhando cada estudante 
individualmente pela sua postura, dúvidas e observações ao longo de todas as 
atividades, buscando identificar modificações no comportamento dos estudantes a 
partir das informações disponibilizadas ao longo do projeto. O que deve disponibilizar 
aos professores um diagnóstico de incorporação dos conceitos apresentados e definir 
se os objetivos propostos foram alcançados. 
 
 
4.1 RESULTADOS ESPERADOS 
 
Espera-se que o projeto fomente ainda mais os debates sobre formas de inclusão 
e de combate à discriminação social, sexual, étnico-racial e de gênero, ampliando o 
conhecimento sobre esses temas e promovendo atividades de formação social e de 
valorização da diversidade. Ao final do projeto pretende-se que os estudantes tenham 
aprimorado o aprendizado nos conteúdos teóricos e práticos das disciplinas 
desenvolvidas, participando das atividades propostas com curiosidade e empenho. E, 
principalmente, que a abordagem dos alunos frente a diversidade, seja na escola ou 
na sociedade, se comparada anteriormente a realização das atividades propostas, 
seja mais assertiva, justa e correta. 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A lei preconiza a universalização da educação para todos, garantindo o direito ao 
acesso, a permanência e ao sucesso dos alunos. No entanto, a realidade educacional 
contemporânea coloca a escola como o palco da diversidade, pois ali se encontram 
alunos de diferentes grupos. A diferença entre os grupos é visível e o trabalho 
pedagógico precisa voltar-se à diferença, oportunizando o direito de educação para 
todos. 
Vale destacar que o trabalho com a diversidade está ligado à proposta de inclusão, 
que emerge como um grande desafio para a educação, pois, pensar em inclusão 
pressupõe uma série de fatores, principalmente os que dizem respeito aos alunos. 
Assim, pensar em inclusão, não é só dirigir o olhar para os alunos com necessidades 
especiais, mas sim, para todos aqueles alunos que estão nas salas de aula, que 
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muitas vezes sofrem preconceitos e discriminações por pertencer a este ou aquele 
grupo. 
Trabalhar com uma proposta de diversidade, propiciando oportunidades de 
inclusão a todos os alunos na escola, não é uma tarefa fácil, uma vez que não se 
resume apenas na garantia do direito de acesso. É preciso que lhes sejam garantidas 
as condições de permanência e sucesso na escola. 
Para que o processo de inclusão ocorra satisfatoriamente é preciso que haja 
investimento em educação, senão é um projeto fadado ao insucesso, pois a escola 
precisa oferecer estrutura adequada para que ele ocorra. A dura realidade das 
condições de trabalho e os limites da formação profissional, o número elevado de 
alunos por turma, a rede física inadequada, o despreparo para ensinar "alunos 
especiais" ou diferentes são fatores a serem considerados no processo de inclusão 
que garanta a participação de todos os alunos e o sucesso, evitando-se assim o alto 
número de alunos evadidos e até os retidos no ano letivo. 
É de extrema relevância que a escola reconheça as diferenças, valorizando as 
especificidades e potencialidades individuais, reconhecendo a importância do ser 
humano, lutando contra os estereótipos, as atitudes de preconceito e a discriminação 
em relação aos que são considerados diferentes. 
É preciso que todos tenham clareza de que sempre irão existir diferenças, mas é 
possível minimizá-las, desde que haja interesse em propiciar uma educação de 
qualidade a todos, para isso é importante notar que o aproveitamento de ambientes 
não escolares, pode ser um fator muito relevante para promover aos estudantes uma 
aprendizagem significativa, por meio de atividades bem planejadas e integradas com 
as diversas áreas de conhecimento previstas nos Parâmetros Curriculares Nacionais. 
 
17 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRANDÃO, C. da F. Estrutura e funcionamento do ensino. 2a ed. São Paulo: 
Avercamp, 2017. 
BRANDÃO, M. T.; FERREIRA, M. Inclusão de crianças com necessidades educativas 
especiais na educação infantil. Revista Brasileira de Educacao Especial, v. 19, n. 
4, p. 487–502, 2013. 
HAMZE, A. (Brasil E. Temas transversais vinculados ao cotidiano. Disponível em: 
<https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/temas-transversais-
vinculados-aocotidiano.htm>. Acesso em: 29 out. 2019. 
IMPULSIONA EDUCAÇÃO ESPORTIVA. Esporte não é coisa de menina?! Uma 
questão de gênero ue precisa ser levada a serio. Disponível em: 
<https://impulsiona.org.br/esporte-coisa-de-menina/>. Acesso em: 30 out. 2019. 
IMPULSIONA EDUCAÇÃO ESPORTIVA. Voleibol sentado: um esporte para todos. 
Disponível em: <https://impulsiona.org.br/volei-sentado-um-esporte-para-todos/>. 
Acesso em: 30 out. 2019a. 
IMPULSIONA EDUCAÇÃO ESPORTIVA. Fair play: a ética no esporte e na vida. 
Disponível em: <https://impulsiona.org.br/fair-play-o-jogo-limpo/>. Acesso em: 30 out. 
2019b. 
LIMA, P. M. Avaliação da aprendizagem, como um processo interdisciplinar. 2a 
ed. Curitiba: Secretária da Educação - PR, 2014. 
MANTOAN, M. T. E. O desafio das diferenças nas escolas. 5a ed. Rio de Janeiro: 
Vozes, 2013. 
MARINHO, P. Construindo o currículo para uma diferenciação pedagógica. Colóquio 
Internacional de Políticas e Prática Curriculares - Globalização e 
Interculturalidade: currículo, espaço em litígio?, v. 3, p. 1–16, 2007. 
MARTINS, L. de A. R. et al. Inclusão - Compartilhando Saberes. 5. ed. Rio de 
Janeiro: Vozes, 2011. 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO / BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais - 
Ensino Médio. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/busca-geral/195-secretarias-
112877938/seb-educacao-basica-2007048997/12598-publicacoes-sp-265002211>. 
Acesso em: 23 out. 2019. 
 
 
 
 
	1 INTRODUÇÃO
	2 OBJETIVOS
	2.1 OBJETIVOS GERAIS
	2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
	3 DESENVOLVIMENTO
	3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
	3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
	3.2.1 Ambientes e público alvo
	3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos
	3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas
	3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma
	4 AVALIAÇÃO
	4.1 RESULTADOS ESPERADOS
	5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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