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Reações nos compostos aromáticos Prof. Augusto Luís Pereira de Meireles Disciplina: Química Orgânica • Aromaticidade é a estabilidade dos compostos devido à conjugação cíclica de ressonância. As estruturas aromáticas estão formalmente relacionadas ao benzeno. • Os elétrons π deslocalizados normalmente são representados como um círculo no centro do anel. • O benzeno é uma molécula simétrica plana. • O benzeno não é reativo por causa da estabilidade associada aos elétrons π deslocalizados. • À maior parte dos anéis aromáticos são dados nomes comuns. Aromaticidade • Moléculas cíclicas; • Alto grau de insaturação; • Alta estabilidade; • Geometria molecular plana; • Nuvens cíclicas de elétrons π deslocalizados abaixo e acima do plano da molécula. Características dos aromáticos Todos os compostos cíclicos planos ou quase planos, com 4n + 2 elétrons π alternados, sendo “n” um número inteiro, terão aromaticidade. Regra de Hückel Propriedades dos aromáticos • Os hidrocarbonetos aromáticos apresentam as propriedades físicas comuns, como ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade e solubilidade semelhantes a outros hidrocarbonetos. • Os arenos são menos reativos em relação aos outros hidrocarbonetos insaturados. • Apesar de conterem ligações π, os hidrocarbonetos aromáticos sofrem reações de substituição mais facilmente do que reações de adição. • Exemplo: se o benzeno é tratado com ácido nítrico (HNO3) na presença de ácido sulfúrico (H2SO4 - catalisador), obtêm-se o nitrobenzeno. • O benzeno apresenta alta densidade eletrônica. Dessa forma, ele constitui um substrato que pode ser facilmente atacado por um eletrófilo, sofrendo reações de substituição eletrofílica aromática. • Essas reações ocorrem em duas etapas: adição eletrofílica e eliminação. • A deslocalização eletrônica confere estabilidade ao benzeno, por isso a reação de substituição nesses compostos é mais facilitada (ao contrário da adição em alcenos e alcinos), já que possibilita a regeneração dos seis elétrons π. Reações de substituição eletrofílica aromática Reações de substituição em arenos Halogenação Nitração Sulfonação Alquilação Acilação Mecanismo de substituição em arenos Na etapa 1 do mecanismo, o eletrófilo reage com dois elétrons π do anel aromático para formar um íon arênio. O íon arênio é estabilizado por ressonância que deslocaliza a carga. Na etapa 2, um próton é removido e o sistema aromático é regenerado. Íon arênio Mecanismo de Halogenação Mecanismo de nitração Mecanismo de sulfonação Mecanismo de Alquilação Mecanismo de Acilação Posições orto-, meta- e para- Na substituição orto, dois substituintes ocupam posições próximas uma a outra, as quais podem ser numeradas 1 e 2. (corresponde as posições R e orto). Na substituição meta os substituintes ocupam posições 1 e 3 (correspondendo a R e meta). Na substituição para, os substituintes ocupam as posições opostas (posições 1 e 4). Substituintes nos anéis aromáticos A natureza de grupos presentes no anel aromático afetam tanto a reatividade quanto a orientação da futura substituição: � Grupos ativantes tornam o anel aromático mais reativo do que benzeno; � Grupos desativantes tornam o anel aromático menos reativo do que benzeno; � Orto-para dirigentes direcionam a futura substituição para as posições orto e para; � Meta dirigentes direcionam a futura substituição para a posição meta. Grupos ativantes – Orto-para dirigentes Todos os grupos ativantes são orto-para dirigentes. O grupo metila do tolueno é um orto-para dirigente: Grupos amino e hidroxila são ativantes fortes e dirigentes orto-para: Os haletos são orto-para dirigentes mas são fracos desativantes. Grupos alquilas e heteroátomos com um ou mais pares de elétrons não compartilhados diretamente ligados ao anel aromático serão dirigentes orto-para. Grupos desativantes – Meta dirigentes Grupos fortemente retiradores de elétrons tais como nitro, carboxila, e sulfonato são desativadores e dirigentes meta; Grupos ativantes e desativantes Grupos ativantes – orto e para Grupos desativantes - meta Ativantes fortes Desativantes fortes -NH2, -NHR, -NR2, -OH, -O- -NO2, -NR3+, -CF3, -CCl3 Ativantes moderados Desativantes moderados -NHCOCH3, - NHCOR, -OCH3, -OR -CN, -SO3H, -CO2H, -CO2R, -CHO, COR Ativantes fracos -CH3, -C2H5, -R, -C6H5 Desativantes fracos -F, -Cl, -Br, -I • Geralmente, os grupos metadirigentes são insaturados ou possuem ligações coordenadas e apresentam pares de elétrons π, atraindo elétrons do núcleo aromático. Isso diminui a densidade eletrônica no anel benzênico, o que faz com que a reação fique relativamente mais lenta. Ainda assim, o ataque ocorre preferencialmente na posição meta. • Se em um composto houver, concomitantemente, um grupo orto-para e um metadirigente, a reação acontecerá segundo o radical orto-para dirigente, pois ele é um grupo ativador, enquanto o metadirigente é desativador. Grupos ativantes e desativantes Mecanismos orto x meta
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