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AP1 - Gabarito - Psicanálise e Educação - 2019 2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD 
 
GABARITO – AP1– 2019.2 
 
Disciplina: Psicanálise e Educação Coordenador: Nilson Guimarães Doria 
Mediadoras pedagógicas à distância: Luiza Teles e Raquel Devolder 
 
Parte I - Questões objetivas (1,0 ponto/cada): 
 
1. De acordo com a primeira tópica do aparelho psíquico proposta por Freud, esta 
instância psíquica é o lugar da percepção e da integração entre o que se passa na 
realidade externa ao sujeito (percepção, atenção) e o que ocorre em seu mundo interno 
(lembranças, raciocínio, etc.). 
(A) Pré-consciente. 
(B) Consciente. 
(C) Inconsciente. 
(D) Subconsciente. 
(E) Id. 
 
Comentário: 
 
O Consciente seria o lugar da consciência, da percepção e da integração entre o 
que se passa na realidade externa ao sujeito (percepção, atenção) e o que ocorre em 
seu mundo interno (lembranças, raciocínio, etc.). Na consciência os conteúdos de nossa 
experiência organizam-se em uma determinada ordem temporal, sequencialmente 
(passado, presente e futuro em um fluxo unidirecional), ou simultaneamente (no caso de 
eventos que ocorrem concomitantemente). Texto introdutório à Aula 1 da Unidade 1. 
 
2. Assinale qual das afirmativas abaixo é FALSA de acordo com a segunda tópica do 
aparelho psíquico proposta por Freud: 
(A) O Id é a instância de surgimento mais primitivo. 
(B) Para Freud, o Super Ego é a última instância a surgir. 
(C) O Id é inteiramente inconsciente sendo inacessível diretamente à consciência. 
(D) O Super Ego atua como mediador entre o princípio do prazer e o da realidade. 
(E) O Ego é predominantemente consciente, exceto por seus mecanismos de defesa. 
 
Comentário: 
 
As satisfações de nossas necessidades e impulsos precisam ser adiadas, 
moduladas, reformuladas, para que possam ser atendidas. A esta necessidade, Freud 
chama princípio da realidade. 
É da confrontação com esta realidade, que cerceia a realização plena e imediata 
do desejo, que surge o Ego. Uma instância do aparelho psíquico que procura tornar as 
demandas do Id [princípio do prazer] realizáveis, ainda que reformuladas, adaptadas e 
adiadas. O Ego, é o lugar da consciência. - Texto introdutório à Aula 1 da Unidade 1. 
 
3. Assinale a alternativa que descreve corretamente a sequências das fases de 
desenvolvimento psicossexual segundo a perspectiva freudiana: 
(A) oral – anal – período de latência – genital – fálica. 
(B) anal – oral – genital – período de latência –fálica. 
(C) oral – anal – fálica – período de latência – genital. 
(D) sensório-motor – pré-operatório – operatório concreto – operatório formal. 
(E) pré-operatório – sensório-motor – operatório concreto – operatório formal. 
 
Comentário: 
 
Ver texto introdutório à Aula 2 da Unidade 1. 
 
4. Acerca da fase fálica do desenvolvimento psicossexual, é CORRETO afirmar que: 
(A) antecede o período de latência e é caracterizada por fortes conflitos intrapsíquicos 
(angústia de castração ou inveja do pênis). 
(B) não ocorre nas meninas por elas não possuírem a estrutura anatômica que dá nome 
à fase, o falo (pênis). 
(C) é um conceito que foi rapidamente abandonado por Freud, logo após seus estudos 
sobre hipnose na França. 
(D) na sequência de fases postulada por Freud é a última a ocorrer cronologicamente, 
logo após o período de latência. 
(E) só ocorre nos meninos, uma vez que eles são os únicos que possuem a estrutura 
anatômica que dá nome à fase, o falo (pênis). 
 
Comentário: 
 
Apesar de partirem de um mesmo ponto comum, o desejo de serem amados pela 
mãe, meninos e meninas se veem em condições diferentes para alcançar esse objetivo. 
Ambos entendem que tem por maior rival na conquista do amor materno, a figura 
paterna, que compete por esse amor. Os meninos podem identificar-se com ele, uma vez 
que ambos possuem um pênis. As meninas, por sua vez estariam mais identificadas com 
a mãe, por serem ambas “castradas”. 
Para os meninos duas possibilidades antagônicas se abrem: por um lado eles 
poderiam se entender como postulantes legítimos ao amor materno, pois eles possuem 
aquilo que o atual detentor deste amor, o pai, possui, o pênis. Por outro lado, a 
possibilidade de perder o pênis, ser castrado, também se torna uma angústia. O medo 
de perder o pênis, pela intervenção paterna no embate pelo amor da mãe, recebe o 
nome de angústia de castração. 
As meninas se veriam na situação oposta, elas já seriam castradas, elas já 
perderam o pênis, e veriam nisso uma prova de “desamor” da mãe por elas – uma vez 
que as fez assim – e incapazes de competir com o pai pelo amor da mãe. Assim elas 
deslocariam a disputa pelo amor materno para a obtenção do amor paterno. Ter o 
amor do pai, seria a via para que as meninas pudessem ter um falo, e assim conseguir, 
por vicariância, o amor da mãe. O desejo da menina por possuir um falo para poder 
competir em melhores condições pelo amor da mãe recebe o nome de inveja do pênis. 
Texto introdutório da Aula 2 da Unidade 1. 
 
5. Este momento do desenvolvimento psicossexual é marcado por uma certa 
“suspensão” do drama edípico e adormecimento da sexualidade em termos de zonas 
erógenas corpóreas, sendo esta deslocada para outras formas de obtenção de prazer, 
como o investimento intelectual na idade escolar: 
(A) fase oral. 
(B) fase anal. 
(C) fase fálica. 
(D) período de latência. 
(E) fase genital. 
 
Comentário: 
 
A fase de latência, e é marcada por uma certa “suspensão” do drama edípico e 
adormecimento da sexualidade em termos de zonas erógenas corpóreas (daí o nome 
latência). Texto introdutório da Aula 2 da Unidade 1. 
 
 
Parte II - Questões discursivas 2,5 pontos/cada): 
 
6. O fenômeno da transferência ocupou papel fundamental nos escritos de Freud sobre a 
relação analítica, mas também se faz presente em outros contextos, como o educativo. 
Com base nas leituras realizadas em nosso curso: a) apresente uma definição do 
fenômeno transferencial (1,5); e b) exemplifique-o com base em alguma experiência 
que tenha presenciado ou vivenciado (1,0). 
 
Comentário: 
 
Encontramos a seguinte definição de transferência em um famoso dicionário de 
Psicanálise: 
“processo pelo qual desejos inconscientes se atualizam sobre determinados objetos 
no quadro de um certo tipo de relação estabelecida com eles, e eminentemente, no 
quadro da relação analítica. Trata-se aqui de uma repetição de protótipos infantis 
vivida com sentimento de atualidade acentuada” (LAPLACHE E PONTALIS, 
2016, p. 514). 
7. A noção de sublimação surge na obra de Freud de maneira complementar à de mal-
estar na civilização. Com base nas leituras realizadas ao longo de nosso curso: a) 
apresente uma definição de sublimação (1,5); e b) com base na sua vivência procure 
estabelecer relações entre o fenômeno e a prática educativa (1,0). 
 
Comentário: 
De acordo com a definição do Vocabulário de Laplanche e Pontalis a sublimação é: 
"Processo postulado por Freud para explicar atividades humanas sem qualquer 
relação aparente com a sexualidade, mas que encontrariam o seu elemento 
propulsor na força da pulsão sexual. Freud descreveu como atividades de 
sublimação principalmente a atividade artística e a investigação intelectual. Diz-se 
que a pulsão é sublimada na medida em que é derivada para um novo objetivo não 
sexual e em que visa objetos socialmente valorizados" (2016, p. 495).

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