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Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 1 Administração (Teixeira) “Pode ser definida com a função de se conseguir fazer as coisas através das pessoas, com os melhores resultados”. “Consiste em orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de indivíduos para um objetivo comum, ou seja, consiste basicamente na coordenação de atividades grupais”. O objeto de estudo da administração é a Organização que pode ser definida por um “conjunto de cargos e tarefas”; um “conjunto de órgãos e funções”; e um mais atual: “um sistema composto de subsistemas que interagem entre si e com o ambiente externo”. “Toda organização, seja ela industrial ou prestadora de qualquer tipo de serviço, precisa ser administrada adequadamente, para alcançar seus objetivos com maior eficiência e economia de ações e de recursos”. A administração é realizada através do processo administrativo, que abrange atividades administrativas, técnicas e operacionais. INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO (Abreu) 1. Origem e Evolução da Indústria Influência da Revolução Industrial A influência dos filósofos Influência da organização da Igreja Católica Influência da organização militar Influência dos economistas liberais e dos empreendedores 2. Movimentos de Administração Abordagem Clássica ou Tradicional da Administração Taylor (EUA): Escola da Administração Científica Preocupação em aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho do operário. Mecanização do Trabalho (Segundo Teixeira) Fayol (Europa): Organização do trabalho de forma que ele se torne mais eficiente, utilizando os princípios da administração em bases científicas com a divisão em funções administrativa, técnica, comercial, contábil, segurança e financeira. Criou as funções administrativas: Planejamento, Organização, Direção e Controle. (Segundo Abreu) Fayol (Europa): Definiu as funções essenciais da empresa, o conceito de administração (prever, organizar, comandar, coordenar e controlar). Essa teoria restringe-se exclusivamente a organização formal. Racionalmente a organização deve caracterizar-se por uma divisão de trabalho e consequente especialização e coordenação para garantir a harmonia e eficiência do conjunto. Organização Formal Resumo: Funções Administrativas (segundo Fayol): Administração de Serviços de Alimentação – ASA I Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 2 Resumo das funções administrativas (Teixeira): Teoria das Relações Humanas - Elton Mayo (Chicago) Teoria calcada em valores humanísticos na administração, deslocando a preocupação anteriormente voltada à tarefa e à estrutura para a preocupação com as pessoas. O trabalhador não é só visto como força de trabalho e o seu desempenho é resultado de seu esforço e de sua relação com o ambiente de trabalho trazendo satisfação e retorno para a organização. Harmonizar a função econômica de gerar lucro com a função social de dar satisfação aos seus empregados. Ênfase nas pessoas que trabalham nas organizações Teoria Neoclássica ou Escola Operacional (Abreu) Utilização dos conceitos básicos da Teoria Clássica sem os exageros, utilizando a administração como uma teoria social básica. Ela enfatiza as funções do administrador (planejamento, organização, direção e controle) formando o processo administrativo. 3. Conceito e Objetivos da Empresa Define-se como empresa toda organização particular, governamental ou de economia mista que produz ou oferece bens e serviços, com vista, em geral, à obtenção de lucros. Missão da empresa: É a razão de ser da empresa. Representa um “horizonte” no qual a empresa decide atuar e vai realmente entrar em cada um dos negócios que aparecerem nesse horizonte, desde que seja viável sob os vários aspectos considerados. Objetivos da empresa: estado, situação ou resultado futuro que o administrador pretende atingir. Relaciona-se a tudo que implica a obtenção de um fim ou resultado final. O objetivo pode ser geral e interessar a toda a empresa ou ser específico de um setor. A META representa etapas para alcançar os objetivos e a meta empresarial pode ser definida como a quantificação dos objetivos. Os objetivos devem ser: hierárquicos; quantitativos; realistas; conscientes; claros, entendidos e escritos; comunicados; desmembrados em objetivos funcionais; motivacionais; utilitários; decisórios e operacionais. Uma adequada administração se inicia com o estabelecimento ou a compreensão nítida dos objetivos a serem alcançados. UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Segundo Teixeira A alimentação coletiva é representada pelas atividades de alimentação e nutrição realizadas em Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs) que tem como objetivo manter a saúde de sua clientela, através de uma alimentação adequada, equilibrada, segura sob os aspectos dietéticos, de higiene e ajustada à disponibilidade financeira da empresa. UAN como atividades fim (hospitais e centros de saúde) – conjunto de bens e serviços destinados a prevenir, melhorar e/ou recuperar a população que atendem, seja através de seu ambulatório, seja através da hospitalização. UAN como atividade meio (refeitórios das indústrias e instituições escolares, creches, asilos e abrigos) – atividades que procuram reduzir o índice de acidentes e taxas de absenteísmo, melhorar a aprendizagem, prevenir e manter a saúde daqueles que atendem. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 3 O mercado de alimentação (Abreu) Com a criação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) pela lei nº 6.321/76, permitindo a dedução do imposto de renda de um percentual sobre o lucro tributável das empresas participantes do programa, as UAN das indústrias sofreram uma expansão, entretanto, com características diversificadas. As UANs podem ser: Institucionais: dentro de empresas, escolas e outras, com clientela fixa; Comerciais: restaurantes abertos ao público; Hotéis; Comissarias ou caterings; Cozinhas dos estabelecimentos assistências de saúde. Tipos de Serviços (Teixeira): Serviço próprio (auto-serviço) – a empresa incentivada assume toda a responsabilidade, inclusive técnica, pela elaboração das refeições aos comensais, necessitando portanto, de infra-estrutura e possibilitando melhor controle de qualidade; Serviço de terceiros – fornecimento de refeições é formalizado por contrato firmado entre a empresa incentivada e a prestadora de serviços (concessionária); Administração por condomínio – um único refeitório para atender aos funcionários de um agrupamento de empresas situadas numa mesma área geográfica. Modalidades do serviço de terceiros: Comodato: a empresa incentivada (empregadora) contrata os serviços de uma empresa especializada, concessionária, a qual utiliza as instalações da primeira para o preparo de refeições. A contratada assume toda a responsabilidade, desde a aquisição dos gêneros alimentícios até a distribuição das refeições. Para a empresa incentivada (contratante) há a vantagem de transferência de responsabilidade; entretanto, o investimento do capital inicial é maior, o mesmo ocorrendo com o custo operacional. O controle de qualidade da refeição é possível com a contratante mantendo uma nutricionista como supervisora. Refeição pronta e transportada: a contratada entrega à empresa incentivada refeições (convencionais ou supergeladas) já confeccionadas para consumo. No que se refere a espaço físico, equipamentos, despesas de gás, luz, combustível para preparo das refeições, a empresa incentivada é isenta. Desvantagens: riscos na conservação das refeições, alterações de sabor, limitação quanto aos tipos de preparações possíveis de oferecer, dificuldade na fiscalização e manuseio da matéria- prima, exige uma definição antecipada do número derefeições, causando transtornos da frequência não atender à previsão e, problemas de transporte. Refeições-convênio: a empresa incentivada diretamente ou por meio de concessionária, mantem convênio com restaurantes comerciais para o fornecimento das refeições aos funcionários da empresa incentivada. Processo de seleção: mediante licitação, nas modalidades de Tomada de Preços ou Concorrência onde é exigido competência do Pessoal Técnico e Administrativo e da adequação do quantitativo e qualitativo do pessoal operacional, apresentação de cardápios básicos para a clientela, bem como documentos de idoneidade financeira da concessionária. Quadro Resumo Quanto ao sistema de distribuição (Teixeira): Centralizado – refeições produzidas e distribuídas no mesmo local. Descentralizado – refeições produzidas na cozinha central e distribuídas em outro local. Misto – parte das refeições distribuídas de forma centralizada e outra parte descentralizada. Tipos de Serviços (Abreu): 1. Serviço Próprio ou Autogestão – a própria empresa gerencia a UAN, produzindo refeições a serem servidas aos seus funcionários. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 4 2. Concessão – o fornecimento de refeições é feito por uma empresa terceira (concessionária) que assume a responsabilidade da gestão da UAN. Tipos de concessão: Preço fixo da refeição – gestão, gestão fixa, gestão operacional, entre outros, onde o valor da refeição é preestabelecido em contrato. A empresa recebe pelo número de refeições servidas. Mandato – a terceirizada cobra pela administração do serviço que será calculado com base em uma porcentagem sobre: (i) folha de pagamento dos funcionários e do montante total de compras da matéria-prima. Obs: funcionário da concessionária e estoque do cliente; (ii) somente fornecimento de mão- de-obra. Taxa fixa – a cobrança é feita sobre uma porcentagem preestabelecida do faturamento. Obs: Mandato ou Taxa fixa podem ser cobrados EPIs, utensílios, gastos com locação para eventos, outros. A administração da UAN deve ser delegada ao nutricionista. Funções do nutricionista: planejamento, organização, direção, supervisão e avaliação segundo a Lei 8.234/91. Atribuições específicas do nutricionista (Abreu): Participar do planejamento e gestão recursos econômico- financeiros; Participar do planejamento, implantação e execução de projetos de estrutura física e executar a adequação de instalações físicas, equipamentos, utensílios e fazer as suas especificações; Planejar, coordenar, supervisionar a seleção, compra e manutenção de veículos de transporte, equipamentos e utensílios; Avaliar fornecedores, planejar, coordenar e supervisionar a seleção, compra e armazenamento de alimentos; Planejar cardápios de acordo com as necessidades dos clientes; Coordenar e executar os cálculos de valor nutritivo, rendimento e custo das preparações culinárias; Planejar, implantar, coordenar e supervisionar as atividades de pré-preparo, preparo, distribuição e transporte de refeições e/ou preparações culinárias; Avaliar tecnicamente as preparações culinárias Desenvolver manuais técnicos, rotinas de trabalho e receituários; Efetuar controle de sobras e restos; Planejar, implantar e supervisionar as atividades de higienização do ambiente, veículos de transporte de alimentos, equipamentos e utensílios; Implantar métodos de controle de qualidade de acordo com a legislação vigente; Participar do recrutamento e seleção dos recursos humanos; Coordenar e executar programas de treinamento e reciclagem de recursos humanos; Integrar a equipe de saúde ocupacional; Participar da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA); Coordenar, supervisionar e executar as atividades referentes às informações nutricionais e técnicas de atendimento ao cliente; Promover programas de educação alimentar; Detectar e encaminhar ao superior hierárquico relatórios de condições da UAN impeditivas das Boas Práticas; Colaborar com autoridades na fiscalização; Desenvolver pesquisas e estudos sobre a área de atuação; Orientar estágio e participar de programas treinamento; Efetuar controle periódico dos trabalhos executados. QUALIDADE TOTAL (ABREU) Clientes + Concorrência = aperfeiçoamento contínuo dos serviços. O desafio organizacional é o aperfeiçoamento com revisão de conceitos a respeito da qualidade dos produtos e serviços, bem como, estratégias para satisfazer o cliente e o mercado. Definição de qualidade segundo ISO 8402/1986: “A totalidade de aspectos e características de um produto ou serviço que satisfazem necessidades explícitas e implícitas”. Moderno conceito de excelência = “encantar o cliente” Desafio: Converter as necessidades do usuário em características mensuráveis. O Serviço de alimentação deve administrar de forma a: Se integrar aos objetivos organizacionais da empresa; Atender aos anseios dos clientes; Conhecer o impacto da UAN dentro da empresa; Abrir canal de comunicação; Conquistar espaço com clientes, empregados e empresa. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 5 O Custo da Má Qualidade Custo da não prevenção – ausência de programas de qualidade, controle de processos, treinamento. Custo da não avaliação – ausência de auditorias, verificação de não conformidades, supervisão sistemática. Custo de erros anteriores à entrega dos produtos – desperdícios, retrabalho (detectados antes de chegar ao cliente). Custo de erros posteriores à entrega dos produtos – restos, devoluções, reclamações. Custo dos equipamentos - más condições, subutilização, mau uso. MARKETING PARA UANS (ABREU) Processo pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros. Esta definição baseia-se em alguns conceitos centrais como necessidades e desejos, produtos (bens, serviços e ideias), valor, custo e satisfação, troca e relacionamentos. Estratégias básicas do marketing: Definição do público alvo – comportamento humano; estilo de vida; faixa etária; localização geográfica; segmentação geográfica, demográfica, psicográfica e comportamental. Posicionamento de mercado – posição que a empresa, a marca, o produto ou serviço ocupam na mente do consumidor. Composto de marketing (4Ps) – tem como objetivo mostrar como atingir e atender às necessidades e desejos dos indivíduos e se é possível superá-los. Produto – tangível (refeição) e intangível (eficiência, qualidade, valor agregado) Preço – monetário (quanto se paga pelo produto) e não monetário (atendimento, acesso ao local, estacionamento, ambiente, infraestrutura, etc.). Promoção – publicidade, relações públicas, promoção de vendas, venda pessoal e merchandising. Ponto – local, distribuição e logística. Pesquisa de mercado – bom método para avaliar a qualidade dos serviços prestados, mas apresenta limitações tais quais: processo e erro amostral, falha na coleta dos dados, erro no registro, processamento e interpretação dos dados, não cobertura de todas as variáveis. O PROCESSO ADMINISTRATIVO (RELACIONADO ÀS ATIVIDADES DE UAN) PLANEJAMENTO São antecipadamente previstas as ações relacionadas a: o que fazer (objetivos do trabalho), de que maneira fazer (normatização das operações, definição das atribuições), quando fazer (definição do tempo de execução) e quem deve fazer. Deve ser exequível (ações planejadas se tornem efetivas) e flexível (possibilitando as correções de direção necessárias). Ex UAN: Definir Valor Energético Total, padrão socioeconômico do cardápio, aceitação das preparações, etc. Forma de relacionar os objetivos com as condições disponíveis e determinar a melhor forma da execução das operações. O quefazer corresponde aos objetivos do trabalho, para evitar desperdícios financeiros, de tempo e energia. Como fazer significa a normatização das operações, a definição das atribuições proporcionando maior disciplina e continuidade na execução das tarefas. Quando fazer implica na definição do tempo de execução, possibilitando controle no andamento das atividades da empresa. Quem fazer implica na divisão das atividades permitindo a organização do trabalho de forma que os objetivos sejam cumpridos. Os princípios gerais da administração aplicáveis ao planejamento são: o da definição do objetivo e o da flexibilidade do planejamento possibilitando as correções de direção necessárias. Fases do planejamento: 1. Estabelecimento dos objetivos a alcançar (organizacionais, políticas, diretrizes, metas, programas, procedimentos, métodos e as normas); 2. A tomada de decisões para ações futuras; 3. Determinação dos planos. Níveis do planejamento: Cliente satisfeito é sinônimo de sucesso, lucratividade, competitividade, sobrevivência e maior participação no mercado. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 6 Estratégico – nível de diretoria (metas, objetivos, políticas, missão) Tático – nível gerencial (utilização adequada dos recursos da empresa) Operacional - produção Determinação do Sistema de Distribuição de Refeições Deve ser levado em conta no planejamento físico- funcional. Pacientes – centralizado, descentralizado e misto Sistema Centralizado Mais prático, higiênico e funcional. Preparo, distribuição, porcionamento e identificação na própria cozinha. Menor manipulação, menor contaminação, melhor manutenção da temperatura dos alimentos. Melhor supervisão e controle Maior integração do pessoal do S.A Supressão das copas de apoio. Dietas especiais, almoço e jantar e a parte quente. Sistema Descentralizado Preparo realizado na cozinha com porcionamento, identificação e distribuição, realizados nas copas de apoio. Maior manipulação, perda de apresentação e qualidade. Alteração do paladar por reaquecimento inadequado. Porcionamento inadequado, supervisão precária. Maior possibilidade de erros na distribuição. Maior desperdício de área física. Dieta geral e dietas especiais de rotina, refeições intermediárias (desjejum, merenda e lanche) e parte fria (sucos, saladas e sobremesas) Sistema Misto Mais encontrados nos hospitais do Brasil. Parte da distribuição centralizada e parte descentralizada. Funcionários e acompanhantes Cafeteria Fixa (balcão térmico): bandejas de inox estampadas ou com pratos (prato principal e guarnição). Mais recomendado e encontrado nos hospitais brasileiros. Esteira rolante: comensal recebe sua bandeja pronta. Leva a desperdícios pois não considera preferências e hábitos alimentares. Self-Service: mais encontrado em restaurantes industriais com elevado padrão de cardápio. Não apresenta desperdícios pois o comensal porciona sua bandeja. À francesa: pouco encontrado, servido em refeitório diversificado de grandes firmas com cardápio diferenciado (gerência, diretoria com pequeno número de comensais). ATIVIDADES ANTERIORES À PRODUÇÃO (UAN) São atividades típicas de planejamento que fixam parâmetros imprescindíveis à avaliação e configuram uma administração em bases científicas, ou seja, fundamentada nos princípios de planejamento e controle. São elaborados instrumentos de comunicação e controle, como fichas e formulários que tenham praticidade, simplicidade e identidade dos resultados. São atividades inerentes das chefias onde estão inseridos os nutricionistas. 1. Estimativa das Necessidades Nutricionais Para assegurar esta adequação será necessário definir previamente as necessidades em calorias que poderão ser estimadas utilizando-se o método da OMS e que passarão a ser utilizadas como parâmetro para avaliação do Valor Calórico Total (VCT) das refeições oferecidas. A distribuição dos % dos macronutrientes em relação ao VET deve ser: Carboidratos - 55 a 65% Proteínas - 10 a 15% Lipídeos - 20 a 30% Nos locais onde se oferece mais de um tipo de refeição, a distribuição do VCT deverá seguir as proporções: Desjejum 15% Almoço 45% Jantar 40% Lanche 5 a 10% retirados do almoço ou do jantar Para grupos de baixo poder aquisitivo, em que é oferecida apenas uma refeição, recomenda-se que represente 60% das calorias totais. O equilíbrio entre vitaminas e minerais também deve ser atenção do nutricionista. Quando não há possibilidade de obtenção de dados locais para definição do V.C.T, sugere-se a utilização dos parâmetros do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Para as empresas que aderem ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) Garantia de oferta de nutrientes na alimentação baseada nas seguintes referências: Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 7 Nutrientes Valores diários Referência Valor Energético Total 2000 Kcal Carboidrato 55-75% Proteína 10-15% Gordura Total 15-30% Gordura Saturada <10% Fibra >25 g Sódio < 2.400 mg Parâmetros nutricionais - Portaria MTE n° 193, de 05 de dezembro de 2006. Refeições Principais (almoço, jantar e ceia) 600 a 800 calorias (variação de acordo com o fator atividade) 30 a 40% do VET 6 a 10% de NDPcal Admite-se um acréscimo de 20% em relação ao VET de 2 mil calorias. Refeições menores (desjejum e lanche) 300 a 400 calorias 15 a 20 % do VET diário Admite-se um acréscimo de 20% em relação ao VET de 2 mil calorias. Recomendações: Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, uma porção de frutas e uma porção de legumes ou verduras, nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e pelo menos uma porção de frutas nas refeições menores (desjejum e lanche). Fornecer refeições adequadas a trabalhadores portadores de doenças de acordo com cardápio base com avaliação nutricional periódica; O cálculo de VCT será alterado em benefício da saúde do trabalhador, em cumprimento às exigências laborais e baseado em estudos de diagnóstico nutricional. Modalidade autogestão deve ter responsável técnico inscrito no PAT. Distribuição dos nutrientes Refeição HC (%) PTN (%) GT (%) GS (%) Fibra (g) Na (mg) Desjejum Lanche 60 15 25 <10 4-5 360-480 Almoço Jantar Ceia 60 15 25 <10 7-10 720-960 2. Estabelecimento do Padrão dos Cardápios Deve ser compatível com a disponibilidade financeira e de mercado, hábitos alimentares, condições socioeconômicas da clientela e peculiaridades de cada unidade como número e habilitação de funcionários, equipamentos e área física disponível. 3. Definição do “Per Capita” É necessário dispor de informações sobre os hábitos alimentares da clientela e de suas necessidades calóricas. Importância “per capita” Garantir o equilíbrio dos cardápios Orientar na previsão de compras e requisições Ótimo parâmetro para avaliar a cobertura da alimentação oferecida. 4. Planejamento de Cardápios O cardápio é um instrumento gerencial que inicia o processo de produção de refeições e que permite estimar antecipadamente toda a estrutura necessária para o serviço de alimentação. Instrumento de venda, normalmente apresentado antes do consumo que irá influenciar diretamente a rentabilidade da empresa. A partir do cardápio podem ser dimensionados: Recursos humanos e materiais Controle de custos Planejamento de compras Política de abastecimento Padronização de receitas Organização do processo produtivo O planejamento de cardápios deve levar em consideração: Necessidades nutricionais – inserção no cardápio de cada grupo básico de alimentos. Regras a serem observadas: ao utilizar uma entrada de alto valor calórico, escolher como guarnição ou sobremesa preparações devalor calórico mais baixo com a utilização de fichas técnicas. Disponibilidade de gêneros – utilização gêneros disponíveis no mercado facilita abastecimento, garante a qualidade do produto e minimizam os custos. Recursos Humanos – pessoal disponível, habilitação e tempo hábil para a execução. Evitar preparações que demandem tempo e qualificação especial. Disponibilidade da área e equipamentos - para melhor organização, racionalização do trabalho e não comprometer a produção e qualidade das refeições. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 8 Os equipamentos vão determinar a escolha das preparações do cardápio. Hábitos alimentares da clientela – sondagem de preferências através de formulários com uma aceitação de 90 a 100% é um bom indicador. Outros Fatores - adequação ao clima, digestibilidade, consistência das preparações, equilíbrio de cores, repetição de alimentos em preparações diferentes. Utilizar o Guia Alimentar para a População Brasileira na elaboração de cardápios e como instrumento de apoio às ações de educação alimentar e nutricional. Leis da Nutrição (Pedro Escudero): Lei da Quantidade - alimento em quantidade necessária ao funcionamento do organismo, preservação da espécie e manutenção da saúde. Lei da Qualidade - qualidade dos nutrientes, maturação, conservação e condições de consumo dos alimentos. Lei da Harmonia - equilíbrio na ingestão de nutrientes, dentro do VET, harmonia entre cores, sabores e textura dos alimentos. Lei da Adequação – dieta adequada ao indivíduo levando em consideração os fatores que interferem no cálculo de uma dieta (peso, altura, clima, idade, sexo, disponibilidade dos alimentos, poder aquisitivo, gasto energético, estado fisiológico) e à coletividade. Programação do Cardápio Deverá ser mensal para reduzir o risco de erros e repetições e facilitar a distribuição das formas de preparo, das cores e da consistência dos alimentos, além de balancear os custos. Saladas – variar entre folhas, legumes crus e cozidos, cereais ou massas, leguminosas e miscelâneas (frios, tortas, queijo, salgados, frutas etc). Evitar componentes que estejam em outras preparações. 1 salada Variar diariamente tipo 2 saladas 1 folha e outra variável 3 saladas 1 folha, 1 legumes e outra variável 4 saladas 1 folha, 1 legume cru, 1 legumecozido e 1 variável Prato Base - arroz e feijão (ou outra leguminosa). Quando usar massa deve ter o porcionamento igual ao arroz com feijão. A massa pode ser prato base + prato principal + guarnição. Ex: lasanha de presunto. Prato Proteíco – Prato principal, denominação que se refere ao custo maior entre os demais componentes do cardápio. Quando oferecer mais de uma opção, a porção pode ser menor (meia porção). Oferecer tipos diferentes de carnes quando tiver opção e com técnica de preparo diferentes. Evitar mais de um tipo de fritura. Guarnição: Se houver dois pratos proteicos e guarnição única, esta deve combinar com ambos. Caso uma guarnição seja adequada apenas para um prato, deverá ter outra guarnição. Ex: Peixe com pirão / picadinho de carne com legumes. Sobremesas: pelo menos uma porção de fruta (PAT). Prato mais elaborado, sobremesa simples e vice-versa. Quanto ao padrão: Popular, trivial simples ou padrão operacional – aquele de baixo custo, preparações pouco elaboradas e não exige mão de obra especializada. Médio trivial médio ou padrão administrativo – preparações diversificadas, mais elaboradas, com custo maior, mas sem requinte. Luxo, liberal ou diretoria - alimentos de preço elevado e mais de uma preparação, representando cada grupo básico componente do cardápio. Outros Aspectos: 2ª-feira usar preparações mais simples; Não fixar preparações em dias da semana. Ex. feijoada na sexta-feira; Reduzir frituras; Nunca introduzir mais de um prato novo por dia; Estabelecer previamente a frequência e variedade dos gêneros a serem utilizados no cardápio; Usar denominação “prato light” se atender ao disposto na legislação. Dietas hospitalares Dietas de rotina: sem modificações ou restrições na composição, porém podem ser modificadas quanto à consistência: dieta branda, pastosa, leve e líquida. Dietas modificadas quanto à composição: hipossódica, laxativa, sem resíduos. Proporção equilibrada de macronutrientes. Dietas especiais: modificações tanto na composição de micro quanto macronutrientes (dietas hipoproteicas) Dietas para preparo de exames: ex: dieta liquida sem resíduos para preparo de colonoscopia. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 9 5. Ficha Técnica ou Receituário Padrão Instrumento para padronização da qualidade, planejamento das operações e de custo e que permite: Preparo seja sempre o mesmo, independente do funcionário. Receita se adapte às quantidades escolhidas. Previsão de compra e otimização de estoque. Conhecer o rendimento e porcionamento das preparações reduzindo sobras. Controle de custos. Cálculo do valor nutricional. Tempo, temperatura de preparo, equipamentos e utensílios necessários. Dar um caráter científico ao trabalho. Podem ser classificadas por ordem alfabética, por tipo de preparação ou por composição de cardápio. Fichas ou planilhas eletrônicas. Instrumento de controle imprescindível para um programa de informatização adequado. 6. Estimativa do Número de Refeições Nesta estimativa devem ser consideradas a rigidez no cumprimento de normas em relação à oferta de refeições e o plano de expansão ou retração da empresa. Este dado permite uma avaliação da frequência do refeitório, desempenho do serviço, previsão orçamentária, dentre outros. 7. Estimativa do Custo para Cardápios-Padrões Tem como objetivo a definição de parâmetros para apuração e avaliação dos custos realizados e elaboração do orçamento. 8. Definição da Política de Abastecimento Fixação de critérios para escolha de fornecedores, periodicidade, sistematização das requisições da recepção e armazenamento das mercadorias com normas de operacionalização. Escolha de fornecedores – informação da idoneidade, preço, padrões de qualidade, forma de pagamento, prazo de entrega. Licitação - deve-se respeitar as regras da legislação em vigor. Periodicidade - normatiza o abastecimento e permite avaliação do desempenho dos fornecedores. Definição do padrão de qualidade com registros em formulários de controle de estoque. 9. Avaliação da UAN com base na opinião da Clientela Definição do valor do parâmetro que mede o grau de satisfação do comensal com aplicação de formulário próprio. PLANEJAMENTO FÍSICO-FUNCIONAL Fundamental para garantir a operacionalização das refeições conforme os padrões qualitativos desejados, (técnico e higiênico), melhor utilização dos recursos humanos e produtividade. A determinação dos fluxos de matéria-prima, de pessoal, de lixo e da utilização dos equipamentos deve levar em consideração os seus cruzamentos e as suas interferências no processo, nas questões de saúde e possíveis riscos de contaminação alimentar. Um planejamento bem elaborado evita: Fatores negativos de operacionalização como interrupções no fluxo de operações, cruzamentos inadequados de gêneros e funcionários, má utilização dos equipamentos, limitação no planejamento dos cardápios, equipamentos ociosos ou mal localizados, congestionamento na circulação, filas, falhas nos pontos de distribuição e no sistema de ventilação, aumento de custos, acidentes de trabalho e risco das condições higiênicas. Critérios do projeto: Gerais: otimização de custo de investimento e funcionamento; racionalização das áreas e dos equipamentos e possibilidade de ampliação futura. Específicos: eficiência dos equipamentos vitais (produção, distribuição e tratamento de utensílios)e boa dissociação dos principais circuitos: cliente, gêneros e lixo. Locais para Operação da UAN: Recebimento, Estocagem neutra e refrigerada, Pré- preparo de vegetais e carnes, Confeitaria, Cocção a calor úmido e seco, Espera para distribuição, Distribuição, Higienização de panelas, utensílios e Tratamento do lixo. Anexos: sala do nutricionista, vestiários e sanitários e áreas técnicas (ventilação, energia, combustíveis). Fluxo de Alimentos Fluxos ou Circuitos Curtos: diferentes setores de trabalho ligados entre si por fluxos curtos. Marcha Avante: evitar cruzamento impróprio. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 10 Fluxo ou circuito de clientes: Trajeto que evite interferências de circulação e com sequência lógica. Planejamento e projeto (Abreu) O ato de planejar e projetar espaços está diretamente ligado às atividades que as pessoas irão exercer na área considerada – a função (representada pelas pessoas exercendo as atividades) incide na forma (representada pelo espaço considerado). O encaminhamento do projeto em termos de espaços deverá percorrer os seguintes conceitos: • Espaço ergonométrico: dimensões corretas de circulação, objetos, equipamentos etc. • Espaço ecológico: condições ligadas às pessoas e ao ambiente: climatização, luminosidade, acústica. • Espaço tecnológico: ligado às necessidades físicas para implantação e operação do espaço: estrutura (paredes, piso, teto) e instalações ( energia, água e esgoto). • Espaço de tempo: tempo em que o espaço é utilizado. • Espaço psicológico: espaço pessoal e territorialidade. GESTÃO DE UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HOSPITALAR Planejamento e Organização Estabelecimento do plano diretor Anteprojeto Definição da planta física Elaboração do memorial descritivo Construção da unidade Atividades a serem desenvolvidas Recursos físicos, materiais e humanos Composição da equipe e estabelecimento de hierarquia. Áreas e subáreas de um Serviço de Nutrição Hospitalar (SNH) Cozinha Geral e Dietética: recebimento, armazenamento de gêneros e materiais, pré-preparo, porcionamento de refeições, distribuição de dietas, higienização e guarda de utensílios e louças. Lactário Nutrição enteral: recebimento de prescrição e dispensação de NE, preparo de dietas artesanais (com alimentos in natura), limpeza e sanitização de embalagens e outros insumos, manipulação e envase. Refeitórios Copas de apoio Projetos e construção de SNH devem se basear na resolução ANVISA/MS, RDC 50, de 21/02/2002, atualizada pela RDC 307 de 14/11/2002. Ambiência Conjunto de elementos envolventes que condicionam as atividades e determinam a qualidade e quantidade do trabalho produzido. Fatores que interferem diretamente na produção: 1. Iluminação Exerce uma forte influência no comportamento das pessoas. Sua utilização adequada evita doenças visuais, aumenta a eficiência do trabalho e diminui o número de acidentes. Uniforme evitando ofuscamento, sombras e reflexos fortes e contrastes excessivos. Janelas dispostas de maneira que não permita penetração direta do sol sobre a superfície de trabalho. A iluminação mais recomendada para UAN é a natural por ser acelerador de trocas orgânicas, bactericida (raios UV) e age como um tônico estimulando as funções do organismo e propiciando sensações de alegria e disposição (está relacionada diretamente com o nível de trabalho produzido). Além disso, é a mais econômica. As aberturas devem ser de 1/5 a 1/4 da área do piso a ser projetada. (Abreu) – Lâmpadas e luminárias de fácil limpeza, protegidas contra explosão e queda, em bom estado de conservação, sem alterar as características sensoriais dos alimentos. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 11 Lâmpadas Incandescentes (pé direito máximo 3 m) NR 24 Refeitórios - 150W/ 6 m2 Área de processamento - 150W/ 4 m2 2. Ventilação, Temperatura e Umidade Ventilação A ventilação assegura conforto térmico e renovação de ar importante em cozinhas para que a mesma fique livre de fungos, gases, fumaça, gordura e condensação de vapores. A ausência deste conforto pode causar fatores negativos como prostração, dor de cabeça, mal-estar, tontura, náuseas, vômitos etc. O conforto térmico pode ser assegurado pela abertura de paredes com área equivalente a 1/10 da área do piso. (Teixeira) Quando não é possível por meio natural, deve- se utilizar meios artificiais como ventiladores, circuladores, exaustores e coifas. (Abreu) - Fluxo de ar da área limpa para a suja. Não devem ser utilizados ventiladores nem aparelhos de ar- condicionado nas áreas de manipulação. Temperatura e Umidade Temperatura adequada cozinha - 22º a 26ºC Umidade relativa do ar - 50 a 60% Outros fatores como fardamento (tipo e cor do tecido) podem contribuir para amenizar o calor. Deve evitar a sudorese excessiva por risco de contaminação dos alimentos. 3. Sonorização O ruído é considerado uma das causas de doenças psicológicas, ocasionando elevação da pressão sanguínea, redução das secreções salivares e gástricas, perda da acuidade auditiva, neurose, etc. Prejudica a produtividade e a qualidade do produto. A capacidade auditiva do homem varia entre 0 e 120 decibéis, porém, ruídos entre 70 a 80 db já prejudicam saúde e passando dos 80 db, prejudicam o aparelho auditivo. Cuidados necessários: Paredes, quando paralelas, não mais de 17 m de distância a fim de evitar o eco. Evitar projetos circulares ou côncavos por concentrarem e conduzirem o som. Não instalar equipamentos nos cantos das paredes para evitar reflexão do som. Materiais acústicos e isolantes nas paredes, teto e bancadas. Equipamentos silenciosos e carros com rodízios de borracha. Música ambiente adequada. Treinamento de funcionários para identificar ruídos. 4. Cor do ambiente A escolha das cores está diretamente relacionada ao índice de reflexão. As cores tem o poder de absorver luz em maior ou menor intensidade. Local IR(Teixeira) Cores Teto e alto das paredes (acima da altura dos olhos) Acima de 80 Branco Paredes (abaixo da altura dos olhos) 50 a 75% Creme, amarelo, azul claro, rosa Pisos 15 a 30% Verde, Cinza, Azul escuro IR segundo Teixeira: CORES IR (%) Branca 80 a 85 Creme 55 a 70 Amarelo 45 a 60 Verde claro 35 a 55 Cinza escuro 15 a 25 Cores para evitar acidentes de trabalho segundo a ABNT: Cores Sinalização Aplicação Vermelho Identificarperigo Caixa alarme, hidrantes, extintores de incêndio, saídas emergência. Amarelo Cuidado Parapeitos, corrimão,parte baixa da escada. Verde Segurança Caixa de 1ºs socorros, quadro de avisos, exposição cartazes. Preto Resíduos Coletores resíduos. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 12 Resumo dos Aspectos Físicos da UAN: Aspectos Físicos Recomendação Iluminação Natural – 1/4 a 1/5 da área piso Artificial : 150 W/6 m2 refeitório 150W/4 m2 cozinha Ventilação Abertura 1/10 da área piso Temperatura 22 a 26ºC Umidade 50 a 60% Sonorização Máx. 80 db Cores (revestimento) Teto e paredes (acima olhos) - IR Acima de 80% Parede (abaixo olhos) – IR 50 a 75% Piso - IR 15 a 30% Cores (sinalização) ABNT Vermelho – perigo Amarelo – cuidado Verde – segurança Preto – coletor de resíduos Fatores que favorecem a ambiência no trabalho: 1. Localização do Serviço de Alimentação - andar térreo, voltada para o nascente (conforto térmico) e em bloco isolado (para futuras ampliações e adaptações como janelas) ou na esquina do prédio. Facilita a iluminação natural, ventilação, manutenção preventiva e corretiva, remoção de lixo e acesso de fornecedores. Reduz custos de manutenção por dispensar uso de monta-cargas e elevadores, tubulações externasde vapor, água, energia etc. 2. Configuração geométrica – a forma mais indicada é a retangular desde que o comprimento não exceda mais de 1,5 a 2 vezes a largura. Propicia melhor disposição dos equipamentos, evita caminhadas supérfluas, permite a setorização para melhoria do fluxo de produção “marcha avante” e facilita supervisão das atividades. 3. Revestimentos: Piso - Facilidade de higienização, carga estática, antiderrapantes (acidentes de trabalho), resistência a substâncias corrosivas (ácidos graxos dos alimentos e produtos de limpeza), impermeabilidade e cor clara. Piso monolítico ou de cerâmica com rejunte de asplite (material não poroso). Deve ter um único nível com inclinação para os ralos e estes deverão ser sifonados para impedir entrada de insetos e roedores. Paredes - revestidas de material liso, cor clara, resistente, impermeável e lavável em toda a sua extensão. O azulejo é o melhor revestimento com atenção ao material de colocação devido ao calor e umidade na área de cocção que pode levar a deslocamentos assim como, cuidado com o rejunte. Altura mínima de 2 m para azulejos (Abreu). Devem ser colocadas cantoneiras nas paredes e barras de aço nos locais de movimentação de carro. Ângulo arredondado no contato com o piso. Portas e Janelas - (Teixeira) Portas de madeira revestida com material lavável com largura e altura mínimas nunca inferiores a 1,00 e 2,00 metros respectivamente com vedação de borracha na parte inferior para evitar entrada de roedores e insetos. As portas de comunicação devem ter visores e de sistema de vai e vem. Janelas localizadas na parte superior das paredes para melhor conforto térmico evitando raios solares, ar quente que sobe e vento sobre o fogão. Esquadrias móveis de madeira com pintura de tinta lavável e corta-fogo ou alumínio com vidro transparente e liso para garantir a limpeza, ventilação e iluminação. Telas com 2 mm para evitar entrada de insetos. (Abreu) superfície lisa, cor clara, ajustada aos batentes com fechamento automático (mola ou similar) e protetor no rodapé. Forros e Tetos (Abreu): acabamento liso, impermeável, lavável, de cores claras, de fácil higienização, bom estado de conservação; isento de goteiras, vazamentos, umidade, trincas, rachaduras, bolor e descascamento. As aberturas devem ter tela com espaçamento de 2 mm e removíveis para limpeza. Pé direito no mínimo de 3 metros no andar térreo e 2,7 metros em andares superiores. 4. Instalações: Tubulações de água, esgoto, vapor e elétrica devem ser pintadas nas cores indicadas pela autoridade competente em segurança e medicina do trabalho para identificação, e externas para facilidade de reparo. Tomadas de força individualizadas para cada equipamento do tipo blindado para facilitar limpeza e evitar acidente de trabalho. Drenagem das águas através de canaletas ou grelhas sifonadas nos pontos de maior evasão de água. Instalação de peneiras removíveis para facilitar a higienização. Dimensionamento das Áreas de Trabalho Variáveis Intervenientes Nº refeições e turnos Padrão Cardápios Modalidade e sistema distribuição Política de compras e abastecimento Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 13 Dependências NR 24 : Estabelecimentos com mais de 300 operários é obrigatório a existência de refeitório. Resumo das exigências da NR 24 Refeitório Cozinha Instalações Sanitárias Vestiário 1m² p/ usuário abrigando 1/3 do total maior turno Cozinha = 35% da área do Refeitório Estoque = 20% da área do Refeitório 1m² p/ cada trabalhador 1,5m² p/ cada trabalhador 75 cm circulação principal Portas 1m x 2,10m 1 para cada 20 55 cm circulação entre bancos Janelas madeira ou ferro 60 x 60 cm mínimo Mictório tipo calha 60 cm Lâmpada 150 w/ 6m² Lâmpada 150 w/ 4m² Lavatório 1/ 20 Pé direito 3m máximo Pé direto 3 m mínimo Chuveiro 1/ 20 Paredes com revestimento impermeável até 1,5m Revestimento em toda extensão Telas, exaustores e coifas. Área Total segundo Haydée (Teixeira) Número refeições M2 por pessoas 250 0,80 500 0,80 600 0,75 700 0,72 800 0,70 900 a 1.000 0,60 Acima de 1.000 0,50 Acréscimo de 5% de área para cardápio médio e popular e 10% para tipo luxo. Setorização segundo Haydée (Teixeira) Setor % da área total Estocagem 10 a 12 Preparo de refeições 16 a 20 Higiene e Limpeza 6 a 8 Distribuição refeições 45 a 48 Administração e segurança 12 Área Total e distribuição áreas para hospital até 200 leitos (Teixeira) Distribuição Área /leito Distribuição áreas Recepção e estocagem Preparo e cocção demais Centralizada 2 m2 20% 45% 35% Descentraliza da 1,8 m2 20% 50% 30% Área Total segundo Ministério da Saúde (Teixeira) Nº Leitos Área Até 50 1,5 m2 por leito 51 a 150 1,2 m2 por leito (mín. 75m2) Acima 150 1 m2 por leito (mín. 180m2) Não considera refeitório Composição das Áreas O dimensionamento das áreas, o número de bancadas e cubas estão relacionados com o contingente de mão de obra que por sua vez é definido em relação ao número de refeições, padrão de cardápios, sistema e modalidade de distribuição e nos hospitais, ao padrão de atendimento. Quanto ao tipo e modalidade de distribuição (Teixeira): Cafeteria - refeição distribuída através de um balcão térmico (quente e frio) utilizando bandejas e copeiros. Francesa e Inglesa - o comensal é servido na própria mesa por um garçom. Não deve ser utilizado em restaurante institucional pelo requinte e maior necessidade de estrutura física e RH. Pode ser feito por solicitação. Americana - preparações dispostas numa grande mesa no centro ou em ilhas, em pontos estratégicos do salão (bufê). Devem seguir uma linha de produção mais racional possível. Suas unidades deverão obedecer um fluxo coerente sem cruzamento e retrocessos que tanto comprometem a produção das refeições. Área de Recebimento Na plataforma de descarga, que deverá situar-se em área externa do prédio, próximo a estocagem e ser de fácil acesso aos fornecedores. Plataforma com rampas, e marquise. O local de inspeção, pesagem e higienização dos gêneros deve ser um prolongamento da plataforma de descarga, com área para acomodar a mercadoria. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 14 Balança tipo plataforma (25, 50 e 100 kg), carros plataforma, tanques ou calhas com esguicho para higienização verduras e frutas. Área de Estocagem Deve ser localizada junto a área de recepção e acessível à área de processamento. Constituída de despensas e câmaras e/ou refrigeradores e área para alimentos armazenados a temperatura ambiente. Despensa (gêneros não perecíveis): Porta única, larga e alta, simples ou em seções. Borracha de vedação na parte inferior da porta. Piso em material lavável e resistente e sem ralos. Boa iluminação, ventilação cruzada ou mecânica, que permita ampla circulação de ar entre as mercadorias. Janelas e abertura teladas. Temperatura – máximo de 27ºC. Sem tubulações de água e vapor aparentes. Prateleiras a 30 cm do piso, profundidade mínima de 45 cm e moduladas. Estrados fenestrados para sacarias, elevados até o piso em até 40 cm e pés com canoplas. Escadas com patamar e rodízios ou banquetas de 4 a 5 degraus. Extintor de incêndio, lavatório e móveis. Cereais em grãos – sacos de aniagem ou algodão. Sistema Primeiro que vence, primeiro que sai (PVPS). Não guardar alimentos com produtos limpeza. Armazenagem refrigerada (gêneros perecíveis) No mínimo duas câmaras (Teixeira). Alimento Temperatura Umidade Carnes 0ºC 60 a 70% Hortifruti 10ºC 80% Câmaras para laticínios e congelados devem ser analisadas de acordo com a frequência e quantidade do produto no cardápio. Dotadas de antecâmaras, revestimento de materiallavável e resistente, porta sem soleiras e sem ralos. Azulejo nunca do piso ao teto, o restante da parede de tinta PVA ou epóxi. Mesmo nível de piso da área externa, sem ralos, termômetro tipo mostrador, permitindo a leitura pelo lado externo, interruptor de segurança tipo “ligado – desligado”. Prateleiras inox moduladas, bandejas de alumínio ou plásticas e para peças de carnes, os gancheiros. Porta hermética de aço inox, ferragens cromadas e dispositivos de segurança com abertura por dentro. Área de Processamento São as áreas de pré-preparo, cocção, expedição das preparações, higienização dos utensílios de cozinha, e nos hospitais ainda consideram a cozinha dietética. Com exceção da área de higienização, as demais áreas não precisam estar separadas por paredes completas, bastam os balcões. 1. Área de Pré-Preparo Carnes Necessária e independente do número de refeições. Deve dispor de bancada com tampo de material adequado e com gavetas para guarda do material e balcão com cuba e local para equipamentos. 2. Área de Pré-Preparo de verduras Dependendo do número de refeições, pode ser usada para outros fins, como preparo de sobremesas e sucos. Dotada de balcão de aço inox, cubas e local para dispor equipamentos. 3. Área de Lanches, Desjejuns e Dietas (Teixeira) – devem ter áreas específicas. 4. Área de Cocção Deverá estar situada entre a área de pré-preparo e a área de expedição. Cuba para higienização das mãos, toalheiro com toalha de papel. Piso ao redor dos caldeirões, básculas a vapor e fogão, deve ser levemente inclinado. 5. Área de Expedição das Preparações Preparações prontas são encaminhadas à Área de Distribuição. Podem sair diretamente da cozinha para a área de distribuição através de carros de transporte ou “Pass through”. No caso dos hospitais com serviço centralizado será necessária uma área maior com balcão e esteira rolante para porcionamento e encaminhamento aos pacientes ou por monta carga. 6. Área de Higienização de Utensílios da Produção Deve ser delimitada por parede completa com ventilação e iluminação adequadas. Sistema de drenagem bem dimensionado, local separado para utensílios sujos e limpos, cubas profundas, em número adequado e instalação de triturador e esguicho de pressão. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 15 7. Área Cozinha Dietética (em caso hospitais) Deve ter no mínimo: fogão, pequeno refrigerador, banho-maria, panelas basculantes, sistema de exaustão, assim como, depósito para detritos e sistema de higienização de mãos. Áreas de Distribuição de Refeições Possui delimitação relacionada à modalidade ou tipo de distribuição e com o padrão de atendimento. 1. Área para distribuição ou copa de apoio No sistema de cafeteria a área é bem definida e separada pelo balcão de distribuição e da área de processamento por parede incompleta. Autosserviço ou serviço à mesa, a distribuição é no próprio salão com copa de apoio. Deve ter espaço para distribuição de cafezinho. 2. Salão de Refeições Situado num ponto que facilite o transporte da refeição pronta preservando características sensoriais, higiene e de fácil acesso aos comensais. Cuidados especiais de ambientação. Definição de mobiliários como número de lugares e tipo de assento vão interferir no dimensionamento. 3. Higienização de Bandejas Área adjacente ao salão de refeições com comunicação através de guichê. Armário fechado para guarda do material higienizado. 4. Copas de distribuição em Hospitais Fácil acesso às enfermarias e comunicação direta com a área de processamento. 5. Área para Higienização e Guarda de carros- transporte Sistema de drenagem com grelhas, esguicho pressão, água quente e fria. 6. Sala do Nutricionista Local que facilite a supervisão das operações de produção. Piso em nível mais elevado que o da área em que está situada, visor em toda a extensão da sala a partir de um metro do piso. Localização por área de atuação: Produção - área de produção Clínica - junto às unidades de internação Chefia - junto às demais chefias da Empresa 7. Área para Instalações Sanitárias e Vestiários Exclusivas da UAN, isoladas e sem comunicação com as demais áreas. Devem ter armários, pias com sabão líquido, gel e toalhas de papel, gabinetes sanitários, chuveiros fechados em boxe individual. Segundo NR24 um vaso sanitário, um mictório, um lavatório e um chuveiro para cada vinte empregados. 8. Área de Lixo Local que facilite a remoção, revestida de material lavável, esguicho de pressão com água fria e quente. Ideal que seja refrigerada (câmara frigorífica exclusiva com 0ºC). Lixo Asséptico : trituração , incineração e remoção. Lixo Séptico: Incineração (quando permitido por Lei). Ex. resíduos cirúrgicos, laboratórios, limpeza, restos alimentares dos pacientes. Bebedouro - NR24 1/50 funcionários. Caixotaria – guarda de vasilhames, caixas, monoblocos, etc. Próximo à plataforma de descarga. Equipamentos Complementam o planejamento da área física. Tem estreita relação com: Número de refeições. Efetivo e qualidade da mão de obra. Padrão do cardápio que define complexidade e sofisticação dos equipamentos. Sistema de distribuição. Política de compras e orçamento. Espaço a ser ocupado. Agrupamento de acordo com as finalidades. Fluxo de trabalho. Flexibilidade, higiene e segurança. Classificação (Teixeira): Básicos: fogão, forno, panelões, batedeira, amaciador bifes, picador carne, descascador legumes, máquina lavar louças e bandejas, liquidificador, fritadeiras, unidades refrigeradas, cafeteira, coifas, bebedouros, filtros de parede. Apoio: balcão, equipamentos sobre rodízios e demais. Segundo Abreu: Recebimento: balança plataforma, carros chassis, carros plataforma, cuba para pré-higienização, monoblocos, lavatório, pallets, termômetro. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 16 Armazenamento temperatura ambiente: balança de mesa, carro de detritos, escada plataforma com rodízios, estantes em aço inox, estrados fenestrados e pallets. Armazenamento temperatura controlada: câmaras frigoríficas de alvenaria ou modulares, carros plataforma, cortinas PVC, freezer reach in, walk in, monoblocos e pallets. Pré-preparo de carnes: amaciador de bifes, carro detritos, mesa inox com e sem cuba, moedor carne, picador carne, refrigerador. Pré-preparo cereais: banco anatômico, carro caçamba para higienização, carro detritos, mesa inox com furo. Pré-preparo vegetais: carro de detritos, cortador mecânico de vegetais, cutter, descascador de tubérculos, mesa de inox com e sem cuba, processador vegetais, refrigeradores, tanque para higienização de vegetais. Preparo sobremesas: batedeira, carro de detritos, cortador / fatiador de frios, liquidificador, mesa inox com e sem cuba, misturador massa e refrigeradores. Preparo de sucos: carro detritos, centrífuga para sucos, extrator de sucos, mesa inox com e sem cuba. Cocção: caldeirão, chapa bifeteira, carros esqueleto, charbroiller, coifa, fogão, forno combinado, forno convecção, frigideira basculante, fritadeira elétrica, resfriador, sistema exaustão. Distribuição: balcão distribuição aquecido e refrigerado, balcão apoio, cubas gastronômicas, passthrough aquecido e refrigerado, post-mix de sucos, refresqueira. Higienização utensílios cocção: carro de detritos, esguicho, mesa inox com cuba, estantes com rodízios, prateleiras de inox. Higienização de utensílios do refeitório: carro para detritos, carro plataforma para transporte de louças, dosadores de produtos químicos, esguicho, estante com rodízios, máquina de lavar louças, mesa de inox com cuba, coifa, sistema exaustão e compactador de lixo orgânico. Dimensionamentode Equipamentos Informações para Cálculo Equipamentos: Número refeições Tempo de cocção Fator de cocção “Per capita” da preparação. Caldeirões Será estimado considerando o tempo de cocção e viabilidade de sua reutilização no mesmo período de preparação. Necessário: per capita líquido (cru) Fator cocção Número de refeições Dados: Valor nominal do equipamento, Câmara de ar (10%), Ex1: Para calcular a capacidade do caldeirão a partir dos dados do produto: Arroz Per capita: 80 g Fator Cocção: 3 Nº refeições: 1.000 Resolução da questão: 80 x 3 x 1.000 = 240.000 g ~ 240 litros + 24 (10%) = 264 L para 80 kg de arroz. No caso em que já exista o caldeirão e se quer saber a capacidade: Utiliza-se a seguinte fórmula: V= πR2 x h Ex2: Para se calcular a capacidade do caldeirão pelas medidas dele. Dados: 1 m diâmetro e 0,63 m de altura. Resolução da questão: V= 3,14 x 0,5m2 x 0,63 m V= 3,14 x 0,25 m x 0,63 m V= 0,785 m2 x 0,63m = 0,49455m3 ~= 500 L Ex3: Para se calcular a Quantidade de Alimentos usando a capacidade nominal do equipamento. Dados: Caldeirão de 500L, câmara de ar (10%), fator de cocção do feijão de 5. Resolução da questão: Unidade – 500 L Câmara ar – 50 L 500-50 = 90 kg Fator cocção – 5 5 Balcão de Distribuição Tempo médio de distribuição por refeição e horário. Exemplo: Parâmetro: 1 minuto para servir 10 refeições. Tempo distribuição – 2 horas (120’) Nº refeições - 2.400 1’ ________ 10 refeições 120’ ______ x x= 1.200_____ 1 balcão 2.400 ____ x x= 2 balcões Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 17 Recipientes para balcões (gastronorms) Calculado de acordo com o tipo de preparação, peso de cada preparação e capacidade do recipiente. Exemplo : 120 kg de arroz cozido Capacidade do recipiente: 30 L 120/ 30 = 4 cubas Fornos Calculado de acordo com o tempo de cocção da preparação de maior “per capita” e a quantidade a ser preparada por câmara. Exemplo: 1 câmara prepara 14,5 kg de galinha em 25’. Quantas câmaras serão necessárias para assar 300 kg em 3 horas? 14,5 ____ 25’ X _____ 180’ (3 horas) x= 104,4 kg ___ 1 câmara 300 kg ___ x x= 3 câmaras R: O forno deverá ser dotado de 3 câmaras para assar 300 kg em 3 horas. Manutenção de Equipamentos Preventiva: periodicamente com cronograma definido Corretiva: quando o problema aparece. Esquema do Fluxo do S.A Recebimento dos Gêneros plataforma, caixotaria Estocagem câmaras frigoríficas e despensa Preparo carnes, vegetais, molhos, sucos e lanches, legumes, café, cereais e sobremesa. Cocção cozinha geral, dietética e Distribuição pacientes, funcionários e acompanhantes. Higienização Utensílios de produção e de serviço. Referências: 1. ABREU, Edeli Simioni de et al. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: um modo de fazer. São Paulo: Editora Metha, 2013. 378p. 2. TEIXEIRA, Suzana Mara Ferreira Gomes et al. Administração aplica à unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Editora Atheneu, 2010. 219p. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 18 ORGANIZAÇÃO Etapa consecutiva ao planejamento, fundamental para que os objetivos possam ser atingidos, os planos executados e as pessoas possam trabalhar eficiente e eficazmente. “Agrupamento das atividades necessárias para realizar objetivos e planos, a atribuição dessas atividades a departamentos apropriados e os passos necessários para delegação e coordenação da autoridade”. Estabelecimento da estrutura formal do órgão com definição de sua competência, das atribuições por função e a especificação das relações entre chefes e subordinados e entre unidades, evitando conflitos de autoridade. Para Fayol, consiste em estabelecer o duplo organismo, material e social, da empresa, logo, esta função está relacionada a obtenção de recursos materiais (instalações, equipamentos, matéria-prima) e humanos (mão de obra). Segundo Newman, consiste em agrupar as atividades necessárias à realização dos planos em unidades administrativas e definir as relações entre a chefia e os empregados dessas unidades. Ex UAN: estruturação administrativa, distribuição e adequação dos recursos humanos e materiais; atividades de compras. Busca da Funcionalidade A estrutura deve estar definida com os limites de cada administrador. (Abreu) Organizar consiste: Caracterizar as unidades operacionais primárias; Definir fluxo de sequência de trabalho; Agrupar as unidades primárias para formular as complexas/ Estabelecer estrutura de autoridade; Sistematizar trabalho. Abrangência da Organização: Nível Global – desenho organizacional Nível Departamental - desenho dos deptos. Nível de tarefas e operações – desenho cargos e tarefas. Estrutura Organizacional É a base que permite à empresa organizar-se para atingir seus objetivos. É representada pelo conjunto de órgãos e suas relações de interdependência e via hierárquica. Com o órgão define-se a unidade de trabalho que reúne um grupo de pessoas que planeja e/ou executa algumas atividades, sob autoridade formal. Os órgãos são unidades funcionais da empresa. É através da estrutura que a organização é criada, opera e dá disposição sistemática ao trabalho a ser feito. Tem como fundamento repartir racionalmente o trabalho, de acordo com as especializações necessárias para atingir seus objetivos, constituindo seus órgãos, estabelecendo suas atribuições, definindo seus níveis hierárquicos e linhas de autoridade e subordinação, a fim de obter um funcionamento harmonioso, evitando duplicidade, negligência de autoridades e improvisações, e propiciando soluções eficientes para problemas complexos. Etapas da Estruturação 1. Definição e quantificação dos objetivos (meta) - desdobramento dos objetivos específicos para estabelecimento das metas a serem atingidas. 2. Integração das Unidades de Trabalho – verificação das atividades necessárias, sua compatibilização e similitude, afinidades ou não e agrupamento. Este agrupamento deve levar em conta a importância, projeção hierárquica e participação no processo operacional. Origina a departamentalização. 3. Definição de Autoridade e Subordinação – Divisão dos órgãos e estabelecimento das relações de comando e subordinação. Dependendo do tamanho da empresa maior ou menor será o número de níveis da Empresa. 4. Definição de Funções e Atividades – uma vez criada a unidade de trabalho com a respectiva hierarquia e autoridade, é imprescindível definir suas funções e esboçar a respectiva microestrutura (órgãos operacionais). Deve ser considerada a consistência de afinidades, optando-se pelo melhor critério: semelhança, dependência ou apoio mútuo na sequência do fluxo. 5. Estabelecimento de Comunicações e Mecanismos de Controle – Atuação integrada que alimente o processo decisório com sistema de comunicação rápido e eficiente. As chefias precisam ter anotações das informações sistematizadas em formulário ou documentos de controle. Desenvolvimento da Estrutura Organizacional 1º passo: Definição do objetivo geral. 2º passo: Definição dos objetivos específicos. 3º passo: Atividades a serem desenvolvidas para atingir os objetivos. 4º passo: Agrupamento das atividades pela semelhança e importância para criação das Unidades de Trabalho. 5º passo: Definição das atribuições das respectivas Unidades com definição da delegação autoridade. Administração de Serviços de Alimentação – ASA II Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 19 Representação da Estrutura Organizacional 1. Literal – São documentos que direcionam o funcionamento da entidade ou um de seus órgãos. Estatuto - Contrato Social que configura normas de uma empresa. Define a finalidade da mesma, a política administrativa e a responsabilidade do órgão normativo superior peranteos atos praticados e os meios econômicos para o alcance dos objetivos. Regulamento - Ato normativo genérico de entidades autônomas que contém regras básicas da organização. Amplia o Estatuto. Regimento - Normas próprias e limitadas a cada órgão da estrutura, ou seja, do serviço ou setor aprovados pelo diretor da instituição e tem caráter flexível. Apresenta os objetivos, rotinas, roteiros e relatórios. É destinado àqueles que não gozam de autonomia administrativa ou financeira. 2. Gráfica Organograma – gráfico que retrata a organização formal, a estrutura que foi desenhada no regulamento configurando os órgãos, sua interdependência, linhas de autoridade e subordinação. 1º nível – órgãos deliberativos que traçam as diretrizes 2º nível – órgãos executivos para cumprir o estabelecido. 3º nível – órgãos técnicos e subsidiários 4º nível – órgão operacional Representação das relações formais que ocorrem dentro da empresa, a partir das linhas de responsabilidade e autoridade. Deve reproduzir: A estrutura hierárquica, definindo os diversos níveis; Os órgãos competentes da estrutura organizacional; Os canais de comunicação entre os setores e órgãos. a) Organograma em Barras – os órgãos ou unidades administrativas são configurados por retângulos horizontais. O prolongamento maior (à direita) é que define maior hierarquia. Simples de montar, mas difícil de visualizar. b) Organograma em Setores – os órgãos são representados por círculos concêntricos, representando os diversos níveis hierárquicos, que diminuem à medida que o órgão se aproxima da periferia. Difícil de montar e entender e impede a representação dos diversos tipos de autoridade. c) Organograma Clássico – mais utilizado e mais eficiente que pode representar estruturas complexas com grande número de órgãos e hierarquias. São representados por retângulos (unidades estruturais) e linhas que podem definir os níveis de autoridade. Funcionograma: documento que registra as atividades que justificam a existência do órgão nele retratado. Fluxograma – descreve o fluxo dos processos. Tipos de Estrutura Organizacional Divisão Nutrição Seção Abastecimento - Elabora previsão material - Recebe e inspeciona, armazena e controla o material - Distribui para os setores Seção Produção - Progama cardápios - Requisita material - Prepara e distribui refeições - Controla o custo Seção de Dietoterapia - Avalia o estado nutricional paciente - Participa prescrição dietética - Estabele as preparações para o paciente - Controla a distribuição das dietas Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 20 1. Linear ou Autoridade de Linha: caracterizada pela Unidade de Comando. A autoridade emana de um único chefe com favorecimento da disciplina e baixo custo administrativo. Pode gerar autoritarismo e supervalorização do chefe. Ideal para pequenas empresas ou para empresas em evolução. ** ** Mais usada em U.A.N 2. Autoridade Funcional – Divisão do trabalho e desenvolvimento de especializações. A autoridade é dividida e o supervisor não dispõe de total autoridade sobre os subordinados apenas decorrente de sua especialização sem ferir o princípio da Unidade de Comando. Ideal para empresas de grande porte. Vantagens: Manutenção da produtividade e do padrão de qualidade de produtos e serviços. Comunicações rápidas e menos distorcidas. Desvantagens: Duplicidade de comando e quebra da disciplina. Enfraquecimento da autoridade de linha 3. Autoridade de Assessoria (Mista ou Linha-staff): combinação da autoridade de linha com a funcional, mantém o princípio da hierarquia, sem abrir mão da especialização. Embora haja unidade de comando, os órgãos são aconselhados por “Staff”, autoridade para aconselhamento em pesquisas. Mantém a unidade de comando e a sequência de autoridade com ordem direta, com a conjugação de órgãos consultivos. Aconselhável para empresas médias e grandes bem equipadas. Autoridade técnica de aconselhamento para pesquisas, levantamentos, trabalhos específicos de orientação técnica; Resulta da combinação da autoridade de linha e autoridade funcional; Embora haja unidade de comando, os órgãos são aconselhados por “staff”. Vantagens: O órgão aconselhador limita a responsabilidade dos chefes facilitando as decisões. Parecer técnico dá maior credibilidade e confiabilidade às normas e determinações. Desvantagens: Dificuldade do equilíbrio entre linha e Staff Retarda o processo decisório. 4. Autoridade Tipo Comitê (Estrutura Comissional ou Colegiado) – autoridade deliberativa é exercida por um Conselho constituído de membros diretores com divisão das responsabilidades, honras e vantagens. Atende melhor às grandes empresas. Vantagens: Visão global das organizações Trabalho em equipe. Diminuição das responsabilidades individuais. Desvantagens: Demanda tempo para tomada de decisões. Dificuldade de equilíbrio nas diferentes opiniões. 5. Estrutura Mista ou Matricial (Teixeira) - É um tipo de estrutura que surgiu com o advento da tecnologia Gerente A O&M B C D Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 21 espacial, a qual apresenta duas características básicas: Coordenação formal e hierárquica vertical, própria da departamentalização, e outra horizontal, constituída pelo grupo humano responsável por determinado programa. Coexistem, portanto, uma chefia administrativa e o responsável (gerente) pelo programa a ser desenvolvido pela organização. Ex: enfermeiro nas unidades de internação, atuando em um programa conjunto de trabalho, e sendo obrigado a se reportar ao médico-chefe, no que se refere aos cuidados diretos ao paciente, embora se encontre hierarquicamente subordinado à chefia da enfermagem. Podem gerar atritos entre as duas chefias. Vantagens: As decisões devem ser em conjunto levando ao bem do departamento e não do setor. Desvantagens: Disputas excessivas no poder e equilíbrio de interesses. Confusão no comando, reuniões em excesso e muitas decisões em grupo. Departamentalização Forma de organizar as atividades da empresa para facilitar o alcance dos objetivos. 1. Vertical - quando há aumento de níveis hierárquicos para a melhoria da supervisão. Divisão de trabalho baseando-se autoridade e responsabilidade. 2. Horizontal – chamada de setorial, usada quando se quer aumentar a eficiência e melhorar a qualidade do trabalho. Significa divisão do trabalho conforme os tipos de tarefas. Critérios para departamentalização da Empresa: Normalmente as empresas trabalham com a conjugação de diversos critérios. Por objetivo ou propósito ou finalidade – tarefas agrupadas pela identificação dos mesmos propósitos. Por produto ou serviço - atividades agrupadas com relação ao mesmo produto ou serviço. Por clientela – atividades destinadas a um determinado grupo de pessoas ou clientes. Muito usado quando usa diferentes produtos ou serviços. Por área geográfica – atividades executadas por uma determinada região. Divisão Nutrição Seção Produção Produção Estoque Seção Dietétic a Copas Divisão Nutrição Produção Estoque Clínica Divisão Nutrição Setor ensino e pesquisa Setor Clínica Divisão Nutrição Setor dieta geral Setor DietaEspecial Divisão Nutrição Setor Idosos Setor Pediatria Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 22 Por processo ou técnica – atividades que utilizam o mesmo equipamento ou serviços. Formalização do funcionamento É feita através de documentos legislativos que regulamentam as ações administrativas. 1. Manuais – objetivo de fornecer relato atualizado conciso e claro da intenção exata de cada fase das operações. Manual de Organização Manual de Diretrizese Políticas Manual de Normas e Procedimentos Manual de Padrões Manual de Formulários 2. Rotina - descrição dos passos para a realização de uma atividade. 3. Fluxograma – representação gráfica das rotinas para evidenciar a sequência de um trabalho, possibilitar boa utilização dos recursos e simplificar o processo. Verticais - Rotinas simples, de fácil execução. Horizontal - Rotinas complexas com diversas unidades de trabalho. Diagonal - Fluxos complexos, rotinas mais extensas. Exige intelecto elevado Pictórico - Substituição de símbolos por figuras. Não se ajusta a trabalhos de natureza técnica. Fluxolocalgrama - layout + fluxograma. Identifica fluxos inadequados. ATIVIDADES ANTERIORES À PRODUÇÃO (UAN) Consideradas atividades de organização. 1. Elaboração dos cardápios do Período Programado Apoiado nos cardápios básicos, sazonalidade dos alimentos, grau de aceitação e evitando monotonia. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS OU LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS Objetiva a otimização do atendimento e redução de custos. Segundo Abreu, a logística e a administração de suprimentos se preocupam com o fluxo diário entre vendas e compras, bem como, a relação lógica desse fluxo. 2. Previsão de Compras Relacionada com o tipo e imagem do estabelecimento, estilo de operação e sistema de serviço, os cardápios planejados, per capita bruto dos alimentos, disponibilidade financeira e política de suprimentos, número de refeições, frequência de utilização dos gêneros, sazonalidade, espaço físico para armazenamento, quantidade existente no estoque, características da matéria-prima. Estocável - compra mensal com base nas preparações que serão usadas e frequência de utilização no período. Perecíveis – 2 a 3 vezes semana ou diariamente. Política de Compras: Relacionada à localização próxima a centros de abastecimento, facilidade de transporte, disponibilidade financeira e espaço físico. Frutas: estabelecer padrões para tamanho, quantidade por caixa, peso ou unidades. Verduras: considerar a quantidade, fator de correção e a forma de preparo. Níveis de Estoque Por que manter estoques? Conveniência e disponibilidade Redução de custos pela compra em quantidades ótimas Proteção contra erros de previsão, registros e planejamento. Provisão para flutuações de vendas/produção Divisão Nutrição Unidades Região Sudeste Unidades Região Sul Setor Produção Pré-preparo Cocção Higienização Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 23 Estoque mínimo ou de Segurança, proteção ou reserva – consumo emergencial (consumo maior que o previsto, atraso no tempo processamento, atraso no prazo entrega) * número de dias para gêneros estocáveis e percentual (%) para perecíveis Estoque médio Considera-se 50% da quantidade a pedir + ES Estoque máximo - é a maior quantidade de material que deverá existir para garantir o consumo até o tempo de recebimento do próximo lote de reposição. Acima disso a empresa desperdiçará recursos. Os estoques mínimo e máximo funcionam como níveis de alerta pelos quais o administrador estará sempre corrigindo. Previsão de Compras Ex: Arroz - per capita – 50 g Fator correção = 1 nº refeições – 500 Período abastecimento - 10 dias Estoque segurança - 2 dias Saldo estoque - 30 kg Cálculo: 50 g x 1 (FC) x 500 = 25 kg / dia x 10 = 250 kg Estoque mínimo - 25 kg x 2 = 50 kg Estoque médio – 250/2 + 50 = 175 kg Estoque máximo - 250 + 50 kg = 300 kg Previsão compras = 250 - 30 + 50 = 270 kg 3. Solicitação ao Fornecedor Feita após a previsão de compras. Mapa de cotação e pedido de compras. Poderá ser mensal, quinzenal ou semanal com entrega única ou parcelada dependendo das particularidades. Feita diretamente pela UAN ou pelo setor compras. Especificações de forma simples. Condições do estabelecimento, capacidade de fornecimento, prazos, preço, condições pagamento, transporte e idoneidade. Itens a serem observados: Fornecedor: condições do estabelecimento, idoneidade, capacidade real de fornecimento, localização em relação à UAN, Prazos e pontualidade na entrega, quantidade e qualidade dos produtos, preço, transporte, acondicionamento mercadorias, dados cadastrais. Comprador: habilidades técnicas, organização administrativa e relacionamento ético. 4. Recepção e Armazenamento de Mercadorias As atividades devem estar em consonância com as normas do planejamento. Conferência data de entrega, quantidade, padrão de qualidade das mercadorias. Registrar em formulário específico. Após a recepção, as mercadorias deverão ser limpas e higienizadas. Controle quantitativo: peso na nota fiscal e peso real. Controle qualitativo: embalagem, temperatura, características sensoriais, prazo de validade, carimbo de inspeção etc. Documentos: Pedido compras, Nota fiscal, Fatura, Boleto, Duplicata, Registro de recebimento e Nota de devolução. Armazenamento adequado. Lançamento em fichas de estoque. Armazenamento de perecíveis seguir recomendações CVS-5/2013: ES = Consumo médio/dia x prazo reposição emergência * EM = consumo médio + estoque mínimo Per capita x fator correção x nº refeições x frequência utilização – quantidade eventual estoque + estoque mínimo. Capítulo elaborado por Tânia Muzy Preparatório Marinha 2016 24 • As mercadorias estocáveis podem ser semiperecíveis (cebola, alho, batata) e não perecíveis (farinhas, sacarias, massas secas). Ficha de Estoque Registro de entrada, com quantidade e preço. Lay-out que permita levantar rapidamente a quantidade e valor das mercadorias que entram e são registradas para definição do custo. Produto, Fornecedor, Código, Unidade, Estoque máximo, Estoque segurança, Sistema de Lançamento (custeamento) de Estoque Sistema PEPS – Primeiro a entrar é o primeiro a sair. Não utiliza média dos custos. A saída é dada em lotes e custos separados. Sistema UEPS – Último preço é o que vigora. A mercadoria geralmente terá o maior preço gerando custo irreal e superestimado. Sistema Custo Médio (mais utilizado) – média ponderada dos preços e estoques. VSA - Valor saldo anterior (R$) VE - Valor das entradas (R$) EN - Estoque novo em kg (saldo anterior + entradas) Inventário perpétuo – registro contínuo de balanço de cada artigo do estoque. Informação imediata e atualizada. Feito através da ficha de estoque. Inventário periódico ou físico - registro de todos os itens ao finalizar o período de contabilidade. Identificação de mercadoria Nome do produto, inscrição estadual, CCM (prefeitura), CNPJ, Registro no órgão fiscalizador sanitário, data de fabricação ou processamento, data de validade, lista de ingredientes. Inclui produtos retirados da embalagem original. Produtos produzidos na UAN: identificação, data de produção e prazo de validade. 5. Requisição à Despensa Processo administrativo interno. Instrumento para garantir adequação quantitativa da dieta ou do cardápio. Controla os gêneros da despensa e fornece dados para avaliação do consumo. Poupa tempo, diminui o índice de desperdícios e furtos. Curva ABC Ferramenta gerencial utilizada para controle de estoque fazendo com que o administrador conheça a contribuição de cada item no total produzido e no investimento. Itens A – Itens que possuem alto custo ou alto consumo – poucos itens, porém, vitais. Tratamento administrativo preferencial, políticas de controle de estoques e compras. Itens B - Custo ou consumo intermediário - gêneros de importância intermediária. Itens C – Custo ou consumo mensal baixo – mercadoria de uso trivial, investimento pequeno ou relativo. Tratamento administrativo mais simples. Fonte: Abreu Determinação da Curva ABC Levantamento do consumo médio mensal de cada
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