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JAMBO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ
CURSO TÉCNICO EM AGROINDÚSTRIA
ANDRIELLE MATIAS DE ANDRADE
ERICA KARINA DO NASCIMENTO
ELABORAÇÃO E ANÁLISE SENSORIAL DE JAMBO VERMELHO CRISTALIZADO 
VERA CRUZ - RN
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ
CURSO TÉCNICO EM AGROINDÚSTRIA
ANDRIELLE MATIAS DE ANDRADE
ERICA KARINA DO NASCIMENTO
ELABORAÇÃO E ANÁLISE SENSORIAL DE JAMBO VERMELHO CRISTALIZADO 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso Técnico em Agroindústria do Polo de Vera Cruz da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Técnico em Agroindústria.
Orientadora: Profa. Dra. Fernanda dos Santos Nunes de Melo
VERA CRUZ- RN
2019
andrielle matias de andrade
erica karina do nascimento 
eleboração E ANÁLISE SENSORIAL de jambo VERMELHO cristalizado
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso Técnico em Agroindústria do Polo de Vera Cruz da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Técnico em Agroindústria.
Aprovado em: ___/___/______.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Profa. Dra. Fernanda dos Santos Nunes de Melo (Orientadora)
Universidade Estadual do Rio Grande Do Norte (UFRN)
_________________________________________
Ana Flávia De Melo Cândido (Examinadora Externa)
Engenheira de Alimentos (UFCG)
_________________________________________
Morgana Aragão Araújo (Examinadora Externa)
Engenheira de alimentos (UFCG)
“Dedicamos este trabalho, a Deus, que em sua infinita bondade e sabedoria nos deu forças para continuar seguindo em frente apesar de todos obstáculos e dificuldades ‘’
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos primeiramente a Deus por nos abençoar cada dia e nunca nos desamparar nesta jornada de nossas vidas, por ter guiado a cada passo, podendo assim concluir este trabalho.
Aos nossos pais e familiares que nos motivaram e nos ajudaram com todo suporte necessário.
Ao apoio da orientadora Fátima Viegas por nos motivar a cursar Agroindústria.
As professoras Valdelice Santiago e Fernanda dos Santos Nunes de Melo, por ter nos proporcionado conhecimento ao longo do curso e amizade.
Ao apoio de Gilson Matias.
A Banca Examinadora, Ana Flávia de Melo Cândido e Morgana Aragão Araújo, pelas contribuições.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação muito obrigada de coração!
” Trabalhar com alimentos é, trabalhar com vida” 
RESUMO
O jambo é um fruto com considerável valor nutritivo e apresenta uma alta atividade de água (aw). Possui compostos antioxidantes em sua composição que trazem benefícios ao organismo. Diante do exposto, objetivou-se no presente estudo elaborar e avaliar sensorialmente jambo vernelho cristalizado. O trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual Monsenhor Paiva (EEMP), localizada da cidade de Vera Cruz-RN. Os jambos foram colhidos em uma granja no sítio Pitombeira da cidade de Vera Cruz-RN. Os frutos foram selecionados de acordo com o estado de maturação (de vez). Utilizou-se 40 jambos, colhidos no mesmo dia do processamento. Após a obtenção do jambo cristalizado através de processo tecnológico adequado, realizou-se a análise sensorial de aceitação dos atributos de cor, aparência, aroma, sabor, textura e aceitação global, e análise sensorial de atitude de compra. Foram selecionados 60 julgadores não treinados, de ambos os gêneros, com idade entre 18 e 20 anos e estudantes do ensino médio da Escola Estadual Monsenhor Paiva. O resultado da análise de aceitação para todos os atributos foi satisfatório (7,4 - cor, 6,7 - aparência, 5,9 - aroma, 7,0 - sabor, 7,0 - textura e 7,0 - aceitação global), pois não houveram valores médios inferiores a nota 5. Para a análise sensorial de atitude de compra, o jambo vermelho cristalizado apresentou resultados satisfatórios (3,7), pois não apresentaram valores médios inferiores a nota 3. Conclui-se que o jambo é uma matéria-prima viável tecnologicamente para obtenção de produto cristalizado, pois o jambo cristalizado foi bem aceito sensorialmente. O jambo pode ser processado como forma de agregar valor ao mesmo e aumentando a possibilidade de aumento de fonte de renda dos produtores.
Palavras-chave: Aceitação. Atitude de compra. Syzygium malaccense.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	10
2. REVISÃO DE LITERATURA	11
2.1. Jambo vermelho (Syzygium malaccense)	11
2.2 Cristalização	12
2.3 Análise sensorial	13
3 MATERIAL E MÉTODOS	15
3.1 Obtenção dos frutos	15
3.2 Processamento	15
3.3 Análise sensorial	17
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES	19
5 CONCLUSÃO	21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	22
1 INTRODUÇÃO
O Brasil, em função de sua vasta extensão territorial e ampla variação climática, possui uma das maiores diversidades de espécies frutíferas do mundo. As regiões Norte e Nordeste, em especial, produzem grande variedade de frutos tropicais, nativos e exóticos com boas perspectivas para exploração econômica (SACRAMENTO; SOUZA, 2000).
A agroindústria no que diz respeito a produtos alimentícios é sem dúvidas a mais importante do mundo, hoje com diversas delas implantadas por todo o território nacional é possível ver sua evolução ao longo do tempo.
O jambo vermelho (Syzygium malaccense) é uma fruta tropical originaria da Índia. Possui uma série de nutrientes importantes para o funcionamento do organismo humano tais como, cálcio, ferro, vitamina A, B e C. Além disso contém uma alta atividade de água (aw) e sabor médio adocicado, podendo ser consumida in natura e em forma de doces, geleias e licores (JAMBO, 2019).
Segundo Maluf (2004), nos debates sobre a sustentabilidade da agricultura familiar, a agregação de valor aos produtos agrícolas tem sido posta como um importante eixo de políticas públicas para desenvolvimento rural. Desse modo, se inserem tanto a procura de canais diferenciados de comercialização (com “venda direta” ao consumidor) quanto à agregação de valor pelo processamento dos produtos agropecuários ou agroindustrialização (MIOR, 2005).
As perdas pós-colheitas têm importante significado não só do ponto de vista econômico, como também, nutricional. Por conseguinte, a cristalização visa aproveitar os frutos agregando valor e gerando renda para as comunidades extrativistas (MORITA et al. 2005). A cristalização é uma forma de industrialização feita através de tecnologias adequadas onde substitui-se parte da água de constituição dos frutos por açúcares, em níveis que impeçam a deterioração (SOLER, 1988).
Considerando a necessidade de incentivar a valorização do jambo, objetivou-se no presente estudo elaborar e avaliar sensorialmente jambo cristalizado.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Jambo vermelho (Syzygium malaccense)
Apesar do desenvolvimento e do grande interesse de pesquisas nesta área, muitos produtos de origem vegetal ainda são subaproveitados, recebendo pouca importância comercial e que ainda não foram explorados em estudos científicos. O jambo vermelho (Figura 1) encaixa-se nesse grupo de alimentos cujas informações em relação à composição e às propriedades nutricionais são escassas, entretanto, em seu estudo sobre o fruto, Augusta et al. (2010) concluíram que o fruto possui potencial para o seu aproveitamento pela indústria de alimentos e para o consumo natural, contendo alto teor de carboidratos, baixo valor energético, elevada acidez e altas concentrações de ácido ascórbico, antocianinas e fibras (NUNES, 2015).
Figura 1 - Jambo Vermelho(Syzygium malaccense)
Fonte: Cavalcante (2010).
Syzygium malaccense, árvore da família Myrtaceae, popularmente conhecida como jambo-vermelho,tem origem asiática, mais especificamente da Índia e da Malásia. No Brasil, é encontrado nos estados da região Norte, Nordeste e nas regiões quentes do Sudeste (CAVALCANTE, 1996; JAMBO, 2019). 
O fruto de sabor adocicado pode ser consumido in natura ou em forma de compotas, fermentados ou doces. Podendo ainda ser consumido como chá para tratar hipertensão, diarreia e infecções no trato urinário. Contém vitaminas A, B1, B12, além de cálcio, ferro e fósforo. A polpa, que constitui 84% do fruto, apresenta Brix de 6,8% e acidez de 0,4%, no final da maturação. (DONADIO; NACHTGAL; SACRAMENTO, 1998; KUROSAWA, 2019).
Por ser uma espécie frutífera, o jambo vermelho (JV) é uma possível fonte natural de antioxidantes. Somando ao fato de ser um produto com origem vegetal, a característica da cor da pele do fruto, rica em uma pigmentação vermelha escura, também sugere a presença significativa de compostos responsáveis pela atividade antioxidante, pois indica a presença de antocianinas, que são compostos pertencentes ao grupo dos flavonoides responsáveis por uma grande variedade de cores de frutas, flores e folhas que vão do vermelho-alaranjado ao roxo ou azul (NUNES, 2015).
 
2.2 Cristalização
	
Segundo a legislação, produtos artesanais são aqueles produzidos com características tradicionais, culturais ou regionais, a partir de processos de elaboração que se transmite de geração a geração, conforme a tradição cultural, ou que utilizem matérias-primas regionais, e em conformidade com exigências específicas de identidade e qualidade estabelecidas nas legislações de alimentos e aditivos (CVS, 2005).	
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) fruta cristalizada é o produto preparado com frutas, nas quais se substitui parte da água da sua composição por açúcares, utilizando-se tecnologia adequada, recobrindo-as ou não com uma camada de sacarose (BRASIL, 1977).
Os alimentos cristalizados ganham destaque pois necessitam de menor espaço para armazenamento e de menor volume de embalagem em relação ao produto in natura ou em conserva, por exemplo, e o custo de transporte também diminui em relação ao alimento fresco ou congelado (EMBRAPA, 1998). Considera-se que o processo de cristalização de frutas agrega valor comercial frente ao produto in natura, além de ser uma opção para reduzir perdas na pós-colheita mediante maior conservação do produto, e podendo ser realizado com um investimento inicial relativamente baixo (MATOS, 2007). 
As frutas cristalizadas podem apresentar de três formas: cristalizadas (Figura 2), quando recobertas ou não com uma camada de cristais de açúcar; glaceadas (Figura 3), quando recobertas com uma camada supersaturada continua de açúcar (FERREIRA; SOARES; BARBOSA, 2006). 
Figura 2 - Frutas cristalizadas
Fonte: Como fazer fruta cristalizada (2013).
Figura 3 - Frutas cristalizadas glaceadas
Fonte: Frutas cristalizadas (2010).
As frutas cristalizadas quando recobertas ou não com uma camada de cristais de açúcar, costumam ser servidas com café, ou usadas em bolos e sobremesas. As cascas de frutas cristalizadas podem ser utilizadas em bolos e confeitos. As frutas mais comuns são: abacaxi, figo, laranja, cidra, mamão verde e tâmaras (SOUSA et al., 2017).
 
2.3 Análise sensorial 
 Analise sensorial (Figura 4) é a disciplina científica usada para evocar (provocar), medir, analisar e interpretar reações às características dos alimentos e materiais como são percebidas pelos sentidos da visão, olfato, gosto, tato e audição. É uma ciência que objetiva, principalmente, estudar percepções, sensações e reações do consumidor sobre as características dos produtos, incluindo aceitação ou rejeição (ABNT, 1993; MINIM, 2006).
Figura 4 - Análise sensorial de alimentos
Fonte: Nascimento (2019).
 As indústrias de alimentos têm buscado identificar e atender os anseios dos consumidores em relação a seus produtos, pois só assim sobreviverão num mercado cada vez mais competitivo. A análise sensorial tem-se mostrado importante ferramenta neste processo, envolvendo um conjunto de técnicas diversas elaboradas com o intuito de avaliar um produto quanto à sua qualidade sensorial, em várias etapas de seu processo de fabricação (MINIM, 2006).
Os testes sensoriais são incluídos como garantia de qualidade por serem uma medida multidimensional integrada, no qual o consumidor irá determinar os parâmetros de interesse relativos à qualidade sensorial do alimento (MINIM, 2010).
	Os métodos de análise sensorial afetivos objetivam avaliar a aceitação e preferência dos consumidores em relação a um ou mais produtos. O teste de aceitação avalia o quanto um consumidor gosta ou desgosta de um determinado produto. O teste de preferência determina a preferência que o consumidor tem sobre um produto em relação a outro (FREITAS, 2019). Os testes afetivos são provas sensoriais usadas para a valorização (ou classificação) da preferência e/ou aceitação dos produtos por provadores sem treino prévio, selecionados de entre consumidores de acordo com critérios que variam com o objetivo do teste (área geográfica, tipo de ocupação, nível social e económico, etc.). Estes testes são usados para o controle de qualidade e tempo de vida útil/conservação, a melhoria/otimização, o desenvolvimento de novos produtos, a avaliação do potencial comercial, o suporte de afirmações publicitárias ou a “descoberta” das necessidades/dos desejos dos consumidores relativamente aos produtos (ESTEVES, 2014).
3 MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual Monsenhor Paiva (EEMP), localizada da cidade de Vera Cruz-RN.
3.1 Obtenção dos frutos 
Os jambos foram colhidos em uma granja no sítio Pitombeira da cidade de Vera Cruz-RN. 
Foram selecionados de acordo com o estado de maturação (de vez), apresentando tamanho médio e polpa firme, o que influencia diretamente no processo de cristalização, fazendo com que os frutos sejam resistentes ao processo de fervura. Utilizou-se 40 jambos, colhidos no mesmo dia do processamento.
3.2 Processamento
Todo o processo foi realizado seguindo as Boas Práticas de Fabricação. 
Foi realizada a lavagem em água corrente para eliminação de sujidades presente no fruto e provenientes do campo, em seguida foram imersos em um recipiente com água e uma solução de hipoclorito de sódio (200 mg L-1/10 min), em seguida realizou-se o enxague com água corrente (ARAÚJO, 2018).
 Os frutos foram cortados em fatias finas (Figura 3), a parte superior e a inferior juntamente com o caroço foi descartado. Em seguida adicionou-se aproximadamente 1/3 xícaras de açúcar cristal para a redução da atividade de água do fruto (aw), deixou-se em descanso por aproximadamente 30 minutos e descartou-se a água exsudada. Na sequência diluiu-se 7 colheres de sopa de açúcar em 250 mL de água e levou-se para fervura junto com o jambo, esse processo foi realizado por três vezes (Figura 4, 5 e 6), até chegar ao resultado desejado (Figura 7). Na terceira fervura foi necessário adicionar-se mais xarope (125 ml de água e 3 colheres de sopa rasas de açúcar).
Figura 5 - Jambo cortado em fatias
Fonte: Autor.
Figura 6 - Primeira fervura do jambo com duração de 45 minutos
Fonte: Autor.
Figura 7 - Segunda fervura do jambo com duração de 45 minutos
Fonte: Autor.
Figura 8 - Terceira fervura do jambo com duração de 30 minutos
Fonte: Autor.
Figura 9 - Jambo cristalizado
Fonte: Autor.
3.3 Análise sensorial
O produto foi submetido à análise sensorial de aceitação, mediante utilização de uma escala hedônica de nove pontos, (9 = gostei muitíssimo; 5= não gostei nem desgostei; 1= desgostei muitíssimo), em que o indivíduo expressava o grau de gostar ou de desgostar do produto. Foram avaliados os atributos cor, aparência, aroma, sabor, textura e aceitação global. A análise sensorial de atitude de compra, foi realizada por meio de escala de hedônica de cinco pontos (5= provavelmente compraria, 1= provavelmente não compraria,e no ponto intermediário 3= talvez compraria, talvez não compraria), no qual os julgadores expressaram sua vontade em comprar o produto (ARAÚJO, 2018).
As análises foram realizadas com o fornecimento de 50 mL de jambo cristalizado, em recipiente codificado com números aleatórios de três dígitos, acompanhado da ficha de analise para realização do teste (Figura 7) e água para limpeza da cavidade bucal. Foram selecionados 60 julgadores não treinados, de ambos os gêneros, com idade entre 18 e 20 anos e estudantes do ensino médio da Escola Estadual Monsenhor Paiva.
Figura 10 - Ficha utilizada para análise sensorial de jambo cristalizado
Fonte: Autor.
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
 
Os resultados do teste sensorial de aceitação encontram-se expressos na Tabela 1. De uma forma geral, o resultado da análise de aceitação para todos os atributos foi satisfatório, pois não houveram valores médios inferiores a nota 5, estando as médias nos escores positivos (acima de cinco).
 Para a análise sensorial de atitude de compra, o jambo vermelho apresentou resultados satisfatórios (3,7), pois não apresentaram valores médios inferiores a nota 3, resultado localizado nos escores positivos. 
Na literatura, estudos sobre jambo cristalizado são escassos. 
Tabela 1 - Valores médios dos escores para o teste de aceitação sensorial de jambo cristalizado
	Atributos
	Cor
	Aparência
	Aroma
	Sabor
	Textura
	Aceitação Global
	7,4
	6,7
	5,9
	7,0
	7,0
	7,0
Fonte: Dados da pesquisa.
Na literatura, estudos sobre jambo cristalizado são escassos. 
Cardoso (1994) desenvolveram uma geleia de jambo com e sem casca e analisaram sensorialmente os produtos acabados e estocados a 25 e 35°C, com e sem luz, por um período de 167 a 337 dias. Observou-se que a geleia obtida da polpa com casca foi superior em termos de cor, sabor e impressão global, porém as qualidades (cor, impressão global e consistência) diminuíram durante o período e condições de estocagem em presença de luz e maior temperatura e a nota de sabor foi menor para a maior temperatura; na geleia obtida de polpa sem casca e o tempo de estocagem afetou a cor e a consistência sendo que está decresceu em maior temperatura. 
Munhoz et al. (2018) realizaram avaliação sensorial de iogurte de jambo vermelho. Para a formulação do iogurte utilizou-se a polpa de jambo vermelho. Foram elaboradas duas formulações de iogurte: leite e microrganismos probióticos e leite, microrganismos probióticos e prebióticos (inulina e frutooligossacarídeos). Os iogurtes foram submetidos a análise sensorial de aceitabilidade e intenção de compra. A aceitabilidade para todos os atributos foi superior a 7 “gostei regularmente”, e a intenção de compra foi de 72%.
Braz Júnior et al. (2013) avaliaram sensorialmente abóbora e moranga cristalizadas. Foram avaliadas duas formulações: 1 (Moranga s/ cloreto de cálcio) e 2 (Abóbora s/ cloreto de cálcio). Embora as amostras de cristalizados obtidos com abóbora e moranga, não tenham diferido entre si nos atributos sensoriais de sabor, textura e impressão global, as médias gerais obtidas nos atributos citados foram superiores a 6 que correspondem ao termo hedônico “gostei ligeiramente” e à categoria positiva na escala utilizada. No atributo cor, as amostras diferiram estatisticamente entre si, onde o produto elaborado com moranga obteve a maior média (7,37). A maior nota obtida pela moranga, no atributo sensorial de cor, pode ser justificada pela coloração laranja mais intensa da mesma, tornando-a mais atrativa ao consumidor.
Ferreira; Soares; Barbosa (2016) avaliaram as características sensoriais dos doces do albedo da laranja-da-terra (Citrus aurantium L.) cristalizados com três técnicas diferenciadas. Resultou-se através da análise sensorial uma boa aceitação por parte dos consumidores, com médias acima de 7,0 pontos para todos os atributos avaliados nos três tratamentos aplicados ao albedo.
Observa-se variações quanto as aceitações e atitude de compra dos alimentos cristalizados, que irão variar dependente do tipo de matéria-prima, processamento e armazenamento.
	
5 CONCLUSÃO
O jambo é uma matéria-prima viável tecnologicamente para obtenção de produto cristalizado, pois o jambo cristalizado foi bem aceito sensorialmente.
O jambo pode ser processado como forma de agregar valor ao mesmo e aumentando a possibilidade de aumento de fonte de renda dos produtores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Análise sensorial dos alimentos e bebidas: terminologia. 1993. 8 p.
ARAÚJO, R. G. Análise sensorial de goiaba ‘Paluma. 2018. 22 f. Trabalho e Conclusão de Curso (Curso Técnico em Agroindústria) – Universidade Estadual da Paraíba, Lagoa Seca – PB, 2018.
AUGUSTA, I. M.; RESENDE, J. M.; BORGES, S. V.; MAIA, M. C. A.; COUTO, M. A. P. G. Caracterização física e química da casca e polpa de jambo vermelho (Syzygium
malaccensis, (L.) Merryl & Perry). Ciência e Tecnologia dos Alimentos, v. 30, n. 4, p. 928- 932, 2010.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº15, de 1977. A Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos, em conformidade com disposto no capítulo V, artigo 28, do Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969, resolve estabelecer o padrão de identidade e qualidade para frutas cristalizadas e glaceadas. 
BRAZ JUNIOR, N.; GONÇALVES, G. A. S.; SIMÕES, E. R.; SOUZA, M. A. S.; PEREIRA, M. P. M. G. M. Avaliação físico-química e sensorial de abóbora e moranga cristalizadas pelo processo de açucaramento lento. IV Simpósio de Pesquisa e Inovação/III Seminário de Iniciação Científica, 2013. 
CARDOSO, R. L. (1994). Estabilidade de geleia de jambo-vermelho (Eugenia malaccensis, Lin.) em copo de vidro. 1994. 181 f. Tese de doutorado (Doutorado em Tecnologia de Alimentos) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas – SP, 1994.
CAVALCANTE, P.B. Frutas comestíveis da Amazônia. 6.ed. Belém: CNPq/Museu Paraense Emílio Goeldi, 1996. 279p.
COMO FAZER FRUTA CRISTALIZADA. 2013. Disponível em: <http://www.docesregionais.com/como-fazer-fruta-cristalizada/>. Acesso em: janeiro de 2019.
CVS. Portaria nº 5, de 12 de maio de 2005. Dispõe sobre as normas de elaboração e a comercialização de alimentos artesanais de origem vegetal, no Estado de São Paulo. Centro de Vigilância Sanitária. 
DONADIO, C. D.; NACHTGAL, J.C.; SACRAMENTO, C. K. Frutas exóticas. Jaboticabal: FUNEP, 1998. 279p.
EMBRAPA. Cristalização de Frutas, Recomendações Básicas, Belém, n. 40, 1998. Disponível em: <http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/34712/1/RecBas-40.pdf>. Acesso em: janeiro de 2019.
ESTEVES, E. 2014. Introdução à análise sensorial. Disponível em: <https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/32915417/AnaliseSensorial_2014.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1549064443&Signature=GAwtsBFQ8auR5x2T26x4pxoXddA%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DIntroducao_a_Analise_Sensorial.pdf >. Acesso em: janeiro de 2019. 
FERREIRA, H. C. S.; SOARES, J. R.; BARBOSA, E. A. Avaliação das características microbiológicas e sensoriais dos doces do albedo da laranja-da-terra (Citrus Aurantium L.) cristalizados. SIC – Seminário de Iniciação Científica, Montes Claros. EVENTOS DO IFNMG, 2016. Anais.
FREITAS, M. Q. Análise Sensorial de Alimentos. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:ftp://ftp.sp.gov.br/ftppesca/3simcope/3simcope_mini-curso5.pdf>. Acesso em: janeiro de 2019.
FRUTAS CRISTALIZADAS. 2010. Disponível em: <http://selosdefruta.blogspot.com/2010/10/frutas-cristalizadas.html>. Acesso em: janeiro de 2019.
JAMBO. Disponível em: <https://www.portalsaofrancisco.com.br/alimentos/jambo>. Acesso em: janeiro de 2019.
KUROSAWA, C. Jambo-Vermelho. Disponível em: <http://redeglobo.globo.com/cgi-bin/globorural/montar_texto_ult.pl?controle=2040>. Acesso em: janeiro de 2019.
MATOS, E. H. S. F. DossiêTécnico. Processamento de frutas cristalizadas. Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília – CDT/UnB, 2007.
MINIM, V. P R. Análise sensorial: estudos com consumidores. Viçosa: Ed. UFV, 2006. 225 p.
MININ, V. P.R. Análise Sensorial: estudo com consumidores. 2 ed. rev. e amp.- ed. UFV: Viçosa, MG, 2010. 308 p.
MIOR, l. C. Agricultores familiares, agroindústrias e redes de desenvolvimento rural. Chapecó: Argos, 2005. 15 p.
MORITA, A. S.; GOIS, V. A.; PRAÇA, E. F.; TAVARES, J. C.; ANDRADE, J. C.; COSTA, F. B.; BARROS JUNIOR, A. P.; SOUSA, A. H. Cristalização de melão pelo processo lento de açucaramento. Ciência. Rural, v. 35, n.1, p. 705-708, 2005.
MUNHOZ, C. L.; SANTOS, G. B.; SILVA, M. L. F.; OLIVEIRA, R. F. Avaliação sensorial de iogurtes de jambo vermelho. Revista Inova Ciência & Tecnologia, v. 4, n. 1, p. 25-31, 2018. 
NASCIMETO, E. Pesquisadoras da UFV propõem método rápido e preciso para avaliação sensorial de alimentos. Disponível em: <http://www.ppg.ufv.br/?noticias=pesquisadoras-da-ufv-propoem-metodo-rapido-e-preciso-para-avaliacao-sensorial-de-alimentos>. Acesso em: janeiro de 2019.
NUNES, P. C. Caracterização física, química e avaliação da capacidade antioxidante do fruto jambo vermelho (Syzygium malaccense). 2015. 101 f. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Nutrição) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife – PE, 2015.
SACRAMENTO, C. K.; SOUZA, F. X. Cajá (Spondias mombin L.). Jaboticabal: Funep, 2000. 42p. (Funep.Série Frutas Nativas, 4).
SOLER, M. P. Industrialização de frutas. Campinas- SP: ITAL. 1988. 312p.
SOUZA, A. F.; SANTOS, E. C. S.; MACEDO, A. P.; LAMARÃO, C. V.; SARAIVA, M. G. G. Desenvolvimento e aceitabilidade do cubiu (Solanum sessiliflorum dunal) cristalizado. Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia – CONTECC, Belém – PA, 8 a 11 de agosto de 2017.

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