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PCDF
POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL 
ATUALIDADES 
ATUALIDADES – PARTE I
Livro Eletrônico
DIOGO SURDI
Diogo Surdi é formado em Administração Pública 
e é professor de Direito Administrativo em 
concursos públicos, tendo sido aprovado para 
vários cargos, dentre os quais se destacam: 
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil 
(2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), 
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 
(2012) e Técnico Judiciário dos seguintes 
órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-
MS e MPU.
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Atualidades – Parte I
Prof. Diogo Surdi
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SUMÁRIO
Atualidades – Parte I ...................................................................................5
1. Meio Ambiente e Sustentabilidade .............................................................5
2. Manifestações Culturais .........................................................................12
2.1. Cinema e Televisão .............................................................................12
2.2. Música ..............................................................................................26
2.3. Literatura .........................................................................................29
2.4. Arquitetura, Jornais e Revistas .............................................................32
2.5. Teatro ..............................................................................................33
3. Aspectos Políticos .................................................................................33
4. 30 Anos da Constituição Federal .............................................................38
5. Nova Liderança em Cuba .......................................................................39
6. A Polícia Civil ........................................................................................41
Questões de Concurso ...............................................................................47
Gabarito ..................................................................................................62
Questões Comentadas ...............................................................................63
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Olá, aluno(a), tudo bem? 
Na aula de hoje, iniciaremos o estudo dos “Tópicos relevantes e atuais de diver-
sas áreas”. 
Para isso, estudaremos assuntos como o Meio Ambiente e as Manifestações Cul-
turais (bastante exigidos em provas do CESPE).
Considerando que, vez ou outra, algumas provas de Atualidades do CESPE exi-
gem assuntos relacionados à história do órgão ou entidade que está promovendo 
o concurso, veremos em linhas gerais alguns pontos importantes acerca da Polícia 
Civil do Distrito Federal. 
Forte abraço e boa aula!!
Diogo 
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ATUALIDADES – PARTE I
1. Meio Ambiente e Sustentabilidade
Em linhas gerais, o meio ambiente pode ser definido como o conjunto de coi-
sas vivas e não vivas que estão presentes em uma determinada superfície. 
Ainda faz parte do conceito de meio ambiente o conjunto de condições neces-
sárias (de ordem biológica, química e física) para que os serem possam se desen-
volver. 
A sustentabilidade, por sua vez, está relacionada com as práticas adotadas 
pelos seres com o objetivo de preservar o meio ambiente onde habitam e fazem 
parte. 
Ao passo em que o conceito de meio ambiente é maior, abarcando todas as con-
dições necessárias para a habitação dos seres, a sustentabilidade é o conjunto de 
medidas destinadas à preservação do meio ambiente. 
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A questão do meio ambiente e da sustentabilidade ganha espaço nos dias de 
hoje, principalmente quando está relacionada com o aquecimento global. 
O aquecimento global é o aumento indesejado do efeito estufa, fenômeno que, 
quando ocorre, mantém o planeta Terra aquecido. 
De acordo com estudos, acredita-se que a causa do aquecimento seja agravada 
pela emissão, na atmosfera, de gases como o dióxido de carbono e metano. 
E o que ocorre com o aquecimento global?
Entre as principais consequências, temos o aumento do nível dos mares e 
rios. A depender da proporção tomada, isso pode levar à destruição de países e à 
alteração (aumento ou diminuição) das chuvas (gerando, com isso, tanto enchen-
tes quanto secas). 
O aquecimento global também exerce influência sobre o aumento do nú-
mero de furacões. Ainda que o aquecimento não seja capaz, por si só, de gerar 
os furacões, ele exerce influência na sua intensidade e capacidade de destruição. 
No ano de 2017, por exemplo, a conhecida “temporada dos furacões” no Atlân-
tico Norte, foi uma das mais intensas e graves dos últimos anos.
Prova disso é o furacão “Harvey”, que, em 2017, atingiu o Texas e provocou 
aquilo que é considerado o maior temporal da história dos Estados Unidos. 
Uma questão que gera grande preocupação, na atualidade, é a falta de com-
promisso dos Estados Unidos, por meio do seu presidente Donald Trump, com as 
questões climáticas e com o aquecimento global. 
Prova desta falta de compromisso pode ser verificada com a retirada dos EUA 
do Acordo de Paris, em junho de 2017. Com a medida, os EUA abandonaram a 
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meta de reduzir de 28% para 26% as emissões dos gases de efeito estufa até o ano 
de 2025. Salienta-se que esta meta foi assumida pelo presidente anterior, Barack 
Obama. 
O Acordo de Paris foi celebrado em dezembro de 2015, durante a 21ª Confe-
rência Internacional das Partes (COP-21). 
Ao invés de estabelecer metas para todos os países, a ideia do acordo foi fazer 
com que cada uma das 195 nações presentes estipulasse suas próprias me-
didas para reduzir a emissão de gases do efeito estufa.
Com a liberdade conferida, cada um dos países apenas se comprometeria com 
aquilo que fosse, em cada caso, possível, sendo levados em conta os aspectos eco-
nômicos e sociais de cada nação. 
O objetivo do acordo é o de conter o aumento da temperatura da Terra abaixo 
dos 2ºC neste século. Segundo estudos, caso nenhuma medida seja adotada, a 
temperatura do nosso planeta pode ser elevada em até 7,8ºC. 
No âmbito deste acordo, o entãopresidente dos EUA, Barack Obama, se com-
prometeu a reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa de 28% para 
26%. 
Cinco meses após assumir a presidência, Donald Trump, conforme afirmado, 
rompeu o compromisso assumido pelo presidente anterior e anunciou a saída dos 
EUA do Acordo de Paris. 
É importante ressaltar que esta não é uma das únicas medidas adotadas por 
Trump com relação às questões climáticas e ao meio ambiente. 
O atual presidente dos EUA é considerado uma espécie de “cético” em relação 
às questões climáticas pela comunidade internacional. Para Trump, o aumento da 
temperatura da Terra não está diretamente relacionado às ações humanas, mas a 
eventos alheios à vontade dos homens. 
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Em sua campanha presidencial, Trump chegou a afirmar que sua política ener-
gética seria pautada no investimento de combustíveis fósseis, que, como é sabido, 
são gases que afetam drasticamente o aquecimento global. 
Sem os EUA, o Acordo de Paris perde consideravelmente a sua força, haja vista 
que o país é, atualmente, a maior economia do mundo e, consequentemente, uma 
das nações que mais produz gases capazes de afetar a camada de ozônio. 
Ainda sob a ótica do Acordo de Paris, devemos conhecer quais foram os com-
promissos assumidos pelo Brasil. 
Nosso país pautou todas as futuras práticas com base na Política Nacional sobre 
a Mudança no Clima, que tem os seguintes objetivos:
a) reduzir a emissão de gases do efeito estufa em 37% até o ano de 
2025 (tomando como base o ano de 2005);
b) reduzir a emissão de gases do efeito estufa em 45% até o ano de 
2030 (tomando como base o ano de 2005);
Ainda que os compromissos sejam assumidos no âmbito do Acordo de Paris, o 
Brasil não tem conseguido, pelo menos por enquanto, atingir a meta proposta. 
Nos anos de 2015 e de 2016, as emissões de gases aumentaram. Em 2017, 
ainda em relação ao clima e seus efeitos, o índice de desmatamento da Amazônia 
diminuiu, mas ainda permanece mais alto do que o do ano de 2015. 
E o que acontecerá com o nosso país em caso de um grave aquecimento 
global? 
De acordo com os dados do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), 
um possível aquecimento, com a elevação da temperatura geral do planeta, pode 
alterar drasticamente os ciclos de chuva em nosso país. 
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Com isso, dada a extensão territorial de proporções continentais de nosso país, 
teremos um aumento significativo das tempestades e dos períodos de secas. 
Como teremos um aumento das chuvas, o nível de água dos oceanos irá au-
mentar, algo que irá gerar a inundação de diversas cidades costeiras brasileiras. 
Para que as políticas de preservação do meio ambiente sejam executadas de 
forma correta e alcancem os objetivos para os quais foram editadas, surge à tona 
a sustentabilidade, que, como vimos, trata-se das práticas adotadas pelos 
seres com o objetivo de preservar o meio ambiente. 
Com a adoção das medidas sustentáveis, temos a garantia de preservação do 
meio ambiente e de que nosso planeta poderá ser usufruído pelas futuras gerações. 
Assim, a sustentabilidade deve ser tratada, cada vez mais, como um conjunto 
de práticas destinadas à preservação das futuras gerações. 
À medida que a coletividade opta por um desenvolvimento sustentável, uma 
série de práticas passam a ser exigidas da população, tais como: 
a) preservação, de forma absoluta, das áreas “verdes” que não estejam 
sendo utilizadas em atividades econômicas. 
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b) restrição da utilização das áreas protegidas, que apenas pode ocor-
rer mediante a satisfação de uma série de requisitos e condições.
c) priorização pela utilização de fontes de energias naturais e renová-
veis; 
d) utilização racional da água, evitando o desperdício;
e) conscientização da população com relação às práticas de poluição do 
solo;
f) desenvolvimento da cultura do lixo reciclável, que deverá contar, 
para isso, com um papel fundamental dos municípios. 
Considerando que o meio ambiente é um bem universal, passível de utilização 
por toda a população mundial, é necessário que as medidas adotadas para a pre-
servação sejam de ordem global. 
Compete, desta forma, a cada uma das nações promover, por meio da alteração 
em suas legislações, normas que estabelecem a responsabilização do Estado pelos 
eventuais danos causados ao meio ambiente. 
No caso do Brasil, por exemplo, temos a teoria do risco integral, que, ainda 
que não seja a adotada preponderantemente em nosso Estado, tem como um 
de seus objetivos a proteção aos danos ambientais e decorrentes de operações 
nucleares. 
Dessa forma, o risco integral determina que o Poder Público está obrigado a 
indenizar todos os danos que envolvam a atuação estatal, ainda que estes tenham 
origem em eventos da natureza, de caso fortuito ou força maior ou até mesmo de 
culpa exclusiva da vítima. Tal situação coloca o Estado na qualidade de “segurado 
universal”.
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A teoria do risco integral é adotada, basicamente, em três situações, sendo elas: 
a) o dano decorrente de operações nucleares; 
b) os atentados terroristas em aeronaves;
c) o dano ambiental;
Nestas situações, ainda que um dos particulares tenha causado um dano (como, 
por exemplo, um dano ao meio ambiente), caberá ao Estado o dever de ser o res-
ponsável pelos prejuízos causados. 
Com isso, cria-se a cultura estatal da preservação, de forma que o Poder Pú-
blico, para evitar a responsabilização, edita uma série de políticas públicas com a 
finalidade de conscientizar e penalizar a população pelas condutas vedadas. 
Não podemos falar em meio ambiente sem mencionar aquele que é considera-
do, ainda hoje, o maior desastre socioambiental do nosso país e o maior do 
mundo no que se refere às barragens de rejeito. 
Estamos falando do intitulado “desastre de Mariana”, ocasionado pelo rompi-
mento da barragem de Fundão, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 
km da cidade mineira de Mariana, em 5 de novembro de 2015. 
A responsável pelas atividades era a mineradora Samarco, sendo que a barra-
gem tinha sido construída justamente para possibilitar que os rejeitos provenientes 
da atividade da empresa (extração de minério) fossem acomodados no local. 
Com o rompimento da barragem, tivemos uma série de consequências. Dentre 
as mais graves, podemos listar a morte de diversaspessoas e a chegada da 
lama ao Rio Doce, que é a maior bacia hidrográfica da Região Sudeste e respon-
sável por banhar os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. 
Neste último estado, inclusive, a lama chegou até as cidades litorâneas, que é 
onde está a foz do Rio Doce. 
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2. Manifestações Culturais
2.1. Cinema e Televisão
A história do cinema remonta a meados de 1895, quando os irmãos Louis e 
Auguste Lumière, na França, fizeram uso, pela primeira vez, de um cinematógra-
fo: um aparelho que possibilitava que as imagens fossem reproduzidas. 
O primeiro filme reproduzido pelos irmãos, e considerado, por isso mesmo, a 
primeira exibição de cinema, chamava-se “Empregados deixando a fábrica Lu-
mière”, tendo a duração de 45 segundos. 
Ao longo dos anos, o cinema, tanto em nível mundial quanto no cenário nacio-
nal, atravessou diversas fases.
Para fins de prova, precisamos saber as principais características de cada uma 
destas fases, bem como os seus expoentes e os principais filmes produzidos no 
período. Vamos lá? 
2.1.1. Cinema Mudo
O cinema mudo foi uma das mais importantes fases da história da sétima 
arte. Seu início praticamente coincide com a própria invenção do cinema.
Isso ocorre na medida em que não era possível, devido aos recursos tecnológi-
cos da época, a exibição de imagens que reproduzissem a voz daqueles que 
estavam interpretando. 
Neste sentido, os filmes desta época eram marcados pelas expressões faciais 
dos atores e, quando era necessário, pelos recursos de legenda. 
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Além disso, os filmes da época do “cinema mudo” eram marcados pela inserção 
de músicas e efeitos sonoros, recursos estes que conferiam maior interatividade 
para o público presente. 
Um dos maiores expoentes desta fase do cinema foi, sem dúvidas, Charles 
Chaplin. 
Charles Spencer Chaplin nasceu em 16 de abril de 1889, na cidade de Londres, 
e faleceu em 25 de dezembro de 1977. Até hoje, Charles Chaplin é considerado 
uma das principais figuras da história do cinema, sendo que a forma como os seus 
filmes eram produzidos influenciaram mais de uma geração de futuros cineastas. 
Dentre os principais filmes do período, que tem início em 1900 e vai até meados 
da década de 1930, temos “Tempos Modernos”, no qual Chaplin faz uma dura 
crítica ao regime de trabalho dos empregados da época, “O Circo” e “Luzes da 
Ribalta”. 
Em 1940, Charles Chaplin lançou o seu primeiro filme falado, intitulado “O 
Grande Ditador”. Nele, Chaplin faz uma dura crítica ao regime fascista e à forma 
como seus defensores pregam a ideia perante a sociedade. 
O filme recebeu cinco indicações para o Oscar de 1941, incluindo a de melhor 
filme, mas não obteve nenhum premiação. 
O cinema mudo começou a perder espaço em meados da década de 1930, 
quando as produções “sonoras” (na qual os atores e atrizes podiam fazer uso do 
recurso da comunicação) conquistaram o público e passaram a ser, até os dias de 
hoje, a principal forma de apresentação cinematográfica. 
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2.1.2. Expressionismo Alemão
O expressionismo alemão foi uma importante fase da história do cinema, tendo 
tido início, inclusive, em meados da década de 1920, ou seja, quando o cinema 
mudo ainda era referência nas produções cinematográficas. 
No entanto, não era o fato do filme ser ou não “falado” que caracterizava este 
estilo cinematográfico, mas sim, como o próprio nome sugere, a necessidade de 
impressionar o público. 
Sendo assim, os filmes que marcaram o expressionismo alemão ficaram marca-
dos pelo verdadeiro “choque” que causaram no público, até então acostumado com 
produções que seguiam uma espécie de padrão. 
Os filmes do expressionismo eram marcados por temas sombrios, por suspen-
ses que se passavam, quase sempre, nas metrópoles, e pelos personagens alta-
mente caricatos. 
O expressionismo, em outros termos, tinha o objetivo de romper com o estilo 
de cinema até então produzido, estilo este em que os personagens era “normais”, 
parecidos com a população em geral. 
Assim, vieram à tona, no expressionismo, personagens bizarros e assusta-
dores. 
De acordo com o autor Pedro Monteiro, o expressionismo possui, em linhas ge-
rais, o seguinte significado: 
O expressionismo, nascido na Alemanha no final do século XIX, é maior que a ideia de 
um movimento de arte, e antes de tudo, uma negação ao mundo burguês. Seu surgi-
mento contribuiu para refletir posições contrárias ao racionalismo moderno e ao traba-
lho mecânico, através de obras que combatiam a razão com a fantasia. Influenciados 
pela filosofia de Nietzsche e pela teoria do inconsciente de Freud, os artistas alemães do 
início do século fizeram a arte ultrapassar os limites da realidade, tornando-se expres-
são pura da subjetividade psicológica e emocional. 
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Ainda que o expressionismo tenha sido marcado, mais preponderantemente, 
pelo cinema, é importante salientar que tal forma de manifestação ocorreu, igual-
mente, por meio de outras formas, como a poesia e a literatura. 
São exemplos de produções que ficaram marcadas como representativas do 
expressionismo alemão:
a) O gabinete do Dr. Caligari (1919), dirigido por Robert Wiene;
b) Metrópolis (1927) de Fritz Lang;
c) Nosferatu(1922), dirigida por Friedrich Wilhelm Murnau;
2.1.3. Neorrealismo Italiano
O neorrealismo surgiu na Itália após o término da Segunda Guerra Mundial. 
Como o próprio nome sugere, as produções do período são marcadas por retratar 
a realidade da classe operária. Sendo assim, o neorrealismo, com as devidas pro-
porções, pode ser conceituado como um movimento que tinha por objetivo mostrar 
ao telespectador o quanto a classe trabalhadora é refém da situação econômica. 
Os filmes neorrealistas são produções com uma forte carga social e ideológica, 
sendo decorrência direta do período vivido, ou seja, do momento em que a Itália, 
após o término da Guerra, se libertava do regime fascista. 
O cinema neorrealista, em última análise, pode ser conceituado como uma épo-
ca de libertação. 
Três foram os principais expoentes do neorrealismo italiano, sendo eles os cine-
astas Roberto Rosselini, Vittorio De Sica e Luchino Visconti. 
As principais produções do período foram “Roma, Città Aperta” e “Ossessione”. 
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2.1.4. Nouvelle Vague francesa
O termo “nouvelle vague” possui o significado de “nova onda”, sendo esta 
uma das mais importantes fases do cinema de todos os tempos. 
Tal movimento teve início na França, em meados da década de 1960, tendo por 
objetivo apresentar à população novos cineastas (daí o termo nouvelle vague). 
O que estes cineastas tinham em comum era o desejo de retomar um estilo de 
cinema que já era feito no início da década de 1930, na própria França. 
Inicialmente, o cinema francês, lá no início das primeiras produções, era mar-
cado por filmes autorais, filmes estes em que o diretor exercia um grande domínio 
sobre o que era ou não colocado nas telas.
Posteriormente, a França viveu uma época conhecida como “realismo”, mo-
mento este em que o papel do diretor deixava de ter tanta importância, perdendo 
espaço para o roteirista.
Os filmes que marcaram a época do realismo, desta forma, eram filmes que se-
guiam quase que estritamente aquilo que estava previsto no roteiro, sem espaços 
para as intervenções do diretor ou eventuais improvisos. 
O realismo perdurou, aproximadamente, até a Segunda Guerra. Posteriormente 
este estilo de cinema começou a perder espaço, como já frisado, por um novo mo-
vimento de jovens cineastas. 
Uma “nova onda” estava sendo iniciada, e nela, os diretores tinham, novamen-
te, papel principal nas produções. Era a nouvelle vague!
Os principais expoentes da nouvelle vague são os diretores François Truffaut, 
Jean-Luc Godard, Alain Resnais e Claude Chabrol. 
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Dentre as principais obras do período, podemos citar “Os Incompreendidos”, 
“O Desprezo” e “Acossado”. 
Uma das características que permeava todos os filmes do período era a neces-
sidade de romper com os padrões até então estabelecidos para a narrativa. 
Sendo assim, os diretores deste período tinham o objetivo de produzir filmes 
que não tivessem uma linearidade padrão, mas sim que ousassem, que fossem 
além dos padrões até então concebidos para uma produção de cinema. 
Antes de adentrarmos no cinema brasileiro, vamos relacionar as princi-
pais características de cada uma das fases do cinema mundial:
Fase do Cinema Período Características Gerais
Cinema Mudo
Do início do cinema 
(1895) até meados da 
década de 1930
Foi a primeira forma de exibição dos filmes. 
O maior expoente do período foi Charles 
Chaplin.
Expressionismo 
Alemão
Inicia-se na década de 
1920 e vai até o final da 
década de 1930
Cinema utilizado como forma de impressio-
nar o público, sendo feito uso de persona-
gens bizarros e assustadores. 
Os expoentes são, dentre outros, Robert 
Wiene, Fritz Lang e Friedrich Wilhelm Murnau.
Neorrealismo 
Italiano
Iniciou-se em 1944, 
tendo durado até meados 
da década de 1960
Representava um compromisso com a reali-
dade social e com os problemas vividos pela 
sociedade na época. 
Como expoentes, temos Roberto Rosselini, 
Vittorio De Sica e Luchino Visconti.
Nouvelle Vague
Iniciou-se na década de 
1960. Ainda que não 
haja um momento oficial 
para o seu término, a 
escola deixou de ser pre-
dominante, na França, a 
partir de 1968.
Representa uma “nova onda” de cineastas 
comprometidos com a estética e em mudar 
os padrões até então estabelecidos para o 
cinema francês. 
Como expoentes, temos François Truffaut, 
Jean-Luc Godard, Alain Resnais e Claude 
Chabrol.
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2.1.5. Cinema Brasileiro
Diferentemente do que aconteceu com o cinema mundial, o início da sétima arte 
demorou para acontecer no Brasil. 
Ainda que os primeiros aparelhos destinados ao cinema tenham chegado em 
nosso país de maneira relativamente rápida (a primeira exibição foi no ano de 
1898), tivemos um longo período até que o cinema “decolasse” como uma forma 
de entretenimento à população. 
Pode-se afirmar que apenas em meados da década de 1930, quando o cinema 
mundial estava em fase transição (do cinema mudo para o cinema falado), é que 
as primeiras empresas cinematográficas iniciaram suas atividades em território 
nacional.
Uma frase de Paulo Emílio Sales Gomes ilustra bem o período em questão: 
Não somos europeus nem americanos do norte, mas destituídos de cultura original, 
nada nos é estrangeiro, pois tudo o é. A penosa construção de nós mesmos se desen-
volve na dialética rarefeita entre o não ser e o ser outro. O filme brasileiro participa do 
mecanismo e o altera através de nossa incompetência criativa em copiar.
Em 1931, quando o cinema dava os seus primeiros passos no cenário nacional, 
foi produzido aquele que é considerado, pela crítica, como o divisor de águas do 
cinema brasileiro. 
Trata-se do filme “Limite”, dirigido pelo cineasta Mário Peixoto. Dada a comple-
xidade do tema (no qual os personagens encontram-se em meio a uma crise exis-
tencial), o filme, durante algumas exibições, foi objeto de confusão e violência em 
diversos cinemas do Rio de Janeiro. 
Consequentemente, a película deixou de ser exibida por um longo tempo, ape-
nas sendo recuperada em meados da década de 1970. 
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Dentre as diversas fases ou ciclos que o cinema nacional passou, a mais impor-
tante, sem sombra de dúvidas, foi na década de 1960, dando ensejo ao movimento 
que ficou conhecido como “Cinema Novo”.
Para que possamos verificar a importância do Cinema Novo no cenário cultural 
brasileiro, devemos, em um primeiro momento, situar qual era a realidade econô-
mica e política que o país vivia naquela ocasião.
Estávamos na década de 1960, e diversos Atos Institucionais tinham acabado 
de ser expedidos pelos Comandantes do Exército, da Marinha, da Aeronáutica ou 
pelo Presidente da República. 
Com isso, vivíamos um regime militar, onde a censura de todas as formas de 
manifestação que contrariassem as ideias de governo era uma prática bastante 
comum. 
Para o cinema, assim como para as demais artes, o período era bastante com-
plicado, haja vista que as películas apenas poderiam ser disponibilizadas para o 
acesso à população após passarem pelo procedimento de censura. 
Pois bem... Inconformados com a cena cultural nacional, um grupo de pessoas 
resolveu passar a produzir e confeccionar seus próprios filmes, abrindo mão, em 
grande parte das vezes, de estúdios ou de patrocínio. 
Sob o lema “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, nascia o movi-
mento que ficou conhecido como Cinema Novo. 
Ao contrário do que acontecia até então (onde grande parte das produções 
eram comédias ou musicais), os filmesdo Cinema Novo retratavam a vida real das 
pessoas, a pobreza, a miséria e os diversos problemas sociais existentes naquele 
momento. 
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Um de seus principais expoentes do Cinema Novo foi, sem dúvidas, o diretor 
Glauber Rocha, autor, dentre outros, dos filmes “Deus e o Diabo na Terra do 
Sol” e “Terra em Transe”. 
O período do Cinema Novo perdurou no Brasil até meados da década de 1970. 
As principais influências do período foram o neorrealismo italiano e a Nouvelle Va-
gue francesa.
Um dos principais filmes produzidos durante o movimento foi “O Pagador de 
Promessas”, escrito dirigido por Anselmo Duarte, com base na obra de Dias Go-
mes, no ano de 1962. 
O filme em questão é a única produção brasileira, até hoje, a ganhar a Palma 
de Ouro do Festival de Cannes, que é um dos mais conceituados prêmios do 
cinema mundial. 
Obs..:� o filme “O Pagador de Promessas” é o único filme brasileiro a vencer a 
Palma de Ouro do Festival de Cannes, fato que aconteceu no ano de 1962. 
O Cinema Novo, que possuía um caráter muito mais independente do que as 
produções até então realizadas, chegou ao seu fim em meados da década de 1970. 
Um dos atos que contribuiu para que o movimento deixasse de existir foi a 
criação, em 12 de setembro de 1969, da Embrafilme (Empresa Brasileira de Filmes 
Sociedade Anônima). 
Com a criação de uma empresa nacional, a ideia era fomentar e distribuir as 
inúmeras produções nacionais. 
Em paralelo a isso, e estando a censura em um momento mais “leve”, as pro-
duções nacionais passaram a explorar, prioritariamente, o conteúdo sexual, dando 
ensejo ao surgimento da pornochanchada. 
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Neste período, a qualidade deixou de ser a principal motivação dos cineastas, 
sendo que os filmes buscavam, devido ao valor financiado pela Embrafilme, ter 
uma boa bilheteria para cobrir os custos de produção. 
Pode-se afirmar, consequentemente, que as décadas de 1970 e 1980 represen-
taram uma verdadeira crise para o nosso cinema, que foi literalmente bombardea-
do por produções de baixo nível e com conotação estritamente sexual. 
São exceções à pornochanchada, tendo como objetivo produzir, em meio do 
movimento, filmes de qualidade, cineastas como Sílvio Back, Hugo Carvana e Bru-
no Barreto. 
É neste período, inclusive, que Bruno Barreto dirige em 1976, o filme “Dona Flor 
e Seus Dois Maridos”, que se tornou, com aproximadamente 11 milhões de espec-
tadores, a maior bilheteria do cinema por nada menos do que 34 anos. 
Somente em 2010, com o filme “Tropa de Elite 2.: O Inimigo Agora É Outro” 
(que levou 12 milhões de pessoas ao cinema) é que a marca foi superada. 
TOME NOTA
A maior bilheteria da história do cinema é do filme “Tropa de Elite 2: O Inimigo 
Agora É Outro”, que levou aproximadamente 12 milhões de pessoas ao cinema. 
No ano de 1973, o Brasil criou o Festival de Cinema de Gramado, que se tornou 
o maior prêmio do cinema nacional até os dias de hoje. 
Anualmente, as melhores produções nacionais são premiadas em diversas cate-
gorias com o “Kikito”, que é o nome do troféu conferido aos ganhadores. 
O Festival de Cinema em questão é realizado, todos os anos, na cidade de Gra-
mado, localizada na Serra do Estado do Rio Grande do Sul. 
Uma das principais medidas adotadas pela Embrafilme foi a de obrigar os cine-
mas brasileiros a exibir, durante 112 dias por ano, produções nacionais. 
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Além disso, as produções estrangeiras passaram a ser taxadas para poder ser 
exibidas em território brasileiro. Com o dinheiro arrecadado, o governo financiava 
a produção de novos filmes brasileiros. 
Não há como negar que ambas as medidas fizeram com que as bilhete-
rias dos filmes brasileiros aumentassem significativamente. Entretanto, o 
cinema nacional perdeu muito em qualidade, sendo considerada esta fase do nosso 
cinema a pior pela qual a sétima arte passou em território nacional até hoje. 
Até meados da década de 1990, a Embrafilme se encontrava imersa em dívidas. 
Com a retomada da democracia, tivemos a realização de eleições diretas no ano de 
1989, quando Fernando Collor de Mello foi eleito Presidente da República. 
No dia 15 de março de 1990, Fernando Collor assume a Presidência da Repúbli-
ca. Uma das primeiras medidas do então novo Presidente é a extinção, por meio de 
decreto, dos organismos estatais destinados ao cinema nacional, dentre os quais o 
de maior relevância é a Embrafilme. 
Com o fim das atividades da Embrafilme, o cinema nacional passa pelo seu 
pior momento. Se, em meados da década de 1970, o total de produções nacionais 
chegava a ocupar até 35% das salas de cinema, no início da década de 1990, este 
percentual é reduzido para aproximadamente 0,4% do total de exibições. 
O ano de 1992, quando Fernando Collor sofreu o processo de impeachment, é 
considerado o pior ano da história do cinema brasileiro, tendo sido registradas ofi-
cialmente apenas 9 produções. 
A situação começa a mudar em meados de 1993, com a sanção da “Lei do 
Audiovisual”. Este período ficou conhecido como a “retomada do cinema bra-
sileiro”. 
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São filmes produzidos durante a “retomada”, por exemplo, “O Quatrilho”, “O 
Que é Isso, Companheiro?” e “Central do Brasil”, todos indicados para o Oscar 
de melhor filme estrangeiro (nos anos de 1996, 1998 e 1999, respectivamente). 
Em 1999, a atriz foi indicada para o Oscar de Melhor Atriz pela sua atuação no 
filme Central do Brasil, dirigido por Walter Salles. 
É importante destacar, neste contexto, que a atriz Fernanda Montenegro é um 
dos nomes mais importantes e reconhecidos do cinema e da televisão nacional no 
exterior. 
Prova disso foi a premiação como Melhor Atriz, no Emmy de 2013, pela 
atuação em “Doce de mãe”, produzido pela Rede Globo. 
No entanto, o filme “Carlota Joaquina – Princesa do Brazil”, dirigido por 
Carla Camurati, é considerado o responsável pela retomada do cinema nacional e 
sendo um grande sucesso de público.
No ano de 1997, considerando que não existia um órgão nacional de incentivo 
ao cinema aqui produzido, as Organizações Globo optam por criar a sua própria 
produtora, a Globo Filmes. 
A Globo Filmes foi responsável pela produção de praticamente todos os filmes 
nacionais daquele período. Entre os anos de 1998 a 2003, a Globo Filmes foi res-
ponsável por aproximadamente 25 produções, alcançando cercade 90% dos filmes 
nacionais do período. 
Em 2001, tivemos a criação da ANCINE – Agência Nacional de Cinema, que 
é uma agência reguladora responsável pelas atividades de fomento, de regula-
ção e de fiscalização do mercado do cinema e do audiovisual no Brasil. 
A ANCINE foi criada por meio da medida provisória 2228-1, de 2001, estando, 
desde o ano de 2003, vinculada ao Ministério da Cultura. A sede da ANCICE é no 
estado do Rio de Janeiro. 
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Desde a criação da ANCINE até os dias atuais, o cinema brasileiro só tem evo-
luído. O auge ocorreu em 2013, quando aproximadamente 127 filmes brasileiros 
foram produzidos. 
Merecem destaque, neste período, a produção dos seguintes filmes brasileiros: 
a) Cidade de Deus;
b) Carandiru;
c) Tropa de Elite;
d) Abril Despedaçado.
2.1.6. Oscar 
Atualmente, o Oscar é a maior e mais prestigiada premiação do cinema mundial. 
Todos os anos, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas premia os me-
lhores filmes com base em diversos requisitos ou categorias. 
A primeira cerimônia do Oscar ocorreu em 16 de maio de 1929, sendo que o 
filme “Asas” foi o vencedor na categoria de melhor filme. Na época, apenas três 
filmes foram os indicados para a categoria em questão. 
A partir de 1945, cinco passaram a ser os indicados para a categoria de melhor 
filme. Em 2010, no entanto, com o objetivo de valorizar as diversas e inúmeras 
produções, a academia alterou a regra de indicações. 
Desde então, o número de filmes que podem ser indicados para a categoria de me-
lhor filme vai de 5 a 10 produções. 
Algumas informações sobre o Oscar merecem destaque:
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1) três foram os filmes, ao longo da história, que alcançaram a marca histórica 
de 11 premiações, incluindo melhor filme, sendo eles: Ben-Hur (1959), Tita-
nic (1997) e O Senhor dos Anéis – O retorno do rei (2003). 
2) a primeira vez que o Brasil foi indicado ao Oscar foi em 1945, quando a 
composição “Rio de Janeiro”, do autor Ary Barroso, disputou a estatueta de 
Melhor Canção Original pelo filme norte-americano “Brazil”.
3) em 1960, o filme “Orfeu do Carnaval” venceu o Oscar de Melhor Filme 
Estrangeiro. No entanto, ainda que a produção tenha sido feita por três países 
(ítalo-franco-brasileiro), a premiação foi para a França. 
4) em 1963, o filme “O Pagador de Promessas” foi indicado ao Oscar de me-
lhor filme estrangeiro, mas acabou não levando o prêmio. 
5) nos anos 1990, com a retomada do cinema nacional após uma grande época 
de desincentivos culturais, o Brasil disputou o Oscar de melhor filme estrangeiro 
três vezes: em 1996, com o filme “O Quatrilho” em 1998, com o filme “O Que 
É Isso, Companheiro?”, e em 1999, com o filme “Central do Brasil”.
6) até hoje, o Brasil não ganhou nenhum Oscar de melhor filme estrangeiro. 
7) o filme Cidade de Deus, ainda que tenha sido ignorado em 2003 na categoria 
de melhor filme estrangeiro, disputou, em 2004, as categorias de Melhor Dire-
tor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Edição.
8) ainda que no Oscar de 2018 o Brasil não tenha contado com nenhum indicado 
para a categoria de melhor filme estrangeiro, o filme selecionado, internamente, 
para disputar uma das indicações, foi “Bingo.: O Rei das Manhãs”. 
Relaciono abaixo a lista dos filmes vencedores da categoria de Melhor Filme 
dos últimos anos. 
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Ano Filme Vencedor
2008 Onde os Fracos Não Têm Vez
2009 Quem Quer Ser Um Milionário?
2010 Guerra ao Terror
2011 O Discurso do Rei
2012 O Artista
2013 Argo
2014 12 Anos de Escravidão
2015 Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
2016 Spotlight: Segredos Revelados
2017 Moonlight: Sob a Luz do Luar
2018 A Forma da Água
2.2. Música
A música pode ser conceituada como a arte de se exprimir por meio de sons, 
seguindo regras variáveis conforme a época e a civilização. 
A música brasileira é formada uma verdadeira miscigenação de estilos e regio-
nalismos. 
Como a extensão territorial do Brasil é continental, somos um país onde estados 
de diferentes regiões apresentam diferentes estilos musicais e culturais. Por um 
lado, o cinema, independentemente de onde é produzido o filme, tem um caráter 
mais nacional e homogêneo. Por outro lado, isso não ocorre na música, sendo bas-
tante comum que a população de diferentes regiões do país escutem, preponderan-
temente, estilos igualmente diferentes de música. 
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Três foram os principais movimentos que a música brasileira sofreu ao longo dos 
anos, sendo eles a bossa nova, a tropicália e a jovem guarda. 
Em linhas gerais, a bossa nova pode ser definida como um gênero musical que 
teve início na década de 1950, sendo derivada do samba e sofrendo forte influência 
do jazz. 
Desta forma, a bossa nova foi inicialmente idealizada como uma nova forma de 
cantar o samba, com um ritmo mais lento e com uma base feita, apenas, por um 
violão. 
Os maiores expoentes da bossa nova são João Gilberto, Vinícius de Moraes e 
Tom Jobim. 
A música que mais ficou conhecida do período foi “Garota de Ipanema”, com-
posta em 1962 por Vinícius de Moraes e Tom Jobim. 
“Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela, menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar”
Trecho de “Garota de Ipanema”
A tropicália (ou tropicalismo), por sua vez, não se trata de um movimento 
exclusivamente musical, mas sim um movimento que influenciou outras manifesta-
ções artísticas, tais como o cinema e até mesmo as artes plásticas.
De maneira diversa a inúmeros outros movimentos, o tropicalismo teve início no 
Festival de Música Popular Brasileira, produzido pela Rede Record e pela Rede 
Globo no ano de 1967.
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Como já ressaltado, em meados da década de 1960, o regime político de nosso 
país era predominantemente militar. 
Assim, as manifestações culturais (dentre elas a música) deveriam ser previa-
mente analisadas pela censura antes da liberação para a população. 
Como consequência, o tropicalismo acabou sendo conhecidocomo um movi-
mento que buscou se libertar dos ideais defendidos pelo governo da época. 
Uma novidade trazida pelo tropicalismo foi a existência de letras musicais carre-
gadas de ironia, passando aos ouvintes uma mensagem de liberdade e revolta sem 
que a censura conseguisse perceber. 
São expoentes do tropicalismo artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, os 
Mutantes, Tom Zé, dentre outros. 
A revista moralista
Traz uma lista dos pecados da vedete
E tem jornal popular que
Nunca se espreme
Porque pode derramar.
É um banco de sangue encadernado
Já vem pronto e tabelado,
É somente folhear e usar,
É somente folhear e usar.
Trecho de “Parque Industrial”, de Tom Zé
A Jovem Guarda também foi um movimento cultural brasileiro da década de 
1960 que teve início com base na programação televisiva. 
Ao contrário do que ocorreu com a tropicália, que teve início em um Festival, a 
Jovem Guarda iniciou-se com base em um programa de televisão transmi-
tido pela TV Record e apresentado por Roberto Carlos, que foi, por sua vez, 
o maior expoente do movimento. 
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Ao contrário da tropicália, cujas letras eram repletas de mensagens de rebeldia 
e de inquietação, a Jovem Guarda continha letras amorosas, açucaradas e tipica-
mente adolescentes. 
São expoentes da Jovem Guarda, além de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wa-
nderlea, Ronnie Von e Jerry Adriani, dentre outros. 
A Jovem Guarda deixou de existir, aos poucos, a partir do momento em que seu 
apresentador e principal expoente, Roberto Carlos, deixou de apresentar o progra-
ma na TV Record, em 1968. 
Mas que cara feio!
É, mas está cheio de garotas, mora!
Vejam só que tipo, que tipo esquisito eu vi
Rapaz tão feio assim
Confesso nesse mundo eu não conheci
Quando sorrindo está
Parece que um temporal vai desabar
Seu vasto narigão me lembra
Me lembra um grande pimentão
Mas as garotas vivem
Por ele a suspirar
Todas elas querem
Com o feio namorar
Trecho de “O Feio”, de Roberto Carlos
2.3. Literatura 
Com relação à literatura, diversas foram as escolas literárias existentes em nos-
so país ao longo dos anos. 
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Para fins de prova, temos que memorizar, basicamente, a data em que cada 
uma destas escolas se desenvolveu, o estilo adotado e os principais escritores ex-
poentes do estilo em questão. 
Quinhentismo
Trata-se de escola literária que teve início no século XVI, representando o 
marco inicial da literatura brasileira. 
Seu maior representante foi o Padre José de Anchieta, que, por meio de seus 
poemas e textos, tinha por objetivo catequizar os índios brasileiros. 
Outra importante manifestação do quinhentismo foram os textos de Pero 
Vaz de Caminha, que era o escrivão oficial da tripulação de Pedro Álvares 
Cabral. 
Como se observa, a escola literária em questão teve sua produção relacio-
nada com o desenvolvimento inicial do Brasil.
Barroco
O barroco foi uma escola literária que teve sua maior fase no início do século 
XVII. 
Sua existência está intimamente ligada ao contexto histórico no qual a Igreja 
Católica luta para recuperar o espeço perdido em virtude da Reforma Protes-
tante de Martinho Lutero. 
Entram em cena, neste período, as poesias e demais escritos de Bento Tei-
xeira e de Gregório de Matos.
Neoclassicismo 
ou Arcadismo
Com o arcadismo, que teve sua maior fase em meados do século XVIII, a 
linguagem rebuscada utilizada no barroco perde espaço para uma escrita 
mais acessível à população. 
No arcadismo, temos a presença de textos mais objetivos e racionais, sendo 
seus maiores expoentes os escritores Cláudio Manoel da Costa, e Basílio da 
Gama.
Romantismo
O romantismo teve início na primeira parte do século XIX, estando ligado à 
chegada da família real portuguesa e à proclamação da independência (que 
ocorreu em 1822). 
No romantismo, uma característica bastante peculiar é o individualismo e, 
por parte de alguns escritores, o nacionalismo. 
São expoentes desta escola literária, dentre outros, Casimiro de Abreu, 
Álvares de Azevedo e José de Alencar. 
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Realismo ou 
Naturalismo
O realismo (ou naturalismo) tem início no final do século XIX, mais precisa-
mente com o declínio do romantismo. 
No realismo, temos, como o próprio nome sugere, uma abordagem objetiva 
e natural da sociedade.
O maior expoente do realismo, e também um dos maiores escritores da lite-
ratura brasileira, é Machado de Assis, autor de obras como Memórias Póstu-
mas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro.
Parnasianismo
A principal característica do parnasianismo é, sem dúvidas, o rigor e o alto 
grau de formalismo conferido aos textos do período. 
Grande parte dos textos deste período são poemas. 
Aqui, a parte criativa fica em segundo plano, valorizando-se o uso da lingua-
gem culta e das demais regras formais. 
O parnasianismo teve duração compreendida entre o final do século XIX e 
início do século XX. 
Seus maiores expoentes foram Olavo Bilac e Raimundo Correa.
Simbolismo
Ao contrário do que ocorre com o parnasianismo, o simbolismo é uma escola 
literária que defende as ideias do subconsciente. 
Por isso mesmo, trata-se, de todas as escolas literárias, daquela que apre-
senta um maior nível de subjetivismo.
O simbolismo teve início no final do século XIX, sendo o seu maior represen-
tante o escritor Cruz e Souza.
Modernismo
O período do modernismo tem início com a Semana da Arte Moderna, ocor-
rida em 1922.
No modernismo, a linguagem rebuscada sai de cena em partes, dando sur-
gimento a um texto que retrata as características urbanas e que é repleto 
de humor. 
São expoentes do modernismo, dentre outros, Mário de Andrade, Oswald de 
Andrade e Manuel Bandeira.
Neorrealismo
No neorrealismo, temos uma retomada de temas até então tratados lá no 
final do século XIX, como, por exemplo, a desigualdade social e a crítica aos 
abusos de poder. 
O período do neorrealismo compreende os anos de 1930 a 1945. Os princi-
pais escritores do período são Carlos Drummond de Andrade, Cecilia Meire-
les e, principalmente, Jorge Amado. 
Não podemos falar de literatura sem mencionar a obra de Paulo Coelho.
Ainda que o escritor divida opiniões, é ele o responsável pelo livro mais vendi-
do da história da literatura brasileira. Trata-se da obra “O Alquimista”, que já foi 
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traduzido para mais de 70 países, tendo vendido aproximadamente 150 milhões de 
cópias. 
Em 25 de julho de 2002, PauloCoelho foi eleito para a Academia Brasileira 
de Letras. 
Com relação à Academia Brasileira de Letras, é importante ressaltar que, de 
acordo com as regras da instituição, apenas poderão vir a ocupar um lugar os bra-
sileiros natos que tiverem publicado, em qualquer gênero da literatura, obras de 
reconhecido mérito ou, além disso, livros de valor literário.
A Academia conta com 40 acadêmicos efetivos e perpétuos. 
A primeira mulher a ocupar um lugar na ABL foi Rachel de Queiroz, feito que 
ocorreu no ano de 1977. 
2.4. Arquitetura, Jornais e Revistas
A arquitetura, enquanto manifestação cultural, reflete a forma como as cons-
truções de um dado povo são feitas ao longo de um período de tempo. 
Em nosso país, a arquitetura sofre influência de diversos outros países, como a 
Alemanha, a Itália e Portugal. 
É importante frisar, neste sentido, que os primeiros habitantes do território 
brasileiro praticamente não tinham uma arquitetura definida. Assim, o início da 
arquitetura está relacionado, basicamente, com a chegada dos colonizadores e, 
posteriormente, dos imigrantes. 
O maior expoente da arquitetura brasileira, e responsável pelo movimento que 
ficou conhecido como modernismo, é, sem dúvidas, Oscar Niemeyer. 
No âmbito do estado de Tocantins, temos uma série de cidades que represen-
tam a arquitetura e a história da antiga Capitania de São João das Duas Barras. 
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Estas cidades estão localizadas nas Serras Gerais. Como exemplos, temos o 
município de Natividade, que, em sua arquitetura (tipicamente colonial), sofreu 
influência direta das culturas portuguesa e francesa. 
Os jornais e as revistas desempenham um importante papel perante a so-
ciedade brasileira. Ainda que, nos dias atuais, boa parte destes conteúdos tenha 
sido substituído pela internet, é possível ver a circulação de inúmeros periódicos de 
forma física. 
2.5. Teatro
Dentre as diversas formas de manifestação artística, o teatro é, com toda cer-
teza, uma das mais antigas. 
A origem do teatro remonta o período do Grécia Antiga (por volta do século IV 
a.C.), sendo uma prática utilizada para a adoração aos deuses. 
O conceito de teatro refere-se “lugar ou edifício destinado à apresentação 
de obras dramáticas, óperas ou outros espetáculos públicos”. 
Ao longo dos tempos, o teatro brasileiro tem se mostrado uma arte que revela 
constantemente inúmeros talentos, servindo de laboratório para que diversos ato-
res, atrizes e diretores passem a ser conhecidos pelo público. 
Dentre os principais nomes da história do teatro brasileiro, merecem destaque 
Paulo Autran, Nelson Rodrigues, Fernanda Montenegro e Dias Gomes. 
3. Aspectos Políticos
Na história do Brasil, passamos por períodos em que a democracia não se tra-
tava de um direito efetivamente conferido à população. 
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Neste sentido, a história relativamente recente do nosso país demonstra que, 
no período compreendido entre os anos de 1964 a 1985, o Brasil foi governado 
pela “ditadura militar”. 
A ditadura é considerada um regime totalitário, tendo como principais caracte-
rísticas a falta de manifestação popular na eleição dos representantes de 
governo e a inexistência de independência e de autonomia na atuação dos 
Poderes da República. 
Em nosso país, após um longo período de ditadura, o regime chegou ao fim 
em meados de 1985. Uma das principais medidas neste sentido foi a edição de 
uma emenda constitucional naquele ano, que previa, dentre outras providências, 
a realização de eleições gerais para Presidente da República. 
Posteriormente, já em 15 de novembro de 1986, foi eleita a Assembleia 
Nacional Constituinte, que seria responsável pela elaboração de uma nova 
Constituição Federal e, com isso, pelo estabelecimento de um novo ordenamento 
jurídico. 
Em 5 de Outubro de 1988, a Constituição Federal atualmente em vigor 
era finalmente promulgada. 
Após a entrada em vigor da Constituição, tivemos, no ano de 1989, eleições 
diretas para Presidente da República. 
A eleição foi realizada em 15 de novembro de 1989, em primeiro turno, com a 
presença de 22 candidatos. Os dois mais votados, Fernando Collor de Mello e Luiz 
Inácio Lula da Silva, disputaram, em 17 de dezembro, o segundo turno. 
Fernando Collor foi eleito com 53,03% dos votos válidos, sendo considerado 
o primeiro Presidente da República eleito após a promulgação da Constituição Fe-
deral. 
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Em dezembro de 1992, Fernando Collor sofre o primeiro processo de impea-
chment da América Latina, sendo afastado do cargo. Seu vice, Itamar Franco, 
assume e conclui o mandato presidencial. 
Posteriormente, tivemos a eleição em 1994 e 1998, de Fernando Henrique 
Cardoso, cujo governo foi caracterizado pelo estabelecimento do Plano Real, pela 
Reforma Administrativa no Setor Público e pelas privatizações de diversa 
empresas estatais. 
Em 2002, após ter sido derrotado nas três eleições anteriores, Luiz Inácio Lula 
da Silva é eleito o primeiro Presidente da República por um partido de esquerda. 
Posteriormente, Lula seria reeleito Presidente da República em 2006. 
Ambos os governos são marcados pelo desenvolvimento de políticas sociais e 
pela estatização da máquina pública. 
Em 2010, Dilma Rousseff é eleita a primeira Presidente do Brasil. Em 2014, 
Dilma é reeleita. No entanto, esta época é marcada por conflitos sociais que divi-
diram o país. 
Em um processo de impeachment instaurado em dezembro de 2015, Dilma é 
afastada da Presidência da República na data de 31 de agosto de 2016. 
O vice-presidente eleito, Michel Temer, assume o governo, sendo, atualmente, 
o presidente da república em exercício. 
Podemos resumir os principais fatos relacionados com a política brasi-
leira da seguinte forma: 
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1964/1985 Período em que vigorou a ditadura militar
1986
Eleita a Assembleia Nacional Constituinte com o objetivo de elaborar uma 
nova Constituição Federal.
1988 Entra em vigor, em 05 de outubro, a nova Constituição da República.
1989
Nas primeiras eleições presidenciais realizadas após a nova constituição, Fer-
nando Collor é eleito Presidente da República.
1992
Fernando Collor é afastado definitivamente, naquilo que é considerado o pri-
meiro processo de impeachment da América Latina.
1994/1998
Fernando Henrique Cardoso é eleito, por duas vezes, Presidente da República. 
São característicasdeste governo a implantação do plano real, a realização de 
privatizações e a reforma administrativa do setor público.
2002/2006
Luiz Inácio Lula da Silva é eleito duas vezes Presidente da República. 
São traços do governo a realização de fortes políticas sociais e a estatização 
do setor público. 
2010/2014
Dilma Rousseff é eleita (e posteriormente reeleita) a primeira mulher Presi-
dente da República. 
2015
Dilma é afastada por processo de impeachment em dezembro de 2015. 
O vice-presidente eleito, Michel Temer, assume o cargo. 
No ano de 2018, serão realizadas eleições diretas para os seguintes cargos:
a) Presidente e Vice
b) Governadores; 
c) Deputados Federais;
d) Deputados Estaduais;
e) Senadores.
Com relação às eleições, e estando diretamente relacionado com as inovações 
tecnológicas, está a possibilidade de realização de campanha eleitoral por meio das 
redes sociais. 
Historicamente, as campanhas eleitorais eram realizadas mediante o financia-
mento de diversas fontes, incluindo as pessoas jurídicas. 
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Após uma Reforma Eleitoral, ocorrida em 2015, as pessoas jurídicas passaram 
a ficar impedidas de realizar qualquer tipo de recursos para as agremiações parti-
dárias. Com isso, o financiamento das campanhas eleitorais apenas pode ser feito, 
atualmente, por pessoas físicas (dentro dos limites legais) e mediante recursos do 
fundo partidário. 
No entanto, após nova Reforma Eleitoral, ocorrida em 2017, foi liberada a uti-
lização do chamado “impulsionamento de conteúdo”, que ocorre, em linhas 
gerais, quando um candidato, partido político ou até mesmo um eleitor paga 
para que uma postagem seja divulgada com maior amplitude nas redes sociais. 
Com isso, temos, ainda que indiretamente, a possibilidade de realização de 
propaganda eleitoral paga, algo que fere as disposições previstas nas leis elei-
torais. 
Outro ponto de destaque, e que certamente será uma das maiores característi-
cas das eleições de 2018, são as intituladas “fake news”, ou seja, notícias falsas 
que são propagadas nas redes sociais. 
Para evitar a utilização deste artifício, inúmeros projetos de lei estão tramitando 
no Congresso Nacional. Segundo um deles (PL 6812/2017), caso aprovado, o usuá-
rio que compartilhar informações falsas ou incompletas na internet, em detrimento 
de pessoa física ou jurídica, terá praticado uma conduta que deve ser tipificada 
como crime. 
Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral anunciou, por meio de portaria, que, 
no período eleitoral, irá realizar, em conjunto com o Exército, com a ABIN e com 
a Polícia Federal, uma força-tarefa destinada a combater a propagação das “fake 
news”. 
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4. 30 Anos da Constituição Federal
No dia 5 de outubro de 2018, a Constituição Federal completa 30 anos de sua 
promulgação. 
Mais do que estabelecer um novo ordenamento jurídico, a norma ficou conhe-
cida como a “constituição cidadã”, tendo em vista que detalhou e disciplinou 
inúmeros direitos e garantias da população. 
A Constituição Federal foi editada em um momento no qual o Brasil deixava 
o período da Ditadura Militar (1964/1985) e reestabelecia o processo de demo-
cratização. 
Sendo assim, a Constituição foi escrita por uma Assembleia Nacional Constituin-
te composta por 559 congressistas eleitos de forma direta pela população no ano 
de 1986. O presidente da Assembleia Nacional Constituinte foi Ulysses Guimarães. 
Ainda que a norma tenha sido editada pela mencionada assembleia, deve ser 
ressaltado que a participação popular foi intensa.
Como estávamos em uma época em que a internet ainda não tinha sido disse-
minada, o modo de participação da sociedade era por meio de abaixo-assinados e 
do envio de ideias, via postal, aos constituintes. Após aproximadamente 1 ano e 
meio de trabalho, a Constituição Federal foi promulgada. 
Dentre as principais características do texto constitucional, podemos citar: 
a) a Constituição previu inúmeros direitos aos trabalhadores e à sociedade, 
como o 13º salário e a redução da jornada de trabalho de 48 horas para 
44 horas semanais;
b) com relação aos direitos humanos, várias garantias foram previstas, tais 
como as vedações à tortura, ao trabalho escravo e ao racismo (que pas-
sou a ser considerado crime inafiançável);
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c) a Constituição manteve o presidencialismo como sistema de governo, 
sendo que os representantes dos Poderes Executivo e Legislativo passariam a 
ser eleitos de forma universal, direta e secreta pelos eleitores regular-
mente inscritos;
d) uma das principais conquistas foi o fim da censura dos meios de comu-
nicação, prática bastante comum na época em que vigorava a Ditadura Militar;
e) a Constituição passou a prever o voto, ainda que facultativo, dos analfabe-
tos e dos maiores de 16 e menores de 18 anos de idade, medida esta que 
gerou um considerável incremento no eleitorado nacional.
Após a sua edição, a Constituição Federal já foi objeto de 99 Emendas Constitu-
cionais. Em seu preâmbulo, a Constituição apresenta a seguinte redação: 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte 
para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos 
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igual-
dade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem 
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e interna-
cional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, 
a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
5. Nova Liderança em Cuba
Após estar 49 anos à frente de Cuba, faleceu, em novembro de 2016, aos 90 
anos, o líder cubano Fidel Castro. 
O início do seu mandato teve início com a Revolução Cubana, ocorrida em 
1959. Quando do seu falecimento, no entanto, Fidel já não estava mais no coman-
do de Cuba, haja vista que tinha passado o poder, em 2008, ao seu irmão, Raul 
Castro. 
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Desde a Revolução Cubana, os EUA mantém uma série de embargos em rela-
ção a Cuba, fato este que faz com que haja, por boa parte da população mundial, 
uma visão bastante contraditória acerca de Fidel. 
Neste sentido, parte das pessoas acredita que Fidel foi um líder revolucioná-
rio, uma vez que conseguiu resistir ao capitalismo americanoe manter, por quase 
meio século, o país sob a égide do regime comunista. 
Para a outra parte da população, no entanto, Fidel não passava de um líder 
totalitário e que inibia uma série de direitos à população cubana. 
Durante os anos em que esteve no poder, Fidel promoveu uma grande re-
volução no âmbito social. Nesta época, foram adotadas medidas como a erradi-
cação da desnutrição infantil, a estatização do sistema de saúde (até então 
privatizado), a declaração de gratuidade de ensino médio e a alta qualidade 
na área da saúde. 
Por outro lado, Fidel não permitiu, durante o tempo em que esteve no poder, 
que a população escolhesse novos líderes de forma democrática, algo que, 
em última análise, acabou gerando apenas um partido político (o Partido Comunista 
de Cuba). 
A partir do momento em que Raul Castro assumiu a condição de líder cubano, o 
país passou a contar com uma política econômica mais tolerante. Prova dis-
so é que o Estado passou a permitir que empresas estrangeiras se instalas-
sem no território e decretou o fim da política de equidade salarial, que era, 
até então, um dos principais emblemas do regime comunista defendido por Fidel. 
Em 2016, houve um momento histórico: o então presidente dos EUA, Ba-
rack Obama, visitou Cuba, fato que não acontecia, com relação a um presidente 
americano, desde 1959. 
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A medida demonstra um início de reaproximação entre os dois países. No entan-
to, para que as nações possam vir a ter algum tipo de relação comercial no futuro, 
é imprescindível que ocorra o fim dos embargos dos EUA à Cuba. 
Os embargos foram impostos em 1960, pelo governo norte americano, como 
uma resposta às inúmeras expropriações feitas por Cuba em relação às 
empresas e residências de americanos que estavam domiciliadas, à época, na 
localidade.
Nos dias atuais, a queda dos embargos está em processo de negociação. 
Pode-se afirmar, desta forma, que, ainda que os embargos não tenham sido 
totalmente extintos, ambos os países (EUA e Cuba), iniciaram, após um longo 
período, uma reaproximação comercial e diplomática. 
6. A Polícia Civil
De acordo com a Constituição Federal, a segurança pública, dever do Estado, 
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem 
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através de uma série de 
órgãos. Dentre eles, encontramos a Polícia Civil e a Polícia Militar. 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, 
é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
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Em seu artigo 119, a Lei Orgânica do Distrito Federal estabelece que a Polícia 
Civil do Distrito Federal é a responsável pelas atividades de polícia judiciária 
e pela apuração das infrações penais no âmbito do respectivo ente federativo. 
Art. 119. À Polícia Civil, órgão permanente dirigido por delegado de polícia de carreira, 
incumbe, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a 
apuração de infrações penais, exceto as militares.
Assim, ainda que duas sejam as polícias existentes (Polícia Militar e Polícia Civil) 
as atividades de cada uma das corporações não se confundem. 
Ao passo que a polícia militar desempenha, principalmente, atividades preventi-
vas e ligadas à polícia administrativa, a Polícia Civil é a responsável pelas atividades 
da polícia judiciária. 
Complicado? Vamos facilitar a compreensão... 
As diferenças entre as atividades de polícia administrativa e as de polícia ju-
diciária são bastante exigidas em provas de concurso. Desta forma, conseguimos 
diferenciar ambas as atividades, basicamente, por meio de quatro características:
a) as atividades de polícia administrativa incidem sobre bens, sobre direitos ou 
sobre atividades, ao passo que a polícia judiciária incide sobre pessoas.
Aprendendo na Prática
Exemplo de atividade decorrente de polícia administrativa é a apreensão de merca-
dorias vencidas (incidente sobre bens).
Exemplo de atividade decorrente de polícia judiciária é a prisão de um grupo terro-
rista (incidente sobre pessoas).
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b) a polícia administrativa é inerente ao próprio desempenho da função pública, 
uma vez que uma das finalidades da administração é garantir o bem-estar da 
coletividade. 
Logo, todos os órgãos e entidades pautados pelo regime jurídico de direito 
público podem, quando no desempenho regular de suas atividades, fazer uso do 
poder de polícia.
A polícia judiciária, por outro lado, apenas pode ser utilizada por 
corporações especializadas e por profissionais previamente treinados 
para o seu correto desempenho.
c) a polícia administrativa age predominantemente de forma preventiva, 
uma vez que o seu exercício possui como fundamento evitar a violação do 
interesse coletivo. 
Salienta-se, no entanto, que é perfeitamente possível a utilização da polícia 
administrativa em caráter repressivo, com a ressalva de que tal modalidade de 
exercício é feita em caráter de exceção. 
Um típico exemplo de atividade preventiva de poder de polícia é a conces-
são de alvará para o funcionamento de um estabelecimento comercial. Caso o 
particular descumpra as normas legais, poderá o poder público, fazendo uso do 
poder de polícia em caráter repressivo, interditar o estabelecimento.
A polícia judiciária, ao contrário, age predominantemente de forma 
repressiva, uma vez que é após os acontecimentos (tal como um crime) que 
ela é provocada. Nada impede, por exemplo, que a polícia judiciária atue de 
forma preventiva, situação que ocorre, por exemplo, com as práticas de poli-
ciamento preventivo.
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d) Uma última diferenciação se refere às possíveis áreas de atuação dos dois 
tipos de polícia. Enquanto a polícia administrativa age em relação aos ilíci-
tos administrativos, a polícia judiciária tem como objetivo combater as 
práticas de ilícitos penais.
Tais diferenciações podem ser resumidas da seguinte forma:
Polícia administrativa Polícia judiciária
Incide sobre bens, sobre direitos e sobre ativi-
dades
Incide apenas sobre pessoas
É inerente à função administrativa, podendo

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