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* São neoplasias das células hematopoéticas que se originam da proliferação clonal, não responsiva aos mecanismos de controle da hematopoese. É desencadeada por mutações envolvendo os oncogenes. podendo acometer as linhagens mielóides ou linfóide. É um câncer agressivo, e muitas vezes fatal. Leucemias Obs. Linfomas acometem a linhagem linforeticulo-histiocitária (drenagem linfática), podendo acometer muitos locais do organismo. * LEUCEMIAS - Classificação Crônicas Células diferenciadas curso clínico indolente Agudas Células indiferenciadas curso clínico agressivo * raios ionizantes – acidentes nucleares, sobreviventes da bomba atômica, radioterapia drogas mielotóxicas – quimioterápicos, , cloranfenicol benzeno,borracha, fumo, tintas, derivados do petróleo, óxido de etileno, pesticidas, herbicidas; vírus – retrovírusHTLV-1 relacionado à leucemia/linfoma de células T, endêmica no Caribe, sul do Japão e China; infiltração da pele, hepato esplenomegalia, hipercalcemia; fatores genéticos: nos orientais praticamente não há LLC, que é uma das mais freqüentes no ocidente; síndrome de klinefelter ( XXY); síndrome de Down. Fatores etiológicos * Incidência: entre 30-60 anos, raro em adolescentes, Risco relacionado: radiação ionizante Doença clonal da stem cell hematopoética Hiperplasia mielóide: expansão do pool de granulócitos; Leucometria Leucemia Mielóide crônica Hiperleucocitose (acima de 100.000 leuc/mm3) e D.E. aumento de células maduras, blastos - menos de 5% * Fase crônica (4 a 5 anos diagnóstico ao acaso) manifestações clínicas iniciais: fadiga, mal estar, perda de peso, sudorese, febre, palidez, esplenomegalia (mais de 80% dos casos), manifestações hemorrágicas leves controle terapêutico relativamente eficiente LMC -evolução clínica Fase Fase blástca febre inexplicada, dores ósseas, sangramentos, anemia grave, sepse. Fase acelerada progressiva resistência a terapêutica esplenomegalia, basofilia * Características clínicas relacionadas à fisiopatologia Sintomas Sinais Laborat. Causa Fadiga palidez Anemia Ca e Mg falência medular Perda de peso redução de ingesta Sangramentos púrpura, hematúria Plaquetopenia Infecção cefaléia,vômito febre, calafrios líquor ,glicose, proteínas Infiltração SNC Dor óssea, dor abdominal,oligúria, obstipação distenção abdominal TGO-TGP-FAL Uréia, Ác. úrico Infiltração leuc. víceras abdominais * * (International Bone Marrow transplant- IBMT) Leucocitose (+100.000/l) não responsiva à hidroxiuréia esplenomegalia não responsiva à hidroxiuréia Blastos e promielócitos acima de 10% no sg periférico e MO anormalidades citogenéticas clonal adicionais à presença do cromossomo ph LMC critérios para caracterização da fase acelerada Basófilos + 20% no sg periférico * hiperplasia medular - Proliferação granulocítica de todas as linhagens em todos os estágios de maturação (80 a 90% cels. granulocíticas com 10% de blastos) LMC diagnóstico leucócitos (acima de 100.000 /mm3) no sp D.E. com menos de 5% de blastos geralmente não há anemia, Pqt nl ou (macroplaquetas), FAL dos leucócitos baixa vit.B12 e Au elevados. * Quimioterapia citotóxica - hidroxiuréia ou bussulfan (fibrose pulmonar e aplasia medular à longo prazo) atualmente, interferon alfa. A combinação deste com citarabina pode ser mais efetivo. Fase blástica - esquemas quimioterápicos agressivos nesta fase responde mal à terapêutica alopurinol previne nefropatia por uratos. LMC tratamento irradiação seguida de TMO alogênico, é a forma mais promissora de tratamento, disponível para adultos abaixo de 60 anos, com doadores HLA-compatíveis. complicações clínicas, mortalidade, DECH * início insidioso (demora anos até se tornar clinicamente exuberante) Fraqueza e fadiga secundário a anemia e Linfadenopatia quase sempre presente (raro na LMC). Esplenomegalia /hepatomegalia presentes. Estadiamento: Est.0 linfocitose ( > 15.000/mm3) no S.P Est. I Linfadenopatia Est. II Esplenomegalia/hepatomegalia Est. III anemia, Hb<11g/mm3 Est. IV trombocitopenia; plaquetas < 100.000/mm3 Leucemia Linfóide Crônica * Leucemia Linfocítica Crônica: Linfomas x Leucemias linfóides : - Os linfomas são proliferações que surgem como massas de tecido localizadas e leucemia são neoplasias linfóides que apresentam comprometimento disseminado da MO acompanhado da presença de grande número de células tumorais no sangue periférico. Fisiopatologia: - Neoplasia maligna linfóide de curso indolente em que há acúmulo de um clone de linfócitos B maduros, estacionados num estágio de diferenciação, que impede a sua transformação em plasmócitos, (a célula produtora de Ac), na m.o. e sg periférico, e/ou outros órgãos. * Manifestações Clínicas e Laboratoriais: Muitos diagnósticos são feitos na fase assintomática da doença, Linfocitose: geralmente entre 20 – 100 x 10³/mm³. Linfadenomegalia: - cervical, axilar e/ou inguinofemoral - início: inferiores a 2cm, móveis, indolores - tardio: aumento de tamanho e confluência massas Esplenomegalia: 40% dos casos. Hepatomegalia: 10% dos casos. Achados inespecíficos: febre, astenia, anorexia, sudorese noturna, perda ponderal, queda do estado geral mais comum em fase avançada da doença. * Métodos Diagnósticos: Esfregaço de sangue periférico: número elevado de linfócitos pequenos e arrendondados, com cromatina condensada e citoplasma escasso; smudge cells Aspirado de medula óssea: população linfocítica maior do que 30%; linhagem mielóide e eritróide normais ou diminuídas. * 90% dos casos são linfócitos B sg periférico Grumprescht LLC diagnóstico laboratorial Medula: proliferação linfocítica com mais de 30% de linfócitos bem diferenciados. Linfocitose periférica (acima de 15.000/dl linfócitos diferenciados). Hipogamaglobulinemia LDH sérica elevada. * Cariótipo de LLC com trissomia 12 (Drª Chaufalle - UNIFESP-EPM ) * Est. O - nenhum tratamento Est. I e II - clorambucil, radioterapia local nas linfadenopatias sintomáticas. Est. III e IV- Clorambucil com ou sem prednisona. (Se resp. mal, entrar c/ fludarabina no lugar de clorambucil). LLC Tratamento controle da linfocitose: tratamento com Quimio branda. Não se faz TMO, a abordagem terapêutica varia com o estagio: * Indicações de iniciar tratamento específico: Falência medular Adenomegalia > 10 cm ou progressiva Esplenomegalia > 6 cm abaixo do RCE ou progressiva Linfocitose > 100.000/mm3 Hipogamaglobulinemia associada a infecções de repetição Anemia imuno-hemolítica ou PTI refratária a corticóides Tempo de duplicação linfocítica no sangue inferior a 6 meses * Tratamento : Objetivo: Remissão total ou parcial, além de aumento da sobrevida Remissão: Redução persistente e significativa da Linfocitose Redução da adenopatia e hepato-esplenomegalia Redução da anemia, Hb > 11g/dL Plaquetas > 100000/mm3 Neutrófilos > 1500/mm3 * Tratamento : Agentes Alquilantes: Clorambucil Ciclofosfamida Esquemas COP (Ciclofosfamida + Vincristina + Prednisona) Análagos nucleosídeos purínicos: Fludarabina 25 mg/m2/dia por 5 dias a cada 4 semanas Maior taxa de remissão quando comparado ao Clorambucil, mas não altera sobrevida. Pode ser associada ao Clorambucil. Anticorpos monoclonais: Rituximab (Ac anti-CD20) Efeito sinérgico com quimioterápicos Esquema FCR – Fludarabina + Ciclofosfamida + Rituximab a cada 28 dias por 6 ciclos * * proliferação malígna dos precursores granulocíticos da MO. No processo de diferenciação celular a célula perde a capacidade de maturação. pode envolver diferentes linhagens hemopoéticas em diversos níveisde maturação, as células resultantes podem ter aspectos variados – que é a base para a classificação das LMAs Incidência : 40-60 anos, mais frequente no adulto. ocorre em 2 a 3 casos/100.000 hab (por ano). Leucemia Mielóide aguda * Etiologia: radiação (explosões de bombas atômicas, radioterapia, etc), subst. químicas ( benzeno, borracha, fumo, tintas, derivados do petróleo, óxido de etileno, pesticidas, herbicidas), fármacos (cloranfenicol,quimioterapia do câncer, fenilbutazona, cloroquina, agentes alquilantes). Hereditariedade - neurofibromatose; síndrome de klinefelter ( XXY); síndrome de Down, anemia de Fanconi. Outros: Mielodisplasias; policitemia vera; LMC LMA etiologia * M1: LMA sem maturação (mais de 90% de blastos mielóides; M2: LMA com maturação (mais de 30% de blastos, até 89%, com mais de 10% das células anormais); M3: Leucemia pró-mielocítica aguda; M4: Leucemia mielomonocítica aguda (20 a 80% de monoblastos); M5: Leucemia monocítica aguda (mais de 30% de blastos, sendo mais de 80% precursores de monócitos); M6: Eritroleucemia aguda (mais de 50% de eritroblastos e mais de 30% dos elementos não eritróides devem ser blastos mielóides); M7: Leucemia megacariocítica aguda. LMA Classificação FAB * Hmg e Mielograma Citoquímica Citogenética -oncogene envolvido (tratamento e prognóstico) (8;21), t(15;17) e inv(16)(p13;q22) favorável 5q- ou 7q- e ph1 mau prognóstico. Citometria de Fluxo Anemia, eritroblastos plaquetas/ macroplaquetas leucocitose com alta % de blastos bastonetes de AUER LMA diagnóstico laboratorial * * citarabina ou darubicina e daunorubincina, provoca aplasia de medula por 2-3 semanas. Neste período, cuidados como antibioticoterapia e transfusão. após recuperação inicial: quimio de consolidação com citarabina e 6-tioguanina por 1 ano. Em certos casos há necessidade de TMO (menos de 50 anos) alogenético ou autólogo. O uso de ácidos trans retinóicos na quimioterapia inicial tem melhorado muito o resultado à curto e à longo prazo. trombocitopenia: transfusão de plaquetas. alopurinol (reduz ac. úrico no sangue) e alcalinização da urina com acetazolamida - reduz riscos de nefropatia por uricemia. LMA tratamento * Incidência : 80% dos casos acomete cçs (2 -10 anos). Mas ocorre em 20% das leucemias agudas do adulto. Quadro clínico semelhante a LMA, apresentando : risco de leucemia meníngea (Alta incidência da afecções do SNC); e Pneumonia por Pneumocystis. 80% dos casos, é de cels B. Céls. infiltração de SNC e testículos. Leucemia Linfobástica * intensa infiltração de blastos (linfoblastos) No mínimo 30% de blastos e coloração Sudan black ou peroxidase negativas no aspirado de medula óssea. Ag de linfoblastos B: CD10 e CD19. Ag de linfoblastos T: CD2, CD5 e CD7 (forma atual e confiável para se classificar a LLA) Sangue periférico : anemia normo/normo, ps de blastos, granulocitopenia, plaquetopenia ( maioria abaixo de 100.000). ácido úrico ( risco de nefropatia e gota), LDH elevado. Leucometria varia de 5000 a 100.000 leuc/mm3. Citogenética: t(8;14) t(2;8), t(8;22); Ph1 mau prognóstico. LLA laboratorial * quimioterapia (daunorubicina + vincristina + predinisona + asparaginase). Esta quimio não é tão mielossupressiva quanto a da LMA. Após a recuperação inicial, faz-se a consolidação. Terapia de manutenção com metotrexate e 6-mercaptopurina por 3 ano no mínimo. Em certos casos há necessidade de TMO alogenético ou autólogo. Profilaxia meníngea Metotrexate intratecal com ou sem irradiação intracraneana trombocitopodenia: transfusão de plaquetas. Uso de alopurinol (reduz ac. úrico no sangue) e alcalinização da urina com acetazolamida - reduz riscos de nefropatia por uricemia. LLA tratamento * DIAGNÓSTICO E CONDUTAS TERAPÊUTICAS Avanços em Leucemias
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