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Aula 04 - Sintaxe (nivel periodo composto por subordinacao)

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Aula 04
Português p/ TRT 11ª Região (Todos os Cargos) - Com videoaulas
Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror
Curso de Português para TRT 11ªR 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 04 
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Aula 04: Sintaxe (nível período composto por 
subordinação). Pontuação. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Período composto por subordinação adverbial 1 
2. Relação de causalidade 16 
3. Período composto por subordinação substantiva 23 
4. Período composto por subordinação adjetiva 30 
5. Questões cumulativas de revisão 57 
7. O que devo tomar nota como mais importante? 59 
8. Lista das questões apresentadas 59 
9. Gabarito 80 
 
Olá, pessoal! 
Vimos na aula anterior que, se no enunciado há apenas um verbo, 
naturalmente temos apenas uma oração (oração absoluta = período simples); 
porém, se houver outro verbo dentro deste enunciado, teremos duas orações 
(período composto). 
Na aula passada, vimos que o adjunto adverbial solto pode receber 
vírgula quando se encontra após a estrutura principal (sujeitoĺverboĺobjeto: 
S V O). Quando antecipado ou intercalado, recebe virgula(s) obrigatoriamente. 
Se você não se lembra disso, é interessante voltar àquela aula e relembrar. 
Veja a oração absoluta abaixo: 
 
 
O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. 
 VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa 
sujeito predicado verbal 
período simples 
 
A oração acima possui a estrutura básica S V O��³2�FDQGLGDWR�SDVVRX�QR�
FRQFXUVR´��$�HVWUXWXUD�³GHYLGR�DR�VHX�HVIRUoR�QR�HVWXGR´�p�R�DGMXQWR�DGYHUELDO�
de causa. Esse adjunto adverbial é chamado por nós de solto, porque não 
houve exigência do verbo. Por isso, podemos inserir a vírgula 
facultativamente. Esta estrutura não foi obrigatória, ela foi inserida para que 
haja mais clareza e situe melhor o leitor sobre a circunstância que levou o 
candidato à aprovação. Mas veja que esta expressão é dependente da 
estrutura básica da oração. 
 Se disséssemos somente: 
³'HYLGR�DR�VHX�HVIRUoR�QR�HVWXGR´ 
Logicamente, ninguém entenderia, concorda? 
vírgula 
facultativa 
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Por isso, dizemos que esta estrutura é dependente da estrutura S V O, 
isto é: ela é subordinada à principal: 
O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. 
 
 
Quando esse adjunto adverbial recebe um verbo, observamos que 
passaremos a ter duas orações: a principal e a subordinada adverbial causal. 
 
 
O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo. 
 
sujeito 
VTI objeto indireto VTI + objeto indireto 
predicado verbal predicado verbal 
oração principal oração subordinada adverbial causal 
período composto 
Oração principal? Por quê? 
Diferentemente das orações coordenadas que são independentes umas 
das outras e por isso o nome da primeira é oração inicial, a oração principal é a 
base para que a oração subordinada possa se apoiar nela, para se ter o 
entendimento. 
Oração subordinada? Por quê? 
A oração subordinada é aquela que depende da principal para ter 
sentido, assim como aconteceu com o adjunto adverbial, no exemplo acima. 
Oração adverbial? Por quê? 
Porque foi gerada de um adjunto adverbial. Veja, bastou inserir o verbo 
³HVIRUoRX´��SDra que houvesse a oração adverbial. 
Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se 
para o início ou para o meio da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será 
empregada conforme foi visto nos adjuntos adverbiais de grande extensão da 
aula passada. Assim, via de regra, a oração subordinada adverbial, quando 
posposta à oração principal, será iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se 
for antecipada ou intercalada, receberá vírgula ou vírgulas obrigatoriamente. 
Antecipando a estrutura adverbial... 
 
 
Devido ao seu esforço no estudo, o candidato passou no concurso 
adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto 
 sujeito 
predicado verbal 
período simples 
 
 
Porque se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso 
 VTI + objeto indireto VTI objeto indireto 
 predicado verbal sujeito predicado verbal 
oração subordinada adverbial causal oração principal 
período composto 
vírgula 
facultativa 
vírgula 
obrigatória 
vírgula 
obrigatória 
Estrutura básica (principal) Estrutura adverbial (subordinada) 
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Teoria e exercícios comentados 
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Agora, intercalando... 
 
 
O candidato, devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso. 
 adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto 
sujeito predicado verbal 
período simples 
 
 
O candidato, porque se esforçou no estudo, passou no concurso 
 VTI + objeto indireto VTI objeto indireto 
sujeito predicado verbal predicado verbal 
 oração subordinada adverbial causal 
oração principal 
período composto 
As orações subordinadas podem ser divididas também em dois tipos: 
 desenvolvidas (aquelas que possuem conjunção e verbos conjugados em 
modos e tempos verbais); 
 
O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo. 
 
 
 
reduzidas (aquelas que perdem a conjunção e por isso os verbos passam 
a uma das formas nominais: gerúndio, infinitivo e particípio). 
 
O candidato passou no concurso, por se esforçar no estudo. 
 
 
 
Por que é chamada de reduzida? 
Porque, ao perder uma conjunção, reduz-se a quantidade de vocábulos 
daquela oração. 
Por que tenho que saber as orações reduzidas? 
Muitas vezes a banca FCC pede para desenvolver a oração reduzida, 
inserindo a conjunção adequada à sua circunstância (valor semântico), por isso 
veremos os valores das orações adverbiais. 
Elas basicamente se dividem em 9. 
1. Causais: exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da 
estrutura causa-consequência, em que a origem ocorre temporalmente antes. 
E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais conjunções 
causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver 
antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida 
em que, que, etc: 
A mulher gritou porque teve medo. 
Como fazia frio, fechou as janelas. 
 Já que me pediram, vou continuar. 
 Uma vez que desfruta de bons pensamentos, realiza boas atitudes. 
vírgulas obrigatórias 
 
vírgulas obrigatórias 
 
oração principal oração subordinada adverbial causal 
(reduzida de infinitivo) 
oração principal oração subordinada adverbial causal 
(desenvolvida) 
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Observações: 
I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que 
funcionam como base ou ponto de partida de um raciocínio, em construções 
como: 
Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a 
organização de seu material de estudo. 
II - Vimos anteriormente que as conjunções porque, porquanto e pois 
podem ser coordenativas explicativas. Agora, percebemos que elas também 
podem ser causais. 
2. Consecutivas: Na relação causa-consequência, o processo verbal da 
consequência ocorre após o da causa, esuas conjunções exprimem um efeito, 
um resultado e aparecem de duas formas: 
I - conjunção que precedida de tal, tão, tanto, tamanho: 
Fazia tanto frio que meus dedos congelavam. 
Tal foi seu entusiasmo que todos o seguiram. 
Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar 
subentendidos. 
Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto...) 
II ± locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, de 
sorte que, de modo que, etc: 
Ontem estive doente, de sorte que não pude ir ao trabalho. 
³$V� QRWtFLDV� GH� FDVD� HUDP� ERDV�� de maneira que pude prolongar 
minha viagem�´�(Domingos Paschoal Cegalla) 
III ± locução conjuntiva sem que, e a conjunção que, seguida de 
negação. 
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar. 
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar. 
Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação; 
na segunda, sua ausência é substituída pelo advérbio de negação ³não´. 
3. Condicionais: Nesta relação de condição, hipótese, é muito cobrada 
a correlação de modo e tempo verbal. Veja: 
verbo no futuro do subjuntivo 
verbo no futuro do presente 
do indicativo 
Se o candidato estudar bastante, passará no concurso. 
 
condição no futuro resultado provável no futuro 
oração subordinada adverbial condicional oração principal 
 
verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo 
verbo no futuro do pretérito 
do indicativo 
Se o candidato estudasse bastante, passaria no concurso. 
 
condição no passado resultado improvável no futuro 
oração subordinada adverbial condicional 
oração principal 
 
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verbo no presente do subjuntivo 
 
verbo no futuro do presente 
do indicativo 
Caso o candidato estude bastante, passará no concurso. 
 
condição no presente resultado provável no futuro 
oração subordinada adverbial condicional oração principal 
Se uma condição é expressa no futuro ou presente, há condições de 
cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é provável. Não há 
certeza de o candidato ser aprovado, mas há grande possibilidade. Já numa 
condição expressa no passado, não há condições de cumpri-la; por isso o 
resultado expresso na oração principal é pouco provável, ou mesmo 
improvável. A banca FCC normalmente pede para substituir as conjunções ou 
os verbos. Portanto, deve-se lembrar da correlação destes tempos verbais, 
vista na aula demonstrativa. 
 Algumas vezes, por motivo de ênfase e reforço motivacional, o autor do 
texto troca o tempo verbal da oração principal de futuro do presente para 
presente do indicativo e futuro do pretérito para pretérito imperfeito do 
indicativo. Veja a diferença: 
 Se o candidato estudar, passa no concurso. 
 Se o candidato estudasse, passava no concurso. 
Não há erro nestas substituições, há apenas ênfase. 
Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções 
conjuntivas contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser 
que, a menos que, dado que. 
 Comprarei o carro desde que não seja caro. 
 Não sairás daqui, sem que termine o estudo. 
 Poderão ganhar o campeonato, salvo se acontecer algum 
imprevisto. 
 ³$� FDULQKD� SRGLD� ser de chinesa, fossem os olhos mais 
enviesados�´�(Raquel de Queirós) 
 Note a última construção. A conjunção condicional fica subentendida, e 
com isso é imprescindível entender a correlação verbal para que não haja 
dúvida neste valor semântico. 
 As locuções conjuntivas condicionais desde que, dado que, uma vez que 
podem ser confundidas com as causais. Para não ficar com dúvida, verifique 
que os verbos nas orações condicionais ficam no modo subjuntivo, enquanto 
os das orações causais ficam no modo indicativo. Compare esses exemplos nos 
respectivos valores adverbiais vistos anteriormente. 
 É encontrada também a forma reduzida: 
Conhecendo os alunos, o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio) 
4. Concessivas: exprimem um fato que se concede, que se admite, em 
oposição, contraste, ressalva ao da oração principal. As conjunções são: 
embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo 
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quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, 
em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não). 
 Gostava de Matemática, embora tivesse dificuldades com cálculos. 
 Por incrível que pareça, HOHV�QmR�FRQKHFLDP�µSHQ-GULYH¶. 
 Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas 
afirmações. (Domingos Paschoal Cegalla) 
 Dado que soubesse, não dirigia à noite. 
Por mais que gritasse, não me ouviram. 
 Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer. (Otto Lara Resende) 
Deve se tomar muito cuidado quando a banca pedir a substituição de 
conjunção ou locução conjuntiva por preposição ou locução prepositiva. Veja: 
Embora chegasse cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. 
Ao se substituir a conjunção embora pela preposição mesmo, o verbo é 
obrigado a sair da forma conjugada em modo e tempo verbal para a forma 
nominal gerúndio. Isso fará com que esta oração seja reduzida de gerúndio: 
Mesmo chegando cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. 
6H�IRVVH�VXEVWLWXtGD�SHOD�ORFXomR�SUHSRVLWLYD�³DSHVDU�GH´��D�RUDomR�VHULD�
reduzida de infinitivo: 
Apesar de chegar cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. 
Assim, cuidado com as substituições pedidas na prova. 
5. Comparativas: representam o segundo termo de uma comparação e 
se expressam de três formas, com as conjunções como, (tal) qual, tal e qual, 
assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) 
que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o 
mesmo que (=como): 
I ± com verbo expresso: 
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro. 
Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz 
daquele olhar. 
A praia é tal qual você descreveu. (tal como) 
II ± com o predicado ou verbo subentendido: 
A luz é mais veloz do que o som. (do que o som é) 
O leopardo é tão ágil quanto a onça. (quanto a onça é) 
 Ele corre feito uma gazela. 
Nas estruturas comparativas de superioridade e inferioridade (com 
YHUERV�H[SUHVVRV�RX�QmR���D�SDODYUD�³do´�p�RSFLRQDO� 
Cantava mais do que trabalhava. 
Cantava mais que trabalhava. 
Com verbo expresso. 
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Os mais magros correm mais do que os mais cheinhos. 
Os mais magros correm mais que os mais cheinhos. 
III ± como comparação hipotética (uso da conjunção se): 
O homem parou perplexo, como se esperasse um guia. 
6. Conformativas: exprimem acordo ou conformidade de um fato com 
outro. Suas conjunções são: como, conforme, segundo, consoante. 
Geralmente é usado para reforçar argumento. A oração principal é a 
declaração feita pelo autor e a oração subordinada adverbial conformativa é a 
base de sustentação do argumento, muito marcado por leis, regulamentos, 
fala de especialistas, etc. Esse valor adverbial é vastamente explorado como 
argumento de autoridade: 
 Como disse o prefeito, o IPTU vai subir 5% este ano. 
 ³'LJR�HVVDV�FRLVDV�SRU�DOWR��segundo as ouvi contar�´ (Machado de Assis) 
 Conforme prevê o artigo 37 da CF, o serviço público é impessoal. 
 Consoante opinam alguns,a história se repete. 
 
7. Proporcionais: iniciam ideia de proporção, com as locuções 
conjuntivas à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... 
tanto mais, quanto mais ... tanto menos, quanto mais ... tanto menos, quanto 
menos ... tanto mais, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... 
quanto (como). 
 Os alunos respondiam, à medida que eram chamados. 
 À proporção que subiam a montanha, o ar ia ficando rarefeito. 
 O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai diminuindo. 
 Tanto gostava de um quanto aborrecia o outro. 
 Não são corretas as locuções à medida em que, na medida que, a 
medida que, com valor de proporção, cabendo apenas à medida que. Outro 
detalhe, não há crase em locuções conjuntivas de outro valor, somente há nas 
SURSRUFLRQDLV��³j�PHGLGD�TXH´�H�³j�SURSRUomR�TXH´�� 
 9LPRV�TXH�D�ORFXomR�FRQMXQWLYD�³na medida em que´�p�FDXVDO��(OD�SRGH�
também fazer parte de estrutura oracional adjetiva. 
 
Compare todos: 
³À medida que os anos passam��DV�PLQKDV�SRVVLELOLGDGHV�GLPLQXHP�´� 
 oração subordinada adverbial proporcional + oração principal 
 
"O Brasil exportou mais na medida em que a indústria e a pecuária estão fortalecidas." 
 oração principal + oração subordinada adverbial causal 
 ³$�H[SDQVmR� �da lavoura algodoeira não pôde produzir-se em 
São Paulo na mesma medida em que se produziu noutras terras�´� 
 oração principal + oração subordinada adjetiva restritiva 
Verbo 
subentendido 
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Observação: A locução conjuntiva ao passo que deve receber especial 
atenção, pois pode agregar três valores semânticos distintos. Ela possui valor 
de tempo concomitante e se estende à proporção (que também possui a 
concomitância temporal) e à oposição (pois também pode agregar, além do 
valor de tempo concomitante, o de adversidade): 
Subordinada adverbial proporcional: 
³Pequenos cogumelos, ao passo que devoram os tecidos dos insetos, semeiam 
os seus esporos mortais�´�� �j�SURSRUomR�TXH� 
Subordinada adverbial temporal: 
Ela dormia, ao passo que o professor dissertava. (= enquanto) 
Coordenativa adversativa: 
É feia, ao passo que a irmã é bonita. (= mas) 
Deve-se entender, antes de tudo, que esta locução conjuntiva transmite 
tempo concomitante e, dependendo do contexto, transmite os outros dois 
valores semânticos. Perceba que a proporção se dá com uma ideia de evolução 
temporal, os processos verbais vão se acumulando, progredindo 
temporalmente, de forma diferente dos outros valores semânticos. 
8. Finais: indicam finalidade, objetivo, com as locuções conjuntivas: 
para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que): 
 Afastou-se depressa, para que não o víssemos. 
 Viemos aqui a fim de que realizássemos um acordo. 
 ³)L]-lhe sinal que se calasse�´�(Machado de Assis) 
 ³)H]�WXGR�porque eu não obtivesse bons resultados�´ 
 Muito utilizada é a forma reduzida de infinitivo: 
 Suportou todo tipo de humilhação para obter o visto americano. 
 9. Temporais: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na 
oração principal, podendo ser um tempo geral, concomitante, antes ou depois 
de um referente. Suas conjunções: quando, enquanto, logo que, mal (= logo 
que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, 
agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que. 
Não fale enquanto come. 
Mal você saiu, ela chegou. 
Só voltou a jogar quando se sentiu bem. 
Assim que chegou, foi para a cozinha. 
 A forma reduzida também é muito utilizada: 
 Terminada a festa, todos foram embora. 
Questão 1: DPE RS 2011 Defensor Público (banca FCC) 
Fragmento de texto: Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na 
tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos bancos de dados com 
informações genéticas de criminosos, foi possível identificar os homens 
responsáveis pelo crime. 
A vírgula depois de Mais de vinte anos depois justifica-se porque é 
(A) um adjunto adverbial intercalado. 
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(B) um adjunto adverbial deslocado. 
(C) uma oração adverbial temporal deslocada. 
(D) um adjunto adnominal com valor de advérbio e está deslocado. 
(E) um advérbio em forma de oração e está deslocado. 
Comentário: Vamos à explicação do emprego das vírgulas neste trecho. 
 $�H[SUHVVmR�³graças aos avanços na tecnologia de identificação de DNA 
e à expansão dos bancos de dados com informações genéticas de criminosos´�
é um adjunto adverbial de causa composto, pois há a união dos dois núcleos 
�³DYDQoRV´��³H[SDQVmR´���SRU�PHLR�GD�FRQMXQomR�FRRUGHQDWLYD�DGLWLYD�³H´� 
 Notadamente, temos um adjunto adverbial de grande extensão que se 
encontra intercalado, e esse é o motivo da dupla vírgula. 
 Assim, se a banca tivesse perguntado o motivo da dupla vírgula, 
teríamos como resposta a alternativa (A), pois realmente há um adjunto 
adverbial intercalado. 
 Mas a pergunta não foi essa: primeiro a banca especificou a expressão 
³0DLV� GH� YLQWH� DQRV� GHSRLV´�� HP� VHJXLGD�� SHUJXQWRX� VREUH� D� SULPHLUD� GDV�
vírgulas, cujo emprego coincide por fechar o adjunto adverbial de tempo 
antecipado e iniciar o adjunto adverbial de causa que se encontra intercalado. 
 Assim, como a banca especificou o adjunto adverbial de tempo, a 
alternativa correta só pode ser a (B). 
 Se você marcou a alternativa (C), não percebeu que, nesta estrutura 
adverbial, não há verbo, então não há oração, apenas adjunto adverbial. 
Gabarito: B 
 
Questão 2: SABESP 2014 Advogado (banca FCC) 
Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade, 
uma vez que eles dependiam muito dos reservatórios que eram preenchidos 
pela chuva. 
A locução conjuntiva grifada na frase acima pode ser corretamente substituída 
pela conjunção: 
(A) todavia. (B) contanto. (C) quando. 
(D) porquanto. (E) conquanto. 
Comentário: $� ORFXomR�FRQMXQWLYD� ³XPD�YH]�TXH´� LQLFLD�RUDomR� VXERUGLQDGD�
adverbial causal. O mesmo valor semântico é mantido com a conjunção 
³SRUTXDQWR´��'HVVD�IRUPD��D�DOWHUQDWLYD�FRUUHWD�p�D��'�� 
Gabarito: D 
 
Questão 3: TRT 6ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC) 
Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma 
mulher dirige o país, os livros de história são obrigados a registrar certo 
número de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como 
qualquer Churchill, Stálin ou Roosevelt. 
O segmento grifado estabelece, no período, relação de 
(A) causa. (B) consequência. (C) proporcionalidade. 
(D) temporalidade. (E) finalidade. 
Comentário: Veja que os fatos de as guerras serem insensíveis ao gênero e 
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ocorrerem até mesmo quando uma mulher dirige o país são a origem, o 
motivo, de os livros de história serem obrigados a registrar certo número de 
guerreiras levadas a se comportar como qualquer Churchill, Stálin ou 
Roosevelt��1RWH�TXH�R�DGYpUELR�³consequentemente´�UHIRUoD�TXH�R�WUHcho não 
sublinhado é a consequência e o sublinhado passa a ser a causa. 
 O texto original apresenta duas orações subordinadas adverbiais causais 
reduzidas de gerúndio. Para termos certeza disso, basta desenvolvermos tais 
orações por meio de um conectivo causal. Veja: 
Já que as guerras são insensíveis ao gênero e ocorrem até mesmo quando 
uma mulherdirige o país, os livros de história são obrigados a registrar certo 
número de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como 
qualquer Churchill, Stálin ou Roosevelt. 
Gabarito: A 
 
Questão 4: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC) 
Fragmento do texto: Platão (427-347 a.C.), discípulo de Sócrates, fez, no 
seu diálogo A república, um confronto, que se tornou decisivo pelas 
implicações filosóficas que encerra, entre Arte e Realidade. Levando em conta 
o caráter representativo da Pintura e da Escultura, o filósofo concluía, nesse 
diálogo, não só que essas artes estão muito abaixo da verdadeira Beleza que 
a inteligência humana se destina a conhecer, como também que, em 
comparação com os objetivos da ciência, é supérflua a atividade daqueles que 
pintam e esculpem, pois o que produzem é inconsistente e ilusório. 
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO) 
Nas linhas 3 e 4, a frase ³Levando em conta o caráter representativo da 
Pintura e da Escultura´ exprime ideia de condição; assim, o segmento inicial 
equivale a "Se levasse em conta". 
Comentário: Primeiramente, o contexto nos mostra que o filósofo concluía 
alguma coisa com base no caráter representativo da Pintura e da Escultura. 
Dessa forma, essa base é a causa. Ela permite uma conclusão, ela leva a uma 
conclusão. 
 Em segundo plano, veja que a estrutura de substituição pedida na 
TXHVWmR�LQVHULX�R�YHUER�QR�SUHWpULWR�LPSHUIHLWR�GR�VXEMXQWLYR�³levasse´��R�TXH�
obriga o emprego de verbo no futuro do pretérito do indicativo na oração 
principal. Porém, o verbo da oração principal está no pretérito imperfeito do 
LQGLFDWLYR��³concluía´� 
 Por esses dois motivos, a substituição pedida na questão está errada. 
Gabarito: E 
 
Questão 5: TCE PI 2011 Assessor Jurídico (banca FCC) 
Fragmento do texto: De minha parte modestíssima, ouso dizer: se um dia 
me sentir absolutamente feliz, tentarei não me matar. Talvez também não 
conte para ninguém, para que não me matem. De inveja. 
A frase se um dia me sentir absolutamente feliz, tentarei não me matar tem 
um efeito de humor irônico, equivalente ao da seguinte formulação: 
(A) buscarei não me matar, em caso de absoluta felicidade. 
(B) mesmo tomado por grande infelicidade, nunca me mataria. 
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(C) sendo absolutamente feliz, não há razão para me matar. 
(D) conquanto possa me matar, creio numa felicidade absoluta. 
(E) se não vivesse em plena felicidade pensaria em me matar. 
Comentário�� $� RUDomR� ³se um dia me sentir absolutamente feliz´� p�
subordinada adverbial condicional. 
 O mesmo sentido é preservado na alternativa (A), com a transformação 
GHVVD� RUDomR� FRQGLFLRQDO� HP� DGMXQWR� DGYHUELDO� FRQGLFLRQDO� ³HP� FDVR� GH�
DEVROXWD� IHOLFLGDGH´�� 1RWH� TXH� R� YHUER� ³WHQWDUHL´� WHP� R� PHVPR� VHQWLGR� GR�
verER�³EXVFDUHL´� 
 $�DOWHUQDWLYD� �%�� HVWi� HUUDGD�� SRUTXH�D�SUHSRVLomR� ³PHVPR´� WUDQVPLWH�
valor adverbial concessivo. 
 $� DOWHUQDWLYD� �&�� HVWi� HUUDGD�� SRUTXH� D� RUDomR� ³sendo absolutamente 
IHOL]´�p�VXERUGLQDGD�DGYHUELDO�FDXVDO�UHGX]LGD�GH�JHU~QGLR��SRUWDQWR��R�VHntido 
é diferente. 
 $�DOWHUQDWLYD��'��HVWi�HUUDGD��SRUTXH�D�FRQMXQomR�³FRQTXDQWR´�WUDQVPLWH�
valor adverbial concessivo. 
 A alternativa (E) está errada, porque a oração subordinada adverbial 
FRQGLFLRQDO�³se não YLYHVVH�HP�SOHQD�IHOLFLGDGH´�SRVVXL�R�DGYpUELo de negação 
³QmR´�� TXH� WUDQVPLWH� R� RSRVWR� GD� RUDomR� RULJLQDO�� $OpP� GLVVR�� D� RUDomR�
SULQFLSDO�³SHQVDULD�HP�PH�PDWDU´�WDPEpP�WUDQVPLWH�YDORU�RSRVWR��$VVLP��QmR�
se conservou o sentido original. 
Gabarito: A 
 
Questão 6: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC) 
Fragmento do texto: Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos 
séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa, fruto de uma maior divisão do 
trabalho nas sociedades industriais. 
No início do parágrafo, a conjunção embora estabelece, entre os períodos, 
uma relação de 
(A) consequência. (B) espaço. (C) oposição. 
(D) concessão. (E) finalidade. 
Comentário: $� FRQMXQomR� ³HPERUD´� Vy� SRGH� VHU� HPSUHJDGD� FRP� YDORU�
concessivo. Assim, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 7: TRT 2ªR 2014 Técnico Judiciário (banca FCC) 
Fragmento do texto: Ainda que já WLYHVVH�XPD�FDUUHLUD�VROR�GH�VXFHVVR�í�
basta pensar nas tão celebradas "Watermelon Man" (1962) e "Cantaloupe 
,VODQG´��������í��VHQWLX�TXH�HUD�D�KRUD�GH�IRUPDU�VHX próprio grupo. 
Ainda que já tivesse uma carreira solo de sucesso [...], sentiu que era a hora 
de formar seu próprio grupo. 
Outra redação para a frase acima, iniciada por "Já tinha uma carreira..." e fiel 
ao sentido original, deve gerar o seguinte elo entre as orações: 
(A) por isso (B) mas (C) embora (D) desde que (E) de maneira que 
Comentário: 1R�SHUtRGR�³Ainda que já tivesse uma carreira solo de sucesso 
[...], sentiu que era a hora de formar seu próprio grupo´��D�RUDomR�³Ainda que 
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já tivesse uma carreira solo de sucesso´ é subordinada adverbial concessiva e 
³sentiu´ é a oração principal, a qual é seguida pelas orações subordinadas 
VXEVWDQWLYDV�³que era a hora´ e ³de formar seu próprio grupo´, as quais serão 
vistas adiante. 
 Note que a questão não pede simplesmente que substituamos a 
conjunção por outra de mesmo valor semântico. A questão reestrutura a 
RUDomR�� WURFDQGR� R� YHUER� ³WLYHVVH´� �PRGR� VXEMXQWLYR�� SRU� ³WLQKD´� �PRGR�
indicativo). Assim, a banca induz a transformação da estrutura subordinada 
adverbial concessiva pela coordenada adversativa. 
 O que importa é perceber que a oração subordinada adverbial 
concessiva transmite valor de contraste, de oposição. Este valor pode também 
ser expresso pela oração coordenada adversativa, desde que haja mudança da 
conjunção e do verbo. 
 Na transformação da estrutura subordinada adverbial concessiva para a 
coordenada adversativa, deve-se perceber o seguinte: 
 a) como a informação mais importante está na oração principal e a 
oração coordenada adversativa dá ênfase na oposição, quando há a 
transformação, a oração principal¹ vira coordenada adversativa². 
 b) a conjunção adverbial concessiva³ é excluída e o segmento será a 
oração inicial4 e o seu verbo passa do modo subjuntivo5 para indicativo6. 
 
Veja: 
 
 ³Ainda que³ já tivesse5 uma carreira solo de sucesso [...], sentiu 
que era a hora de formar seu próprio grupo�´ 
 
 
 
 
 
³Já tinha6 uma carreira solo de sucesso [...], mas sentiu 
que era a hora de formar seu próprio grupo�´ 
 
 
 Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
 
Questão 8: TRT 1ª R ± 2013 ± Analista Judiciário (banca FCC) 
Mesmo quando o confiante se vê malogrado, a confiança terá valido o tempo 
que durou. 
Complementa-se com coerência e correção esta nova redação dada à frase 
acima: A confiança terá valido a pena 
(A) a menos que o confiante se malogre. 
(B) tão logo se veja malogrado quem confiou. 
(C) uma vez que o confiante veja seu malogro. 
oração inicial4 
oração coordenada 
sindética adversativa² 
oração 
principal¹ oração subordinada adverbial concessiva 
orações subordinadas substantivas 
orações subordinadas substantivas 
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(D) ainda que o confiante se veja malogrado. 
(E) assim que se malogre o confiante. 
Comentário: $� RUDomR� ³Mesmo quando o confiantese vê malogrado´ é 
subordinada adverbial concessiva. Note que a questão inseriu a oração 
principal A confiança terá valido a pena e devemos dar continuidade a esta 
oração com uma de valor concessivo. 
 A alternativa (A) está errada�� SRUTXH� D� ORFXomR� FRQMXQWLYD� ³a menos 
que´�WHP�YDORU�DGYHUELDO�FRQGLFLRQDO� 
 $� DOWHUQDWLYD� �%�� HVWi� HUUDGD�� SRUTXH� D� ORFXomR� FRQMXQWLYD� ³tão logo´�
tem valor adverbial temporal. 
 $� DOWHUQDWLYD� �&�� HVWi� HUUDGD�� SRUTXH� D� ORFXomR� FRQMXQWLYD� ³uma vez 
que´�WHP�YDORU�DGYHUELDO�FRQGLFLRQDO��1RWH�TXH�D�ORFXomR�³uma vez que´�SRGH�
ser causal com verbo no modo indicativo e tem valor condicional com verbo 
QR�VXEMXQWLYR��2�YHUER�³YHMD´�HQFRQWUD-se no presente do subjuntivo. 
 A alternativa (D) é a correta, porque a locuçmR�FRQMXQWLYD� ³ainda que´�
tem valor adverbial concessivo. 
 $�DOWHUQDWLYD��(��HVWi�HUUDGD��SRUTXH�D� ORFXomR�FRQMXQWLYD�³assim que´�
tem valor adverbial temporal. 
Gabarito: D 
 
Questão 9: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário (banca FCC) 
Mas, embora ele não tivesse sido nomeado, todos sabiam quem era o 
comandante. 
Em relação à frase em que está inserido, o segmento grifado acima possui um 
sentido 
(A) condicional. (B) causal. (C) concessivo. 
(D) comparativo. (E) conclusivo. 
Comentário: $�FRQMXQomR�³Embora´ é subordinativa adverbial concessiva, por 
isso a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 10: Banese 2012 Técnico Bancário (banca FCC) 
Fragmento do texto: Vemos essa preocupação surgir nas justificativas de 
medidas governamentais, bem como nos textos de diversos autores no Brasil 
e fora dele. Um exemplo é o Consenso de Washington, cuja finalidade foi 
pavimentar nos países em desenvolvimento as condições necessárias para a 
expansão das atividades. No entanto, embora essa seja a preocupação mais 
corriqueira do mundo financeiro da atualidade, iniciamos o século XXI com 
enorme angústia em torno da nossa capacidade de crescer. Os riscos 
financeiros vêm se multiplicando, com ou sem as reformas do Consenso. 
No entanto, embora essa seja a preocupação mais corriqueira do mundo 
financeiro da atualidade... 
Mantendo-se a correção e a lógica, os elementos grifados podem ser 
substituídos, respectivamente, por: 
(A) Mas - contudo (B) Entretanto - porém 
(C) Contudo - pois que (D) Todavia - conquanto 
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(E) Por conseguinte - entretanto 
Comentário: 2� FRQHFWLYR� FRRUGHQDWLYR� DGYHUVDWLYR� ³No entanto´� SRGH� VHU�
VXEVWLWXtGR� SRU� ³Mas´�� ³Entretanto´�� ³Contudo´� RX� ³Todavia´�� SRU� LVVR� Mi�
eliminamos a alternativa (E). Note que o conectivo ³Por conseguinte´� WHP�
valor conclusivo. 
 $� FRQMXQomR� VXERUGLQDWLYD� DGYHUELDO� FRQFHVVLYD� ³embora´� Vy� SRGH� VHU�
VXEVWLWXtGD�SRU�³conquanto´��SRU�LVVR�D�DOWHUQDWLYD�FRUUHWD�p�D��'�� 
 $V� FRQMXQo}HV� ³contudo´�� ³porém´� H� ³entretanto´� VmR� FRRUGHQDWLYDV�
DGYHUVDWLYDV��H�D�ORFXomR�FRQMXQWLYD�³pois que´�p�H[SOLFDWLYD� 
Gabarito: D 
 
Questão 11: Metrô 2008 Superior (banca FCC) 
Fragmento do texto: Além disso, as empresas sofriam pressões das 
camadas sociais dominantes, sempre em busca da menor tarifa, ainda que à 
custa do sacrifício das finanças das estradas. 
... ainda que à custa do sacrifício das finanças das estradas. 
A última frase do texto introduz, no período, noção de 
(A) temporalidade. (B) consequência. (C) proporcionalidade. 
(D) ressalva. (E) causa. 
Comentário��9LPRV�TXH� ³$LQGD�TXH´�p� ORFXomR�FRQMXQWLYD�TXH� LQLFLD�RUDomR�
subordinada adverbial concessiva. Também vimos que a concessão transmite 
contraste, ressalva. Portanto a alternativa é a (D). 
Gabarito: D 
 
Questão 12: TRT 23ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC) 
Há noção de finalidade em: 
(A) Porque não seria certo ficar pregando moscas no espaço... 
(B) O poeta escreve por alguma deformação na alma. 
(C) "Acho que um poeta usa a palavra para se inventar." 
(D) ... graças ao voluntário trabalho de divulgação feito por jornalistas... 
(E) ... mas sempre "numa tela grande, sala escura e gente quieta do meu 
lado." 
Comentário: $� QRomR� GH� ILQDOLGDGH� RFRUUH� FRP� RV� FRQHFWLYRV� ³SDUD� TXH´��
³SDUD´�� ³D� ILP� GH´�� ³FRP� R� REMHWLYR� GH´�� ³FRP� R� LQWXLWR� GH´�� $VVLP�� D�
DOWHUQDWLYD��&��p�D�FRUUHWD��KDMD�YLVWD�TXH�D�SUHSRVLomR�³SDUD´�LQLFLD�D�RUDomR�
VXERUGLQDGD�DGYHUELDO�GH�ILQDOLGDGH�UHGX]LGD�GH�LQILQLWLYR�³SDUD�VH�LQYHQWDU´� 
 1D�DOWHUQDWLYD��$���D�FRQMXQomR�³SRUTXH´�WUDGX]�R�YDORU�GH�FDXVD�� 
 1D�DOWHUQDWLYD��%���D�SUHSRVLomR�³SRU´�WUDGX]�R�YDORU�GH�FDXVD� 
 1D�DOWHUQDWLYD� �'���D� ORFXomR�SUHSRVLWLYD� ³JUDoDV�D´� WUDQVPLWH�YDORU�GH�
causa. 
 1D� DOWHUQDWLYD� �(��� D� FRQMXQomR� ³PDV´� WUDQVPLWH� YDORU� FRRUGHQDWLYR�
adversativo. 
Gabarito: C 
 
 
 
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Questão 13: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC) 
Fragmento do texto: ÒOWLPD�GDV�³EDUUHLUDV�QDWXUDLV´��SDUD�XVDU�D�H[SUHVVmR�
de Marx, à completa realização do capitalismo "24 horas", o sono não pode 
ser eliminado. Mas pode ser arruinado e despojado, e existem métodos e 
motivações para destruí-lo. 
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO) 
Sem prejuízo da correção e do sentido, as vírgulas que isolam o segmento 
para usar a expressão de Marx podem ser suprimidas. 
Comentário: $� H[SUHVVmR� LQWHUFDODGD� ³para usar a expressão de Marx´, no 
texto original, não tem valor de finalidade. Na realidade, é um comentário à 
parte do autor. 
 Ao retirarmos as vírgulas, como sugere a questão, naturalmente haverá 
mudança de sentido: de um comentário à parte do autor para uma finalidade 
GD�~OWLPD�GDV�³barreiras naturais´� 
 Assim, a afirmativa está errada. 
Gabarito: E 
 
Questão 14: BB 2011 Escriturário (banca FCC) 
Fragmento do texto: O exercício da memória, seu exercício mais intenso e 
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre nós. Quando 
ainda não contidos pelo estigma de improdutivos, quando por isso ainda não 
constrangidos pela impaciência, pelos sorrisos incolores, pela cortesia 
inautêntica, pelos cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando 
então ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de espontaneidade, à 
cerimônia da evocação, evocação solene do que mais impressionou suas 
retinas tão fatigadas, enquanto seus interesses e suas mãos laborosas 
participavam da norma e também do mistério de uma cultura. 
Na iminência de um temporal, o enorme tronco, que armazena grande 
quantidade de líquido, dá uma descarga de água para as raízes ± resultado da 
variação atmosférica. 
O sentido do trecho grifado acima está reproduzido com outras palavras em: 
(A) Quando se aproxima uma tempestade ... 
(B) Com a força destruidora das águas ... 
(C) Para que o temporal venha com força ... 
(D) Desde que venha a cair uma forte chuva ... 
(E) Depois de uma forte tempestade ... 
Comentário��9HMD�TXH�R�DGMXQWR�DGYHUELDO�³1D�LPLQrQFLD�GH�XP�WHPSRUDO´�p�
WUDGX]�YDORU�GH�WHPSR��H�R�VXEVWDQWLYR�³LPLQrQFLD´�WUDQVPLWH�LGHLD�GH�DOJR�TXH�
está por ocorrer. Assim, por transmitir valor de tempo, eliminamos as 
alternativas (B): causa; (C): finalidade; (D): condição. Como entendemos que 
é algo que está por ocorrer, então eliminamos alternativa (E), sobrando a 
alternativa (A), como correta. 
 Perceba que esta questão está trabalhando a transformação do adjunto 
adverbial numa oração subordinada adverbial. 
Gabarito: A 
 
Questão 15: TRT 16R 2009 Técnico (banca FCC) 
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Fragmento do texto: Dois cientistas russos sustentam, embasados na 
metodologia da bomba biótica, que as florestas são responsáveis pela criação 
dos ventos e a distribuição da chuva ao redor do planeta ± como uma espécie 
de coração que bombeia a umidade. Esse modelo questiona a meteorologia 
convencional, que explica a movimentação do ar sobretudo pela diferença de 
temperatura entre os oceanos e a terra. Ao falarem de chuva aqui e de seca 
acolá, eles acabam falando de um dos mais atuais e globalizados temas: a 
devastação das matas. 
Ao falarem de chuva ... 
A frase acima está corretamente transcrita, sem alteração do sentido original, 
em: 
(A) Quando falam de chuva ... (B) À medida que falam de chuva ... 
(C) Como falam de chuva ... (D) Visto que falam de chuva ... 
(E) Conquanto falem de chuva ... 
Comentário�� 1RWH� TXH� ³$R� IDODUHP� GH� FKXYD´� p� XPD� RUDomR� VXERUGLQDGD�
adverbial temporal reduzida de infinitivo; por isso se pode substituir pela 
oração desenvoOYLGD�³4XDQGR�IDODP�GH�FKXYD´��&RPR�IRL�LQVHULGD�D�FRQMXQomR�
³4XDQGR´�� QDWXUDOPHQWH� R� YHUER� GHL[D� GH� HVWDU� QD� IRUPD� QRPLQDO� LQILQLWLYR�
(falarem) para se conjugar em modo e tempo verbal (falam). 
Gabarito: A 
 
Mesmo já tendo sido trabalhada a relação de causa e efeito nas orações 
subordinadas adverbiais causais, é importante explorarmos um pouco mais. 
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE 
A Fundação Carlos Chagas tem cobrado insistentemente a relação de 
causalidade. Por isso, é importante aprofundarmos o que é causa e 
consequência. 
Causa ± aquilo que faz com que uma coisa exista (origem, ocorre 
temporalmente antes). 
Consequência ± efeito, resultado. 
Um fato pode ser em relação a outro a causa ou a consequência. 
Observe os fatos seguintes e a relação existente entre eles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desemprego nos centros urbanos Surgimento das favelas 
Relação de causalidade 
Causa Consequência 
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Causa: Não só as conjunções estabelecem a relação de causa, muitas as 
palavras da língua portuguesa também estabelecem essa relação. 
 
 Causa 
Substantivos causa, motivo, razão, explicação, pretexto, base, 
fundamento, gênese, origem, o porquê etc. 
Verbos causar, gerar, acarretar, originar, provocar, motivar, 
permitir etc. 
Locuções 
prepositivas 
por, em virtude de, em razão de, por causa de, em vista 
de, por motivo de, decorrente de, devido a etc. 
Conjunções e 
locuções conjuntivas 
porque, pois, já que, visto que, uma vez que, 
porquanto, como etc. 
Para facilitar a compreensão, encontram-se abaixo algumas frases que 
são exemplos de cada classe de palavra elencada no quadro acima. 
Substantivos: O desemprego nos centros urbanos constitui uma das causas 
fundamentais do surgimento das favelas. 
Verbos: O desemprego nos centros urbanos gera o surgimento das favelas. 
Locuções prepositivas: O surgimento das favelas é decorrente sobretudo 
do desemprego nos centros urbanos. 
Conjunções: Surgem as favelas porque nos centros urbanos aumenta o 
desemprego. 
Observe que normalmente o valor de causa expresso pelo verbo 
(segundo exemplo acima) nos induzirá a fazer com que o sujeito seja 
textualmente a causa e o complemento, a consequência. 
Consequência: Para indicar a consequência, a língua portuguesa oferece 
várias possibilidades. 
 
 Consequência 
Substantivos efeito, produto, decorrência, fruto, reflexo, desfecho, 
desenlace, etc. 
Verbos derivar de, vir de, resultar de, ser resultado de, ter 
origem em, decorrer de, provir de, etc. 
Locuções 
prepositivas 
Conjunções e 
locuções conjuntivas 
por isso, por consequência, portanto, por conseguinte, 
consequentemente, logo, então, por causa disso, em 
virtude disso, devido a isso, em vista disso, visto isso, à 
conta disso, como resultado, em conclusão, em suma, 
em resumo, enfim, tanto...que, tal...que, 
tamanho...que, de modo que, de jeito que etc. 
Note que as conjunções coordenadas conclusivas (portanto, por 
conseguinte etc) foram inseridas, pois também podem construir a relação de 
causa e consequência. Esse um ponto chave para a Fundação Carlos Chagas, 
pois a conjunção coordenada conclusiva também é entendida como 
consequência, tendo em vista ser algo que ocorre após outro, muitas vezes 
dependente da anterior, o que naturalmente é entendido como relação de 
causa e consequência. 
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Outra observação importante, às vezes a conjunção coordenada aditiva 
³H´� WDPEpP� WHP� YDORU� GH� FRQFOXVmR� H�� SRU� H[WHQVmR�� WHUi� YDORU� GH�
consequência. Veja: 
Arnaldo viu o ladrão e saiu em seu encalço. 
 É certa a relação de adição, pois a conjunção é coordenada aditiva; mas, 
além disso, podemos notar que primeiro o ladrão foi visto por Arnaldo e na 
sequência (como resultado, consequência disso) foi atrás do ladrão. 
 Veja alguns exemplos da consequência com outras classes de palavras: 
Substantivos: O surgimento das favelas constitui uma das consequências 
do desemprego nos centros urbanos. 
Verbos: O surgimento das favelas resulta sobretudo do desemprego nos 
centros urbanos. 
Locuções conjuntivas: Cresce o índice de desemprego nos centros urbanos, 
por conseguinte surgem as favelas. 
Questão 16: TRF 3ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC) 
Fragmento do texto: Depois que se tinha fartado de ouro, o mundo teve 
fome de açúcar, mas o açúcar consumia escravos. O esgotamento das minas 
í�que de resto foi precedido pelo das florestas que forneciam o combustível 
para os fornos í, a abolição da escravatura e, finalmente, uma procura 
mundial crescente, orientam São Paulo e o seu porto de Santos para o café. 
De amarelo, passando pelo branco, o ouro tornou-se negro. 
Em relação à primeira parte da frase, o segmento ... orientam São Paulo e o 
seu porto de Santos para o café expressa: 
(A) finalidade. 
(B) causa. 
(C) decorrência. 
(D) conformidade. 
(E) proporcionalidade. 
Comentário: 1D� IUDVH� ³O esgotamento das minas í� que de resto foi 
precedido pelo das florestas que forneciam o combustível para os fornos í, a 
abolição da escravatura e, finalmente, uma procura mundial crescente, 
orientam São Paulo e o seu porto de Santos para o café�´�� D� H[SUHVsão 
sublinhada sintaticamente é apenas o predicado verbal. 
 3RUpP�� WH[WXDOPHQWH�� HQWHQGHPRV� TXH� R� VXMHLWR� FRPSRVWR� ³O 
esgotamento das minas a abolição da escravatura e, finalmente, uma procura 
mundial crescente´�p�D�FDXVD�H�R�SUHGLFDGR�³orientam São Paulo e o seu porto 
de Santos para o caf�p�R�HIHLWR��R�UHVXOWDGR� 
 Esse é o caso de verbo que ajuda na relação de causa e efeito. 
 Assim, a alternativa (C) é a que se aproxima desse sentido e é a 
correta. 
Gabarito: C 
 
 
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Questão 17: TRF 2ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC) 
Fragmento do texto: O que se tem hoje são pessoas que, devido ao meio 
em que estão inseridas, se tornaram "multitarefeiras crônicas", mas não 
conseguem ser boas nos atributos relacionados ao multitarefismo: prestar 
atenção somente ao conteúdo relevante, armazená-lo na memória e alternar o 
foco nas tarefas. 
... devido ao meio em que estão inseridas ... 
O segmento denota, no contexto, noção de 
(A) causa. (B) condição. (C) consequência. 
(D) finalidade.(E) temporalidade. 
Comentário: 1RWH�TXH�D�ORFXomR�SUHSRVLWLYD�³devido a´�WHP�YDORU�FDXVDO��SRU�
isso a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
 
Questão 18: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário (banca FCC) 
Mais brasileira, mais tradicional, mais poética, incomparavelmente, é a festa 
de Nossa Senhora da Glória. O pequeno oiteiro da Glória, com a sua capelinha 
duas vezes secular, é um dos sítios mais aprazíveis, mais ingenuamente 
pitorescos da cidade. As velhas casas da encosta cederam lugar a construções 
modernas. Entretanto a igrejinha tem tanto caráter na sua simplicidade que 
ela só e mais uma meia dúzia de palmeiras bastam a guardar a fisionomia 
tradicional da colina. 
(Manuel Bandeira. Fragmento de Crônicas da Província do Brasil. In: Poesia 
completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. único, 1993. p. 449) 
A articulação sintático-semântica entre as orações do período grifado acima 
denota relação de 
(A) condição e ressalva. (B) consequência e temporalidade. 
(C) causa e consequência. (D) fato real e temporalidade. 
(E) constatação e sua causa imediata. 
Comentário: Muito cuidado com esta questão, pois não se pediu a relação de 
toda a estrutura sublinhada com a anterior, pois, dessa forma, teríamos uma 
UHODomR�GH�RSRVLomR��PDUFDGD�SHOD�FRQMXQomR�³Entretanto´� 
 Mas a relação pedida é dentre as orações de todo o trecho sublinhado. 
Assim, podemos ignorar tal conjunção e observar a expressão correlativa 
³tanto...que´� 
 Tal conectivo transmite valor de causa e consequência respectivamente. 
Assim, a alternativa correta é a (C). Veja a mesma estrutura com outro 
conectivo de consequência, a fim de deixar clara a relação entre as orações: 
³Entretanto a igrejinha tem caráter na sua simplicidade, de modo que ela só 
e mais uma meia dúzia de palmeiras bastam a guardar a fisionomia tradicional 
da colina.´ 
Gabarito: C 
 
 
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Questão 19: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário (banca FCC) 
 Trem das onze 
 Não posso ficar 
 nem mais um minuto com você 
 Sinto muito amor, 
 mas não pode ser 
 Moro em Jaçanã, 
 Se eu perder esse trem 
 Que sai agora às onze horas 
 Só amanhã de manhã. 
 Além disso, mulher, 
 Tem outra coisa, 
 Minha mãe não dorme 
 Enquanto eu não chegar, 
 Sou filho único, 
 Tenho minha casa pra olhar 
 E eu não posso ficar. 
 Adoniran Barbosa 
Sou filho único ... 
O segmento acima expressa, de acordo com o contexto, uma 
(A) consequência. (B) finalidade. (C) oposição. 
(D) restrição. (E) justificativa. 
Comentário: Note que podemos inserir uma conjunção subordinativa 
DGYHUELDO�FDXVDO��FRPR�³SRLV´��³SRUTXH´�HWF��9HMD� 
³Além disso, mulher, tem outra coisa, minha mãe não dorme enquanto eu não 
chegar, pois sou filho único, tenho minha casa pra olhar�´ 
 Assim, percebemos que o fato de ser filho único e ter uma casa para 
cuidar é a causa (a justificativa, o motivo) de a mãe não dormir enquanto ele 
não chegar. Assim, a alternativa (E) é a correta. 
Gabarito: E 
 
Questão 20: TCE-PB ± 2006 ± Assistente Jurídico (banca FCC) 
(VVD�³LQWHOLJrQFLD´�p�SRVVtYHO�graças a sistemas computadorizados que cruzam 
informações... 
O segmento grifado acima aparece reescrito com outras palavras, porém 
conservando o sentido original, da seguinte maneira: 
(A) embora existam sistemas computadorizados. 
(B) devido à existência de sistemas computadorizados. 
(C) conquanto existam sistemas computadorizados. 
(D) caso seja possível a existência de sistemas computadorizados. 
(E) de modo que possam existir sistemas computadorizados. 
Comentário�� $� HVWUXWXUD� DGYHUELDO� ³JUDoDV� D� VLVWHPDV� FRPSXWDGRUL]DGRV´�
SRVVXL� YDORU� DGYHUELDO� GH� FDXVD�� PDV� QRWH� TXH� DV� FRQMXQo}HV� ³HPERUD´� H�
³FRQTXDQWR´�WUDQVPLWHP�YDORU�DGYHUELDO�GH�FRQFHVVmR��3RUWDQWR��HOLPLQDPRV�DV�
alternativas (A) e (C). 
 $� FRQMXQomR� ³FDVR´� p� adverbial condicional, assim eliminamos a 
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alternativa (D). 
 $� ORFXomR� FRQMXQWLYD� ³GH� PRGR� TXH´� p� DGYHUELDO� FRQVHFXWLYD�� $VVLP��
também eliminamos a alternativa (E). 
 3RU� ILP��SHUFHEHPRV�TXH�D�H[SUHVVmR�³devido à existência de sistemas 
FRPSXWDGRUL]DGRV´�PDQWém o valor adverbial de causa. 
Gabarito: B 
 
Questão 21: Pref. Santos 2006 Fiscal de Tributos Municipais (banca FCC) 
Fragmento do texto: Penso nessa jovem e bela mãe que tem nos braços seu 
primeiro filho varão. É o quadro eterno, de insuperável, solene e doce beleza, 
a madona e o bambino. Poderia ver ao lado, de pé, sério, o vulto do pai. Mas 
esse vulto é pouco nítido, quase apenas uma sombra que vai sumindo. Ele 
não tem mais importância. Desde seu último gemido de amor entrou em 
estranha agonia metafísica. Seu próprio ser já não tem mais sentido, ele o 
passou além. A mãe é necessária, sua agonia é mais lenta e bela, ela dará seu 
leite, sua própria substância, seu calor e seu beijo; e à medida que for se 
dando a esse novo varão, ele irá crescendo e se afirmando, até deixá-la para 
um canto como um trapo inútil. 
Entre as frases /A mãe é necessária/ e /sua agonia é mais lenta e bela/ pode-
se colocar, para explicitar a relação de sentido que elas mantêm entre si, a 
expressão 
(A) nem assim. (B) e por isso. (C) desde que. 
(D) mesmo porque. (E) ainda quando. 
Comentário: Com esta questão, a banca queria que o candidato percebesse 
TXH� D� HVWUXWXUD� ³A mãe é necessária, sua agonia é mais lenta e bela���´ é 
coordenada assindética aditiva, por isso a vírgula é obrigatória. Mas, além 
disso, percebe-se uma relação de efeito, resultado: a mãe, sendo necessária, 
acaba por ter uma agonia mais lenta e bela. Esse é o motivo de podermos 
inserir, após a conjunção aditiva, D�H[SUHVVmR�³SRU�LVVR´� 
 Alguns gramáticos entendem esta última expressão como uma locução 
adverbial de causa (retoma a expressão anterior como causa: por ser a mãe 
necessária...), outros como uma simples conjunção coordenativa conclusiva. 
Assim, não importa o nome do conectivo, mas seu valor semântico preserva a 
causalidade (fato e efeito, respectivamente). 
Gabarito: B 
 
Questão 22: TRT 24ªR 2011 Técnico (banca FCC) 
Fragmento do texto: Essa dicotomia apresenta hoje muitos problemas para 
ser usada sem cautela, por algumas razões. Uma parte crescente das 
novidades tecnológicas não está na indústria, mas sim nos serviços, onde se 
destacam a Tecnologia da Informação (TI), as comunicações, os serviços 
criativos, etc. Esse fenômeno é tão poderoso que se reconhece que vivemos 
uma revolução de software, onde se gera a maior parte do valor, que coloca o 
hardware (máquinas e equipamentos), como caudatários do processo. Por 
outro lado, a TI permitiu uma ampla modificação no sistema de produção, em 
que se busca cada vez mais foco e especialização para a cadeia de produção. 
Como consequência, as atividades produtivas se organizam de maneiras 
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diferentes, formando cadeias muito mais complexas do que no passado e 
tornando, a meu juízo, envelhecidas as contraposições do tipo agricultura 
versus indústria. 
Esse fenômeno é tão poderoso que se reconhece que vivemos uma revolução 
de software... 
No segmento grifado acima identifica-se 
(A) uma restrição e sua conclusão imediata. 
(B) uma condição e o fato dela consequente. 
(C) uma explicação lógica, decorrente de uma causa. 
(D) uma hipótese provável, seguidade explicação. 
(E) a causa evidente de um fato e sua consequência. 
Comentário: A chave da questão são os FRQHFWLYRV�³WmR���TXH´��RV�TXDLV�QRV�
DSUHVHQWDP� D� RUDomR� SULQFLSDO� ³(VVH� IHQ{PHQR� p� WmR� SRGHURVR´ e a oração 
VXERUGLQDGD�DGYHUELDO�FRQVHFXWLYD�³que se reconhece´��$VVLP��Ki�XPD�UHODomR�
de causa e consequência. 
Gabarito: E 
 
Questão 23: DPE RS 2011 Defensor Público (banca FCC) 
A neurociência é um campo tão promissor que, nos Estados Unidos, nada 
menos que um quinto do financiamento em pesquisas médicas do governo 
federal vai para as tentativas de compreender os mecanismos do cérebro. 
A relação entre as orações do segmento acima é, respectivamente, de 
(A) explicação de um fato e a razão para sua realização. 
(B) constatação de um fato real e sua condição necessária. 
(C) consequência de uma situação e a explicação decorrente. 
(D) condição de realização de um fato e a finalidade de uma ação. 
(E) causa que justifica uma ação e sua consequência. 
Comentário: Você está lembrado das construções possíveis da oração 
subordinada adverbial consecutiva? Não? Então volte lá e compare a frase 
desta questão com a primeira das consecutivas. Veja que a oração principal 
recebe um intensificador (tal, tanto, tamanho) e em seguida, na outra oração, 
Ki� D� FRQMXQomR� ³TXH´�� D� TXDO� LQLFLD� D� RUDomR� VXERUGLQDGD� DGYHUELDO�
consecutiva. Lembre-se também de que, quando temos uma oração 
subordinada adverbial causal, a sua oração principal terá valor de 
consequência, e, quando há oração subordinada adverbial consecutiva, a sua 
oração principal terá valor de causa. Veja: 
 
 
A neurociência é um campo tão promissor que, nos Estados Unidos, nada 
menos que um quinto do financiamento em pesquisas médicas do governo 
federal vai para as tentativas de compreender os mecanismos do cérebro. 
 Portanto, houve uma causa: a neurociência é muito promissora. Houve 
oração principal (valor de causa) oração subordinada adverbial consecutiva 
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uma ação justificada (tentativas de compreender os mecanismos do cérebro) 
H�VXD�FRQVHTXrQFLD��³que, nos Estados Unidos, nada menos que um quinto do 
financiamento em pesquisas médicas do governo federal vai para as 
WHQWDWLYDV´. 
Gabarito: E 
Você notou como é importante visualizar a estrutura coordenada 
conclusiva para enxergarmos a estrutura causa e consequência? 
Agora, vamos mudar de tópico. Vamos retornar à estrutura básica da 
oração. Percebemos que os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto e 
complemento nominal são termos eminentemente substantivos, pois seus 
núcleos devem ser substantivos ou palavras de valor substantivo. Os termos 
predicativo e aposto podem ter núcleos substantivos ou adjetivos, mas cabe 
agora falarmos apenas de seu valor substantivo. 
3RU�H[HPSOR��³LVVR´�p�XP�SURQRPH��3RU�SRVVXLU�YDORU�VXEVWDQWLYR��SRGH�
ocupar as funções sintáticas faladas anteriormente. Veja: 
Isso é lindo. (Isso = sujeito) 
Vi isso. (isso = OD) 
Sei disso. (disso = OI) 
Sou obediente a isso. (a isso = CN) 
Ela é isso. (isso = predicativo) 
Só quero uma coisa: isso. (isso = aposto) 
Esse é um macete para sabermos se a palavra tem valor substantivo. 
Basta trocá-OD�SHOR�SURQRPH�GHPRQVWUDWLYR�VXEVWDQWLYR�³,662´��1mR�p�VHPSUH�
que dá certo com o aposto, mas ele tem uma estrutura bem característica. 
E por que esse assunto é importante? 
Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento 
nominal, predicativo e aposto (de valor substantivo) recebem um verbo, 
transformam-se numa oração subordinada substantiva. 
Período composto por subordinação substantiva 
Com base nas frases abaixo, observe os termos em negrito e suas 
funções sintáticas. Quando o termo recebe um verbo, vira uma oração. Veja: 
 
Era indispensável teu regresso. 
 VL + predicativo (sujeito simples) 
período simples (oração absoluta) 
 
 
Era indispensável que tu regressasses. 
VL + predicativo Suj + VI 
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva 
período composto 
 
 
Era indispensável tu regressares. 
VL + predicativo Suj + VI 
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de infinitivo) 
período composto 
1 
2 
3 
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 Na frase 1, temos apenas uma oração (período simples), pois há apenas 
XP� YHUER�� ³(UD´�� (VVH� YHUER� p� GH� OLJDomR�� VHJXLGR� GR� SUHGLFDWLYR�
³LQGLVSHQViYHO´�H�R�VXMHLWR�³WHX�UHJUHVVR´� 
 1D� IUDVH� ��� R� HQWmR� VXMHLWR� ³WHX� UHJUHVVR´� UHFHEHX� XP� YHUER� H� IRL�
PRGLILFDGR� SDUD� ³TXH� WX� UHJUHVVDVVHV´�� $VVLP�� Ki� GXDV� RUDo}HV� �SHUtRGR�
composto). Note que esta oração recentemente formada não produz sentido 
sozinha; por isso a chamamos de subordinada. Ela é considerada substantiva 
por ter sido gerada de um termo substantivo. Para se reforçar isso, podemos 
trocá-OD�SHOR�SURQRPH�³LVVR´��9HMD�� Isso era indispensável��2�SURQRPH�³LVVR´�
continua na função de sujeito, então a oração sublinhada terá a função de 
sujeito da oração principal. 
 
Note que a oração subordinada substantiva será sempre o termo que 
falta na oração principal. Confirme isso na frase 2: na oração principal só há 
(VL + predicativo), falta o sujeito, que é toda a oração posterior. Esta oração é 
chamada de desenvolvida��SRLV�SRVVXL�FRQMXQomR� LQWHJUDQWH�³TXH´, e o verbo 
está conjugado em tempo e modo verbal (regressasses). 
Na frase 3, a oraomR�VXEOLQKDGD�SHUGHX�D�FRQMXQomR� LQWHJUDQWH�³TXH´�H�
isso fez com que reduzíssemos a quantidade de vocábulos da oração. Assim, o 
verbo que se encontrava conjugado passou a uma forma infinitiva. Por esse 
motivo, dizemos que a oração sublinhada na frase é reduzida de infinitivo. 
Essa denominação completa você não precisa decorar, basta entender o 
processo, a estrutura. A banca FCC não pergunta o nome, mas quer saber o 
emprego disso. 
Seguem agora outras estruturas em que o termo, ao receber o verbo, 
passa a ser uma oração subordinada substantiva. Note que, se o objeto 
indireto e o complemento nominal (os quais são termos iniciados por 
preposição) recebem o verbo, naturalmente vão continuar com a preposição 
antecedendo-os. 
Na ata da reunião constava a presença deles. (Isso constava na ata da reunião) 
adjunto adverbial de lugar + VI + sujeito 
Na ata da reunião constava que eles estavam presentes. (Isso constava...) 
 oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva 
Na ata da reunião constava eles estarem presentes. (Isso constava...) 
 oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo 
 
Foi anunciado o debate deles. (Isso foi anunciado) 
 locução verbal + sujeito 
Foi anunciado que eles debateriam. (Isso foi anunciado) 
oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva 
Foi anunciado eles debaterem. (Isso foi anunciado) 
oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo 
 As orações subordinadas substantivas subjetivas são também 
denominadas de sujeito oracional. Vale observar que o verbo da oração 
principal que tem como sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva 
deve ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim, mesmo que haja 
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vocábulos no pluralno sujeito oracional, a oração principal permanecerá com o 
verbo no singular. 9HMD� TXH� RV� YHUERV� ³constava´� H� ³Foi anunciado´� QmR� VH�
flexionaram no plural, mesmo o sujeito oracional possuindo vocábulos no 
plural. 
 Agora veremos os complementos verbais. Perceba abaixo que, na oração 
principal, o verbo possui sujeito, é transitivo direto e necessita de um 
complemento, o qual será toda a oração posterior. 
 
Economistas previram um aumento no desemprego. (Economistas previram isso.) 
 sujeito + VTD + objeto direto 
Economistas previram que o desemprego aumentaria. (Economistas previram isso.) 
 oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta 
Economistas previram aumentar o desemprego. (Economistas previram isso.) 
 oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo 
 
Mas cabe uma peculiaridade da oração subordinada substantiva objetiva 
direta. Essas orações atuam como objeto direto da oração principal: 
Nas frases interrogativas indiretas, as orações subordinadas substantivas 
objetivas diretas podem ser introduzidas pela conjunção subordinada 
LQWHJUDQWH�³se´�H�SRU�SURQRPHV�RX�DGYpUELRV�LQWHUURJDWivos: 
Ninguém sabe se ela aceitará a proposta. 
Ninguém sabe como ela aceitará a proposta. 
Ninguém sabe quando ela aceitará a proposta. 
Ninguém sabe onde ela aceitará a proposta. 
Ninguém sabe qual é a proposta. 
Ninguém sabe quanto é a proposta. 
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e 
ver, sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre uma forma 
peculiar de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de 
infinitivo: 
Deixe-me repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o gritar. 
Nesses três últimos casos, as orações destacadas são todas objetivas 
diretas reduzidas de infinitivo e, o que é mais interessante, os pronomes 
oblíquos átonos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais e são 
conhecidos por sujeito acusativo. Essa é a única situação da língua portuguesa 
em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o 
que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações 
desenvolvidas: 
Deixe que eu repouse. 
Mandei que eles saíssem. 
Ouvi que ele gritava. 
É bom esclarecer que os verbos causativos e sensitivos não formam 
locução verbal, pois fazem parte de um período composto. 
 Agora, passemos às orações com função de objeto indireto e 
complemento nominal. Se o objeto indireto e o complemento nominal (os quais 
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são termos iniciados por preposição) recebem o verbo, naturalmente vão 
continuar com a preposição antecedendo-os. 
Teus amigos confiam em tua vitória. (Teus amigos confiam nisso.) 
 sujeito + VTI + objeto indireto 
Teus amigos confiam em que tu vencerás. (Teus amigos confiam nisso.) 
 oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta 
Teus amigos confiam em venceres. (Teus amigos confiam nisso.) 
 oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo 
 
 Você notou que a oração subordinada substantiva objetiva indireta está 
SUHFHGLGD�GD�SUHSRVLomR�³HP´"�,VVR�p�muito cobrado nas questões de regência. 
Agora veremos a completiva nominal. Perceba que não é o verbo que 
exige o complemento, é o nome que o exige. 
 
Teus pais estavam certos de tua volta. (Teus pais estavam certos disso.) 
 sujeito + VL + predicativo + complemento nominal 
Teus pais estavam certos de que tu voltarias. (Teus pais estavam certos disso.) 
 oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal 
Teus pais estavam certos de voltares. (Teus pais estavam certos disso.) 
 oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo 
 
 Note que a oração predicativa transmite a característica do sujeito. 
Nossa maior preocupação era a chuva. (Nossa maior preocupação era isso) 
 sujeito + VL + predicativo 
Nossa maior preocupação era que chovesse. (Nossa maior preocupação era isso) 
 oração principal + oração subordinada substantiva predicativa 
Nossa maior preocupação era chover. (Nossa maior preocupação era isso) 
oração principal + oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo 
 
Todas as orações até aqui elencadas puderam ser substituídas pela 
SDODYUD� ³,662´�� $SHQDV� D� RUDomR� DSRVLWLYD� normalmente não transmite 
coerência com essa troca; porém, observe que a banca não cobra o nome, 
mas pergunta se os dois pontos marcam o início de um aposto ou se marcam o 
início de um esclarecimento, desenvolvimento de uma palavra anterior. 
Veja: 
 
Todos defendiam esta ideia: a desapropriação do prédio. 
 sujeito + VTD + objeto direto + aposto 
 
Todos defendiam esta ideia: que o prédio fosse desapropriado. 
 oração principal + oração subordinada substantiva apositiva 
Todos defendiam esta ideia: o prédio ser desapropriado. 
 oração principal + oração subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo 
 
Agora que já vimos todas as orações substantivas, vem a pergunta: Por 
que temos de identificar esse tipo de oração? Porque... 
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a) excetuando o aposto, vimos que esses termos substantivos não 
são separados por vírgula, portanto também não podemos separar a oração 
subordinada substantiva de sua oração principal por vírgula; 
b) quando esse tipo de oração tiver a função de sujeito, objeto direto 
e predicativo, não deve haver uso de preposição antecedendo-os; 
c) a conjunção que as inicia é chamada integrante (que, se), a 
qual não possui valor semântico, nem função sintática; 
d) quando houver oração subordinada substantiva subjetiva (sujeito 
oracional), o verbo da oração principal sempre ficará na terceira pessoa do 
singular. 
Outra observação importante!!! 
A conjunção integrante ³TXH´�JHUDOPHQWH�H[SUHVVD�FHUWH]D� 
Diga que começou o trabalho. 
A conjunção integrante ³VH´�JHUDOPHQWH�expressa dúvida: 
Diga se começou o trabalho. 
Questão 24: TRF 3ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC) 
Fragmento do texto: Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu, 
seria interessante desvendar que valor foi previamente sacralizado. A 
Religião? A Arte? A singularidade absoluta da obra? A Revolta? A Vida 
autêntica? A integridade do Contexto original? Estranha inversão de 
perspectiva. Porque, simultaneamente, a crítica mais comum contra o museu 
apresenta-o como sendo, ele próprio, um órgão de sacralização. 
Na frase Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu, seria 
interessante desvendar que valor foi previamente sacralizado, a oração 
sublinhada complementa o sentido de 
(A) um substantivo, e pode ser considerada como interrogativa indireta. 
(B) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa direta. 
(C) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa indireta. 
(D) um substantivo, e pode ser considerada como interrogativa direta. 
(E) um advérbio, e pode ser considerada como interrogativa indireta. 
Comentário: 2�YHUER�³GHVYHQGDU´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�D�RUDomR�VXEOLQKDGD�p�
subordinada substantiva objetiva direta. Assim, tal oração completa o sentido 
desse verbo e podemos eliminar as alternativas (A), (D) e (E). 
 Essaoração faz parte de uma frase interrogativa indireta por terminar 
com ponto final. Seria direta se terminasse com ponto de interrogação. 
 Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 25: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC) 
... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era também 
cantor-compositor. 
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o destacado acima 
está empregado em: 
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(A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator... 
(B) Primeiro surgiu o cantor-compositor... 
(C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico... 
(D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil... 
(E) ... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução... 
Comentário: 2� YHUER� ³GHVFREULU´� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR�� SRLV� SRGHPRV 
VXEHQWHQGHU�D�SHUJXQWD��³GHVFREULU�o quê?´. Assim, sabemos que o segmento 
³que Adoniran era também cantor-compositor´ é uma oração subordinada 
substantiva objetiva direta (descobrir isso). Agora, temos que encontrar, 
dentre as alternativas, a que possui verbo de mesma transitividade. 
 $�DOWHUQDWLYD��$��DSUHVHQWD�R�YHUER�GH�OLJDomR�³estava´�H�R�SUHGLFDWLYR�
GR�VXMHLWR�³HVWDEHOHFLGR´� 
 $� DOWHUQDWLYD� �%�� DSUHVHQWD� R� YHUER� LQWUDQVLWLYR� ³VXUJLX´� H� R� VXMHLWR�
SRVWHULRU�³R�FDQWRU-FRPSRVLWRU´��algo surgiu). 
 A DOWHUQDWLYD��&��DSUHVHQWD�R�YHUER�GH�OLJDomR�³parece´�H�R�SUHGLFDWLYR�
GR�VXMHLWR�³pleonástico´� 
 $�DOWHUQDWLYD��'��DSUHVHQWD�R�YHUER�GH�OLJDomR�³era´�H�R�SUHGLFDWLYR�GR�
VXMHLWR�³talentoso e versátil´� 
 $� DOWHUQDWLYD� �(�� p� D� FRUUHWD�� SRLV� ³a Revista do Rádio´� p� R� VXMHLWR��
³noticiava´� p� YHUER� WUDQVLWLYR� GLUHWR� H� ³uma grande revolução´� p� R� REMHWR�
direto. Note que SRGHPRV�VXEHQWHQGHU�D�SHUJXQWD��³noticiava o quê?´. 
Gabarito: E 
 
Questão 26: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário (banca FCC) 
Os historiadores estimam que 4 milhões de africanos foram trazidos à força 
para o Brasil. 
A função sintática do segmento grifado acima é a mesma do segmento 
também grifado em: 
(A) Os negros vindos da África trabalharam nas lavouras de cana-de-açúcar e 
café ... 
(B) O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831 ... 
(C) Sobre ele, o Império construiu o Cais da Imperatriz ... 
(D) ... justamente onde funcionavam as principais repartições públicas da 
Colônia. 
(E) ... os burocratas começaram a ficar perturbados com as cenas 
degradantes do mercado de escravos. 
Comentário: 1R�WUHFKR�GR�SHGLGR�GD�TXHVWmR��R�WHUPR�³Os historiadores´�p�R�
VXMHLWR�� R� YHUER� ³estimam´� p� WUDQVLWLYR�GLUHWR�H� D�RUDomR� ³que 4 milhões de 
DIULFDQRV� IRUDP� WUD]LGRV� j� IRUoD� SDUD� R� %UDVLO´ é subordinada substantiva 
objetiva direta. 
 1D�DOWHUQDWLYD��$���R�WHUPR�³nas lavouras de cana-de-Do~FDU�H�FDIp´ é o 
adjunto adverbial de lugar. 
 1D�DOWHUQDWLYD��%���R�WHUPR�³porto negreiro´�p�R�SUHGLFDWLYR�GH�VXMHLWR��
KDMD�YLVWD�TXH�D� ORFXomR�YHUEDO� ³deixou de ser´�p�GH� OLJDomR�H�R�VXMHLWR�p�R�
WHUPR�³O Valongo´� 
 $�DOWHUQDWLYD��&��p�D�FRUUHWD��SRLV�R�YHUER�³construiu´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR�
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H�R�WHUPR�³R�&DLV�GD�,PSHUDWUL]´ é o objeto direto. 
 1D� DOWHUQDWLYD� �'��� R� WHUPR� ³as principais repartições públicas da 
&RO{QLD´ p�R�VXMHLWR��R�TXDO�IRUoD�R�YHUER�LQWUDQVLWLYR�³funcionam´�DR�SOXUDO��2�
DGYpUELR�³onde´�p�R�DGMXQWR�DGYHUELDO�GH�OXJDU� 
 1D�DOWHUQDWLYD��(���D�H[SUHVVmR�³com as cenas degradantes do mercado 
GH�HVFUDYRV´ é o adjunto adverbial de causa. Veja que podemos substituir a 
SUHSRVLomR� ³com´� SRU� XPD� ORFXomR� SUHSRVLWLYD� GH� FDXVD�� FRPR� ³devido a´��
³por causa de´��³em razão de´��9HMD� 
³���os burocratas começaram a ficar perturbados por causa das cenas 
degradantes do mercado de escravos���´ 
Gabarito: C 
 
Questão 27: TRT 2R 2008 Técnico (banca FCC) 
Desde cedo, a cidade teve o mérito de dar ao homem a possibilidade de 
evoluir além da luta pela sobrevivência pura e simples. 
Considerando-se a estrutura sintática do período acima, é INCORRETO 
afirmar: 
(A) O sujeito comum a todas as orações do período é a cidade. 
(B) O termo luta exige um complemento nominal, expresso em pela 
sobrevivência pura e simples. 
(C) Há duas orações subordinadas, equivalentes a substantivos, com seus 
verbos no infinitivo. 
(D) O verbo dar exige dois tipos de complementos, ambos expressos na 
oração em que ele se encontra. 
(E) Têm a mesma função sintática, nas orações em que se encontram, os 
termos o mérito e a possibilidade. 
Comentário: A alternativa (A) está errada porque a palavra ³FLGDGH´�p�VXMHLWR�
H[SOtFLWR� H� LPSOtFLWR� GRV� YHUERV� ³WHYH´� H� ³GDU´�� UHVSHFWLYDPHQWH�� -i� R� YHUER�
³HYROXLU´�WHP�FRPR�VXMHLWR�LPSOtFLWR��HOtSWLFR��R�VXEVWDQWLYR�³KRPHP´��3RU�LVVR�
é a alternativa a ser marcada. 
 $�DOWHUQDWLYD��%��HVWi�FRUUHWD��SRUTXH�R�WHUPR�³pela sobrevivência pura 
e simples´�p�UHDOPHQWH�FRPSOHPHQWR�QRPLQDO�GH�³OXWD´� 
 Na alternativa (C), as duas orações subordinadas substantivas 
FRPSOHWLYDV� QRPLQDLV� UHGX]LGDV� GH� LQILQLWLYR� VmR� ³GH� GDU� DR� KRPHP� D�
SRVVLELOLGDGH´�H�³GH�HYROXLU�DOpP�GD�OXWD�SHOD�VREUHYLYrQFLD�SXUD�H�VLPSOHV´� 
 1D� DOWHUQDWLYD� �'��� R� YHUER� ³GDU´� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR� H� LQGLUHWR� H� VHX�
REMHWR�GLUHWR�p�³D�SRVVLELOLGDGH´�H�R�LQGLUHWR�p�³DR�KRPHP´� 
 1D�DOWHUQDWLYD��(���D�H[SUHVVmR�³R�PpULWR´�p�REMHWR�GLUHWR�GH�³WHYH´��H�³D�
SRVVLELOLGDGH´�p REMHWR�GLUHWR�GH�³GDU´� 
Gabarito: A 
As questões que envolvem orações substantivas normalmente estão 
voltadas ao uso da pontuação (com questões ao final desta aula), concordância 
(com questões na próxima aula) e regência. 
Por isso, deixamos as orações subordinadas substantivas e vamos ao 
estudo das orações subordinadas adjetivas. 
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Período composto por subordinação adjetiva 
As orações subordinadas adjetivas têm esse nome porque equivalem a 
um adjetivo. Em termos sintáticos, essas orações exercem a função que 
normalmente cabe a um adjetivo (a de um adjunto adnominal ou aposto 
explicativo). 
Vamos relembrar o que vem a ser um adjunto adnominal. Sabemos que 
todo termo da oração possui no mínimo um vocábulo, o qual chamamos de 
núcleo. Por vezes, esse núcleo vem antecipado ou seguido de outros vocábulos 
de valor adjetivo, os quais passam à função de adjunto adnominal. 
Perceba isso no exemplo abaixo. O objeto diretR� p� R� WHUPR� ³JHQWH�
PHQWLURVD´�� 2� Q~FOHR� p� R� VXEVWDQWLYR� ³JHQWH´� H� R� DGMXQWR� DGQRPLQDO� p�
³PHQWLURVD´��R�TXDO�VHUYH�SDUD�FDUDFWHUL]DU�R�Q~FOHR� 
 
Detesto gente mentirosa. 
VTD núcleo do 
OD 
Adj Adn 
 objeto direto 
período simples 
 
 
 
Detesto gente que mente. 
oração principal Or Sub Adjetiva 
período composto 
1D�SULPHLUD� FRQVWUXomR�� R� DGMHWLYR� ³PHQWLURVD´ é adjunto adnominal, o 
TXDO� FDUDFWHUL]D� R� Q~FOHR� GR� REMHWR� GLUHWR� ³JHQWH´�� $R� VH� LQVHULU� XP� YHUER�
nesta função adjetiva, naturalmente haverá uma oração de mesmo valor. Por 
isso passa a ser uma oração subordinada adjetiva. 
A conexão entre a oração subordinada adjetiva e a oração principal é 
feita pelo pronome relativo ³que´. Esse vocábulo não pode ser confundido com 
D� FRQMXQomR� LQWHJUDQWH� ³TXH´�� YLVWD� DQWHULRUmente, a qual inicia uma oração 
subordinada substantiva. 
Portanto, vamos às formas de se evitar o erro: 
1. Detesto mentiras. 2. Detesto gente mentirosa. 
1. Detesto que mintam. 2. Detesto

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