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Cristiane Santana e Daniela Rolemberg
Correlação e Análise fílmica do documentário Pro dia Nascer Feliz, sob tema educação.
GIDDENS, Anthony. Sociologia, 6° ed. 
Salvador, setembro de 2018.
Cristiane Santana e Daniela Rolemberg
Correlação e Análise fílmica do documentário Pro dia Nascer Feliz, sob tema educação.
GIDDENS, Anthony. Sociologia, 6° ed. 
Trabalho apresentado ao curso de sociologia contemporânea, da faculdade UNIJORGE, como docente e orientador o professor Dario Ribeiro.
Salvador, setembro de 2018
RESUMO
Na realização deste trabalho, muitos horizontes foram abertos e ampliados em relação as realidades das escolas Brasileiras e do mundo. 
As diferenças entre as escolas públicas e privadas são reais e espantadoras, e as desigualdades e problemas que envolvem toda a aprendizagem sempre trazem realidades que confrontam o capitalismo, sendo este sistema o “criador” das escolas para sua própria manutenção. Esse evento ocorre após a segunda guerra mundial, decorrente da industrialização, onde se faz necessário expansão da classe trabalhadora, surgindo as escolas como ferramenta essencial para reprodução e preparação da classe como força de trabalho.
O atual sistema educacional aliena e ajuda na reprodução das desigualdades sociais através do currículo oculto, este, treina o estudante a ter disciplina e aceitar o sistema hierárquico, ou seja, as autoridades. Para este feito, o sistema utiliza da reprodução cultural, que é a “transmissão geracional de valores, normas e experiências culturais...”, ou seja, a escolarização reproduz a cultura através da classe, desta forma favorecendo a classe média. Em vantagem, a classe média permanece “superior” no quesito habitus, símbolos e códigos linguísticos aprendidos desde muito cedo dentro da sua realidade (família presente dialogando, aulas particulares, acesso à tecnologia, etc.). Podemos verificar isso de forma bem clara quando comparamos as relações dos alunos da escola privada com os alunos da escola pública exemplificada no documentário aqui abordado. 
Confirmamos então que educação e desigualdade social estão claramente e diretamente relacionadas, uma vez que a educação é a única capaz de elevar o nível social, logo, o sistema educacional reproduz um ciclo que parece não ter fim: “meninos da classe trabalhadora obtêm empregos da classe trabalhadora”. 
As desigualdades relacionadas com o grupo étnico permanecem gritantes dentro das instituições escolares, porém, autores justificam que essa desigualdade se dá por questões de posição de classe e não necessariamente por etnia, exceto o racismo, que para combate-lo seria necessário iniciativas antirracistas explícitas pois a educação multicultural pode disseminar ainda mais o racismo. 
Sobre o futuro da educação, a tecnologia está no topo da pirâmide. A tecnologia tanto pode favorecer o estudante, quanto pode agir de maneira a reforçar a desigualdade educacional uma vez que: “podem fazer aqueles que forem tecnologicamente competentes ‘saltarem’ sobre os demais”. Infelizmente, um ensino computadorizado parece bem distante uma vez que o investimento nas escolas públicas não alcançam nem mesmo o básico como água, transporte e vaso sanitário, realidade exibida no documentário.
Por fim, a educação se apresenta dentro do contexto estudado, carente de melhorias, sendo esta, em seu sistema como todo, arcaica, necessitando de reformas e investimentos urgentes, pois só a educação abre portas para o futuro, este (o futuro) não pode mais se concentrar nas mãos de minorias. 
EDUCAÇÃO, UMA POLÍTICA PUBLICA 
Diante do estudo do capitulo e associação com o documentário, a primeira reflexão gritante é como um filme e um livro produzido a mais ou menos 12 anos atrás, conseguem, ainda, relatar uma realidade tão atual das escolas públicas. É desumano o descaso e omissão do Estado, diante da falta de políticas públicas que poderiam ser facilitadoras para o ingresso e acesso de milhares de crianças, adolescentes e jovens à escolarização e educação, sendo a educação um dos direitos básicos e essências para manutenção da vida. Esse descaso e omissão do estado afeta diretamente no futuro, não somente do jovem em si, mas de toda a sociedade. 
Podemos verificar logo na introdução do capitulo, uma problemática que envolve não só cultura mas falta de políticas públicas, é o caso das irmãs da Nigéria. O autor do livro demonstra a realidade de Sakina com aproximadamente 12 anos em 2007 em sua aldeia Tudun kose, no nordeste da Nigéria não frequentou o ensino fundamental e mal sabe escrever seu nome, naquele país onde a mulher é preparada desde cedo para trabalhar e casar-se, sua irmã Hawwau, foi beneficiada com um projeto social organizado por uma organização de caridade que facilitou o acesso à educação. Mais adiante, encontramos a história do jovem Shaun que teve que mudar o curso do seu projeto para ingressão em uma boa escola por conta de algumas dificuldades, tendo que enfrentar uma tensão constante entre ter que estudar e ser durão. 
Anthony Giddens completa:
“(...) As situações das crianças discutidas são muitos diferentes. Na zona rural da Nigéria, a questão crucial é se Sakina e Hawwau terão acesso à educação formal, ao passo que, que no reino unido, o problema com Shaun e sua mãe é que tipo de escolarização ele vai receber. Pág.589
Essa última observação do autor “que tipo de escolarização ele vai receber” nos leva a reflexão do quanto é precário o ensino público. Fazendo uma equiparação com as escolas públicas do documentário, onde a frequência dos professores é algo questionável, havendo diversas suspensões de aulas, aprovação dos alunos a qualquer custos, sem considerar os parâmetros de dificuldades enfrentados dentro da própria escola, como exemplo a situação precária de falta de água e de banheiros em 1,9% das escolas Brasileiras, como exemplo. Além desses fatores, temos a dificuldade com o transporte em várias regiões rurais (ou não), professores e administradores de escolas despreparados para lidar com esse tipo de público (no seu sentido amplo de carência e falta de oportunidades, diferente da classe média) e péssimo incentivo e valorização aos alunos de grande potencial. Diante disso, questionamos qual seria o limite mínimo ou máximo para investir na escolarização? Quantos jovens possuem, inclusive, diploma do ensino fundamental E médio sendo estes ainda semianalfabetos? Diante de um número de 14 milhões de brasileiros onde apenas a metade frequenta a sala de aula, qual seria a participação tem o Governo como provedor desse direito? Queremos deixar claro aqui a importância da educação e da escolarização, sendo este um direito constitucional perdido dentre tantos outros problemas enfrentados por cada sociedade e que precisam ser discutidos para serem garantidos.
 EDUCAÇÃO E SUAS FORMAS DE EXPLORAÇÃO DA APRENDIZAGEM
ESPORTE / POEMA/ CONTROLE EMOCIONAL/ EDUCAÇÃO PLENA 
Ouvindo os relatos dos alunos de escolas particulares é gritante a superioridade que paira dentro da convicção do poder capitalista, do outro lado nas escolas públicas as esperanças são limitadas por que precisam trabalhar para se manterem. 
Anthony relata muito bem essa influência:
“(...) Em um estudo muito influente sobre a educação nos Estados Unidos, Bowles e Gintis (1976) argumentam que as escolas estão envolvidas na socialização, mas apenas porque isso ajuda a produzir o tipo certo de trabalhadores para as empresas capitalista. Pág. 591.
Quando nós deparamos com as realidades e dificuldades enfrentadas para sermos educados em escolas que apresentem um comprometimento na educação observamos que no livro de maneira clara podemos entender vários processos que envolvem a reprodução cultural:
“(...) o estudo clássico de Basil Bernstein enfatiza a significância da língua (ver o quadro “estudos clássicos 19.1”). Paul Willis analisa os efeitos de valores culturais para determinar a postura dos alunos quanto á educação e aotrabalho, enquanto Pierre Bourdieu examina a relação entre as culturas da escola e do lar. O que preocupa todos esses estudos é a reprodução cultural – a transmissão geracional de valores, normas e experiência cultural e dos mecanismos e processos pelos quais ela ocorre. Pág. 595.

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