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Formação do povo brasileiro

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Nomes: Maria Victória Cunha Silva de Lima
 Mayara Sant’Anna de Souza
Disciplina: Cultura, sociedade e desenvolvimento. 
Turma: 5º U
FORMAÇÃO CULTURAL DO POVO BRASILEIRO
A cultura do povo brasileiro é muito diversificada, devido a tantas influências de outros povos que vieram para o país durante o processo de desenvolvimento e consolidação da sociedade que temos hoje. Sempre ouve-se falar que nosso povo teve influências de portugueses, índios e negros, mas nossa cultura possui contribuição de carga cultural de outros povos, como franceses e holandeses, o que é pouco comentado. 
Para entender a formação cultural do povo brasileiro, portanto, é preciso voltar aos tempos do descobrimento do Brasil, quando houve um grande choque cultural entre os indígenas e os portugueses. Neste momento da história, pode-se dizer que há uma relação colonizador-colonizado. Esta relação não era muito pacífica, uma vez que os portugueses que chegavam ao litoral muitas vezes pegavam as índias como suas esposas, causando a primeira miscigenação do povo. Além disso, muitos índios foram escravizados para auxiliar os portugueses a adentrar no território brasileiro, já que os indígenas estavam acostumados a andar pela mata, podendo, então, formar a linha de frente da exploração dos portugueses. 
Em se tratando da população indígena que vivia no território brasileiro, podemos dizer que houve uma grande influência destes em nossa cultura. No folclore, herdamos os seres fantásticos como boitatá, saci, iara e o curupira; na culinária, a herança está nos frutos em geral, como a mandioca e seus derivados, o açaí, os pescados, pirão etc. Estes legados possuem grande representatividade no nosso país, mas percebe-se que ele é mais forte em regiões como o Norte do país, onde a população indígena conseguiu se manter mais distante da primeira ação colonizadora. Outro costume que possuímos até os dias de hoje que tem grande influência indígena é o andar descalço e utilizar redes para descansar. 
 Não apenas na culinária ou no folclore, também herdamos algumas palavras em tupi que se integraram à língua portuguesa com o passar do tempo, mas também há uma herança em utilizar plantas para curar enfermidades, como o boldo, o pó de guaraná, etc.
Neste momento, também, há grande influência do cristianismo, que apoiou os portugueses no descobrimento a fim de se fortalecer, uma vez que na Europa o cristianismo perdia um pouco de sua força, ficando predominante mais na Espanha e em Portugal. Chegando com os colonizadores, os cristãos tinham como objetivo catequisar os indígenas, passando (ou impondo) sua crença para eles. Até hoje, mesmo depois da constituição de 1891 instituir um estado laico, que não deve ter influências religiosas, pode-se perceber que o brasileiro possui, em sua maioria, o cristianismo em sua cultura. Entre influências do cristianismo vindas com os portugueses, podemos citar as festas e procissões. 
A cultura portuguesa é a que mais influencia em nossa cultura, uma vez que fomos colonizados pelos portugueses e houve um grande fluxo de imigração por mais de 300 anos. Um exemplo da grande carga dos colonizadores é o idioma oficial que falamos, a Língua Portuguesa. No entanto, antes da chegada de tantos imigrantes, pode-se afirmar que haviam dois idiomas oficiais no país, o Tupi e a Língua Portuguesa, mas conforme houve o aumento de portugueses no país, o Tupi foi proibido. Logo, o português se tornou o idioma oficial do Brasil, mas não o português erudito de Portugal, mas um idioma com influências Tupis, como palavras que se referem a fauna e a flora, nomes próprios e geográficos. 
 Além da língua e da religião, vários personagens do folclore popular como o bumba-meu-boi, o fandango e a farra do boi denotam grande influência portuguesa. No folclore brasileiro, são de origem portuguesa os seres fantásticos como a cuca, o bicho-papão e o lobisomem, e muitas das lendas e jogos infantis como as cantigas de roda. Duas das festas mais importantes do Brasil, o carnaval e a festa junina, também chegaram ao Brasil por influência dos portugueses.
Ainda no período colonial, houve a invasão de Franceses e Holandeses pelo litoral do Brasil, em diversos pontos. No caso da invasão holandesa, sua primeira fase ocorreu por voltar dos anos 1624, quando atracaram em Salvador. Sua segunda fase, e mais longa, aconteceu em 1630 quando os holandeses invadiram a cidade de Pernambuco, posteriormente invadindo toda a região que hoje é o Nordeste do país. Em 24 anos de domínio na região, os holandeses deixaram grandes influências na arquitetura, na cultura e no imaginário dos brasileiros. Os Holandeses deixaram, ainda, sua influência na literatura de cordel, nas blasfêmias no folclore do açúcar, em elementos de confeitaria e laticínios.  Os holandeses, devido ao longo tempo em que ficaram na região, influenciaram também no modo de falar do nordestino, o que conhecemos como sotaque, onde a pronuncia do R é mais forte, como nas línguas germânicas. 
Outra invasão importante a se destacar é a invasão francesa no Rio de Janeiro, ainda durante o período colonial. Os franceses vieram em busca de firmar uma colônia no Brasil para participar dos lucros com o comércio favorável que o país e suas riquezas proporcionavam. Procurando fixar-se no país, fundaram a França Antártica e a França Equinocial, que resultaram em contato e miscigenação com os habitantes, resultando em forte influência étnica e cultural, deixando marcas muito fortes na aparência, na educação, gastronomia, artes, vocabulário e estética do povo.
Mais adiante na história do país houve a presença dos negros, que vinham para o país vendidos como escravos. Esta mão de obra era tão barata quanto a dos indígenas. Com a abolição da escravidão, os negros passaram a ser parte da sociedade; e passaram a se relacionar com os povos indígenas e portugueses, resultando em mais uma miscigenação. Mesmo considerando que esta população negra tenha se tornado parte da sociedade, os negros não foram totalmente integrados à totalmente à sociedade, se tornando uma mão de obra sem emprego e sendo marginalizados pela elite brasileira. 
Uma outra grande influência em nossa cultura é a cultura africana que veio com os negros que eram escravizados e posteriormente foram libertos, também é muito rica. Além de contribuírem com a religião, que será apresentado mais à frente, houve uma grande contribuição na dança, na música, na culinária e no idioma. Um grande exemplo quanto à culinária é a Bahia, onde os escravos introduziram o dendezeiro, uma palmeira de onde se extrai o azeite de dendê, que é utilizado em diversos pratos regionais como vatapá, caruru e acarajé. No idioma, houve a inserção de palavras como batuque, moleque, macumba, catinga e benze. A música também foi muito favorecida pela cultura africana que contribuiu com os ritmos que são à base de boa parte da música popular brasileira. Um exemplo disso é o gênero musical lundu, que juntamente com outros gêneros deu origem à base rítmica do maxixe, samba, choro e bossa nova. Além da contribuição rítmica, também foram trazidos alguns instrumentos musicais como o berimbau, o afoxé e o agogô, todos de origem africana. 
Neste momento, o país possuía como religião oficial o catolicismo, e para se tornar um cidadão brasileiro era necessário se submeter ao batismo católico. Mas com a inserção da crença dos negros, juntamente com as crenças de alguns indígenas remanescentes, houve, então, uma marginalização destas crenças. A fim de não serem perseguidos, muitos fundiram as três crenças, criando um sincretismo religioso. Através disso, até hoje pode-se encontrar fragmentos destas culturas inseridas na religiosidade popular, que nada mais é que um cristianismo com toda tradição católica, mas com algumas tradições ou crenças dos indígenas e dos negros. Um exemplo disso é o pular das 5 ondas no réveillon quando passa da meia noite, que é ligada à crença africana. 
A miscigenação entre os negros, indígenas e portugueses, passou a resultarem uma sociedade majoritariamente negra ou parda. Com o fim do regime escravocrata, a elite brasileira financia um golpe contra os governantes e, impulsionados pelo ideal da Revolução Francesa, há a proclamação da república. Logo, percebendo a grande concentração de negros no país, a elite passou a ficar descontente; estes alegavam que os negros ou pardos era uma raça inferior aos brancos e passaram a pregar a necessidade de “embranquecer” o povo brasileiro. Com este intuito, passaram a incentivar europeus a virem para o Brasil, oferecendo-lhes oportunidades de emprego. Este emprego oferecido, era o mesmo desempenhado pelos escravos quando no regime de escravidão, mas com um valor fixo de salário.
Com a vinda destes europeus para o país, muitos negros que estavam sem emprego viram como alternativa oferecer seu trabalho aos fazendeiros de graça, ou seja, houve uma “escravidão” voluntária, onde ou o negro passava fome ou se sujeitava a trabalhar sob condições precárias novamente sem salários, em troca de moradia e comida. Em alguns casos até era oferecido um salário baixíssimo se comparado ao salário dos trabalhadores europeus. 
Além do incentivo da vinda de europeus para trabalhar no país, a abertura dos portos também foi um dos momentos que contribuiu para que outros povos viessem para o país. No caso da abertura dos povos, que tinha como intuito povoar o Brasil, vieram famílias italianas, alemãs, japonesas etc. Os dois casos foram por iniciativa do governo, no caso da abertura dos portos, havia interesse em povoar o país, bem como criar colônias familiares; no segundo caso é o incentivo de imigrantes a favor de fazendeiros, para substituir mão de obra escrava.
O grande destaque foram os italianos e os alemães, que chegaram em grande quantidade. Eles se concentraram na região sul e sudeste do país, deixando importantes marcas de suas culturas, principalmente na arquitetura, na língua, na culinária, nas festas regionais e folclóricas. No sul chegaram alemães e poloneses e no interior de São Paulo destacou-se com os italianos e japoneses.
A cultura vinícola do sul do Brasil se concentra principalmente na região da serra gaúcha e de campanha, onde predomina descendentes de italianos e alemães.
Na cidade de São Paulo, o grande fluxo de italianos fez surgir bairros como o Bom Retiro, Brás, Bexiga e Barra Funda, onde é marcante a presença de italianos. Com eles vieram as massas típicas como a macarronada, a pizza, a lasanha, o canelone, entre outras. 
Com a independência do Brasil, também, pode-se dizer que criou-se uma “cultura” política onde é a elite que detém do poder central do país; pode ser que seja um reflexo de um país que foi colonizado, onde alguém com poder dever coordenar o país, ou porque o país sempre teve um cultura aristocrática. O fato é que, mesmo diante de conflitos, o povo sempre manteve uma posição pacífica em embates, onde não se derrama sangue e onde tenta-se evitar o conflito o máximo possível, até mesmo aceitando situações difíceis. 
Em se tratando de influências de outros povos em nossa cultura, a junção de todas essas culturas vindas para o nosso país contribuiu para a criação da nossa literatura, nossos ritmos musicais, nossas artes; ainda que inspirados em movimentos de outros países. Ainda assim, pode-se dizer que no campo das artes, nosso país possuía pouca representatividade, embora tenha maior reconhecimento na música, na literatura e nas artes plásticas. 
Com a ditadura militar, houve uma grande recessão de ideias, de inovações criativas. Entretanto, alguns pensadores e músicos da época, para que não fosse caçados, exilados e torturados, passaram a escrever obras críticas e inteligentes de forma mais implícita, ou seja, falavam sobre o governo, sobre suas ideias sem que ficasse claro sua posição política. Houve também, um grande recesso de ideias quanto aos jornais, uma vez que o governo detinha o controle das informações que eram publicadas em jornais e periódicos. 
Pode-se concluir, então, que a cultura do povo brasileiro é uma junção de todos os povos que vieram para o país, fossem os índios nativos, os colonizadores, os escravos, os imigrantes, enfim. Fato é, que nosso povo tem uma carga cultural muito rica e diversificada. Esta diversidade contribuiu na formação da maneira de falar, das festividades, do folclore, das crenças, da forma como vivemos. Entretanto, mesmo com a grande diversidade cultural e com toda história que passamos ao longo dos anos, muitas características do povo ainda devem melhorar. O que se vê atualmente é que mesmo que grande parte da população seja descendente desta miscigenação de povos, ainda existem alguns remanescentes que apoiam ou pregam discursos preconceituosos; e ainda com problemas na política, que acabam também sendo um legado de nossa história, o povo ainda se mostra tolerante e busca resolver os problemas da forma mais pacífica possível, evitando conflitos. Quanto à diversidade cultural, devido a mistura de culturas, fica até difícil distinguir a origem de cada aspecto cultural do nosso povo, uma vez que da miscigenação muitas culturas se fundiram, criando aspectos únicos. É claro que não se pode afirmar que nossa cultura é homogênea, sim um mosaico de inúmeros povos.

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