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Apol 03 - Elementos de Processo Penal e Juizado Especial

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Questão 1/5 - Juizado Especial 
Considere o seguinte caso, ocorrido no juizado especial cível: 
João de Deus ajuizou uma ação contra Maria Aparecida Barbosa, pleiteando, no pedido 
inicial, indenização por danos morais no valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais). Conforme a lei 
do juizado especial, desde logo foi agendada audiência de conciliação, a ser realizada no 
prazo de 15 dias do ajuizamento da ação. 
Maria foi citada em seu endereço, por carta com aviso de recebimento, e compareceu na data 
designada para a sessão de conciliação. Nela, João de Deus e Maria Aparecida realizaram 
um acordo, homologado pelo juiz, no qual a ré pagaria ao autor o valor de R$ 500,00, valor 
que ela imediatamente desembolsou e cumpriu o acordo. 
João, arrependido de ter aceitado um valor para ele tão baixo, pretende desistir. Com 
base nesse caso, é correto afirmar: 
Nota: 20.0 
 A João pode continuar no processo, independentemente da aceitação de Maria. 
 B João pode continuar no processo, desde que tenha aceitação de Maria. 
 C João não pode desistir do acordo, pois ele já foi celebrado. 
Você acertou! 
João de Deus e Maria Aparecida devem manter o acordo conforme homologado pelo juiz. O 
acordo celebrado não pode ser modificado ou cancelado. (Conforme aula 2 e p. 4 dos 
slides, e ARAÚJO, Jailson de Souza. Juizados Especiais. In: VENERAL, Débora Cristina 
(org.). Juizados especiais, processo de conhecimento e processo eletrônico. 2. ed. 
Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 89.) 
A homologação de acordo é sentença irrecorrível (art. 41 da lei 9.099/95), e não está 
vinculada ao valor do pedido inicial. 
 D Maria Aparecida deverá pagar o valor pleiteado na petição inicial. 
 E O acordo pode ser desconstituído, porque está abaixo do pedido inicial. 
 
Questão 2/5 - Elementos de Processo Penal 
Lemos na obra-base que: “A competência jurisdicional, em regra, é determinada pelo lugar 
em que se consumou o crime, ou então, no caso em que o crime for tentado, pelo lugar em 
que for praticado o último ato de execução.” (RAMIDOFF, Mário Luiz. Elementos de Processo 
Penal. Curitiba: InterSaberes, 2017.) 
Considere o seguinte caso: 
Tércio, com intenção de matar, atirou em Mévio na fronteira entre a cidade A e a cidade B. 
Mévio acelerou seu carro, mas só conseguiu ir até a cidade C, que foi onde o homicídio se 
consumou, visto que morreu ali. 
De acordo com o texto e com o conteúdo da disciplina, o juízo de qual cidade é 
competente para processar o caso? 
Nota: 20.0 
 A O juízo criminal da cidade A. 
 B O juízo criminal da cidade B. 
 C O juízo criminal da cidade C. 
Você acertou! 
O juízo competente para julgar o caso é o da cidade C, pois foi onde se consumou o crime, 
conforme o texto. 
(RAMIDOFF, Mário Luiz. Elementos de Processo Penal. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 
97.) 
 D O juízo criminal conjunto das cidades A e B. 
 E O juízo competente será definido por distribuição, pois o crime ocorreu em uma 
fronteira. 
 
Questão 3/5 - Juizado Especial 
“O procedimento sumaríssimo dos juizados especiais visa proporcionar aos jurisdicionados 
respostas e soluções céleres aos seus conflitos de interesses. [...] No entanto, é fato que, a 
partir do aforamento da demanda, não raro são necessários um ou dois anos até que a 
decisão judicial se torne definitiva.” (ARAÚJO, Jailson de Souza. Juizados Especiais. In: 
VENERAL, Débora Cristina (org.). Juizados especiais, processo de conhecimento e 
processo eletrônico. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017.) 
Para atender a situações emergenciais, o processo civil brasileiro disponibiliza as tutelas de 
urgência, ferramentas processuais para antecipar o direito do autor pleiteado em um 
processo. Sobre essas ferramentas no Juizado Especial, assinale a alternativa correta. 
Nota: 20.0 
 A Apesar de Lei 9.099/95 não prever expressamente, a tutela de urgência pode ser 
utilizada, desde que o réu seja pessoa física. 
 B Não são cabíveis as tutelas de urgência no Juizado Especial, pois não há previsão 
legal. 
 C Não são cabíveis as tutelas de urgência no Juizado Especial, pois contrariam o 
princípio da simplicidade e da oralidade. 
 D Apesar de a Lei 9.099/95, de 26 de setembro de 1995, não prever expressamente a 
possibilidade do manejo de tutelas de urgência, sua utilização não é vedada. 
Você acertou! 
Apesar de a Lei 9.099/95, de 26 de setembro de 1995, não prever expressamente a 
possibilidade do manejo de tutelas de urgência, sua utilização não é vedada. 
Conforme enunciado 26 do Fonaje, a tutela de urgência é admitida. Na prática, há 
secretarias do juizado especial que podem rejeitar a aplicação da tutela de urgência por 
questão de conveniência, porém, essa atitude não segue o que se reconhece como correto. 
(ARAÚJO, Jailson de Souza. Juizados Especiais. In: VENERAL, Débora Cristina (org.). 
Juizados especiais, processo de conhecimento e processo eletrônico. 2. ed. Curitiba: 
InterSaberes, 2017, p. 83-86.) 
 E Não são cabíveis as tutelas de urgência no Juizado Especial, por expressa vedação 
legal. 
 
Questão 4/5 - Elementos de Processo Penal 
Acerca da competência jurisdicional, considere o caso: 
Davi matou seu amigo porque devia para ele (crime de homicídio). Com o intuito de se livrar 
das provas desse crime, levou o corpo em um saco preto até o seu iate e, navegando, o jogou 
em mar aberto (crime de ocultação de cadáver). Portanto, houve conexão objetiva entre os 
dois crimes, pois o último serviu para ocultar o primeiro. 
O crime de homicídio já está sendo processado pela vara do Tribunal do Júri, e agora foi 
descoberto que Davi também cometeu o crime de ocultação. 
Qual critério deve ser utilizado para determinar a competência para julgamento do 
crime de ocultação? 
Nota: 20.0 
 A Lugar da infração penal 
 B Residência do réu. 
 C Distribuição. 
 D Conexão. 
Você acertou! 
O critério a ser utilizado é a conexão. 
Houve conexão objetiva entre os dois crimes, pois o último (ocultação) serviu para ocultar o 
primeiro (homicídio). Assim, o juízo competente para julgar a ocultação de cadáver será o 
mesmo Tribunal do Júri. 
 
A competência jurisdicional poderá ser determinada pelo critério denominado “conexão”, 
que, na verdade, enseja a mudança de jurisdição em razão da vinculação de um crime com 
outro e, por consequência jurídica, impõe a reunião dos feitos, os quais, por isso mesmo, 
devem ser julgados em conjunto, haja vista estarem vinculados pelas causas envolvidas e 
pelas circunstâncias subjetivas, objetivas e elementares. (RAMIDOFF, Mário Luiz. 
Elementos de Processo Penal. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 103-104.) 
 E Prerrogativa de função. 
 
Questão 5/5 - Elementos de Processo Penal 
Afora outras regras e critérios para decidir o juízo competente para julgar, a competência 
jurisdicional, em matéria penal, poderá ser definida em razão da natureza jurídica da 
infração. (RAMIDOFF, Mário Luiz. Elementos de Processo Penal. Curitiba: InterSaberes, 
2017.) 
Qual é o órgão julgador competente para julgar crimes dolosos contra a vida? 
Nota: 20.0 
 A O Tribunal do Júri. 
Você acertou! 
O Tribunal do Júri é competente para julgar crimes dolosos contra a vida segundo a 
natureza jurídico-legal da infração. 
(RAMIDOFF, Mário Luiz. Elementos de Processo Penal. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 
101.) 
 B O Supremo Tribunal Federal. 
 C O Superior Tribunal de Justiça. 
 D O Conselho Nacional de Justiça. 
 E O Tribunal de Justiça.

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