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AULA PSICOMOTRICIDADE

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PERTINÊNCIA DA DISCIPLINA NOS CURSOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA
A Educação física e a Fisioterapia, por meio da educação psicomotora, incentivam a prática do movimento em todo o transcurso de existência do ser humano. Tal concepção fundamenta-se nos conceitos da educação permanente, como uma nova forma de evento educativo que atualmente tende a revolucionar os sistemas educacionais de todo o mundo.
Elas diversificam-se em função das relações sociais, das idéias morais, das capacidades e da maneira de ser de cada um, além de seus valores; educam e reeducam o movimento, ao meso tempo em que põem em jogo as funções da inteligência.
A partir dessa posição, pode-se ver a relação intrínseca das funções motoras cognitivas e que, também pela afetividade, encaminha o movimento.
A Educação Física, como a Fisioterapia são em essência interdisciplinares, dessa forma é importante que se desenvolva a alfabetização corporal, ou seja, que se aproveite o interesse das crianças por atividades físicas para apresentar temas que elas ainda não conhecem. Conhecer o gosto das crianças é importante para dosar as dificuldades dos conceitos a serem apresentados. 
As habilidades adequadas para explorar na alfabetização são as que permitirão às crianças atingir o ESTÁGIO DE PRONTIDÃO (que aos 7 anos a criança esteja apta a aprendizagem com as funções neurológicas e motoras básicas [ler e escrever]). As habilidades podem ser:
LATERALIDADE: desenvolvê-la significa dar oportunidade á criança de descobrir qual o lado do corpo ela utiliza com mais eficiência. Isso é necessário para manusear de maneira eficiente lápis e outros objetos de sala de aula. Desenhar letras alternando mão esquerda e mão direita auxilia o desenvolvimento lateral.
COORDENAÇÃO ESPAÇO TEMPORAL: longe, perto, dentro, fora, em cima, embaixo, são conceitos importantes para a escrita, mas nem sempre estão amadurecidos nas crianças. Quando elas sobem ou rastejam nos brinquedos, assimilam tais noções.
EQUÍLIBRIO DINÂMICO E ESTÁTICO: importante para uma boa coordenação motora, o equilíbrio pode ser aprimorado como caminhar carregando um livro na cabeça sem deixá-lo cair, isso refina o equilíbrio dinâmico. 
AGILIDADE: é uma habilidade necessária para a alfabetização. Jogos marcados com palmas ou músicas ajudam a dar noção de ritmo, outra aptidão a ser desenvolvida. Nesse ponto, os jogos estimulam as habilidades físicas e mentais necessárias para a criança aprender a ler e a escrever. As brincadeiras podem ajudar a ensinar conteúdos do 1º grau, especialmente de matemática.
Aprendizagem motora, como áreas de estudo, procura explicar e investigar o que acontece com o indivíduo em relação aos mecanismos internos e variáveis quando ocorre mudança do comportamento.
Quando estudamos comportamento humano e o processo educacional encontramos diferentes níveis de análise. A aprendizagem pode ser classificada em três domínios do comportamento humano: COGNITIVO, AFETIVO E MOTOR.
O domínio COGNITIVO: envolve comportamentos tipicamente identificados como atividades intelectuais. Fazem parte do domínio cognitivo, as operações mentais como descoberta ou reconhecimento, retenção ou armazenamento e geração de informações que a partir de certos dados originam a tomada de decisão ou julgamento da informação processada.
O domínio AFETIVO: refere-se a sentimentos ou emoção, sendo que a maior parte, senão a totalidade de nosso comportamento afetivo é aprendido, conforme pesquisas recentes.
O domínio MOTOR: muitas vezes identificado como psicomotor, inclui atividades que requerem movimento físico, por ser o movimento a base desse domínio.
A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES NEURO-PSICOMOTORASÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES NEURO-PSICOMOTORAS PARA A APRENDIZAGEM DA PARA A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA NA ESCOLA
É esperado que a criança ao atingir 7 anos tenha desenvolvido todas as funções neurológicas básicas para que ela possa aprender a ler e escrever(estágio de prontidão). Mas, muitas vezes, o ambiente em que ela vive não é favorável para que isso ocorra.
Crianças que vivem em apartamentos ou casas muito pequenas, não têm espaço para brincar. As mães muitas vezes, não gostam que elas brinquem dentro de casa porque o barulho as atrapalha ou atrapalha os vizinhos.
Outras têm esse espaço e nenhuma restrição quanto aos limites, uma vez que os pais deixam-nas soltas na rua. Dessa forma desenvolvem a coordenação motora grossa (Praxia Global) através dos movimentos amplos, mas não a coordenação motora fina (Praxia Fina).
Outras ficam paradas durante horas por dia, diante da televisão, como se o ver e não fazer fosse o meio mais apropriado de desenvolver a mente e o corpo. Muitos sofrem sérias privações sociais, não têm colegas ou irmãos para brincar, ou ficam afastadas dos pais o dia inteiro porque eles saem para trabalhar e só voltam para casa à noite.
Acrescem-se a tudo isso os constantes barulhos das grandes cidades, que diminuem a acuidade auditiva, fazendo com que as pessoas fiquem dispersas devido aos ruídos intensos e difusos.
Todas essas crianças quando chegam à escola encontram sérias dificuldades. Qual é a atitude que os professores devem tomar? Encaminhá-las para uma clínica para que façam tratamento? Não. Nem todos os casos necessitam de tratamento clínico e é importante frisar também que a dificuldade para aprender não é sinônimo de deficiência mental. 
	Alguns exercícios físicos podem auxiliar, ou seja, esses exercícios devem ser gradativos e ter continuidade enquanto necessários. Dessa forma, o professor pode contribuir para sanar algumas falhas existentes no desenvolvimento das habilidades que se pressupõe já devem estar desenvolvidas aos 7 anos (estágio de prontidão).
É um trabalho demorado, posto que se trata de uma ajuda ao desenvolvimento. Não fixar um prazo para que isso ocorra, às vezes precisamos de alguns dias, de um mês, um ano e outras de muito tempo. Mas, sem dúvida, ajudar é o melhor que se tema fazer.
Para esse treinamento, um exercício de cada habilidade não é suficiente. É necessário que eles sejam dados constantemente, repetidos, variados, durante o ano todo, principalmente se as crianças não fizeram o pré-primário, como é o caso da maioria dos nossos escolares.
É importante obedecer a seguinte sequência para cada habilidade:
Utilização do próprio corpo;
Utilização de material concreto;
Utilização de gravuras e figuras;
Utilização de lápis e papel.
Quando a criança não consegue escrever nas primeiras tentativas é porque ela não está preparada para isso e forçá-la não adiantar. É necessário ajudar a criança, criando condições para que ela possa ir amadurecendo sem criar tensão no ambiente que está.
Algumas Recomendações quanto ao Uso de Exercícios Psicomotores:
Os exercícios devem estar escalados em grau de dificuldade; comece sempre das próprias crianças e de objetos reais antes de utilizar gravuras, lápis e papel (Utilização do próprio corpo).
Evite que as crianças caçoem ou menos de algum modo os colegas que tenham dificuldades.
Não se preocupe em fazer com que todas as crianças participem no mesmo dia, de todos os exercícios. A participação de algumas crianças muitas vezes vai acontecendo aos poucos.
Procure evitar que sempre as mesmas crianças assumam os papéis de destaque, incentive os tímidos para que também desempenhem atividades destacadas.
NÍVEIS DE INTERVENÇÃO
EDUCAÇÃO, REEDUCAÇÃO E CLÍNICA PSICOMOTORA
O desenvolvimento de uma criança é o resultado da interação do seu corpo com os objetos do seu meio, com as pessoas com quem convive e com o mundo onde estabelece ligações afetivas e emocionais.
Todos nós temos idéia de como é uma criança; ela se arrasta, engatinha, corre, pula, joga, fantasia, fala e faz coisas que nós, adultos, nem sempre entendemos.
De qualquer maneira, sua marca característica é a intensidade de sua atividade motora e a fantasia.
Está relacionado ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.
O desenvolvimentomotor infantil passa por uma séria de etapas, em função de sua maturidade nervosa e das experiências vividas alcançadas por meio do ensaio e erro; analogias; comparações; sensações táteis, auditivas, gustativas, olfativas e cinestésicas.
Logo, para que haja o desenvolvimento integral da criança é preciso que ela realize por si mesma as suas ações (vestir-se, calçar-se, comer, tomar banho, e tec...), que exercite seus músculos, aperfeiçoando seus movimentos, tome decisões; treine a coordenação e a concentração, exercendo assim, todas as atividades psicomotoras que necessitam de repetição e de conscientização para se aperfeiçoarem.
Pela educação psicomotora, a criança reestuda dentro de si, as informações recebidas de fora e, depois as exteriorizam através de uma linguagem corporal coerente com seu equilíbrio psíquico.
A criança bem estruturada internamente, trabalha com os três fatores básicos vitais: As sensações, as emoções e os movimentos.
A educação psicomotora tem sido empregada nas turmas de pré-escolar onde a criança aprende a conhecer o seu corpo a nomear cada parte dele, a usá-lo livremente, a se expressar com ele, a saber colocá-lo de maneira positiva, a manusear instrumentos que exigem sua coordenação moto fina.
Sem viver concretamente, corporalmente, as relações especiais e temporais de que a infância é repleta, torna-se difícil falar em conhecimento significativo, informação para autonomia, democracia e outros.
A educação psicomotora pode ser considerada como o ponto chave de toda ação educativa infantil. É através do corpo em movimento que a criança adquire plena consciência de si mesma, de sua realidade corporal, encontra-se com os objetos e o mundo das pessoas, trazendo em si a realidade que a cerca.
A Psicomotricidade deve estar presente em qualquer atividade realizada e cabe a exploração da situação fazendo propostas em função da idade e dos interesses da criança, permitindo assim a passagem gradativa de uma fase para outra dentro do próprio tempo de cada criança.
“A função motora, o desenvolvimento intelectual e o desenvolvimento afetivo estão intimamente ligados na criança: a Psicomotricidade quer justamente destacar a relação existente entre a motricidada, a mente e a afetividade e facilitar a abordagem global da criança por meio de uma técnica”. (De meur, 1991)
A educação psicomotora é uma técnica que deve ser utilizada para que a criança adquira noções de esquema corporal, lateralidade, estruturação espacial e temporal, indispensáveis para seu desenvolvimento, e como pré-requisito para um bom desempenho escolar, pois o movimento permite a criança explorar o mundo exterior através de experiências concretas, sobre as quais são construídas as noções básicas para o desenvolvimento intelectual.
O movimento é uma necessidade imperiosa da criança desde o seu nascimento. Já no ventre materno manifesta esta necessidade. Aos poucos vai adquirindo maior controle sobre seu próprio corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades com o mundo.
Ao movimentar-se, as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos. A medida que vai crescendo e se desenvolvendo, há o fortalecimento das funções intelectuais, reduzindo o papel dos gestos na atividade cognitiva.
Para a criança, a vida é uma brincadeira constante, é um jogo. É jogando que ela aprende, descobre, cria, expressa-se, controla seus movimentos e sentimentos.
A importância do desenvolvimento de uma motricidade global harmoniosa durante a etapa de três a seis anos tem como propriedade ajudar a criança a ter uma percepção mais adequada de si mesma, a compreender melhor suas possibilidades e limitações reais assim como ao mesmo tempo, auxiliá-la a expressar-se corporalmente com maior liberdade, conquistando e aperfeiçoando novas competências.
Estamos lidando com seres em pleno crescimento e grande parcela do desenvolvimento é de nossa responsabilidade. Sabemos que muitas crianças passam parte do tempo na escola e os pais trabalham fora não tendo tempo para dedicar aos filhos.
Cabe-nos despertar a curiosidade da criança, pois assim ela vai sentir a necessidade de explorar. Seguindo a evolução a criança percebe a importância da linguagem, usando-a quando a da forma que for necessária.
As crianças menos estimuladas, em sua maioria, têm uma linguagem quantitativamente mais limitada e qualitativamente diferentes das que possuem mais estímulos.
DEVEMOS ENTÃO:
Estimular a fala da criança em todas as oportunidades, nos jogos, nas excursões, nos passeios, no banho, dando muita importância ao que ela expõe, dando-lhe espaço, sem querer ensinar-le tudo.
“A cada momento que alguém ensina algo que a criança poderia descobrir por conta própria, essa criança está perdendo a oportunidade de exercer a sua criatividade e de compreender totalmente o que foi ensinado”.(Piaget)
Segundo Vigotsky, “a adaptação à vida é a procura de um equilíbrio entre o indivíduo e o meio”. Procura esta construída, não imposta.
Como saber então se a criança está apresentando as habilidades características de sua faixa etária?
Muitas vezes, por estarmos desinformados, como pais ou professores, nos desesperamos porque a criança não andou ou falou com tantos anos meses e dias.
Há uma margem de tolerância nas faixas etárias e outros aspectos como nascimento, estimulação, enfermidades e respeito ao ritmo de cada pessoa que deve ser considerado.
Estudiosos no assunto apresentam vários aspectos relacionados ao desenvolvimento do indivíduo. Nada está sendo criado aqui; apenas lemos, estudamos e observamos algumas crianças, juntando as características que nos pareciam mais comuns a cada faixa etária.
Podemos afirmar que vários autores estudaram a evolução nos indivíduos, entre eles, Mira Y Lopes, Gessel, Erickson, Freud, Pierre Vayer, Wallon, Piaget, entre outros. Seja qual for a Escola à qual eles pertençam, todos são unânimes em afirmar que a importância dessa evolução para o desenvolvimento harmônico do ser humano é sumamente considerada.
Wallon dá muita importância a relações afetivas do eu com o mundo exterior.
Piaget estuda de forma lógica a formação e a evolução da inteligência da criança.
Gessel utiliza um método descritivo para apreciar os diferentes estágios da evolução da criança e sua inserção no mundo.
Erickson, pela visão da psicanálise, vê o desenvolvimento da criança ocorrer em decorrência de sua inserção no mundo (social).
Pensamos, agora, juntos: qual é o maior centro de atividade do recém-nascido?
Por onde recebe as impressões de umidade, calor, frio, e de sequidão e estabelece as primeiras relações afetivas?
Pensou certo se respondeu que é pela boca, pois é por meio dela que o bebê estabelece as primeiras relações, daí a importância da amamentação, que lhe dá segurança e conforto; a certeza de estar sendo amado e reconhecido.
Bom, logo em seguida, em movimento, a criança começa a fixar as formas, seguindo-as com os olhos. Após algumas semanas, começa a experimentar diferentes pressões nas partes do corpo, pela pele. Um pouco mais tarde, ele desenvolverá suas mãos como parte de si, como elementos intermediários entre o dentro e o fora. Isso é muito importante, pois começa a diferenciação entre a criança e o mundo, a percepção do eu e dos outros.
Em torno dos seis meses, o bebê descobre seus pés, começando a incorporá-lo conforme aconteceu com suas mãos. Ao completar seu primeiro ano de vida, toma conhecimento da existência do pólo anal e suas peculiaridades, focando sua atenção nessa zona.
A integração do tronco faz-se por volta de dois anos, quando a criança cai, levanta, dá encontros, enfim, sente seu corpo contra as paredes, os portais, o chão, os móveis, as pessoas que a cercam e tudo mais.
Sabemos que a “configuração total” do indivíduo ocorre após o terceiro ano de vida, o que significa que a criança tem consciência do polo anal, dos pés, das mãos e do tronco como um todo contínuo. Você já deve ter reparado que essa fase é muito interessante, não é mesmo? Claro que sim. É aí que a criança descobre sua imagemtotal no espelho, gosta de se olhar a todo instante como se começasse a se sentir inteira.
Esse desenvolvimento é muito importante, e a criança, se não viver todas essas experiências, indispensáveis ao seu crescimento, poderá apresentar dificuldades futuras que provavelmente aparecerão em diversas áreas, como a da linguagem, da fala, a motora entre outras.
EDUCAÇÃO E REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA
- Educar, promover a educação, transmitir conhecimento à, instruir.
- Reeducar, tornar a educar, completar ou aprimorar a educação.
O que seria educação?
Educação é um processo de desenvolvimento das capacidades físicas, intelectual e moral da criança e do se humano em geral, visando sua melhor integração individual e social.
A educação psicomotora abrange todas as aprendizagens das crianças, dirige-se a todas elas individual ou coletivamente, processando-se por progressões bem específica nas quais todas as etapas são necessárias.
A educação psicomotora é indispensável nas aprendizagens escolares e é por essa razão que propomos inicialmente na educação infantil, sem esquecer, é claro, que ela acontece desde o nascimento do indivíduo e perdura por todos os momentos da vida da criança, por exemplo:
Quando uma criança pede um lenço para sua mãe, esta mesma poderá entregá-lo mas não estará incentivando o desenvolvimento dela. Deve então, para isso, dizer-lhe: vá a sua quarto, abra a segunda gaveta do seu armário, que o lenço está do lado direito (ou do lado desta mão, caso a criança seja muito pequena).
Na escola, a professora deixará que as crianças vistam sozinhas suas roupas e escovem os dentes. Resumindo, convidá-las a agirem sozinhas, obviamente de acordo com suas aptidões. Ninguém vai exigir de uma criança de dois anos que amarre sozinha o cordão do seus sapatos. Existem exercícios de educação psicomotora que são classificados em etapas de aquisições, sendo a idade ou nível da criança.
O educador deverá adaptar os exercícios a cada criança, grupo ou classe. A educação psicomotora tem como objetivo ajudar a criança a perceber melhor seu corpo, dominar seu movimento para uma melhor expressão corporal e orientá-lo no tempo e no espaço. Em suma, visa ao seu desenvolvimento integrado.(ação, pensamento e emoção).
A variedade de jogos ou exercícios (como forem chamados) é muito importante, pois fazem com que as crianças manipulem materiais de todas as espécies e vivam diferentes experiências.
Inicialmente, esta tarefa é por certo dos pais que no dia a dia dispõe de momentos de privilegiados para estimular a criança: por exemplo, o banho favorece maravilhosamente a aprendizagem do corpo.
Eles devem deixar, ao máximo, as crianças enfrentarem as situações nas refeições e nos brinquedos, permitindo que elas encontrem por si mesmas um bom número de “jeitinhos” que facilitem suas atividades.
As professoras, como já vimos, também estão no primeiro plano da educação psicomotora e devemos acabar com a idéia de que os jogos constituem perda de tempo, fazendo com que as crianças trabalhem o tempo inteiro sentadas em frente de uma folha de papel ofício, colorindo desenhos com limites pré-elaborados, executando tarefas em livros.
Certamente os pais satisfeitos ao receberem no final de cada mês, pastas recheadas de trabalhos que na realidade tolheram a criatividade de seus filhos.
A reeducação psicomotora, (como qualquer outra reeducação) deve começar o mais cedo possível. Ela não é uma ginástica corretiva nem uma rítmica especializada, constitui uma abordagem de problemas da motricidade e da emoção perturbadas, partindo de um aspecto essencial e básico, auxiliar o indivíduo nas múltiplas ações de adaptações à vida.
É relativamente fácil fazer com que uma criança bem nova adquira as estruturas motoras ou intelectuais corretas, mas se a criança já assimilou esquemas errados, o reeducador deverá fazer com que os esqueça antes de poder ensinar-lhe os esquemas corretos.
A reeducação é urgente, sobretudo para os problemas afetivos: quanto mais tempo passar, mais a criança reagirá com algum tipo de bloqueio, se sentirá angustiada, e as punições e observações de seus conhecidos só agravarão essa angústia. A reeducação vai ajudá-la a adotar um outro comportamento e pouco a pouco os que a cercam a verão de forma mais positiva.
Embora não exista uma “escala de idades” real podemos dar algumas indicações:
- A reeducação pode começar em idade que varia entre 18 e 24 meses para criança que acusam atraso motor, grande défict motor ou bloqueio afetivo. Será mais educação do que reeducação, mas como se trata das “dificuldades psicomotoras”, será orientada segundo o modelo de uma reeducação.
Quanto aos problemas de esquema corporal e estruturação espacial, trabalharemos com crianças de aproximadamente cinco anos de idade. Certas dificuldades motoras e certos casos de instabilidade psicomotora podem, desde os quatro anos, constituir objeto de uma reeducação.
A idade de seis anos é a mais comum para reeducações. É na primeira série que o professor constata mais seguramente as deficiências de organização espacial ou temporal da criança, sua lentidão no trabalho, sua falta de concentração.
As idades citadas são as “ideais” para início de uma reeducação, mas é freqüente termos de reeducar crianças com mais idade, as vezes até jovens de 16 ou 17 anos e adultos.
Este fato deve-se à negligência: os pais ou educadores deixaram que as dificuldades se acumulassem (e até as reprovações escolares), por não terem compreendido que o problema estava na própria base das aprendizagens, ou por não terem se convencido bem cedo da pertinência de uma reeducação.
A ausência de reeducação é um abandono da criança em sua dificuldade de viver, de perceber uma imagem valorizante de si, de corresponder convenientemente às expectativas daqueles que a cercam (rendimento escolar, insatisfação, falta de habilidade geral). Uma reeducação bem dirigida ajuda a criança a resolver seu problema quando ele surge e a perder menos tempo para se desenvolver afetiva e intelectualmente.
Em resumo, a reeducação torna a criança feliz na escola e na sociedade.
Não podemos deixar de abordar a qualidade do relacionamento entre o reeducador e a criança, visto que esse é um dado essencial. Um bom relacionamento estabelece-se com correr do tempo, jamais se consegue previamente.
Entretanto, os primeiros encontros são muito importantes, provocam uma reação de simpatia e de confiança ou, ao contrário, uma atitude de temor, de timidez, de fechamento.
E especificamente, a reeducação deve acontecer quando se evidenciar na criança perturbações psicomotoras: os hiperativos – capetas, bagunceiros e etc...
PERTURBAÇÕES PSICOMOTORAS
- Atraso no desenvolvimento motor:
Sintoma – a criança não consegue subir uma escada ou andar para trás.
- Grandes déficits motores:
Sintoma - Hemiplegia. A criança não move as pernas ou tem muita dificuldade para fazê-lo.
- Perturbações do equilíbrio:
Sintoma – A criança cai com regularidade, choca-se contra seus companheiros, anda com os pés afastados, corre com o tronco para frente.
- Perturbações da Coordenação:
Sintomas – A criança não tem um gesto harmônico, nas refeições é desajeitada; suas habilidades manuais são inadequadas, recorta mal, seu grafismo é hesitante, leva muito mais tempo para vestir-se.
- Perturbações da sensibilidade:
Sintomas: A criança não faz os mesmos gestos que lhe demonstramos, deixa cair das mãos os objetos que segura, torce os tornozelos com freqüência e é relativamente sensível ao contato.
- Perturbações do esquema corporal:
Sintomas – A criança não conhece as partes do seu corpo, não situa bem seus membros ao gesticular, não coordena bem seus movimentos.
- Perturbações da lateralidade:
Sintomas: - A criança não sabe qual mão escolhe para executar as tarefas, é desajeitada, recorta com a mão direita, mas só sabe brincar com a esquerda, tem dificuldade em reconhecer direita e esquerda, espelha letras e números.
- Perturbações da estrutura espacial:
Sintomas – A criança ignoraos temos espaciais (em cima, em baixo), orienta-se com dificuldade ( um passo para frente e dois passos para trás), confunde “p” com “b”, “6” com “9”, “u” com “n”, não tem memória espacial (esquece sempre que o interruptor é ao lado da porta), não tem organização espacial.
- Perturbações da orientação temporal:
Sintomas – A criança é incapaz de distinguir o que é primeiro e o que é último, não percebe o que demora e o que vai depressa, sente dificuldade em correr pois sua corrida é constituída de passos muito compridos e de passos muito curtos, a criança não consegue organizar o seu tempo.
- Perturbações afetivas:
Sintomas – A criança não consegue exprimir desejos, seus sentimentos é avessa a qualquer contato corporal.
REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA
É a ação desenvolvida em indivíduos que sofrem com perturbações ou distúrbios psicomotores. A reeducação psicomotora tem como objetivo retomar as vivências anteriores com falhas ou as fases da educação ultrapassadas inadequadamente.
Em termos gerais, reeducar significa educar o que o indivíduo não assimilou adequadamente em etapas anteriores.
Mas o mais importante para uma boa reeducação é a tranqüilidade e o intercâmbio afetivo e presente do reeducador com o educando, condição básica para uma boa reeducação.
A atribuição da reeducação está contida em várias áreas profissionais: pedagogia, educação física, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia educacional, psicologia, arte educadores, médicos da especialidade motora ou psíquica, dentro outros.
TERAPIA PSICOMOTORA
	Dirigida à indivíduos com conflitos mais profundos na sua estruturação associados aos funcionais ou com desorganização total de sua harmonia corporal e pessoal.
Envolve crianças com quadro de hiper-cinese associado a outras dificuldades, criança com agressividade acentuada, pulsões motoras incontroladas, casos de expecionalidade e dificuldades de relacionamento corporal e também destinada a indivíduos que possuem associação de transtornos psicomotores com transtornos da personalidade.
A PRÁTICA PSICOMOTORA
A base do trabalho com crianças na educação infantil consiste na estimulação perceptiva e no desenvolvimento do esquema corporal.
A estimulação do desenvolvimento psicomotor é fundamental para a consciência dos movimentos corporais integrados com a emoção e expressados pelo movimento.
A função motora perceptiva é definida com a seleção, integração e interpretação dos estímulos sensoriais do corpo e do ambiente, sendo relevante para o desempenho motor e para uma interação bem sucedida com o ambiente.
É um processo mental de interação do indivíduo com o meio através da vinculação dos sentidos e de outros aspectos não sensitivos com o comportamento e o pensamento. É a interpretação da informação sensorial.
O esquema corporal pode ser considerado como uma intuição de conjunto ou um conhecimento imediato que temos do nosso próprio corpo, seja em posição estática ou em movimento, em relação às diversas partes entre si e sobretudo nas relações com o espaço e os objetos que o circundam.
O esquema corporal resulta da experiência que possuímos proveniente do corpo e das sensações que experimentamos.
O que é latente a princípio estará fundido e integrado com o mundo ao redor, não havendo diferenciação das percepções internas daquelas que chegam do exterior.
Uma primeira etapa é tomar consciência dos limites de seu eu corporal e os limites de seu não eu.
Após as primeiras percepções corporais, haverá uma separação e dispersão, em que essas primeiras percepções serão abandonadas e não reconhecidas mais como tendo relação entre si, somente por volta dos seis meses de idade que começarão as percepções a se unirem em um esquema de conjunto.
A partir de então irá começar a unidade do eu corporal, que será feita pela fusão de dados visuais e proprioceptivos iniciais, tendo como referência preferencialmente, a mãe. 
Chega a fase da criança identificar-se com o seu eu corporal, o que acontecerá lentamente. Esta fase inicia-se quando a criança entra no período lingüístico e começar a empregar o pronome eu. O uso do eu quero, eu faço, eu posso, pode ser considerada a primeira etapa do autoconhecimento, e esta etapa, só terminará por volta dos seis anos.
Em paralelo ao período anterior, a criança, irá organizar e estruturar seu corpo, fazendo a distinção de suas partes, a cabeça, o tronco e posteriormente as penas, peito e palmas das mãos.
Através da ação, a criança vai descobrindo as suas preferências e adquirindo a consciência do seu esquema corporal.
Para isso é necessário que ela vivencie diversas situações durante o seu desenvolvimento, nunca esquecendo que a afetividade é a base de todo o processo de desenvolvimento, principalmente do ensino-aprendizagem.
Partindo da organização do eu, a criança pouco a pouco irá ampliando o seu espaço. Sensação, percepção, cognição e afeto caminham lado a lado na trilha do conhecimento humano.
O homem é um ser social. As relações da criança no grupo são por isso, importantes não só para aprendizagem social, mas fundamental para tomada de consciência de sua personalidade.
A confrontação com os amigos permite-lhe constatar que é um entre outros e que, ao mesmo tempo, é igual e diferente deles.
Através da dinâmica psicomotora, pretendemos que a criança perceba as reais potencialidades do seu corpo, dando conta das possibilidades e dificuldades do mesmo.
Este trabalho oferece-lhe uma melhor aceitação das diferenças, uma melhor percepção de seu próprio corpo, o prazer do movimento pela brincadeira que pode despertar consequentemente um maior desejo no ato de aprender.
Uma das principais propostas deste trabalho na educação infantil, portanto, é criar espaços e oportunidades onde ás crianças se vejam podendo realizar várias atividades, sempre experimentando, pois acreditamos que só assim elas podem de fato, tornar-se cada vez mais saudáveis, confiantes e autônomas.
O psicomotricista é um profissional que cuida do processo de afetividade, pensamento, motricidade e linguagem, onde a dinâmica psicomotora auxilia no potencial de relação pela via do movimento de comunicação.
Falaremos dos diversos fatores que agem no desenvolvimento do ser humano. A sensação, a percepção, a imaginação, a linguagem e suas formas.
SENSAÇÃO
PERCEPÇÃO
ATENÇÃO
MOTIVAÇÃO
MEMÓRIA
É o reconhecimento dos estímulos presentes num ambiente, feito pelo aparato sensorial humano, a visão, a audição, o tato e o olfato.
DEFINIÇÃO:
PERCEPÇÃO
É a organização das informações obtidas por meio das sensações. Forma, peso, altura, distância, tamanho, localização espacial, tonalidade, intensidade, textura entre outros.
Grande, alto, longe, perto, antes, depois, claro, escuro, barulhento, agudo, rugoso, liso, etc... É importante ter claro que a percepção é parte do sistema dinâmico do comportamento humano. Ela depende de outras atividades intelectuais do indivíduo ao mesmo tempo em que as influencia.
IMAGINAÇÃO
É o reflexo criativo da realidade.
Ex.: Brincadeiras de faz de conta. Super homem, Pelé, e etc...
 A FORMAÇÃO DESTE PROCESSO
Sensação a partir da gestação.
A percepção é instintiva de zero à dois anos, quando se torna consciente.
A imaginação tem início aos três anos.
Desenvolvem-se através da experiência da criança com o meio ambiente, dependendo das atividades que realiza em seu grupo social.
RELAÇÃO ENTRE A SENSAÇÃO E A PERCEPÇÃO
É uma relação mútua, a percepção é conseqüência da sensação.
Segundo Piaget, para haver o desenvolvimento cognitivo é necessário antes o desenvolvimento perceptivo, pois a percepção se refere ao conhecimento que se tem dos objetos ou movimentos, obtidos através do contato direto e atual com os mesmos.
A inteligência, por sua vez possibilita o conhecimento de outros aspectos dos objetos e movimentos e que subsiste mesmo na ausência de contato direto com eles.
Ex.: Pelo tamanho da roupa da pessoa sabemos seu tamanho e peso aproximados, mesmo que a pessoa não esteja presente.
A POSIÇÃO DE VYGOTSKI EM RELAÇÃOÀ PERCEPÇÃO
Enquanto Piaget considere que durante todo o período sensório-motor, a percepção não se separa da ação. O bebê percebe um objeto que já conhece reproduzindo o gesto que habitualmente emprega quando usa (chocalho).
Vygotski chama atenção para o papel da fala na modificação das percepções iniciais da criança pequena. Pelas palavras aprendidas, as crianças isolam certos atributos dos objetos e formam novas categorias explicativas para os mesmos.
Podemos então perceber o objeto por rótulos verbais como, é grande, é pequeno, está bem perto. Por meio da fala, a criança pode, ainda, controlar verbalmente sua atenção e, consequentemente, reorganizar seu campo perceptivo.
IMAGINAÇÃO X REALIDADE
Para imaginação existir, é necessário que se tenha acumulado certo número de experiências da realidade, através das sensações e percepções.
RELAÇÃO ENTRE IMAGINAÇÃO E SIMBOLIZAÇÃO
A imaginação é mental e a simbolização é a transposição dessa imagem mental para o plano real. Levando em conta que a imaginação é um reflexo criativo da realidade, é necessário se externar para o mundo real através da simbolização.
CONDIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO
DA CAPACIDADE IMAGINATIVA
Um ambiente acolhedor, que promova a liberdade de pensamento, que incentive a ousadia nas formas de expressão, que valorize a descoberta do novo. Daí a preocupação em fazer da escola também um local onde os outros possam aperfeiçoar seus processos sensoriais, perceptivos e imaginativos.
Isso pode ser alcançado por meio de experiências que estimulem a exploração, a experimentação e a criação. É conhecendo, explorando e criando que as crianças se constituem enquanto sujeitos.
AS RELAÇÕES ENTRE MOTIVAÇÃO E APRENDIZAGEM
A motivação para aprender nada mais é do que o reconhecimento pelo indivíduo, de que conhecer algo irá satisfazer suas necessidades atuais ou futuras. A aprendizagem é mais eficiente quando existe motivação. Portanto a relação entre motivação e aprendizagem tem que ser mútua.
Portanto vemos que o ser humano necessita dos órgãos sensoriais, no caso as sensações para a partir daí formar a percepção sobre as coisas, consequentemente estes dois, sensação e percepção, dando base para a criação de objetos de imaginação.
A imaginação por sua vez trabalhando em conjunto com o cognitivo (inteligência) formam conceitos cada vez mais completos (abstratos) detalhistas, logo após, muitos destes conceitos tendendo ao concreto, através da comprovação.
Já a linguagem, em suas diversas formas, é fundamental para a interação social, apropriação das experiências de gerações precedentes, assimilação de conquistas alcançadas, organizando, articulando e orientando o pensamento.
O afetivo tem que trabalhar sempre em conjunto com o cognitivo, para que se tenha um melhor desenvolvimento do ser humano, nos aspectos intelectuais, emocionais e éticos porque consideramos que a afetividade pura é ética.
	DESENVOLVIMENTO E COMPORTAMENTO MOTOR
Para Piaget o comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo. O desenvolvimento do indivíduo inicia-se no período intra-uterino e vai até aos 15 ou 16 anos.
A construção da inteligência dá-se, portanto, em etapas sucessivas, com complexidades crescentes, encadeadas umas as outras. A isto Piaget chamou de “construtivismo seqüencial”. 
DESENVOLVIMENTO E CUIDADOS
A partir da 9ª semana, tem início o período fetal onde ocorrerá o desenvolvimento da genitália externa e o feto ao final da décima semana possuirá cerca de 61mm. Portanto o período embrionário termina na oitava semana, nesta época, os primórdios de todas as estruturas essenciais estão presentes.
O período fetal que se entende da 9ª semana até o nascimento, caracteriza-se pelo crescimento e elaboração das estruturas.
Os fetos tornam-se viáveis a partir da 22ª semana após a fertilização, mas suas chances de sobrevivência não são boas enquanto não foram várias semanas velhos.
Durante o primeiro trimestre, as células se multiplicam e os órgãos crescem visivelmente mesmo antes de o embrião se tornar feto. A cabeça cresce de forma desproporcional e o pequeno coração começa a pulsar.
No segundo trimestre, apesar de todos os órgãos já estarem presentes, o feto ainda não consegue viver fora do corpo da mãe.
Os três últimos meses são dedicados ao crescimento, e o nono mês para a existência independente. Quanto mais tempo o bebê permanecer no útero no terceiro trimestre, maiores serão as chances de sobreviver ao nascimento. Nessa época, o bebê mede geralmente de 50 a 55 centímetros e pesa de 3 a 3.600 quilogramas.
Como vimos o bebê passe seus nove primeiros meses de vida num crescimento e desenvolvimento contínuos. Poderíamos imaginar que o crescimento encontra-se limitado exclusivamente à relação existente entre a mãe e o feto. No entanto, descobrimos que o meio exterior também tem profundas implicações em todo o organismo.
CUIDADOS
PRÉ-NATAL
O pré-natal, composto por vários exames e acompanhamento médico, é o melhor aliado do casal para garantir uma gestação segura, um parto satisfatório e o nascimento de um bebê saudável. O trabalho de pré-natal deve iniciar logo que a gestação seja detectada.
A consulta nada mais é do que uma conversa informal com o obstetra, ocasião em que a gestante relata suas dúvidas e possíveis alterações.
Além das dúvidas que serão tiradas e a constatação de seu estado de saúde, o pré-natal tem por principal objetivo assegurar que a gravidez esteja transcorrendo bem e se desenvolvendo sem complicações.
A cada consulta, o médico deverá checar a pressão arterial, medir o abdome e auscultar os batimentos cardíacos do bebê, entre outros procedimentos habituais.
Durante as visitas realizadas a partir do terceiro trimestre de gestação, o médico, deverá solicitar alguns exames, dentre eles o sanguíneo entre a 16ª e a 18ª semana, com a finalidade de detectar possíveis problemas neurológicos ou síndrome de Down.
Alguns especialistas costumam pedir o ultra-som quando a gestante se aproxima da 20ª semana, além de solicitar também o teste de glicose para detectar diabetes.
O terceiro trimestre representa a etapa final da gestação, por isso os cuidados redobram. O obstetra deverá efetuar um check-up na futura mamãe, no qual irá avaliar o peso e a pressão sanguínea, além de acompanhar os batimentos cardíacos do bebê.
Da 28ª a 36ª semana as consultas devem ocorrer a cada 15 dias, a partir dessa fase devem ser feitas semanalmente até o nascimento do bebê.
NASCIMENTO
APGAR E ENE
APGAR
Este índice foi criado por uma anestesista inglesa, Dra. Virgínia Apgar, na década de 50. É o método mais comumente empregado para avaliar o ajuste imediato do recém-nascido à vida extra-uterina, avaliando as condições de vitalidade.
Consiste na avaliação de cinco itens do exame físico do recém-nascido, com 1, 5 e 10 minutos. Os aspectos avaliados são: freqüência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele.
	Sinal
	0
	1
	2
	Frequência cardíaca
	Ausente
	Lenta (abaixo de 100 batimentos por minuto)
	Maior que 100 batimentos por minuto
	Respiração
	Ausente
	Lenta, irregular
	Boa, chorando
	Tônus muscular
	Flácido
	Alguma flexão nas extremidades
	Movimento ativo
	Irritabilidade reflexa
	Sem resposta
	Careta
	Tosse, espirro ou choro
	Cor
	Azul, pálido
	Corpo rosado, extremidades azuis
	Completamente rosado
	Para cada um dos cinco itens é atribuída uma nora de zero a dois. Somam-se as notas de cada item e temos o total, que pode dar uma nota mínima de zero e máxima de 10. Uma nora de oito a dez, presente em 90% dos recém-nascidos significa que o bebê nasceu em ótimas condições.
Uma nota 7 significa que o bebê teve uma dificuldade leve. De 4 a 6, traduz uma dificuldade de grau moderado, e de 0 a 3 uma dificuldade de ordem grave. Se estas dificuldades persistirem durante alguns minutos sem tratamento pode levar a alterações metabólicasno organismo do bebê gerando uma situação potencialmente perigosa, chamada de anóxia.
O boletim Apgar de primeiro minuto é considerado como um diagnóstico da situação presente, índice que pode traduzir sinal de asfixia e da necessidade de ventilação mecânica. Já o Apgar de 5º minuto e o de 10º minuto são considerados mais acurados, levando ao prognóstico da saúde neurológica da criança.
Resumindo, o Apgar é um índice que avalia as condições de vida do recém-nascido realizado por um pediatra, após a desobstrução das vias aéreas superiores no 1º, 5º e 10º minuto após o nascimento.
APRENDIZAGEM MOTORA

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