Buscar

Pontos para Observação de Produtos Artísticos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

PONTOS PARA OBSERVAÇÃO DE PRODUTOS 
ARTÍSTICOS 
 
O roteiro para a observação da arte, pontua questões que podem ser tanto 
plásticas quanto simbólicas. Dessa forma, tanto o comentário plástico quanto o simbólico 
podem fazer uso dos mesmos termos; cabe aos envolvidos, professores e alunos, 
considerar ou não as metáforas que circulam entre essas duas condições. 
Nos processos arte-educacionais acredito que a observação associada ou não a 
comentários sobre as produções artísticas, precisam de um olhar que considere a 
possibilidade de ampliar, focar, decompor, selecionar, relacionar as partes ou o todo de 
uma composição, mas nunca tentar entender a obra que está sendo contemplada. 
É preciso também eliminar esse caminho confortável que é limitado entre o “gostei” 
e “não gostei”. Diferentemente do que pode ocorrer numa visita a uma exposição numa 
galeria ou museu, em sala de aula ou num atelier apenas gostar ou não gostar de um 
produto artístico em nada acrescenta. É preciso aprofundar a observação para ampliar o 
olhar. 
Observações ou comentários sobre trabalhos que foram produzidos pelos alunos, 
precisam de muita atenção para que exerçam um papel verdadeiramente construtivo. 
Interessar-se pela produção do aluno, apontar descobertas, compartilhar 
sensações que aquele trabalho provoca, considerando a multiplicidade de interpretações 
que uma obra pode trazer, dependendo do olhar de cada um, é em si material promotor 
de diálogo entre professor e aluno e estímulo para que o aluno dialogue com o próprio 
trabalho. 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
1 / 13 
 
 
 
Se considerarmos como propósitos o desenvolvimento criativo, estético e 
emocional dos nossos alunos, o exercício da reflexão é uma ferramenta obrigatória tanto 
para eles quanto para nós professores. É a reflexão que desenvolve a sensibilidade e 
juntas enriquecem o olhar e ampliam o vocabulário para a comunicação com o aluno. 
A arte não se limita a um “botar pra fora”, como comumente as pessoas gostam de 
definir. A partir do modernismo, a arte passou a ser um instrumento de liberdade e uma 
grande oportunidade de revisão estética em seu sentido mais amplo. Precisamos fundir a 
liberdade estética que ela oferece a um pensar, olhar, falar e escutar mais sensibilizados. 
Seus reflexos vão bem além da arte, reverberam na vida. 
As questões simbólicas que podem surgir a partir das ações artísticas e que são 
eventualmente percebidas pelo professor, precisam ter a sua importância restrita ao 
desenvolvimento dos alunos. Ter consciência da existência de um mundo simbólico 
presente dentro do universo artístico já é por si só especialmente importante, porque 
reforça o respeito que um profissional precisa ter pelos significados contidos em qualquer 
manifestação artística. 
Em termos mais práticos o acesso ao simbólico, quando ocorre, serve para o 
reconhecimento e entendimento de determinadas atitudes, reações e relações que o 
aluno pode estar estabelecendo com êle mesmo, com o espaço, com o outro e com o 
material. Reforço que não cabe ao professor de artes “tratar” questões. Portanto, quando 
aspectos de ordem simbólica forem observados só terão relevância arte-educacional se 
puderem facilitar ou gerar ampliação no contato do aluno com seu universo artístico e 
intelectual. 
Nesse material que compartilho com vocês, separei as possibilidades de olhar o 
trabalho do aluno sob dois pontos de vista, apesar estarem na prática fundidos. 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
2 / 13 
 
 
 
 
Sob o ponto de vista plástico 
1. Como se sentiu com a proposta? 
Onde sentiu presente o resultado (*)? 
No​ ​processo ou no produto? ​Quero dizer:​ O que você gostou mais: de 
fazer ou de como ficou o seu trabalho? 
O ​resultado ​pode ocorrer no processo, no produto, ou em ambos. 
No caso de um grupo adolescente já maduro, discutir suas diferenças e os vínculos que 
podem ser criados entre ​processo e produto, ​além da possibilidade de estar contido no 
produto algo aproximado à experiência vivida no processo, ou não. E ainda, a possibilidade 
de ser o produto um registro do processo. 
 
2. Onde acredita que colheu motivação para esse seu trabalho? Interna 
ou externamente? 
Acredita que auto exigências influenciam o seu processo criativo? 
Quando se iniciam as práticas artísticas, é comum as motivações terem origem nas 
emoções pessoais do autor; são portanto motivações originárias do ​interno. 
Com o desenvolvimento das práticas (o exercício do fazer artístico), pode ocorrer uma 
migração das motivações para temas sociais, políticos, filosóficos... Nestes casos o artista 
estaria sendo instigado a pensar e agir artisticamente sobre o que ocorre ​externo ​a ele. 
Portanto suas motivações são externas. 
Ainda sobre a questão do interno e do externo se estão ou não presentes na mesma obra, 
é preciso observar se o autor não está sendo descritivo. Em geral os trabalhos descritivos 
apresentam excesso de controle do autor e são compostos por recursos selecionados para 
descrever uma “emoção específica”, tornando o que seria uma linguagem artística em texto 
explicativo, o que consequentemente leva a uma manifestação artística falsa. 
Sobre as ações artísticas pautadas no externo, é preciso atenção, já que podem ser 
construídas apenas por referências sem subjetivação (que são aquelas opiniões capazes 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
3 / 13 
 
 
 
de gerar códigos pessoais). Esse caminho é também gerador de estereotipação na 
linguagem artística. 
A estereotipação é em geral uma iniciativa que tenta agregar valor aos resultados, através 
de recursos que produzam efeitos de beleza. Também se caracteriza por uma busca 
aceitação e unanimidade para o que foi produzido. 
 
3. Observar o que pode ser descritivo (o que é atrelado a um significante) 
e o que pode se apresentar mais expressivo / subjetivo (atrelado a um 
significado). 
Se a arte contempla a ​subjetividade​, ela também contempla uma infinidade de 
significados. A descrição de significados, portanto, ancora, restringe, impede a sua 
infinitude. 
 
4. Observar possíveis uniformidades e embaçamentos na composição. 
A falta de contraste ou mesmo de oposições entre elementos pode sugerir falta de 
contraponto​. 
Os contrapontos são recursos que costumam oferecer ​diálogo plástico ​entre os elementos 
que compõem a obra. 
Essa dinâmica (ou conversa) dentro da obra favorece o desenvolvimento de uma outra 
dinâmica que é aquela promovida pelo diálogo entre ​a obra e o contemplador​. 
Ainda sobre o diálogo, um elemento pode 
 
5. Observar se há algum elemento ou uma parte da composição que 
capture o seu olhar e ofereça um ponto de partida para a contemplação 
do todo. 
Pode ser visto como o coração da obra. 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
4 / 13 
 
 
 
Quando plenamente auto representativo, o elemento deflagrador (coração) pode se 
localizar no centro da composição e significar o ​“eu”​ e os outros elementos dessa 
composição como situações relacionáveis com esse ​“eu” 
No casodo elemento deflagrador não se constituir auto representativo, ele pode então 
significar “o” ou “os” elementos geradores de uma questão, opinião ou conflito que o autor 
quer abordar. 
 
6. Observar se alguma parte da composição parece dispensável, 
supérflua. 
Toda parte que pode se imaginar retirada da composição sem oferecer “falta” ou perda de 
força para a obra, pode e deve ser retirada. A falta provocada, pode realizar vazios 
importantes para respiração ou para enfatizar algo. 
Toda forma ou ​recurso de adorno​ empregado num produto artístico em nada acrescenta à 
sua linguagem,, apenas retira a força, embaça ou provoca ruídos. 
 
7. Dividindo o espaço de composição em 8 espaços, tendo como ponto 
de partida uma cruz imaginária que tem seu meio no centro do papel, 
tela... teremos: 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
5 / 13 
 
 
 
 
● No ​espaço 1​ os elementos ali localizados costumam ter maior leveza do que os 
que se ocupam o ​espaço 2 ​, que por sua vez ganham maior peso. Se pensarmos 
uma figura humana como único elemento de uma composição e se essa estiver 
localizada no ​espaço 1​, possivelmente a relação do autor com o mundo deve estar 
sendo onírica e ou distanciada de elementos reais, concretos. Já, se a mesma 
figura humana estiver localizada no ​espaço 2​, possivelmente deve existir uma 
relação mais concreta do autor com o mundo. 
● Quando há diálogo entre os ​espaços 3 e 4​, é importante notar que os elementos 
localizados no ​espaço 3 costumam deter a ação (parte ativa) e os elementos 
localizados no ​espaço 4​ costumam ser mais receptivos da ação (parte passiva). 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
6 / 13 
 
 
 
 
● A ideia de trânsito ou deslocamento de um elemento dentro de uma composição se 
faz mais facilmente da esquerda para a direita, ou seja do ​espaço 3 para o ​espaço 
4​. O movimento contrário costuma oferecer maior resistência visual. 
 
 
● Os elementos que atravessam ou sugerem trânsito entre os ​espaços 5 e 8 assim 
como entre ​6 e 7​, produzem deslocamentos diagonais e ganham velocidade em 
seus movimentos. 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
7 / 13 
 
 
 
 
 
 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
8 / 13 
 
 
 
Sob o ponto de vista simbólico 
1. O tamanho da composição realizada ou até mesmo de um único 
elemento dentro do espaço pode falar da relação que esse indivíduo 
acredita existir entre a sua história e o outro, seja esse outro pessoa ou 
mundo. Ou ainda, como ele vê ou sente a escuta e o olhar desse outro 
sobre a sua história. 
2. Em geral, o elemento central da composição, seja figura, abstração ou 
mesmo o vazio, é a representação simbólica do “eu”. 
 
 
3. Ainda sobre a simbologia do elemento central 
● Em muitas composições podemos perceber o conceito das mandalas mesmo naquelas que 
não foram conscientemente produzidas para esse fim. 
● O centro de uma mandala costuma preservar o “eu” mais essencial de um indivíduo (eu 
individual) e as camadas mais externas têm gradativamente maior relação com o social (eu 
social). Portanto, as relações do centro da mandala com essas camadas podem ser 
observadas, considerando cor textura, tamanho, cuidado e tempo dispensado, por exemplo. 
 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
9 / 13 
 
 
 
4. O espaço 5 costuma ser o espaço de representação do feminino, da 
mãe, ou sua representação. 
 
 
5. O espaço 7 costuma ser o espaço de representação do masculino, do 
pai, ou sua representação. 
 
6. Sobre os materiais e suas possíveis relações com a simbologia 
● Quando há livre escolha de materiais, o aluno costuma ir de encontro ao que melhor o 
representa naquele dia ou momento de vida. Por isso materiais muito específicos ou por 
qualquer razão limitados pelo professor podem ser também limitadores da expressão e 
reduzidores das ações que podem oferecer significados símbolos. 
● Materiais concretos e não modeláveis, como madeiras, papelões e algumas sucatas, 
quando são utilizados para construções, simbolicamente se nutrem e se fazem representar 
muito mais através de “opiniões” do que de “emoções”. 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
10 / 13 
 
 
 
Nota-se que há uma visão mais crítica presente nos conteúdos apresentados pelos alunos 
que fazem a escolha desses materiais. 
● Exemplo de representação simbólica na forma de opinião: 
Intencionalmente um aluno pensa (faz o projeto) para a construção de uma casa e 
para isso usa uma caixa de papelão, pinta a parte interna dela e insere um boneco 
de argila. A casa não tem móveis, apenas uma pequena pintura como 
representação de um quadro na parede. 
Terminado o trabalho, espontaneamente o aluno diz ou age como se dissesse: 
“Esse menino fica muito sozinho”​ (caso de um menino francês com 9 anos e 
diagnóstico de autismo) 
As construções costumam colocar o aluno numa postura de terceira pessoa. Há um 
certo distanciamento entre a criança que constrói e o sentimento ou emoção 
propriamente. Como se houvesse mais opinião a respeito de algo do que expressão 
emocional. 
● Exemplo de representação simbólica na forma de emoção: 
Num desenho, pintura ou modelagem (não intencional, sem projeto), depois de 
terminado o trabalho, espontaneamente o aluno diz ou age como se dissesse: ​“Um 
menino sozinho”​. 
Nesse caso, não há terceira pessoa, não há distanciamento, não há ponto de vista. 
O aluno se funde à sua arte (onde transitam as suas emoções) como fazem 
também as crianças até os 2 ou 3 anos que se fundem à mãe. 
● Materiais mais sólidos, como bastões de cor (pastel oleoso, lápis cera...), lápis de cor e a 
argila por exemplo, aproximam o aluno de uma possível necessidade de construção de 
ideias mesmo que emocionais. Há na escolha desse tipo de material uma espécie de 
distanciamento (que pode ser inclusive saudável) entre a expressão em si e aquele que a 
expressa. 
● Materiais pastosos ou neles transformados durante o processo (como a argila com muita 
água, por exemplo) costumam ter relação com emoções, mas principalmente aquelas 
relacionadas com desejos mais pulsionais que sofrem impedimento moral e/ou religioso, 
como é o caso dos impulsos de ordem sexual, amor ou afeto impossível, por isso nomeados 
como pecados, desejos “errados”. 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
11 / 13 
 
 
 
Mas é muito importante também considerar que no caso das crianças menores esse 
processo que transformaargila em lama pode ser perfeitamente justificado pela natural 
necessidade sensorial dessa fase. Nesses casos não há projeto de construção apenas o 
prazer do processo, Já os alunos com mais de 7 anos que têm a intenção de algo em 
especial (um boneco, um animal, uma casa… mas que durante a execução colocam água 
em tanta quantidade que a forma termina por não se sustentar pode indicar fragilidade 
emocional, baixa autoestima. 
● Materiais mais líquidos costumam ter relação com as emoções mais básicas e urgentes. 
São emoções sem controle, por vezes mais difusas ou confusas, que pode ter sofrido algum 
impedimento e não puderam ser expressas, como é o caso de algumas formas de amor, 
prazer, ódio, perda, distância, afeto... 
● A maneira como certos materiais são empregados é um ponto importante de observação 
para professor. Os movimentos de lápis, pincéis e bastões de fora para dentro (como se 
fossem em direção ao umbigo) podem indicar necessidade de nutrição. Esse movimento é 
naturalmente esperado em crianças pequenas (até os 2 anos, ou 3 no máximo), mas, no 
caso das crianças maiores, esse movimento pode voltar a ocorrer, ou até nunca terem sido 
abandonados caso haja queima de etapa de desenvolvimento, imaturidade neurológica / 
emocional e também por desnutrição emocional por qualquer contingência...entre outros. 
 
7. Entre os alunos com até 5 anos, cronológicos ou de maturidade, os 
movimentos horizontais com qualquer ferramenta sobre papel, 
tela...quando ganham presença, seja pela dedicação, intensidade, 
destaque ou cor, podem sinalizar para alguma maturidade social ou 
desejo de socialização, ou ainda expressarem o desejo de aproximação 
entre dois pontos. 
 
8. Movimentos diagonais dentro de um suporte bidimensional (papel, 
tela...), assim como as espirais e as garatujas quando presentes nos 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
12 / 13 
 
 
 
desenhos depois dos 3 anos, podem indicar movimento, transformação 
em processo ou o desejo de que eles aconteçam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: Helio Rodrigues 
 
v.2019 ATENÇÃO​:​ ​Os conteúdos dessa apostila podem ser utilizados parcial ou integralmente para fins 
acadêmicos ou de publicação, contanto que sejam sempre preservados os créditos ao autor. 
13 / 13

Outros materiais