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Marcela Maria Lopes Costa – 14º Turma de Medicina da Universidade Estadual do Maranhão Urologia Câncer de Pênis 1.0 INTRODUÇÃO Neoplasia rara em países desenvolvidos Brasil: mais comum na região norte Mais prevalente entre 40-70 anos Fatores de risco: • Presença de prepúcio – esmegma (mas não tem sido comprovado como substância cancerígena.) • Fimose • HPV 16/18, mas não com HIV/AIDS. • Higiene inadequada • Baixo nível socioeconômico 2.0 PATOLOGIA Neoplasia primária ou secundária raras (quando essa ultima acontece, geralmente é a partir de órgãos pélvicos masculinos como bexiga, próstata e reto). Lesões primárias: 95% carcinoma espinocelular! Nos critérios de Broders: 70% dos casos são entendidos como bem diferenciados As entidades pré-malignas são: balanite xerótica, obliterante, condiloma gigante. 3.0 CLÍNICA As lesões são em maioria verrucosas ou ulceradas. • Glânde 48% • Prepúcio 21% • Sulco coronal 6% Outro fator importante é que podem evoluir com infecção secundária e secreção purulenta. A drenagem linfática do pênis é para a região inguinal. Por isso, durante o surgimento do câncer, tem-se a necessidade de fazer um diagnóstico diferencial da adenomegalia: câncer metastático ou infecção? Uma maneira de diferenciar é fazendo antibioticoterapia prolongada após tratamento da lesão primária e análise posterior. A metástase hematogênica e comprometimento visceral é raro. A biópsia é OBRIGATÓRIA (inclusiva congelação). 4.0 ESTADIAMENTO TNM Tumor (T) Tx T0 Tis T1 T2 T3 T4 Não possível avaliar Sem evidência In situ Invade tec. conjuntivo subepitelial Invade corpo cavernoso ou esponjoso Invade uretra ou próstata Invade estruturas adjacentes Linfonodos Regionais (N) NX N0 N1 N2 N3 Não possível avaliar Sem evidências de infiltração Metástase única Múltiplas ou bilaterais superficiais Profundos pélvicos ou inguinais Metástase Distante (M) MX M0 M1 Não é possível avaliar Nenhuma metástase distante Metástase à distância Sistema mais simples e menos detalhado: Jackson Marcela Maria Lopes Costa – 14º Turma de Medicina da Universidade Estadual do Maranhão Estádios Descrição I Confinado à glande e prepúcio II Invade corpo cavernoso III Metástase linfonodais inguinais passíveis de ressecção cirúrgica IV Invade estruturas adjacente Linfonodos inoperáveis Metástase à distância Estadiamento Clínico: A. Exames diagnósticos RNM e USG – avaliar extensão do tumor B. Avaliação do comprometimento linfodonal Exame físico, aspiração por agulha, biópsia de linfonodo sentinela e linfografia. Lembrando que: quando positivo, confirma comprometimento, quando negativo, é necessário avaliar após antibioticoterapia. C. Avaliação de metástases a distância RX de tórax, TC de abdome e pelve, PET-TC 5.0 TRATAMENTO • Lesões pequenas do prepúcio – postectomia (maior recidiva), mas podem ser utilizados ainda o 5-fluoruracila (5-FU) e o imiquimode, antimetabólicos que tem sido utilizados para neoplasia in situ. • Invasão da glande e extremidade distal – penectomia parcial mantendo a permeabilidade da uretra remanescente – Margem de 1,5 a 2 cm com coto remanescente – 3 cm. • Tumores avançados ou que acometem a base do pênis: penectomia total ou uretroplastia perineal. No momento da ressecção não é fundamental a ressecção de linfonodos também. Primeiro é feito avaliação da adenopatia inguinal pós- procedimento. Com ATB por 4-6 semanas e caso persista a linfonomegalia, faz-se linfadenectomia inguinal no triângulo de scarpa. Essa tentativa de adiar o procedimento justifica pela morbidade elevada pós-cirúrgica com linfadema de mm.ii. • Cirurgias mais conservadoras: casos selecionados com citologia menos agressiva. • Radioterapia e baquiterapia: restrita (recidiva alta) • Laser e crioterapia: resultados pobres em lesões indiferenciadas e infiltrativas. • Quimioterapia – possibilidade em doença metastática
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