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FARMACODINÂMICA - resumo farmacologia

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Estuda a maneira de como as drogas influenciam os processos do organismo 
pela sua interação com receptores específicos e, portanto, seus mecanismos 
de ação e seus efeitos resultantes. O que o fármaco faz no organismo? 
✓ Fármaco → Alvo Farmacológico. 
✓ A resposta é proporcional a dose. 
 
Alvos farmacológicos: são proteínas carreadoras, enzimas, canais iônicos e 
receptores. São todas proteínas. Presentes no organismo. 
 
• Para entendermos e verificarmos a atividade devemos conhecer a 
estrutura. 
Proteínas: As proteínas são constituídas de aminoácidos. Os aminoácidos 
são constituídos por cadeias de carbono, ligadas a átomos de hidrogênio, 
oxigênio, nitrogênio e as vezes a enxofre, contendo um grupo carboxila e 
um grupo amina. 
As ligações entre os aminoácidos (carboxila com o grupamento 
amina) são denominadas ligações peptídicas. Os aminoácidos podem 
constituir peptídeos, polipeptídeos e proteínas. São cerca de 20 a 24 
aminoácidos que compõem as proteínas. 
As proteínas tendem a sua forma, de acordo com a polaridade dos 
radicais dos aminoácidos vizinhos, que pode possuir cargas contrarias ou 
semelhantes e isso repele ou aproxima os aminoácidos, formando uma 
conformação. 
Proteínas carreadoras são estruturas terciarias, no processo de 
excreção no túbulo renal por exemplo. 
Proteína quaternárias: hemoglobina → possui 4 globinas e no meio 
tem um grupo M que gruda elas, algumas doenças (anemia falciforme, etc) 
é devido a defeitos na globina. 
 
ALVOS FARMACOLÓGICOS 
Canais iônicos: é uma proteína quaternária que devido sua estrutura 
permite um canal que separa os 2 lados. Permite às passagens de íons, cada 
canal permite íons diferentes. Esses íons possuem pelo menos duas grandes 
importâncias: alterar a polaridade da membrana ou ativar enzimas 
intracelulares. Ex.: Cálcio. O canal abre e fecha devido à mudança na 
conformação da proteína e isso ocorre pois existem cargas elétricas que 
irão passar pela membrana e se for possível, quem se liga ao canal. Por 
isso temos dois tipos de canais, os VOC (canal operado por voltagem) e 
os ROC (canal operado por voltagem). 
→ VOC: a voltagem da membrana que dirá se o canal irá abrir ou não. 
 
Canais iônicos operados por ligante: quanto tem na proteína um lugar 
onde a droga pode se ligar, chama-se sítio de ligação e pode mudar a 
estrutura da proteína e o íon passa. 
*Quando a droga liga-se a uma proteína ela enfraquece as ligações com 
aminoácidos alterando sua forma. Quando a droga desliga-se da proteína 
ela volta como era antes. 
 
 
Excesso de K pode causar uma parada cardíaca, muito Ca
2+
 circulando há 
uma contração excessiva, excesso de Na, despolariza muitas vezes e 
ocorre taquicardíaca. 
A droga não precisa se encaixar no canal iônico para mudar a 
conformação, a diferença de potencial da membrana faz este efeito. 
Como por exemplo, o nodo sinoatrial. 
A D-tubocurarina bloqueia o sítio de ligação impedindo a passagem do 
íon. 
• Em um mesmo canal iônico pode ter sítios diferentes de um fármaco 
que modula o canal. 
• O canal iônico está presente em várias células diferentes e bloqueando 
determinado canal prejudica a dinâmica de vários órgãos. 
 
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• Os canais são diferentes devido a voltagem de cada íon. 
• O sistema nervoso central manda um impulso nervoso, que segue numa 
fibra nervosa. Conecta-se com uma segunda fibra nervosa. Na primeira 
fibra, há entrada de íons Na e K (VOC), no final desta, o axônio libera um 
neurotransmissor, e no outro neurônio, há presença de canais iônicos 
operados por receptores, onde o neurotransmissor irá se encaixar. Quando 
isso ocorre o canal se abre, entra Na despolarizando a célula e abre-se 
canais operados por voltagem. Um exemplo destes tipos de canais 
encontra-se nos gânglios Ng. 
 
Proteínas carreadoras: Proteínas carreadoras possuem sítios de ligações 
específicos para determinados substratos. Não criam passagem contínua 
como os canais iônicos. 
 
 
Quando ocorre despolarização → neurônio é jogado para o espaço 
neurotransmissor (noradrenalina) → esse mecanismo é iniciado por 
proteínas carreadoras → a noradrenalina sai do sangue após liberada e vai 
para o citoplasma onde lá é degradada. 
Esse processo ocorre também com dopamina e serotonina, que tem esse tipo 
de captação neuronal. 
• Ex. 1: excesso de noradrenalina na α1 dilata os olhos. 
• Ex. 2: antidepressivos tricíclicos bloqueiam a captura 1. 
• Ex. 3: bloqueadores seletivos de receptação de seretonina. 
Enzimas: catalisa uma reação; é uma proteína que tem sítio de ligação. O 
substrato se liga no sítio ativo e sai moléculas produzidas. 
A enzima monoaminoxidase (MAO) degrada a noradrenalina. Quando a 
MAO é inibida não tem degradação, ocorrendo uma saturação de 
noradrenalina no citoplasma e fenda (interstício). 
• Inibidores da MAO-A: antidepressivos – bloqueiam noradrenalina. 
• Inibidores da MAO-B: Parkinson, etc – bloqueiam dopamina. 
• Enzima quaternária – muito polar não passa barreita hematoencefálica, 
etc. Faz contração muscular liberando acetilcolina. A enzima 
acetilcolinesterase degrada a acetilcolina, se houver bloqueio da enzima 
ocorre excesso de acetilcolina. 
 
RECEPTORES 
 
Uma vez que a droga tenha formado uma ligação funcional com seu 
receptor (isto é, um complexo droga-receptor tenha sido formado), uma 
corrente, ou cascata, de eventos celulares é ativada, o que culminará nos 
efeitos bioquímicos e fisiológicos da droga. Tal cascata de eventos 
celulares, desencadeada pela ligação ao receptor então é amplificada, é 
denominada de transdução de sinal. 
 
• Receptores transmembrana acoplados a proteína G. 
Tem 7 α-hélices passando pela membrana, com uma ponta para 
fora e outra para dentro da membrana (pode ser C ou N terminal), o sítio 
de ligação estará na parte externa. Portanto é um receptor transmembrana 
acoplado a proteína G. 
Receptores acoplados a proteína G fazem uso de mensageiros 
secundários intracelulares para sua transdução de sinal. Algumas 
drogas ao se ligar ativam esses mensageiros, enquanto outras podem 
inibi-los. O AMPc, o IP3, o DAG e GMPc são exemplos desses 
mensageiros. 
 
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Alteração dos aminoácidos nas enzimas (α1, α1a, α1b), estão 
geralmente localizados em lugares opostos, precisando a seletividade de um 
fármaco. Muitos efeitos colaterais se dá pela não seletividade dos fármacos. 
- Receptor acoplado a proteína G fosforilada (pode perder fósforo). 
 Proteína G precisa ser ativada; para ser ativada a droga faz essa 
função. Ativando, a proteína tem função estimulatória Gs (ativa enzima) ou 
inibitória Gi (inativa a enzima). 
 A ligação de um agonista (fármaco ligante) ao RAPG (receptor que 
envolve a associação física do receptor com a proteína G) ativa a proteína G 
associada pela troca de GDP em GTP, o que estimula a subunidade α da β γ. 
Uma proteína G ligada ao GTP está ativa, ou "ativada", enquanto que uma 
proteína G que está ligada ao GDP está inativa, ou "desativada". 
 A proteína G pode facilitar a abertura de canal iônico. 
 
 
 
 
 
• Receptores transmembranaligados a quinase. 
Uma única proteína tem duas funções. A parte externa da proteína tem 
sítios ligantes (receptor). Ex. fator de crescimento. A parte interna 
funciona como enzima (mas precisa de um ligante para funcionar). Ex. 
insulina. 
Este tipo de receptor é 2 em 1, pois quando o ligante se encaixa na parte 
externa, a parte interna do receptor vira uma enzima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Receptores intracelulares – hormonas esteroides 
Receptores para os esteroides (testosterona, estradiol, cortisol, aldosterona, 
etc.) Possui 2 subunidades, uma vez ativado requer tempo para ter resposta 
celular, ele sinaliza síntese proteica, influência no processo de tradução. 
Anabolizantes: induzem síntese proteica, são esteroides (colesterol, 
hormônios sexuais, mineralocorticoides - aldosterona) são constituídos por 
3 ciclos de hexano e 1 pentano (ciclopentanodeidrofenantreno). 
 
Esteróide passa na membrana liga-se a subunidade citoplasmática → núcleo 
→ encontra a subunidade proteica nuclear → ativa → interfere no processo 
de síntese proteica (aumentando ou inibindo). 
 
Exemplo: temos um glicocorticoide, como é lipossolúvel passa facilmente 
através da membrana, na membrana existe uma subunidade do receptor, o 
qual são solúveis, quanto a unidade citoplasmática quanto a nuclear. O 
esteroide quando entra se fixa na subunidade citoplasmática, a subunidade 
junto com o esteroide entra no núcleo e quando isso ocorre se junta com a 
fração nuclear. Quando os três estão juntos o receptor esta ativo. E há uma 
regulação da síntese proteica, aumentado ou diminuindo a síntese de alguns 
tipos de proteínas. 
 
! As drogas precisam se ligar aos receptores para produzir seus 
efeitos. As moléculas das drogas formam ligações químicas com os 
receptores, e a força dessas ligações é determinada pela afinidade do 
receptor pela droga (a soma total das forças de atração entre a droga e seus 
receptores). ! 
 
 Algumas poucas substâncias, entretanto, são capazes de formar 
ligações fortes co-valentes (irreversíveis) com seus receptores. Os 
receptores são geralmente destruídos por causa dessas ligações. Os efeitos 
dessas substâncias ou drogas somente podem ser terminados uma vez que 
estruturas protéicas apropriadas, contendo novos sítios de ligação de 
receptores, tenham sido sintetizadas. Isso explica a prolongada duração de 
sua ação. Exemplos de drogas ou substâncias que formam ligações co-
valentes com seus receptores são os pesticidas organofosforados e a droga 
anti-hipertensiva fenoxibenzamina, que é usada para estabilizar a pressão 
sanguínea de pacientes que sofrem de feocromocitoma, antes de uma 
intervenção cirúrgica. A afinidade pode ser definida como a tendência 
que as moléculas da droga são atraídas para seus receptores. Quanto 
maior for à afinidade de uma droga por seus receptores, mais potente será 
a droga. 
 
VIAS DE TRANSDUÇÃO 
A droga atinge o seu alvo farmacológico, inicia uma sequência de ações 
até que a célula responda, e haja então uma resposta celular. A sequência 
que ocorre no interior da célula denomina-se transdução de sinal. 
 
• Como a célula traduz, identifica esse sinal acionado pela droga? 
Provavelmente estes processos de transdução pode dar origem a novos 
medicamentos, pois as maiores partes dos medicamentos atuam fora da 
célula, nos receptores, mas atualmente no mercado tem chegado novas 
drogas que atuam no interior da célula. 
 
Droga → Alvo molecular → A + B + C + D (transdução) → Resposta 
celular 
Existem vias distintas de sinal dentro da célula, que são rotas 
bioquímicas. O citoplasma é como uma sopa de substâncias. 
 AMPc 
 GMPc 
 NO 
 IP3(Inositol trifosfato), Dg (diacil glicerol), Ca (cálcio) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Via do AMP cíclico 
(3´5´-adenosina-monofosfato-cíclico); AMPc é originado através da quebra 
de ATP. Para ocorrer essa quebra precisa de adenilato ciclase (enzima). Só 
funciona se tiver o anel cíclico. A ativação da proteína G gera o 2º 
mensageiro = AMPc. 
 
Na membrana celular é encontrado 
o B receptor (transmembrana), o 
ligante quando se liga ativa a 
proteína Gs, ativando a enzima 
adenilato ciclase que transforma 
ATP em AMPc. Esse AMPc ativa 
uma proteína quinase A (enzima 
que causa fosforilação) essa 
enzima ativada causa relaxamento 
do músculo liso, por exemplo. 
 
Exemplo: uma pessoa que faz 
exercício físico a adrenalina liga-
se ao B receptor transformando ATP em AMPc. Caso a proteína seja 
inibitória não ocorrerá transformação de ATP para AMPc e a célula não fará 
sua função. 
Ex.2: musculo liso da arvore respiratória: encontrado no brônquio, traqueia 
e bronquíolo. Tem um receptor B2 que é ativado pela adrenalina, ativado, 
ativa a adenilato ciclase que transforma ATP em AMPc, que ativa a PKA, 
ocorre fosforilação → relaxamento → maior capacidade de oxigenação. Na 
asma ocorre bronco constrição a droga antagonista salbutamol ativa a B2 
para aumentar fluxo de O2. 
 
Via do GMP cíclico 
Monofosfato cíclico de guanosina. Endotélio vascular precisa de um 
aminoácido L-Arginina e a enzima NO-Sintase precisa de um estímulo. Por 
exemplo, estresse de estiramento (esticamento do endotélio) ocorre com o 
aumento da PA ou histamina. Uma vez estimulada a L-Arginina é 
transformada em L-Citrulina. 
O NO (óxido nítrico) é formado em radical livre. O NO formado sai do 
endotélio e vai para o músculo liso, no músculo liso ele ativa a enzima 
chamada guanilato ciclase e transforma GTP em GMPc → ativa a 
proteína quinase G → ocorre dilatação do vaso sanguíneo por exemplo. 
 
Ligante → alvo farmacológico (canais iônicos, proteínas carreadoras, 
enzimas, receptores) → ativação da vida (2º mensageiro) → resposta 
celular. 
 
Óxido nítrico (NO) é um gás que age como um ligante. Como os 
hormônios esteróides, pode se difundir diretamente através da membrana 
plasmática graças ao seu pequeno tamanho. Um dos seus papéis chave é 
ativar uma via de sinalização no músculo liso em torno dos vasos 
sanguíneos, aquela que faz o músculo relaxar e permite que os vasos 
sanguíneos se expandam (dilatação). De fato, a droga nitroglicerina trata 
doenças do coração desencadeando a liberação de NO, dilatando os vasos 
para restaurar o fluxo sanguíneo para o coração. 
NO tem se tornado melhor conhecido recentemente porque a via 
que ele afeta é alvo de medicamentos prescritos para disfunção erétil, 
como o Viagra. 
 
O ligante amplifica ou atenua a síntese de óxido nítrico e a subsequente 
produção de GMPc. 
 
 
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Via do IP3 
 
Receptores como o muscarínico da 
acetilcolina (M) estão acoplados 
com uma proteína G que estimula 
a fosfolipase C. Essa catalisa a 
hidrólise do PIP2 a produzir 
trifosfato de inositol (IP3) e 
diacilglicerol (DAG). O IP3 por 
sua vez pode estimular outros 
mensageiros intracelulares, tais 
como o cálcio ou a calmodulina e 
o DAG estimula a proteína-cinase 
C. Essa atua fosforilando a 
proteína alvo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CHOQUE: incapacidade de irrigaçãodos órgãos (perda de tônus), cai a 
pressão arterial, diminui a perfusão, diminui função dos órgãos. Drogas 
anti-hipertensivas podem levar a isso. 
 
CHOQUE ANAFILÁTICO: quando alguém é sensível imunologicamente 
a algo (alergeno) o corpo não reconhece como meu, o corpo então interpreta 
essa alergia como agressor. Ex. penicilina, AAs, toxina abelha, proteínas. 
Muitos não causam alergias, mas pessoas atópicas são mais fáceis de 
adquirir alergias. 
• Célula apresentadora (Ag) tenta reconhecer a molécula “estranha” e 
sinaliza por meio de intraleucinas os linfócitos; os linfócitos produzem 
anticorpos (IgE), os IgE se depositam numa célula (na membrana), a 
célula se chama mastócito (encontrado na pele, trato respiratório e trato 
gastrointestinal). Essa célula é cheia de histamina. Quando uma pessoa 
entra em contato 2x ou mais com o alergeno ele fixa-se no IgE e rompe a 
membrana do mastócito liberando toda histamina, sai do trato respiratório 
e vai para o sangue e endotélio. 
A histamina permite a entrada de Ca
+2
 na célula e continua o mesmo 
processo. O individuo fica sem ar devido a broncoconstrição e 
diminuição da PA. 
 
 
CHOQUE SÉPTICO / SEPSE: infecção que está ocorrendo dentro do 
vaso sanguíneo, tudo começa com uma bactéria. Pessoas de risco são 
imunodeprimidos, idosos, crianças, pacientes de UTI. Uma bactéria 
suscetível é a E. coli, que possui LPS (lipopolissacarideo), mesmo com a 
morte da bactéria ainda pode ter no organismo a LPS que tem uma 
estrutura negativa, podendo ativar a enzima calicuína, que transforma 
cininogênio em bradicinina (gerada fisiologicamente; mas em excesso é 
complicado). Bradicinina vai atuar principalmente nos vasos sanguíneos. 
 
EREÇÃO PENIANA: SNC ativa vias nervosas parassimpáticas, esse 
estimulo pode ocorrer por visão, tato, cheiro, metalização e situação de 
relaxamento (com influencia de níveis hormonais). 
 
O pênis é constituído por dois grandes tubos, que são os corpos 
cavernosos, os quais são constituídos por vasos sanguíneos (trabéculas, 
que são tecidos de musculo liso e possuem vasos sanguíneos). A ereção 
resulta de uma vasodilatação, depois de um estimulo sensorial, que parte 
do SNC (visual, tato, etc.). O estimulo que parte do SNC central, manda 
fibras parassimpática colinérgicas que quando chegam na região sacral, 
 
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irão se inervar à genitália masculina ou feminina. Quando estas fibras 
colinérgicas chegam nos vasos sanguíneos dos corpos cavernosos, elas 
liberam acetilcolina. No tecido erétil causa vasodilatação. O sangue entra e 
impedem a saída momentânea, desta maneira tem mais fluxo de sangue 
entrando e saindo. Para reverter este processo, existe um mecanismo, 
através da adrenalina, a qual atua em Alfa-1 e faz a vasoconstrição. 
 
A primeira droga útil foi a sildenafila (viagra) “seletivo” para PDE-5. A 
sildenafila bloqueia a PDE-5 e não ocorrera inibição do GMPc, e o sistema 
fica ligado. Quanto mais tempo o pênis fica ereto, maior a coagulação 
intracavernosa, podendo dar taquicardia, vasodilatação nas pernas etc. 
Ex.: paciente com uso de sildenafila teve infecção urinária devido ao PDE5 
que regula o GMPc, bloqueando com viagra, essa PDE ficará em 
relaxamento por muito tempo, diminuindo a PA. 
 
 
 
H1 (histamina), B1 (bradicinina) e M (acetilcolina). Todos são receptores 
transmembranas; quando ativados, ativam a proteína G que permetirá a 
entrada de íons Cálcio, o Ca dentro da célula ativa a enzima NO-sintase que 
transforma L-Arginina em NO + citrulina. Adjacente a essa célula 
endotelial está o musculo liso, onde o NO chegará lá no musculo liso e ativa 
a enzima guanilato ciclase, essa enzima transforma GTP em GMPc → ativa 
a proteína quinase G, essa proteína medeia fosforilações proteicas que vai 
relaxar o vaso sanguíneo, dependendo da intensidade poderá diminuir o 
tônus vascular e diminuir P.A. 
 
O GMPc não fica pra sempre elevado, há enzimas que o degradam em GMP 
impedindo a ativação da proteína quinase G. A enzima que faz isso é a 
fosfodiesterase (PDE), é um grupo enzimático com vários tipos, 
chamados de isoformas de 1 a 12. As enzimas PDE3, PDE4 e PDE5 
estão espalhadas em todo o organismo. 
Ex.: no cérebro é encontrada a 3 e 4; no pulmão 3 e 4; coração 3 e 4; nos 
vasos 3,4 e 5; no tecido erétil principalmente a 5. 
 
 
 
A grande maioria dos fármacos se ligam fracamente aos alvos porque os 
receptores estão geralmente inativos e são ativados pelos agonistas. 
 
Droga agonista: Tem afinidade + atividade intrínseca. 
A afinidade é a capacidade de se ligar ao alvo farmacológico (receptor, 
por exemplo). A atividade intrínseca (capacidade de ativar o receptor e 
obter a resposta celular). 
Receptor modula uma proteína G que ocorrerá estimulação ou inibição. 
O ligante no receptor primeiramente induzirá uma resposta estimulatória. 
 
• agonista parcial: um fármaco que não produz o efeito máximo mesmo 
que todos os receptores estejam ocupados pelo agonista parcial, ex. 
nalorfina. Canal iônico com agonista endógeno aumenta o tamanho do 
canal mas pode ser aplicado substâncias exógenas (diazepam). Com a 
abertura com diazepam o canal de Cl
-
 diminui a voltagem da membrana 
do SNC. 
 
Droga antagonista: Pode ser competitivo e não competitivo. 
 
• competitivo – duas drogas competindo por algo (alvo farmacológico) e 
podem se ligar. É um fármaco que compete com ligante endógeno pelo 
receptor. Tem somente afinidade, não tem atividade intrínseca (a chave 
entra mas não consegue virar, e a chave original não consegue entrar). 
Ex.: musculo liso do trato gastrointestinal, a acetilcolina liga-se ao 
receptor muscarinico causando contração – peristaltismo, ocorrendo 
 
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diarreia. Quando a pessoa esta com diarreia demais se utiliza uma droga 
(escopolamina) que competirá com a acetilcolina, ele tem afinidade com o 
muscarínico e bloqueia a ligação da Ach no receptor. 
 
! Quando a droga liga-se ela muda a conformação até chegar um momento 
que diminui a força de ligação entre elas e a droga sai e o alvo volta ao 
normal. 
• não-competitivo - liga-se a um local diferente daquele do agonista. Induz 
alteração conformacional no receptor de forma que o agonista não 
“reconhece” o local de ligação. Mesmo concentrações elevadas de agoista 
não conseguem reverter esse antagonismo, por isso é denominado de 
irreversível. 
Ex.: A nifedipina é um antagonista não competitivo por que não compete 
com a adrenalina e bloqueia diretamente o canal de Ca
2+
. Ele é pior por que 
o atenolol permite a ligação de adrenalina já a nifedipina bloqueia tudo. 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.1: A morfina é uma droga agonista, quando injetada em camundongo 
ela faz contração no músculo do cóccix do animal, quando ativado, a 
cauda do animal sobe. 
 
 
Em 0,5mg/kg: 1 levantou o rabo 
1mg/kg: 3 levantaram o rabo 
3mg/kg: 5 levantaram o rabo 
6mg/kg: todos levantaram o rabo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ex.2: A naloxona é um antagonista opioide. Antes de injetar a morfina foi 
injetado a naloxona e não ocorreu resposta nenhuma. 
 
 
• A naloxona prova que é um antagonista competitivopois foi necessário 
aumentar a dose de morfina para 7mg para todos os ratos levantarem a 
cauda enquanto a naloxona não sofreu aumento de dose. Se aumentar a dose 
de naloxona teria que aumentar muito a dose de morfina para ser suscetível. 
 
 
 
 
 
Livros de Apoio (alguns foram utilizados nesse resumo): 
• Farmacologia: uma abordagem didática. Autor. Prof. Dr. Gustav 
Schellack, Editora Fundamento Educacional, 2006. 
• Atlas de Farmacologia de Netter. Autor. Robert Raffa, Scott Rawls e 
Elena Beyzarov, Editora Artmed, 2007. 
• Farmacologia Clínica. Autor. James M. Olson, Editora Artmed, 2009. 
 
Ex.3: Foi administrado 10mg de extrato de planta e depois administrado 
morfina. 
 
• Não foi obtido efeito 
máximo, é um antagonista 
não competitivo; nas doses 
de 5 e 6mg os ratos não 
continuaram levantando o 
rabo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A droga nifedipina bloqueia o 
canal de Ca
2+
 e não é 
competitiva pois não compete 
com a adrenalina no receptor. 
Bloqueando o canal de cálcio 
a célula não terá sua ação, 
pois precisa da presença do 
cálcio.

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