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Interpretação de Exames Bioquímicos na Prática Clínica Me. Felipe Queiroz Alvarenga Plano de Apresentação Importância dos Exames Laboratoriais Perfis bioquímicos para investigação de patologias. Perfil glicêmico e metabolismo dos carboidratos. Perfil Lipídico Perfil Renal Perfil Hepático Perfil Cardíaco Casos Clínicos Considerações Finais IMPORTÂNCIA DOS EXAMES LABORATORIAIS NA PRÁTICA CLÍNICA Direcionamento do diagnóstico. Triagem de patologias específicas. Possibilita rastreio precoce de patologias. Acompanhamento de terapias. Risco cirúrgico. Ferramenta útil para produzir diagnóstico e investigar anormalidades nos sistemas fisiológicos. O QUE É UM PERFIL BIOQUÍMICO? COLETÂNEA QUE AVALIA COLETÂNEA QUE AVALIA ÓRGÃOS SISTEMAS FISIOLÓGICOS PERFIL GLICÊMICO E METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS OBJETIVO: Verificar anormalidades no metabolismo dos carboidratos. Diagnóstico de Diabetes. Diagnóstico diferencial do Diabetes. PERFIL GLICÊMICO E METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Classificação e diagnóstico do Diabetes mellitus Classificação Principais características DM tipo 1 -Tipo 1A:deficiência de insulina por destruição autoimune das células β comprovada por exames laboratoriais; - Tipo 1B:deficiência de insulina de natureza idiopática DM tipo 2 perda progressiva de secreção insulínica combinada com resistência a insulina DM gestacional hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio Outros tipos de DM: - Monogênicos (MODY); - Diabetes neonatal; - Secundário a endocrinopatias; - Secundário a doenças do pâncreas exócrino; - Secundário a infecções; - Secundário a medicamentos. Fonte: adaptado ADA (2017); SBD (2018). PERFIL GLICÊMICO E METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Critérios Laboratoriais para diagnóstico do Diabetes mellitus ADA (Americam Diabetes Association) / SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) ANO: 2017/2018 Quais exames devem ser solicitados? Glicemia em jejum Glicemia 2 horas após sobrecarga de dextrosol Glicemia ao acaso Hemoglobina Glicada (HBA1c) HBA1c = 6,5% 28,7 x 6,5 – 46,7 GME: 140 mg/dL Nível de HbA1c (%) GME 4 70 5 98 6 126 7 154 8 183 9 212 10 240 11 269 12 298 Relação entre HbA1c e correspondente Glicemia Média Estimada (GME) nos últimos 3 a 4 meses. Hemoglobina Glicada (HBA1c) PERFIL GLICÊMICO E METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Critérios Laboratoriais para diagnóstico do Diabetes mellitus Fonte: adaptado ADA (2017); SBD (2018). Glicoseem jejum Glicose 2hapós sobrecarga dedextrosol Glicoseao acaso HBA1c Observações Normoglicemia < 100 < 140 < 5,7 OMS emprega valor de corte de 110 mg/dLpara normalidade da glicose em jejum. Pré-diabetes ou Risco aumentado para DM ≥ 100 e < 126* ≥ 140 e < 200# ≥ 5,7 e < 6,5 Positividade de qualquer dos parâmetros confirma diagnostico depre-diabetes. Diabetes Estabelecido ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 com sintomas inequívocos de Hiperglicemia ≥ 6,5 * Categoria também conhecida como glicemia de jejum alterada. # Categoria também conhecida como intolerância oral a glicose. OMS: Organizacao Mundial da Saude; HbA1c: hemoglobina glicada; DM: diabetes mellitus. PERFIL GLICÊMICO E METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Critérios Laboratoriais para diagnóstico de Diabetes mellitus Recomendados pela ADA e SBD Exame Normal Pré-diabetes Diabetes Glicemia de jejum (mg/dL) < 100 100 a 125 ≥ 126 Glicemia 2 horas apos TOTG com 75 g de glicose (mg/dL) < 140 140 a 199 ≥ 200 Hemoglobinaglicada(%) < 5,7 5,7 a 6,4 ≥ 6,5 TOTG: Teste Oral de Tolerância a Glicose Valores glicêmicos em mg/dL OUTROS EXAMES GLICEMIA PÓS PRANDIAL: não tem nenhum papel no diagnóstico do DM. FRUTOSAMINA: proteinas glicadas (Glicose + Amina da proteína / 80% albumina) Não é validada para o diagnostico de DM Utilizada como alternativa a HbA1c em pacientes com hemoglobinopatias. Metas Glicêmicas Pré e Pós Prandiais Indicam controle metabólico quando: Sociedade Glicemia Pré-Prandial Glicemia Pós-prandial HBA1c % ADA – Associação Americana deDiabetes 80 a 130 < 180 < 7,0 SBD – Sociedade Brasileirade Diabetes < 100 < 160 < 7,0 IDF – FederaçãoInternacional de Diabetes < 115 < 160 < 7,0 Objetivos glicêmicos para indivíduos com e sem DM1 nos diferentes momentos do dia. Glicemia Não Diabético Crianças e Adolescentes com DM1 Adulto com DM1 Jejum oupré-prandial 65 a 100 70 a 145 70 a 130 Pós-prandial 80 a 126 90 a 180 < 180 Ao deitar 80 a 100 120 a 180 Na madrugada 65 a 100 80 a 162 PERFIL GLICÊMICO E METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Critérios Laboratoriais para diagnóstico Diabetes mellitus Gestacional 1ª Consulta pré-natal Realizar glicemia de jejum em todas as mulheres. AVALIAR AS MULHERES QUANTO A PRESENÇA DE DM PRÉVIO, NÃO DIAGNOSTICADO E FRANCAMENTE MANIFESTO. O diagnostico de DM será feito se um dos testes a seguir apresentar-se alterado: • Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL • Glicemia 2 horas após sobrecarga com 75 g de glicose ≥ 200 mg/dL • HbA1c ≥ 6,5% • Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dLna presença de sintomas Confirmação será feita pela repetição dos exames alterados, na ausência de sintomas. Outrasconsiderações DMG Gestantes sem diagnóstico de DM, mas com glicemia de jejum ≥ 92 mg/dL: DEVEM RECEBER DIAGNOSTICO DE DMG Toda mulher com glicemia de jejum < 92 mg/dL Submissão ao teste de sobrecarga oral com 75 g de glicose anidra (24 e 28 semanas de gestação) Diagnostico de diabetes gestacional é estabelecido quando no mínimo um dos valores a seguir encontrar-se alterado: • Glicemia em jejum ≥ 92 mg/dL; • Glicemia 1 hora após sobrecarga ≥ 180 mg/dL; • Glicemia 2 horas após sobrecarga ≥ 153 mg/dL. PERFIL GLICÊMICO E METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Critérios Laboratoriais para diagnóstico Diabetes mellitus Gestacional Dosagem de marcadores imunológicos–Autoanticorpos AnticorpoAntiIlhota Anti-GAD(VR: < 0,9 U/mL) Anti-IA2(VR: < 1,0 U/mL) Anti-insulina(Anti-islet cell antibody, anti-ICA](VR: < 0,4 U/L) Anti-ZTN8 Dosagem do PeptídeoC PERFIL GLICÊMICO E METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Critérios Laboratoriais para diagnóstico diferencial de Diabetes mellitus Tipo 1 SANGUE Resistência a Insulina Resistência a Insulina Índice de HOMA Modelo matemático de avaliação da homeostase para resistência a insulina (Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance, HOMA IR) CETOACIDOSE DIABÉTICA CETOACIDOSE DIABÉTICA HIPOGLICEMIANTES ORAIS Secretagogos de insulina: Clorpropamida, Glibenclamida Glipirida Glimepirida Sensibilizadores da insulina: Biguanidas (Metformina) Inibidores da absorção rápida de carboidratos Sitagliptina (Januvia) Retardam a absorção dos carboidratos Inibidores da α-glicosidase HIPOGLICEMIANTES ORAIS Secretagogos de insulina: Melhor controle da glicemia após as refeições. Evita hiperinsulinemia HIPOGLICEMIANTES ORAIS Sensibilizadores de insulina: Diminuidores da resistência à insulina Diminui a produção de glicose hepática (gliconeogênese) Diminui a absorção intestinal de glicose Aumenta a sensibilidade periférica à insulina e a utilização celular de glicose. Inibidores da absorção rápida de carboidratos HIPOGLICEMIANTES ORAIS INIBE a ação das GLUCOSIDASES INTESTINAIS Limita a quebra de oligossacarídeos em monossacarídeos Retarda a absorção da glicose Proporciona menor excursão glicêmica pós-prandial. Absorção intestinal DISSACARÍDEO MONOSSACARÍDEO α - Glicosidase INIBIÇÃO α - Glicosidase x INCRETINAS HIPOGLICEMIANTES LIRAGLUTIDA EXENATIDA O,6 – 1,2 – 1,8 1 injeção / dia (SC) 5 e 10 mcg 2 X /dia (SC) Antes desjejum Antes jantar ANÁLAGOS DO GLP-1 SITAGLIPTINA 50 ou 100 mg 2 x / dia GLP-1 ↑ Secreção de insulina ↑ Proliferação de células Beta ↓ secreção de glucagonRetarda esvaziamento gástrico. ↓ a ingestão de alimentos ↓ glicose circulante ↓ resistência a insulina RECORDANDO TRATAMENTO PARA DM TIPO 2 inibe uma enzima de nome DPP-4 ↑ Meia Vida XULTOPHY Insulin degludec + liraglutida) Indicação: Resistência insulínica / Produção deficiente de insulina. Pode associar a hipoglicemiantes orais Medicamento da Novo Nordisk HIPOGLICEMIANTES TRATAMENTO PARA DM TIPO 2 Formação de anticorpos A administração de Xultophy pode causar a formação de anticorpos contra a insulina degludec e/ou liraglutido. Em casos raros, a presença destes anticorpos pode originar a necessidade de um ajuste da dose de Xultophy, de forma a corrigir a tendência para hiper ou hipoglicemia. Muito poucos doentes desenvolveram anticorpos específicos contra a insulina degludec, anticorpos de reação cruzada à insulina humana ou anticorpos contra o liraglutido após o tratamento com Xultophy. A formação de anticorpos não foi associada a uma redução da eficácia de Xultophy. Pancreatite aguda Observou-se pancreatite aguda com a utilização de agonistas dos recetores GLP-1, incluindo liraglutido. Os doentes devem ser informados sobre os sintomas característicos da pancreatite aguda. Se houver suspeita de pancreatite, o tratamento com Xultophy deverá ser interrompido; se for confirmada a existência de pancreatite aguda, o tratamento com Xultophy não deve ser reiniciado. Interações medicamentosas e outras formas de interação Interações farmacodinâmicas Não foram realizados estudos de interação com Xultophy. Algumas substâncias afetam o metabolismo da glicose, pelo que poderá ser necessário o ajuste da dose de Xultophy. As seguintes substâncias podem reduzir as necessidades de Xultophy: Antidiabéticos, inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), beta-bloqueadores, inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECAs), salicilatos, esteroides anabolizantes e sulfonamidas. As seguintes substâncias podem aumentar as necessidades de Xultophy: Contracetivos orais, tiazidas, glucocorticoides, hormonas da tiroide, simpaticomiméticos, hormonas do crescimento e danazol. Os beta-bloqueadores podem ocultar os sintomas de hipoglicemia. O octreótido/lanreótido pode aumentar ou reduzir as necessidades de Xultophy. O álcool pode intensificar ou reduzir o efeito hipoglicémico de Xultophy. Interações farmacocinéticas Os dados in vitro sugerem que o potencial para as interações medicamentosas farmacocinéticas relacionadas com a interação de CYP e a ligação às proteínas é reduzido para o liraglutido e a insulina degludec. O pequeno atraso do esvaziamento gástrico com liraglutido poderá influenciar a absorção de medicamentos administrados concomitantemente por via oral. Os estudos de interação não mostraram qualquer atraso clinicamente relevante da absorção. 24 INSULINOTERAPIA 18:24 TIPOS DE INSULINA Risco de hipoglicemia – Medicamento de Alta Vigilância (MAV) INSULINOTERAPIA 18:24 ESQUEMA TERAPÊUTICO INSULINA NPH (neutral protamine Hagedorn ) 2 a 4 vezes ao dia antes do desjejum e ao deitar antes do desjejum, no almoço e ao deitar antes do desjejum, no almoço, no jantar e ao deitar INSULINA GLARGINA 1 vez ao dia I) antes do desjejum II) no almoço III) no jantar ou IV no deitar INSULINA DETEMIR 1 ou 2 vezes ao dia antes do desjejum e/ou no jantar e/ou ao deitar INSULINA DEGLUDECA: = insulinas glargina 1 vez ao dia + associação INSULINA DE AÇÃO RÁPIDA (REGULAR) 30 min antes das principais refeições OU INSULINA DE AÇÃO ULTRARRÁPIDA (lispro, asparte ou glulisina) 15 minutos antes das principais refeições ou logo ao término das refeições. AÇÃO LONGA AÇÃO INTERMEDINÁRIA AÇÃO LONGA AÇÃO ULTRA PROLONGADA Perfil Lipídico Avaliar os níveis de lipídeos e lipoproteínas no sangue. Quais lipídeos? Colesterol Total Triglicerídeos Lipoproteínas: HDLc LDLc VLDLc Colesterol não-HDL (HDLN) Avaliação Laboratorial NOVO Função das Lipoproteínas Transportar lipídeos no organismo Avaliação Laboratorial Apo B Aterogênica Apo A1 Anti-Aterogênica Transporte de Lipídeos no Organismo AVALIAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO SEGUNDO FRIEDEWALD DOSA-SE: TRIGLICERÍDEO COLESTEROL TOTAL HDLc CAUCULA-SE: LDLc VLDLc PRÁTICA ATUAL Estimativa de VLDLc – Friedewald VLDLc = Triglicérides / 5 Ensaios Colorimétricos Enzimáticos Jejum absoluto de 12h, exceto água (OBRIGATÓRIO) Evitar etanol (72h) e atividade física (24h) antes da coleta AVALIAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO SEGUNDO FRIEDEWALD Equação de Friedewald Colesterol Total = HDLc + LDLc + VLDLc Logo, LDLc = Colesterol Total – HDLc – VLDLc Linearidade da equação: Valores de triglicérides < 400mg/dL PRÁTICA ATUAL Exemplo: Aplicação da Equação de Friedewald Paciente hipotético 1: Colesterol Total: 200 mg/dL Triglicerídeos: 150 mg/dL HDLc: 50 mg/dL PRÁTICA ATUAL VLDLc = Trig/5 VLDLc = 150 / 5 VLDLc = 30 mg/dL LDLc = Colesterol Total – HDLc – VLDLc LDLc = 200 – 50 – 30 LDLc = 120 mg/dL ATENÇÃO! HDLc + LDLc + VLDLc = Col. Total 50 + 120 + 30 = 200 mg/dL Exemplo: Aplicação da Equação de Friedewald Paciente hipotético 2: Colesterol Total: 250 mg/dL Triglicerídeos: 450 mg/dL HDLc: 50 mg/dL PRÁTICA ATUAL VLDLc = Trig/5 VLDLc = 450 / 5 VLDLc = ??? LDLc = Colesterol Total – HDLc – VLDLc LDLc = 250 – 50 – Trig/5 LDLc = ??? ATENÇÃO! HDLc + LDLc + VLDLc = Col. Total 50 + 120 + 30 = 200 mg/dL Obs. : Não foi possível fracionar o colesterol (Triglicerídeos > 400 mg/dL). VALORES DE REFERÊNCIA APLICADOS PRÁTICA ATUAL Lipídeos Valores(mg/dL) Categorias ColesterolTotal < 200 200 – 239 ≥ 240 Ótimo Limítrofe Alto LDLc < 100 100 – 129 130 – 159 160 – 189 ≥ 190 Ótimo Desejável Limítrofe Alto MuitoAlto HDLc < 40 > 60 Baixo Alto VLDLc < 30 Desejável Triglicerídeos < 150 150– 200 201 – 499 ≥ 500 Ótimo Limítrofe Alto MuitoAlto FLEXIBILIZAÇÃO DO JEJUM PARA AVALIAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO NOVO CONSENSO Motivações: 1ª - Estado alimentado predomina durante a maior parte do dia. > Impacto no risco cardiovascular 2º - Praticidade, viabilizando maior acesso do paciente. Coleta no período pós-prandial 3º - Maior segurança Evita jejum prolongado (hipoglicemia) Minimiza intercorrências Aumenta adesão FLEXIBILIZAÇÃO DO JEJUM PARA AVALIAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO NOVO CONSENSO Motivações: 4ª - Dosagens realizadas com ou sem jejum Não diferem significativamente 5º - Maior amplitude de horários para coleta Jejum flexível, maior conforto, evita congestionamentos na coleta 6º - Tecnologia avançada em diagnósticos Técnicas modernas, pouca interferência da turbidez das amostras. RECOMENDAÇÃO PARA O ATENDIMENTO NO LABORATÓRIO CLÍNICO NOVO CONSENSO Coleta em jejum - constar no laudo esta informação. B) Solicitação médica sem definição de tempo de jejum – incluir tempo de jejum informado no laudo. C) Coleta para perfil lipídeo simultâneo a outros exames que exigem jejum de 12 h – Laboratório deve especificar tempo de jejum para cada exame. RECOMENDAÇÃO PARA O ATENDIMENTO NO LABORATÓRIO CLÍNICO NOVO CONSENSO D) Jejum conforme especificação médica – Seguir recomendação médica. E) [Triglicérides] ≥440 mg/dL no período pós-prandial – Recomendar nova avaliação com jejum de 12 h. F) Recoleta para dosagem de triglicérides – o laboratório poderá usar mesmo código de exame ou outro a seu critério para diferenciar estado de jejum ou sem jejum. Paciente em recuperação de pancreatite por hipertrigliceridemia ou tratando com drogas que aumentam triglicérides. O QUE SERÁ AVALIADO NO PERFIL LIPÍDICO? NOVO CONSENSO Colesterol Total Triglicerídeos Lipoproteínas: HDLc HDLN*NOVO LDLc VLDLc (FACULTATIVO REPORTAR NO LAUDO) Colesterol não-HDL = Colesterol Total - HDLc Será calculado baseado numa tabela que utiliza FATORES que se relacionam com a CONCENTRAÇÃO DE TRIGLICÉRIDES. Método proposto por MartinSS e colaboradores (2013). O que é o colesterol não-HDL NOVO CONSENSO O HDLN corresponde ao número total de partículas aterogênicas no plasma. Somatório de todas as lipoproteínas LDL, IDL e VLDL Ele fornece melhor estimativa de risco em comparação ao LDLc. Principalmente em diabéticos e nefropatas Cálculo: Colesterol não-HDL = Colesterol Total - HDLc Novo cálculo do VLDLc para determinação do LDLc (sem jejum). NOVO CONSENSO Mediana para relação de Triglicerídeos: VLDLc através da estratificação de colesterol não-HDL e Triglicerídeos (Martin SS, 2013). Exemplo: Colesterol Total: 200 mg/dL Triglicerídeos: 250 mg/dL HDLc: 50 mg/dL Colesterol não-HDL: 200 – 50 = 150 mg/dL VLDLc = Triglicerídeo / X 250 / 7 VLDLc = 35,71 mg/dL Novo cálculo do VLDLc para determinação do LDLc (sem jejum) NOVO CONSENSO EXEMPLO: Colesterol Total: 200 mg/dL Triglicerídeos: 250 mg/dL HDLc: 50 mg/dL Colesterol não-HDL: Col Total – HDLc = 150 mg/dL Fator encontrado Martin SS = 7 VLDLc = Triglicerídeo / 7 = VLDLc = 35,71 mg/dL PARA CALCULAR O LDLc (Martin) LDLc = Col Total – HDLc – VLDLc LDLc = 200 – 50 – 35,71 LDLc = 114,29 mg/dL Comparação Cálculo Friedewald x Martin NOVO CONSENSO MARTIN Colesterol Total: 200 mg/dL Triglicerídeos: 250 mg/dL HDLc: 50 mg/dL Colesterol não-HDL: 150 mg/dL Fator encontrado Martin SS = 7 VLDLc = = 35,71 mg/dL LDLc = Col Total – HDLc – VLDLc LDLc = 200 – 50 – 35,71 LDLc = 114,29 mg/dL FRIEDEWALD Colesterol Total: 200 mg/dL Triglicerídeos: 250 mg/dL HDLc: 50 mg/dL Colesterol não-HDL: 150 mg/dL Fator Friedewald = 5 VLDLc = = 50 mg/dL LDLc = Col Total – HDLc – VLDLc LDLc = 200 – 50 – 50 LDLc = 100 mg/dL Variação aproximada: 13,6% S E N S I B I L I D A D E NOVO CONSENSO Adaptado de Nordestgaard et al., 2016. NOVO CONSENSO * Colesterol > 310 mg/dL há probabilidade de Hipercolesterolemia Familiar ** Triglicerídeos > 440 mg/dL: Repetir com jejum de 12 h. Os Valores de Referência x Risco e Alvo Terapêutico Valores referenciais e alvo terapêutico conforme avaliação de risco cardiovascular estimado pelo médico solicitante do perfil lipídico para adultos > 20 anos. Diabéticos Ausência de Fatores de Risco Sem evidência de Aterosclerose subclínica Paciente com Fatores de Risco Com evidência de Aterosclerose subclínica Paciente com histórico de IAM, AVC, Revascularização coronariana, carotídea ou periférica. História de amputação. NOVO CONSENSO * Colesterol > 230 mg/dL há probabilidade de Hipercolesterolemia Familiar ** Triglicerídeos > 440 mg/dL: Repetir com jejum de 12 h. Os Valores de Referência x Risco e Alvo Terapêutico Valores referenciais desejáveis do perfil lipídico para crianças e adolescentes. NOVO CONSENSO * Colesterol > 230 mg/dL há probabilidade de Hipercolesterolemia Familiar ** Triglicerídeos > 440 mg/dL: Repetir com jejum de 12 h. Os Valores de Referência x Risco e Alvo Terapêutico Valores referenciais desejáveis do perfil lipídico para crianças e adolescentes. DISLIPIDEMIA CLASSIFICAÇÃO DISLIPIDEMIAS PRIMÁRIAS OU SEM CAUSA APARARENTE GENOTÍPICAS: MONOGÊNICAS POLIGÊNICAS DISLIPIDEMIA CLASSIFICAÇÃO DISLIPIDEMIAS PRIMÁRIAS OU SEM CAUSA APARARENTE FENOTÍPICAS: Avalia os níveis de Colesterol Total, Triglicerídeo, LDLc e HDLc. Hipercolesterolemia isolada: LDLc ≥ 160 mg/dL Hipertrigliceridemia isolada: Trig ≥ 150mg/dL Hiperlipemia mista: LDL 160 mg/dL , Trig ≥ 150mg/dL Avaliar colesterol não-HDL como indicador e meta terapêutica HDLc baixo: Homem < 40mg/dL / Mulher < 50mg/dL Isolado ou com aumento do LDLce/ou Triglicérides DISLIPIDEMIA CLASSIFICAÇÃO DISLIPIDEMIAS SECUNDÁRIAS DIABETES MELLITUS TIPO 2: Aumento de LDLc e Trig. HIPOTIREOIDISMO: Aumento de LDLc e VLDLc. HEPATOPATIAS: Aumento de colesterol total. DISLIPIDEMIA CLASSIFICAÇÃO DISLIPIDEMIAS SECUNDÁRIAS DOENÇAS AUTOIMUNES (Lupus e AR): Risco inflamatório elevado PÓS TRANSPLANTADOS: Medicamento imunosupressor. Aumento dos níveis de Trig, Col, VLDLc e LDLc. Existem outras patologias associadas? Hipertensão Arterial Doença Renal Menopausa... AVALIAÇÃO DO PERFIL RENAL Funções dos Rins Quais são as consequências das desordens renais? Como avaliar a função renal? Quais exames devo solicitar? EXAMES PARA AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL Nitrogenados Não Proteicos NNP Creatinina Ácido Úrico Ureia São resíduos do catabolismo proteico Precisam ser excretados Como são formados os NNP? Como são formados os NNP? VALORES RECOMENDADOS NNP Creatinina Crianças de 1 a 5 anos: 0,3 a 0,5 mg/dL Crianças de 5 a 10 anos: 0,5 a 0,8 mg/dL Adultos do sexo masculino: 0,7 a 1,2 mg/dL Adultos do sexo feminino: 0,5 a 1,1 mg/dL Ácido Úrico Homens: 2,5 a 7,0 mg/dL Mulheres: 1,5 a 6,0 mg/dL. Ureia 10 a 40 mg/dL COMO INTERPRETAR? Valores elevados de NNP indicam: Diminuição da função renal Diminuição da excreção dos NNP Diminuição da filtração glomerular Consequência? Acúmulo de metabólitos tóxicos no sangue Edema – retenção de líquido Aumento da volemia - hipertensão OUTROS EXAMES PARA AVALIAR FUNÇÃO RENAL Clearance de Creatinina Valor de referência: 80 a 120 ml/min/1,73m2 Estimativa da Filtração Glomerular (Equação de Cockcroft-Gault) _____ (140 – Idade) x Peso (Kg)_____ Se homem, multiplicar resultado por 1,00 [Creatinina Plasmática (mg/dL) x 72] Se mulher, multiplicar resultado por 0,85 Exemplo 1 (140 – 36) x 90 (Kg) = 153 mL/min [0,85 (mg/dL) x 72] Exemplo 2 (140 – 36) x 90 (Kg) = 68 mL/min [1,9 (mg/dL) x 72] INTERPRETAÇÃO Função renal normal: > 90 ml/min sem outras alterações no exame de urina Disfunção renal estágio 1: > 90 ml/min com alterações no exame de urina Disfunção renal estágio 2: 60-90 ml/min Disfunção renal estágio 3: 30-60 ml/min Disfunção renal estágio 4-5: < 30 ml/min OUTROS EXAMES PARA AVALIAR FUNÇÃO RENAL Dosagem de Microalbuminúria Relação albumina / creatinina Valores superiores a 30 mg/g de creatinina ou a 3,4 mg/mmol de creatinina levam a crer que a excreção de albumina nas 24 horas deve estar ultrapassando 30 mg/dia INDICATIVO DE LESÃO RENAL AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA Função do fígado Importância para metabolismo das macromoléculas Desintoxicação Metabolismo Enzimas hepáticas P 450 COMPLEXO ENZIMATICO BILIRRUBINAS BILIRRUBINAS MECANISMO DE LESÃO HEPÁTICA Interpretação dos Resultados TGO/AST – Transaminase Glutâmico Pirúvica Normal: 5 a 40 U/L TGP/ALT - Transaminase Glutâmico Oxalacética Normal: 7 a 56 U/L Gama GT – Gama Glutamil Transferase Homem: 07 a 60 U/L; Mulher: 05 a 43 U/L. Gama GT X Lesão induzida por álcool Distúrbios Biliares Correlações Clínicas Hepatopatias Microorganismos (bactérias, vírus) Medicamentos Trauma Substâncias tóxicas Etanol Esteatose Tumor MARCADORES PANCREÁTICOS MARCADORES PANCREÁTICOS Sinais e sintomas: Pancreatite MARCADORES PANCREÁTICOS Amilase e Lipase elevadas no plasma *Colelitíase MARCADORES CARDÍACOS CPK – MB TROPONINA MIOGLOBINA HEMOGRAMA Partes de um Hemograma: Eritrograma Leucograma Plaquetograma HEMOGRAMA: ERITROGRAMA CONTAGEM TOTAL DE ERITRÓCITOS, resultado expresso em milhões. • Valores normais: • Homens: 4.500.000 a 5.500.000 ou 4,5 a 5,5 X 106 mm3. • Mulheres: 4.000.000 a 5.000.000 ou 4,0 a 5,0 X 106 mm3. DOSAGEM DE HEMOGLOBINA: é a quantidade da massa de hemoglobina presente nos eritrócitos em determinado volume de sangue, deve-se liberar o resultado em g/dl. • Valores normais: • Homens: 14 a 18 g/dl. • Mulheres: 12 a 16 g/dl. • Crianças até 1 ano: 11 a 12 g/dl. • Recém-nascidos: 14 a 19 g/dl. HEMATÓCRITO: é medida da razão entre o volume de eritrócitos e o volume de sangue total, seu resultado é expresso em % e representa a concentração de eritrócitos • Valores normais: • Homens: 40 a 50% • Mulheres: 35 a 45 % HEMOGLOBINA: Diagnóstico de um estado anêmico, embora o valor do hematócrito corresponda de perto às variações da hemoglobina. Considera-se o valor médio de 15 g, com a variação de ± 1 g. Os valores mínimos variam: • Para o sexo feminino e em mulheres que menstruam é de 13,5 g/dl; • Para o sexo masculino é de 15,0 g/dl. HEMOGRAMA: ERITROGRAMA INDICES HEMATIMÉTRICOS VCM: volume corpuscular médio é calculado dividindo-se o hematócrito pelo número de eritrócitos e multiplicando-se por 10. Representa o tamanho médio dos eritrócitos e sua unidade é fentolitros (fL.). VCM=(Ht/nº eritrócitos) x 10 - 80 a 98fL HCM: hemoglobina corpuscular média é calculada dividindo-se a hemoglobina pelo número de eritrócitos e multiplicando-se por 10, sua unidade é picogramas (pcg ou pg.). HCM=(Hb/Nº eritrócitos) x 10 - 27 a 32 pcg CHCM: concentração de hemoglobina corpuscular média, calculado pela razão entre hemoglobina e hematócrito deve ser expressa em %. CHCM=(Hb/Ht)X100 RDW: índice fornecido por contadores automáticos, que indica a variação no volume (tamanho) dos eritrócitos determinando o grau de anisocitose. VALOR NORMAL: 11,5 a 14,5 %. HEMOGRAMA: ERITROGRAMA Anisocitose Onde o RDW estará alterado? 1 2 3 HEMOGRAMA: LEUCOGRAMA Leucócitos totais Valor relativo Correlação Clínica Basófilos 0% Inflamação crônica Alergia prolongada Eosinófilos 1 - 6% Parasitose / Alergia Bastonetes 0- 2% Infecção Bacteriana Aplasia (Se [ ] >Neut.totais) *Desvio a Esquerda NeutrófilosSegmentados 40-70% Infecção Bacteriana Linfócitos 20-40% Infecção Viral, HIV, Prod.AC, Rejeição órgão transplantado Monócitos 1 - 7 % InfecçãoV/B (Macrófagos) Ordem de Maturação CASOS CLÍNICOS Estão preparados? Caso Clínico 1 Mulher de 63 anos, obesa, em consulta ao nefrologista, relatou poliúria (ela necessita urinar em média cinco vezes durante a noite). Há cerca de um mês refere-se ao desenvolvimento súbito de polidpsia e polifagia. Perdeu 3 kg de peso corporal nos últimos três meses e relata cansaço profundo, sudorese, boca seca. Dados da paciente / resultados de exames laboratoriais: IMC: 32 m2 (Eutrófica < 25 m2) Colesterol Total: 245 mg/dL (VR: Inferior a 200 mg/dL) Triglicérides: 330 mg/dL (VR: Inferior a 200 mg/dL) HDL: 40 mg/dL (VR: Superior a 40 mg/dL) Creatinina: 1,0 mg/dL (VR: 0,4 a 1,2 mg/dL) Ácido Úrico: 6, 5 mg/dL (VR: 5,5 a 6,5 mg/dL) TGO: 33 U/L (VR: Inferior a 37 U/L) TGP: 29 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) GGT: 19 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) Glicose em jejum: 204 mg/dL (VR: Normoglicemia: < 100 mg/dL / Glicemia Alterada 100 a 125 mg/dL / Provável Diabetes: > 126 mg/dL) Hemoglobina Glicosilada: 8,3% (VR: Normoglicemia: < 5, 2 % / Glicemia Alterada 5,2 a 6,3 % / Provável Diabetes: > 6,3%) Para controle glicêmico em diabéticos, a meta é HBA1c < 7%. Peptídeo C: 5,8 ng/mL (VR: 1,1 a 3,5 ng/mL) Caso Clínico 1 Medicamentos em uso: Losartana, Carvedilol, Sinvastaina, Ezetimiba, Metformina e Glibenclamida. Para discussão, questiona-se: A) Qual a hipótese diagnóstica? Qual(is) patologia(s) existente(s)? B) Justifique a hipótese diagnóstica e comente sobre os fatores de risco evidenciados no enunciado e dados do paciente. C) Paciente apresenta alguma dislipidemia? Se sim, exemplifique. Correlacione a farmacoterapia com a sua hipótese diagnóstica e resultados de exames laboratoriais.. Caso Clínico 2 Mulher de 41 anos, viajou para região semi-árida para desfrutar de lazer em cachoeiras e riachos e, após 45 dias, começou a queixar-se de dor epigástrica, dor no hipocôndrio direito, febre e hiporexia. Procurou o Pronto Atendimento de um hospital e, após consulta médica, realizou os seguintes exames. Pesquisa de Hemoglobina Humana nas Fezes: Positiva (VR: Negativa) Proteína C Reativa: 48 mg/dL (VR: < 6 mg/dL) Bilirrubina Total: 2,0 mg/dL (VR: <1,2 mg/dL) Bilirrubina Direta: 1,2 mg/dL (VR: < 0,4 mg/dL) Bilirrubina Indireta 0,6 mg/dL (VR: <0,8 mg/dL). Creatinina: 0,7 mg/dL (VR: 0,4 a 1,2 mg/dL) TGO: 120 U/L (VR: Inferior a 37 U/L) TGP: 100 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) GGT: 60 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) Glicose em jejum: 80 mg/dL (VR: Normoglicemia: < 100 mg/dL / Glicemia Alterada 100 a 125 mg/dL / Provável Diabetes: > 126 mg/dL) Exame parasitológico de fezes: Negativo para helmintos e protozoários. Exame de Urina Rotina: Urobilinogênio +++ / Bilirrubina ++ , Microbiota Escassa, Leucócitos e Hemácias ausentes. Caso Clínico 2 Leucograma: Contagem global de leucócitos: 14000/mm3 (VR: 4000 a 10000/mm3). Neutrófilos 43% (VR: 50 a 70%) - Eosinófilo 30% (VR: < 3%) - Bastão: 0% - Monócito: 2% (VR: < 8%) - Linfócito: 20% (VR: 20 a 40%). Eritrograma: Hemácias: 4,3 milhoes/mm3 (VR: adultos: 4,5 a 6,10 (milhões/mm³). Hematócrito: 33% (VR: Homens: 47,0 Mulheres: 42,0. Hemoglobina: 11 mg/dL (VR: Os valores de referência da Hemoglobina (g/dl) para o homem são de 15,5 e na mulher 13,6.) - RDW: 17% (VR: 11,5 a 14,5 %). Para discussão, questiona-se: A) Qual a hipótese diagnóstica? Qual(is) patologia(s) existente(s)? B) Justifique a hipótese diagnóstica e comente sobre os fatores de risco evidenciados no enunciado e dados do paciente. Caso Clínico 3 Paciente, sexo feminino, obeso, 49 anos apresentou dor epigástrica e dor no hipocôndrio direito. Relata náuseas, vômitos e fezes esbranquiçadas, claras com aspecto de catarro (mucoide). Está ictérico, normocorado, acianótico, rejeita alimentos (hiporexia). No momento encontra-se hospitalizado e realizou os seguintes exames: Colesterol Total: 250 mg/dL (VR < 200 mg/dL) Triglicérides: 670 mg/dL (VR: < 200 mg/dL) Amilase: 2050 U/L (VR: < 140 U/L) Lipase: 1800 U/L (VR: <160 U/L) Proteína C Reativa: 96 mg/dL (VR: < 6 mg/dL) Glicose em jejum: 240 mg/dL (VR: Normoglicemia: < 100 mg/dL / Glicemia Alterada 100 a 125 mg/dL / Provável Diabetes: > 126 mg/dL) Bilirrubina Total: 2,8 mg/dL (VR: <1,2 mg/dL) Bilirrubina Direta: 1,0 mg/dL (VR: < 0,4 mg/dL) Bilirrubina Indireta 1,8 mg/dL (VR: <0,8 mg/dL). Eritrograma: Hemácias: 4,3 milhoes/mm3 (VR: adultos: 4,5 a 6,10 (milhões/mm³). Hematócrito: 33% (VR: Homens: 47,0 Mulheres: 42,0. Hemoglobina: 11 mg/dL (VR: Os valores de referência da Hemoglobina (g/dl) para o homem são de 15,5 e na mulher 13,6.) - RDW: 17% (VR: 11,5 a 14,5 %). Caso Clínico 3 Creatinina: 0,7 mg/dL (VR: 0,4 a 1,2 mg/dL) TGO: 40 U/L (VR: Inferior a 37 U/L) TGP: 55 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) GGT: 44 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) Para discussão, questiona-se: A) Qual a hipótese diagnóstica? Qual(is) patologia(s) existente(s)? B) Justifique a hipótese diagnóstica e comente sobre os fatores de risco evidenciados no enunciado e dados do paciente. C) Justifique as fezes brancas e correlacione com os exames e dados do paciente. Calcule o VCM e HCM do paciente. VCM: VCM=(Ht/nº eritrócitos) x 10 (VR: 80 a 98fL) HCM=(Hb/Nº eritrócitos) x 10 (VR: 26 a 32 pcg) Caso Clínico 4 Jovem de 18 anos, sexo feminino, foi transferida para este hospital apresentando, dor lombar, disúria. Há cerca de um 10 dias tem realizado tratamento com antibióticos e analgésico por via endovenosa. Relata que já é a segunda vez que retorna ao hospital e neste período perdeu 3 kg de peso corporal, apresentando também cansaço profundo, sudorese, hiporexia. Dados da paciente / resultados de exames laboratoriais: Leucograma: Contagem global de leucócitos: 15800/mm3 (VR: 4000 a 10000/mm3). Neutrófilos 80% (VR: 50 a 70%) - Eosinófilo 0% (VR: < 3%) - Bastão: 14% (VR: 0 a 3%)- Monócito: 2% (VR: < 8%) - Linfócito: 18% (VR: 20 a 40%). Exame de Urina Rotina: Proteína C Reativa: 192 mg/dL (VR: < 6 mg/dL) Creatinina: 1,5 mg/dL (VR: 0,4 a 1,2 mg/dL) Ureia: 46 mg/dL (VR: 20 a 40 mg/dL) Ácido Úrico: 6,0 (VR: 5,4 a 6,5 mg/dL) Exame de urina rotina: Análise Física: Urina amarela escura, fétida, pH 6,5, Densidade 1,020. Análise Química: Leucócito +++, Hemoglobina: +, Proteína ++, Nitrito +. Sedimentoscopia: Numerosos leucócitos, algumas hemácias, presença de cilindros leucocitários.Gram da Gota de Urina: Presença de numerosos bastonetes Gram Negativos e numerosos polimorfonucleares em lâmina. Caso Clínico 4 TGO: 57 U/L (VR: Inferior a 37 U/L) TGP: 55 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) GGT: 44 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) Eritrograma: Hemácias: 4,3 milhoes/mm3 (VR: adultos: 4,5 a 6,10 (milhões/mm³).– Hematócrito: 33% (VR: Homens: 47,0 Mulheres: 42,0. - Hemoglobina: 11 mg/dL (VR: Os valores de referência da Hemoglobina (g/dl) para o homem são de 15,5 e na mulher 13,6.) - RDW: 17% (VR: 11,5 a 14,5 %). Para discussão, questiona-se: A) Qual a hipótese diagnóstica? Qual(is) patologia(s) existente(s)? B) Justifique a hipótese diagnóstica e comente sobre os fatores de risco evidenciados no enunciado e dados do paciente. C) Calcule os índices hematimétricos (HCM e VCM) para o paciente em estudo e interprete o resultado. VCM: VCM=(Ht/nº eritrócitos) x 10 (VR: 80 a 98fL) HCM=(Hb/Nº eritrócitos) x 10 (VR: 26 a 32 pcg) Caso Clínico 5 Senhor de 77 anos, tabagista, etilista crônico, frequentador barzinhos na comunidade onde morava, local onde ficava jogando baralho próximo a um açougue onde se observava a presença de vários cães de rua que estavam ali para serem alimentados pela população da comunidade local. Paciente veio transferido para esse hospital apresentando fraqueza, icterícia, fadiga corporal, edema e várias equimoses distribuídas por toda superfície corporal. Relata dor em abdômen superior, náusea e vômito (hematêmese). Há cerca de três dias, necessitou de oxigenioterapia, pois apresentou quadro de dispneia, cianose em membros superiores e inferiores. Evoluiu para um quadro de insuficiência respiratória grave (DPOC) e hemorragia interna, vindo a falecer no dia 11/12/2018. Dados do paciente: Proteína C Reativa: 192 mg/dL (VR: < 6 mg/dL) Creatinina: 1,9 mg/dL (VR: 0,4 a 1,2 mg/dL) Ureia: 66 mg/dL (VR: 20 a 40 mg/dL) Glicose em jejum: 240 mg/dL (VR: Normoglicemia: < 100 mg/dL / Glicemia Alterada 100 a 125 mg/dL / Provável Diabetes: > 126 mg/dL) Bilirrubina Total: 6,8 mg/dL (VR: <1,2 mg/dL) – Bilirrubina Direta: 6,0 mg/dL (VR: < 0,4 mg/dL) – Bilirrubina Indireta 0,8 mg/dL (VR: <0,8 mg/dL). Ácido Úrico: 8,0 (VR: 5,4 a 6,5 mg/dL) Eritrograma: Hemácias: 4,1 milhoes/mm3 (VR: adultos: 4,5 a 6,10 (milhões/mm³).– Hematócrito: 34% (VR: Homens: 47,0 Mulheres: 42,0. - Hemoglobina: 11,5 mg/dL (VR: Os valores de referência da Hemoglobina (g/dl) para o homem são de 15,5 e na mulher 13,6.) - RDW: 17% (VR: 11,5 a 14,5 %). Caso Clínico 5 Exame de urina rotina: Análise Física: Urina alaranjada, pH 6,5, Densidade 1,030. Análise Química: Leucócito +, Hemoglobina: ++, Bilirrubina +++, Urobilinogênio +++ Proteína ++, Nitrito -. Sedimentoscopia: Alguns leucócitos, numerosas hemácias, presença de cilindros hemáticos. TGO: 456 U/L (VR: Inferior a 37 U/L) TGP: 530 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) GGT: 844 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) Porcentagem de Atividade Protrombínica: 32% (VR: 70 a 100 %) – RNI 2,9 (VR: 1,00). Tempo de Protrombina: Incoagulável (Superior a 99 segundos) (VR: 10 – 14 seg). Pesquisa de Anticorpor IgG para Leishmania (Imunoensaio Enzimático): Reagente. (VR: Não reagente) Questiona-se A) Qual a hipótese diagnóstica? Qual(is) patologia(s) existente(s)? B) Justifique a hipótese diagnóstica e comente sobre os fatores de risco evidenciados no enunciado e dados do paciente. C) Comente sobre quadro clínico correlacionado todas as alterações evidenciadas nos exames laboratoriais. Caso Clínico 6 Mulher de 40 anos, magra, em consulta ao nefrologista, relatou poliúria (ela necessita urinar em média cinco vezes durante a noite). Há cerca de um mês refere-se ao desenvolvimento súbito de polidpsia e polifagia. Perdeu 11 kg de peso corporal nos últimos 20 dias e relata cansaço profundo, sudorese, boca seca. Declara ser usuária crônica de etanol e mantém vida sexual ativa com parceiros indefinidos, relata secreção vaginal com mau cheiro e prurido. Dados da paciente / resultados de exames laboratoriais: IMC: 20 m2 (Eutrófica: 20 a 25 m2) Colesterol Total: 165 mg/dL (VR: Inferior a 200 mg/dL) Triglicérides: 360 mg/dL (VR: Inferior a 200 mg/dL) HDL: 40 mg/dL (VR: Superior a 40 mg/dL) Ácido Úrico: 6, 5 mg/dL (VR: 5,5 a 6,5 mg/dL) Creatinina: 1,0 mg/dL (VR: 0,4 a 1,2 mg/dL) TGO: 233 U/L (VR: Inferior a 37 U/L) TGP: 290 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) GGT: 340 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) Glicose em jejum: 180 mg/dL (VR: Normoglicemia: < 100 mg/dL / Glicemia Alterada 100 a 125 mg/dL / Provável Diabetes: > 126 mg/dL) Hemoglobina Glicosilada: 9,3% (VR: Normoglicemia: < 5, 2 % / Glicemia Alterada 5,2 a 6,3 % / Provável Diabetes: > 6,3%) Para controle glicêmico em diabéticos, a meta é HBA1c < 7%. Peptídeo C: 0,1 ng/mL (VR: 1,1 a 3,5 ng/mL) Caso Clínico 6 Gram da secreção vaginal: Numerosos bastonestes Gram negativos e numerosos polimorfonucleares em lâmina. Presença de numerosas células leveduriformes. Medicamentos em uso: Sinvastaina, Insulina regular 10 UI no almoço / * UI no jantar 06 UI no café da manhã. Insulina NPH 30 UI as 07h da manhã. Para discussão, questiona-se: A) Qual a hipótese diagnóstica? Qual(is) patologia(s) existente(s)? B) Justifique a hipótese diagnóstica e comente sobre os fatores de risco evidenciados no enunciado e dados do paciente. C) Paciente apresenta alguma dislipidemia? Se sim, exemplifique. Correlacione a farmacoterapia com a sua hipótese diagnóstica e resultados de exames laboratoriais. Calcule a glicemia média (28,7 x HBA1c) – 46,7 e interprete o resultado. Caso Clínico 7 Paciente gestante de 30 anos de idade. Internada devido a quadro de pré-eclampse e risco de parto pré termo 34 semanas. Apresenta-se edemaciada (+++ / 4+). Dados do paciente / resultados de exames laboratoriais. Creatinina: 2,9 mg/dL (VR: 0,4 a 1,2 mg/dL) Ureia: 86 mg/dL (VR: 20 a 40 mg/dL) Glicose em jejum: 180 mg/dL (VR: Normoglicemia: < 100 mg/dL / Glicemia Alterada 100 a 125 mg/dL / Provável Diabetes: > 126 mg/dL) Gestante: Inferior a 92 mg/dL. Glicose 2 horas após 75g de dextrosol: 280 mg/dL (VR Gestante: Normoglicemia: < 153 mg/dL ) Eritrograma: Hemácias: 4,6 milhoes/mm3 (VR: adultos: 4,5 a 6,10 (milhões/mm³).– Hematócrito: 41% (VR: Homens: 47,0 Mulheres: 42,0. - Hemoglobina: 14,5 mg/dL (VR: Os valores de referência da Hemoglobina (g/dl) para o homem são de 15,5 e na mulher 13,6.) - RDW: 14% (VR: 11,5 a 14,5 %). Exame de urina rotina: Análise Física: Urina amarela escura, pH 6,5, Densidade 1,025. Análise Química: Leucócito ++, Hemoglobina: ++, Bilirrubina +, Urobilinogênio +, Proteína ++, Nitrito + Sedimentoscopia: Numerosos leucócitos, algumas hemácias, presença de cilindros hialinos e cristais de oxalato de cálcio, microbiota aumentada. Caso Clínico 7 TGO: 26 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) TGP: 40 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) GGT: 24 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) Porcentagem de Atividade Protrombínica: 100% (VR: 70 a 100 %) – RNI 1,0 (VR: 1,00). Grupo Sanguíneo: A / Fator Rh: Negativo Para discussão A) Qual a hipótese diagnóstica? Qual(is) patologia(s) existente(s)? B) Justifique a hipótese diagnóstica e comente sobre os fatores de risco evidenciados no enunciado e dados do paciente. C) Paciente apresenta algum fator de risco para doença hemolítica do recém-nascido? Explique. D) Foi prescrito DEXAMETASONA 20 mg (12/12 horas) para a gestante com risco de parto prematuro. Qual a indicação dessa medicação neste caso específico? Comente sobre as complicações para o bebê advindas do quadro clínico da mãe, caso não seja controlado. E) Calcule a estimativa de filtração glomerular para o paciente: FG = [(140 – idade) x Peso ] / (Creatinina x 72) VR: Normal: > 90 mL / min sem alteração no exame de urina. Insuficiência Renal 1 > 90 mL/min com alteração no exame de urina. Insuficiência Renal 2: 60 a 90 mL/min. Insuficiência Renal 3: 30 a 60 mL/min. Insuficiência Renal 4 e 5: < 30 mL/min. Caso Clínico 8 Mulher de 84 anos, obesa, 98 kg, relata dispneia ao menor esforço, dortoráxica, dor em membros inferiores. A clínica médica descreveu no prontuário que a paciente apresenta edema em membros inferiores, temperatura corporal de 39ºC, frequência respiratória 26 por minuto (VR 12 a 20 FR). Creptação pulmonar bilateral. Foi prescrito antibioticoterapia (Ceftriaxona), buscopan endovenoso. Insulinoterapia sob esquema de correção glicêmica (mede-se a glicose e administra insulina conforme nível glicêmico). Oxigenoterapia e exames laboratoriais. Dados da paciente / resultados de exames laboratoriais: IMC: 37 m2 (Eutrófica 20 a 25 m2) Colesterol Total: 245 mg/dL (VR: Inferior a 200 mg/dL) Triglicérides: 130 mg/dL (VR: Inferior a 200 mg/dL) HDL: 44 mg/dL (VR: Superior a 40 mg/dL) Creatinina: 2,1 mg/dL (VR: 0,4 a 1,2 mg/dL) Ácido Úrico: 6, 9 mg/dL (VR: 5,5 a 6,5 mg/dL) TGO: 30 U/L (VR: Inferior a 37 U/L) TGP: 25 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) GGT: 22 U/L (VR: Inferior a 40 U/L) Glicose em jejum: 180 mg/dL (VR: Normoglicemia: < 100 mg/dL / Glicemia Alterada 100 a 125 mg/dL / Provável Diabetes: > 126 mg/dL) Hemoglobina Glicosilada: 7,2% (VR: Normoglicemia: < 5, 2 % / Glicemia Alterada 5,2 a 6,3 % / Provável Diabetes: > 6,3%) Para controle glicêmico em diabéticos, a meta é HBA1c < 7%. Caso Clínico 8 Leucograma: Contagem global de leucócitos: 15800/mm3 (VR: 4000 a 10000/mm3). Neutrófilos 75% (VR: 50 a 70%) - Eosinófilo 9% (VR: < 3%) - Bastão: 12% (VR: 0 a 3%)- Monócito: 1% (VR: < 8%) - Linfócito: 3% (VR: 20 a 40%). Eritrograma: Hemácias: 4,5 milhoes/mm3 (VR: adultos: 4,5 a 6,10 (milhões/mm³).– Hematócrito: 44% (VR: Homens: 47,0 Mulheres: 42,0. - Hemoglobina: 15 mg/dL (VR: Os valores de referência da Hemoglobina (g/dl) para o homem são de 15,5 e na mulher 13,6.) - RDW: 12,5% (VR: 11,5 a 14,5 %). Para discussão, questiona-se: A) Qual a hipótese diagnóstica? Qual(is) patologia(s) existente(s)? B) Justifique a hipótese diagnóstica e comente sobre os fatores de risco evidenciados no enunciado e dados do paciente. C) Paciente apresenta alguma dislipidemia? Se sim, exemplifique. Correlacione a farmacoterapia com a sua hipótese diagnóstica e resultados de exames laboratoriais D) Calcule a estimativa de filtração glomerular para o paciente: FG = [(140 – idade) x Peso ] / (Creatinina x 72) VR: Normal: > 90 mL / min sem alteração no exame de urina. Insuficiência Renal 1 > 90 mL/min com alteração no exame de urina. Insuficiência Renal 2: 60 a 90 mL/min. Insuficiência Renal 3: 30 a 60 mL/min. Insuficiência Renal 4 e 5: < 30 mL/min. Considerações Finais IMPORTÂNCIA DA ASSOCIAÇÃO DIAGNÓSTICO CLÍNICO X DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Contato: felipemoc@yahoo.com.br Fone: (38) 99160-0310 Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos. Anônimo A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original Albert Einstein Deus abençoe e todos vocês! Felipe Alvarenga FIM
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