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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
Abordagem das grandes mídias quanto à crise de abastecimento de água em São Paulo
Elizabeth Nucci Milani
Orientador: Cristiano Luis Lenzi
São Paulo
2018
Elizabeth Nucci Milani
Abordagem das grandes mídias quanto à crise de abastecimento de água em São Paulo: uma cobertura da crise da água em todo o Estado de São Paulo pelos jornais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo no período de agosto de 2014 a janeiro de 2015.
Trabalho de Formatura apresentado à Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Bacharel em Gestão Ambiental
Orientador: Prof. Dr. Cristiano Luis Lenzi
São Paulo
2018
RESUMO
Levantamento e análise de notícias publicadas sobre a crise de abastecimento de água enfrentada no Brasil no período de 2014 a 2015, com o recorte temporal de agosto de 2014 a janeiro de 2015. O trabalho tem como objetivo uma análise crítica da forma como o tema foi abordado pela mídia hegemônica, considerando a importância desses veículos de comunicação (Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo) para a formação da opinião pública. Foi utilizado o método de análise de conteúdo com 12 categorias, subdivididas em indicadores. A partir dos dados coletados, a CONCLUSÃO
Palavras chave: crise hídrica, abastecimento, riscos ambientais, mídia, portais de notícia
MILANI, Elizabeth Nucci. Abordagem das grandes mídias quanto à crise de abastecimento de água em São Paulo: uma cobertura da crise da água em todo o Estado de São Paulo pelos jornais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo no período de agosto de 2014 a janeiro de 2015. Tese (Bacharelado) – Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018
ABSTRACT
Data collection and analysis on the media exposure regarding the water supply crisis, faced by brazilians through the 2014 – 2015 drought period, using the temporal cut august/2014 to January/2015. This paper aims to critically analyse the manner in wich the theme was presented by the hegemonic media, considering the importance of these vehicles (Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo) in the public opinion development. The method used was the analysis of the content divided into 12 categories subdivided into defined indicators. From the data collection, CONCLUSÃO
Keywords: Water crisis, water supply, environmental riscs, media, news portal
MILANI, Elizabeth Nucci. Hegemonic media approach on the water supply crisis in São Paulo: a water crisis coverage throughout the State of São Paulo by the newspapers Folha de São Paulo e Estado de São Paulo during the period of august 2014 to January 2015. Thesis (Baccalaureate) – Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1
Gráfico 2
Gráfico 3
Gráfico 4
Gráfico 5
LISTA DE TABELAS
	
	Página
	Tabela 1 – Metodologia 
	
	Tabela 2 – Planilha dados O Estado de S. Paulo
	
	Tabela 3 – Planilha dados Folha de S. Paulo
	
INTRODUÇÃO
Embora o acesso à água potável seja essencial à vida humana, o processo de exploração e apropriação de reservas hídricas sem planejamento adequado leva ao estresse desses sistemas e atinge diversas regiões do planeta. A expansão das grandes metrópoles, a falta de planejamento urbano e a explosão demográfica acarretam inúmeras pressões sobre os recursos naturais, entre elas, a demanda por recursos hídricos, que pode ir além da capacidade de abastecimento.
Os sistemas de abastecimento do estado de São Paulo chegaram a uma situação crítica durante o período de 2014 a 2016, retratada como a maior crise hídrica da história pelos jornais. A questão da disponibilidade hídrica no país é um tema que vem gerando grande preocupação aos órgãos públicos competentes e também à sociedade. 
Mas a problemática não é nova: a região Sudeste já teve secas sazonais nos anos de 1953, 1971 e 2001 e, para o estado de São Paulo, a questão entrou na agenda política já no século XIX, quando ocorreram enchentes e escassez de água para o abastecimento público, ocasionadas pelo adensamento urbano. Com os baixos índices pluviométricos dos verões de 2013-2014 e 2014-2015, o estado de São Paulo viveu uma crise de abastecimento novamente.
A Região Metropolitana de São Paulo abrange 39 municípios com uma população que chega a 21 milhões de pessoas (IBGE, 2016) e tem como fontes de abastecimento de água os mananciais Billings, Guarapiranga e Cantareira, sendo este último sua principal fonte de abastecimento. 
A Agência Nacional de Águas (ANA), no relatório acerca da crise hídrica publicada no ano de 2014, conferiu ao Sistema Cantareira o abastecimento de cerca de 9 milhões de pessoas e atribuiu as baixas dos níveis dos 6 reservatórios aos baixos índices pluviométricos, principalmente no período de outubro de 2013 até março de 2014. 
Indo de encontro ao mito da abundância hídrica existente no Brasil, a população da cidade de São Paulo e região metropolitana se viu atordoada pela indisponibilidade hídrica e o que se chamou de “rodízios”, que afetaram principalmente os locais mais afastados dos núcleos mais ricos da cidade, enfrentando os maiores períodos com as torneiras secas. Justamente pela grande quantidade de pessoas atingidas e sua importância na economia nacional, a chamada crise hídrica na macrometrópole paulista ganhou grande destaque nos diversos veículos midiáticos. 
OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo a investigação e análise crítica do comprometimento dos dois maiores jornais do estado: Folha de São Paulo e Estado de São Paulo, a partir do tom da cobertura da crise hídrica e a narrativa que foi construída através de critérios que podem ser aplicados aos dois jornais no período que teve o maior número de notícias veiculadas através de seus portais na internet.
JUSTIFICATIVA
Embora os sistemas de abastecimento hídrico já tivessem enfrentado estresses no passado, o cenário tornou-se alarmante no estado de São Paulo entre 2014 e 2015, o que colocou o tema em evidência nos meios de comunicação de massa. 
A influência que o jornalismo acarreta à formação da opinião na sociedade é inegável. Em junho de 2016, a Agência Reuters, maior agência de notícias do mundo, publicou o Digital News Report 2017 (Reuters Institute, 2017), um estudo que analisou o grau de confiança na mídia pela população mundial. Os resultados específicos do público brasileiro mostravam que o Brasil é o segundo país com a maior confiança na mídia: 60% dos entrevistados confiam nas informações veiculadas pelas empresas de comunicação. 
No ano de 2016, o jornal Folha de São Paulo contou com a média mensal de 20,2 milhões de leitores – descontadas sobreposições entre páginas visitadas no site através dos diversos dispositivos e a versão impressa. De acordo com o próprio Grupo Folha, o jornal possui princípios editoriais como "pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independente". O jornal O Estado de São Paulo, no mesmo período, possui uma média de leitores mensais de 10,6 milhões - também desconsideradas as sobreposições entre dispositivos móveis e versão impressa que podem ocorrer – e possui um vasto documento acerca da preocupação com a ética e afirmação de compromisso como agente de informação aos leitores de suas publicações.
Com esse trabalho, busca-se aferir de que maneira a crise hídrica foi abordada pelos dois principais jornais de São Paulo, que possuem grande destaque na região: O Estado de São Paulo e a Folha de São Paulo. O estabelecimento de semelhanças e disparidades na apresentação do tema se torna essencial e também é esperado que venham à tona as diferenças políticas e ideológicas que permeiam as duas fontes. Foi escolhido o recorte temporal: a circunscrição inicia-se no mês em que a Sabesp estabelece descontos aos que obtivessem diminuiçãode consumo da água, Agosto/2014 até Fevereiro/2015, período esse que possui maior número de notícias acerca da questão em pauta.
 METODOLOGIA
 O método a ser utilizado para a realização do presente trabalho é o de análise de conteúdo, que se baseia num conjunto de instrumentos metodológicos que podem ser aplicados a temas diversos. Todo discurso jornalístico pode ser submetido à análise de conteúdo, de acordo com Bardin:
"Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens." (Bardin apud ANDRADE, 2003, p.03). 
Essa técnica foi dividida em três fases principais: pré-análise; coleta do material; seguido por tratamento e interpretação dos resultados. 
Na primeira etapa, foi realizado o planejamento da coleta de dados. Para isso, foi realizada uma leitura “flutuante” de uma amostra do material a ser analisado, para definir quais categorias seriam utilizadas para estudo – listadas na tabela 1. Uma vez definidas, foram determinados os indicadores correspondentes a cada uma, por meio de recortes de texto. 
Na segunda etapa, a coleta do material, foram inseridos os indicadores conforme cada categoria definida em uma planilha. Assim, a análise qualitativa do material coletado foi realizada a partir da soma das ocorrências de cada um desses indicadores. Foi realizada a coleta apenas de notícias nos portais dos jornais, desconsiderando os editoriais, que refletem o posicionamento individual dos autores e não necessariamente abrangeriam o posicionamento dos jornais.
A terceira fase se distinguiu em dois momentos: o tratamento e a interpretação dos resultados. No primeiro momento, os resultados numéricos encontrados a partir da soma dos indicadores serviram para a construção de gráficos comparativos dos veículos. Estes gráficos, de volume numérico e proporcional das ocorrências de cada um desses indicadores, constituíram uma representação visual dos dados para que pudesse ser realizada, num segundo momento, sua análise e interpretação. 
	Categorias
	Indicador
	Termo guarda-chuva: expressão utilizada pela mídia quando se diz respeito ao tema ou ao campo conceitual que se quer tratar. Ou seja, o termo guarda-chuva é uma palavra ou expressão ampla que serve de referência para que o leitor possa identificar qual o tema que está sendo tratado (ANDI, 2010).
	Escassez (hídrica ou de água), desabastecimento, crise de abastecimento, segurança hídrica, crise hídrica, crise da água, falta de água e abastecimento
	Densidade jornalística: presença de determinado tema nas matérias jornalísticas. Por meio desta dimensão poderemos identificar o volume de matérias que se dedica ao tema da crise hídrica, quantos estabelecem correlação entre temas diversos e outros que fazem uma pequena menção a ele.
	Mínima: uma única linha até um parágrafo sobre o tema em toda a matéria.
Média: uma retranca (subdivisão do texto com título próprio) inserida na matéria publicada.
Máxima: tema presente em todo texto.
	Região: localidade e abrangência da agenda dos jornais sobre o tema em questão.
	Nacional: relaciona o contexto no Brasil.
Sudeste: a crise hídrica em toda a região sudeste.
Estado de São Paulo: vincula o tema a partes ou todo o Estado de São Paulo.
Região Metropolitana de São Paulo: crise hídrica vinculada aos municípios abrangidos pela RMSP.
Interior de São Paulo: relação do tema com cidades que estejam no interior do Estado de São Paulo.
Litoral de São Paulo: relação do tema com cidades do litoral de São Paulo.
Capital de São Paulo: a crise hídrica relacionada somente à cidade de São Paulo.
	Foco central: principal assunto trabalhado e discutido na publicação e vinculado à questão da crise hídrica.
	Vários eixos podem ser encontrados neste indicador. Com destaque: Obras de infraestrutura, eleições, gestão Sabesp, níveis dos reservatórios, medidas de contingência.
	Evidências: examina a presença de fatos que evidenciam a crise hídrica.
	Gestão: Evidências que relacionam a existência da crise hídrica à gestão de recursos de infraestrutura, dados oficiais vindos da Sabesp e ANA.
Sociedade: Evidências que relacionam a existência do tema a comportamentos da sociedade.
	Gravidade: analisa se o texto jornalístico qualifica a gravidade da crise hídrica.
	Foram definidas como indicador expressões como "nível crítico", "auge da crise hídrica", "maior crise hídrica da história", "severa crise de estiagem". 
	Formas de abordagem: apresenta a forma/método utilizado pelo texto ao explorar a crise hídrica.
	Factual: apresenta o fato de forma isolada.
Contextual simples: contextualiza a discussão com elementos básicos do tema.
Contextual explicativa: fornece uma série de informações adicionais, citando fontes e esclarecendo conceitos e dados.
Avaliativo: publicação de caráter opinativo que expõe críticas pertinentes ao tema.
Propositivo: fundamentado em opiniões particulares, apresenta sugestões de aprimoramento, expondo soluções à problemática.
	Elementos de contexto: examina quais os subsídios utilizados na contextualização da crise hídrica.
	Diversos elementos entram nesse indicador, como dados estatísticos oficiais e quadros informativos.
	Estratégias: analisa quais as estratégias apresentadas para redução dos impactos ocasionados pela crise hídrica.
	Esse indicador foi dividido em quatro grandes eixos: Técnico/ gestão, Social, Financeiro e Políticas/ Organizacionais.
	Responsabilidade institucional: avalia para quais instituições foi atribuída responsabilidade da crise hídrica.
	Nesse indicador foram atribuídos diversos agentes como: ANA, Sabesp, Governo do Estado de São Paulo, Governo Federal, DAEE, Prefeituras de diversos municípios, Cetesb, DAEE.
	Perspectiva temática: aponta o enquadramento temático pelo qual a crise hídrica é abordada na matéria.
	Diversos eixos podem ser encontrados nesse indicador: Saúde pública, Cultural, Educação, Ambiental, Social, Jurídica, Econômica, Mudança de comportamento, Técnica e Política.
	Processo: mensura a presença de abordagens que considerem causas, consequências e soluções no âmbito da crise hídrica.
	Causas: indica as causas diretas e indiretas da crise hídrica.
Consequências: consequências geradas pela crise hídrica
Soluções: Possíveis medidas de mitigação e adaptação.
Tabela 1 – Fonte: Elaborado por Milani, 2018.
Importante esclarecer que apenas as categorias densidade jornalística, foco central e formas de abordagem tiveram apenas um indicador correspondente para cada matéria. Já para as demais, cada notícia tem a possibilidade de ser representada por mais de um indicador. Por isso, foi incluída a representação numérica combinada com a proporcional para os gráficos – cada uma transmite o resultado encontrado com a devida importância.
MÍDIA E A CONSTRUÇÃO SOCIAL DOS RISCOS AMBIENTAIS
No presente trabalho foi considerado como risco ambiental a definição de Castro et al (2005, p. 12):
"como uma categoria de análise associada a priori às noções de incerteza, exposição ao perigo, perda e prejuízos materiais, econômicos e humanos em função de processos de ordem "natural" (tais como os processos exógenos e endógenos da Terra) e/ou daqueles associados ao trabalho e às relações humanas. O risco (lato sensu) refere-se, portanto, à probabilidade de ocorrência de processos no tempo e no espaço, não-constantes e não-determinados, e à maneira como estes processos afetam (direta ou indiretamente) a vida humana."
Ou seja, a definição de risco ambiental traduz a probabilidade de determinado evento ocorrer e ocasionar perdas para a sociedade ou o meio natural. Nessa publicação, o risco ambiental pode ser observado como a falta de acesso aos recursos, ou mesmo à contaminação dos mesmos.
Embora seja necessária a perturbação de um estado físico natural para a definiçãodesse conceito, esta só poderá ser caracterizada como risco quando há a percepção, por parte da sociedade, de que a situação é inaceitável. 
Contudo, essa percepção só é construída, de acordo com Hannigan (1995), a partir de três etapas: a criação de dados acerca dos problemas ambientais, sua apresentação ao público e então, o encaminhamento aos agentes de decisão de políticas públicas. Somente a partir dessa concepção será gerada uma demanda, por parte da sociedade, para a cobrança de ações do poder público.
A construção social dos riscos ambientais está associada a um complexo processo de diversos atores inseridos na comunidade científica, governo, sociedade civil e meios de comunicação de massa. Hannigan (1995) chama atenção quanto à origem da percepção dos problemas ambientais, que é o meio acadêmico, por conta do conhecimento e recursos nele presentes. Porém, a identificação de riscos ambientais pode ocorrer de maneira intuitiva, pela população do próprio local afetado.
A identificação da problemática ambiental requer uma legitimação pela opinião pública. Os atores têm de buscá-la através da apresentação para a sociedade, sensibilizando-a quanto à existência de uma demanda frente aos agentes decisores de políticas públicas. Os meios de comunicação de massa revelam-se essenciais nesse caso, por serem espaços que detém a atenção do público, passivo de receber informações acerca de riscos ambientais e formar sua opinião.
Como constatado na justificativa do presente trabalho, é inegável o poder de influência que a mídia possui no Brasil, exercendo um papel decisivo na construção social dos temas de preocupação nacional. Logo, a forma como a mídia comunica determinado problema ambiental será de extrema importância para a compreensão do público e geração de demanda de políticas públicas. Para Fonseca (2004) o papel da cobertura dos problemas ambientais é contribuir para a difusão de informações para que a sociedade seja capaz de compreender os problemas em suas complexidades.
Desmerecendo essa influência, existe uma tendência clara que é apontada por Belmonte (2004) de cobertura de problemas ambientais com tom superficial, baseados em sensacionalismo e terrorismo. 
COBERTURA DA CRISE HÍDRICA NOS JORNAIS FOLHA DE SÃO PAULO E ESTADO DE SÃO PAULO
Apresentando informações de maneira mais sucinta e direta, consequentemente menos aprofundada, a Folha de S. Paulo, como mostra o gráfico 1, publicou um volume consideravelmente menor de notícias acerca da crise hídrica, comparado ao Estado de S. Paulo, que chegou a 139 matérias em outubro de 2014, contra somente 88 da Folha de S. Paulo.
Gráfico 1
As razões para essa diferença de volume podem envolver o perfil e o próprio interesse do público leitor dos veículos. Ainda que ambos tenham um perfil conservador, a Folha de S. Paulo, por apresentar informações de maneira mais direta, pode alcançar um número maior de pessoas que não tem interesse em se aprofundar nos assuntos apresentados. Sua audiência, significativamente maior do que a do Estado de S. Paulo, possivelmente esteja relacionada com esse caráter, principalmente se levando em conta a análise do veículo online, que é um meio em que frases curtas e texto direto é privilegiado pelo leitor. 
Ainda que o problema da escassez de chuva no período analisado tenha sido uma questão de abrangência nacional, o sudeste do país foi o mais impactado, devido principalmente à densidade populacional. Assim, o volume de matérias publicadas com o enfoque nessa região foi muito maior, como é possível verificar no Gráfico 2, abaixo:
Gráfico 2
Ainda focando na região sudeste, o estado de São Paulo teve prioridade máxima na quantidade de matérias publicadas sobre a crise hídrica. Este volume pode ser observado no Gráfico 3. Dentro do estado, as notícias que focaram na Região Metropolitana de São Paulo, também chamada por Grande São Paulo, tiveram um enfoque disparado, comparadas às notícias que mencionavam somente a capital, ou cidades do interior. Este volume pode ser comparado no Gráfico 4. 
Gráfico 3
Gráfico 4
Ainda que O Estado de S. Paulo tenha um número maior de notícias que mostravam a situação das cidades do interior do estado, a Folha de S. Paulo mostrou uma quantidade maior de citações de cada cidade específica, como podemos ver no Gráfico 5. Detalhe interessante é que ambos os veículos citaram as cidades de Itu e Campinas exatamente o mesmo número de vezes. Campinas, como uma cidade importante no interior do estado, foi tema de 15 notícias por abrigar pouco mais de um milhão de habitantes (Censo 2010, IBGE). Agora, Itu, com uma população estimada, em 2017, de somente 170 mil pessoas, foi o foco de 13 notícias em cada um dos veículos analisados, pela situação complicada que passou durante a crise hídrica. 
Com racionamento e medidas de contingência como a multa da água, os moradores da cidade de Itu se encontraram em uma situação precária no período, o que resultou em protestos que acabaram sendo publicados em ambos jornais. As matérias demonstravam que a população da cidade sofreu com alagamentos, acidentes e riscos à saúde causados pela captação de água do volume morto das represas, sendo distribuída sem condições para consumo humano. 
Gráfico 5
Também relacionada à natureza mais sucinta do texto da Folha de S. Paulo, a quantidade de elementos de contexto foi, como esperado, muito maior do que o número de ocorrências verificado nas matérias do Estado de S. Paulo (Gráfico 6). Isso ocorre porque a visualização de infográficos, vídeos e áudios é uma forma mais rápida e menos trabalhosa para o leitor, ao contrário da leitura de um texto mais aprofundado. Gráfico 6
Gráfico 6
Ainda que apresentando um modelo de texto mais simples, as matérias verificadas na Folha de S. Paulo durante o período tiveram uma concentração mais expressiva de notícias de densidade máxima do que no Estado de S. Paulo (Gráfico 7). Por outro lado, as 195 matérias de densidade mínima encontradas no Estado de S. Paulo, são devidas à publicação constante de notícias simples e objetivas que informavam ao leitor o nível dos reservatórios. Como estas são notícias de, no máximo, dois parágrafos, a densidade de seu conteúdo não tem como ser maior. 
Gráfico 7
Também esperado pelo caráter mais aprofundado do conteúdo do Estado de S. Paulo, a busca por fontes oficiais teve mais espaço nas matérias publicadas sobre a crise hídrica no período. Como demonstrado no Gráfico 8, as matérias com evidências vindas da sociedade representam 37% das publicações da Folha de S. Paulo. Estas são, normalmente, notícias que retratam a situação da população que enfrentava a crise e sua criatividade para lidar com o problema, as questões de saúde e inovação tecnológica – aí incluída a presença da universidade como agente social. 
Evidências
Gráfico 8
A perspectiva temática das matérias analisadas seguiu um padrão de relevância entre os dois veículos (Gráfico 9). As três principais foram: Política, Técnica e Mudança de Comportamento. A predominância de notícias de cunho político, no entanto, foi observada porque o período estudado incluiu as eleições para Governador. Assim, muitas dessas matérias configuram a cobertura politica deste momento, já que a crise hídrica foi um dos principais temas dos debates e propaganda política na época. 
Gráfico 9
A gestão do governador Geraldo Alckmin foi responsabilizada em grande parte pela escassez de água no período, como pode ser observado no Gráfico 10. A falta de investimento do governo paulista em infraestrutura, combinada à resistência em admitir que o estado estava passando por um problema grave, devido à proximidade das eleições, acabou por agravar a questão. De acordo com notícias publicadas em ambos os veículos, relatórios da Sabesp já informavam sobre a possibilidade de um estresse nos sistemas de abastecimento hídrico desde 2009.
Gráfico 10
Como a agência gestora do tratamento e distribuição de água do estado de São Paulo, a Sabesp também foi citada um grande número de vezescomo responsável pela situação crítica vivida no momento. Houve, inclusive, a abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou a conduta da empresa, apresentando um conjunto de 55 sugestões com objetivo de melhorar o serviço de água e esgoto de São Paulo, diagnosticado com grande falha e negligência pela Sabesp e também pela Agência Reguladora ARSESP.
Conforme dito anteriormente, houve um grande volume de notícias acerca do período eleitoral, que refletiu diretamente na análise de foco central das matérias. Como demonstrado no Gráfico 11, o Estado de S. Paulo publicou 76 vezes sobre o assunto, contra somente 25 da Folha de S. Paulo. Isso não demonstra que a Folha não realizou uma cobertura suficiente do período, mas que não relacionou o tema da crise hídrica tantas vezes quanto o Estado. 
O foco central observado nas matérias selecionadas foi bastante diverso, como demonstra o Gráfico 11. Nos dois portais houve grande destaque para as informações acerca do nível dos reservatórios, também relacionado ao uso do volume morto, que teve sua primeira cota utilizada em maio de 2014. Em especial, o Estado de S. Paulo, publicou muitas notícias simples que acompanhavam o nível do Sistema Cantareira quase que diariamente. As notícias são simples porque trazem, no máximo, dois parágrafos como um relatório de porcentagem de água disponível no Sistema para que o leitor acompanhasse a evolução do quadro.
O gráfico ilustra o destaque gerado nos dois jornais às notícias relacionadas aos impactos sociais e multas/sobretaxas. Esse enfoque acontece porque o público leitor tem mais interesse em temas que o afetam diretamente. 
O aumento na conta de água constitui um impacto direto na sociedade, principalmente quando observamos que a parcela da população mais afetada foi justamente a que ocupa as regiões periféricas. Essas pessoas, além de serem as que menos consomem o recurso – condição causada por possuírem chuveiros de pressão reduzida, menos máquinas de lavar roupas e louça – foram as mais eficientes na economia de água no período. E ainda assim, sofreram com aumento das taxas e cortes de abastecimento. 	Comment by Carolina Monteiro: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,periferia-de-sao-paulo-poupa-dobro-de-agua-do-que-jardins,1551211
Gráfico 11
Em contrapartida, os temas legislação ambiental, água de reúso, redução de consumo, causas da crise, medidas preventivas e impactos ambientais, aparecem muito menos como foco central nas notícias analisadas. Podemos inferir que esses temas preteridos talvez não tivessem a devida atenção do público leitor dos jornais, por isso não alcançaram um enfoque maior na redação. 
O tema de infraestrutura alcançou bastante enfoque entre as notícias analisadas, muitas vezes sobreposto com a Gestão Alckmin. A ausência de investimento em obras foi colocada, junto à redução pluviométrica do período, como o principal causador da crise enfrentada pela população. 
Os dois gráficos abaixo (12 e 13) são um recorte comparativo de foco central entre os dois veículos, demonstrando a proporção de notícias que relacionam a gestão Alckmin com a crise hídrica. Foram escolhidos os focos centrais Eleições e Infraestrutura, porque estas são as temáticas diretamente relacionadas com o poder público. A análise individual se deu porque as matérias de cobertura eleitoral colocam o governador como responsável não somente pela negligência de investimento em infraestrutura, mas também pela falta de transparência com a população, relacionada à gravidade do problema enfrentado. 
Gráfico 12
Essa falta de transparência por parte do governador não pode ser ignorada, porque está diretamente ligada à escassez do recurso enfrentada pela população. Por questões eleitoreiras, a população e, principalmente, os setores responsáveis pelo maior volume de uso de água – indústria e agropecuária – não foram informadas sobre a necessidade da redução de consumo até que o quadro estivesse extremamente crítico. E isso, sem dúvida, contribuiu para o agravamento do problema. 
Como a Folha de S. Paulo teve um volume menor de matérias publicadas sobre a crise hídrica no período, é importante a análise do recorte do gráfico sobre a perspectiva temática (Gráfico 9), feita abaixo (Gráfico 13). Desta vez não em dados numéricos, mas em proporção. Lembrando que os dados coletados não representam o número de matérias de cada perspectiva temática, já que cada notícia pode representar mais de uma perspectiva. 
Gráfico 13
Neste gráfico, as matérias de cunho político ganharam mais proporção na Folha de S. Paulo, mas é importante ressaltar que este volume pode ter sido encontrado por conta de matérias políticas que só citaram a crise hídrica como informação contextual, mas não responsabilizaram nenhum órgão ou instituição específica. 
Por isso, foi realizado o recorte abaixo (Gráfico 14) de responsabilidade institucional agregando órgãos de gestão da água, no caso, representativos de perspectiva técnica – Sabesp, ANA, DAEE, NOS, Cesp, Arsesp, Aneel, Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, etc. – e órgãos políticos, representativos de perspectiva política – governos estaduais/federal e prefeituras. Neste caso, a proporção de responsabilidade aferida às instituições foi balanceada, ainda que a Folha de S. Paulo tenha apresentado uma proporção reduzida de matérias de cunho técnico.
Gráfico 14
A concentração elevada de notícias com a perspectiva temática de Mudança de Comportamento na Folha de S. Paulo mostrada no recorte acima faz sentido com relação à maior proporção de evidências da sociedade, demonstrada no Gráfico 8. Isto porque notícias sobre iniciativas sociais de economia no consumo do recurso, protestos e atitudes da população em geral resultam de entrevistas com agentes sociais, gerando dados desta perspectiva. 
Conforme o Gráfico 15, abaixo, podemos averiguar que o termo mais utilizado nos dois jornais foi "crise hídrica", logo em seguida "abastecimento". Verifica-se também uma grande variação de denominação que os dois jornais tiveram frente ao tema. O tema é definido de diversas maneiras nas duas publicações. 
Gráfico 15
No esforço de garantir uma análise mais adequada das estratégias (Gráfico 16) apresentadas para lidar com a questão da crise hídrica, estas foram separadas em 4 categorias: estratégias técnicas e de gestão, sociais, financeiras e políticas/organizacionais. Em conformidade com o apontado anteriormente, quando discutido o foco central das matérias, as principais estratégias mencionadas pelas notícias foram as obras de infraestrutura/captação (gestão) e multa da água/sobretaxa (financeira). 
Estratégias
Gráfico 16
A transposição do rio Paraíba do Sul, mencionada 16 vezes no Estado de S. Paulo e 12 vezes na Folha de S. Paulo, foi colocada como a grande solução para o problema. Ela também teve espaço em notícias que somente mencionavam obras de infraestrutura e captação, mas não citavam o projeto especificamente. Isso enquanto atitudes preventivas, como a estruturação de planejamento, a conscientização popular, a recuperação ambiental e a restrição de captação para a indústria tiveram pouquíssima ênfase no assunto. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
cional foi prejudicado pela redução de produção na agropecuária, como resultado da crise. 
Momento político que vivemos – folha tem mais leitores
Responsabilidade de informar a população – o jornalista trabalha para o leitor, não para o jornal
– todas as coisas tem relação entre si – coisa de gestão ambiental: ver a relação entre as coisas ao invés de vê-las separadamente – quando o jornal não coloca a relação entre a crise com a escolha do governante, a população que não faz uma pesquisa própria (aquele numero que você colocou na justificativa) não tem base para escolha, o que leva a escolhas irresponsáveis de representantes políticos
Minhas sugestões	Comment by Carolina Monteiro: Caaaaaso vc chegue antes de mim, vai escrevendo a conclusão com essas anotações! Hahah
Importante ressaltar a presença massivada estiagem ou falta de chuvas como causa da crise hídrica, porém é notória a presença de diversos agentes, instituições e mesmo estratégias que são relacionadas à crise da água, como observamos nos Gráficos x Estratégias, 11 – Foco central e 10 – Responsabilidade Institucional. O quadro revela-se muito mais complexo do que poderíamos imaginar ao ler isoladamente algumas das notícias coletadas.
É interessante verificar a quantidade extremamente reduzida da discussão acerca das estratégias de Planejamento, Conscientização e Recuperação ambiental nas notícias publicadas no período. A ausência dessa discussão na mídia hegemônica mostra o quanto que a prevenção de uma crise futura não é valorizada na apresentação dos fatos. 
Falta de causas mais "refinadas" como ocupação e uso do solo, ordenamento territorial e políticas de incentivo à proteção de recursos naturais.
Menor envolvimento da sociedade civil.
Transparência das informações oficiais também pode ser entendida não só como informações acessíveis, mas informações que possam ser de fácil entendimento também ao público leigo.
-- será que a população tem a informação necessária para votar conscientemente? 
-- colocar a notícia sobre a transposição do paraiba do sul – Alckmin foi tão pressionado nas eleições, se recandidatou e SÓ AGORA que entregou essa obra que foi colocada como a salvação da crise – procurar no Estado também, comparar como foi abordado nas duas notícias	Comment by Carolina Monteiro: Não apaga esses links, porque como você vai entregar só por email a gente pode deixar como hiperlink no texto, fica sofistication
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/03/com-atraso-alckmin-entrega-obra-contra-seca-no-cantareira.shtml
ONU falando que o clima não é desculpa para falta de água
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/04/relator-da-onu-cita-sp-e-declara-que-clima-nao-e-desculpa-para-falta-dagua.shtml
Falar do resultado da CPI da Sabesp
http://www.saopaulo.sp.leg.br/blog/relatorio-final-da-cpi-da-sabesp-preve-criacao-de-agencia-fiscalizadora/ 
Falar sobre o impacto na economia do país
Desmatamento, legislação quanto às áreas de mananciais como causa e também estratégias de longo prazo
http://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/34601480/bardinlaurence-anlisedecontedo-140414215528-phpapp01.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1497386535&Signature=a6U2d44jSEgUM8McH9Sh2%2Fvmh3A%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DLAURENCE_BAROlN.pdf
http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n5/a19v57n5.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rac/v15n4/a10v15n4
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http://artigo19.org/wp-content/blogs.dir/24/files/2016/06/Sistema-Cantareira-e-a-Crise-da-%C3%81gua-em-S%C3%A3o-Paulo-2.pdf
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