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Motivando crianças e jovens em ciência exatas, para um futuro brilhante. Sara Moreira da Silva1, Fernando Yoiti Obaba2 1 Aluna do curso de Ciência da Computação – Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) – Alto Araguaia, MT, Brasil 2 ²Departamento de Computação, Universidade do Estado de Mato Grosso, Alto Araguaia, MT, Brasil. macedos083@gmail.com, obana@unemat.br Abstract. The present work has as objective the motivation of children and young people in exact sciences, so that in the future they have the capacity to take a course that they like in the area of exact. This paper presents qualitative results of extension. Courses and exhibitions of devices developed with recycled materials in the Laboratory of Electronics and Embedded Systems of the course of Computer Science of the Campus of Alto Araguaia - MT. Resumo. O presente trabalho tem como objetivo a motivação de crianças e jovens em ciências exatas, para que no futuro tenham a capacidade de fazer um curso que gostem na área de exatas. Este artigo apresenta resultados qualitativos de extensão. Cursos e exposições de dispositivos desenvolvidos com materiais reciclados no Laboratório de Eletrônica e Sistemas Embarcados do curso de Ciência da Computação do Campus de Alto Araguaia - MT. 1. Introdução Este trabalho apresenta resultados qualitativos de cursos de extensão e exposições de dispositivos desenvolvidos com materiais reciclados no Laboratório de Eletrônica e Sistemas Embarcados do curso de Ciência da Computação do Campus de Alto Araguaia – MT Historicamente a matemática foi desenvolvida na Mesopotâmia, Egito, Índia e Oriente Médio, e foi fundamental para que os matemáticos do século XX desempenhassem funções indispensável desde os primórdios dos tempos. Através da matemática foram criadas formulas que deram vida a geometria, inventada pelos gregos, a astronomia que ajudava os egípcios a saber sobre as inundações do rio Nilo, a álgebra que teve o marco em Alexandria por Diofanto. A matemática também deu origem a aritmética que nos dias de hoje é extremamente avançada como consequência de estudos e pesquisas de antigos. A matemática no Brasil em meados dos anos 60, e em diversos outros países, obtiveram uma ação chamada, Movimento da Matemática Moderna, que buscava assemelhar-se a matemática básica que era dada na escola, se associar a matemática que eram desenvolvidas pelos pesquisadores do ramo. (DUARTE; DA SILVA, 2009). No Brasil pode-se citar Artur Ávila, o primeiro matemático latino americano a ganhar a medalha de Fields (Medalha Internacional de Descobrimentos Proeminentes em Matemática), o maior prêmio mundial de matemática em 2014, dada a jovens que contribuem com descobrimentos e contribuições relevantes para a ciências matemática. Pessoas como ele ajudam a nossa nação ter reconhecimento e acabam mostrando que o país tem a capacidade de ter pessoas que são interessadas em matemática e podem fazer a diferença. Ainda no Brasil, Robert Landell de Moura, registrou três invenções: O transmissor de ondas, Telefone sem fio e o Telegrafo sem fio em 1904, tanto aqui no Brasil quanto nos Estados Unidos. Landell e suas invenções foram uma das maiores contribuições da nação para as redes de comunicação sem fio. Leopoldo Nachbin brasileiro nato de Recife, matemático conhecido pelo Teorema de Nachbin, membro fundador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada. Temos tantos nomes prodígios que deram ao país um reconhecimento honroso mostrando que a nação é formada por pessoas que podem mudar o mundo. Instabilidade, opacidade, inexistência de razão são estes termos usados por professores, jornalistas, pesquisadores e representantes de organizações não governamentais, descrevendo a crise do ensino médio brasileiro nos dias atuais (KRAWCZYK, 2009). O Brasil é um país de terceiro mundo, que se encontra em desenvolvimento em várias áreas, como a infraestrutura, economia entre outras entidades. No entanto, no Brasil, a taxa de aprendizagem em matemática é muito baixa, muitas fontes de pesquisas apontam esse fato como a Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), afirmam que 70% alunos do ensino fundamental ao ensino médio não sabem o básico de matemática e saem das escolas aprendendo o básico do básico, sabendo fazer contas de baixo nível (MARTINS, (2016). A aprendizagem da matéria é extremamente crucial para o futuro, em mercados de trabalho e em cursos que desejam fazer, muitos alunos terminam o ensino médio com sonhos de fazer cursos de engenharia, mais ao ver as grades das matérias desanimam, pois, a base de todas as engenharias é a matemática. O efeito do desenvolvimento progressivo das novas tecnologias, concentradas na comunicação de massa até então, não se sentiram plenamente ligados ao ensino, como pensara McLuhan outrora em 1969 – ao menos na maior parte das nações, sobretudo a internet baseada na aprendizagem a distância, apresenta a novidade educacional no início desse novo milênio (GADOTTI, 2000). As necessidades tecnológicas do mercado de trabalho estão mudando, e novos equipamentos acabam por criar novas ocupações e extinguir outras, um exemplo, antigamente o mercado de datilografia precisava de maquinas de escrever e bastante funcionários que atuassem no ramo de escrever cartas documentos e etc., hoje existe o computador que faz tudo isso em minutos e sem gastar muito. Então já se pode ver a diferença de transformação de mercado de trabalho e que cada vez mais estará mudando conforme novas tecnologias são criadas pelos nossos jovens que atuarão no futuro. Uma forma de despertar o interesse desses jovens pela matemática é através da eletrônica básica, visto que para um bom desempenho em atividades práticas é necessário o conhecimento de matemática. 2. Metodologia Sobre conflitos e transtornos de opiniões sobre a remodelação na educação na matemática, levaram pesquisadores matemáticos de influencia a se interessarem sobe a educação pelo ensino. Como o acontecido com o casal de ingleses Grace C. Young (1868-1944) e William H. Young (1879-1932), que no livro Beginner’s book of geometry, obra publicada em 1904, que recomenda que o ensino da geometria seja auxiliado com atividades práticas, sendo assim o ensino da matéria não seria tão abstrato. Com esse método seus filhos transformaram-se em grandes matemáticos. (MIGUEL et al., 2004). Estudos ilustram que as teorias sócio-cognitivas da motivação para a aprendizagem demonstram a existência de pelo menos duas formas principais de motivação: a intrínseca e a extrínseca. A motivação intrínseca acontece quando um aluno se mantém na tarefa pela atividade em si, por esta ser interessante, envolvente e geradora de satisfação. Já a motivação extrínseca ocorre quando o seu objetivo em realizar uma dada tarefa é o de obter recompensas externas, materiais ou sociais (NEVES; BORUCHOVITCH, 2007). A oferta de cursos que não tratam diretamente a matemática, mas a envolva de certa forma, tanto em faculdades como em escolas de educação básica e ensino médio, permite a criação de um vínculo, desenvolvendo ambições pelo conhecimento que no futuro podem levar a pessoa a fazer um curso relacionado a área de exatas. Os resultados deste trabalho foram obtidos através de observações comportamentais, entrevistas e diálogos. 3. Resultados Esperados O presente trabalho apresenta resultados qualitativos preliminares de cursos de extensão que estão sendo oferecidos no curso de Ciência da Computação na UNEMAT (Universidade do Estado de Mato Grosso) em Alto Araguaia – MT. O Laboratório de Eletrônicae Sistemas Embarcados funciona em conjunto com o projeto Reutilização e Reciclagem de Equipamentos Eletrônicos (SANTOS, 2017) e abrange diversos projetos de pesquisa e extensão, um dos projetos em andamento é uma parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, a UNEMAT e escolas do estado de Goiás, para lecionar cursos sobre Eletrônica básica e automação, para jovens em situação de vulnerabilidade (PEREIRA e SALES, 2016)(Figura 1). Figura 1. Alunos do projeto do CREAS da cidade de Santa Rita participando do minicurso de Eletrônica Básica e Automação. Nesse curso eles aprendem o básico de eletrônica, conhecendo os componentes eletrônicos e como usá-los em circuitos que eles constroem nos protoboards com supervisão dos monitores do laboratório. É um projeto incrível, que abrange as series do 6º ao 9º ano e ensino médio. A inspiração, motivação e alegria que as crianças e jovens tem quando chegam nos cursos ou oficinas que são oferecidos no laboratório são insubstituíveis, eles brincam e focam suas energias em querer aprender. Outro projeto que o laboratório faz com muita frequência é levar os projetos que desenvolvemos, para apresentar o curso, o laboratório e os projetos para as escolas do jardim da infância até o ensino médio, motivando-as a seguir um futuro com um planejamento de estudos melhores e chegarem até onde sonham com objetivos plausíveis no que viram ou no que irão ver ao longo da jornada de estudos. 4. Conclusão Existe uma frase interessante que expressou Dalai Lama, “Toda ação humana, quer se torne positiva ou negativa, precisa depender de motivação”. E é esse tipo de motivação positiva de querer aprender de desenvolver de repassar o que foi aprendido que o curso de exatas da UNEMAT Ciência da Computação de Alto Araguaia e tantas outras entidades, tentam repassar a todas as pessoas que alcançamos e que nos alcançam, a nação brasileira é uma mina de tesouros a ser descoberta, temos que escava- la e mostrar a todos, que somos um país que temos jovens e crianças prodígios a serem descobertos, então motivando eles a isso ganhamos um Brasil forte em tudo. Observando as aulas ministradas foi possível notar que inicialmente os alunos não demostravam interesse pelo conteúdo apresentado, por falta de conhecimento ou confiança em si mesmo. Durante o decorrer do curso, como era esperado, ouve uma melhora no nível de conhecimento dos alunos devido a melhora na agilidade com que executavam os experimentos. Outra observação importante foi a melhora na autoestima e confiança dos alunos, se antes vinham para as atividades desanimados e tristes atualmente comparecem felizes, chegando até a se arriscar a ensinar os colegas de turma. A melhora na autoestima e confiança também foi relatada pela psicóloga do CREAS responsável pelos Jovens. Espera-se que ao final do ano com o encerramento de algumas turmas resultados mais objetivos possam corroborar com os resultados preliminares deste trabalho. 5. Referências DUARTE, A. R. S.; DA SILVA, M. C. L. Abaixo Euclides e acima quem? Uma análise do ensino de Geometria nas teses e dissertações sobre o Movimento da Matemática Moderna no Brasil. Práxis Educativa, v. 1, n. 1, p. 87–93, 2009. GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. São Paulo em perspectiva, v. 14, n. 2, p. 03–11, 2000. KRAWCZYK, N. O ensino médio no Brasil. 2009. MIGUEL, A. et al. A educação matemática: breve histórico, ações implementadas e questões sobre sua disciplinarização. Revista brasileira de educação, 2004. NEVES, E. R. C.; BORUCHOVITCH, E. Escala de avaliação da motivação para aprender de alunos do ensino fundamental (EMA). Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 20, n. 3, p. 406–413, 2007. PEREIRA, E.; SALES, M. M. OS SENTIDOS DO TRABALHO PROTEGIDO PARA OS JOVENS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL. Pretextos-Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, v. 1, n. 2, p. 111–130, 2016.
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