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EBRADI - Pós-Graduação - Direito Penal e Processo Penal Aplicados - Módulo 1 - Tema 3

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Módulo 01: Princípios das Ciências Criminais 
Tema 03: Princípios Constitucionais Explícitos III 
Aula I: Individualização da pena 
Casuística 
Josué foi condenado em primeira instância pela prática de receptação (art. 180, caput, do 
CP). A pena aplicada foi de 01 (um) ano de reclusão, bem como 10 (dez) dias-multa, já 
que não havia circunstâncias judiciais e legais desabonadoras. Todavia, o juiz fixou o 
regime inicial fechado de cumprimento de pena, sob o argumento de que a receptação 
“fomenta a prática de inúmeros outros delitos patrimoniais”. 
Como advogado de Josué, quais argumentos você utilizaria em defesa de seu cliente no 
tocante ao regime inicial aplicado? 
RESPOSTA ESPERADA 
A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não é motivo hábil para a 
fixação de regime mais gravoso do que o permitido segundo a pena aplicada. 
O fato de a receptação fomentar a prática de outros crimes patrimoniais é um argumento 
genérico, já considerado pelo legislador na etapa da individualização legislativa da pena 
(ver súmulas 718 e 719 do STF, e ainda súmula 440 do STJ). 
 
Teste de Aprendizagem 
Selecione a assertiva correta: 
Fundamentação: súmula 718 do STF (“A opinião do julgador sobre a gravidade em 
abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo 
do que o permitido segundo a pena aplicada”). A gravidade abstrata do delito já foi 
considerada pelo legislador na etapa da individualização legislativa da pena. 
Reposta Correta: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não 
constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o 
permitido segundo a pena aplicada. 
 
Aula II: Presunção de inocência 
Casuística 
Fernando está sendo processado pela prática de furto qualificado pelo rompimento de 
obstáculo (art. 155, § 4º, I, CP). Em debates orais, o representante do Ministério Público 
pugnou pela condenação do acusado. 
No tocante à dosimetria da pena, requereu a fixação da pena-base acima do mínimo legal 
em razão da existência de inquéritos em andamento contra Fernando. Na segunda fase, o 
promotor pediu a elevação da pena por conta da reincidência específica, pois o acusado 
possui uma sentença condenatória em primeira instância (ainda pendente de recurso) pela 
prática de um furto anterior. 
Finda a manifestação do promotor, o magistrado lhe concede a palavra para, na qualidade 
de advogado de Fernando, apresentar suas alegações finais. 
Formule suas considerações em relação aos argumentos do promotor de Justiça acerca da 
dosimetria da pena. 
RESPOSTA ESPERADA 
A elevação da pena por conta de inquéritos em andamento ou sentenças sem trânsito em 
julgado ofende o princípio constitucional da presunção de inocência (CF, art. 5º, inciso 
LVII – “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória”). 
Nos termos da súmula 444 do STJ, “é vedada a utilização de inquéritos policiais e ações 
penais em curso para agravar a pena-base”. Portanto, o advogado deve aduzir que não 
assiste razão ao representante do Ministério Público, sendo indevida a elevação da pena, 
quer na primeira fase, quer na segunda fase. 
 
Teste de Aprendizagem 
Diga qual a alternativa correta: 
Fundamentação: art. 5º, inciso LVII, da CF, que consagra o princípio da presunção de 
inocência. 
Reposta Correta: Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória. 
 
Aula III: Contraditório 
Casuística 
Marcos está sendo processado pela prática de associação para o tráfico de drogas (art. 35 
da Lei 11.343/2006). Durante a instrução, foi ouvida uma testemunha arrolada pela 
acusação, que não se lembrou dos fatos, e interrogado o acusado, o qual negou 
veementemente a participação no crime. 
O juiz declarou encerrada a instrução e concedeu às partes prazo para apresentação de 
memoriais escritos. Nessa peça, o promotor de Justiça pediu a condenação de Marcos, 
juntando depoimento policial prestado em processo instaurado contra Ricardo, no qual o 
agente da lei relata o envolvimento de Marcos (prova emprestada). 
Você foi recém contratado por Marcos para redigir os memoriais de defesa. Diante das 
informações trazidas, o que poderia ser alegado? 
A utilização da prova emprestada para embasar a condenação, nesse caso, violaria algum 
princípio? 
RESPOSTA ESPERADA 
A utilização da prova emprestada violaria o princípio da contraditório, pois foi colhida 
em processo distinto instaurado contra outro acusado. Marcos não teve a oportunidade de 
participar de sua produção (não lhe foi possível, por exemplo, confrontar a testemunha e 
fazer reperguntas). 
Assim é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça: 
“(...) 6. A jurisprudência é firme na compreensão de que admite-se, como elemento de 
convicção, a prova produzida em outro processo, desde que a parte a quem a prova 
desfavorece houver participado do processo em que ela foi produzida, resguardando-se, 
assim, o contraditório, e, por consequência, o devido processo legal substancial. Assim, 
produzida e realizada a prova em consonância com os preceitos legais, não há falar em 
decreto de nulidade. (...) (AgRg no HC 289.078/PB, Rel. Ministro ANTONIO 
SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 15/12/2016, DJe 
15/02/2017)”. 
 
Teste de Aprendizagem 
Assinale a alternativa correta: 
Fundamentação: súmula 707 do STF (“Constitui nulidade a falta de intimação do 
denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não 
a suprindo a nomeação de defensor dativo”). 
Reposta Correta: Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer 
contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a 
nomeação de defensor dativo. 
 
Aula IV: Ampla defesa 
Casuística 
Pedro foi condenado em primeira instância pela prática de tráfico de drogas (art. 33, caput, 
da Lei 11.343/2006). 
No dia da audiência de instrução, debates e julgamento, Pedro não foi apresentado pela 
escolta policial. Apesar da insurgência do advogado do acusado à época, o magistrado 
ouviu as testemunhas presentes e declarou encerrada a instrução, proferindo, após os 
debates orais, sentença condenatória. 
A família de Pedro contrata você para redigir a apelação. Apenas considerando as 
informações trazidas acima, o que poderia ser arguido no recurso? 
RESPOSTA ESPERADA 
A ampla defesa compreende não apenas a defesa técnica, mas também a autodefesa. Por 
essa razão, o acusado tem o direito de estar presente na audiência e também de apresentar 
sua versão dos fatos pessoalmente ao juiz, no interrogatório. 
Observe-se que, no caso, o acusado deixou de comparecer ao ato não por vontade própria, 
mas porque estava preso e não foi apresentado pela escolta. Logo, deve-se arguir a 
existência de nulidade por violação ao princípio constitucional de ampla defesa. 
 
Teste de Aprendizagem 
Considere as alternativas abaixo: I. A ampla defesa compreende a defesa técnica, 
realizada por advogado legalmente habilitado, razão pela qual o réu não pode apresentar 
pessoalmente sua versão dos fatos ao julgador. II. Aplica-se a ampla defesa na fase 
processual apenas, sendo vedado ao advogado acompanhar o interrogatório de seu cliente 
na fase de inquérito policial. III. Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e 
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e 
recursos a ela inerentes. Estão corretas: 
Fundamentação: Artigos 185,196, 400 CPP, Lei 13.245/2016 art. 7º, art. 5º, LV, da CF. 
Reposta Correta: Apenas a assertiva III.

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