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Uma Rosa no Inverno by Gabi156 Adaptação: Casada com um estranho a quem não podia trair... Possuída por um amor que não conseguia esquecer... O pai de Isabella deu a mão de sua filha ao mais rico pretendente para sanar suas dívidas de jogo. Agora, ela era a Lady Masen, senhora de uma grande propriedade, anteriormente arruinada pelo fogo, e esposa de um homem de aparência misteriosa que despertava nela o me Rated: Fiction T - Portuguese - Romance/Mystery - Bella, Edward - Chapters: 22 - Words: 165,918 - Reviews: 116 - Favs: 72 - Follows: 41 - Updated: 8/6/2013 - Published: 6/13/2013 - Status: Complete - id: 9388406 URL: https://www.fanfiction.net/s/9388406 Table of Contents Table of Contents Chapter 1 Chapter 2 Chapter 3 Chapter 4 Chapter 5 Chapter 6 Chapter 7 Chapter 8 Chapter 9 Chapter 10 Chapter 11 Chapter 12 Chapter 13 Chapter 14 Chapter 15 Chapter 16 Chapter 17 Chapter 18 Chapter 19 Chapter 20 Chapter 21 Chapter 22 Chapter 1 Casada com um estranho a quem não podia trair... Possuída por um amor que não conseguia esquecer... Este é o coração atormentado da jovem Isabella que, para salvar o pai da ruína financeira, acaba descobrindo o homem que irá transformar totalmente a sua vida. Foi no norte da Inglaterra que tudo começou. O pai de Isabella deu a mão de sua filha ao mais rico pretendente para sanar suas dívidas de jogo. Agora, ela era a Lady Masen, senhora de uma grande propriedade, anteriormente arruinada pelo fogo, e esposa de um homem de aparência misteriosa que despertava nela o medo e a piedade. Masen, o marido misterioso que ocultava o rosto com uma enigmática máscara, irá confundir os sentimentos de Isabella até quase o fim da história. Até lá, o leitor irá acompanhar o suspense e o drama de uma mulher apaixonada pelo inimigo do pai e desesperada pela iminente atração que o devotado marido estava lhe despertando. ISABELLA Para salvar o pai da ruína financeira, ela se casa contra a vontade – leiloando seu amor a quem fizesse a oferta mais alta. MASEN O enigmático lorde – sua capa longa e esvoaçante ocultava um mistério, um coração vingativo...e paixões estranhas e secretas. CULLEN Edward Cullen, homem do mar, ianque galante e sedutor, dono de olhos verde-cinza cheios de vida – é inimigo mortal do pai de Isabella. INTRIGA! No Norte da Inglaterra do século XVIII, nas ruínas de uma propriedade que fora importante no passado, uma noiva comprada descobriria a surpreendente verdade sobre o marido... e seria levada implacavelmente ao seu misterioso mundo, repleto de perigos, vinganças e desejos intensos nunca sonhados. Chapter 2 Oiiii Meus amores... VOLTEI COM TUDOOOO! Kkkkk... Tudo bem com vocês? Espero que sim! Estou postando uma historia que me conquistou de uma forma... E quando eu li pela primeira vez essas duas adaptações que vou postar, eu vi o Edward Cullen e Bella Swan nos mesmo personagem, eu revivi a saga, só que com os personagens humanos e o tema da hsitoria diferente... Espero de coração, que vocês amem essa historia assim como eu... Essa adaptação é do livro " Uma Rosa no inverno - Kathleen E. Woondiwiss", esse livro me mostrou que o amor é capaz de tudo! Então... Boa leitura... Nos vemos lá embaixo¬ - Casamento! Isabella Swan se separou da chaminé e arrojou o atiçador sobre o suporte, em um intento de desafogar seu tédio, cada vez mais intenso à medida que transcorriam os minutos do novo dia. Fora, o vento sobrava alegremente, fustigando enormes gotas de chuva e restos de temporal de neve e chuva contra os cristais da janela. Parecia que queria mofar-se, com seu imprudente desenfreio, da funda opressão que afligia o espírito da jovem. O desordenado tumulto de nuvens escuras que se agitavam por cima do telhado da casa do prefeito refletia o humor desta bonita moça de cabelo avermelhado, cujos olhos lançavam vivos brilhos enquanto observava o fogo que crepitava no lar. - Casamento! A palavra voltou a estalar em sua mente. Alguma vez, esse mesmo término tinha simbolizado os sonhos de uma menina; para tornar-se, mais tarde, em sinônimo de chacota. Não era que ela se oporia ao matrimônio. Absolutamente. A escrupulosa educação de sua mãe a tinha preparado para converter-se em uma excelente esposa para qualquer homem. Mas seu pai se propôs desposá-la com algum bolso rico, sem importar quão fátua, obesa ou gasta fosse à criatura que se apresentasse frente a sua porta. Todas as demais qualidades, incluindo maneiras, não pareciam preocupar ao senhor Swan. Nem sequer eram dignas de consideração. Com apenas ser rico e propenso ao matrimônio, qualquer homem podia converter-se em possível candidato para sua filha. E todos eles tinham resultado ser uma amostra lamentável, embora, provavelmente - as sobrancelhas de Isabella se arquearam em um súbito gesto de dúvida -, eram o melhor que seu pai podia reunir, sem o atrativo de um dote razoável. - Casamento! Puaj! – Isabella espetou a palavra com renovado aborrecimento. Rapidamente esquecia as entusiasmadas fantasias da infância e começava a olhar com desagrado a instituição do matrimônio. Certamente, não era estranho que uma jovem dama detestasse aos pretendentes impostos pela força, mas, depois da série de exemplos que tinham desfilado, a moça abrigava poucas esperanças de que a natureza dogmática de seu pai melhorasse sua capacidade de seleção no futuro. Isabella caminhou com passo inquieto para a janela e observou o atalho pavimentado que serpenteava para a aldeia. As árvores que flanqueavam com o vento e se moviam como magros esqueletos escuros depois da desumana chuva. Seu olhar se perdeu pelo caminho vazio, e uma dor lenta, semelhante a uma dispesia, engendrou-se em seu interior ao pensar que uma hora escassa separava do encontro com outro galã não desejado. Não sentia desejos de fingir um amável sorriso para este novo bufão; em troca, desejava com ânsias - inclusive rogava - que o caminho permanecesse livre de viajantes. De fato, se o homem tivesse a coragem de caminhar por uma ponte frágil que se desabasse sob seus pés, caindo na água e inundando-se no esquecimento, Isabella não lamentaria a perda. Esse homem era um estranho, uma criatura sem rosto, apenas identificável por seu nome, um nome que a jovem acabava de conhecer: James Chambers! Que classe de pretendente seria? Isabella percorreu com o olhar a modesta sala de sua casa e se perguntou que impressão causaria no desconhecido; se seu desdém resultaria muito evidente. Embora a cabana não fosse pior que qualquer outra na cidade, a austeridade dos móveis denotava uma marcada ausência de riqueza. Desde não ter sido a morada adjudicada com o posto, seu pai se teria visto forçado a procurar outra. A moça alisou timidamente o desgastado veludo de seu vestido cor ameixa. Esperava que o antiquado gasto objeto não resultasse muito óbvio. Seu orgulho tinha sido ferido com muita freqüência, devido à arrogância de petimetres melindrosos que se consideravam superiores a ela e não evidenciavam o mínimo esforço por dissimular o fato. O escasso dote pouco supunha para seus bolsos repletos. Isabella desejava demonstrar a esses palurdos pertinazes que era muito mais instruída e, sem dúvida, imensamente mais refinada que todos eles. Entretanto, semelhante ousadia tivesse provocado uma severa reprovação por parte de seu pai. Charlie Swan considerava desnecessário, e muito imprudente, que qualquer membro do sexo débil recebesse instrução além das tarefas próprias de uma mulher e, menos ainda, sobre a arte da escritura e as técnicas de fazer números. Desde não ter sido pela herança de sua mãe e a obstinada insistência da dama, a jovem jamais tivesse sido objeto de uma educação tão sólida. Renée Swan se preocupou em reservar uma parte considerável de sua fortuna para a instrução de sua filha. Charlie não tinha ousado opor-se, dado o fato de queele mesmo, durante seu matrimônio, apropriou-se da maior parte das riquezas para financiar seus próprios caprichos. Mesmo que Seth tenha gozado dos mesmos benefícios, durante o primeiro ano de seminário, o moço tinha declarado sentir um profundo desgosto pela pomposa predicación e a injusta disciplina repartida por um conjunto de anciões aborrecidos». Sem mais argumentos, tinha renunciado a converter-se em um homem de letras e retornar a casa para «aprender o ofício de seu pai», qualquer que fosse esse ofício. Os pensamentos de Isabella vagaram através dos largos meses posteriores à morte de sua mãe, rememorando as inumeráveis horas que tinha passado em solidão, enquanto seu pai e seu irmão se entregavam à bebida ou ao jogo, em companhia dos vizinhos do povoado; ou enquanto viajavam ao Wirkinton, marinheiros que chegavam ao porto. Em ausência do judicioso raciocínio da Renée, a escassa fortuna da família se consumou rapidamente e, com sua perda, tinha sobrevindo um perpétuo período de indigência que, a sua vez, tinha despertado em Charlie Swan uma crescente ansiedade por desposar a sua filha. O transe crítico neste processo se produziu como fruto de um encarniçado duelo, onde o jovem Seth tinha resultado ferido. As seqüelas do sucesso ocasionaram a inutilização do braço direito do moço e, a partir de então, Charlie parecia arrasado pela necessidade impetuosa de encontrar um marido rico para sua filha. Um súbito brilho de ira brilhou nos escuros limites da memória de Isabella, dando vida a seus pensamentos frente ao repentino desafio. - Agora bem, existe um homem ao que me agradaria conhecer - falou a jovem com violência no vazio da habitação: - Edward Cullen! Ianque! Patife! Libertino! Trapaceiro! Qualquer palavra desagradável parecia encaixar. De fato, alguns quantos títulos que coroavam a linhagem desse homem revoaram na mente da jovem, que saboreava cada término com satisfação. - Ai! Se tão somente pudesse me encontrar com esse cara a cara! Fechou os olhos e visualizou um nariz inclinado e bicudo, uma juba murcha brotando por debaixo da asa de um chapéu, lábios magros desenhando um cruel sorriso malicioso até descobrir dentes pequenos e amarelados. Uma verruga na ponta do queixo afundado completou sua criação. Sentiu prazer ao culminar a imagem e colocá-la sobre um corpo ossudo e gasto. - Ah, se tão somente pudesse conhecê-lo! Embora dificilmente conseguisse sair vitoriosa de uma rixa, conseguiria, sem dúvida, desmoronar a soberba compostura desse homem. Durante duas semanas, perduraria o sofrimento de Edward Cullen depois da severa reprimenda da jovem. Então, talvez, pensaria-o duas vezes, antes de infligir sua vingança a um moço torpe e imprudente, ou de causar a ruína a um homem. - Se eu fosse varão – Isabella adotou uma pose de esgrima e agitou o braço estendido como se sujeitasse um afiado espadín -, desta forma ajustaria as contas a esse rufião! - Lançou ao ar uma, duas, três estocadas, para logo atravessar a garganta de sua vítima com sua arma imaginária. Limpou cuidadosamente sua espada fantasma e a devolveu à vagem igualmente insubstancial-. Se eu fosse varão - ergueu-se para olhar com ar pensativo através da janela-, asseguraria-me de que esse fanfarrão reconhecesse o engano de seu comportamento e, dali em adiante, o trapaceiro procuraria sua fortuna em algum outro limite deste mundo. Seu olhar capturou sua própria imagem, refletida nos painéis de cristal, e entrelaçou as mãos em um gesto recatado. - Ai de mim! Não sou um moço briguento, a não ser uma simples donzela. - Girou a cabeça para um lado e outro para observar seus cachos de cabelo, mognos. Logo, sorriu com perspicácia ante a imagem. Então, minhas armas deverão ser meu engenho e minha língua. Por um breve instante, arqueou uma de suas delicadas sobrancelhas escuras, que emolduravam um olhar maléfico, combinada com um encantador sorriso, capaz de congelar o coração do inimigo mais feroz. A profunda aflição que embargava à donzela desencadeava sua ira. Um rouco bramido de ébrio, proveniente do exterior, interrompeu suas reflexões. - Isabella! Ela reconheceu a voz de seu irmão e correu para o vestíbulo com uma acalorada preocupação nos olhos. Abriu a porta com violência e encontrou ao Seth Swan apoiado contra o gonzo. O moço tinha a roupa suja e desalinhada; seu cabelo castanho parecia um punhado de palhas emaranhadas debaixo de seu chapéu. Uma breve olhada bastava para deduzir que tinha estado bebendo e farreando durante toda a noite e a maior parte da manhã. - Isabella, minha bela irmãnzinha! - saudou-a ele a gritos. Com muita dificuldade, conseguiu entrar no vestíbulo, salpicando, ao passar junto a sua irmã, uma chuva de água fria com a capa ensopada. Isabella lançou um olhar ansioso para o caminho para certificar-se de que ninguém tinha presenciado esse atrapalhado sucesso. Sentiu-se aliviada ao advertir que, nessa desventurada manhã, não havia uma só alma nas cercanias, com a exceção de um solitário viajante que se aproximava cavalgando na distância. Quando o homem terminasse de atravessar a ponte para passar frente à casa, já não teria oportunidade de ver algo incomum. Isabella fechou a porta e se apoiou contra o marco, para observar Seth com o cenho franzido. O moço se agarrou aos passamanes com seu braço são, e lutava por manter o equilíbrio, de uma vez que atirava inutilmente das cintas que atavam sua capa. - Isabella, vêem dar uma mão ao pequeno Seth com esta rebi... né... rebelde vestimenta. Resiste em me abandonar apesar de meus intentos. - Esboçou um sorriso humilde e levantou o braço inválido com gesto suplicante. - Boa hora de retornar para casa - reprovou-lhe a jovem, ajudando-o a despojar-se da recalcitrante capa -. Acaso não tem vergonha? - Absolutamente! - declarou ele, tentando efetuar uma reverência cortez. O esforço lhe fez perder seu precário equilíbrio, e começou a cambalear. Isabella se apressou a sujeitá-lo pelo ombro para endireitá-lo, e enrugou o nariz ao aspirar o fétido fedor de uísque e tabaco que emanava de seu irmão. - Ao menos, poderia ter retornado para casa quando ainda estava escuro - sugeriu- lhe ela com voz áspera -. Dedica à noite inteira a beber e jogar naipes, para logo dormir durante todo o dia. Acaso não pode encontrar algo mais útil com que matar o tempo? - Foi à tolice do destino que me impediu de continuar com meu trabalho honesto e ganhar meu sustento nesta casa. Deve culpar ao canalha do Cullen, isso deve. O foi ele que provocou tudo isto. - Sei muito bem o que fez esse homem! - replicou ela, irritada-. Mas isso não é desculpa para se comportar desta forma. - Acabe já com suas recriminações, mulher - balbuciou ele com palavras apenas compreensíveis-. Cada dia que passa, se parece mais a uma velha solteirona. É uma sorte que nosso pai se propos a te casar a curto prazo. Isabella apertou os dentes para controlar sua ira. Sujeitou com firmeza o braço de seu irmão e tentou conduzi-lo para a sala, mas cambaleou ao receber todo o peso do moço. - Malditos sejam ambos! – gritou -. Um pior que o outro! Me desposar com o primeiro homem rico que apareça de maneira que possam seguir com a farra durante o resto de seus dias. Bonito par de descarados! - De maneira que isso crie! – Seth sacudiu o braço para liberar-se de sua irmã e as engenhou para caminhar com bastante destreza para a sala. Quando conseguiu afiançar o passo sobre o piso traiçoeiro, que não cessava de ondular-se sob seus pés, voltou-se para enfrentar a jovem, uma vez que tentava compassar o vaivém de seu corpo ao constante balanço da habitação. - Não é capaz de apreciar o sacrifício que fiz para salvar sua honra lhe reprovou ele, tratando de fixar um olhar acusador sobre o rosto da jovem. A tarefa resultou muito árdua para seu lamentável estado, e decidiu render-se, permitindo que seus rebeldes olhos vagassem a seu prazer-. Tanto nossopai como eu queremos ve-lá felizmente casada, livre de quão velhos poderia te proporcionar o destino. - Minha honra? - mofou-se Isabella, colocando cruzando os braços para observar seu irmão com uma expressão entre tolerante e compassiva-. Me permita te recordar, Seth Swan, que foi a honra de nosso pai que tentava defender, não a minha. - Ah! -Imediatamente, a expressão do moço se tornou totalmente arrependida, como a de um menino que acaba de ser surpreso em uma travessura, - É verdade. Foi por papai. - Lançou um olhar para seu braço inválido e o fez balançar, para atrair a atenção de sua irmã e despertar nela tanta compaixão como fora possível. - Suponho que, de certa forma, foi também por mim, posto que levo o mesmo sobrenome - raciocinou Isabella em voz alta. - E, depois das calúnias do Edward Cullen, é difícil fazer caso omisso dos sujos rumores que andam correndo por ali. Presa em seus pensamentos, a moça voltou a desviar o olhar para a erva molhada que se estendia além dos vidros salpicados de chuva. Não emprestou atenção a seu irmão, que, com suma cautela, avançava com repetidos passos para uma jarra de uísque que tinha avistado sobre uma mesa lateral. Isabella perdeu suas esperanças ao ver que o solitário velho atravessava sem dificuldade a superfície pavimentada da ponte, demonstrando assim que a estrutura ainda permanecia intacta. Apesar da incessante garoa, o homem continuava impertérrito em sua marcha. Não parecia levar pressa, como se estivesse seguro de ter todo o tempo do mundo. A jovem deixou escapar um profundo suspiro: Oxalá essa afirmação fosse igualmente válida para ela. Voltou-se para olhar Seth e, instantaneamente, pisou com fúria contra o chão. O moço tinha tomado um copo e tratava de tirar o plugue da jarra. - Seth! Não acredita que já bebeu o bastante? - Em efeito, foi à honra de nosso pai que tentava defender - resmungou ele, sem deter seu trabalho. Tremeu-lhe a mão ao ver o líquido na taça. As lembranças do duelo não cessavam de lhe obcecar. Uma vez e outra, ouvia o ensurdecedor estrondo de sua própria pistola, enquanto via a expressão atônita e horrorizada do juiz, de pé, imóvel, com o braço em alto sujeitando o lenço. A imagem tinha ficado gravada na mente do moço. Mesmo assim, recordava haver sentido uma estranha mescla de horror e regozijo, ao ver cambaleante seu oponente. O sangue não tinha demorado para aparecer entre os dedos do Cullen, e Seth tinha aguardado impávido o colapso de seu inimigo. Entretanto, o homem se ergueu, e o incipiente alívio que tinha embargado o jovem por um breve instante foi arrasado por uma imensa onda de suor gelado. A tolice de disparar antes do sinal se voltou contra ele, e a arma do Cullen se levantou lentamente até deter-se no centro de seu peito. - Desafiou a um homem muito mais experiente que você... e tudo por um simples jogo de naipes - rebateu-lhe Isabella. O zumbido nos ouvidos do Seth impediu que ouvisse as palavras de sua irmã. Paralisado pela cena que, com lentidão, começava a desdobrar-se em sua mente, o moço só podia ver o canhão da pistola que apontava de volta para ele àquela manhã, só podia ouvir os ensurdecedores batimentos de seu coração, só podia sentir o terror dilacerador que ainda continuava atormentando-o. Naquela fria manhã, o suor tinha feito arder seus olhos, mas o pânico não lhe tinha permitido sequer pestanejar, temeroso de que o menor movimento pudesse ter alojado uma bala mortal. Presa do terror, Seth tinha articulado um violento bramido de cólera, impotência e frustração, para logo levantar o braço e apontar sua arma vazia ao inimigo, sem advertir que a outra pistola já se elevava para cima de sua cabeça. Uma segunda explosão tinha quebrado a paz daquele amanhecer, para enterrar-se sob uma corrente de ecos e converter o colérico bramido do Seth em um agudo chiado de agonia. O dilacerador impacto lhe tinha atravessado o braço, lhe causando uma aguda dor, que retumbava uma e outra vez em seu cérebro. Antes de dissipar a nuvem de fumaça, o moço desabou sobre a grama gelada, retorcendo-se e gemendo, dominado por uma dor intolerável. Uma silhueta alta se aproximou dele até deter-se detrás da figura ajoelhada do cirurgião que lhe atendia o braço. Apesar de sua terrivél dor, Seth conseguido reconhecer o contorno de seu oponente contra a velada luz do sol nascente. A compostura de Edward Cullen o tinha morto de calor. Com incrível calma, o homem tentava deter o fluxo de seu próprio sangue com um pedaço de trapo dobrado debaixo do ombro da jaqueta. Em meio de sua intolerável dor, Seth chegou a compreender que sua suja jogada tinha comportado muito mais que a derrota no duelo. Toda sua reputação estava afundada, depois desse golpe devastador. Ninguém aceitaria o desafio de um covarde, e o moço não conseguia encontrar um refúgio seguro onde livrar-se da condenação de seu própria consciência. - Foi à estupidez do moço que causou a ferida. - As palavras do Cullen chegaram a ele para atormentá-lo e lhe arrancar um choro de desespero. O homem tinha definido o sucesso com precisão-. Se ele não tivesse disparado sua pistola, eu não teria descarregado a minha. O juiz tinha pronunciado sua réplica com o mesmo tom apagado e distante. - Disparou antes que eu desse o sinal. Você poderia ter mata o senhor Cullen, e ninguém se atreveu a questionar-lhe. Cullen respondeu com um grunhido. - Amigo, eu não sou um assassino de meninos. - Posso lhe assegurar, senhor, que sua inocência neste assunto é irrefutável. Só lhe sugiro que desapareça, antes que o pai do moço venha lhe causar problemas. Ao parecer dr Seth, o juiz tinha sido muito indulgente. O desejo de deixar claro que ele não estava disposto a ser tão benevolente tinha assaltado o moço, e uma série de juramentos grosseiros se escapou de seus lábios, descarregando toda sua ira sobre o homem, em lugar de aceitar a realidade de sua própria covardia. Para seu desgosto, os insultos não tinham arrancado mais que um leve sorriso desdenhoso dos lábios de seu oponente, que tinha partido sem lhe emprestar maior atenção, como se tivesse tratado de um menino que merece ser ignorado. A dolorosa imagem se desmoronou para dar passo à crua realidade. Seth observou a taça encheu diante de si, mas logo que não pôde levantá-la e, menos ainda, foi capaz de manter o braço elevado o suficiente para levar o uísque aos lábios. - Agora, lamenta sua terrível derrota. - As palavras de Isabella, por fim, conseguiram atrair sua atenção. - E, ao que parece, tem se proposto a arruinar o resto de seus dias. Estaria muito melhor se tivesse deixado em paz o ianque, em lugar de se fazer de galo de briga ultrajado. - Esse homem é um mentiroso e por isso o desafiei ao duelo. – Seth olhou a sua redor em busca de um refúgio, até que divisou uma acolhedora poltrona a seu alcance-. Quis defender a honra e o bom nome de meu pai. - Defender, ora! Ficou inválido pelo esforço e o senhor Cullen ainda não retirou uma só palavra da acusação. - Já o fará! - exclamou Seth -. Já o fará, ou eu... ou eu... - Você, o que? - inquiriu Isabella, exaltada -. Perderá o outro braço? Só obterá que lhe matem, se te empenha em desafiar a um homem com a experiência de Edward Cullen. - levantou uma mão em um gesto de aversão -. O homem tem o dobro em idade e às vezes penso que também a inteligência. Foi muito tolo ao provocá-lo, Seth. - Maldita seja, mulher! Sem dúvida, acreditará que o sol sai e se oculta para seu inigualável senhor Cullen. - O que diz! - gritou Isabella, espantada ante a acusação de seu irmão-. Jamais vi a esse homem! As únicas coisas que conheço dele são meros rumores que ouvi e, certamente, não posso confiar na exatidão de tais fofocas. - Eu também os ouvi declarou Seth com desdém. Todas as reuniões ou bate-papos de mulheres se centram ao redor desse ianque e sua incalculável fortuna. Nos olhos de todas pode ver-se o brilho das moedas do homem, mas,sem tanta riqueza, não é melhor que outro qualquer. E fala de sua experiência? Va! Provavelmente, eu tenha tanta como ele. - Não ouse se gabar de ter machucado levemente a esses dois infelizes - replicou ela, irritada-. Sem dúvida, estavam mais atemorizados que feridos e, por fim, resultaste ser tão tolo como eles. - Tolo, eu? – Seth tratou de endireitar-se para exteriorizar sua irritação ante semelhante insulto, mas um forte arroto pareceu desinflar seu orgulho, e voltou a desabar sobre a mesa, resmungando murmúrios de auto-compaixão-. Me deixe em paz, mulher. Decidiu me atacar em um estado de debilidade e esgotamento. - Ah! Quer dizer de embriaguez - corrigiu-lhe ela com aspereza. Seth se deixou cair na poltrona. Fechou os olhos e reclinou a cabeça sobre o respaldo acolchoado. - Apóia ao velhaco contra seu próprio irmão - gemeu-. Se nosso pai te ouvisse... Cintilantes faíscas de indignação brilharam nos olhos de Isabella. Com apenas dois passos, chegou até onde se encontrava seu irmão e lhe agarrou pelas lapelas da jaqueta. Forçou-se a confrontar o fedor rançoso que emanava da boca do moço e se inclinou para ele. - E de que ousa me acusar? - Sacudiu-lhe até que os olhos do Seth giraram confunsos-. Explicarei-lhe isso simplesmente, irmão! - Falouu as palavras em um tom sibilante e rabugento-. Um estranho navegou estes mares para sobressaltar a todos com o tamanho de seu casco de navio mercante e, ao terceiro dia de sua chegada ao porto - sacudiu a Seth uma vez mais para recalcar os fatos-, acusou ao nosso pai de fazer armadilhas com os naipes. Fosse verdade ou mentira, não tinha necessidade de proclamá-lo aos quatro ventos, provocando tal pânico entre os mercados de Mawbry e Wirkinton, que inclusive agora nosso pai teme que o joguem na prisão pelas dívidas que não pode pagar. E para sair deste apuro se propós a desposar-me com algum potentado. Não acredito que o rico Cullen se preocupe com os estragos que causou nesta família. Não duvido em condenar ao homem por tudo o que tem feito. Mas você, meu querido irmão, é também responsável, por cometer a tolice de rebater suas acusações tão acaloradamente, sem advertir que um fracasso em seus intentos por consolidar suas negativas só consegue fortalecer a causa do inimigo. Ao lutar com essa classe de homens, deve-se pensar com calma e inteligência, não com inúteis fanfarronadas. Seth observou a sua irmã, atônito ante o feroz ataque descarregado contra sua pessoa, e Isabella se precaveu de que o moço não tinha ouvido nada do que ela acabava de lhe explicar. - Ora! É inútil! - Deu um violento empurrão em seu irmão e se afastou, desgostosa. Pelo visto, nenhum argumento resultaria efetivo para fazer entender ao moço a estupidez de seu comportamento. Seth lançou um olhar ao transbordante copo de uísque e lambeu os lábios, desejando que sua irmã se dignasse a lhe alcançar a bebida. - Pode ser que seja um par de anos maior que eu, Isabella - sentia-se terrivelmente débil, tinha a boca seca como algodão e falar lhe exigia um tremendo esforço -, mas essa não é razão para me repreender como se fosse um menino. - Enrugou o queixo e começou a resmungar para si de uma maneira displicente-. Assim foi como me chamou... menino! Isabella caminhou inquieta em frente ao lar, tratando de encontrar o argumento que pudesse modificar os raciocínios de seu irmão, até que um leve som a deteve e se voltou, para encontrar a cabeça do Seth caída relaxadamente sobre seu peito. O primeiro bufo suave se converteu rapidamente em um claro e sonoro exemplo da arte de roncar e, imediatamente, a moça tomou consciência do terrivél engano que tinha cometido ao não conduzir a seu irmão diretamente para seu dormitório. James Chambers poderia chegar a qualquer momento, e Isabella se veria profundamente ferida em seu orgulho ante o sorriso malicioso do pretendente. Sua única esperança se agarrava em que seu pai retornasse logo, embora isso, também, poderia chegar a resultar em uma arma de dobro fio. De repente, advertiu que o lento repico de cascos de cavalo que tinha ouvido fazia um instante no exterior, acabava de deter-se frente à casa. Aguardou tensa algum sinal que lhe indicasse os movimentos do viajante, até que a fatalidade lançou sua primeira marca quando pegadas ressonaram sobre os degraus da entrada, seguidas por um forte golpe à porta. - James Chambers! – O coração lhe deu um tombo. Olhou ansiosamente a seu redor e retorceu as mãos com desespero. Como podia ser que esse homem chegasse em um momento tão inoportuno? Correu freneticamente para Seth e tentou despertá-lo, mas seus melhores esforços nem sequer conseguiram interromper o ritmo dos roncos do moço. Tomou entre seus braços, tratando de levantá-lo, mas ai! Era como tentar elevar um pesado saco repleto de pedras. O peso morto de seu irmão desabou e caiu ao chão com violência. Em um instante, o corpo de Seth ficou convertido em uma desalinhada pilha de ossos, ao tempo que os insistentes golpes do visitante continuavam retumbando por toda a habitação. Pouco pôde fazer Isabella, exceto aceitar a realidade. Talvez, James Chambers não merecia tanta preocupação, inclusive era provável que ela chegasse a agradecer a desafortunada presença de seu irmão. Mesmo assim, resistia a expor-se ao ridículo que, com segurança, recairia sobre sua família atráves dessa inoportuna visita. Decidiu, ao menos, dissimular a presença de seu irmão, ocultando-o detrás de uma cadeira e lhe cobrindo o rosto com um lenço, a fim de amortecer o forte trovejar de seus roncos. Então, com suma calma, alisou-se o cabelo e o vestido, tratando de aplacar os últimos vestígios de ansiedade. De algum modo, tudo sairia às mil maravilhas. Assim tinha que ser! Os golpes se reiteraram, ao tempo que Isabella caminhava para a porta. Apoiou uma mão no passador, adotou uma pose feminina e abriu. Por um breve instante, o espaço pareceu cobrir-se inteiramente com uma imensa extensão de tecido escuro e ensopado. Os olhos da moça viajaram com lentidão desde custosas botas de couro negro, sobre um larguísimo lance de casaco até chegar ao rosto que se ocultava sob a asa molhada de um chapéu de pele de castor. E, então, ela conteve a respiração. Era um rosto masculino e, sem dúvida, o mais arrumado que tinha visto em muitos anos. Ante o primeiro olhar a jovem, umas leves ruga cinzelaram a frente do viajante, e seus olhos se tornaram pavorosamente severos e ameaçadores. Um gesto de tensão, quase de ira, pareceu refletir-se na marcada linha de sua mandíbula, em seus maçãs do rosto salientes, em seu perfil ligeiramente aquilino. Entretanto, o toque de graça não demorou para iluminar as feições e apagar as diminutas rugas de ambos os lados de seus olhos. Olhos entre verdes e azuis, cheios de vida, que, descaradamente, revelaram a aprovação de seu dono ao percorrer os femininos contornos da moça. Um lento sorriso se uniu à faísca de seus olhos concentrados em absorver as forças que sustentavam as pernas da jovem. Esta vez não se tratava de um ancião adoentado, nem de um petimetre jactancioso, reconheceu Isabella, mas sim de um homem enérgico e viril em cada fibra de seu ser. Dizer que este candidato superava ampliamente suas expectativas era, certamente, subestimar a realidade. Perguntou-se que razões poderia ter um homem como esse para recorrer à troca a fim de encontrar uma esposa. O estranho se apressou a tirar o chapéu em um gesto de cortesia, descobrindo um abundante cabelo bronze. Sua voz, masculina e sonora, era tão agradável como seu aspecto. - Você é a senhorita Swan, suponho. - Mmm, sim. Isabella. Isabella Swan. - Sua língua parecia desumanamente torpe, e temeu que a traísse. Sua mente começou a trabalhar com rapidez, gerando pensamentos totalmente opostos a suas anteriores ideias. O homem era quase perfeito! Sem nenhum defeito aparente! Porém, a dúvida persistia. Se, na verdade, estava disposto a casar-se, como tinhapodido alcançar uma idade amadurecida, sem ser antes apanhado por, ao menos, uma dúzia de mulheres? Tinha que haver um defeito! Bramou o sentido comum de Isabella. Conhecia seu pai: sem dúvida, existia um segredo. Mesmo que sua mente não cessava de trabalhar, sua língua, repentinamente ativa, lhe adiantou. - Por favor, entre, senhor. Meu pai me advertiu que viria. - Sério? - O homem pareceu assimilar a asseveração da jovem com certo assombro. A cinismo sutil de seus lábios se transformou em um divertido sorriso quando olhou à moça com incredulidade-. Você sabe quem sou eu? - É obvio! - afirmou ela com um alegre sorriso-. Estivemos o aguardando. Por favor, entre. Ele atravessou a soleira, e uma ligeira expressão aturdida lhe enrugou o cenho. Com certa reticência, entregou seu chapéu, sua vara de montar e suas luvas à moça. - Você me surpreende, senhorita Swan - comentou-. Esperava ser recebido ressentidamente, não com amabilidade. Isabella retrocedeu mentalmente ante o sentido dessas palavras. Não tinha imaginado que a indiscrição de seu pai pudesse chegar a revelar a relutância de sua filha para contrair matrimônio. Como podia ter acreditado seu progenitor que ela rechaçaria a um candidato tão arrumado e incrivelmente superior a outros pretendentes? Com um fingido sorriso de felicidade, a jovem expressou cautelosamente sua preocupação. - Suponho que meu pai lhe falou de minha relutância em conhecê-lo. O homem esboçou um sorriso pormenorizado. - Sem dúvida, você imaginou-me como uma horrenda besta. - Alegra-me sobremaneira descobrir que não o é - demarcou ela, e em seguida temeu que suas palavras tivessem expresso muito entusiasmo. Apertou os dentes, desejando que ele não a considerasse uma jovenzinha atrevida; embora, reconheceu, que sua declaração tinha sido exageradamente modesta. A fim de ocultar suas bochechas ruborizadas, Isabella se voltou para fechar a porta. Ao passar junto ao homem, um forte aroma masculino afetou seus sentidos até o ponto de aturdi-la. Certamente, não encontrava ali nenhuma imperfeição. Com dedos destros e ágeis, ele desprendeu os botões de seu casaco e se despojou do objeto. Por muito que o tratou, Isabella não pôde descobrir nenhum defeito nessas costas, magros quadris e larguísimas pernas. A ostentosa masculinidade encerrada nos rodeados calções oferecia claras amostras da virilidade desse homem, e, ao recordar súbitamente à razão da visita, a jovem seu ruborizou, como se já tivesse estado desposada. - Permita-me seu casaco - ofereceu-lhe ela, tentado aplacar o tremor de sua voz. O corte elegante das roupas era digno de tanta admiração como seu dono. Entretanto, em alguém de menor estatura, teriam perdido uma considerável porção de seu atual encanto. A jaqueta verde escuro cobria um moderno colete curto de um claro tom torrado que harmonizava com a cor dos calções. As elegantes botas de couro emolduravam os musculosos contornos das pantorrilhas. Embora as vestimentas eram distinguidas e custosas, ele as luzia com uma desenvoltura varonil que não mostrava indícios da menor presunção. Isabella se voltou para pendurar o casaco em um dos ganchos que havia junto à porta. Afetada pelo contraste entre o frio do exterior e a calidez do interior, sacudiu as gotas de chuva que banhavam o refinado tecido do casaco, e se dirigiu ao homem com um comentário. - Deve lhe haver resultado difícil a cavalgada em um dia como este. Os olhos verdes do viajante percorreram ligeiramente à moça e, ao topar-se com os dela, lhe deram de presente um cálida sorriso. - Difícil, possivelmente, mas facilmente passível, logo depois de ser recebido por tão incrível beleza. Talvez, ela deveria havê-lo surpreendido por aproximar-se tão desmesuradamente. Era em extremo difícil sufocar o estalo de prazer e, ao mesmo tempo, aparentar indiferença. Repreendeu-se a si mesmo por seus inadequados pensamentos, mas sua mente tinha começado a assumir o fato de que, em realidade, estava tratando com atenção o homem que, pela primeira vez, satisfazia cada um de seus desejos. Com segurança, havia algum segredo. Tinha que haver! - Meu pai retornará a qualquer momento - informou-lhe com educação-. Deseja aguardar na sala? - Agradaria-me, se não tiver inconveniente - replicou ele - Há alguns assuntos de importância que desejo discutir com seu pai. Isabella se voltou para lhe indicar o caminho, mas paralisou ao entrar na habitação contigüa. O sapato do Seth aparecia impertinentemente por debaixo da cadeira que ocultava o moço. A jovem se sentiu aturdida ante sua própria estupidez, mas se precaveu de que era muito tarde para desviar os passos de seu convidado. Em um intento por distrair o olhar do homem, e o presentiou com seu sorriso mais doce quando caminhou para o canapé Obs: (é um sofá de três lugares meninas). - Dava-me conta de que vinha atravessando o rio do norte. - afundou-se nos almofadões e, com um gesto, indicou a seu hóspede que tomasse assento - Vive perto daqui? - Possuo uma casa em Londres - respondeu ele, apartando as abas de seu casaco para sentar-se na mesma cadeira que ocultava parcialmente o corpo do Seth. O aprumo do Isabella cambaleou ligeiramente, quando imaginou quão ridícula se sentiria se o homem chegasse a descobrir o indigno amontoado de ossos que se disseminava detrás de suas costas. - Eu... né... estava a ponto de preparar um pouco de chá - declarou com nervosismo -. Gostaria de uma taça? - Depois de um trajeto tão desafortunado, desfrutaria-o imensamente. - Sua voz era tão suave como o veludo - Mas, por favor, não se incomode por mim. - OH, não. Não é nenhum incomodo, senhor - assegurou-lhe a jovem com urgência-. Aqui não estamos acostumados a receber visitas com muita freqüência. - Mas, o que me diz desta? - Para o desgosto da moça, o homem estendeu um braço para Seth-. Um pretendente rechaçado, possivelmente? - OH, não, senhor! O não é mais que... quero dizer... é meu irmão. - elevou os ombros, derrotada. Tinha a mente muito confusa para encontrar uma réplica pronta e aguda. Além disso, agora que o segredo tinha sido revelado, talvez o melhor seria recorrer à verdade, dado que não existia nenhuma outra lógica explicação-. Ontem à noite, ele... mm... bebeu demais, e estava tratando de conduzi-lo a seu dormitório, quando você chamou. Uma controlada expressão divertida surgiu no rosto do homem quando se levantou de seu assento. Ajoelhou-se junto ao moço, retirou o lenço e arqueou uma sobrancelha. Os roncos continuavam imperturbáveis e, ao levantar os olhos para a jovem, o humor do homem se tornou evidente. Blanquísimos dentes brilharam detrás de um amplo sorriso. - Necessita de ajuda para cumprir a tarefa? - OH, certamente, senhor! - O sorriso de Isabella teria sido capaz de enfeitiçar a um fantasma-. Estaria-lhe extremamente agradecida. Ele se incorporou com tanta agilidade que ela quase lançou uma exclamação de surpresa. O homem tirou a jaqueta e a colocou com cuidado sobre o respaldo de uma cadeira. O colete tinha sido desenhado meticulosamente para rodear o peito piramidal que se abria de uma cintura magra. Quando levantou o Seth do chão, o tecido de sua camisa se estirou por um instante, descobrindo os tensos músculos de seus braços e ombros. O peso que ela não tinha conseguido mover pendurava naturalmente nas costas do estranho. Ele se voltou para olhá-la com expressão curiosa. - Agradeceria-lhe que me indicasse o caminho, senhorita Swan. - Chame -me de Isabella, por favor - sugeriu ela, passando junto ao homem para satisfazer sua petição. Uma vez mais, a proximidade desse fresco aroma varonil embotou seus sentidos; caminhou com pressa para o corredor, desejando que ele não tivesse notado o rubor que tinha colorido suas bochechas. Ao subir as escadas, sentiu-se afligida por um cuidadoso olhar que sabia instintivamente - não cessava de estudá-la. Entretanto, não se atreveua se voltar, por temer confundir seus instintos. Sem dúvida, ter confirmado a admiração desse homem ao observar seus bamboleantes quadris e sua magra cintura, seu incipiente rubor se intensificou. Correu para a habitação de Seth para retirar as mantas da cama, e o estranho a seguiu para depositar o corpo do moço sobre a macia suavidade dos lençóis. Isabella se inclinou sobre seu irmão para lhe afrouxar o gravata-borboleta e a camisa, e o coração lhe deu um tombo quando, ao incorporar-se, advertiu, uma vez mais, a exagerada proximidade do convidado. - Acredito que seu irmão estaria mais cômodo sem a camisa e as botas - comentou ele, jogando um olhar a jovem e descobrir seus brancos dentes com um súbito sorriso-. Permite-me que eu mesmo as retire? Eu só posso dizer uma coisa sobre essa adaptação! Leiam, e leiam, porque eu digo com certeza, essa historia vai surpreender vocês como me surpreendeu... É um dos livros mais emocionantes que já li, e que já tive o prazer de conhecer... A Outra adaptação também é tão linda quando essa! Essas adaptações... tanto essa, quanto a contemporanea vão mostrar a vocês, do que o amor é capaz! Então me acompanhem em mais essas adaptações! Então meus amores, até Sabado (meu niver)... Fiquem com Deus, e que Ele abençõe vocês e suas familias... Bom final de semana... Robsteijoosssss Chapter 3 Oiiii Meus Amoreeessss... BOOOMMM DIAAAAA! Tudo bem com vocês? Espero que sim! *-* Estou feliz hoje e quero compartilhar com vocês! ... Hoje é o meu dia, o meu niver... Estou completando 21 anos de vida... E por isso vou postar um capitulo cheio de brigas pra vocês kkkkk! Boa leitura... Nos vemos lá embaixo¬ - OH, certamente - respondeu ela, agradecida ante a amabilidade do cavalheiro -. Mas tome cuidado com seu braço direito; está inválido. O homem a olhou com expressão surpreendida. - Sinto muito. Não sabia. - Não tem por que lamentar-se, senhor. Temo que, em grande parte, ele mesmo causou sua desgraça. Arqueou as sobrancelhas, maravilhado. - Você é muito pormenorizada, senhorita Swan. Isabella riu para dissimular sua confusão. - Meu irmão não acredita no mesmo. - Em geral, todos os irmãos adoram discordar. - Seu sorriso voltou a brilhar quando a moça levantou o olhar; seu olhar viril posou sobre cada um de seus delicados olhos, até que se deteve na suavidade de seus lábios cor carmesim. Isabella ficou aturdida, presa entre as márgenes do tempo. Absorta em seus próprios pensamentos, notou que os olhos ocultos atrás dessas escuras pestanas eram de uma cor verde cristalina, com raios de cinza nos borda. Brilhavam com uma calidez que fazia ruborizar suas bochechas e acelerar os batimentos de seu coração. Reprovou-se mentalmente pela sua falta de aprumo e elegância, próprios de uma dama de alta linhagem, e se separou do estranho para andar pela habitação, permitindo que ele atendesse a seu irmão. Posto que o homem parecia desembrulhar-se com desenvoltura, não lhe ofereceu sua ajuda, prefiriendo gozar da segurança que lhe outorgava a distância. O silêncio se prolongou até ficar tenso, e Isabella decidiu reatar o breve intercâmbio verbal. - O dia foi terrível até o momento. - Horrível - assentiu ele com a mesma originalidade-. Um dia mais que terrível. O profundo timbre de sua masculina voz retumbou no peito da moça, que decidiu abandonar a busca dos possíveis defeitos desse homem. Comparado com a heterogênea coleção de candidatos que lhe tinham precedido, ele era o mais próximo à perfeição que ela e seus sentidos podiam chegar a imaginar. O homem despiu Seth até deixá-lo de calções, e se distanciou da cama, levando a camisa e as botas nas mãos. Isabella se aproximou para tomar os objetos e estremeceu quando os dedos masculinos roçaram os seus deliberadamente. Uma súbita corrente de calor eletrificou todo seu corpo. Não demorou para recordar as carícias torpes e enjoativas de seus pretendentes anteriores, que jamais tinham chegado a afetá-la tão profundamente como esse leve contato. - Temo-me que o mau tempo perdurará até a primavera - se aprumou ao afirmar com nervosismo-. Aqui, no norte, está acostumado a chover copiosamente nesta época do ano. - Sem dúvida, a primavera será bem recebida - assentiu ele com um ligeiro movimento de cabeça. A brilhante conversação conseguiu encobrir o ativo trabalho racional. A idéia de que esse homem logo se converteria em seu marido obcecava os pensamentos de Isabella, cuja a mente não cessava em seu trabalho de descobrir que circunstâncias que o teriam levado a solicitar sua mão. Tendo em conta a seleção que seu pai lhe tinha apresentado ultimamente, ela teria se considerado afortunada se James Chambers tivesse tido tão somente um aspecto aceitável e tivesse sido algo mais jovem que um ancião; mas era muito mais que isso. Era difícil acreditar que suas mais vagas esperanças pudessem ver-se satisfeitas na figura deste homem. Em um intento de serenar suas emoções e pôr uma distância prudente entre ela e o estranho, atravessou o quarto e falou por cima do ombro, enquanto acomodava a roupa de seu irmão. - Por certo que vem de Londres, não duvido que você notará uma marcante diferença nestes climas nortistas. Nós advertimos a mudança quando nos mudamos faz três anos. - Acaso vieram pelo clima? - perguntou ele com um brilho divertido em seus olhos verdes e cristalinos. Isabella riu. - É só habituar-se à umidade... é bastante agradável viver aqui. Quero dizer, sempre que puder ignorar os alarmantes rumores sobre os salteadores de estradas e as bandos de assaltantes escoceses. Ouvirá sobre eles se permanecer neste lugare por mais tempo. Lorde Talbot protestou tão ferozmente contra os bandao escoceses que saqueavam os povoados da fronteira, que enviaram a meu pai como prefeito e, logo, nomearam um oficial para preservar a ordem nas terras mais remotas. - Estendeu as mãos em um gesto de incerteza -. Estou acostumada a ouvir numerosos rumores a respeito de terríveis combates e de bandidos que assaltam e assassinam nas rotas a qual os ricos viajam em suas carruagens. Mas, no momento, o máximo que têm feito meu pai e o oficial foi apanhar a um caçador furtivo que rondava nas terras de Talbot. Inclusive, nesse caso, o homem não era escocês. - Sufocarei a necessidade de falar a respeito de meus antepassados escoceses, sendo assim possivél que me confundam com um salteador de caminhos ou bandido similar. Ela o olhou com súbita preocupação. - Talvez, conviria que ocultasse esse fato de meu pai. Altera-se sobremaneira quando trava uma discussões a respeito dos clãs escoceses e irlandeses. Seu companheiro inclinou a cabeça ligeiramente para confirmar o recebimento da advertência. - Tratarei de não ofuscá-lo indevidamente com tamanha revelação. Ela abriu o caminho para abandonar a habitação, falando por cima do ombro. - Posso lhe assegurar que não se trata de um rasgo familiar. Eu não tenho razões para detestá-los. - Isso é muito alentador. Isabella se sentiu um pouco tonta pela calidez dessa voz, e não emprestou a devida atenção às escadas. Ao pisar no primeiro degrau, tropeçou e cambaleou perigosamente a borda do precipício. A respiração lhe congelou na garganta, mas, antes que pudesse reagir, um comprido braço lhe rodeou a cintura e de um puxão a resguardou do perigo. Presa contra o largo e firme peito do homem, Isabella afogou uma agitada exclamação de alívio. Finalmente, tremente, levantou o olhar, e topou com aqueles olhos verdes que procuravam, preocupados, os dela; até que, pouco a pouco, a inquietação se dissipou para dar passo a um brilho intenso e caloroso. - Senhorita Swan... - Isabella, por favor. - Foi um sussurro afogado e distante. Nenhum um dos dois pôde ouvir o ruído da porta que se abria, mas vozes masculinas que se misturavam no piso inferior. Ambos se achavam presos na intimidade de sues próprios universos e poderiam ter permanecido ali,imperturbáveis, durante vários instantes, se um colérico bramido não os tivesse arrastado bruscamente à realidade. - Vá! O que significa tudo isto? Ainda em meio de sua confusão, Isabella se separou de seu companheiro e olhou para o pé da escada, de onde seu pai e outro homem a observavam com idêntico assombro. Os olhos cada vez mais dilatados e escuros do Charlie Swan bastaram para acabar com a compostura da jovem; mas o que realmente a impressionou foi o desagradável rosto do estranho ossudo e gasto que acompanhava a seu pai. Esse homem se ajustava com exatidão à imagem que ela tinha criado de Edward Cullen. Só lhe faltava à imensa verruga do queixo para encarnar ao inimigo imaginário. A desenfreada ira de Charlie Swan sacudiu os muros da casa. - Perguntei o que significa tudo isto. - Não lhe deu tempo para responder, antes de continuar com sua veemente reprimenda -. Deixo-te sozinha alguns poucos instantes e, ao voltar, encontro-te pavoneando com um homem em minha própria... Você! – Charlie jogou o chapéu no chão e os escassos cabelos na cabeça se arrepiaram -. Maldição! Fui traído em minha própria casa! E por minha própria filha! Com o rosto vermelho de vergonha, Isabella se apressou a descer as escadas para tratar de acalmar a seu progenitor. - Por favor, pai, me permita te explicar... - Ahhhh, não tem por que fazê-lo! - grunhiu ele com escárnio -. Posso ver tudo com meus próprios olhos! Traição, isso é o que é! E de minha própria filha! - Estendeu um braço para assinalar despectivamente ao homem que descia pelos degraus e adicionou-: Nada menos que com este maldito bastardo! - Pai! - exclamou Isabella, sobressaltada ante semelhante insulto-. Este... - Também ela assinalou ao que descia as escadas -. Este senhor é o cavalheiro que você mesmo enviou. James Chambers, conforme tenho entendido. O estranho de rosto desagradável deu um passo à frente e inclinou a cabeça com a expressão aturdida. Golpeou seu chapéu para atrair a atenção dos pressente e começou a gaguejar: - Eu... e-eu s-sou... qui-quero di-dizer... ele... É-ele n-não é.. - Uf! Este último foi uma abrupta exalação provocada por Charlie quando deu um passo adiante e agitou os braços em um gesto de total desagrado. O homem enxuto sei posto de lado, ao presenciar a cólera do pai. - Você, mocinha insensata! Por acaso perdeu a razão? Esse não é James Chambers! - Estendeu violentamente o polegar sobre o ombro do horrivel homem -. Este é seu homem! Este! - Logo, arqueou as pernas e assinalou com um dedo gordinho ao homem que se encontrava nos degraus-. Aquele! Aquele porco sem pai...! Isabella se apoiou contra a parede e fechou os olhos com força. Já podia adivinhar as seguintes palavras de seu pai. -... Foi quem destroçou o braço do pobre Seth! O senhor Cullen! Edward Cullen, é esse! - Edward Cullen? - Os lábios de Isabella se moveram sem emitir nenhum som. Abriu os olhos e procurou o rosto de seu pai, como se esperasse encontrar nele a negativa do que acabava de ouvir. Seu olhar se desviou para o estranho desajeitado, e a verdade foi muito clara. Esse homem não era muito diferente do resto dos candidatos que seu pai lhe tinha estado apresentando. - Você, menina estúpida! - prosseguiu Charlie com veemência-. Este é James Chambers! Não esse trapaceiro presunçoso com quem estava se abraçando! Uma sobressaltada expressão de horror atravessou o rosto de Isabella quando lançou um olhar aos cristalinos olhos verdes. Edward sorriu com compaixão. - Peço-lhe mil desculpas, Isabella, mas acreditei que sabia. Como recordará, eu mesmo insisti em perguntar-lhe. O desgosto no rosto da jovem cedeu seu lugar a um feroz arrebatamento de ira. Tinha sido vilmente enganada! E seu orgulho exigia uma vingança. Estendeu um braço para lançar uma violenta bofetada sobre a bronzeada bochecha de Cullen. - Isto é da parte da senhorita Swan para você! Edward esfregou a bochecha dolorida e riu brandamente, com os olhos ainda quentes e faiscantes. Isabella não pôde tolerar esse cativante olhar e lhe deu as costas. Edward Cullen a admirou por um instante, antes de desviar a atenção para o pai da moça. - Vim para averiguar os pormenores de uma dívida que você prometeu saldar, senhor. Pergunto-me quando posso esperar que tal acontecimento tenha lugar. Charlie afundou timidamente a cabeça entre os ombros e seu rosto avermelhou de repente. Evitou o olhar inquisidor de James e resmungou algo a respeito de pagar a dívida o quanto antes possível. Edward caminhou para o vestíbulo para tomar seu casaco e logo voltou a colocar novamente o casaco em seu lugar. - Desejaria que pudesse ser mais preciso a esse respeito, senhor prefeito. Não me agradaria ter que abusar de sua hospitalidade com muita freqüência, e você prometeu me pagar no prazo de um mês. Como terá advertido esse mês já transcorreu. Charlie fechou os punhos com violência, mas não se atreveu a apartar de ambos os lados de seu corpo por temer que ao menor movimento pudesse ser interpretado como um desafio. - Mais lhe valerá que se mantenha afastado desta casa, senhor Cullen. Não permitirei que corteje minha filha. Ela está a ponto de casar-se e não quero que você interfira nas bodas. - Ah, sim, ouvi alguns rumores a respeito - assentiu Edward com um sorriso sarcástico -. No primeiro momento ao conhecê-la, surpreendeu-me que você não tivesse tido êxito; embora me parece bastante injusto que a jovem tenha que pagar durante o resto de seus dias por uma dívida de seu pai. - Minha filha não é assunto teu! Embora James Chambers tivesse saltado para trás a cada um dos gritos ofuscados de Charlie, o rosto ligeiramente sorridente de Edward tinha permanecido impávido. Sem dar amostras da menor perturbação, replicou: - Detesto pensar que a jovem se verá forçada a desposar-se por causa de uma dívida da qual sou credor. Charlie afogou uma exclamação de surpresa. - Seriamente? Não estará pensando em esquecer a dívida, ou sim? A gargalhada de Edward dissipou a ilusão. - De maneira nenhuma! Mas como tenho olhos, dou-me conta de que sua filha poderia ser uma encantadora companheira. Estaria disposto a prolongar o prazo do pagamento, se você me permitisse cortejá-la. - encolheu-se de ombros com naturalidade. Quem sabe o que poderia ocorrer mais adiante. Charlie quase engasgou ante semelhante sugestão. - Chantagem e corrupção! Preferiria vê-la morta, antes que enredada com tipos como você! Edward lançou um olhar a James, que espremia nervosamente o chapéu contra seu peito. Quando voltou os olhos para o prefeito, seu sarcasmo foi sutil, embora direto. - Certamente, imagino que sim. Charlie se encolerizou ante tamanho escárnio. Sabia que o aspecto de James não era muito agradável, mas o homem possuía uma considerável fortuna. Além disso, seria melhor para sua filha evitar o matrimônio com um arrumado libertino, que não faria mais que curvá-la com uma fileira de moleques malcriados. Chambers era bastante apropriado para as necessidades da jovem. Claro que, logo depois de havê-la visto com o demônio do Cullen, poderia chegar a titubear antes de propor casamento, por temor de receber uma mercadoria corrupta. - Há um sem-fim de candidatos que, com muito gosto, estariam dispostos a pagar o preço da noiva - insistiu Charlie, no caso de James abrigar alguma dúvida-. Todos homens o suficientemente sábios para imaginar os tesouros que essa jovem poderia oferecer-lhes, e incapazes de injuriar sua linhagem. Edward se voltou para Isabella para lhe presentear com um sorriso inclinado. - Suponho que isto signifique que já não serei bem-vindo neste lugar. - Saia! E não volte a pisar na soleira desta casa! - grito ela, lutando para reprimir algumas lágrimas de ira e humilhação. Seus lábios se curvaram com desprezo e seus olhos arderam indignados-. Se fosse um trapaceiro sujo e maltratado o único homem sobre a terra, com segurança escolheriaa ele antes que a você! Edward deslizou o olhar pela linda figura da jovem. - Quanto a mim, Isabella, se encontrá-la caída ante meus olhos, jamais ousaria cruzar por cima de seu corpo para alcançar as mais transbordantes cabeça de gado do outro lado do caminho. - Sorriu com ironia quando voltou a olhá-la nos olhos-. Seria uma tolice mortificar a mim mesmo, só para defender meu orgulho. - Fora! - A palavra abandonou os lábios da jovem ressentidamente, ao tempo que seu braço se estendia em direção à porta. Edward fez uma breve e zombadora reverência e caminhou para o cabide onde estava pendurado seu casaco. Charlie sujeitou com violência o braço de sua filha e a arastou para a sala. - Agora me dirá que diabos foi tudo isto - falou o prefeito com fúria-. Eu saio em meio de uma terrível tormenta, arriscando minha delicada saúde, para ir em busca de seu apaixonado e, ao retornar, encontro-te se jogando nos braços desse tipo! . - James Chambers não é meu apaixonado! - corrigiu-lhe Isabella em um premente sussurro-. Não é mais que outro homem, a quem trouxeste para que me inspecionasse, como se eu fosse um cavalo em exposição. Além disso, não estava me jogando nos braços de ninguém! Só tropecei, e Edward... o senhor Cullen me sujeitou para que não caísse. - Vi muito bem o que tentava fazer esse miserável! Estava te manuseando, isso sim! - Por favor, pai, abaixe a voz - suplicou-lhe ela-. Não aconteceu nada que você pensas. À medida que se desenvolvia a disputa e o tom de voz do Charlie se elevava, James Chambers retorcia seu chapéu com lastimosa incerteza. Presa do pânico, o homem descarnado de cabelo opaco e rosto vulgar não cessava de lançar repetidas olhadas para a sala. - Acredito que a discussão os manterá ocupados durante um longo momento - declarou Edward, enquanto vestia o casaco. Quando James lhe olhou, ele assinalou com a cabeça os dois briguentos que brigavam na sala-. Uma taça de rum lhe ajudará a serenar. Ou, talvez, você prefira me acompanhar e comer algo na estalagem. Pode retornar aqui mais tarde, se assim o desejar. - Bom... né... acredito que... - Os olhos do James se dilataram quando ouviu um estrondoso grito proveniente da habitação contigüa, e tomou uma pronta decisão-. Acredito que aceitarei, senhor. Muito obrigado. - Sacudiu com estupidez seu chapéu, subitamente agradecido por qualquer desculpa que lhe permitisse abandonar o quanto antes o lugar. Edward ocultou um sorriso divertido e abriu a porta, cedendo o passo ao outro homem. Ao receber o vento gelado e a persistente chuva sobre o rosto, James estremeceu e levantou com urgência o pescoço de seu casaco. Seu nariz avermelhou instantaneamente e pareceu acender-se como a luz de um enorme farol. Colocouum par de luvas puídas e cobriu a garganta com um cachecol desfiado. Edward enrugou o cenho com expressão cética. Se esse homem possuía uma fortuna, não haveria muitos indícios que evidenciassem o fato. Seu aspecto era o de um contável esforçado que vive da mesquinha esmola de um miserável patrão. Sem dúvida, seria interessante ver até onde podia o homem escavar seu bolso, em caso de acontecer uma disputa para ganhar a bela mão de Isabella Swan. A porta de entrada se fechou brandamente, mas com o mesmo efeito que o repentino estrondo de um trovão. O inesperado som distraiu Charlie de sua briga, voltou para vestíbulo e descobriu que não só partiu Edward Cullen, mas também também James Chambers. Com grunhido de desespero, o prefeito voltou a dirigir-se a sua filha e levantou os braços com violência. - Olhe o que tem feito! Por sua estupidez, perdemos outro candidato! Maldição, menina! Será melhor que me diga por que deixou entrar esse velhaco em minha casa, ou destroçarei suas costas a chicotadas! Isabella esfregou o cotovelo, ainda dolorido pela violenta sacudida de seu pai. Jogou um olhar ao canto vazio da entrada e experimentou uma sensação de júbilo por ter obtido, ao menos, jogar esse arrogante patife para fora de sua casa. Também se sentiu extremamente aliviada pelo fato de que James tivesse optado por partir com ele. Entretanto, embargou-a deste modo uma estranha sensação de perda, como se algo bom e incrivelmente agradável se afastasse de sua vida para sempre. Falou com cuidado, enfatizando cada uma de suas palavras, quando tentou se explicar uma vez mais. - Nunca antes tinha visto Edward Cullen, pai, e tanto suas descrições, como as de Seth, sempre foram menos que precisas. Disse-me que James Chambers se encontrava a caminho e, quando o homem chegou, supus que era ele. - voltou-se, para refletir em silêncio. « E que besta infame foi ele, também, se atrever a me seduzir dessa forma e permitir que o confundisse com outro homem!» Charlie falou em um tom de soluço: - Minha filha conduz a meu pior inimigo até os dormitórios de minha própria casa, e só os Santos sabem o que ocorreu. E logo, me diz que tudo foi um engano. Um mero engano. Isabella chutou o chão com frustração. - Foi por Seth, pai! Chegou aqui ébrio e se deprimiu no chão. Justo ali onde estava você! E o senhor Cham... quero dizer, o senhor Cullen foi o suficiente amável para lhe levar a seu dormitório. Charlie emitiu um rugido e seus olhos lançaram labaredas. - Você permitiu que esse desgraçado voltasse a pôr as mãos em cima de meu pobre e indefeso Seth? - Não lhe machucou. - Morta de verganha, Isabella esfregou o puído tapete com o pé, e resmungou para si - Foi de mim de que abusou. Sua resposta não conseguiu apaziguar a ira de seu pai. - Meu Deus! Faz-lhe ficar como um santo condenado! - não lhe machucou» - arremedou com voz gritante e estendeu um dedo acusador para a porta-. Em primeiro lugar, foi esse demônio que arruinou o meu pobre Seth. O mesmo diabo com que você estava paquerando! Isabella afogou uma exclamação ante semelhante calunia. - Paquerando! Pai! Levamos Seth para cama e, quando comecei a descer as escadas, tropecei. Ele me sujeitou! Salvou-me de uma queda! Isso, pai, isso foi tudo o que aconteceu. - Foi o suficiente! – Charlie voltou a levantar as mãos com violência, para logo as entrelaçar detrás das costas e caminhar inquieto frente ao lareira acesa -. Foi suficiente - repetiu por cima do ombro - para brindar ao bom Chambers uma clara imagem de sua prometida enredada nos braços de outro homem. Pois bem, agora possivelmente se encontre a metade do caminho de retorno a York. Isabella deixou escapar um suspiro de frustração. - Pai, James Chambers nunca foi meu prometido. Não foi mais que outro de seus preciosos candidatos. Charlie sacudiu a cabeça com pesar e grunhiu: - Só outro. E cada vez são menos. Sem um dote, é quase impossível convencer-los de que será uma boa esposa. - Sua cólera encontrou um novo incentivo-. E, além disso, a você e suas mirabolantes ideias sobre o matrimônio. Terá que respeitar e querer o fulano com quem se casa, isso sim. Ora! Não é mais que uma desculpa para rechaçar a todos. Trouxe-te o melhor e, mesmo assim, despreza-os. - O melhor? - mofou-se Isabella - Diz que me trouxeste o melhor? Apresentaste um glutão obeso e asmático, a um ancião semiciego, a um avaro ossudo e com verrugas peludas nas bochechas. E ousa dizer que me trouxestes o melhor? Charlie se deteve e olhou a sua filha com recriminação. - Eram todos homens honestos, de reputação irrepreensível e excelente linhagem, e cada um deles era dono de um rico bolso. - Pai – Isabella adotou um tom suplicante -, me traga um cavalheiro jovem, um de boa fortuna, e prometo te amar e satisfazer todas suas necessidades e desejos até o dia de sua morte. Charlie lhe lançou um olhar displicente e se ergueu, adotando sua pose mais intelectual. - Agora bem, filha, é óbvio que sua forma de pensar não é a adequada. Se tivesse tido Isabella uma cadeira a seu lado, teria se deixado cair com total desgosto. Não havendo cadeira, só pôde dar de presente a seu pai com um olharinexpressivo. - Agora, me escute bem, menina. Vou te dar um sábio conselho. - Apontou-lhe com o dedo para enfatizar suas palavras -. Há coisas mais importantes em um homem que um rosto de aparência agradável e um par de ombros largos. Olhe o seu apreciado senhor Cullen, por exemplo. Isabella deu um chute ante a menção desse nome, e apertou os dentes com força para conter uma corrente de acalorados insultos. Muito descarado! Tinha-a enganado deliberadamente! - Pois bem, ali tem a um grande ardiloso. Sempre tramando alguma mutreta para levar a ventania sobre os outros. Isabella quase assentiu, mas se conteve. O homem tinha aproveitado a confusão dela para se divertir a seu prazer, e se sentia profundamente ferida em seu orgulho ao pensar na forma em que tinha sido enganada. - É um cabavalheiro tão rico, que suponho que todas essas rameiras do porto estariam orgulhosas de jogar-se em seus braços, mas nenhuma dama decente ousaria enredar-se com os de sua classe. Não faria mais que lhe encher a barriga de bebês, sem nem sequer uma promessa de matrimônio. E, embora conseguisse lhe fazer seu marido, coisa que duvido, não demoraria para se cansar de ti e te abandonar sem nenhuma outra explicação. É assim se comportam esses galãs de aparência agradável. Parecem tão orgulhosos do que ocultam seus calções, como de seu bonito aspecto. Isabella corou dos pés a cabeça, ao recordar onde se posaram seus olhos durante um breve instante, com a mesma curiosidade que a de qualquer outra virgem impressionada. - É verdade que Cullen é bastante arrumado, se é que você gosta de rosto firme e ossudo. – Charlie esfregou seu flácido rosto com papadas e nódulos. - Mas, para aqueles que sabem, esse homem é frígido, isso é o que é. Qualquer um pode notar em seus olhos. Isabella recordou a calidez dessas profundidades cristalinas e não pôde menos que duvidar da exatidão do comentário de seu pai. Havia, nesses olhos verdes, uma dose de intensidade e de vida que ninguém podia negar. Charlie prosseguiu com sua discussão. - Com essas atitudes embusteiras e arrogantes que tem, compadeço da pobre mulher que se despose com ele. Mesmo que detestando o homem, Isabella teve que discordar novamente da opinião de seu progenitor. Sem lugar a dúvidas, a esposa de Edward Cullen seria muito mais digna de inveja do que de lástima. - Não tem por que preocupar-se, pai. - A jovem sorriu com certo pesar-. Nunca mais me deixarei enganar pelas artimanhas do senhor Cullen. Logo depois de desculpar-se, Isabella subiu as escadas e se deteve um instante frente ao quarto de Seth. Os roncos continuavam inalteráveis. Sem dúvida, o moço dormiria durante o resto do dia, para logo, ao chegar à noite, sair e embriagar-se mais uma vez. Franziu ligeiramente o sobrecenho e olhou a seu redor. Flutuava no corredor uma leve fragrância masculina e, por um curto momento, os olhos verdes com brilhos cinzentos atravessaram sua mente, para insinuar aquilo que os lábios retos e poderosos não se dignaram a expressar. Sacudiu a cabeça para apagar essa imagem, e avistou o primeiro degrau da escada. A lembrança da forma em que ele a tinha tomado entre seus braços a fez estremecer. Quase podia sentir esses braços de ferro ao redor de seu corpo e a delicada firmeza desse musculoso peito contra seus seios. Sentiu o rosto pegar fogo ao precaver do tortuoso curso que tinham tomado seus pensamentos, e correu para sua habitação, para se jogar na cama e olhar fixamente através da janela salpicada pela chuva. Os delicados sarcasmos do Cullen retumbaram pelas paredes de sua mente. Caída! Cruzar! Cabeça de gado! De repente, seus olhos se dilataram enfurecidos, quando compreendeu o verdadeiro significado dessas palavras. Não era adulador absolutamente o fato de saber que ele não ousaria pisoteá-la com o propósito de apanhar uma vaca. Amaldiçoou a língua loquaz desse homem, e reprovou a si mesmo por não ter interpretado imediatamente o sentido real desse sarcasmo. Deixou escapar um gemido de agonia e girou sobre suas costas, para observar as fissuras que atravessavam o céu raso, e ao vidro molhado, isto pouco fizeram para aplacar o tortura de sua mente. Abaixo, na sala, Charlie continuava caminhando enlouquecido. Encontrar um rico marido para sua filha estava resultando ser a tarefa mais difícil que tivesse empreendido. Era realmente irônico que, justo quando James Chambers estava entusiasmando a idéia de tomar a uma donzela jovem e formosa por esposa, o patife do Cullen, não contente com o dano que já tinha causado à família Swan, aparecesse em cena para desbaratar todos os planos. - Maldição! – Charlie golpeou sua palma com o punho, e logo foi em busca de uma bebida forte para acalmar tanto a dor da mão como a do espírito. Voltou a caminhar enlouquecido pela habitação, sem deixar de amaldiçoar sua sorte -. Diabo! Maldição! Tinha começado a abrir-se caminho às ordens de Sua Majestade quando, acidentalmente, durante um confronto contra os rebeldes irlandeses, tinha salva o Barão Rothsman de cair prisioneiro. Como amostra de sua infinita gratidão, o barão tinha persuadido ao amadurecido capitão que se retirasse do exército da coroa para somar-se a seu séquito na corte de Londres. Respaldado pelas influências do barão, o senhor Swan tinha progredido rapidamente através dos diversos níveis da política. Os olhos de Charlie adquiriram uma expressão distante, enquanto bebia um segundo gole da potente bebida. Ainda vivída na memória a lembrança desses tempos ditosos, um interminável torvelinho de conferências e reuniões durante o dia, e pomposos bailes e eventos sociais na noite. E foi em uma dessas festas onde tinha conhecido a jovem e bela viúva, de cabelo claro e excepcional estirpe, que, até com olhos permanemente tristes, não tinha rechaçado as cuidados do incipiente grisalho senhor Swan. Charlie descobriu que o primeiro marido da dama tinha sido um rebelde irlandês, que tinha encontrado a morte em uma das prisões do reino pouco depois das bodas. Mas, para então, Charlie já estava locamente apaixonado e, sem lhe importar que a jovem tivesse amado a um de seus inimigos mais acérrimos, pressionou-a a aceitar sua proposta de matrimônio. Nasceu, então, o primeiro filho: uma menina de cachos tão avermelhados, como claros eram os de sua mãe. Dois anos mais tarde, chegou o menino, de cabelo pardo e tez avermelhada como seu pai. Um ano depois da chegada do filho, Charlie Swan voltou a subir em seu trabalho. O novo posto lhe conduzia responsabilidades que escapavam a seu nível de idoneidade, mas lhe permitiu introduzir-se nos exclusivos clubes privados de Londres e participar das grandiosas aposta dos jogos de azar que desenvolviam-se entre os distinguidos muros de veludo. Deslumbrado pela nova forma de vida, Swan fez caso omisso das advertências de sua mulher e se dedicou ao jogo, sem advertir o final que lhe aguardava, como um peru que se deixa abarrotar até a indigestão antes de ser levado a assador. Sua corrupção no jogo e inépcia no trabalho foram tal objeto de abafado para o Rothsman, e o barão se recusou a atender suas petições. Também Renée Swan sofreu a sua maneira. Pouco a pouco, viu consumir-se sua fortuna pessoal, até que a único dote que pôde legar a sua filha foi aquilo que jamais poderia lhe ser arrebatado: uma educação e uma escrupulosa preparação para converter-se em excelente esposa, qualquer que fosse o nível que a moça escolhesse. - Maldita estupidez! - grunhiu Charlie -. Com o dinheiro que essa mulher dilapidou nessa moleca tola..., eu ainda poderia estar vivendo em Londres. Destituído de seu cargo naquela cidade três anos atrás, Swan tinha sido banido para o norte da Inglaterra, onde foi renomado prefeito do Mawbry, sob as cuidadosas diretrizes de Lorde Talbot no cumprimento de suas simples e limitadas tarefas. Ao abandonar Londres, Charlie tinha deixado pendentes suas dívidas, sem preocupar-secom a prisão para devedores, já que, com segurança, as terras do norte lhe brindariam um seguro refúgio para ocultar-se sem ser descoberto. Era uma oportunidade de começar tudo de novo com as mãos limpas e demonstrar a si mesmo que era um homem de grande inteligência. Então, sobreveio à morte da Renée, e Charlie atravessou um breve período de luto. Até que uma partida de naipes pareceu ajudá-lo a superar a perda e, pouco tempo depois, adquiriu o hábito de partir com o Seth em excursões de fim de semana para o Wirkinton, ou de reunir-se com seus camaradas na estalagem do Mawbry para uma ou duas partidas de naipes durante a semana. Em sua insaciável busca de jogos de azar, visitava freqüentemente a zona portuária, onde estava seguro de encontrar rostos novos e bolsos repletos. Alguns dos homens podiam ter suspeitado que sua habilidade com os naipes se devia mais a sua agilidade de dedos que a sua sorte, mas um marinheiro pobre jamais ousaria falar contra um oficial. Assim, ele só jogava mão a seus talentos quando as apostas eram altas, ou quando necessitava o dinheiro. Não era tão egoísta para opor-se a compartilhar uma porção de seu prêmio em uma ou duas rondas de ale(cerveja) ou rum, mas os homens do mar eram, pelo general, maus perdedores, especialmente essa bagunceira, matreira raça de ianques, e Charlie suspeitava que mais de um tinha ido queixar se a seus oficiais. Amaldiçoou-se a si mesmo quando Edward Cullen o convidou a somar-se à partida, mas os capitães do mar estavam acostumados a ser fáceis de identificar, e Cullen não lhe tinha parecido dessa classe. Ao contrário, o homem lhe tinha dado a impressão de ser um cavalheiro de vida ociosa, ou um cavalheiro elegante. Sua linguagem tinha sido tão precisa e refinada como o de qualquer lorde da corte e suas maneiras, impecáveis. Não tinha havido nenhuma evidência que indicasse que o homem era o dono do navio ancorado no porto e de toda uma maldita frota de navios de igual tamanho. A grandiosa fortuna do ianque era assombrosa, e Charlie se propos a lhe arrebatar uma considerável soma. Tinha-lhe cozido o sangue ante o excitante desafio de apostar contra um cavalheiro endinheirado. Qualquer que fosse o resultado, essa prometia ser uma partida emocionante. Numerosos marinheiros e suas rameiras se congregaram ao redor da mesa. Durante um momento, Charlie tinha jogado com honestidade, permitindo que a caprichosa sorte decidisse seu destino. Logo, à medida que as apostas aumentavam, tinha começado a desdobrar sua tática, retendo os naipes que necessitava. Ao outro lado da mesa, esses olhos traiçoeiros não tinham cessado de observá-lo e em nenhum momento se apagou o imperturbável sorriso desse rosto bronzeado. Assim, quando Cullen lhe tinha aproximado para lhe abrir a jaqueta e descobrir, ante a vista de todos, os naipes ocultos, Charlie tinha ficado completamente aniquilado pela surpresa. Em seus esforços por idear a melhor forma de negar a acusação, só tinha balbuciado sons indecifráveis. A ninguém tinham cometido suas violentas negativas e, até mesmo se recordava ter sido cuidadoso em sua busca ao redor de ajuda, nenhuma só alma lhe tinha emprestado seu apoio, até que Seth entrou e correu para defender a honra de seu pai. Não sendo a sensatez uma de suas melhores virtudes, o jovem Swan tinha desafiado acaloradamente ao estranho. Uma sombra turva obscureceu os olhos do Charlie. Sua negligência tinha sido a causa direta da invalidez de seu filho, sabia, mas, como podia admiti-lo ante qualquer um exceto ante si mesmo? Tinha esperado que Seth pudesse matar ao homem, cancelando assim a dívida. Duas mil libras devia ao velhaco! Por que a sorte não podia favorecê-lo tão somente uma vez? Por que Sethl não tinha podido matá-lo? Mesmo o Cullen sendoa o dono de uma poderosa frota de navios, ninguém na Inglaterra lamentaria sua morte. O homem era um forasteiro. Um despresivél ianque! Um violento grunhido transformou o rosto Charlie, quando recordou a alegria dos marinheiros do casco de navio ianque Alice ao finalizar a partida. Ainda podia vê-los rir e aplaudir as costas do inimigo, a quem respetuosamente chamavam senhor Cullen. Sem dúvida, tinham desfrutado da vitória do homem e tivessem estado dispostos a iniciar uma luta para defendê-lo. Tudo tinha resultado bem para o ianque, mas nada tinha ficado para orgulhar aos Swan. O rumor se estendeu mais velozmente que a praga, e Charlie tinha sido pontuado de trapaceiro. Seus credores tinham começado a atormentá-lo, cancelando todas suas contas e lhe exigindo o pagamento das dívidas. Os grossos e arredondados ombros do Charlie desabaram cansadamente. - O que se supõe que deva fazer agora um pobre pai abatido? Um filho inválido! Uma filha arrogante e seletiva! Como conseguiremos sair disso? Sua mente começou a agitar-se lentamente, enquanto decidia seus próximos movimentos para desposar a sua filha. Um rico comerciante do Wirkinton lhe tinha parecido ansioso por conhecer Isabella, depois de haver escutado ele fazer alarde da beleza e o abundante talento da jovem. Apesar de ser um ancião, Caius Goodfield era inclinado a gozar da companhia de uma jovem dama, e com segurança se sentiria atraído pela menina Swan. O único defeito que Charlie via nesse homem era sua desmesurada avareza. Porém, com uma moça doce que enfraquecesse seu sangue e sua cama, Caius poderia chegar a tornar-se muito mais generoso. E, certamente, sua avançada idade dificilmente lhe permitiria viver muitos anos mais. Charlie visualizou a imagem de uma Isabella viúva e enriquecida. Iria converter seu sonho em realidade, ele poderia voltar a gozar dos abundantes tesouros da vida. Esfregou a bochecha áspera, e um sorriso malicioso se desenhou em seus lábios. Faria-o! Pela manhã, viajaria ao Wirkinton para lhe expor a proposta ao ancião comerciante. Tinha certeza de que o homem aceitaria. Logo, anunciaria as boas novas a sua filha, e ambos iriam ver Caius Goodfield. É obvio, Charlie sabia que a Isabella não agradaria a eleição, mas teria que aceitar. Depois de tudo, sua mãe também o tinha feito. Animado pelo projeto, Charlie bebeu outro gole de licor para celebrar sua decisão. Logo, levantou-se e ajustou o chapéu sobre a cabeça. Um grupo de amigos estariam apostando sobre as marmitas de gado que logo levariam ao mercado de Mawbry: a primeira aposta seria de ovelhas, ou de porcos, e coisas do estilo. Posto que Caius Goodfield ia formar parte da família, logo poderia voltar para as apostas tranqüilamente. Gostaram? Meninas... pensem em um livro dificil de adaptar... Essa adaptação está sendo a mais dificil que já adaptei... Eu já adaptei a historia toda, mais estou corrigindo e trocando as palavras dificeis e incompriensiveis por palavras mais faceis... Esse livro é muito lindo mesmo, mais será um desafio para mim *-*... E eu adoro desafios U.U Esse pai da Bella é pior do que vocês imaginam, esse homem vai revoltar geral, e causar tanto odio em vocês, que eu deixo vocês ofenderem ele! Mais ainda está faltando aparecer o Lorde Masen... E... Eu tenho que confessar... pensa em um homem TUDO DE BOM! EU queria um pra mim... Me desculpe Edward :(... Mas esse homem deformado e misterioso, vai conquistar vocês também! Então meus amoresss... Até amanhã (domingo)... Fiquem com o papai do seu, e que Ele no seu infinito amor abençõe nosso dia, nossas vidas, e familias... Robsteijooosssss Chapter 4 BOMMMMM DIAAAAA MEUS AMORESSS... Tudo bem com vocês? Espero que sim! Desculpe não ter postado antes... Mas não estava me sentindo bem! Mas agora que estou novinha em folha novamente... Estou postando pra vocês mais um capitulo para conhecerem melhor as intenções do Edward... Boa leitura... Nos vemos lá embaixo¬ O salão da estalagem «O javali de Mawbry», lugar de reunião adequado para forasteiros e aldeãos, sempre contava, com no mínimo, a presença de um ou dois paroquianos. Gigantescas colunas de madeira sustentavam
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