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Uma Rosa no Inverno - Gabi156

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Uma	Rosa	no	Inverno
by	Gabi156
Adaptação:	Casada	com	um	estranho	a	quem	não	podia	trair...	Possuída	por	um
amor	que	não	conseguia	esquecer...	O	pai	de	Isabella	deu	a	mão	de	sua	filha	ao
mais	rico	pretendente	para	sanar	suas	dívidas	de	jogo.	Agora,	ela	era	a	Lady
Masen,	senhora	de	uma	grande	propriedade,	anteriormente	arruinada	pelo	fogo,	e
esposa	de	um	homem	de	aparência	misteriosa	que	despertava	nela	o	me
Rated:	Fiction	T	-	Portuguese	-	Romance/Mystery	-	Bella,	Edward	-	Chapters:	22	-
Words:	165,918	-	Reviews:	116	-	Favs:	72	-	Follows:	41	-	Updated:	8/6/2013	-
Published:	6/13/2013	-	Status:	Complete	-	id:	9388406
URL:	https://www.fanfiction.net/s/9388406
Table	of	Contents
Table	of	Contents
Chapter	1
Chapter	2
Chapter	3
Chapter	4
Chapter	5
Chapter	6
Chapter	7
Chapter	8
Chapter	9
Chapter	10
Chapter	11
Chapter	12
Chapter	13
Chapter	14
Chapter	15
Chapter	16
Chapter	17
Chapter	18
Chapter	19
Chapter	20
Chapter	21
Chapter	22
Chapter	1
Casada	com	um	estranho	a	quem	não	podia	trair...	Possuída	por	um	amor	que	não
conseguia	esquecer...
Este	é	o	coração	atormentado	da	jovem	Isabella	que,	para	salvar	o	pai	da	ruína
financeira,	acaba	descobrindo	o	homem	que	irá	transformar	totalmente	a	sua	vida.
Foi	no	norte	da	Inglaterra	que	tudo	começou.	O	pai	de	Isabella	deu	a	mão	de	sua
filha	ao	mais	rico	pretendente	para	sanar	suas	dívidas	de	jogo.	Agora,	ela	era	a
Lady	Masen,	senhora	de	uma	grande	propriedade,	anteriormente	arruinada	pelo
fogo,	e	esposa	de	um	homem	de	aparência	misteriosa	que	despertava	nela	o	medo
e	a	piedade.
Masen,	o	marido	misterioso	que	ocultava	o	rosto	com	uma	enigmática	máscara,	irá
confundir	os	sentimentos	de	Isabella	até	quase	o	fim	da	história.	Até	lá,	o	leitor	irá
acompanhar	o	suspense	e	o	drama	de	uma	mulher	apaixonada	pelo	inimigo	do	pai
e	desesperada	pela	iminente	atração	que	o	devotado	marido	estava	lhe
despertando.
ISABELLA
Para	salvar	o	pai	da	ruína	financeira,	ela	se	casa	contra	a	vontade
–	leiloando	seu	amor	a	quem	fizesse	a	oferta	mais	alta.
MASEN
O	enigmático	lorde	–	sua	capa	longa	e	esvoaçante	ocultava	um	mistério,
um	coração	vingativo...e	paixões	estranhas	e	secretas.
CULLEN
Edward	Cullen,	homem	do	mar,	ianque	galante	e	sedutor,	dono	de	olhos	verde-cinza
cheios	de	vida	–	é	inimigo	mortal	do	pai	de	Isabella.
INTRIGA!
No	Norte	da	Inglaterra	do	século	XVIII,	nas	ruínas	de	uma	propriedade	que	fora
importante	no	passado,	uma	noiva	comprada	descobriria	a	surpreendente	verdade
sobre	o	marido...	e	seria	levada	implacavelmente	ao	seu	misterioso	mundo,	repleto
de	perigos,	vinganças	e	desejos	intensos	nunca	sonhados.
Chapter	2
Oiiii	Meus	amores...	VOLTEI	COM	TUDOOOO!	Kkkkk...	Tudo	bem	com	vocês?
Espero	que	sim!	Estou	postando	uma	historia	que	me	conquistou	de	uma	forma...	E
quando	eu	li	pela	primeira	vez	essas	duas	adaptações	que	vou	postar,	eu	vi	o
Edward	Cullen	e	Bella	Swan	nos	mesmo	personagem,	eu	revivi	a	saga,	só	que	com
os	personagens	humanos	e	o	tema	da	hsitoria	diferente...	Espero	de	coração,	que
vocês	amem	essa	historia	assim	como	eu...	Essa	adaptação	é	do	livro	"	Uma	Rosa
no	inverno	-	Kathleen	E.	Woondiwiss",	esse	livro	me	mostrou	que	o	amor	é	capaz
de	tudo!	Então...	Boa	leitura...	Nos	vemos	lá	embaixo¬
-	Casamento!
Isabella	Swan	se	separou	da	chaminé	e	arrojou	o	atiçador	sobre	o	suporte,	em	um
intento	de	desafogar	seu	tédio,	cada	vez	mais	intenso	à	medida	que	transcorriam	os
minutos	do	novo	dia.	Fora,	o	vento	sobrava	alegremente,	fustigando	enormes	gotas
de	chuva	e	restos	de	temporal	de	neve	e	chuva	contra	os	cristais	da	janela.	Parecia
que	queria	mofar-se,	com	seu	imprudente	desenfreio,	da	funda	opressão	que	afligia
o	espírito	da	jovem.	O	desordenado	tumulto	de	nuvens	escuras	que	se	agitavam	por
cima	do	telhado	da	casa	do	prefeito	refletia	o	humor	desta	bonita	moça	de	cabelo
avermelhado,	cujos	olhos	lançavam	vivos	brilhos	enquanto	observava	o	fogo	que
crepitava	no	lar.
-	Casamento!
A	palavra	voltou	a	estalar	em	sua	mente.	Alguma	vez,	esse	mesmo	término	tinha
simbolizado	os	sonhos	de	uma	menina;	para	tornar-se,	mais	tarde,	em	sinônimo	de
chacota.	Não	era	que	ela	se	oporia	ao	matrimônio.	Absolutamente.	A	escrupulosa
educação	de	sua	mãe	a	tinha	preparado	para	converter-se	em	uma	excelente
esposa	para	qualquer	homem.	Mas	seu	pai	se	propôs	desposá-la	com	algum	bolso
rico,	sem	importar	quão	fátua,	obesa	ou	gasta	fosse	à	criatura	que	se	apresentasse
frente	a	sua	porta.	Todas	as	demais	qualidades,	incluindo	maneiras,	não	pareciam
preocupar	ao	senhor	Swan.	Nem	sequer	eram	dignas	de	consideração.	Com
apenas	ser	rico	e	propenso	ao	matrimônio,	qualquer	homem	podia	converter-se	em
possível	candidato	para	sua	filha.	E	todos	eles	tinham	resultado	ser	uma	amostra
lamentável,	embora,	provavelmente	-	as	sobrancelhas	de	Isabella	se	arquearam	em
um	súbito	gesto	de	dúvida	-,	eram	o	melhor	que	seu	pai	podia	reunir,	sem	o	atrativo
de	um	dote	razoável.	-	Casamento!	Puaj!	–	Isabella	espetou	a	palavra	com
renovado	aborrecimento.	Rapidamente	esquecia	as	entusiasmadas	fantasias	da
infância	e	começava	a	olhar	com	desagrado	a	instituição	do	matrimônio.
Certamente,	não	era	estranho	que	uma	jovem	dama	detestasse	aos	pretendentes
impostos	pela	força,	mas,	depois	da	série	de	exemplos	que	tinham	desfilado,	a
moça	abrigava	poucas	esperanças	de	que	a	natureza	dogmática	de	seu	pai
melhorasse	sua	capacidade	de	seleção	no	futuro.
Isabella	caminhou	com	passo	inquieto	para	a	janela	e	observou	o	atalho
pavimentado	que	serpenteava	para	a	aldeia.	As	árvores	que	flanqueavam	com	o
vento	e	se	moviam	como	magros	esqueletos	escuros	depois	da	desumana	chuva.
Seu	olhar	se	perdeu	pelo	caminho	vazio,	e	uma	dor	lenta,	semelhante	a	uma
dispesia,	engendrou-se	em	seu	interior	ao	pensar	que	uma	hora	escassa	separava
do	encontro	com	outro	galã	não	desejado.	Não	sentia	desejos	de	fingir	um	amável
sorriso	para	este	novo	bufão;	em	troca,	desejava	com	ânsias	-	inclusive	rogava	-
que	o	caminho	permanecesse	livre	de	viajantes.	De	fato,	se	o	homem	tivesse	a
coragem	de	caminhar	por	uma	ponte	frágil	que	se	desabasse	sob	seus	pés,	caindo
na	água	e	inundando-se	no	esquecimento,	Isabella	não	lamentaria	a	perda.	Esse
homem	era	um	estranho,	uma	criatura	sem	rosto,	apenas	identificável	por	seu
nome,	um	nome	que	a	jovem	acabava	de	conhecer:	James	Chambers!	Que	classe
de	pretendente	seria?
Isabella	percorreu	com	o	olhar	a	modesta	sala	de	sua	casa	e	se	perguntou	que
impressão	causaria	no	desconhecido;	se	seu	desdém	resultaria	muito	evidente.
Embora	a	cabana	não	fosse	pior	que	qualquer	outra	na	cidade,	a	austeridade	dos
móveis	denotava	uma	marcada	ausência	de	riqueza.	Desde	não	ter	sido	a	morada
adjudicada	com	o	posto,	seu	pai	se	teria	visto	forçado	a	procurar	outra.
A	moça	alisou	timidamente	o	desgastado	veludo	de	seu	vestido	cor	ameixa.
Esperava	que	o	antiquado	gasto	objeto	não	resultasse	muito	óbvio.	Seu	orgulho
tinha	sido	ferido	com	muita	freqüência,	devido	à	arrogância	de	petimetres
melindrosos	que	se	consideravam	superiores	a	ela	e	não	evidenciavam	o	mínimo
esforço	por	dissimular	o	fato.	O	escasso	dote	pouco	supunha	para	seus	bolsos
repletos.	Isabella	desejava	demonstrar	a	esses	palurdos	pertinazes	que	era	muito
mais	instruída	e,	sem	dúvida,	imensamente	mais	refinada	que	todos	eles.
Entretanto,	semelhante	ousadia	tivesse	provocado	uma	severa	reprovação	por	parte
de	seu	pai.
Charlie	Swan	considerava	desnecessário,	e	muito	imprudente,	que	qualquer
membro	do	sexo	débil	recebesse	instrução	além	das	tarefas	próprias	de	uma
mulher	e,	menos	ainda,	sobre	a	arte	da	escritura	e	as	técnicas	de	fazer	números.
Desde	não	ter	sido	pela	herança	de	sua	mãe	e	a	obstinada	insistência	da	dama,	a
jovem	jamais	tivesse	sido	objeto	de	uma	educação	tão	sólida.	Renée	Swan	se
preocupou	em	reservar	uma	parte	considerável	de	sua	fortuna	para	a	instrução	de
sua	filha.	Charlie	não	tinha	ousado	opor-se,	dado	o	fato	de	queele	mesmo,	durante
seu	matrimônio,	apropriou-se	da	maior	parte	das	riquezas	para	financiar	seus
próprios	caprichos.	Mesmo	que	Seth	tenha	gozado	dos	mesmos	benefícios,	durante
o	primeiro	ano	de	seminário,	o	moço	tinha	declarado	sentir	um	profundo	desgosto
pela	pomposa	predicación	e	a	injusta	disciplina	repartida	por	um	conjunto	de
anciões	aborrecidos».	Sem	mais	argumentos,	tinha	renunciado	a	converter-se	em
um	homem	de	letras	e	retornar	a	casa	para	«aprender	o	ofício	de	seu	pai»,	qualquer
que	fosse	esse	ofício.
Os	pensamentos	de	Isabella	vagaram	através	dos	largos	meses	posteriores	à	morte
de	sua	mãe,	rememorando	as	inumeráveis	horas	que	tinha	passado	em	solidão,
enquanto	seu	pai	e	seu	irmão	se	entregavam	à	bebida	ou	ao	jogo,	em	companhia
dos	vizinhos	do	povoado;	ou	enquanto	viajavam	ao	Wirkinton,	marinheiros	que
chegavam	ao	porto.	Em	ausência	do	judicioso	raciocínio	da	Renée,	a	escassa
fortuna	da	família	se	consumou	rapidamente	e,	com	sua	perda,	tinha	sobrevindo	um
perpétuo	período	de	indigência	que,	a	sua	vez,	tinha	despertado	em	Charlie	Swan
uma	crescente	ansiedade	por	desposar	a	sua	filha.	O	transe	crítico	neste	processo
se	produziu	como	fruto	de	um	encarniçado	duelo,	onde	o	jovem	Seth	tinha	resultado
ferido.	As	seqüelas	do	sucesso	ocasionaram	a	inutilização	do	braço	direito	do	moço
e,	a	partir	de	então,	Charlie	parecia	arrasado	pela	necessidade	impetuosa	de
encontrar	um	marido	rico	para	sua	filha.
Um	súbito	brilho	de	ira	brilhou	nos	escuros	limites	da	memória	de	Isabella,	dando
vida	a	seus	pensamentos	frente	ao	repentino	desafio.
-	Agora	bem,	existe	um	homem	ao	que	me	agradaria	conhecer	-	falou	a	jovem	com
violência	no	vazio	da	habitação:	-	Edward	Cullen!	Ianque!	Patife!	Libertino!
Trapaceiro!
Qualquer	palavra	desagradável	parecia	encaixar.	De	fato,	alguns	quantos	títulos	que
coroavam	a	linhagem	desse	homem	revoaram	na	mente	da	jovem,	que	saboreava
cada	término	com	satisfação.
-	Ai!	Se	tão	somente	pudesse	me	encontrar	com	esse	cara	a	cara!	Fechou	os	olhos
e	visualizou	um	nariz	inclinado	e	bicudo,	uma	juba	murcha	brotando	por	debaixo	da
asa	de	um	chapéu,	lábios	magros	desenhando	um	cruel	sorriso	malicioso	até
descobrir	dentes	pequenos	e	amarelados.	Uma	verruga	na	ponta	do	queixo
afundado	completou	sua	criação.	Sentiu	prazer	ao	culminar	a	imagem	e	colocá-la
sobre	um	corpo	ossudo	e	gasto.
-	Ah,	se	tão	somente	pudesse	conhecê-lo!
Embora	dificilmente	conseguisse	sair	vitoriosa	de	uma	rixa,	conseguiria,	sem
dúvida,	desmoronar	a	soberba	compostura	desse	homem.	Durante	duas	semanas,
perduraria	o	sofrimento	de	Edward	Cullen	depois	da	severa	reprimenda	da	jovem.
Então,	talvez,	pensaria-o	duas	vezes,	antes	de	infligir	sua	vingança	a	um	moço
torpe	e	imprudente,	ou	de	causar	a	ruína	a	um	homem.
-	Se	eu	fosse	varão	–	Isabella	adotou	uma	pose	de	esgrima	e	agitou	o	braço
estendido	como	se	sujeitasse	um	afiado	espadín	-,	desta	forma	ajustaria	as	contas	a
esse	rufião!	-	Lançou	ao	ar	uma,	duas,	três	estocadas,	para	logo	atravessar	a
garganta	de	sua	vítima	com	sua	arma	imaginária.	Limpou	cuidadosamente	sua
espada	fantasma	e	a	devolveu	à	vagem	igualmente	insubstancial-.	Se	eu	fosse
varão	-	ergueu-se	para	olhar	com	ar	pensativo	através	da	janela-,	asseguraria-me
de	que	esse	fanfarrão	reconhecesse	o	engano	de	seu	comportamento	e,	dali	em
adiante,	o	trapaceiro	procuraria	sua	fortuna	em	algum	outro	limite	deste	mundo.
Seu	olhar	capturou	sua	própria	imagem,	refletida	nos	painéis	de	cristal,	e	entrelaçou
as	mãos	em	um	gesto	recatado.
-	Ai	de	mim!	Não	sou	um	moço	briguento,	a	não	ser	uma	simples	donzela.	-	Girou	a
cabeça	para	um	lado	e	outro	para	observar	seus	cachos	de	cabelo,	mognos.	Logo,
sorriu	com	perspicácia	ante	a	imagem.	Então,	minhas	armas	deverão	ser	meu
engenho	e	minha	língua.
Por	um	breve	instante,	arqueou	uma	de	suas	delicadas	sobrancelhas	escuras,	que
emolduravam	um	olhar	maléfico,	combinada	com	um	encantador	sorriso,	capaz	de
congelar	o	coração	do	inimigo	mais	feroz.	A	profunda	aflição	que	embargava	à
donzela	desencadeava	sua	ira.
Um	rouco	bramido	de	ébrio,	proveniente	do	exterior,	interrompeu	suas	reflexões.
-	Isabella!
Ela	reconheceu	a	voz	de	seu	irmão	e	correu	para	o	vestíbulo	com	uma	acalorada
preocupação	nos	olhos.	Abriu	a	porta	com	violência	e	encontrou	ao	Seth	Swan
apoiado	contra	o	gonzo.	O	moço	tinha	a	roupa	suja	e	desalinhada;	seu	cabelo
castanho	parecia	um	punhado	de	palhas	emaranhadas	debaixo	de	seu	chapéu.
Uma	breve	olhada	bastava	para	deduzir	que	tinha	estado	bebendo	e	farreando
durante	toda	a	noite	e	a	maior	parte	da	manhã.
-	Isabella,	minha	bela	irmãnzinha!	-	saudou-a	ele	a	gritos.	Com	muita	dificuldade,
conseguiu	entrar	no	vestíbulo,	salpicando,	ao	passar	junto	a	sua	irmã,	uma	chuva
de	água	fria	com	a	capa	ensopada.
Isabella	lançou	um	olhar	ansioso	para	o	caminho	para	certificar-se	de	que	ninguém
tinha	presenciado	esse	atrapalhado	sucesso.	Sentiu-se	aliviada	ao	advertir	que,
nessa	desventurada	manhã,	não	havia	uma	só	alma	nas	cercanias,	com	a	exceção
de	um	solitário	viajante	que	se	aproximava	cavalgando	na	distância.	Quando	o
homem	terminasse	de	atravessar	a	ponte	para	passar	frente	à	casa,	já	não	teria
oportunidade	de	ver	algo	incomum.
Isabella	fechou	a	porta	e	se	apoiou	contra	o	marco,	para	observar	Seth	com	o
cenho	franzido.	O	moço	se	agarrou	aos	passamanes	com	seu	braço	são,	e	lutava
por	manter	o	equilíbrio,	de	uma	vez	que	atirava	inutilmente	das	cintas	que	atavam
sua	capa.
-	Isabella,	vêem	dar	uma	mão	ao	pequeno	Seth	com	esta	rebi...	né...	rebelde
vestimenta.	Resiste	em	me	abandonar	apesar	de	meus	intentos.	-	Esboçou	um
sorriso	humilde	e	levantou	o	braço	inválido	com	gesto	suplicante.
-	Boa	hora	de	retornar	para	casa	-	reprovou-lhe	a	jovem,	ajudando-o	a	despojar-se
da	recalcitrante	capa	-.	Acaso	não	tem	vergonha?
-	Absolutamente!	-	declarou	ele,	tentando	efetuar	uma	reverência	cortez.	O	esforço
lhe	fez	perder	seu	precário	equilíbrio,	e	começou	a	cambalear.
Isabella	se	apressou	a	sujeitá-lo	pelo	ombro	para	endireitá-lo,	e	enrugou	o	nariz	ao
aspirar	o	fétido	fedor	de	uísque	e	tabaco	que	emanava	de	seu	irmão.
-	Ao	menos,	poderia	ter	retornado	para	casa	quando	ainda	estava	escuro	-	sugeriu-
lhe	ela	com	voz	áspera	-.	Dedica	à	noite	inteira	a	beber	e	jogar	naipes,	para	logo
dormir	durante	todo	o	dia.	Acaso	não	pode	encontrar	algo	mais	útil	com	que	matar	o
tempo?
-	Foi	à	tolice	do	destino	que	me	impediu	de	continuar	com	meu	trabalho	honesto	e
ganhar	meu	sustento	nesta	casa.	Deve	culpar	ao	canalha	do	Cullen,	isso	deve.	O	foi
ele	que	provocou	tudo	isto.
-	Sei	muito	bem	o	que	fez	esse	homem!	-	replicou	ela,	irritada-.	Mas	isso	não	é
desculpa	para	se	comportar	desta	forma.
-	Acabe	já	com	suas	recriminações,	mulher	-	balbuciou	ele	com	palavras	apenas
compreensíveis-.	Cada	dia	que	passa,	se	parece	mais	a	uma	velha	solteirona.	É
uma	sorte	que	nosso	pai	se	propos	a	te	casar	a	curto	prazo.
Isabella	apertou	os	dentes	para	controlar	sua	ira.	Sujeitou	com	firmeza	o	braço	de
seu	irmão	e	tentou	conduzi-lo	para	a	sala,	mas	cambaleou	ao	receber	todo	o	peso
do	moço.	-	Malditos	sejam	ambos!	–	gritou	-.	Um	pior	que	o	outro!	Me	desposar	com
o	primeiro	homem	rico	que	apareça	de	maneira	que	possam	seguir	com	a	farra
durante	o	resto	de	seus	dias.	Bonito	par	de	descarados!
-	De	maneira	que	isso	crie!	–	Seth	sacudiu	o	braço	para	liberar-se	de	sua	irmã	e	as
engenhou	para	caminhar	com	bastante	destreza	para	a	sala.	Quando	conseguiu
afiançar	o	passo	sobre	o	piso	traiçoeiro,	que	não	cessava	de	ondular-se	sob	seus
pés,	voltou-se	para	enfrentar	a	jovem,	uma	vez	que	tentava	compassar	o	vaivém	de
seu	corpo	ao	constante	balanço	da	habitação.
-	Não	é	capaz	de	apreciar	o	sacrifício	que	fiz	para	salvar	sua	honra	lhe	reprovou	ele,
tratando	de	fixar	um	olhar	acusador	sobre	o	rosto	da	jovem.	A	tarefa	resultou	muito
árdua	para	seu	lamentável	estado,	e	decidiu	render-se,	permitindo	que	seus
rebeldes	olhos	vagassem	a	seu	prazer-.	Tanto	nossopai	como	eu	queremos	ve-lá
felizmente	casada,	livre	de	quão	velhos	poderia	te	proporcionar	o	destino.
-	Minha	honra?	-	mofou-se	Isabella,	colocando	cruzando	os	braços	para	observar
seu	irmão	com	uma	expressão	entre	tolerante	e	compassiva-.	Me	permita	te
recordar,	Seth	Swan,	que	foi	a	honra	de	nosso	pai	que	tentava	defender,	não	a
minha.
-	Ah!	-Imediatamente,	a	expressão	do	moço	se	tornou	totalmente	arrependida,	como
a	de	um	menino	que	acaba	de	ser	surpreso	em	uma	travessura,	-	É	verdade.	Foi
por	papai.	-	Lançou	um	olhar	para	seu	braço	inválido	e	o	fez	balançar,	para	atrair	a
atenção	de	sua	irmã	e	despertar	nela	tanta	compaixão	como	fora	possível.
-	Suponho	que,	de	certa	forma,	foi	também	por	mim,	posto	que	levo	o	mesmo
sobrenome	-	raciocinou	Isabella	em	voz	alta.	-	E,	depois	das	calúnias	do	Edward
Cullen,	é	difícil	fazer	caso	omisso	dos	sujos	rumores	que	andam	correndo	por	ali.
Presa	em	seus	pensamentos,	a	moça	voltou	a	desviar	o	olhar	para	a	erva	molhada
que	se	estendia	além	dos	vidros	salpicados	de	chuva.	Não	emprestou	atenção	a
seu	irmão,	que,	com	suma	cautela,	avançava	com	repetidos	passos	para	uma	jarra
de	uísque	que	tinha	avistado	sobre	uma	mesa	lateral.	Isabella	perdeu	suas
esperanças	ao	ver	que	o	solitário	velho	atravessava	sem	dificuldade	a	superfície
pavimentada	da	ponte,	demonstrando	assim	que	a	estrutura	ainda	permanecia
intacta.	Apesar	da	incessante	garoa,	o	homem	continuava	impertérrito	em	sua
marcha.	Não	parecia	levar	pressa,	como	se	estivesse	seguro	de	ter	todo	o	tempo	do
mundo.	A	jovem	deixou	escapar	um	profundo	suspiro:	Oxalá	essa	afirmação	fosse
igualmente	válida	para	ela.	Voltou-se	para	olhar	Seth	e,	instantaneamente,	pisou
com	fúria	contra	o	chão.	O	moço	tinha	tomado	um	copo	e	tratava	de	tirar	o	plugue
da	jarra.
-	Seth!	Não	acredita	que	já	bebeu	o	bastante?
-	Em	efeito,	foi	à	honra	de	nosso	pai	que	tentava	defender	-	resmungou	ele,	sem
deter	seu	trabalho.	Tremeu-lhe	a	mão	ao	ver	o	líquido	na	taça.	As	lembranças	do
duelo	não	cessavam	de	lhe	obcecar.	Uma	vez	e	outra,	ouvia	o	ensurdecedor
estrondo	de	sua	própria	pistola,	enquanto	via	a	expressão	atônita	e	horrorizada	do
juiz,	de	pé,	imóvel,	com	o	braço	em	alto	sujeitando	o	lenço.	A	imagem	tinha	ficado
gravada	na	mente	do	moço.	Mesmo	assim,	recordava	haver	sentido	uma	estranha
mescla	de	horror	e	regozijo,	ao	ver	cambaleante	seu	oponente.	O	sangue	não	tinha
demorado	para	aparecer	entre	os	dedos	do	Cullen,	e	Seth	tinha	aguardado
impávido	o	colapso	de	seu	inimigo.	Entretanto,	o	homem	se	ergueu,	e	o	incipiente
alívio	que	tinha	embargado	o	jovem	por	um	breve	instante	foi	arrasado	por	uma
imensa	onda	de	suor	gelado.	A	tolice	de	disparar	antes	do	sinal	se	voltou	contra	ele,
e	a	arma	do	Cullen	se	levantou	lentamente	até	deter-se	no	centro	de	seu	peito.
-	Desafiou	a	um	homem	muito	mais	experiente	que	você...	e	tudo	por	um	simples
jogo	de	naipes	-	rebateu-lhe	Isabella.
O	zumbido	nos	ouvidos	do	Seth	impediu	que	ouvisse	as	palavras	de	sua	irmã.
Paralisado	pela	cena	que,	com	lentidão,	começava	a	desdobrar-se	em	sua	mente,	o
moço	só	podia	ver	o	canhão	da	pistola	que	apontava	de	volta	para	ele	àquela
manhã,	só	podia	ouvir	os	ensurdecedores	batimentos	de	seu	coração,	só	podia
sentir	o	terror	dilacerador	que	ainda	continuava	atormentando-o.	Naquela	fria
manhã,	o	suor	tinha	feito	arder	seus	olhos,	mas	o	pânico	não	lhe	tinha	permitido
sequer	pestanejar,	temeroso	de	que	o	menor	movimento	pudesse	ter	alojado	uma
bala	mortal.
Presa	do	terror,	Seth	tinha	articulado	um	violento	bramido	de	cólera,	impotência	e
frustração,	para	logo	levantar	o	braço	e	apontar	sua	arma	vazia	ao	inimigo,	sem
advertir	que	a	outra	pistola	já	se	elevava	para	cima	de	sua	cabeça.
Uma	segunda	explosão	tinha	quebrado	a	paz	daquele	amanhecer,	para	enterrar-se
sob	uma	corrente	de	ecos	e	converter	o	colérico	bramido	do	Seth	em	um	agudo
chiado	de	agonia.	O	dilacerador	impacto	lhe	tinha	atravessado	o	braço,	lhe
causando	uma	aguda	dor,	que	retumbava	uma	e	outra	vez	em	seu	cérebro.
Antes	de	dissipar	a	nuvem	de	fumaça,	o	moço	desabou	sobre	a	grama	gelada,
retorcendo-se	e	gemendo,	dominado	por	uma	dor	intolerável.	Uma	silhueta	alta	se
aproximou	dele	até	deter-se	detrás	da	figura	ajoelhada	do	cirurgião	que	lhe	atendia
o	braço.	Apesar	de	sua	terrivél	dor,	Seth	conseguido	reconhecer	o	contorno	de	seu
oponente	contra	a	velada	luz	do	sol	nascente.	A	compostura	de	Edward	Cullen	o
tinha	morto	de	calor.	Com	incrível	calma,	o	homem	tentava	deter	o	fluxo	de	seu
próprio	sangue	com	um	pedaço	de	trapo	dobrado	debaixo	do	ombro	da	jaqueta.
Em	meio	de	sua	intolerável	dor,	Seth	chegou	a	compreender	que	sua	suja	jogada
tinha	comportado	muito	mais	que	a	derrota	no	duelo.	Toda	sua	reputação	estava
afundada,	depois	desse	golpe	devastador.	Ninguém	aceitaria	o	desafio	de	um
covarde,	e	o	moço	não	conseguia	encontrar	um	refúgio	seguro	onde	livrar-se	da
condenação	de	seu	própria	consciência.
-	Foi	à	estupidez	do	moço	que	causou	a	ferida.	-	As	palavras	do	Cullen	chegaram	a
ele	para	atormentá-lo	e	lhe	arrancar	um	choro	de	desespero.	O	homem	tinha
definido	o	sucesso	com	precisão-.	Se	ele	não	tivesse	disparado	sua	pistola,	eu	não
teria	descarregado	a	minha.
O	juiz	tinha	pronunciado	sua	réplica	com	o	mesmo	tom	apagado	e	distante.
-	Disparou	antes	que	eu	desse	o	sinal.	Você	poderia	ter	mata	o	senhor	Cullen,	e
ninguém	se	atreveu	a	questionar-lhe.
Cullen	respondeu	com	um	grunhido.	-	Amigo,	eu	não	sou	um	assassino	de	meninos.
-	Posso	lhe	assegurar,	senhor,	que	sua	inocência	neste	assunto	é	irrefutável.	Só	lhe
sugiro	que	desapareça,	antes	que	o	pai	do	moço	venha	lhe	causar	problemas.
Ao	parecer	dr	Seth,	o	juiz	tinha	sido	muito	indulgente.	O	desejo	de	deixar	claro	que
ele	não	estava	disposto	a	ser	tão	benevolente	tinha	assaltado	o	moço,	e	uma	série
de	juramentos	grosseiros	se	escapou	de	seus	lábios,	descarregando	toda	sua	ira
sobre	o	homem,	em	lugar	de	aceitar	a	realidade	de	sua	própria	covardia.	Para	seu
desgosto,	os	insultos	não	tinham	arrancado	mais	que	um	leve	sorriso	desdenhoso
dos	lábios	de	seu	oponente,	que	tinha	partido	sem	lhe	emprestar	maior	atenção,
como	se	tivesse	tratado	de	um	menino	que	merece	ser	ignorado.	A	dolorosa
imagem	se	desmoronou	para	dar	passo	à	crua	realidade.	Seth	observou	a	taça
encheu	diante	de	si,	mas	logo	que	não	pôde	levantá-la	e,	menos	ainda,	foi	capaz	de
manter	o	braço	elevado	o	suficiente	para	levar	o	uísque	aos	lábios.
-	Agora,	lamenta	sua	terrível	derrota.	-	As	palavras	de	Isabella,	por	fim,	conseguiram
atrair	sua	atenção.	-	E,	ao	que	parece,	tem	se	proposto	a	arruinar	o	resto	de	seus
dias.	Estaria	muito	melhor	se	tivesse	deixado	em	paz	o	ianque,	em	lugar	de	se	fazer
de	galo	de	briga	ultrajado.
-	Esse	homem	é	um	mentiroso	e	por	isso	o	desafiei	ao	duelo.	–	Seth	olhou	a	sua
redor	em	busca	de	um	refúgio,	até	que	divisou	uma	acolhedora	poltrona	a	seu
alcance-.	Quis	defender	a	honra	e	o	bom	nome	de	meu	pai.
-	Defender,	ora!	Ficou	inválido	pelo	esforço	e	o	senhor	Cullen	ainda	não	retirou	uma
só	palavra	da	acusação.	-	Já	o	fará!	-	exclamou	Seth	-.	Já	o	fará,	ou	eu...	ou	eu...
-	Você,	o	que?	-	inquiriu	Isabella,	exaltada	-.	Perderá	o	outro	braço?	Só	obterá	que
lhe	matem,	se	te	empenha	em	desafiar	a	um	homem	com	a	experiência	de	Edward
Cullen.	-	levantou	uma	mão	em	um	gesto	de	aversão	-.	O	homem	tem	o	dobro	em
idade	e	às	vezes	penso	que	também	a	inteligência.	Foi	muito	tolo	ao	provocá-lo,
Seth.
-	Maldita	seja,	mulher!	Sem	dúvida,	acreditará	que	o	sol	sai	e	se	oculta	para	seu
inigualável	senhor	Cullen.
-	O	que	diz!	-	gritou	Isabella,	espantada	ante	a	acusação	de	seu	irmão-.	Jamais	vi	a
esse	homem!	As	únicas	coisas	que	conheço	dele	são	meros	rumores	que	ouvi	e,
certamente,	não	posso	confiar	na	exatidão	de	tais	fofocas.
-	Eu	também	os	ouvi	declarou	Seth	com	desdém.	Todas	as	reuniões	ou	bate-papos
de	mulheres	se	centram	ao	redor	desse	ianque	e	sua	incalculável	fortuna.	Nos	olhos
de	todas	pode	ver-se	o	brilho	das	moedas	do	homem,	mas,sem	tanta	riqueza,	não
é	melhor	que	outro	qualquer.	E	fala	de	sua	experiência?	Va!	Provavelmente,	eu
tenha	tanta	como	ele.
-	Não	ouse	se	gabar	de	ter	machucado	levemente	a	esses	dois	infelizes	-	replicou
ela,	irritada-.	Sem	dúvida,	estavam	mais	atemorizados	que	feridos	e,	por	fim,
resultaste	ser	tão	tolo	como	eles.
-	Tolo,	eu?	–	Seth	tratou	de	endireitar-se	para	exteriorizar	sua	irritação	ante
semelhante	insulto,	mas	um	forte	arroto	pareceu	desinflar	seu	orgulho,	e	voltou	a
desabar	sobre	a	mesa,	resmungando	murmúrios	de	auto-compaixão-.	Me	deixe	em
paz,	mulher.	Decidiu	me	atacar	em	um	estado	de	debilidade	e	esgotamento.
-	Ah!	Quer	dizer	de	embriaguez	-	corrigiu-lhe	ela	com	aspereza.
Seth	se	deixou	cair	na	poltrona.	Fechou	os	olhos	e	reclinou	a	cabeça	sobre	o
respaldo	acolchoado.
-	Apóia	ao	velhaco	contra	seu	próprio	irmão	-	gemeu-.	Se	nosso	pai	te	ouvisse...
Cintilantes	faíscas	de	indignação	brilharam	nos	olhos	de	Isabella.	Com	apenas	dois
passos,	chegou	até	onde	se	encontrava	seu	irmão	e	lhe	agarrou	pelas	lapelas	da
jaqueta.	Forçou-se	a	confrontar	o	fedor	rançoso	que	emanava	da	boca	do	moço	e
se	inclinou	para	ele.
-	E	de	que	ousa	me	acusar?	-	Sacudiu-lhe	até	que	os	olhos	do	Seth	giraram
confunsos-.	Explicarei-lhe	isso	simplesmente,	irmão!	-	Falouu	as	palavras	em	um
tom	sibilante	e	rabugento-.	Um	estranho	navegou	estes	mares	para	sobressaltar	a
todos	com	o	tamanho	de	seu	casco	de	navio	mercante	e,	ao	terceiro	dia	de	sua
chegada	ao	porto	-	sacudiu	a	Seth	uma	vez	mais	para	recalcar	os	fatos-,	acusou	ao
nosso	pai	de	fazer	armadilhas	com	os	naipes.	Fosse	verdade	ou	mentira,	não	tinha
necessidade	de	proclamá-lo	aos	quatro	ventos,	provocando	tal	pânico	entre	os
mercados	de	Mawbry	e	Wirkinton,	que	inclusive	agora	nosso	pai	teme	que	o	joguem
na	prisão	pelas	dívidas	que	não	pode	pagar.	E	para	sair	deste	apuro	se	propós	a
desposar-me	com	algum	potentado.	Não	acredito	que	o	rico	Cullen	se	preocupe
com	os	estragos	que	causou	nesta	família.	Não	duvido	em	condenar	ao	homem	por
tudo	o	que	tem	feito.	Mas	você,	meu	querido	irmão,	é	também	responsável,	por
cometer	a	tolice	de	rebater	suas	acusações	tão	acaloradamente,	sem	advertir	que
um	fracasso	em	seus	intentos	por	consolidar	suas	negativas	só	consegue	fortalecer
a	causa	do	inimigo.	Ao	lutar	com	essa	classe	de	homens,	deve-se	pensar	com
calma	e	inteligência,	não	com	inúteis	fanfarronadas.
Seth	observou	a	sua	irmã,	atônito	ante	o	feroz	ataque	descarregado	contra	sua
pessoa,	e	Isabella	se	precaveu	de	que	o	moço	não	tinha	ouvido	nada	do	que	ela
acabava	de	lhe	explicar.
-	Ora!	É	inútil!	-	Deu	um	violento	empurrão	em	seu	irmão	e	se	afastou,	desgostosa.
Pelo	visto,	nenhum	argumento	resultaria	efetivo	para	fazer	entender	ao	moço	a
estupidez	de	seu	comportamento.
Seth	lançou	um	olhar	ao	transbordante	copo	de	uísque	e	lambeu	os	lábios,
desejando	que	sua	irmã	se	dignasse	a	lhe	alcançar	a	bebida.
-	Pode	ser	que	seja	um	par	de	anos	maior	que	eu,	Isabella	-	sentia-se	terrivelmente
débil,	tinha	a	boca	seca	como	algodão	e	falar	lhe	exigia	um	tremendo	esforço	-,	mas
essa	não	é	razão	para	me	repreender	como	se	fosse	um	menino.	-	Enrugou	o
queixo	e	começou	a	resmungar	para	si	de	uma	maneira	displicente-.	Assim	foi	como
me	chamou...	menino!
Isabella	caminhou	inquieta	em	frente	ao	lar,	tratando	de	encontrar	o	argumento	que
pudesse	modificar	os	raciocínios	de	seu	irmão,	até	que	um	leve	som	a	deteve	e	se
voltou,	para	encontrar	a	cabeça	do	Seth	caída	relaxadamente	sobre	seu	peito.	O
primeiro	bufo	suave	se	converteu	rapidamente	em	um	claro	e	sonoro	exemplo	da
arte	de	roncar	e,	imediatamente,	a	moça	tomou	consciência	do	terrivél	engano	que
tinha	cometido	ao	não	conduzir	a	seu	irmão	diretamente	para	seu	dormitório.	James
Chambers	poderia	chegar	a	qualquer	momento,	e	Isabella	se	veria	profundamente
ferida	em	seu	orgulho	ante	o	sorriso	malicioso	do	pretendente.	Sua	única	esperança
se	agarrava	em	que	seu	pai	retornasse	logo,	embora	isso,	também,	poderia	chegar
a	resultar	em	uma	arma	de	dobro	fio.
De	repente,	advertiu	que	o	lento	repico	de	cascos	de	cavalo	que	tinha	ouvido	fazia
um	instante	no	exterior,	acabava	de	deter-se	frente	à	casa.	Aguardou	tensa	algum
sinal	que	lhe	indicasse	os	movimentos	do	viajante,	até	que	a	fatalidade	lançou	sua
primeira	marca	quando	pegadas	ressonaram	sobre	os	degraus	da	entrada,
seguidas	por	um	forte	golpe	à	porta.
-	James	Chambers!	–	O	coração	lhe	deu	um	tombo.	Olhou	ansiosamente	a	seu
redor	e	retorceu	as	mãos	com	desespero.	Como	podia	ser	que	esse	homem
chegasse	em	um	momento	tão	inoportuno?
Correu	freneticamente	para	Seth	e	tentou	despertá-lo,	mas	seus	melhores	esforços
nem	sequer	conseguiram	interromper	o	ritmo	dos	roncos	do	moço.	Tomou	entre
seus	braços,	tratando	de	levantá-lo,	mas	ai!	Era	como	tentar	elevar	um	pesado	saco
repleto	de	pedras.	O	peso	morto	de	seu	irmão	desabou	e	caiu	ao	chão	com
violência.	Em	um	instante,	o	corpo	de	Seth	ficou	convertido	em	uma	desalinhada
pilha	de	ossos,	ao	tempo	que	os	insistentes	golpes	do	visitante	continuavam
retumbando	por	toda	a	habitação.
Pouco	pôde	fazer	Isabella,	exceto	aceitar	a	realidade.	Talvez,	James	Chambers	não
merecia	tanta	preocupação,	inclusive	era	provável	que	ela	chegasse	a	agradecer	a
desafortunada	presença	de	seu	irmão.	Mesmo	assim,	resistia	a	expor-se	ao	ridículo
que,	com	segurança,	recairia	sobre	sua	família	atráves	dessa	inoportuna	visita.
Decidiu,	ao	menos,	dissimular	a	presença	de	seu	irmão,	ocultando-o	detrás	de	uma
cadeira	e	lhe	cobrindo	o	rosto	com	um	lenço,	a	fim	de	amortecer	o	forte	trovejar	de
seus	roncos.	Então,	com	suma	calma,	alisou-se	o	cabelo	e	o	vestido,	tratando	de
aplacar	os	últimos	vestígios	de	ansiedade.	De	algum	modo,	tudo	sairia	às	mil
maravilhas.	Assim	tinha	que	ser!	Os	golpes	se	reiteraram,	ao	tempo	que	Isabella
caminhava	para	a	porta.	Apoiou	uma	mão	no	passador,	adotou	uma	pose	feminina	e
abriu.	Por	um	breve	instante,	o	espaço	pareceu	cobrir-se	inteiramente	com	uma
imensa	extensão	de	tecido	escuro	e	ensopado.	Os	olhos	da	moça	viajaram	com
lentidão	desde	custosas	botas	de	couro	negro,	sobre	um	larguísimo	lance	de
casaco	até	chegar	ao	rosto	que	se	ocultava	sob	a	asa	molhada	de	um	chapéu	de
pele	de	castor.	E,	então,	ela	conteve	a	respiração.	Era	um	rosto	masculino	e,	sem
dúvida,	o	mais	arrumado	que	tinha	visto	em	muitos	anos.	Ante	o	primeiro	olhar	a
jovem,	umas	leves	ruga	cinzelaram	a	frente	do	viajante,	e	seus	olhos	se	tornaram
pavorosamente	severos	e	ameaçadores.	Um	gesto	de	tensão,	quase	de	ira,
pareceu	refletir-se	na	marcada	linha	de	sua	mandíbula,	em	seus	maçãs	do	rosto
salientes,	em	seu	perfil	ligeiramente	aquilino.	Entretanto,	o	toque	de	graça	não
demorou	para	iluminar	as	feições	e	apagar	as	diminutas	rugas	de	ambos	os	lados
de	seus	olhos.	Olhos	entre	verdes	e	azuis,	cheios	de	vida,	que,	descaradamente,
revelaram	a	aprovação	de	seu	dono	ao	percorrer	os	femininos	contornos	da	moça.
Um	lento	sorriso	se	uniu	à	faísca	de	seus	olhos	concentrados	em	absorver	as	forças
que	sustentavam	as	pernas	da	jovem.
Esta	vez	não	se	tratava	de	um	ancião	adoentado,	nem	de	um	petimetre	jactancioso,
reconheceu	Isabella,	mas	sim	de	um	homem	enérgico	e	viril	em	cada	fibra	de	seu
ser.	Dizer	que	este	candidato	superava	ampliamente	suas	expectativas	era,
certamente,	subestimar	a	realidade.	Perguntou-se	que	razões	poderia	ter	um
homem	como	esse	para	recorrer	à	troca	a	fim	de	encontrar	uma	esposa.
O	estranho	se	apressou	a	tirar	o	chapéu	em	um	gesto	de	cortesia,	descobrindo	um
abundante	cabelo	bronze.	Sua	voz,	masculina	e	sonora,	era	tão	agradável	como
seu	aspecto.
-	Você	é	a	senhorita	Swan,	suponho.
-	Mmm,	sim.	Isabella.	Isabella	Swan.	-	Sua	língua	parecia	desumanamente	torpe,	e
temeu	que	a	traísse.	Sua	mente	começou	a	trabalhar	com	rapidez,	gerando
pensamentos	totalmente	opostos	a	suas	anteriores	ideias.	O	homem	era	quase
perfeito!	Sem	nenhum	defeito	aparente!	Porém,	a	dúvida	persistia.	Se,	na	verdade,
estava	disposto	a	casar-se,	como	tinhapodido	alcançar	uma	idade	amadurecida,
sem	ser	antes	apanhado	por,	ao	menos,	uma	dúzia	de	mulheres?
Tinha	que	haver	um	defeito!	Bramou	o	sentido	comum	de	Isabella.	Conhecia	seu
pai:	sem	dúvida,	existia	um	segredo.
Mesmo	que	sua	mente	não	cessava	de	trabalhar,	sua	língua,	repentinamente	ativa,
lhe	adiantou.
-	Por	favor,	entre,	senhor.	Meu	pai	me	advertiu	que	viria.
-	Sério?	-	O	homem	pareceu	assimilar	a	asseveração	da	jovem	com	certo
assombro.	A	cinismo	sutil	de	seus	lábios	se	transformou	em	um	divertido	sorriso
quando	olhou	à	moça	com	incredulidade-.	Você	sabe	quem	sou	eu?
-	É	obvio!	-	afirmou	ela	com	um	alegre	sorriso-.	Estivemos	o	aguardando.	Por	favor,
entre.
Ele	atravessou	a	soleira,	e	uma	ligeira	expressão	aturdida	lhe	enrugou	o	cenho.
Com	certa	reticência,	entregou	seu	chapéu,	sua	vara	de	montar	e	suas	luvas	à
moça.
-	Você	me	surpreende,	senhorita	Swan	-	comentou-.	Esperava	ser	recebido
ressentidamente,	não	com	amabilidade.	Isabella	retrocedeu	mentalmente	ante	o
sentido	dessas	palavras.	Não	tinha	imaginado	que	a	indiscrição	de	seu	pai	pudesse
chegar	a	revelar	a	relutância	de	sua	filha	para	contrair	matrimônio.	Como	podia	ter
acreditado	seu	progenitor	que	ela	rechaçaria	a	um	candidato	tão	arrumado	e
incrivelmente	superior	a	outros	pretendentes?
Com	um	fingido	sorriso	de	felicidade,	a	jovem	expressou	cautelosamente	sua
preocupação.
-	Suponho	que	meu	pai	lhe	falou	de	minha	relutância	em	conhecê-lo.
O	homem	esboçou	um	sorriso	pormenorizado.
-	Sem	dúvida,	você	imaginou-me	como	uma	horrenda	besta.
-	Alegra-me	sobremaneira	descobrir	que	não	o	é	-	demarcou	ela,	e	em	seguida
temeu	que	suas	palavras	tivessem	expresso	muito	entusiasmo.	Apertou	os	dentes,
desejando	que	ele	não	a	considerasse	uma	jovenzinha	atrevida;	embora,
reconheceu,	que	sua	declaração	tinha	sido	exageradamente	modesta.
A	fim	de	ocultar	suas	bochechas	ruborizadas,	Isabella	se	voltou	para	fechar	a	porta.
Ao	passar	junto	ao	homem,	um	forte	aroma	masculino	afetou	seus	sentidos	até	o
ponto	de	aturdi-la.	Certamente,	não	encontrava	ali	nenhuma	imperfeição.
Com	dedos	destros	e	ágeis,	ele	desprendeu	os	botões	de	seu	casaco	e	se	despojou
do	objeto.	Por	muito	que	o	tratou,	Isabella	não	pôde	descobrir	nenhum	defeito
nessas	costas,	magros	quadris	e	larguísimas	pernas.	A	ostentosa	masculinidade
encerrada	nos	rodeados	calções	oferecia	claras	amostras	da	virilidade	desse
homem,	e,	ao	recordar	súbitamente	à	razão	da	visita,	a	jovem	seu	ruborizou,	como
se	já	tivesse	estado	desposada.
-	Permita-me	seu	casaco	-	ofereceu-lhe	ela,	tentado	aplacar	o	tremor	de	sua	voz.	O
corte	elegante	das	roupas	era	digno	de	tanta	admiração	como	seu	dono.	Entretanto,
em	alguém	de	menor	estatura,	teriam	perdido	uma	considerável	porção	de	seu	atual
encanto.	A	jaqueta	verde	escuro	cobria	um	moderno	colete	curto	de	um	claro	tom
torrado	que	harmonizava	com	a	cor	dos	calções.	As	elegantes	botas	de	couro
emolduravam	os	musculosos	contornos	das	pantorrilhas.	Embora	as	vestimentas
eram	distinguidas	e	custosas,	ele	as	luzia	com	uma	desenvoltura	varonil	que	não
mostrava	indícios	da	menor	presunção.
Isabella	se	voltou	para	pendurar	o	casaco	em	um	dos	ganchos	que	havia	junto	à
porta.	Afetada	pelo	contraste	entre	o	frio	do	exterior	e	a	calidez	do	interior,	sacudiu
as	gotas	de	chuva	que	banhavam	o	refinado	tecido	do	casaco,	e	se	dirigiu	ao
homem	com	um	comentário.
-	Deve	lhe	haver	resultado	difícil	a	cavalgada	em	um	dia	como	este.
Os	olhos	verdes	do	viajante	percorreram	ligeiramente	à	moça	e,	ao	topar-se	com	os
dela,	lhe	deram	de	presente	um	cálida	sorriso.
-	Difícil,	possivelmente,	mas	facilmente	passível,	logo	depois	de	ser	recebido	por	tão
incrível	beleza.
Talvez,	ela	deveria	havê-lo	surpreendido	por	aproximar-se	tão	desmesuradamente.
Era	em	extremo	difícil	sufocar	o	estalo	de	prazer	e,	ao	mesmo	tempo,	aparentar
indiferença.	Repreendeu-se	a	si	mesmo	por	seus	inadequados	pensamentos,	mas
sua	mente	tinha	começado	a	assumir	o	fato	de	que,	em	realidade,	estava	tratando
com	atenção	o	homem	que,	pela	primeira	vez,	satisfazia	cada	um	de	seus	desejos.
Com	segurança,	havia	algum	segredo.	Tinha	que	haver!
-	Meu	pai	retornará	a	qualquer	momento	-	informou-lhe	com	educação-.	Deseja
aguardar	na	sala?
-	Agradaria-me,	se	não	tiver	inconveniente	-	replicou	ele	-	Há	alguns	assuntos	de
importância	que	desejo	discutir	com	seu	pai.
Isabella	se	voltou	para	lhe	indicar	o	caminho,	mas	paralisou	ao	entrar	na	habitação
contigüa.	O	sapato	do	Seth	aparecia	impertinentemente	por	debaixo	da	cadeira	que
ocultava	o	moço.	A	jovem	se	sentiu	aturdida	ante	sua	própria	estupidez,	mas	se
precaveu	de	que	era	muito	tarde	para	desviar	os	passos	de	seu	convidado.	Em	um
intento	por	distrair	o	olhar	do	homem,	e	o	presentiou	com	seu	sorriso	mais	doce
quando	caminhou	para	o	canapé	Obs:	(é	um	sofá	de	três	lugares	meninas).
-	Dava-me	conta	de	que	vinha	atravessando	o	rio	do	norte.	-	afundou-se	nos
almofadões	e,	com	um	gesto,	indicou	a	seu	hóspede	que	tomasse	assento	-	Vive
perto	daqui?
-	Possuo	uma	casa	em	Londres	-	respondeu	ele,	apartando	as	abas	de	seu	casaco
para	sentar-se	na	mesma	cadeira	que	ocultava	parcialmente	o	corpo	do	Seth.
O	aprumo	do	Isabella	cambaleou	ligeiramente,	quando	imaginou	quão	ridícula	se
sentiria	se	o	homem	chegasse	a	descobrir	o	indigno	amontoado	de	ossos	que	se
disseminava	detrás	de	suas	costas.
-	Eu...	né...	estava	a	ponto	de	preparar	um	pouco	de	chá	-	declarou	com	nervosismo
-.	Gostaria	de	uma	taça?
-	Depois	de	um	trajeto	tão	desafortunado,	desfrutaria-o	imensamente.	-	Sua	voz	era
tão	suave	como	o	veludo	-	Mas,	por	favor,	não	se	incomode	por	mim.
-	OH,	não.	Não	é	nenhum	incomodo,	senhor	-	assegurou-lhe	a	jovem	com
urgência-.	Aqui	não	estamos	acostumados	a	receber	visitas	com	muita	freqüência.
-	Mas,	o	que	me	diz	desta?	-	Para	o	desgosto	da	moça,	o	homem	estendeu	um
braço	para	Seth-.	Um	pretendente	rechaçado,	possivelmente?
-	OH,	não,	senhor!	O	não	é	mais	que...	quero	dizer...	é	meu	irmão.	-	elevou	os
ombros,	derrotada.	Tinha	a	mente	muito	confusa	para	encontrar	uma	réplica	pronta
e	aguda.	Além	disso,	agora	que	o	segredo	tinha	sido	revelado,	talvez	o	melhor	seria
recorrer	à	verdade,	dado	que	não	existia	nenhuma	outra	lógica	explicação-.	Ontem
à	noite,	ele...	mm...	bebeu	demais,	e	estava	tratando	de	conduzi-lo	a	seu	dormitório,
quando	você	chamou.
Uma	controlada	expressão	divertida	surgiu	no	rosto	do	homem	quando	se	levantou
de	seu	assento.	Ajoelhou-se	junto	ao	moço,	retirou	o	lenço	e	arqueou	uma
sobrancelha.	Os	roncos	continuavam	imperturbáveis	e,	ao	levantar	os	olhos	para	a
jovem,	o	humor	do	homem	se	tornou	evidente.	Blanquísimos	dentes	brilharam
detrás	de	um	amplo	sorriso.
-	Necessita	de	ajuda	para	cumprir	a	tarefa?
-	OH,	certamente,	senhor!	-	O	sorriso	de	Isabella	teria	sido	capaz	de	enfeitiçar	a	um
fantasma-.	Estaria-lhe	extremamente	agradecida.
Ele	se	incorporou	com	tanta	agilidade	que	ela	quase	lançou	uma	exclamação	de
surpresa.	O	homem	tirou	a	jaqueta	e	a	colocou	com	cuidado	sobre	o	respaldo	de
uma	cadeira.	O	colete	tinha	sido	desenhado	meticulosamente	para	rodear	o	peito
piramidal	que	se	abria	de	uma	cintura	magra.	Quando	levantou	o	Seth	do	chão,	o
tecido	de	sua	camisa	se	estirou	por	um	instante,	descobrindo	os	tensos	músculos
de	seus	braços	e	ombros.	O	peso	que	ela	não	tinha	conseguido	mover	pendurava
naturalmente	nas	costas	do	estranho.	Ele	se	voltou	para	olhá-la	com	expressão
curiosa.
-	Agradeceria-lhe	que	me	indicasse	o	caminho,	senhorita	Swan.
-	Chame	-me	de	Isabella,	por	favor	-	sugeriu	ela,	passando	junto	ao	homem	para
satisfazer	sua	petição.	Uma	vez	mais,	a	proximidade	desse	fresco	aroma	varonil
embotou	seus	sentidos;	caminhou	com	pressa	para	o	corredor,	desejando	que	ele
não	tivesse	notado	o	rubor	que	tinha	colorido	suas	bochechas.
Ao	subir	as	escadas,	sentiu-se	afligida	por	um	cuidadoso	olhar	que	sabia
instintivamente	-	não	cessava	de	estudá-la.	Entretanto,	não	se	atreveua	se	voltar,
por	temer	confundir	seus	instintos.	Sem	dúvida,	ter	confirmado	a	admiração	desse
homem	ao	observar	seus	bamboleantes	quadris	e	sua	magra	cintura,	seu	incipiente
rubor	se	intensificou.
Correu	para	a	habitação	de	Seth	para	retirar	as	mantas	da	cama,	e	o	estranho	a
seguiu	para	depositar	o	corpo	do	moço	sobre	a	macia	suavidade	dos	lençóis.
Isabella	se	inclinou	sobre	seu	irmão	para	lhe	afrouxar	o	gravata-borboleta	e	a
camisa,	e	o	coração	lhe	deu	um	tombo	quando,	ao	incorporar-se,	advertiu,	uma	vez
mais,	a	exagerada	proximidade	do	convidado.
-	Acredito	que	seu	irmão	estaria	mais	cômodo	sem	a	camisa	e	as	botas	-	comentou
ele,	jogando	um	olhar	a	jovem	e	descobrir	seus	brancos	dentes	com	um	súbito
sorriso-.	Permite-me	que	eu	mesmo	as	retire?
Eu	só	posso	dizer	uma	coisa	sobre	essa	adaptação!	Leiam,	e	leiam,	porque	eu	digo
com	certeza,	essa	historia	vai	surpreender	vocês	como	me	surpreendeu...	É	um	dos
livros	mais	emocionantes	que	já	li,	e	que	já	tive	o	prazer	de	conhecer...	A	Outra
adaptação	também	é	tão	linda	quando	essa!	Essas	adaptações...	tanto	essa,	quanto
a	contemporanea	vão	mostrar	a	vocês,	do	que	o	amor	é	capaz!	Então	me
acompanhem	em	mais	essas	adaptações!
Então	meus	amores,	até	Sabado	(meu	niver)...	Fiquem	com	Deus,	e	que	Ele
abençõe	vocês	e	suas	familias...	Bom	final	de	semana...	Robsteijoosssss
Chapter	3
Oiiii	Meus	Amoreeessss...	BOOOMMM	DIAAAAA!	Tudo	bem	com	vocês?	Espero
que	sim!	*-*	Estou	feliz	hoje	e	quero	compartilhar	com	vocês!	...	Hoje	é	o	meu	dia,	o
meu	niver...	Estou	completando	21	anos	de	vida...	E	por	isso	vou	postar	um	capitulo
cheio	de	brigas	pra	vocês	kkkkk!	Boa	leitura...	Nos	vemos	lá	embaixo¬
-	OH,	certamente	-	respondeu	ela,	agradecida	ante	a	amabilidade	do	cavalheiro	-.
Mas	tome	cuidado	com	seu	braço	direito;	está	inválido.
O	homem	a	olhou	com	expressão	surpreendida.	-	Sinto	muito.	Não	sabia.
-	Não	tem	por	que	lamentar-se,	senhor.	Temo	que,	em	grande	parte,	ele	mesmo
causou	sua	desgraça.
Arqueou	as	sobrancelhas,	maravilhado.
-	Você	é	muito	pormenorizada,	senhorita	Swan.	Isabella	riu	para	dissimular	sua
confusão.
-	Meu	irmão	não	acredita	no	mesmo.
-	Em	geral,	todos	os	irmãos	adoram	discordar.	-	Seu	sorriso	voltou	a	brilhar	quando
a	moça	levantou	o	olhar;	seu	olhar	viril	posou	sobre	cada	um	de	seus	delicados
olhos,	até	que	se	deteve	na	suavidade	de	seus	lábios	cor	carmesim.
Isabella	ficou	aturdida,	presa	entre	as	márgenes	do	tempo.	Absorta	em	seus
próprios	pensamentos,	notou	que	os	olhos	ocultos	atrás	dessas	escuras	pestanas
eram	de	uma	cor	verde	cristalina,	com	raios	de	cinza	nos	borda.	Brilhavam	com
uma	calidez	que	fazia	ruborizar	suas	bochechas	e	acelerar	os	batimentos	de	seu
coração.	Reprovou-se	mentalmente	pela	sua	falta	de	aprumo	e	elegância,	próprios
de	uma	dama	de	alta	linhagem,	e	se	separou	do	estranho	para	andar	pela
habitação,	permitindo	que	ele	atendesse	a	seu	irmão.	Posto	que	o	homem	parecia
desembrulhar-se	com	desenvoltura,	não	lhe	ofereceu	sua	ajuda,	prefiriendo	gozar
da	segurança	que	lhe	outorgava	a	distância.	O	silêncio	se	prolongou	até	ficar	tenso,
e	Isabella	decidiu	reatar	o	breve	intercâmbio	verbal.
-	O	dia	foi	terrível	até	o	momento.
-	Horrível	-	assentiu	ele	com	a	mesma	originalidade-.	Um	dia	mais	que	terrível.
O	profundo	timbre	de	sua	masculina	voz	retumbou	no	peito	da	moça,	que	decidiu
abandonar	a	busca	dos	possíveis	defeitos	desse	homem.	Comparado	com	a
heterogênea	coleção	de	candidatos	que	lhe	tinham	precedido,	ele	era	o	mais
próximo	à	perfeição	que	ela	e	seus	sentidos	podiam	chegar	a	imaginar.
O	homem	despiu	Seth	até	deixá-lo	de	calções,	e	se	distanciou	da	cama,	levando	a
camisa	e	as	botas	nas	mãos.	Isabella	se	aproximou	para	tomar	os	objetos	e
estremeceu	quando	os	dedos	masculinos	roçaram	os	seus	deliberadamente.	Uma
súbita	corrente	de	calor	eletrificou	todo	seu	corpo.	Não	demorou	para	recordar	as
carícias	torpes	e	enjoativas	de	seus	pretendentes	anteriores,	que	jamais	tinham
chegado	a	afetá-la	tão	profundamente	como	esse	leve	contato.
-	Temo-me	que	o	mau	tempo	perdurará	até	a	primavera	-	se	aprumou	ao	afirmar
com	nervosismo-.	Aqui,	no	norte,	está	acostumado	a	chover	copiosamente	nesta
época	do	ano.
-	Sem	dúvida,	a	primavera	será	bem	recebida	-	assentiu	ele	com	um	ligeiro
movimento	de	cabeça.
A	brilhante	conversação	conseguiu	encobrir	o	ativo	trabalho	racional.	A	idéia	de	que
esse	homem	logo	se	converteria	em	seu	marido	obcecava	os	pensamentos	de
Isabella,	cuja	a	mente	não	cessava	em	seu	trabalho	de	descobrir	que	circunstâncias
que	o	teriam	levado	a	solicitar	sua	mão.	Tendo	em	conta	a	seleção	que	seu	pai	lhe
tinha	apresentado	ultimamente,	ela	teria	se	considerado	afortunada	se	James
Chambers	tivesse	tido	tão	somente	um	aspecto	aceitável	e	tivesse	sido	algo	mais
jovem	que	um	ancião;	mas	era	muito	mais	que	isso.	Era	difícil	acreditar	que	suas
mais	vagas	esperanças	pudessem	ver-se	satisfeitas	na	figura	deste	homem.
Em	um	intento	de	serenar	suas	emoções	e	pôr	uma	distância	prudente	entre	ela	e	o
estranho,	atravessou	o	quarto	e	falou	por	cima	do	ombro,	enquanto	acomodava	a
roupa	de	seu	irmão.
-	Por	certo	que	vem	de	Londres,	não	duvido	que	você	notará	uma	marcante
diferença	nestes	climas	nortistas.	Nós	advertimos	a	mudança	quando	nos	mudamos
faz	três	anos.
-	Acaso	vieram	pelo	clima?	-	perguntou	ele	com	um	brilho	divertido	em	seus	olhos
verdes	e	cristalinos.
Isabella	riu.
-	É	só	habituar-se	à	umidade...	é	bastante	agradável	viver	aqui.	Quero	dizer,	sempre
que	puder	ignorar	os	alarmantes	rumores	sobre	os	salteadores	de	estradas	e	as
bandos	de	assaltantes	escoceses.	Ouvirá	sobre	eles	se	permanecer	neste	lugare
por	mais	tempo.	Lorde	Talbot	protestou	tão	ferozmente	contra	os	bandao	escoceses
que	saqueavam	os	povoados	da	fronteira,	que	enviaram	a	meu	pai	como	prefeito	e,
logo,	nomearam	um	oficial	para	preservar	a	ordem	nas	terras	mais	remotas.	-
Estendeu	as	mãos	em	um	gesto	de	incerteza	-.	Estou	acostumada	a	ouvir
numerosos	rumores	a	respeito	de	terríveis	combates	e	de	bandidos	que	assaltam	e
assassinam	nas	rotas	a	qual	os	ricos	viajam	em	suas	carruagens.	Mas,	no
momento,	o	máximo	que	têm	feito	meu	pai	e	o	oficial	foi	apanhar	a	um	caçador
furtivo	que	rondava	nas	terras	de	Talbot.	Inclusive,	nesse	caso,	o	homem	não	era
escocês.
-	Sufocarei	a	necessidade	de	falar	a	respeito	de	meus	antepassados	escoceses,
sendo	assim	possivél	que	me	confundam	com	um	salteador	de	caminhos	ou
bandido	similar.
Ela	o	olhou	com	súbita	preocupação.
-	Talvez,	conviria	que	ocultasse	esse	fato	de	meu	pai.	Altera-se	sobremaneira
quando	trava	uma	discussões	a	respeito	dos	clãs	escoceses	e	irlandeses.
Seu	companheiro	inclinou	a	cabeça	ligeiramente	para	confirmar	o	recebimento	da
advertência.
-	Tratarei	de	não	ofuscá-lo	indevidamente	com	tamanha	revelação.
Ela	abriu	o	caminho	para	abandonar	a	habitação,	falando	por	cima	do	ombro.
-	Posso	lhe	assegurar	que	não	se	trata	de	um	rasgo	familiar.	Eu	não	tenho	razões
para	detestá-los.
-	Isso	é	muito	alentador.
Isabella	se	sentiu	um	pouco	tonta	pela	calidez	dessa	voz,	e	não	emprestou	a	devida
atenção	às	escadas.	Ao	pisar	no	primeiro	degrau,	tropeçou	e	cambaleou
perigosamente	a	borda	do	precipício.	A	respiração	lhe	congelou	na	garganta,	mas,
antes	que	pudesse	reagir,	um	comprido	braço	lhe	rodeou	a	cintura	e	de	um	puxão	a
resguardou	do	perigo.	Presa	contra	o	largo	e	firme	peito	do	homem,	Isabella	afogou
uma	agitada	exclamação	de	alívio.	Finalmente,	tremente,	levantou	o	olhar,	e	topou
com	aqueles	olhos	verdes	que	procuravam,	preocupados,	os	dela;	até	que,	pouco	a
pouco,	a	inquietação	se	dissipou	para	dar	passo	a	um	brilho	intenso	e	caloroso.
-	Senhorita	Swan...
-	Isabella,	por	favor.	-	Foi	um	sussurro	afogado	e	distante.	Nenhum	um	dos	dois
pôde	ouvir	o	ruído	da	porta	que	se	abria,	mas	vozes	masculinas	que	se	misturavam
no	piso	inferior.	Ambos	se	achavam	presos	na	intimidade	de	sues	próprios
universos	e	poderiam	ter	permanecido	ali,imperturbáveis,	durante	vários	instantes,
se	um	colérico	bramido	não	os	tivesse	arrastado	bruscamente	à	realidade.
-	Vá!	O	que	significa	tudo	isto?
Ainda	em	meio	de	sua	confusão,	Isabella	se	separou	de	seu	companheiro	e	olhou
para	o	pé	da	escada,	de	onde	seu	pai	e	outro	homem	a	observavam	com	idêntico
assombro.	Os	olhos	cada	vez	mais	dilatados	e	escuros	do	Charlie	Swan	bastaram
para	acabar	com	a	compostura	da	jovem;	mas	o	que	realmente	a	impressionou	foi	o
desagradável	rosto	do	estranho	ossudo	e	gasto	que	acompanhava	a	seu	pai.	Esse
homem	se	ajustava	com	exatidão	à	imagem	que	ela	tinha	criado	de	Edward	Cullen.
Só	lhe	faltava	à	imensa	verruga	do	queixo	para	encarnar	ao	inimigo	imaginário.
A	desenfreada	ira	de	Charlie	Swan	sacudiu	os	muros	da	casa.
-	Perguntei	o	que	significa	tudo	isto.	-	Não	lhe	deu	tempo	para	responder,	antes	de
continuar	com	sua	veemente	reprimenda	-.	Deixo-te	sozinha	alguns	poucos
instantes	e,	ao	voltar,	encontro-te	pavoneando	com	um	homem	em	minha	própria...
Você!	–	Charlie	jogou	o	chapéu	no	chão	e	os	escassos	cabelos	na	cabeça	se
arrepiaram	-.	Maldição!	Fui	traído	em	minha	própria	casa!	E	por	minha	própria	filha!
Com	o	rosto	vermelho	de	vergonha,	Isabella	se	apressou	a	descer	as	escadas	para
tratar	de	acalmar	a	seu	progenitor.
-	Por	favor,	pai,	me	permita	te	explicar...
-	Ahhhh,	não	tem	por	que	fazê-lo!	-	grunhiu	ele	com	escárnio	-.	Posso	ver	tudo	com
meus	próprios	olhos!	Traição,	isso	é	o	que	é!	E	de	minha	própria	filha!	-	Estendeu
um	braço	para	assinalar	despectivamente	ao	homem	que	descia	pelos	degraus	e
adicionou-:	Nada	menos	que	com	este	maldito	bastardo!
-	Pai!	-	exclamou	Isabella,	sobressaltada	ante	semelhante	insulto-.	Este...	-	Também
ela	assinalou	ao	que	descia	as	escadas	-.	Este	senhor	é	o	cavalheiro	que	você
mesmo	enviou.	James	Chambers,	conforme	tenho	entendido.
O	estranho	de	rosto	desagradável	deu	um	passo	à	frente	e	inclinou	a	cabeça	com	a
expressão	aturdida.	Golpeou	seu	chapéu	para	atrair	a	atenção	dos	pressente	e
começou	a	gaguejar:
-	Eu...	e-eu	s-sou...	qui-quero	di-dizer...	ele...	É-ele	n-não	é..
-	Uf!
Este	último	foi	uma	abrupta	exalação	provocada	por	Charlie	quando	deu	um	passo
adiante	e	agitou	os	braços	em	um	gesto	de	total	desagrado.	O	homem	enxuto	sei
posto	de	lado,	ao	presenciar	a	cólera	do	pai.
-	Você,	mocinha	insensata!	Por	acaso	perdeu	a	razão?	Esse	não	é	James
Chambers!	-	Estendeu	violentamente	o	polegar	sobre	o	ombro	do	horrivel	homem	-.
Este	é	seu	homem!	Este!	-	Logo,	arqueou	as	pernas	e	assinalou	com	um	dedo
gordinho	ao	homem	que	se	encontrava	nos	degraus-.	Aquele!	Aquele	porco	sem
pai...!
Isabella	se	apoiou	contra	a	parede	e	fechou	os	olhos	com	força.	Já	podia	adivinhar
as	seguintes	palavras	de	seu	pai.
-...	Foi	quem	destroçou	o	braço	do	pobre	Seth!	O	senhor	Cullen!	Edward	Cullen,	é
esse!
-	Edward	Cullen?	-	Os	lábios	de	Isabella	se	moveram	sem	emitir	nenhum	som.	Abriu
os	olhos	e	procurou	o	rosto	de	seu	pai,	como	se	esperasse	encontrar	nele	a
negativa	do	que	acabava	de	ouvir.	Seu	olhar	se	desviou	para	o	estranho
desajeitado,	e	a	verdade	foi	muito	clara.	Esse	homem	não	era	muito	diferente	do
resto	dos	candidatos	que	seu	pai	lhe	tinha	estado	apresentando.
-	Você,	menina	estúpida!	-	prosseguiu	Charlie	com	veemência-.	Este	é	James
Chambers!	Não	esse	trapaceiro	presunçoso	com	quem	estava	se	abraçando!
Uma	sobressaltada	expressão	de	horror	atravessou	o	rosto	de	Isabella	quando
lançou	um	olhar	aos	cristalinos	olhos	verdes.	Edward	sorriu	com	compaixão.
-	Peço-lhe	mil	desculpas,	Isabella,	mas	acreditei	que	sabia.	Como	recordará,	eu
mesmo	insisti	em	perguntar-lhe.
O	desgosto	no	rosto	da	jovem	cedeu	seu	lugar	a	um	feroz	arrebatamento	de	ira.
Tinha	sido	vilmente	enganada!	E	seu	orgulho	exigia	uma	vingança.
Estendeu	um	braço	para	lançar	uma	violenta	bofetada	sobre	a	bronzeada	bochecha
de	Cullen.
-	Isto	é	da	parte	da	senhorita	Swan	para	você!
Edward	esfregou	a	bochecha	dolorida	e	riu	brandamente,	com	os	olhos	ainda
quentes	e	faiscantes.	Isabella	não	pôde	tolerar	esse	cativante	olhar	e	lhe	deu	as
costas.	Edward	Cullen	a	admirou	por	um	instante,	antes	de	desviar	a	atenção	para	o
pai	da	moça.
-	Vim	para	averiguar	os	pormenores	de	uma	dívida	que	você	prometeu	saldar,
senhor.	Pergunto-me	quando	posso	esperar	que	tal	acontecimento	tenha	lugar.
Charlie	afundou	timidamente	a	cabeça	entre	os	ombros	e	seu	rosto	avermelhou	de
repente.
Evitou	o	olhar	inquisidor	de	James	e	resmungou	algo	a	respeito	de	pagar	a	dívida	o
quanto	antes	possível.
Edward	caminhou	para	o	vestíbulo	para	tomar	seu	casaco	e	logo	voltou	a	colocar
novamente	o	casaco	em	seu	lugar.
-	Desejaria	que	pudesse	ser	mais	preciso	a	esse	respeito,	senhor	prefeito.	Não	me
agradaria	ter	que	abusar	de	sua	hospitalidade	com	muita	freqüência,	e	você
prometeu	me	pagar	no	prazo	de	um	mês.	Como	terá	advertido	esse	mês	já
transcorreu.
Charlie	fechou	os	punhos	com	violência,	mas	não	se	atreveu	a	apartar	de	ambos	os
lados	de	seu	corpo	por	temer	que	ao	menor	movimento	pudesse	ser	interpretado
como	um	desafio.
-	Mais	lhe	valerá	que	se	mantenha	afastado	desta	casa,	senhor	Cullen.	Não
permitirei	que	corteje	minha	filha.	Ela	está	a	ponto	de	casar-se	e	não	quero	que
você	interfira	nas	bodas.
-	Ah,	sim,	ouvi	alguns	rumores	a	respeito	-	assentiu	Edward	com	um	sorriso
sarcástico	-.	No	primeiro	momento	ao	conhecê-la,	surpreendeu-me	que	você	não
tivesse	tido	êxito;	embora	me	parece	bastante	injusto	que	a	jovem	tenha	que	pagar
durante	o	resto	de	seus	dias	por	uma	dívida	de	seu	pai.
-	Minha	filha	não	é	assunto	teu!
Embora	James	Chambers	tivesse	saltado	para	trás	a	cada	um	dos	gritos	ofuscados
de	Charlie,	o	rosto	ligeiramente	sorridente	de	Edward	tinha	permanecido	impávido.
Sem	dar	amostras	da	menor	perturbação,	replicou:
-	Detesto	pensar	que	a	jovem	se	verá	forçada	a	desposar-se	por	causa	de	uma
dívida	da	qual	sou	credor.
Charlie	afogou	uma	exclamação	de	surpresa.
-	Seriamente?	Não	estará	pensando	em	esquecer	a	dívida,	ou	sim?	A	gargalhada
de	Edward	dissipou	a	ilusão.
-	De	maneira	nenhuma!	Mas	como	tenho	olhos,	dou-me	conta	de	que	sua	filha
poderia	ser	uma	encantadora	companheira.	Estaria	disposto	a	prolongar	o	prazo	do
pagamento,	se	você	me	permitisse	cortejá-la.	-	encolheu-se	de	ombros	com
naturalidade.	Quem	sabe	o	que	poderia	ocorrer	mais	adiante.
Charlie	quase	engasgou	ante	semelhante	sugestão.
-	Chantagem	e	corrupção!	Preferiria	vê-la	morta,	antes	que	enredada	com	tipos
como	você!
Edward	lançou	um	olhar	a	James,	que	espremia	nervosamente	o	chapéu	contra	seu
peito.	Quando	voltou	os	olhos	para	o	prefeito,	seu	sarcasmo	foi	sutil,	embora	direto.
-	Certamente,	imagino	que	sim.
Charlie	se	encolerizou	ante	tamanho	escárnio.	Sabia	que	o	aspecto	de	James	não
era	muito	agradável,	mas	o	homem	possuía	uma	considerável	fortuna.	Além	disso,
seria	melhor	para	sua	filha	evitar	o	matrimônio	com	um	arrumado	libertino,	que	não
faria	mais	que	curvá-la	com	uma	fileira	de	moleques	malcriados.	Chambers	era
bastante	apropriado	para	as	necessidades	da	jovem.	Claro	que,	logo	depois	de
havê-la	visto	com	o	demônio	do	Cullen,	poderia	chegar	a	titubear	antes	de	propor
casamento,	por	temor	de	receber	uma	mercadoria	corrupta.
-	Há	um	sem-fim	de	candidatos	que,	com	muito	gosto,	estariam	dispostos	a	pagar	o
preço	da	noiva	-	insistiu	Charlie,	no	caso	de	James	abrigar	alguma	dúvida-.	Todos
homens	o	suficientemente	sábios	para	imaginar	os	tesouros	que	essa	jovem
poderia	oferecer-lhes,	e	incapazes	de	injuriar	sua	linhagem.
Edward	se	voltou	para	Isabella	para	lhe	presentear	com	um	sorriso	inclinado.
-	Suponho	que	isto	signifique	que	já	não	serei	bem-vindo	neste	lugar.
-	Saia!	E	não	volte	a	pisar	na	soleira	desta	casa!	-	grito	ela,	lutando	para	reprimir
algumas	lágrimas	de	ira	e	humilhação.	Seus	lábios	se	curvaram	com	desprezo	e
seus	olhos	arderam	indignados-.	Se	fosse	um	trapaceiro	sujo	e	maltratado	o	único
homem	sobre	a	terra,	com	segurança	escolheriaa	ele	antes	que	a	você!
Edward	deslizou	o	olhar	pela	linda	figura	da	jovem.
-	Quanto	a	mim,	Isabella,	se	encontrá-la	caída	ante	meus	olhos,	jamais	ousaria
cruzar	por	cima	de	seu	corpo	para	alcançar	as	mais	transbordantes	cabeça	de	gado
do	outro	lado	do	caminho.	-	Sorriu	com	ironia	quando	voltou	a	olhá-la	nos	olhos-.
Seria	uma	tolice	mortificar	a	mim	mesmo,	só	para	defender	meu	orgulho.
-	Fora!	-	A	palavra	abandonou	os	lábios	da	jovem	ressentidamente,	ao	tempo	que
seu	braço	se	estendia	em	direção	à	porta.
Edward	fez	uma	breve	e	zombadora	reverência	e	caminhou	para	o	cabide	onde
estava	pendurado	seu	casaco.	Charlie	sujeitou	com	violência	o	braço	de	sua	filha	e
a	arastou	para	a	sala.
-	Agora	me	dirá	que	diabos	foi	tudo	isto	-	falou	o	prefeito	com	fúria-.	Eu	saio	em
meio	de	uma	terrível	tormenta,	arriscando	minha	delicada	saúde,	para	ir	em	busca
de	seu	apaixonado	e,	ao	retornar,	encontro-te	se	jogando	nos	braços	desse	tipo!	.
-	James	Chambers	não	é	meu	apaixonado!	-	corrigiu-lhe	Isabella	em	um	premente
sussurro-.	Não	é	mais	que	outro	homem,	a	quem	trouxeste	para	que	me
inspecionasse,	como	se	eu	fosse	um	cavalo	em	exposição.	Além	disso,	não	estava
me	jogando	nos	braços	de	ninguém!	Só	tropecei,	e	Edward...	o	senhor	Cullen	me
sujeitou	para	que	não	caísse.
-	Vi	muito	bem	o	que	tentava	fazer	esse	miserável!	Estava	te	manuseando,	isso	sim!
-	Por	favor,	pai,	abaixe	a	voz	-	suplicou-lhe	ela-.	Não	aconteceu	nada	que	você
pensas.
À	medida	que	se	desenvolvia	a	disputa	e	o	tom	de	voz	do	Charlie	se	elevava,
James	Chambers	retorcia	seu	chapéu	com	lastimosa	incerteza.	Presa	do	pânico,	o
homem	descarnado	de	cabelo	opaco	e	rosto	vulgar	não	cessava	de	lançar	repetidas
olhadas	para	a	sala.
-	Acredito	que	a	discussão	os	manterá	ocupados	durante	um	longo	momento	-
declarou	Edward,	enquanto	vestia	o	casaco.	Quando	James	lhe	olhou,	ele	assinalou
com	a	cabeça	os	dois	briguentos	que	brigavam	na	sala-.	Uma	taça	de	rum	lhe
ajudará	a	serenar.	Ou,	talvez,	você	prefira	me	acompanhar	e	comer	algo	na
estalagem.	Pode	retornar	aqui	mais	tarde,	se	assim	o	desejar.
-	Bom...	né...	acredito	que...	-	Os	olhos	do	James	se	dilataram	quando	ouviu	um
estrondoso	grito	proveniente	da	habitação	contigüa,	e	tomou	uma	pronta	decisão-.
Acredito	que	aceitarei,	senhor.	Muito	obrigado.	-	Sacudiu	com	estupidez	seu
chapéu,	subitamente	agradecido	por	qualquer	desculpa	que	lhe	permitisse
abandonar	o	quanto	antes	o	lugar.
Edward	ocultou	um	sorriso	divertido	e	abriu	a	porta,	cedendo	o	passo	ao	outro
homem.	Ao	receber	o	vento	gelado	e	a	persistente	chuva	sobre	o	rosto,	James
estremeceu	e	levantou	com	urgência	o	pescoço	de	seu	casaco.	Seu	nariz
avermelhou	instantaneamente	e	pareceu	acender-se	como	a	luz	de	um	enorme
farol.	Colocouum	par	de	luvas	puídas	e	cobriu	a	garganta	com	um	cachecol
desfiado.	Edward	enrugou	o	cenho	com	expressão	cética.	Se	esse	homem	possuía
uma	fortuna,	não	haveria	muitos	indícios	que	evidenciassem	o	fato.	Seu	aspecto	era
o	de	um	contável	esforçado	que	vive	da	mesquinha	esmola	de	um	miserável	patrão.
Sem	dúvida,	seria	interessante	ver	até	onde	podia	o	homem	escavar	seu	bolso,	em
caso	de	acontecer	uma	disputa	para	ganhar	a	bela	mão	de	Isabella	Swan.
A	porta	de	entrada	se	fechou	brandamente,	mas	com	o	mesmo	efeito	que	o
repentino	estrondo	de	um	trovão.	O	inesperado	som	distraiu	Charlie	de	sua	briga,
voltou	para	vestíbulo	e	descobriu	que	não	só	partiu	Edward	Cullen,	mas	também
também	James	Chambers.	Com	grunhido	de	desespero,	o	prefeito	voltou	a	dirigir-se
a	sua	filha	e	levantou	os	braços	com	violência.
-	Olhe	o	que	tem	feito!	Por	sua	estupidez,	perdemos	outro	candidato!	Maldição,
menina!	Será	melhor	que	me	diga	por	que	deixou	entrar	esse	velhaco	em	minha
casa,	ou	destroçarei	suas	costas	a	chicotadas!
Isabella	esfregou	o	cotovelo,	ainda	dolorido	pela	violenta	sacudida	de	seu	pai.
Jogou	um	olhar	ao	canto	vazio	da	entrada	e	experimentou	uma	sensação	de	júbilo
por	ter	obtido,	ao	menos,	jogar	esse	arrogante	patife	para	fora	de	sua	casa.
Também	se	sentiu	extremamente	aliviada	pelo	fato	de	que	James	tivesse	optado
por	partir	com	ele.
Entretanto,	embargou-a	deste	modo	uma	estranha	sensação	de	perda,	como	se
algo	bom	e	incrivelmente	agradável	se	afastasse	de	sua	vida	para	sempre.	Falou
com	cuidado,	enfatizando	cada	uma	de	suas	palavras,	quando	tentou	se	explicar
uma	vez	mais.
-	Nunca	antes	tinha	visto	Edward	Cullen,	pai,	e	tanto	suas	descrições,	como	as	de
Seth,	sempre	foram	menos	que	precisas.	Disse-me	que	James	Chambers	se
encontrava	a	caminho	e,	quando	o	homem	chegou,	supus	que	era	ele.	-	voltou-se,
para	refletir	em	silêncio.	«	E	que	besta	infame	foi	ele,	também,	se	atrever	a	me
seduzir	dessa	forma	e	permitir	que	o	confundisse	com	outro	homem!»
Charlie	falou	em	um	tom	de	soluço:
-	Minha	filha	conduz	a	meu	pior	inimigo	até	os	dormitórios	de	minha	própria	casa,	e
só	os	Santos	sabem	o	que	ocorreu.	E	logo,	me	diz	que	tudo	foi	um	engano.	Um
mero	engano.
Isabella	chutou	o	chão	com	frustração.
-	Foi	por	Seth,	pai!	Chegou	aqui	ébrio	e	se	deprimiu	no	chão.	Justo	ali	onde	estava
você!	E	o	senhor	Cham...	quero	dizer,	o	senhor	Cullen	foi	o	suficiente	amável	para
lhe	levar	a	seu	dormitório.
Charlie	emitiu	um	rugido	e	seus	olhos	lançaram	labaredas.
-	Você	permitiu	que	esse	desgraçado	voltasse	a	pôr	as	mãos	em	cima	de	meu
pobre	e	indefeso	Seth?
-	Não	lhe	machucou.	-	Morta	de	verganha,	Isabella	esfregou	o	puído	tapete	com	o
pé,	e	resmungou	para	si	-	Foi	de	mim	de	que	abusou.
Sua	resposta	não	conseguiu	apaziguar	a	ira	de	seu	pai.
-	Meu	Deus!	Faz-lhe	ficar	como	um	santo	condenado!	-	não	lhe	machucou»	-
arremedou	com	voz	gritante	e	estendeu	um	dedo	acusador	para	a	porta-.	Em
primeiro	lugar,	foi	esse	demônio	que	arruinou	o	meu	pobre	Seth.	O	mesmo	diabo
com	que	você	estava	paquerando!
Isabella	afogou	uma	exclamação	ante	semelhante	calunia.	-	Paquerando!	Pai!
Levamos	Seth	para	cama	e,	quando	comecei	a	descer	as	escadas,	tropecei.	Ele	me
sujeitou!	Salvou-me	de	uma	queda!	Isso,	pai,	isso	foi	tudo	o	que	aconteceu.
-	Foi	o	suficiente!	–	Charlie	voltou	a	levantar	as	mãos	com	violência,	para	logo	as
entrelaçar	detrás	das	costas	e	caminhar	inquieto	frente	ao	lareira	acesa	-.	Foi
suficiente	-	repetiu	por	cima	do	ombro	-	para	brindar	ao	bom	Chambers	uma	clara
imagem	de	sua	prometida	enredada	nos	braços	de	outro	homem.	Pois	bem,	agora
possivelmente	se	encontre	a	metade	do	caminho	de	retorno	a	York.
Isabella	deixou	escapar	um	suspiro	de	frustração.
-	Pai,	James	Chambers	nunca	foi	meu	prometido.	Não	foi	mais	que	outro	de	seus
preciosos	candidatos.
Charlie	sacudiu	a	cabeça	com	pesar	e	grunhiu:
-	Só	outro.	E	cada	vez	são	menos.	Sem	um	dote,	é	quase	impossível	convencer-los
de	que	será	uma	boa	esposa.	-	Sua	cólera	encontrou	um	novo	incentivo-.	E,	além
disso,	a	você	e	suas	mirabolantes	ideias	sobre	o	matrimônio.	Terá	que	respeitar	e
querer	o	fulano	com	quem	se	casa,	isso	sim.	Ora!	Não	é	mais	que	uma	desculpa
para	rechaçar	a	todos.	Trouxe-te	o	melhor	e,	mesmo	assim,	despreza-os.
-	O	melhor?	-	mofou-se	Isabella	-	Diz	que	me	trouxeste	o	melhor?	Apresentaste	um
glutão	obeso	e	asmático,	a	um	ancião	semiciego,	a	um	avaro	ossudo	e	com
verrugas	peludas	nas	bochechas.	E	ousa	dizer	que	me	trouxestes	o	melhor?
Charlie	se	deteve	e	olhou	a	sua	filha	com	recriminação.
-	Eram	todos	homens	honestos,	de	reputação	irrepreensível	e	excelente	linhagem,	e
cada	um	deles	era	dono	de	um	rico	bolso.
-	Pai	–	Isabella	adotou	um	tom	suplicante	-,	me	traga	um	cavalheiro	jovem,	um	de
boa	fortuna,	e	prometo	te	amar	e	satisfazer	todas	suas	necessidades	e	desejos	até
o	dia	de	sua	morte.
Charlie	lhe	lançou	um	olhar	displicente	e	se	ergueu,	adotando	sua	pose	mais
intelectual.
-	Agora	bem,	filha,	é	óbvio	que	sua	forma	de	pensar	não	é	a	adequada.
Se	tivesse	tido	Isabella	uma	cadeira	a	seu	lado,	teria	se	deixado	cair	com	total
desgosto.	Não	havendo	cadeira,	só	pôde	dar	de	presente	a	seu	pai	com	um	olharinexpressivo.
-	Agora,	me	escute	bem,	menina.	Vou	te	dar	um	sábio	conselho.	-	Apontou-lhe	com
o	dedo	para	enfatizar	suas	palavras	-.	Há	coisas	mais	importantes	em	um	homem
que	um	rosto	de	aparência	agradável	e	um	par	de	ombros	largos.	Olhe	o	seu
apreciado	senhor	Cullen,	por	exemplo.
Isabella	deu	um	chute	ante	a	menção	desse	nome,	e	apertou	os	dentes	com	força
para	conter	uma	corrente	de	acalorados	insultos.	Muito	descarado!	Tinha-a
enganado	deliberadamente!
-	Pois	bem,	ali	tem	a	um	grande	ardiloso.	Sempre	tramando	alguma	mutreta	para
levar	a	ventania	sobre	os	outros.
Isabella	quase	assentiu,	mas	se	conteve.	O	homem	tinha	aproveitado	a	confusão
dela	para	se	divertir	a	seu	prazer,	e	se	sentia	profundamente	ferida	em	seu	orgulho
ao	pensar	na	forma	em	que	tinha	sido	enganada.
-	É	um	cabavalheiro	tão	rico,	que	suponho	que	todas	essas	rameiras	do	porto
estariam	orgulhosas	de	jogar-se	em	seus	braços,	mas	nenhuma	dama	decente
ousaria	enredar-se	com	os	de	sua	classe.	Não	faria	mais	que	lhe	encher	a	barriga
de	bebês,	sem	nem	sequer	uma	promessa	de	matrimônio.	E,	embora	conseguisse
lhe	fazer	seu	marido,	coisa	que	duvido,	não	demoraria	para	se	cansar	de	ti	e	te
abandonar	sem	nenhuma	outra	explicação.	É	assim	se	comportam	esses	galãs	de
aparência	agradável.	Parecem	tão	orgulhosos	do	que	ocultam	seus	calções,	como
de	seu	bonito	aspecto.
Isabella	corou	dos	pés	a	cabeça,	ao	recordar	onde	se	posaram	seus	olhos	durante
um	breve	instante,	com	a	mesma	curiosidade	que	a	de	qualquer	outra	virgem
impressionada.
-	É	verdade	que	Cullen	é	bastante	arrumado,	se	é	que	você	gosta	de	rosto	firme	e
ossudo.	–	Charlie	esfregou	seu	flácido	rosto	com	papadas	e	nódulos.	-	Mas,	para
aqueles	que	sabem,	esse	homem	é	frígido,	isso	é	o	que	é.	Qualquer	um	pode	notar
em	seus	olhos.
Isabella	recordou	a	calidez	dessas	profundidades	cristalinas	e	não	pôde	menos	que
duvidar	da	exatidão	do	comentário	de	seu	pai.	Havia,	nesses	olhos	verdes,	uma
dose	de	intensidade	e	de	vida	que	ninguém	podia	negar.
Charlie	prosseguiu	com	sua	discussão.
-	Com	essas	atitudes	embusteiras	e	arrogantes	que	tem,	compadeço	da	pobre
mulher	que	se	despose	com	ele.
Mesmo	que	detestando	o	homem,	Isabella	teve	que	discordar	novamente	da	opinião
de	seu	progenitor.	Sem	lugar	a	dúvidas,	a	esposa	de	Edward	Cullen	seria	muito
mais	digna	de	inveja	do	que	de	lástima.
-	Não	tem	por	que	preocupar-se,	pai.	-	A	jovem	sorriu	com	certo	pesar-.	Nunca	mais
me	deixarei	enganar	pelas	artimanhas	do	senhor	Cullen.
Logo	depois	de	desculpar-se,	Isabella	subiu	as	escadas	e	se	deteve	um	instante
frente	ao	quarto	de	Seth.	Os	roncos	continuavam	inalteráveis.	Sem	dúvida,	o	moço
dormiria	durante	o	resto	do	dia,	para	logo,	ao	chegar	à	noite,	sair	e	embriagar-se
mais	uma	vez.
Franziu	ligeiramente	o	sobrecenho	e	olhou	a	seu	redor.	Flutuava	no	corredor	uma
leve	fragrância	masculina	e,	por	um	curto	momento,	os	olhos	verdes	com	brilhos
cinzentos	atravessaram	sua	mente,	para	insinuar	aquilo	que	os	lábios	retos	e
poderosos	não	se	dignaram	a	expressar.	Sacudiu	a	cabeça	para	apagar	essa
imagem,	e	avistou	o	primeiro	degrau	da	escada.	A	lembrança	da	forma	em	que	ele	a
tinha	tomado	entre	seus	braços	a	fez	estremecer.	Quase	podia	sentir	esses	braços
de	ferro	ao	redor	de	seu	corpo	e	a	delicada	firmeza	desse	musculoso	peito	contra
seus	seios.
Sentiu	o	rosto	pegar	fogo	ao	precaver	do	tortuoso	curso	que	tinham	tomado	seus
pensamentos,	e	correu	para	sua	habitação,	para	se	jogar	na	cama	e	olhar	fixamente
através	da	janela	salpicada	pela	chuva.	Os	delicados	sarcasmos	do	Cullen
retumbaram	pelas	paredes	de	sua	mente.
Caída!	Cruzar!	Cabeça	de	gado!
De	repente,	seus	olhos	se	dilataram	enfurecidos,	quando	compreendeu	o
verdadeiro	significado	dessas	palavras.	Não	era	adulador	absolutamente	o	fato	de
saber	que	ele	não	ousaria	pisoteá-la	com	o	propósito	de	apanhar	uma	vaca.
Amaldiçoou	a	língua	loquaz	desse	homem,	e	reprovou	a	si	mesmo	por	não	ter
interpretado	imediatamente	o	sentido	real	desse	sarcasmo.	Deixou	escapar	um
gemido	de	agonia	e	girou	sobre	suas	costas,	para	observar	as	fissuras	que
atravessavam	o	céu	raso,	e	ao	vidro	molhado,	isto	pouco	fizeram	para	aplacar	o
tortura	de	sua	mente.
Abaixo,	na	sala,	Charlie	continuava	caminhando	enlouquecido.
Encontrar	um	rico	marido	para	sua	filha	estava	resultando	ser	a	tarefa	mais	difícil
que	tivesse	empreendido.	Era	realmente	irônico	que,	justo	quando	James
Chambers	estava	entusiasmando	a	idéia	de	tomar	a	uma	donzela	jovem	e	formosa
por	esposa,	o	patife	do	Cullen,	não	contente	com	o	dano	que	já	tinha	causado	à
família	Swan,	aparecesse	em	cena	para	desbaratar	todos	os	planos.
-	Maldição!	–	Charlie	golpeou	sua	palma	com	o	punho,	e	logo	foi	em	busca	de	uma
bebida	forte	para	acalmar	tanto	a	dor	da	mão	como	a	do	espírito.	Voltou	a	caminhar
enlouquecido	pela	habitação,	sem	deixar	de	amaldiçoar	sua	sorte	-.	Diabo!
Maldição!
Tinha	começado	a	abrir-se	caminho	às	ordens	de	Sua	Majestade	quando,
acidentalmente,	durante	um	confronto	contra	os	rebeldes	irlandeses,	tinha	salva	o
Barão	Rothsman	de	cair	prisioneiro.	Como	amostra	de	sua	infinita	gratidão,	o	barão
tinha	persuadido	ao	amadurecido	capitão	que	se	retirasse	do	exército	da	coroa	para
somar-se	a	seu	séquito	na	corte	de	Londres.	Respaldado	pelas	influências	do
barão,	o	senhor	Swan	tinha	progredido	rapidamente	através	dos	diversos	níveis	da
política.
Os	olhos	de	Charlie	adquiriram	uma	expressão	distante,	enquanto	bebia	um
segundo	gole	da	potente	bebida.
Ainda	vivída	na	memória	a	lembrança	desses	tempos	ditosos,	um	interminável
torvelinho	de	conferências	e	reuniões	durante	o	dia,	e	pomposos	bailes	e	eventos
sociais	na	noite.	E	foi	em	uma	dessas	festas	onde	tinha	conhecido	a	jovem	e	bela
viúva,	de	cabelo	claro	e	excepcional	estirpe,	que,	até	com	olhos	permanemente
tristes,	não	tinha	rechaçado	as	cuidados	do	incipiente	grisalho	senhor	Swan.	Charlie
descobriu	que	o	primeiro	marido	da	dama	tinha	sido	um	rebelde	irlandês,	que	tinha
encontrado	a	morte	em	uma	das	prisões	do	reino	pouco	depois	das	bodas.	Mas,
para	então,	Charlie	já	estava	locamente	apaixonado	e,	sem	lhe	importar	que	a
jovem	tivesse	amado	a	um	de	seus	inimigos	mais	acérrimos,	pressionou-a	a	aceitar
sua	proposta	de	matrimônio.
Nasceu,	então,	o	primeiro	filho:	uma	menina	de	cachos	tão	avermelhados,	como
claros	eram	os	de	sua	mãe.	Dois	anos	mais	tarde,	chegou	o	menino,	de	cabelo
pardo	e	tez	avermelhada	como	seu	pai.	Um	ano	depois	da	chegada	do	filho,	Charlie
Swan	voltou	a	subir	em	seu	trabalho.	O	novo	posto	lhe	conduzia	responsabilidades
que	escapavam	a	seu	nível	de	idoneidade,	mas	lhe	permitiu	introduzir-se	nos
exclusivos	clubes	privados	de	Londres	e	participar	das	grandiosas	aposta	dos	jogos
de	azar	que	desenvolviam-se	entre	os	distinguidos	muros	de	veludo.	Deslumbrado
pela	nova	forma	de	vida,	Swan	fez	caso	omisso	das	advertências	de	sua	mulher	e
se	dedicou	ao	jogo,	sem	advertir	o	final	que	lhe	aguardava,	como	um	peru	que	se
deixa	abarrotar	até	a	indigestão	antes	de	ser	levado	a	assador.
Sua	corrupção	no	jogo	e	inépcia	no	trabalho	foram	tal	objeto	de	abafado	para	o
Rothsman,	e	o	barão	se	recusou	a	atender	suas	petições.	Também	Renée	Swan
sofreu	a	sua	maneira.	Pouco	a	pouco,	viu	consumir-se	sua	fortuna	pessoal,	até	que
a	único	dote	que	pôde	legar	a	sua	filha	foi	aquilo	que	jamais	poderia	lhe	ser
arrebatado:	uma	educação	e	uma	escrupulosa	preparação	para	converter-se	em
excelente	esposa,	qualquer	que	fosse	o	nível	que	a	moça	escolhesse.
-	Maldita	estupidez!	-	grunhiu	Charlie	-.	Com	o	dinheiro	que	essa	mulher	dilapidou
nessa	moleca	tola...,	eu	ainda	poderia	estar	vivendo	em	Londres.
Destituído	de	seu	cargo	naquela	cidade	três	anos	atrás,	Swan	tinha	sido	banido
para	o	norte	da	Inglaterra,	onde	foi	renomado	prefeito	do	Mawbry,	sob	as
cuidadosas	diretrizes	de	Lorde	Talbot	no	cumprimento	de	suas	simples	e	limitadas
tarefas.	Ao	abandonar	Londres,	Charlie	tinha	deixado	pendentes	suas	dívidas,	sem
preocupar-secom	a	prisão	para	devedores,	já	que,	com	segurança,	as	terras	do
norte	lhe	brindariam	um	seguro	refúgio	para	ocultar-se	sem	ser	descoberto.	Era
uma	oportunidade	de	começar	tudo	de	novo	com	as	mãos	limpas	e	demonstrar	a	si
mesmo	que	era	um	homem	de	grande	inteligência.
Então,	sobreveio	à	morte	da	Renée,	e	Charlie	atravessou	um	breve	período	de	luto.
Até	que	uma	partida	de	naipes	pareceu	ajudá-lo	a	superar	a	perda	e,	pouco	tempo
depois,	adquiriu	o	hábito	de	partir	com	o	Seth	em	excursões	de	fim	de	semana	para
o	Wirkinton,	ou	de	reunir-se	com	seus	camaradas	na	estalagem	do	Mawbry	para
uma	ou	duas	partidas	de	naipes	durante	a	semana.	Em	sua	insaciável	busca	de
jogos	de	azar,	visitava	freqüentemente	a	zona	portuária,	onde	estava	seguro	de
encontrar	rostos	novos	e	bolsos	repletos.	Alguns	dos	homens	podiam	ter	suspeitado
que	sua	habilidade	com	os	naipes	se	devia	mais	a	sua	agilidade	de	dedos	que	a
sua	sorte,	mas	um	marinheiro	pobre	jamais	ousaria	falar	contra	um	oficial.	Assim,
ele	só	jogava	mão	a	seus	talentos	quando	as	apostas	eram	altas,	ou	quando
necessitava	o	dinheiro.	Não	era	tão	egoísta	para	opor-se	a	compartilhar	uma	porção
de	seu	prêmio	em	uma	ou	duas	rondas	de	ale(cerveja)	ou	rum,	mas	os	homens	do
mar	eram,	pelo	general,	maus	perdedores,	especialmente	essa	bagunceira,	matreira
raça	de	ianques,	e	Charlie	suspeitava	que	mais	de	um	tinha	ido	queixar	se	a	seus
oficiais.	Amaldiçoou-se	a	si	mesmo	quando	Edward	Cullen	o	convidou	a	somar-se	à
partida,	mas	os	capitães	do	mar	estavam	acostumados	a	ser	fáceis	de	identificar,	e
Cullen	não	lhe	tinha	parecido	dessa	classe.	Ao	contrário,	o	homem	lhe	tinha	dado	a
impressão	de	ser	um	cavalheiro	de	vida	ociosa,	ou	um	cavalheiro	elegante.	Sua
linguagem	tinha	sido	tão	precisa	e	refinada	como	o	de	qualquer	lorde	da	corte	e
suas	maneiras,	impecáveis.	Não	tinha	havido	nenhuma	evidência	que	indicasse	que
o	homem	era	o	dono	do	navio	ancorado	no	porto	e	de	toda	uma	maldita	frota	de
navios	de	igual	tamanho.
A	grandiosa	fortuna	do	ianque	era	assombrosa,	e	Charlie	se	propos	a	lhe	arrebatar
uma	considerável	soma.	Tinha-lhe	cozido	o	sangue	ante	o	excitante	desafio	de
apostar	contra	um	cavalheiro	endinheirado.	Qualquer	que	fosse	o	resultado,	essa
prometia	ser	uma	partida	emocionante.	Numerosos	marinheiros	e	suas	rameiras	se
congregaram	ao	redor	da	mesa.	Durante	um	momento,	Charlie	tinha	jogado	com
honestidade,	permitindo	que	a	caprichosa	sorte	decidisse	seu	destino.	Logo,	à
medida	que	as	apostas	aumentavam,	tinha	começado	a	desdobrar	sua	tática,
retendo	os	naipes	que	necessitava.	Ao	outro	lado	da	mesa,	esses	olhos	traiçoeiros
não	tinham	cessado	de	observá-lo	e	em	nenhum	momento	se	apagou	o
imperturbável	sorriso	desse	rosto	bronzeado.	Assim,	quando	Cullen	lhe	tinha
aproximado	para	lhe	abrir	a	jaqueta	e	descobrir,	ante	a	vista	de	todos,	os	naipes
ocultos,	Charlie	tinha	ficado	completamente	aniquilado	pela	surpresa.	Em	seus
esforços	por	idear	a	melhor	forma	de	negar	a	acusação,	só	tinha	balbuciado	sons
indecifráveis.	A	ninguém	tinham	cometido	suas	violentas	negativas	e,	até	mesmo	se
recordava	ter	sido	cuidadoso	em	sua	busca	ao	redor	de	ajuda,	nenhuma	só	alma
lhe	tinha	emprestado	seu	apoio,	até	que	Seth	entrou	e	correu	para	defender	a	honra
de	seu	pai.	Não	sendo	a	sensatez	uma	de	suas	melhores	virtudes,	o	jovem	Swan
tinha	desafiado	acaloradamente	ao	estranho.
Uma	sombra	turva	obscureceu	os	olhos	do	Charlie.	Sua	negligência	tinha	sido	a
causa	direta	da	invalidez	de	seu	filho,	sabia,	mas,	como	podia	admiti-lo	ante
qualquer	um	exceto	ante	si	mesmo?	Tinha	esperado	que	Seth	pudesse	matar	ao
homem,	cancelando	assim	a	dívida.	Duas	mil	libras	devia	ao	velhaco!	Por	que	a
sorte	não	podia	favorecê-lo	tão	somente	uma	vez?	Por	que	Sethl	não	tinha	podido
matá-lo?	Mesmo	o	Cullen	sendoa	o	dono	de	uma	poderosa	frota	de	navios,
ninguém	na	Inglaterra	lamentaria	sua	morte.	O	homem	era	um	forasteiro.	Um
despresivél	ianque!
Um	violento	grunhido	transformou	o	rosto	Charlie,	quando	recordou	a	alegria	dos
marinheiros	do	casco	de	navio	ianque	Alice	ao	finalizar	a	partida.	Ainda	podia	vê-los
rir	e	aplaudir	as	costas	do	inimigo,	a	quem	respetuosamente	chamavam	senhor
Cullen.	Sem	dúvida,	tinham	desfrutado	da	vitória	do	homem	e	tivessem	estado
dispostos	a	iniciar	uma	luta	para	defendê-lo.	Tudo	tinha	resultado	bem	para	o
ianque,	mas	nada	tinha	ficado	para	orgulhar	aos	Swan.	O	rumor	se	estendeu	mais
velozmente	que	a	praga,	e	Charlie	tinha	sido	pontuado	de	trapaceiro.	Seus	credores
tinham	começado	a	atormentá-lo,	cancelando	todas	suas	contas	e	lhe	exigindo	o
pagamento	das	dívidas.
Os	grossos	e	arredondados	ombros	do	Charlie	desabaram	cansadamente.
-	O	que	se	supõe	que	deva	fazer	agora	um	pobre	pai	abatido?	Um	filho	inválido!
Uma	filha	arrogante	e	seletiva!	Como	conseguiremos	sair	disso?
Sua	mente	começou	a	agitar-se	lentamente,	enquanto	decidia	seus	próximos
movimentos	para	desposar	a	sua	filha.	Um	rico	comerciante	do	Wirkinton	lhe	tinha
parecido	ansioso	por	conhecer	Isabella,	depois	de	haver	escutado	ele	fazer	alarde
da	beleza	e	o	abundante	talento	da	jovem.	Apesar	de	ser	um	ancião,	Caius
Goodfield	era	inclinado	a	gozar	da	companhia	de	uma	jovem	dama,	e	com
segurança	se	sentiria	atraído	pela	menina	Swan.	O	único	defeito	que	Charlie	via
nesse	homem	era	sua	desmesurada	avareza.	Porém,	com	uma	moça	doce	que
enfraquecesse	seu	sangue	e	sua	cama,	Caius	poderia	chegar	a	tornar-se	muito
mais	generoso.	E,	certamente,	sua	avançada	idade	dificilmente	lhe	permitiria	viver
muitos	anos	mais.	Charlie	visualizou	a	imagem	de	uma	Isabella	viúva	e	enriquecida.
Iria	converter	seu	sonho	em	realidade,	ele	poderia	voltar	a	gozar	dos	abundantes
tesouros	da	vida.
Esfregou	a	bochecha	áspera,	e	um	sorriso	malicioso	se	desenhou	em	seus	lábios.
Faria-o!	Pela	manhã,	viajaria	ao	Wirkinton	para	lhe	expor	a	proposta	ao	ancião
comerciante.	Tinha	certeza	de	que	o	homem	aceitaria.	Logo,	anunciaria	as	boas
novas	a	sua	filha,	e	ambos	iriam	ver	Caius	Goodfield.	É	obvio,	Charlie	sabia	que	a
Isabella	não	agradaria	a	eleição,	mas	teria	que	aceitar.	Depois	de	tudo,	sua	mãe
também	o	tinha	feito.
Animado	pelo	projeto,	Charlie	bebeu	outro	gole	de	licor	para	celebrar	sua	decisão.
Logo,	levantou-se	e	ajustou	o	chapéu	sobre	a	cabeça.	Um	grupo	de	amigos
estariam	apostando	sobre	as	marmitas	de	gado	que	logo	levariam	ao	mercado	de
Mawbry:	a	primeira	aposta	seria	de	ovelhas,	ou	de	porcos,	e	coisas	do	estilo.	Posto
que	Caius	Goodfield	ia	formar	parte	da	família,	logo	poderia	voltar	para	as	apostas
tranqüilamente.
Gostaram?
Meninas...	pensem	em	um	livro	dificil	de	adaptar...	Essa	adaptação	está	sendo	a
mais	dificil	que	já	adaptei...	Eu	já	adaptei	a	historia	toda,	mais	estou	corrigindo	e
trocando	as	palavras	dificeis	e	incompriensiveis	por	palavras	mais	faceis...	Esse
livro	é	muito	lindo	mesmo,	mais	será	um	desafio	para	mim	*-*...	E	eu	adoro	desafios
U.U
Esse	pai	da	Bella	é	pior	do	que	vocês	imaginam,	esse	homem	vai	revoltar	geral,	e
causar	tanto	odio	em	vocês,	que	eu	deixo	vocês	ofenderem	ele!	Mais	ainda	está
faltando	aparecer	o	Lorde	Masen...	E...	Eu	tenho	que	confessar...	pensa	em	um
homem	TUDO	DE	BOM!	EU	queria	um	pra	mim...	Me	desculpe	Edward	:(...	Mas
esse	homem	deformado	e	misterioso,	vai	conquistar	vocês	também!
Então	meus	amoresss...	Até	amanhã	(domingo)...	Fiquem	com	o	papai	do	seu,	e
que	Ele	no	seu	infinito	amor	abençõe	nosso	dia,	nossas	vidas,	e	familias...
Robsteijooosssss
Chapter	4
BOMMMMM	DIAAAAA	MEUS	AMORESSS...	Tudo	bem	com	vocês?	Espero	que
sim!	Desculpe	não	ter	postado	antes...	Mas	não	estava	me	sentindo	bem!	Mas
agora	que	estou	novinha	em	folha	novamente...	Estou	postando	pra	vocês	mais	um
capitulo	para	conhecerem	melhor	as	intenções	do	Edward...	Boa	leitura...	Nos
vemos	lá	embaixo¬
O	salão	da	estalagem	«O	javali	de	Mawbry»,	lugar	de	reunião	adequado	para
forasteiros	e	aldeãos,	sempre	contava,	com	no	mínimo,	a	presença	de	um	ou	dois
paroquianos.	Gigantescas	colunas	de	madeira	sustentavam

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