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APOSTILA DE
SGI
Professor Odelson de souza
opereira@niltonlins.br
Segurança do Trabalho
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................7 2 
CONCEITUAÇÃO DO SGIMASST ...............................................................9 2.1
Definição de Sistema de Gestão ..................................................................9 2.2
Abordagem por Processos 9 2.3 
Introdução ao Sistema de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho ......1 2.4 
Introdução ao Sistema de Gestão do Meio Ambiente ................................13 2.5 
Cultura de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) ..............................142.6 
Sistema de Gestão Integrado de Meio Ambiente, Saúde e Segurança no
Trabalho ...........................................................................................................16
3 PLANEJAMENTO DO SGIMASST ..........................................................18 3.1
Requisitos Gerais ........................................................................................18 3.2
Política .....................................................................................................19 3.2.1
 Política SSO ...........................................................................................19 3.2.2 
Política Meio Ambiente ............................................................................20 3.2.3
Política Integrada SGIMASST ....................................................................20 3.3
Planejamento .............................................................................................2 3.3.1
Identificação de Perigos, Avaliação e Controle de Riscos ........................2 3.3.2
Identificação de Aspectos e Avaliação de Impactos Ambientais............ 23 3.3.3 
Requisitos Legais e Outro Requisitos .....................................................27 3.3.4 
Objetivos e Metas ....................................................................................28 3.3.5
Programa(s) de Gestão................................................................................. 30 4
EXECUÇÃO DO SGIMASST (IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO) ..........31 4.1 
Recursos, Funções, Responsabilidades e Autoridades .............................31 4.2 
Treinamento, Conscientização e Competência.......................................... 32 4.3
Consulta e Documentação ............................................................................3 4.4
Documentação.............................................................................................. 3 4.5
Controle de Documentos e Dados ..............................................................35 4.6
Controle Operacional ...............................................................................35 4.6.1
Controle Operacional da SSO .................................................................36 4.6.2
Controle Operacional do Meio Ambiente ....................................................38 4.7
Preparação e Atendimento/Resposta às Emergências ...........................40 4.7.1
Preparação e Atendimento/Resposta às Emergências da SSO ..............404.7.2 
Preparação e Atendimento/Resposta às Emergências do Meio Ambiente ...41 5 
VERIFICAÇÃO DO SGIMASST .................................................................42 5.1 
Medição e Monitoramento de Desempenho ..............................................42 5.2 
Registros e Gestão de Registros .................................................................4 5.3 
Auditoria Interna ............................................................................................46 6 
CORREÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA DO SGIMASST ............................49 6.1 
Não-Conformidades e Ações Corretivas e Preventivas ............................46.1.1 
Acidentes, Incidentes, Não-Conformidades, Ações Corretivas e Preventivas da
SSO .........................................................................................................496.1.2 
Não-Conformidades, Ações Corretivas e Preventivas do Meio Ambiente 51 6.2 
Análise Crítica ...........................................................................................51 6.3 
Melhoria Contínua ........................................................................................53 7
INTEGRANDO OUTROS SISTEMAS DE GESTÃO .................................56 7.1 
Sistema de Gestão da Qualidade.............................................................. 56 7.2 
Responsabilidade Social ...............................................................................57 5 
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 58 
REFERÊNCIAS................................................................................................ 60
INTRODUÇÃO
Do ponto de vista meramente etimológico, ou seja, do estudo da origem e da
evolução das palavras, o conceito da palavra trabalho tem a sua origem na
palavra latina tripaliare, ou martirizar com o tripalium, instrumento utilizado para
tortura; associando historicamente o trabalho com algo relacionado à aflição,
dores, labuta, entre outros. Durante muitos séculos, o trabalho foi sinônimo de
castigo e da necessidade de conseguir mão de obra escrava; salientando que a
maioria das guerras, tinha como objetivo a conquista de território, além do
recrutamento de mão-de-obra escrava (MORAES: 2004).
Nos dias atuais, o trabalho tem um foco mais nobre, envolvendo a aplicação
das forças e faculdades humanas, físicas e/ou intelectual, visando alcançar
objetivos em troca de remuneração, mediante condições dignas de segurança
e saúde, relacionando o ato de trabalhar a uma atividade coordenada
necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento
(MORAES: 2004). Alinhando-se a esta realidade, BENITE defende que o
contexto social, econômico, político, e tecnológico vêm ocorrendo mudanças no
mundo e no Brasil, em que as empresas, como agentes sociais, podem trazer
uma grande contribuição para diminuição de acidentes, fato que só é possível,
caso as empresas adotem modelos tradicionais de gestão de Segurança e
Saúde Ocupacional (SSO) (BENITE: 2004).
Em relação ao meio ambiente, é importante alertar que as conseqüências
ambientais adversas da ação do homem vêm tomando proporções alarmantes
nas diversas regiões do globo. A aglomeração de pessoas nos países
desenvolvidos e nos em desenvolvimento, vem apresentando efeitos
destrutivos no meio ambiente. Devido a este fato, há uma busca intensa de
alternativas e soluções, e a comunidade internacional vem pressionando os
governos locais, por meio de conferências e tratados, a adotarem e
estimularem a adoção de medidas concretas na conservação do meio
ambiente (SEIFFERT: 2006).
No que tange a gestão ambiental, os países desenvolvidos possuem
exigências legais e normativas, as quais obrigam as empresas a implantarem
programas de gerenciamento ambiental, a fim de atender as restrições de
mercado e proliferação dos “selos verdes”. Em relação ao Brasil, apesar dos
empresários considerarem os problemas ambientais como secundários, o
governo publicou uma série de regulamentações a partir da década de oitenta,
restringindo a poluição industrial; medidas que impulsionaram uma série de
mudanças na forma de produção das organizações, deixando evidente que,
assim como os demais países, as empresas brasileiras foram nitidamente
obrigadas, pela intervenção governamental a adotarem o mecanismo de gestão
ambiental (SEIFFERT: 2006).
Objetiva-se, aqui, mostrar a importância de um Sistema de Gestão Integrado
de Meio
Ambiente, Saúde e Segurança no Trabalho (SGIMASST), o qual proporcionará
as organizações além de atenderem os requisitos legais aplicáveis, agregarem
valores ao“conceito do negócio”, preservarem o meio ambiente e a segurança
e saúde do trabalhador e caso aplicável buscarem a certificação.
A seção “Conceituação do SGIMASST” descreve em linhas gerais as
características do
SGIMASST; O “Planejamento do SGIMASST” estabelece objetivo e processos
necessários para atingir os resultados em concordância com a política do
SGIMASST; “Execução do SGIMASST” define a implementação e operação
dos processos do SGIMASST; “Verificação do SGIMASST” esclarece como o
monitorar e medir dos processos do SGIMASST; “Correção, Análise e melhoria
do SGIMASST” visa agir continuamente para melhorar o desempenho do
SGIMASST; “Integrando outros Sistemas de Gestão” é uma abordagem
simplificada da integração do SGIMASST, com o sistema de Gestão de
Qualidade e Responsabilidade Social; e depois disso, as “Considerações
Finais” fecham à apresentação dos conceitos do SGIMASST; e em
“Referências” acham-se alistadas as fontes consultadas.
2.1 DEFINIÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO
Um sistema é composto de vários subsistemas, que trabalham de forma
sincronizada para atender a um objetivo comum para qual o sistema foi
instituído (MARANHÃO: 2005).
“O termo “Gestão” está associado a um conjunto de práticas gerenciais
necessárias ao processo de planejamento, avaliação, controle e monitoramento
dos processos produtivos. Assim, Sistema de Gestão é a forma sistemática de
conduzir políticas organizacionais mediante a aplicação de um conjunto de
ações para se alcançar os objetivos e metas corporativas” (MORAES: 2004).
A NBR ISO 9001:2005 define processo como: “conjunto de atividades
interrelacionadas ou interativas que transformam entradas em saídas”. Na
realidade tudo o que acontece na terra, tudo que percebemos ou fazemos são
processos; a cada processo identificamos a presença de três agentes: entrada,
transformação e resultado da transformação. A Figura 1 exibe o que
denominamos intuitivamente de processo.
Figura 1 – Modelo de um processo genérico
A agregação de valor é essencial na compreensão básica sobre processos, ou
seja, o ato de agregar valor em um processo é a diferença de valor entre o
produto (saída) e soma dos valores das entradas (matérias primas, serviços ou
informações). A procura por melhorias estruturais e consistentes tem obrigado
as organizações a reverem a direção das suas atividades, buscando de forma
mais abarcante, que essas atividades sejam analisadas não em termos de
função, áreas ou produtos, mas de processo de trabalho (MARANHÃO: 2004).
A NBR ISO 9001:2005 traz o seguinte esclarecimento sobre a importância da
abordagem por processo: “Para que as organizações funcionem de forma
eficaz, elas têm que identificar e gerenciar processos inter-relacionados e
interativos. Quase sempre, a saída de um processo se constitui na entrada do
processo seguinte. A identificação sistemática e a gestão dos processos
empregados na organização, e, particularmente, as interações entre tais
processos são conhecidas como “abordagem de processos””.
Apesar de toda potencialidade a abordagem por processos, ainda não está
devidamente compreendida pelas organizações. A gestão organizacional com
foco na abordagem por processos provoca grandes melhorias na forma em que
às atividades são realizadas, proporcionando as organizações a oferecerem
produtos e serviços de qualidade, aplicando processos eficientes e eficazes
para produzi-los e vende-los (MARANHÃO: 2004).
Em relação aos sistemas de gestão a abordagem por processo é uma
realidade presente e exigida pelas normas de Qualidade, SSO e Meio
Ambiente.
Ao longo de toda a NBR ISO 9001:2008 encontramos aproximadamente 85
vezes citação ao termo “processo”. Já na introdução no tópico 0.2 versão 2000
verificamos a aclamação a abordagem por processo; quando a norma faz
referência à importância da adoção de uma abordagem de processo para o
desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia de um sistema de
gestão da qualidade para aumentar a satisfação do cliente por meio deste
atendimento.
A OHSAS 18002 cita o termo “processo” aproximadamente 98 vezes. Ao definir
diretrizes para implementação da Política da SSO (Requisito 4.2); os tópicos
Entradas típicas, Processo e Saída típica apresentam de forma explicita a
abordagem por processo, abordagem esta que é evidente no decorrer dos
demais requisitos da OHSAS 18002.
A NBR ISO 14001:2004 apresenta o contexto de abordem por processos logo
na introdução, quando menciona a seguinte nota: “Esta norma é baseada na
metodologia conhecida como Plan-Do-Check-Action (PDCA)/(Planejar-
Executar-Verificar-Agir), ou seja, planejar, implementar, verificar e agir os
processos do sistema de gestão ambiental. A norma ainda aborda que diversas
organizações gerenciam as suas operações através da aplicação de um
sistema de processo e suas inteirações, que podem ser denominados como
“abordagem de processos” e que o ciclo PDCA pode ser aplicados a todos
estes processos, assim como na NBR ISO 9001:2008.
2.3 INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
Como o aparecimento do trabalho se funde com a origem dos acidentes,
houve-se a necessidade da criação da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), no início do século X, quando na ocasião a proteção jurídica do trabalho
ganhou força. A idéia inicial era de uma instituição trabalhista internacional,
objetivando o resultado das reflexões éticas e econômicas sobre os impactos
ao homem devidos o crescimento da revolução industrial. No ano de 1950, ou
seja, a mais de cinqüentas anos atrás, o comitê Misto da Organização Mundial
de Saúde (OMS) e da OIT definiram os seguintes princípios (MORAES: 2004):
“A Saúde Ocupacional tem como objetivos: a promoção e manutenção do mais
alto grau de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas as
ocupações; a prevenção entre os trabalhadores, de desvios de saúde
causados pelas condições de trabalho; a proteção dos trabalhadores em seus
empregos, dos riscos resultantes de fatores adversos à saúde; a colocação e
manutenção do trabalhador adaptadas às aptidões fisiológicas e psicológicas,
em suma: a adaptação do trabalho ao homem e cada homem a sua atividade
(Junqueira, 1976, p.58)”.
O governo brasileiro ratificou a Recomendação 171, colocando em ordem os
Serviços de Saúde Ocupacional e a Recomendação 161, sobre a necessidade
de instituir serviços médicos aos trabalhadores, que foram promulgadas pela
OIT em 1985, recomendações que possuem “visão essencialmente
preventiva”. Estas resoluções valorizaram e deram autonomia aos profissionais
de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho (SESMT). E suma, a OIT, Organização Não-Governamental (ONG) e
sindicatos influenciam para que as negociações econômicas mundiais
contenham aspectos relacionados à proteção do menor, eliminação do trabalho
escravo e indigno, combate a pobreza, inclusão social e proteção ambiental
(MORAES: 2004).
Outro fato a ser incorporado ao nosso raciocínio é que apesar da melhoria da
qualidade da legislação a redução dos acidentes de trabalho não é alguma
coisa simples de resolver. Em 08 de junho de 1978, foi aprovada a portaria nº.
3214, a qual estabelece as Normas Regulamentadoras (NRs); acrescido ao
estabelecimento das NR´s pelo governo brasileiro houve em paralelo a
modernização tecnológica, e apesar destas importantes ferramentas a
prevenção de acidentes ainda é precária. Objetivando o fechamento das
lacunas em relação à SSO é que o Sistema de Gestão em Segurança do
Trabalho (SGST) ganha importância, pois a implementação de ferramentas
gerencias iráauxiliar na melhoria contínua do desempenho em relação à SSO,
o que é de suma importância para a empresa, trabalhadores e sociedade
(BENITE: 2004).
Visando o aprimoramento do SGST foram desenvolvidas normas e guias para
o assunto, tendo a Grã-Bretanha com participação de destaque neste
processo, através da British Standards seu organismo normalizador. Como
exemplo deste pioneirismo em 1996 foi publicada a norma BS 80, a qual
propõe uma série de elementos que compõem o SGST. Em 1999 foi aprovada
a BSI OHSAS 18001, a qual é uma “especificação” para Sistemas de Gestão
de Saúde Ocupacional e Segurança - OH&S; a OHSAS foi conjuntamente
desenvolvida por alguns organismos de certificação de terceira parte, incluindo
o LRQA, organismos nacionais de normas da Irlanda, África do Sul, Espanha,
Malásia, Austrália e outras partes interessadas de todo o mundo, incluindo a
Federação de Funcionários de Engenharia do Reino Unido (BENITE: 2004).
2.4 INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE GESTÃO DO MEIO AMBIENTE
O meio ambiente natural pode ser definido pelo conjunto dos elementos como
o solo, água, ar, flora e fauna, ou seja, recursos naturais ou ecológicos e
sistema de elementos bióticos e abióticos. Em relação aos Fundamentos de
Cultura de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) o conceito de meio
ambiente, pode ser estendido como tudo aquilo que nos rodeia incluindo meio
ambiente de trabalho e a comunidade (MORAES: 2004).
Ainda em relação ao meio ambiente, devemos entender que as atitudes de
pessoas e empresas em determinados locais do globo, estão sujeitas a serem
percebidas nos locais mais distantes do globo. Devendo o sistema ambiental
ser entendido como um elemento único e indivisível, ou seja, como: a aldeia
global (BARBOSA FILHO: 2001).
A realidade degenerativa do meio ambiente aumentou as exigências dos
consumidores em relação às questões ambientais, para fundamentar estas
exigências ampliam-se cada vez mais as legislações nacionais e
internacionais, as quais estão a cada dia mais restritas e coercitivas. Países
como Japão, Alemanha e Inglaterra, que já causaram austeros danos ao meio
ambiente, criaram barreias alfandegárias que podem inviabilizar a produção de
produtos rotulados como agressivos à condição ambiental. A atividade
produtiva focando o meio ambiente exige uma gama variada de cuidados, tais
como: matérias-primas, embalagem e sua destinação final, reciclagem e
recuperação de materiais, geração de resíduos, entre outros (BARBOSA
FILHO: 2001).
Uma das maneiras das organizações atenderem a legislação vigente, além de
exercer a responsabilidade social em relação aos anseios dos consumidores,
entre outras exigências ambientais é atendendo os requisitos das normas ISO
14000 (BARBOSA FILHO: 2001).
2.5 CULTURA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS)
Devido a uma série de acidentes industriais catastróficos, as organizações, a
partir da década de oitenta, passaram a repensar sobre o atual conceito da
Cultura de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). Na medida em que os
acidentes e o processo de evolução organizacional começaram a ser
estudados, perceberam-se uma evolução significativa em relação ao indivíduo,
as questões técnicas e situacionais; concretizando assim a constituição de um
modelo de Cultura de SMS, ou seja, o sucesso de cultura de SMS tem como
caminho obrigatório a mudança comportamental (MORAES: 2004).
Somando ao conceito de Cultura de SMS foi desenvolvida uma série de
literatura especializada sobre Cultura de SMS, as quais apresentam uma
diversidade de situações, sendo que, a maioria delas envolve aspectos
relacionados aos valores, crenças, e princípios. É importante destacar que os
colaboradores trabalham em uma dura incompatibilidade social, as quais
envolvem as diversas realidades sócias econômicas e culturais em detrimento
ao ambiente organizacional; com base nisto, faz-se necessário, uma reflexão
de como melhorar a qualidade de vida dentro e fora das organizações,
diminuindo assim estes paradoxos (MORAES: 2004).
“Atitudes valem mais do que pactos de boas intenções!”. Utilizando-se de
ferramentas como a de pesquisas organizacionais percebe-se que o nível de
Cultura do SMS pode ser influenciado por forças externas e internas, tais
como: acionistas, sindicatos, órgãos de fiscalização, ONG, entre outros;
acidentes dentro da organização ou fora de suas dependências, são exemplos
de fatores externos, os quais colaboraram profundamente para mudar a Cultura
do SMS (MORAES: 2004).
Diversas organizações têm mostrado crescente interesse em implementar uma
Cultura do SMS como parte integrante do Sistema de Gestão, no entanto, a
implementação desta cultura não é imposta apenas pelo desejo da Alta
Administração. O sucesso da implementação de Cultura do SMS deve ser
encarado como um processo gradativo, resultante de ações sistemáticas, pré-
definidas e participativas, proveniente da vontade da quebra de paradigmas do
direcionamento de valores, hábitos e das atitudes de todos os níveis
hierárquicos da organização. Para tanto a implementação de um programa de
SMS é vital para influenciar a mudança de atitudes e comportamento, devendo
este programa deve envolver (MORAES: 2004): a) Limpeza, higiene e
organização; b) Avaliação da saúde ocupacional; c) Valorização e motivação do
indivíduo; d) Definição das tarefas básicas; e) Disciplina e atribuição de níveis e
autoridades e responsabilidades; f) Apoio social aos funcionários; g)
Elaboração e atendimento aos procedimentos; h) Treinamento sobre
conscientização de segurança; i) Registros de acidentes, incidentes e não-
conformidades; j) Implementação de técnicas identificação de acidentes; k)
Cidadania e ética no trabalho; l) Campanha de reconhecimentos de atitudes
pró-ativas.
“Conclui-se que: a evolução da cultura depende da capacidade de
convencimento a partir de um processo árduo de negociação interna com os
diversos autores responsáveis pelo sucesso do sistema de estão” (MORAES:
2004).
2.6 SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO DE MEIO AMBIENTE, SAÚDE E
SEGURANÇA NO TRABALHO
Como áreas de Qualidade e Meio Ambiente, sempre foram independentes da
gestão de
SSO, a implementação do SGIMASST torna-se uma empreitada complexa,
uma vez, que os diversos elementos da série de Norma ISO 9000, OHSAS
18001, ISO 14000 e SA 8000, devem ser considerados para o sucesso da
implementação e eventual certificação do sistema de gestão. Devido o
crescimento e importância da gestão de SMS nas organizações, os
profissionais do SESMT, foram forçados a mudar a sua postura e imagem de
fiscal para assessor, obrigando estes profissionais a reverem os seus conceitos
e formas de abordagem. A dificuldade na implementação o Sistema de Gestão
Integrado (SGI), proporcionou a surgimento do profissional de SMS; o qual não
precisa ser um profissional do SESMT e sim um colaborador com
conhecimento em gestão (MORAES: 2004).
O ciclo PDCA (Planejar, Executar, Verificar e Atuar) é uma ferramental chave
para a implementação do SGIMASST, contudo o nível de Cultura de SMS é
fundamental para o sucesso da implementação do sistema de gestão SMS,
visando ou não uma certificação de terceira parte (MORAES: 2004).
Infelizmente existem diversos exemplos de organizações que estão mais
preocupadas com auditorias de manutenção, auditorias de terceira parte,
responsáveis pelo papel de certificação e conseqüente possibilidade de
alcançar grandes contratos, uma vez que:
“Certificação não é passaporte para o Céu!”, ou mesmo, a garantia da quebra
de paradigmas, visando a o bem estar das pessoas e organizações em relação
à cultura organizacional.Por isso há três tipos de empresas em relação as
questão de SMS, a saber: as reativas, as conservadoras e as pró-ativas,
conforme Tabela1 abaixo (MORAES: 2004):
Postura Reativa
9 Desconhecimento da legislação aplicada às atividades, produtos e serviços
da empresa.
9 Solução de Problema/Adoção de Ações em razão de:
• pressão da sociedade;
• determinação do órgão de controle e/ou do Ministério
Público, através de termos de compromisso ou Termos de Ajustamento de
Conduta;
Postura Conservadora
9 Conhecimento da legislação aplicada às atividades/produtos e serviços da
empresa;
9 Gerenciamento voltado para atender e cumprir legislação ambiental.
Postura Pró-Ativa
9 Conhecimento da legislação aplicada às atividades/produtos e serviços da
empresa;
9 Gestão pró-ativa e de excelência, com o gerenciamento voltado para ir além
do atendimento e do cumprimento da legislação;
9 Antecipações do problema futuros através da prevenção e gerenciamento de
riscos;
9 Integração dos diversos setores ao planejamento estratégico da empresa.
Tabela 1 – Diferenças entre as questões de implementação de SMS
1 Fonte: MALHEIROS, 2002. Adaptação
Analisando os elementos das normas ISO 14001 e OHSAS 18001,
percebemos que as fases de planejamento e execução irão demandar mais
tempo e recursos financeiros. É importante esclarecer que o planejamento é a
base para o sucesso de qualquer sistema de gestão, uma vez, que sem
planejamento, metas e objetivos, é impossível chegar a lugar qualquer. Em
relação ao aos conceitos do planejamento, em primeiro lugar devemos
entender a diferença entre é meta e objetivo (MORAES: 2004): 9 Meta é um
alvo de longo prazo. Exemplo: “Vazamento de Óleo Zero” ou
“Queima Zero”; 9 Objetivo é um alvo em curto prazo, ou seja, um meio para se
atingir uma meta final. São exemplos de objetivos: a) Aumentar o número de
campanhas SMS em 10%; b) Reduzir em 20% a Taxa de freqüência de
acidentes com afastamento (TFCA); c) Reduzir em 40% a emissão gasosa dos
queimadores; d) Aumentar em 30% as verbas de treinamento.
A OHSAS 18001:2007 foi desenvolvida para ser compatível com a NBR ISO
14001:2004, de forma a facilitar a integração dos sistemas de gestão ambiental
e segurança e saúde no trabalho nas organizações. Seguindo a mesma linha a
NBR ISO 14001:2004 esclarece na sua introdução, que os seus requisitos não
incluem especificação de outros sistemas de gestão, tais como de qualidade,
segurança e saúde ocupacional, finanças ou gerenciamento de riscos, apesar
dos seus elementos serem alinhados ou integrados com estes sistemas de
gestão.
Em linhas gerais a implementação de um SGIMASST, com base na OHSAS
18001:2007 e na NBR ISO 14001:2004, obriga a organização a estabelecer,
documentar, implementar, manter e melhorar continuamente o seu SGIMASST.
O termo “política” é definido como uma manifestação de intenções, previstas,
nas diretrizes organizacionais, que determinarão e influenciarão as tomadas de
decisões (MORAES: 2006). Outra definição é que a política de uma
organização seja entendida como um conjunto de intenções sobre um
determinado assunto (Figura 2) (SEIFFERT: 2006).
Figura 2 – Política organizacional e seus desdobramentos
3.2.1 Política SSO
A política da SSO é uma carta de intenções, a qual deve compor pontos que
sejam efetivamente atendidos pela organização e que possam ser
evidenciados de forma clara. É essencial que a política defina o direcionamento
e os princípios de atuação em relação à SSO (BENITE: 2004).
3.2.2 Política Meio Ambiente
Segundo a NBR ISO 14001:2004, em seu anexo A (Orientações para uso desta
Norma) “A política ambiental é a força motriz para a implementação e
aprimoramento do sistema de gestão ambiental de um a organização,
permitindo que seu desempenho ambiental seja mantido e potencialmente
aperfeiçoado”.
Quanto à integração da política do SGIMASST é importante observarmos que
tanto na
OHSAS 18001:2007 como na NBR ISO 14001:2004 a política seja definida,
autorizada e assegurada pela A, abaixo apresentamos uma de relação entre a
determinação da política integrada entre as duas normas, quando a política
deve: a) ser apropriada à natureza, escala e impactos ambientais das
atividades, produtos e serviços e à natureza e escala dos riscos de SSO da
organização; b) incluir o comprometimento com a melhoria contínua e com a
prevenção de poluição e da SSO; c) incluir o comprometimento em atender aos
requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos pela organização do
Meio Ambiente e Segurança e Medicina do Trabalho; d) fornecer uma estrutura
para o estabelecimento e análise dos objetivos e metas ambientais; e) ser
documentada, implementada e mantida em relação Meio Ambiente e SSO; f)
ser comunicada a todos os que trabalhem na organização ou atuem em seu
nome e eles tenham conhecimento de suas obrigações individuais em relação
a SSO; g) esteja disponível para as partes interessadas; e h) seja
periodicamente analisada criticamente, para assegurar que ela permanece
pertinente e apropriada à organização.
Abaixo estaremos apresentando um exemplo de Política Ambiental e de SSO,
através da qual se pode notar o formato e conteúdo em relação à natureza da
organização (BENITE: 2004).
Henkel Loctite Adesivos Ltda., fabricante de adesivos e produtos
complementares, declara que todos os seus processos devem ser
estabelecidos de maneira segura e apropriada, assegurando a preservação do
meio ambiente, e a proteção de todos os seus colaboradores e da comunidade.
Estamos comprometidos com a melhoria contínua em todos os aspectos
referentes à Saúde, Segurança e Meio Ambiente, assegurando:
9 A implementação e manutenção do Sistema de Gestão de Saúde, Segurança
e Meio Ambiente.
9 O fornecimento de recursos necessários para atingimento dos Objetivos e
Metas relativos à Saúde, Segurança e Meio Ambiente.
9 O atendimento a todos os requisitos legais aplicáveis aos processos e
produtos.
9 O atingimento da melhoria contínua dos processos e produtos, visando à
prevenção de poluição e de acidentes.
9 A promoção da conscientização e do comprometimento de todos os seus
colaboradores.
9 A manutenção de canais de comunicação com a comunidade e autoridades
locais.
Assinatura dos diretores. Tabela 2 – Exemplo de Política de SGIMASST (Fonte:
HENKEL LOCTITE, 2003).
3.3 PLANEJAMENTO 3.3.1 Identificação de Perigos, Avaliação e Controle de
Riscos
“Os termos “perigo” e “risco”, em diversos casos, inclusive em algumas leis e
normas, costumam ser aplicados como sinônimos e sem nenhum tipo de
distinção. Assim a empresa deve adotar uma definição e divulga-los para todos
os colaboradores de forma a uniformizar a linguagem e facilitar a
comunicação”. Sendo assim, é impossível acontecer um acidente e suas
conseqüências sem antes existir a presença de um perigo. Com base nesta
realidade, as organizações devem buscar conhecer todos os perigos existentes
em seus ambientes de trabalho (BENITE: 2004).
A implementação de um gerenciamento de riscos sistemático, proativo e que
vise assegurar que todos os perigos futuros e atuais sejam identificados e
avaliados adequadamente é necessário e de fundamental importância; pois irá
permitir a alocação adequada dos recursos possibilitando a medição correta
das medidas de controle (BENITE: 2004).
É importante que na elaboração do plano para identificar, analisar e avaliar os
riscos o gestor proponha meios de prevenção ou proteção, em suas diversas
formas, conforme demonstrado na figura 3, na adaptação de Corte Díaz
(1997:112) (BARBOSA FILHO: 2001).
Algumas ferramentas gerenciais podem ser aplicadas a esta temática, tais
como:
Diagramade Causas e Efeitos; Série de Riscos; Análise Preliminar de Riscos
(APR); Análise de Árvore de Falhas; Matriz de Análise de Riscos; entre outras
(BARBOSA FILHO: 2001).
Figura 3 – Gerenciamento de riscos
Segundo a norma ISO 14004 aspecto ambiental é um “elemento das
atividades, produtos e serviços de uma organização que pode interagir com o
meio ambiente”, enquanto que impacto ambiental é “qualquer modificação do
meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, dos
aspectos ambientais da organização”. Subentendendo que o aspecto e o
impacto ambiental têm uma relação direta entre si de causa e efeito. Os
exemplos de aspecto ambiental relacionados ao produto são: consumo de
matéria-prima e insumos de produção, consumo de água, de energia, descarte
de resíduos sólidos, emissão de fluentes, produção de emissões atmosféricas
específicas (SEIFFERT: 2006).
A implementação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), tem como uma de
suas etapas mais importantes à identificação dos aspectos ambientais
associados às atividades, processos e produtos da organização. É de suma
importância a devida implementação dos subsistemas, a fim de determinar a
abrangência e robustez na implantação do SGA; e que a realização do
levantamento de aspectos/impactos ambientais, seja dos colaboradores da
própria organização (SEIFFERT: 2006).
A ISO 14004 apresenta os seguintes questionamentos sistemáticos para a
identificação dos aspectos ambientais: 1. As atividades, produtos e serviços da
organização geram impactos ambientais adversos significativos? 2. A
organização tem um procedimento para avaliar os impactos ambientais de
novos projetos? 3. A localização da organização exige considerações
ambientais especiais? 4. De que forma as modificações ou acréscimos
pretendidos nas atividades, produtos ou serviços afetarão os aspectos
ambientais e seus impactos associados? 5. Quão significativos ou severos são
os impactos ambientais potenciais, se ocorrer uma falha no processo? 6. Com
que freqüência uma situação que leve um impacto poderá ocorrer? 7. Quais
são os aspectos ambientais significativos, levando-se em consideração os
impactos, a probabilidade, a severidade, e a freqüência? 8. Os impactos
ambientais significativos são de abrangência local, regional ou global?
O formato do atendimento destes requisitos é vital para evitar o retrabalho no
levantamento dos aspectos ambientais da organização (SEIFFERT: 2006).
3.3.2.1 Identificação de aspectos ambientais em função da temporalidade
Primeiramente os aspectos ambientais devem ser considerados em relação a
sua temporalidade, o qual indica o período de ocorrência do processo,
atividade ou operação causadora do impacto aspecto ambiental, conforme
apresentado no Tabela 3 (SEIFFERT: 2006).
Passada (P) Impacto ambiental identificado no presente, mas foi causado por
atividade desenvolvida no passado.
Área de solo contaminado com óleo Ascarel
Atual (A) Impacto ambiental decorrente de atividade atual Lançamentos de
efluentes
Futura (F) Impacto ambiental previsto, decorrente de futuras alterações de
processo, aquisições de novos equipa/os, introdução de novas tecnologias.
Ampliação ETE
Tabela 3 – Temporalidade de ocorrência de aspectos/impactos ambientais
Uma vez definida a temporalidade de ocorrência de aspectos/impactos
ambientais, deve-se efetuar o levantamento dos aspectos/impactos ocorridos
no passado, além do levantamento dos aspectos/impactos que apresentem
temporalidade atual ou futura; estes levantamentos irão fornecer subsídios
históricos para uma avaliação de risco ambiental associada à probabilidade, a
qual indicará que situações de emergências detectadas nos passado, tenderão
a se repetir no futuro. Estes levantamentos serviram de informações que
integrarão a avaliação dos aspectos/impactos para as circunstâncias atuais
(SEIFFERT: 2006).
DONAIRE apresenta quatro itens básicos de um roteiro básico para a análise
de aspectos ambientais: meio físico, recursos hídricos, meio biológico e meio
antrópico. É imprescindível que sejam avaliados os aspectos que realmente
apresentem um impacto de âmbito ambiental que exceda os limites físicos da
organização, apresentando potencialidade de reclamações por órgãos de
controle ambiental, associações comunitárias, ambientalistas, organizações
não governamentais, mídia, entre outros (SEIFFERT: 2006).
A classificação de riscos é um elemento-chave em relação aos impactos
ambientais, e são determinados pela seguinte classificação: quanto à
probabilidade; quanto à severidade e quanto à abrangência; sendo que as três
classificações são divididas em grau 1, grau 2 e grau 3, conforme a sua
aplicabilidade. A relevância dos impactos ambientais pode ser classificada
como quantitativo-qualitativas (hierárquicas ou binárias) ou enquadrada como
relevante, muito relevante ou pouco relevante (SEIFFERT: 2006).
Após a devida identificação de aspectos ambientais reais ou potenciais em
cada departamento da organização através da elaboração das listagens dos
processos existentes, efetua-se a sua caracterização em relação aos
aspectos/impactos ambientais (SEIFFERT: 2006).
3.3.2.3 Verificação de importância dos impactos ambientais
Em relação à verificação de importância dos impactos ambientais devem-se
levar em conta duas características de avaliação: a avaliação de
conseqüência/magnitude (abrangência versos severidade) e a avaliação de
freqüência/probabilidade (SEIFFERT: 2006).
3.3.2.4 Avaliação da significância dos impactos ambientais em função da
situação operacional de enquadramento dos impactos
Quando ocorrem impactos em uma situação operacional normal ou anormal, a
classificação é a seguinte: impactos desprezíveis; impactos moderados; e
impactos críticos. No caso dos impactos ambientais em uma situação
operacional anormal ou de emergências classificam-se em: crítico; moderado;
e menor. É importante ressaltar que todos impactos em uma situação
operacional de risco ou emergência é considerado significativo; e que o
enquadramento como crítico, moderado ou menor é somente para direcionar a
prioridade do gerenciamento (SEIFFERT: 2006).
3.3.3 Requisitos Legais e Outros Requisitos
Efetuando um paralelo entre a OHSAS 18001:2007 e a NBR ISO 14001:2004
iremos observar que em relação aos “requisitos legais e outros requisitos” as
duas normas são similares nas exigências e obrigações, uma vez, que é dever
da organização estabelecer e manter procedimento para identificar e ter acesso
à legislação e a outros requisitos relacionados ao meio ambiente e a SSO,
divergindo apenas na colocação das palavras, mas com o mesmo conteúdo e
sentido.
A aparente simplicidade no cumprimento deste requisito, implica em diversas
situações de dificuldade, pois podem apresentar dificuldades no andamento da
gestão, como no próprio funcionamento da organização. A organização passa a
ser obrigada a identificar e manter um cadastro de requisitos legais aplicados
as suas atividades, produtos e serviços, atividade simples e que não apresenta
nenhuma dificuldade aparente; mas é do ponto de vista prático, que muitas
organizações, em particular as pequenas e médias, sofrem por não dispor de
colaboradores habilitados e são forçadas a terceirizarem a atividade, além de
enfrentar o fato do desconhecimento técnico especializado sobre o tema, em
especial para as leis ambientais (SEIFFERT: 2006).
É interessante que os controles aplicáveis ao SGIMASST, sejam integrados,
algumas das licenças importantes são (MORAES: 2006): 9 Licença de corpo de
bombeiros; 9 Licenças ambientais; 9 Licenças e autorizaçõesespeciais para
transporte de produtos perigosos
(Ministério do Exército, Polícia Federal, Órgãos Estaduais do Meio Ambiente,
Prefeituras, entre outros); 9 Licenças do Ministério da Saúde (Ambulatórios e
hospitais); 9 Licenças do Ministério da Agricultura (Agrotóxicos).
O anexo A (Orientações para uso desta Norma) da NBR ISO 14001:2004 traz
duas recomendações em relação à avaliação do atendimento a requisitos
legais e outros: 9 Primeira Recomendação: “Recomenda-se que a organização
seja capaz de demonstrar que ela tenha avaliado o atendimento aos requisitos
legais identificados, incluindo autorizações ou licenças aplicáveis”; 9 Segunda
Recomendação: “Recomenda-se que a organização seja capaz de demonstrar
que ela tenha avaliado o atendimento a outros requisitos subscritos
identificados”.
O conceito de objetivos e metas para o SSO e SGA tem a política como o seu
princípio, ou seja, em ambos os casos os objetivos devem ser coerente-
compatíveis com a política. Para os dois sistemas de gestão deve-se
estabelecer, implementar e manter documentos, nas funções e níveis
pertinentes da organização; deve-se determinar objetivos e metas
mensuráveis, sempre que praticável; deve-se considerar os requisitos legais e
outros requisitos; deve-se incluir o comprometimento com a melhoria contínua;
deve-se considerar as opções tecnológicas, seus requisitos financeiros,
operacionais, comerciais e a visão das partes interessadas. A única diferença
está em questões específicas no caso do SGA à política deve incluir
comprometimento com a prevenção de poluição e no caso da SSO deve
considerar os perigos e riscos em relação à segurança e saúde do trabalho
(OHSAS 18001:2007) / (ISO 14001:2004).
As metas estabelecem etapas necessárias e cronologicamente concatenadas
para que um objetivo possa ser atingido (SEIFFERT: 2006).
Figura 4 – Objetivo e metas relacionadas
O emprego de objetivos não mensuráveis somente é aceito, caso a
organização não encontre formas adequadas para realizar o seu
acompanhamento de forma quantitativa, ou seja, sempre que possível os
objetivos devem ser mensuráveis (BENITE: 2004).
Reduzir o número de acidentes de trabalho sem afastamento No mínimo 50%
até Dez/2004
Número de acidentes sem afastamento apresentado no relatório anual de
acidentes de 2004 em relação ao de 2003
Eliminar atividades com risco 09 (alto) na empresa
Eliminar 02 atividades com risco 09 (alto) até Dez/2004
Número de atividades com risco 09 (alto) no relatório anual de 2004 em relação
ao de 2003
Implementação de Sistemas de Proteção Coletiva inovadoras No mínimo dois
até Dez/2004
Número de Sistemas de Proteção Coletiva inovadores implementados e em
operação no ano
Aumentar o número médio de horas dos treinamentos de SSO Aumentar em 2
horas/funcionário até Dez/2004
Número de horas de treinamento de SSO/Número de funcionários (medido
mensalmente)
Tabela 4 – Exemplos de objetivos de SSO desdobrados em metas e
indicadores
Conforme podemos verificar a integração dos objetivos e metas no SGIMASST
são exeqüíveis e de simples aplicação.
Eliminação de emissões de SO4
Meta 1
Desenvolvimento de projeto para a instalação de lavadores de gases para
emissões atmosféricas até agosto de 2001
Meta 2
Instalação de lavadores de gases até dezembro de 2001
A definição de estratégias e planos de ação é fundamental para que os
objetivos e metas sejam alcançados. Para efetivar as metas e objetivos é
necessário documentar os programas de gestão que serão estabelecidos, os
quais devem possibilitar a comunicação a todos envolvidos, e a sua decorrente
aplicação (BENITE: 2004).
Assim como nos objetivos e metas, os conceitos de estabelecer, implementar e
manter programa(s) na OHSAS 18001:2007 e na NBR ISO 14001:2004 se
fundem tornando a sua integração de fácil aplicação.
PROGRAMA DE GESTÃO DA SSO N° 035
Objetivo: Eliminar atividades com risco 09 (alto) na empresa Meta: Eliminar
atividades com risco 09 (alto) até Dez/2004 Indicador: Número de atividades
com risco 09 (alto) no relatório anual de 2004 em relação ao de 2003 Ações e
recursos necessários
Descrição Prazo Responsáveis
Estudar a substituição do processo de escavações de tubulações a céu aberto
(poço) por outro processo com menor risco, como por exemplo, a utilização de
perfuratrizes mecânicas. Contratar uma assessoria técnica especializada em
fundações para auxiliar no estudo.
Até Julho/2004
Diretor Técnico, Gerente de Contratações e Eng. de Segurança.
Substituir o processo de demolição de rochas utilizando explosivos pelo
processo de demolição com rompedores mecânicos pneumáticos
Até Dez/2004
Diretor Técnico, Gerente de Contratações e Eng. de Segurança.
Instalar dispositivos de retenção de poeira nos equipamentos de corte de peças
do setor C. Até Dez/2004
Diretor Técnico, Gerente de Contratações e Eng. de Segurança.
Tabela 5 – Exemplos de Programa de Gestão da SSO
4 EXECUÇÃO DO SGIMASST (IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO)
4.1 RECURSOS, FUNÇÕES, RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES
O sucesso da implementação e manutenção do sistema de gestão
(SGIMASST) irá depender da atuação de cada colaborador dentro da
organização, desde a Alta Administração até o menor nível dentro da estrutura
organizacional. Assim todas as funções, responsabilidades e autoridades
devem ser claramente definidas e comunicadas, para que cada colaborador
esteja ciente de suas obrigações em relação ao sistema de gestão
(SGIMASST) (BENITE: 2004).
O comprometimento da Alta Administração deve ser explicito na definição da
política do sistema de gestão (SGIMASST), dos objetivos e metas, na
nomeação/indicação do seu representante e na análise crítica. Em linhas
gerais a importância da Alta Administração está na disponibilidade de
providenciar os elementos para a implantação e manutenção do sistema de
gestão (SGIMASST); ou seja, é dever da Alta Administração assegurar que a
organização seja capaz de atender os requisitos das normas de sistema de
gestão (SGIMASST), os quais são (SEIFFERT: 2006): 1. disponibilizar
recursos; 2. integrar o SGIMASST; 3. definir atribuições e responsabilidades 4.
viabilizar o processo de motivação e conscientização do SGIMASST; 5.
identificar os conhecimentos e habilidades necessários; 6. estabelecer
processos para comunicação e relatos; 7. implementar controle operacionais
necessários
É importante destacarmos que a exigência deste requisito é similar em todos
os sistemas de gestão, seja de Meio Ambiente, SSO ou Qualidade.
4.2 TREINAMENTO, CONSCIENTIZAÇÃO E COMPETÊNCIA
A integração em relação ao treinamento, conscientização e competência do
SGIMASST irá exigir da organização que qualquer pessoa que, para ela ou em
seu nome, seja identificada e componente com base na formação apropriada,
treinamento ou experiência, para realizar tarefas que tenham o potencial de
causar impacto(s) ambiental(is) significativo(s) e/ou tarefas que possam ter
impacto na SSO, no local de trabalho; é determinante também que sejam
mantidos registros associados ao treinamento, conscientização e competência
dos colaboradores, além de estabelecer, implementar e manter procedimentos
para fazer que as pessoas que trabalhem para organização ou em seu nome
sejam conscientes de suas obrigações (OHSAS 18001:2007) / (ISO
14001:2004).
Educação (formação apropriada), treinamento e experiência, são definidos
como (MELLO:2002): 9 Educação: subtende-se o período de graduação que a
pessoa adquiriu ao longo de sua vida, desde de o ensino básico, médio,
superior, podendo chegar até o doutorado; 9 Treinamento: é o ato ou processode fornecer ou receber instrução para uma habilidade, profissão ou ocupação
particular, tais como cursos de pequena carga horária, como, por exemplo:
metrologia, auditoria interna, leitura de mudanças, etc; 9 Experiência: é o
conhecimento prático obtido por meio de fatos ou eventos, considerado como
fonte de conhecimento, tal como as capacitações adquiridas pelo trabalho em
dada atividade por um longo período de tempo, como, por exemplo, operação
de máquinas em geral, atendimento do SAC etc.
4.3 CONSULTA E COMUNICAÇÃO
A comunicação é uma tarefa complexa e de difícil operacionalização para
muitas organizações, e que podem gerar inúmeros ruídos, insatisfações e
conflitos. Para tanto a Alta Administração deve estabelecer canais para manter
os seus colaboradores informados sobre a eficácia do SGIMASST
(MARANHÃO: 2005). Visando eliminar as dificuldades da comunicação tanto a
OHSAS 18001:2007 como a NBR ISO 14001:2004 determina que organização
deva estabelecer, implementar e manter procedimentos em relação aos seus
aspectos ambientais e ao SGA como para a SSO.
Como o processo de divulgação da política ambiental integrada com a política
da SSO, nos diversos níveis da organização, é um fator determinante para a
efetiva implementação do SGIMASST, diversos recursos podem ser utilizados
para a efetividade da divulgação, ressaltando que a única barreira é a falta de
criatividade de buscar alternativas adequadas à cultura, necessidades ou
limitações orçamentárias das organizações (SEIFFERT: 2006): a) cartazes,
quadros e placas; b) camisetas; c) informativos periódicos e folders; d)
utilização no verso do holerite do colaborador; e) papel de parede e protetor de
tela do colaborador; f) informações complementares nos crachás dos
funcionários e visitantes.
4.4 DOCUMENTAÇÃO
A NBR ISO 14001:2004, em seu anexo A (Orientações para uso desta Norma),
esclarece que a documentação do SGA pode ser integrada com as de outros
sistemas de gestão, em nosso caso específico com o sistema de gestão da
SSO.
Segundo a OHSAS 18001 a documentação do sistema gestão (SGIMASST)
pode estar em papel ou em meio eletrônico. É importante destacar que a
tecnologia moderna permite que toda a documentação do sistema gestão
(SGIMASST), seja mantida em mídia eletrônica (MARANHÃO: 2005).
Tomando como base as diretrizes da NBR ISO 9001:2008, a documentação do
SGIMASST pode ser ilustrada pelo Triângulo da Documentação (vide figura 5),
ou seja, é a forma triangular que usualmente representa a documentação e os
níveis hierárquicos de uma organização, as quais são (MARANHÃO: 2005): 9
Estratégico: Política e Manual do SGIMASST; 9 Tático: Procedimentos
Sistêmicos (ou padrões de processo); 9 Operacional: Procedimentos
Operacionais, Instruções de Trabalho, Formulários e Registros.
Figura 5 – Estrutura documental de um SGIMASST
4.5 CONTROLE DE DOCUMENTOS E DE DADOS
Outro ponto crítico do SGIMASST é o controle de documentos e dados, o qual
é responsável pelo maior índice de não-conformidades nos processos
auditoria. É importante que a quantidade de documentos do SGIMASST seja
devidamente dimensionada, evitando o controle impraticável dos documentos.
No controle de documentos do SGIMASST é importante garantir que os
documentos sejam usados na revisão correta, para tanto é necessário à
distribuição adequada e confiável, e caso necessário, controlada com o auxílio
de protocolo (OLIVEIRA: 2005).
Considerações importantes em relação aos documentos e dados são
(OLIVEIRA: 2005): 9 É fundamental que cada documento tenha um número de
controle, título, data de emissão, número da revisão e aprovação do
responsável; 9 Para facilitar o gerenciamento, os documentos podem ser
classificados como
Controlados e Não-Controlados: documento controlado é aquele cuja
distribuição de cópias é registrada, garantindo a sua rastreabilidade;
documento não-controlado sem que haja controle de distribuição, normalmente
é um documento de uso temporário.
É importante destacarmos que definição da sistemática de controle de
documentos das normas OHSAS 18001:2007, NBR ISO 14001:2004 e NBR
ISO 9001:2008 são idênticas e de um mesmo princípio, quando todas
determinam que seja estabelecido, implementado e mantido procedimentos
para as atividades de controle de documentos.
4.6 CONTROLE OPERACIONAL
O controle operacional tem como objetivo identificar as operações e atividades
associadas aspectos ambientais significativo, o qual pode ser integrado como
os de SSO, os quais devem ser caracterizados pela política, objetivos e metas
do sistema de gestão (SGIMASST) da organização (SEIFFERT: 2006).
O controle operacional da SSO deve estar baseado na identificação de perigo e
avaliação de riscos, ou seja, devo determinar o controle dos processos
necessários, objetivando a eliminação dos perigos e/ou a redução dos riscos.
Na seleção dos controles operacionais são necessários que seja analisado
vários fatores, entre eles: o nível de risco existente, os custos, a praticidade do
controle, a possibilidade de se introduzir novos perigos; número de pessoas
expostas ao perigo, índice de utilização de equipamento de proteção individual
(EPI); exigências legais; exigências de clientes contratantes; histórico de
ocorrências de acidentes ou quase acidentes (BENITE: 2004).
Há três tipos de controle que devem ser levados em consideração no processo
de definição, os quais são: fonte (perigo), meio e homem. É importante
destacar que quanto mais próximo da fonte estiverem os controles, mais
efetivos e eficientes eles serão (BENITE: 2004).
Figura 6 – Eficiência dos controles operacionais
A eliminação dos perigos ou evitar que eles existam é forma mais eficaz de não
existir um acidente, daí a necessidade do controle sobre as fontes. Na
impossibilidade da eliminação do perigo ou de evitar que ele exista, é
importante que se busque a redução dos mesmos, de forma que se diminuía a
gravidade dos danos que possam acontecer ou da probabilidade da sua
ocorrência. É importante enfatizar que na maior parte dos casos de controle da
fonte, haverá a necessidade do emprego de novas tecnologias, alterações
significativas nos processos e, por conseguinte, aumento nos investimentos;
em contra partida os resultados são positivos, gerando um impacto significativo
na SSO da organização. Exemplos de tipos de controle sobre as fontes
(BENITE: 2004): 9 eliminação da necessidade de um equipamento cortante em
uma determinada atividade; 9 eliminação de atividades em que o trabalhador
esteja exposto a altura; 9 eliminação do uso de produtos inflamáveis,
explosivos e/ou tóxicos.
O controle sobre os meios está embasado na prevenção da exposição do
homem a um determinado perigo, sem que o mesmo esteja extinto; é aplicação
de barreiras devidamente mantidas e operacionalizadas, de forma a impedir a
ação do homem. A grande dificuldade é que este tipo de controle, em sua
maioria, é dimensionado indevidamente, permitindo que sejam removidas ou
tornadas inoperantes, expondo o homem aos perigos. Exemplos de tipos de
controle sobre os meios (BENITE: 2004): 9 colocação de cercas próximas as
áreas de movimentação de veículos; 9 colocação de barreiras acústicas em
fontes de ruído; 9 guarda-corpos de escadas e de periferia de lajes;
38 9 dispositivos de proteção de máquina e equipamento.
Este tipo de controle está embasado na conscientização dos trabalhadores e
diretamente vinculado a eficácia da implementação da “Consulta e
Comunicação” e do “Treinamento, Conscientização e Competência”. Exemplos
de tipos de controle sobre o homem (BENITE: 2004): 9 utilização de EPI; 9
instruçõesde segurança documentada; 9 folhetos orientativos; 9 placas de
segurança.
Conforme exigência da NBR ISO 14001:2004 a Política Ambiental da
organização deve incluir o comprometimento com a melhoria contínua e com a
prevenção de poluição. Com base nesta exigência controle operacional do
meio ambiente deve ter como enfocar a prevenção da poluição através do
gerenciamento de resíduos. Os princípios básicos de um programa de
qualidade podem ajudar na eliminação dos resíduos, adotando os seguintes
princípios: utilização mais eficiente dos insumos; eliminação da utilização de
materiais perigosos ou de difícil manuseio; supressão de atividades
prescindíveis (SEIFFERT: 2006).
O controle de resíduos propõe o seguinte modelo de diretrizes para
implantação para um sistema de gerenciamento de resíduos (SEIFFERT:
2006): 1. identificação de todos os resíduos de uma maneira sistemática; 2.
estabelecimento de metas e prioridades ambientais associadas ao tipo de
resíduo;
3. criação e implantação de planos de ação específicos; 4. estabelecimento de
sistemas para rastrear pontos de perdas de processo, através de
procedimentos de balanço de massa; 5. monitoramento da utilização de
resíduos tóxicos no processo, chegando, se possível, a sua completa
eliminação. Principalmente visando uma abordagem proativa, buscando a
substituição de matérias-primas e insumos por substitutivos menos prejudiciais
ao meio ambiente.
É recomendável que os padrões admissíveis de perdas de resíduos sejam
revistos sistematicamente (anualmente), evitando assim falhas no processo de
controle de resíduos. Cumprir o determinado na política ambiental em relação à
prevenção da poluição irá permitir a redução de geração dos resíduos sólidos,
contribuindo expressivamente no aumento de ganhos e com um impacto
positivo em relação à eficiência de um processo pela identificação de perdas,
ainda que o objetivo final seja apenas o atendimento a legislação (SEIFFERT:
2006).
Outro ponto importantíssimo no controle operacional do meio ambiente é o
controle dos fornecedores e subcontratados da organização. É fato que
qualquer atividade desenvolvida na organização poderá acarretar impacto
significativo ao meio ambiente, daí a importância de gerenciar/monitorar os
fornecedores e subcontratos; como ferramentas para este controle destacam-
se os seguintes (SEIFFERT: 2006): 9 desenvolvimento de programa de
segurança; 9 definição de critérios operacionais em relação ao meio ambiente
para contratação; 9 máxima racionalização do uso matérias-primas, insumos e
serviços menos prejudiciais ao meio ambiente.
Conforme podemos observar o controle operacional do meio ambiente e da
SSO, poderá ser integrado desde que se respeitem às exigências específicas
para cada sistema de gestão.
4.7 PREPARAÇÃO E ATENDIMENTO/RESPOSTA ÀS EMERGÊNCIAS
Tanto a OHSAS 18001:2007 como a NBR ISO 14001:2004 determina que
organização deva estabelecer, implementar e manter procedimentos para
identificar o potencial e atender situações de emergência, sendo que a
diferenciação está em que a norma OHSAS 18001 determina o atendimento a
situações de emergências para prevenir e reduzir as possíveis doenças e
lesões que possam estar associadas a eles; enquanto que a ISO 14001
determina o atendimento a situações de emergências que possam ter
impacto(s) sobre o meio ambiente, e como a organização responderá a estes.
Acidente ou acontecimento casual, fortuito e inesperado é assim definido pela
OHSAS 18001:2007: “Evento indesejado que resulta em morte, doença, lesão,
dano ou outra perda”. Como acidente é algo pelo qual ninguém espera e que
não ocorre em todo tempo, infelizmente na maioria dos casos o homem não
sabe o que fazer devido ao despreparado para uma situação de emergência.
Para tanto, a organização tem a obrigação de determinar “o que fazer em uma
situação de emergência”, ou seja, a organização deve pensar, planejar, praticar
e implementar uma forma eficaz de atendimento as emergências; a definição
de planos e procedimentos podem fazer a diferença entre um pequeno
incidente e um evento de grandes proporções (BENITE: 2004).
É com base nos perigos existentes que a organização deverá definir as
situações de emergências, devendo estas identificações ocorrem de forma
contínua e sistemática e integrada com o processo de identificação de perigos
e avaliação de riscos. No desenvolvimento dos planos e procedimentos ao
atendimento das emergências devem-se considerar os seguintes elementos
(BENITE: 2004). 9 Objetivo: qual o objetivo básico do plano, considerando a
hipótese de emergência; 9 Preparação: definição de recursos necessários que
devem estar disponíveis para uma eventual situação de emergência; 9
Atendimento: como a organização deve se mobilizar para atuar em uma
situação de emergência, ou seja, como é feita a detecção, comunicação,
avaliação e mobilização dos recursos disponibilizados para controlar a
emergência.
Queda e morte
Perdas de materiais e danos pessoais
Acidente fatal
Incêndio com vítima
Exposição à altura Fonte de calor
Nas periferias e vão de lajes
Cigarro jogado em cestos de lixo
Figura 7 – Exemplos de definição das hipóteses de emergências
4.7.2 Preparação e Atendimento/Resposta às Emergências do Meio Ambiente
É imprescindível que o SGA desdobre a identificação de aspectos e avaliação
de impactos ambientais, de forma a preparar a organização ao atendimento e
situações de emergências de cunho ambiental. Além de implementar e manter
procedimentos para identificar o potencial e atender situações de emergências
que possam ter impacto(s) sobre o meio ambiente, e como a organização
responderá a estes; faz-se necessário a revisão dos seus procedimentos após
a ocorrência de incidentes/acidentes ou situações desta natureza,
procedimentos estes que devem sistematicamente serem testados, conforme
aplicável. Sendo assim, o que foi evidenciado na implementação indica que a
preparação para atendimento a acidentes ou situações de emergências tem a
obrigação de contemplar os seguintes princípios: orientação para novos
empregados, avaliações de riscos, sistemas de pesquisa e avaliação de
emergências e treinamento (SEIFFERT: 2006).
5 VERIFICAÇÃO DO SGIMASST
5.1 MEDIÇÃO E MONITORAMENTO DE DESEMPENHO
A medição do desempenho é uma ferramenta importante de se obter subsídios
sobre a eficácia do sistema de gestão (SGIMASST), sendo que, desempenho é
uma avaliação da conjuntura fundamentada na implementação de ações
visando obter níveis de SSO e gestão ambiental considerados satisfatórios
para organização (MORAES: 2006).
A definição da sistemática da medição e monitoramento deve abordar os
indicadores proativos e os indicadores reativos (BENITE: 2004): 9 Indicadores
Proativos: são aqueles capazes de detectar ou medir resultados ou impactos
negativos em fases suficientemente precoces, a fim de gerar informações que
levem a ações que permitam, ou que possibilitem, interromper o curso
evolutivo, reverter o processo e evitar o fato ou sua ocorrência (Hopkins, 1994);
9 Indicadores Reativos: são aqueles capazes de detectar ou medir resultados
ou impactos após a ocorrência cuja análise, ainda que post factium, auxiliem
com informações para realimentar o processo de melhoria contínua (Hopkins,
1994).
Para Hopkins os indicadores reativos são questionáveis, pois o fato de não
ocorrer uma não-conformidade (acidente) não indica que o ambiente de
trabalho esteja seguro, em contra partida os indicadores proativos
proporcionam condições para antecipar as não-conformidades reais oupotenciais (BENITE: 2004).
Para atendimento deste requisito tanto na OHSAS 18001:2007 como na NBR
ISO 14001:2004 é determinante estabelecer, implementar e manter
procedimentos para monitorar e medir, periodicamente, o desempenho do
SGIMASST.
Outra ferramenta determinante para o atendimento da medição e
monitoramento de desempenho é a elaboração de um plano para cada
parâmetro a ser monitorado, o qual deve conter (SEIFFERT: 2006): 9
aspecto/impacto ambiental e identificação de perigos e avaliação de controle
de riscos significativos; 9 quando pertinente, indicação de meta à qual está
associado, bem como o respectivo indicador de desempenho; 9 local de coleta
e método de coleta a ser empregado; 9 níveis limítrofes (inferior e superior) do
parâmetro; 9 nome do procedimento que serve como referência para realização
da análise, bem como forma de registro (formulário específico); 9 identificação
do funcionário responsável.
Em relação à escolha dos monitoramentos ambientais é imprescindível que tais
indicadores, estejam relacionados aos impactos ambientais da organização, os
mais usados estão associados à legislação ambiental (SEIFFERT: 2006): 1.
emissões atmosféricas de chaminés (SOx, material particulado, fumaça preta,
etc.);
2. parâmetros de qualidade de água (nitrito, nitrato, pH, temperatura, turbidez,
etc.); 3. emissões de escapamento de frotas de veículos (fumaça preta, etc.).
Em relação ao SSO a organização deve identificar os elementos chaves para
medição e monitoramento do sistema de gestão. Exemplos de medição e
monitoramento do desempenho da SSO são (BENITE: 2004): 1. taxa de
gravidade dos acidentes; 2. número de quase acidentes; 3. custos dos
acidentes; 4. número de doenças do trabalho; 5. medições de ruído,
iluminação, temperatura e qualidade do ar; 6. número de notificações e multas
de organismos fiscalizadores; entre outros.
Outro fato considerado em ambas as normas, OHSAS 18001 e ISO 14001, é a
obrigação que os equipamentos de monitoramento e medição utilizados e
mantidos, sejam calibrados ou verificados, e que os seus registros associados
sejam retidos.
Os registros é o único meio de demonstrar que os documentos (procedimentos
e as instruções de trabalho) relacionados ao SGIMASST estão sendo
cumpridos dentro da organização, ou seja, os registros são as únicas
evidencias objetiva do SGIMASST (OLIVEIRA: 2005).
A OHSAS 18001:2007 e a NBR ISO 14001:2004 determinam que seja
estabelecido, implementado e mantido procedimentos para garantir a:
identificação, armazenamento, proteção, recuperação, retenção e descarte dos
registros.
A forma de identificação, armazenamento, proteção, recuperação, retenção e
descarte dos registros, são (OLIVEIRA: 2005): 9 Identificação: Os registros são
identificados como Anexos dos Procedimentos ou das Instruções de Trabalho
do SGIMASST; 9 Manutenção (Armazenamento e Proteção): Os registros em
papel são arquivados em pastas suspensa, entre outras, e os magnéticos, são
gravados em discos rígidos, CD-ROM ou disquetes; 9 Recuperação: Os
registros são arquivados seguindo a indexação indicada no documento, de
forma a facilitar a sua localização. Os registros podem ser indexados por ordem
alfabética, numérica, cronológica, alfanumérica ou por assunto; 9 Descarte:
Vencido o tempo de retenção, os registros são destruídos / deletados ou
enviado para o arquivo inativo; 9 Tempo de retenção: O tempo de retenção do
registro do SGIMASST no arquivo deve ser definido, conforme a sua
aplicabilidade, respeitando sempre o tempo mínimo exigido por lei. O tempo de
descarte do registro deve ser identificado no SGIMASST.
A principal diferença entre registro da do SGIMASST e documento é que o
registro relaciona-se ao passado (registro de uma atividade realizada ou
praticada), enquanto que o documento relaciona-se ao presente e ao futuro
(como tenho que fazer a minha atividade e como irei fazê-la quando ela vier a
ser melhorada) (MELLO: 2002).
Outra determinação em relação aos registros do SGIMASST é que os mesmos
sejam estabelecidos e mantidos, conforme necessário, e que permaneçam
legíveis, identificáveis e rastreáveis (OHSAS 18001:2007) / (ISO 14001:2004).
5.3 AUDITORIA INTERNA
A NBR 19011:2002 define auditoria como: “processo sistemático, documentado
e independente para obter evidências de auditoria e avaliá-las objetivamente
para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos”.
Indiscutivelmente a auditoria interna é a melhor ferramenta de avaliação do
sistema de gestão (SGIMASST), o objetivo deste instrumento é aferir a
conformidade e monitorar a adequação do SGIMASST, além de promover a
oportunidade da melhoria contínua (MARANHÃO: 2005). Ou seja, o processo
de auditoria tem como objetivo levantar amostras objetivas, que irão avaliar a
adequação e conformidade do SGIMASST em relação à Política Ambiental
e/ou Política da SSO (Estas duas Políticas podem estar integradas em uma
mesma Política), objetivos, metas, manual, procedimentos, instruções,
especificações, legislação, códigos e norma estabelecidos e outros requisitos
contratuais ou não-contratuais aplicáveis (CERQUEIRA: 2004).
Tanto o sistema de gestão do meio ambiente como da SSO, possuem a mesma
determinação em relação planejamento e programa de auditoria interna de uma
organização, desde que a auditoria seja embasada na importância e situação
para cada atividade em relação aos requisitos especificados. Devendo as
organizações implementarem um programa de auditoria interna que analise as
contingências do SGIMASST. Como requisito, a organização deve estabelecer,
implementar e manter um procedimento contendo todas as atividades que
obrigatoriamente serão aplicadas para o cumprimento de auditoria interna
(CERQUEIRA: 2004): 9 a definição do programa de auditoria a ser
implementado. Estes programas em sua maioria são anuais, ou seja, no
período de um ano, quando deve-se assegurar que todos os requisitos do
SGIMASST são verificados, em toda a sua extensão e aplicabilidade;
9 a descrição do fluxo das atividades constante do processo de auditoria
interna; 9 a maneira adotada para formação, habilitação e qualificação dos
auditores internos; 9 o tratamento a ser dado aos relatórios de auditoria a às
solicitações de ações corretivas emitidas; 9 o processo de análise das não-
conformidades encontradas, a tomada de ações corretivas e as atividades de
acompanhamento para verificação das ações tomadas; 9 os modelos
padronizados a serem adotados para relatório de auditoria, solicitação de ação
corretiva e a lista de verificação; 9 a definição clara das responsabilidades
pelas diversas atividades; 9 a relação entre a atividade de auditoria e a análise
crítica pela Alta
Administração, que deva ser realizada em função dos resultados da primeira.
Dois pontos a serem destacados no processo de auditoria e determinado na
OHSAS 18001:2007 e na NBR ISO 14001:2004 é que: o programa de auditoria
também deve basearse nos resultados de auditorias anteriores; e que a
escolha dos auditores e a condução das auditorias devem assegurar a
imparcialidade do processo de auditoria.
Outro ponto a ser destacado no processo de auditoria é a referência que a
NBR 19011:2002 faz em relação aos três tipos de auditoria, a saber: 9
Auditorias de Primeira Parte: Algumas vezes chamadas de auditoria interna,
são as auditoria conduzidas pela própria organização, ou em seu nome, para
análise crítica pela administração e outros propósitos internos, podem formar a
base para uma auto-declaração de conformidade do SGIMASST. Em muitos
casos, particularmente em pequenas organizações,a independência pode ser
demonstrada pela liberdade de responsabilidades pela atividade sendo
auditada. 9 Auditorias de Segunda Parte: são auditorias externas que são
realizadas por partes que um interesse na organização, tais como clientes, ou
por outras pessoas em seu nome. 9 Auditorias de Terceira Parte: são auditorias
externas que são realizadas por organizações externas de auditoria
independente, tais como organizações que provêem certificados ou registros
de conformidade.
A NBR 19011:2002 ainda explica que: 9 quando a organização opta em realizar
auditoria do sistema de gestão de qualidade em conjunto com o SGIMASST,
isto é chamado de auditoria combinada; 9 quando duas ou mais organizações
de auditoria cooperam para realizar auditoria um único auditado, isto é
chamado de auditoria conjunta. 9 que o termo “independência” é a base para
imparcialidade da auditoria e objetividade das conclusões da auditoria.
Finalizando o assunto as auditorias do SGIMASST podem ser classificadas e
agrupadas, conforme a tabela 6 (CERQUEIRA: 2004):
Quanto ao objetivo ou Escopo Quanto às Partes Auditoras Quanto ao Objetivo
da Auditoria 9 Sistema 9 1ª Parte 9 Certificação 9 Supervisão ou Manutenção 9
Processo 9 2ª Parte 9 Prêmio 9 Gestão 9 Produto 9 3ª Parte 9 Garantia da
Qualidade 9 Credenciamento 9 Autodeclaração de conformidade
Tabela 6 – Classificação das auditorias 6 CORREÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA
DO SGIMASST
6.1 NÃO-CONFORMIDADES E AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS
Como introdução ao assunto, estaremos apresentando as seguintes definições
para não-conformidade, correção, ação corretiva e ação preventiva, segundo a
NBR ISO 9001:2005: 9 não-conformidade: “não atendimento de um requisito”;
9 correção: “ação tomada para eliminar uma não conformidade identificada”; 9
ação corretiva: “ação tomada para eliminar a causa de uma não conformidade
identificada ou outra situação indesejável”; 9 ação preventiva: ação tomada
para eliminar a causa de uma potencial não conformidade ou outra situação
potencialmente indesejável.
6.1.1 Acidentes, Incidentes, Não-Conformidades, Ações Corretivas e
Preventivas da SSO É determinante para a eliminação de uma não-
conformidade, acidente ou incidente, que seja identificada a causa do efeito,
para a devida tomada de ação corretiva ou preventiva. A sistemática da
identificação e análise da não-conformidade, acidente ou incidente deve
contemplar os seguintes itens (BENITE: 2004): 9 formas de identificação das
não-conformidade, acidente ou incidente; 9 técnicas a serem utilizadas para
investigação das causas; 9 forma de planejamento das ações necessárias (de
correção, corretivas ou preventivas), incluindo definição de prazos, recursos e
responsáveis; 9 forma de acompanhamento da implementação das ações
planejadas; 9 forma de avaliação da eficácia das ações implementadas.
Em relação ao sistema de gestão da SSO, há uma série de exemplos de
informações para a identificação de não-conformidade, acidente ou incidente,
resultantes do processo de medição e monitoramento, que sustentam a tomada
das ações corretivas, preventivas ou de correção, os quais são (BENITE:
2004): 9 relatórios de inspeções se segurança em obras; 9 resultado de
inspeções em equipamentos de produção; 9 indicadores que apresentem
desvios em relação ao atendimento dos objetivos e metas; 9 resultados das
auditorias internas ou externas; 9 ocorrências de acidentes e quase-acidentes;
9 notificações de organismos fiscalizadores; 9 reclamações de funcionários,
sindicatos, subcontratados e visitantes; 9 resultados da análise crítica pela Alta
Administração. Existem diversas ferramentas que podem ser utilizadas para a
identificação de causas, entre elas destacamos (BENITE: 2004): 9 Análise de
Árvore de Falhas; 9 Diagrama de Causa e Efeito; 9 Brainstorming.
Figura 8 – Exemplo de aplicação do Diagrama Causa-Efeito
6.1.2 Não-Conformidades, Ações Corretivas e Preventivas do Meio Ambiente
Como o conceito de não-conformidades, ações corretivas e preventivas e o
método de análise de causa são sempre o mesmo, independentemente do
sistema de gestão em questão, sendo mandatário apenas algumas adaptações
para utilização no SGIMASST; faz-se necessário inserir as não-conformidades
básicas voltadas ao meio ambiente (SEIFFERT: 2006): 9 comunicações
ambientais internas ou externas inadequadamente tratadas; 9 atividades de
controle operacional do meio ambiente; 9 atendimento a situações de
emergências do meio ambiente; 9 problemas associados à falta de
cumprimento de leis e normas ambientais.
Fechando o assunto e em especial a questão da correção, citaremos a
seguinte afirmação “Há duas características intrínsecas à espécie humana:
imprevisibilidade e falibilidade. Portanto, é natural que o ser humano, além de
morrer algum dia, falhe durante a sua vida, por mais perfeitos que sejam os
sistemas disponíveis. A questão essencial é ter disposição para prevenir os
erros, estar preparado para limitar-lhes os efeitos quando eles ocorrerem,
investigar as causa e tornar o sistema cada vez mais robusto, mediante
melhorias contínuas” (MARANHÃO: 2005).
Tanto na OHSAS 18001:2007 como na NBR ISO 14001:2004 o requisito da
análise crítica determina que a alta administração da organização, em
intervalos por ela prédeterminados, deve analisar criticamente o sistema de
gestão SSO/SGA, ou seja, a análise crítica do SGIMASST, para assegurar sua
conveniência, adequação e eficácia contínuas; o processo de análise crítica
deve assegurar que as informações necessárias sejam coletadas, de modo a
permitir à administração proceder a essa avaliação; a análise crítica pela Alta

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