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Parlamentarismo Sendo produto de uma longa evolução histórica, não havendo previsibilidade por linhas teóricas de sua época e também modelos de movimentos políticos determinados que o formassem. Seus desenvolvimento foram se definindo gradativamente durante muitos séculos, até que se chegasse no século XIX, sendo uma forma sistematizada de doutrina cujo nome foi apreciada por parlamentarismo ou de modo sucinto e pessoal denominado pelo Cientista Político Francês Maurice Duverger como “regime de tipo inglês” expressando como um dos grandes modelos do século XX. A Inglaterra sendo considerada como princípio sólido de um governo representativo. Presenciando as principais rebeliões dos barões e do clero contra o monarca, assistindo também à elaboração da Magna Carta, assim começa a ganhar forma o Parlamento. Contudo a criação verdadeira do Parlamento é considerada através de uma reunião acontecida após uma revolta no ano de 1265 chefiada por um nobre francês, Simon de Montfort, neto de inglesa e grande amigo de barões e eclesiásticos ingleses que lhe proporcionaram apoio a favor de uma revolta contra o rei da Inglaterra, Henrique III. A reunião acontecida ocorreu em forma de assembléia política e reunindo pessoas de igual condição política, econômica e social para tratar de assuntos relacionados ao reino. Porém Simon de Montfort morre em combate no mesmo ano de 1265, considerando esse modelo de reunião continuou se a reunirem cavaleiros considerados nobres, cidadãos e burgueses. E no ano de 1295 o rei Eduardo I oficializou essas reuniões certificando a criação do Parlamento. Após uma fase inicial de grande prestígio, o Parlamento sofre após inserções do absolutismo, acontece também sua instalação, como consequência há um enfraquecimento do poder e autoridade parlamentarista, levando assim vários séculos para impor ao monarca suas decisões, e o que irá conseguir apenas no século XVIII. Entretanto, a partir do ano de 1332, começa a criação de duas Casas do Parlamento. Os cavaleiros, cidadãos e burgueses, identificados e conhecidos como câmaras dos comuns. E os barões, que eram pares do reino, realizavam suas assembleias onde o clero não mais comparecia. Culminaram em lutas políticas, familiares e religiosas, sobre essa questão desencadeou se o processo que determinou a criação do parlamentarismo. Com a revolução Inglesa, que atingiu seu ponto mais alto nos anos 1688 e 1689, resultou com a expulsão do rei católico Jaime II, sendo assim substituído por Guilherme de Orange e Maria, ambos protestantes. O Parlamento colocasse como uma força política a partir de 1688 alterando de passagem a linha de sucessão excluindo o ramo da linha dos católicos de Stuarts. No decorrer do reinado de Guilherme e Maria e também de sua sucessora a Rainha Ana, seguiu se com a convocação de um “ Conselho de Gabinete”, que era composto por conselheiros privados, que também eram responsáveis para orientação de assuntos de relações exteriores . Ocorrendo o falecimento da Rainha Ana, no ano de 1714, o príncipe alemão Jorge, governava Hanover e territórios adjacentes, subiu ao trono com o título de Jorge I, porém não tinha conhecimento sobre os problemas políticos da inglaterra e não mostrou nenhum interesse por eles. Contudo não mostrava interesse pelo parlamento e nem pelas reuniões da assembléia,sendo assim o Gabinete continuava a tomar decisões sem a presença do rei, como consequência um dos ministros que se destacava mais, liderou o gabinete e passou a defender suas decisões perante o parlamento. O ministro Roberto Walpole, chamado também de Primeiro Ministro tinha influência sobre os demais no parlamento e controlava o rei. Obteve uma participação muito importante e decisiva, sendo que com a redução da participação e da autoridade do monarca nas decisões políticas ficava claro a distinção entre o Chefe do Estado e Chefe do Governo. Sendo Chefe do Governo - primeiro ministro e Chefe do Estado o monarca. Alguns fatos importantes que estabeleceram as características do Parlamentarismo. Ao reagir contra o rebaixamento da coroa ao Parlamento, o Rei Jorge III escolheu para Primeiro - Ministro, em 1770, Lord North, chamando para si a responsabilidade pela fixação da política do Estado. Anos antes em 1757, havia sido eleito para a Câmara dos Comuns John Wilkes, que era considerado um agitador político que era muito querido entre os mais pobres. Esse fato o fortificou tomando assim atitudes duras contra o monarca. Passou a ser acusado, na Câmara dos Lordes, aprovando um libelo acusatório o expulsou da Câmara dos Comuns, se viu forçado assim a se refugiar na França. Quando Wilkes voltou a Inglaterra foi processado e recebeu uma pena leve. Logo em seguida no ano 1774 Wilkes foi reeleito, para a Câmara dos Comuns, fortalecendo sua independência e autoridade e no mesmo ano a Câmara dos Comuns estabeleceu -o como Lord Mayor de Londres, cargo equivalente a de prefeito da capital.
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