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Urgências proctológicas - tabela

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Urgências proctológicas 
 Letícia Nano- Medicina Unimes 
 
 
 
 
 
Urgências 
proctológicas 
Localização Etiopatogenia Quadro clínico Diagnóstico Tratamento Complicações/ 
evolução 
Fissura anal Ânus – linha mediana 
posterior(90%) =6 h *Se 
lateral: pensar em 
doença inflamatórias 
(Chron, neoplasias..) 
Fezes endurecidas e/ou esfíncter 
interno não relaxado (espasmo) -
> corte na pele 
Obs.: é crônico, não traumática 
 
Dor anal pós-evacuação 
sangramento vivo anal identificado no 
papel higiênico, ou prurido 
tríade fissura: fissura, plicoma sentinela e papila 
(prega) hipertrófica 
Clínico, difícil: 
intensa dor 
Dieta com fibras, laxativas, cuidados locais 
emolientes. Tópicos: anestésicos, vasodilatadores – 
nitroglicerina, nifedipina 
Cirúrgico: fissurectomia + esfincterotomia 
Infecção, 
incontinência 
fecal (10%) -
(cirurg.) 
Hemorróidas Externa: Ânus 
- posição ginecológica: 
5,7 e 11 h 
Interna: canal anal 
Dilatação plexo hemorroidário + 
fezes endurecidas + gravidade. 
Interna: acima linha pectínea, 
revestida por mucosa 
Externa: abaixo linha pectínea, 
revestida por pele 
Externa: tumoração perianal indolor, com 
desconforto e prolapso pós evacuação, dor (se 
c/ fissura) e ânus úmido. Interna: sangramento 
e protusão -> 
Grau I: internalizada 
Grau II: se exterioriza no esforço e volta 
Grau III: volta só com redução manual 
Grau IV: não volta 
Clínico Maioria: tratamento clínico: dieta com fibras, cuidados locais 
emolientes. Tópicos: anestésicos etc 
 grau II- ligadura elástica 
grau III e IV: hemorroidectomia- retirada da pele + plexo 
hemorroidário (cirurgia Mirigan- Morgan) -> Cicatrização por 
2ª intenção 
Incontinência 
fecal (cirurg..) e 
estenose anal 
Trombose 
hemorroidária 
Ânus Complicação das hemorróidas Dor anal aguda e constante, tumoração peri-
anal fixa, arroxeada 
 
Clínico 
Não fazer o toque 
retal se massa dura! 
*depende da dor -> Clínico: Analgésico oral, heparinóide 
local, mucilaginosos se obstipado, água morna local. 
Cirúrgico: falha trat clínico ou ulceração- trombectomia. 
Cicatrização por 2ª intenção 
Dor, estenose e 
incontinência 
fecal (cirurg.) 
Abcesso 
anorretal 
Região perianal 
Reto 
Secreção bloqueada ou entrada 
de fezes nas criptas das glândulas 
de Morgani 
Tumoração perianal com sinais flogísticos, dor 
intensa, irradiando para outros órgãos, febre 
 
Obs.: não esperar a flutuação para drenar 
Clínico Drenagem precoce (+perto do ânus possível) 
Cirúrgico: dependente da localização 
Drenagem + fistulotomia.*Manter a continência fecal. 
Antibióticos em diabéticos, doença valvar cardíaca, 
imunodeprimidos 
Fístulas, Sd de 
furnier, 
incontinência 
fecal(cirurg.) 
Fístula perianal Região perianal 
+ comum: 
interesfincteriana 
Comunicação epitelial não 
fisiológica. Complicação crônica 
do abcesso perianal 
Drenagem de corrimento purulento ou 
sanguinolento, dor, prurido 
Regra de Goodsal : ginecológica - parte anterior 
-> trajeto retilíneo. Ex: orifício ext. às 2h, orifício 
int. as 2h (mesmo raio ) 
Parte posterior-> trajeto curvilíneo orifício ext. 
às 20 h, orifício int. sempre às 18 horas (curva) 
Clínico Fistulectomia 
 
Cicatrização por segunda intenção 
 
*se transesfincteriana – realizar a cirurgia em 2 tempos 
Incontinência 
fecal(cirurg.) 
Cisto pilonidal Região sacral Variante do cisto dermóide, 
contendo pelos, pele e glândulas 
sudoríparas e sebáceas. Etiologia 
desconhecida 
Tumoração dolorosa na região sacral. Piora ao 
sentar. 
+ comum em homens ou mulheres peludas 
Clínico Excisão elíptica de pele e TCSC, drenar o pus, remover os 
pelos, curetagem cuidadosa, curativos, não se utiliza 
antibiótico 
Abcesso 
Procidência do 
reto 
Reto Saliência de todas as camadas da 
parede retal fazendo protusão 
pelo ânus. 
Prolapso parcial é só a protusão 
da mucosa 
Tumoração anal que prolaba no esforço 
evacuatório, com muco e/ ou sangue vivo no 
papel e desaparece c/repouso. 
Clínico, 
retossigmoidoscopi
a e colonoscopia 
É diferente de prolapso. 
Tratamento cirúrgico – fixação do reto 
Incontinência 
fecal, 
encarceramento 
ou prolapso 
definitivo 
Fecaloma Reto, sigmóide, cólon Massa de fezes endurecidas 
devido á obstipação crônica, 
baixa ingesta hídrica... 
Obstipação, proctalgia contínua, fezes 
endurecidas na ampola retal, sensação de peso 
retal e dificuldade na evacuação 
Toque retal, raio x, 
anuscopia ou 
retossigmoidoscopi
a 
Laxantes, retirada do fecaloma manualmente pelo ânus ou 
cirurgicamente, ingesta hídrica adequada, supositórios 
Abdome agudo 
obstrutivo 
 Urgências proctológicas 
 Letícia Nano- Medicina Unimes 
 
 
 
 
 
 
Prurido anal Ânus Higiene anal inadequada, 
infestação por parasitas... 
Prurido anal intenso, sem sangramento, piora c/ 
manipulação e higiene local 
Clínico Uso tópico de esteróides Inflamação 
intensa 
Dermatomicose Ânus Origem fúngica Prurido anal intenso, piora com manipulação e 
higiene local 
Clínico Tratamento com 
Nistatina / Miconazol por 30-60 dias 
Inflamação 
intensa 
Psoríase perianal Região perianal Doença inflamatória crônica da 
pele, origem genética, c/ 
espessamento epidérmico 
Manchas vermelhas escamosas, com rurido anal 
intenso + freq. à noite, e sangramento à 
manipulação digital 
Clínico Tratamento tópico Doença crônica, 
pode ressurgir 
pós gatilhos 
Sífilis Ânus infecção pelo Treponema 
pallidum 
Diag. diferencial c fissura 
Lesão ulcerada, dor anal (2ªria) pode drenar 
secreção mucopurulenta e às vezes 
sanguinolenta, com tenesmo 
Clínico e 
laboratorial: VDRL, 
FTabs positivos 
Penincilina Benzatina 2,4 mi Regressão 
espontânea, sífilis 
2ªria ou 3ªria 
Herpes Ânus, região perianal Infecção pelo herpes vírus tipo 1 
ou 2 
lesões vesiculosas perianais, dolorosas após 
episódio gripal 
Clínico Aciclovir Regressão 
espontânea 
Condilomatose- 
HPV 
Ânus , região perianal, 
períneo, canal anal e 
reto 
Infecção pelo HPV Tumorações perianais, indolores, moles com 
formato polipoide 
 Clínico Ácido tricloroacético (ATA), crioterapia, eletrocoagulação, 
podofilina, imiquimod, interferon, vaporização a laser, 
excisão cirúrgica. 
Câncer de ânus 
Cancer de reto Reto Tipo mais comum: 
adenocarcinoma.Evolução dos 
pólipos adenomatosos/ displasia 
Peso no reto há um tempo, muco, 
hematoquezia, fezes afiladas, diarréia. 
Toque retal: lesão irregular, indolor, vegetante 
Clínico, raio X, TC, 
colonoscopia 
Cirurgia colonoscópica, aberta ou videolaparoscopia 
quimioterapia, radioterapia 
Metástases 
Plicoma Ânus Espessamento da pele do ânus Tumoração anal indolor após 
hemorroidectomia/inflamações etc 
Clínico Dieta com fibras, evitar papel higiênico. Cirurgia: grandes 
tamanhos, dificuldade higienização ou estética 
 
Hidrosadenite Região inguinal, 
perineal, ânus e nádegas 
Obliteração dos folículos 
pilosebáceos. Comum em 
mulheres, relacionado a 
depilação 
Tumorações perianais com saída de líquidos 
purulentos 
Clínico Medidas de higiene local, compressas úmidas, medicamentos 
tópicos, antibioticoterapia 
Abcessos, fistulas, 
e cicatrizes 
Sd. de fournier Períneo, anus, escroto, 
pênis, região inguinal 
Infecção aguda dos tecidos moles 
do períneo, com celulite 
necrotizante. 
Dor perineal, febre, pus, tecido friável e fétido Clínico Cirúrgico – desbridamento precoce e agressivo, 
antibioticoterapia 
Perda irreversíveldos tecidos moles 
Corpo estranho Canal anal, reto e 
sigmoide 
Introdução de objetos através do 
ânus 
Sensação de peso. Toque retal: objeto sólido e 
móvel no reto 
Clínico, raio x Remoção do objeto pelo ânus via manual ou cirúrgica Abdome agudo 
obstrutivo

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