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Metabolismo dos Lipídeos Os lipídeos são representados principalmente pelos triglicerídeos (gorduras neutras), pelos fosfolipídeos e colesterol. Os triacilgliceróis (TAG) são os lipídeos mais abundantes na dieta e constituem a forma de armazenamento de todo excesso de nutrientes (carboidratos, proteínas ou lipídeos). São altamente insolúveis, podendo ser rapidamente metabolizados ou degradados, para atender a demanda energética da célula. Os triacilgliceróis são armazenados nas células adiposas sob a forma anidra, podendo ocupar a maior parte do volume celular. Os lipídios tem o maior valor calórico entre os alimentos e sua oxidação produz mais energia do que os carboidratos. Os triacilgliceróis são os lipídios mais abundantes da dieta e constituem a forma de armazenamento de todo o excesso de nutrientes, quer seja ingerido sob a forma de carboidratos, proteínas ou próprios lipídios. Durante a digestão, gorduras e fosfolipídios são emulsificados e hidrolisados em ácidos graxos e glicerol. Os lipídios da dieta são absorvidos no intestino e aqueles sintetizados endogenamente são distribuídos aos tecidos pelas lipoproteínas plasmáticas para utilização ou armazenamento. Para serem transportados no sangue, os lipídios formam um complexo com proteínas plasmáticas (hidrossolúveis). Os produtos são sintetizados para gerar triglicerídeos na mucosa intestinal e fluir para o interior do duto torácico e então para a corrente sanguínea. Quilomícrons As mucosas intestinais absorvem ácidos graxos e os outros produtos da hidrólise e os convertem em TAG, agrupando-os ao colesterol e proteínas específicas, formando os quilomícrons. Os quilomícrons migram da mucosa para os músculos e tecido adiposo, por meio do sistema linfático e da corrente sanguínea. São grandes partículas produzidas pelas células intestinais, compostas de cerca de 85 a 95% de triglicerídeos de origem da dieta (exógeno), pequena quantidade de colesterol livre e fosfolipídios e 1 a 2% de proteínas. Transporte dos Lipídeos Certos hormônios sinalizam que o organismo está necessitando de energia metabólica, os TAGs armazenados nos tecidos adiposos são mobilizados (hidrolizados) e transportados para tecidos (músculo esquelético, coração e córtex renal) nos quais os ácidos graxos são oxidados para a produção de energia. ➙ HORMÔNIO LIPASE SENSÍVEL Os ácidos graxos liberados passam do interior do adipócito para o sangue onde se ligam a proteína albumina que são transportados para os tecidos do músculo esquelético, coração e córtex renal. Neles o ácido graxo se dissocia da albumina e difunde- se para o citosol das células nas quais servirão como combustíveis. ➙ A mobilização do depósito de TAG inicia por ação da lipase hormônio sensível (catalisa a remoção de um ácido graxo do TAG) dos adipócitos. Os ácidos graxos liberados pelos adipócitos são transportados pelo sangue ligados a albumina e utilizados pelos tecidos, incluindo fígados e músculos, como fonte de energia. O tecido nervoso e as hemácias são exceções, pois obtém energia exclusivamente a partir da oxidação da glicose. Degradação dos Lipídeos A degradação dos ácidos graxos depende de 3 processos: - Ativação - Transporte - Oxidação Ácido graxo (tecido ou dieta) será degradado no interior da mitocôndria ↳ Acil-CoA Ativação dos ácidos graxos Para a oxidação, os ácidos graxos são ativados e transportados para matriz mitocondrial. Para serem oxidados, os ácidos graxos, assim como a glicose, são primeiramente, convertidos em uma forma ativada de: Acil-CoA. Esta etapa é catalisada pela enzima acil-CoA sintase, associada a membrana externa da mitocôndria. Mas a membrana externa da mitocôndria é impermeável a Acil-CoA e somente os radicais Acila (Acil-carnitina) são introduzidos na mitocôndria, ligados a carnitina. Oxidação Mitocondrial Uma vez dentro da mitocôndria, o Acil Co-A poderá ser oxidado até Acetil Co-A. Isto ocorre através do Ciclo de β-oxidação. Produção de atp a partir da β-oxidação do ácido palmítico pelo ciclo do ácido citrico e da forsforilação oxidativa ➙ A oxidação completa de uma molécula de palmitato (16C) a CO2 e H2O, através da beta-oxidação e ciclo de Krebs e cadeia respiratória, rende 129ATP. Este rendimento, medido em ATP/mol-oxidado, é muito superior ao da oxidação completa de açucares e proteínas, pois a oxidação de um ácido graxo leva á liberação de 37,6kJ/g de energia livre, enquanto oxidação de açucares ou proteínas libera apenas 16,7kJ/g.
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