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Questionario NP -2 DIREITO TRIBUTÁRIO

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DIREITO TRIBUTÁRIO – Renata KIM – Questionário para NP2
1)	Sobre obrigação tributária responda:
a)	Quais são os objetos da obrigação tributária principal?
O CTN classifica as obrigações tributárias em principal ou acessória. 
A obrigação principal tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária, ao passo que a obrigação acessória tem por objeto as prestações positivas ou negativas previstas como forma de auxiliar as atividades de arrecadação e fiscalização tributárias. Infere-se daí a primeira distinção marcante entre as duas espécies de obrigação tributária:
Principal é uma obrigação de dar (dar dinheiro em pagamento), assumindo um cunho eminentemente patrimonial.
b)	Quais são os objetos da obrigação tributária acessória?
Acessória que é uma obrigação de fazer ou não fazer e, portanto, de característica não-patrimonial, como, por exemplo, emitir nota fiscal (fazer) ou não transportar mercadoria desacompanhada de documentação fiscal (não fazer). Assim, todas as obrigações impostas pelo Fisco que não sejam de pagar são consideradas obrigações acessórias.
2)	Quais são os elementos do tributo? Explique.
Podemos identificar no fato gerador, enquanto hipótese de incidência, os seguintes elementos:
- elemento objetivo ou elemento material: trata-se do seu núcleo. É a descrição das situações capazes de dar surgimento à obrigação tributária. Assim, o elemento material do fato gerador do imposto de renda é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza.
- elemento subjetivo: determina os sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária.
- elemento temporal: assinala o instante de surgimento da obrigação tributária.
- elemento espacial ou territorial: corresponde à determinação do local onde ocorre ou se considera ocorrida a situação prevista em lei como geradora da obrigação tributária.
- elemento quantitativo ou valorativo: é a manifestação econômica do fato gerador, e compõe-se da base de cálculo e da alíquota, possibilitando a quantificação do crédito tributário.
3)	Quais são as espécies tributárias? Quem são os estes da federação que tem a competência para sua instituição?
Impostos: Segundo o artigo 145 da CF e artigo 5º do CTN, são 3 (três) as espécies tributárias, isto é, os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria.
A Constituição Federal atribuiu a cada ente da Federação competência para instituir, com exclusividade, determinados impostos. Assim, a União pode instituir os impostos previstos nos art. 153 e 154; os Estados e o Distrito Federal, os impostos previstos no art. 155; e os Municípios e o Distrito Federal, os impostos previstos no art. 156.
Taxas: cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição (art. 145, II da CF e art. 77 do CTN).
Contribuição de melhoria: cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
4)	Sobre crédito tributário responda:
A)	Como se dá a sua constituição?
Crédito tributário é o direito subjetivo de que é portador o sujeito ativo de uma obrigação tributária, o qual lhe permite exigir do sujeito passivo o seu objeto. A obrigação tributária é um vínculo entre poder público e contribuinte ou responsável. O crédito tributário é o objeto deste vínculo. Quando nasce o crédito tributário? O crédito tributário nasce com a obrigação que decorre do fato gerador (CTN, art. 113, § 1º), mas se torna líquido e exigível apenas com o lançamento (CTN, art.142). 
Como o CTN estabelece que o crédito tributário é constituído por meio do lançamento, temos que antes de este ser realizado é como se, em termos práticos, aquele ainda não existisse, eis que não dotado de exigibilidade – é dizer, não pode ser cobrado do sujeito passivo. E isto, repita-se, apesar de já haver ocorrido o fato gerador da obrigação tributária.
B)	Quais são as hipóteses de extinção?
As principais causas extintivas encontram-se enumeradas no artigo 156 do Código Tributário Nacional: pagamento; compensação; transação; remissão; prescrição e decadência; a conversão de depósito em renda; o pagamento antecipado e a homologação do lançamento, nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1.º e 4.º; a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2.º do artigo 164; a decisão administrativa irreformável, assim entendida a defendida na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; a decisão judicial passada em julgado; a dação em pagamento de bens imóveis, na forma e condições estabelecidas na lei.
C)	Quais são as hipóteses de suspensão da exigibilidade?
O CTN prevê algumas situações que podem suspender a exigibilidade do crédito tributário, ficando o poder público temporariamente impedido de prosseguir com a sua cobrança. O assunto é tratado no artigo 151, cujos incisos V e VI foram incluídos pela Lei complementar n° 104, de 10 de janeiro de 2001. In verbis:
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - a moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras
espécies de ação judicial;
VI – o parcelamento.
D)	Quais são as hipóteses da exclusão?
As principais causas extintivas encontram-se enumeradas no artigo 156 do Código Tributário Nacional: pagamento; compensação; transação; remissão; prescrição e decadência; a conversão de depósito em renda; o pagamento antecipado e a homologação do lançamento, nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1.º e 4.º; a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2.º do artigo 164; a decisão administrativa irreformável, assim entendida a defendida na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; a decisão judicial passada em julgado; a dação em pagamento de bens imóveis, na forma e condições estabelecidas a lei.
As causas extintivas têm o poder de liberar o contribuinte da relação de sujeição que possui com a Fazenda Pública.
5)	Sobre lançamento tributário responda:
A)	Quais são as informações que devem ser apresentadas?
Para que o sujeito ativo possa cobrar o tributo ou a penalidade pecuniária, necessita realizar um procedimento administrativo denominado lançamento, que consiste em: verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente; determinar a matéria tributável; calcular o montante do tributo devido identificar o sujeito passivo; e sendo caso, aplicar a penalidade eventualmente cabível.
B)	Quais são as modalidades? Cite exemplo.
Na linguagem do Código Tributário, existem três modalidades de lançamento, a saber:
Lançamento por declaração - Desta modalidade cuida o art. 147 do CTN, nestes termos: “O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.” A título de exemplo, suponhamos de fulano de tal promoveu a entrada de produto estrangeiro no território nacional, que é tributada por meio do imposto sobre importação. Para que a autoridade fiscal possa realizar o lançamento desse imposto, é necessário que ela seja informada, pelo próprio sujeito passivo ou por outra pessoa, da referida entrada do produto no país, eis que, do contrário, não terá sequer ciência da ocorrência
do fato gerador do referido tributo.
Lançamento de ofício – O lançamento se considera de ofício quando sua realização independe de qualquer informação por parte do sujeito passivo ou de terceiro. E independe porque, neste caso, a autoridade administrativa já dispõe de todos os dados de que necessita para executar o procedimento em questão.
Lançamento por homologação – O lançamento por homologação ocorre quanto aos tributos
cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
6)	Quais são os bens não afetados pela penhorabilidade nos termos do artigo 831 do CPC?
O artigo 184 prevê as exceções à penhora dos bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. Nesta esteira, estabelece o artigo 649 do CPC:
Art. 649. São absolutamente impenhoráveis:
I - Os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à
execução;
II - Os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do
executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns
correspondentes a um médio padrão de vida;
III - Os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se
de elevado valor;
IV - Os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de
aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por
liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os
ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal,
observado o disposto no § 3º deste artigo;
V - Os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou
outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão;
VI - O seguro de vida;
VII - Os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem
penhoradas;
VIII - A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada
pela família;
IX - Os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação
compulsória em educação, saúde ou assistência social;
X - Até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em
caderneta de poupança;
XI - Os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por
partido político.
7)	As garantias previstas nos artigos 183 e seguintes do CTN são enumeradas em rol taxativo ou exemplificativo? Justifique.
O artigo 183 do Código Tributário Nacional estatui que:
Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram.
Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza deste nem a obrigação tributária a que correspondam. 
Observa-se a partir da leitura do caput do artigo acima mencionado, que o rol legal das garantias atribuídas ao crédito tributário não é obstativo de outras tantas que, estando previstas de modo expresso em lei, venham a incrementá-lo.
Nesse passo, em geral, não se trata de uma enumeração exaustiva ou taxativa, mas, sim, exemplificativa, cabendo aos legisladores federal, estadual, distrital e municipal a inclusão de outras hipóteses não abarcadas pelo Diploma Tributário, desde que previstas em lei expressa.
8)	Em qual situação presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas?
Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas do sujeito passivo em débito com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.
9)	Em quais situações o juiz determinará a indisponibilidade de bens e de direitos do devedor de tributos?
A lei complementar n° 118/2005 acrescentou ao CTN o artigo 185-A:
Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
10)	Quais são os créditos considerados preferencias?
O Código Tributário Nacional, em seu artigo 186, que foi expressivamente alterado com a LC 118/2005, detalha a preferência do crédito tributário em relação a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da constituição deste, salvo os créditos decorrentes da legislação do trabalho. Estabelece o artigo 186 do CTN:
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. 
 Parágrafo único. Na falência:
 I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado;
 II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e
 III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.
Segundo esse dispositivo, os créditos tributários possuem preferência em relação aos demais, ressalvados, agora, os créditos trabalhistas e os créditos de acidente do trabalho.
11)	No caso de concurso de preferência qual a ordem a ser respeitada?
É de tal ordem o privilégio do crédito tributário, que sua cobrança judicial não está sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. É o que dispõe o artigo 187 do CTN, com redação dada pela lei complementar n° 118/2005.
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.
O parágrafo único desse artigo, porém, estabelece o concurso de preferência entre as diferentes pessoas jurídicas de direito público.
Parágrafo único. O concurso de preferência somente ser verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem:
I. União;
II. Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pro rata;
III. Municípios, conjuntamente e pro rata.
Portanto, a ordem de concurso de preferência é a seguinte:
1º lugar: União, INSS e Autarquias Federais;
2º lugar: Estados e Distrito Federal, bem como suas Autarquias;
3º lugar: Municípios e suas Autarquias.
12)	Qual a condição para a concessão de recuperação judicial?
A lei complementar n° 118/2005, acrescentou ao CTN o artigo 191-A, estabelecendo que a concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o disposto nos art. 151, 205 e 206 do CTN.
Art. 191-A. A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei.
13)	Qual a condição para contratar com a administração pública dos artigos 193 do CTN?
O artigo 193 estatui que “salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre”.
Observe que, no que se refere à possibilidade de o Poder Público contratar com quem lhe deve, o CTN não é muito rigoroso, pois exige a
prova de quitação apenas dos tributos relacionados à atividade objeto da contratação e, ainda assim, somente os devidos à entidade política contratante. E, mais do que isso, abre ainda a possibilidade de a lei dispensar a prova de quitação.
Mas a lei n° 8.666/93, que estabelece normas para licitações e contratos da Administração Pública, no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, conhecida como Lei das Licitações, adotou postura bem mais rígida em seu artigo 29, exigindo, para habilitação nas licitações públicas: a) prova de regularidade fiscal para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante; e b) prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Acerca do assunto, é oportuno destacar também a disposição do artigo 195, § 3°, da Constituição Federal: “A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios”.
14)	Qual é a ordem preferência dos créditos nos termos da lei 11.101/2005 (LEI DE RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA)? 
O artigo 83 da Lei de Falências define:
Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:
I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;
II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;
IV – créditos com privilégio especial, a saber:
a) os previstos no art. 964 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia;
d) aqueles em favor dos microempreendedores individuais e das microempresas e empresas de pequeno porte de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
V – créditos com privilégio geral, a saber:
a) os previstos no art. 965 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;
c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
VI – créditos quirografários, a saber:
a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento;
c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo;
VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias;
VIII – créditos subordinados, a saber:
a) os assim previstos em lei ou em contrato;
b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.
O artigo 84 da Lei de Falências define quais serão os créditos extraconcursais:
Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a:
I - remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos
relativos a serviços prestados após a decretação da falência;
II - quantias fornecidas à massa pelos credores;
III - despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição
do seu produto, bem como custas do processo de falência;
IV - custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha
sido vencida;
V - obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a
recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da
falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da
falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.
15)	Sobre princípios constitucionais tributários responda:
No que consiste:
A) IRRETROATIVIDADE
O princípio da irretroatividade está consagrado no artigo 150, III, da CF:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
. . .
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
Entretanto, em matéria tributária, a lei não está proibida de reduzir ou dispensar o pagamento de tributo a fatos do passado. Mas para aumentar tributo – o princípio é inafastável: a lei não pode retroagir, aplicando- se tão só aos fatos futuros.
B) ANTERIORIDADE GERAL
Princípio da anterioridade geral – significa que o tributo criado ou aumentado não pode vigorar no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que criou ou o aumentou. 
Exceções: CTN, artigos 148, I, 154, II, 195, § 6º e 153, I, II, IV e V.
C) ANTERIORIDADE NONAGESIMAL
A EC/42 acrescentou a figura da “noventena” ou “anterioridade nonagesimal”, cujo significado é de que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não podem exigir tributos “antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou” (CF, art. 150, III, “c”). 
Com base nesta regra, tributo instituído em lei que tenha entrado em vigor em 1º de dezembro de um determinado ano não pode ser exigido já em 1º de janeiro do ano seguinte – apesar de isto satisfazer a anterioridade de que trata a letra “b” do mesmo inciso II daquele art. 150 –, posto ser necessário aguardar-se o lapso temporal de noventa dias entre a data em que a lei entrou em vigor e a data em que o tributo poderá começar ser exigido.
Exceções: art. 148, I, 154, II, 153, I, II, III e V, e a base de cálculo dos impostos: IPVA e IPTU

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