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Atividade Estradas

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Atividade Complementar – Estradas
10ª série B - Noturno – Engenharia Civil
1 - Quais fatores influenciam no traçado de uma estrada?
Existem vários estudos que precisam ser analisados ao iniciar o projeto de uma estrada, como o estudo de tráfego, os fatores econômicos, os fatores sociais, os fatores geométricos, os fatores físicos e fatores técnicos
2 – Descreva as fases para elaboração do projeto geométrico de uma estrada.
Reconhecimento (tem como objetivo principal o levantamento e a análise de dados da região necessários à definição dos possíveis locais por onde a estrada possa passar), exploração (nesta fase são detectados os principais obstáculos topográficos, geológicos, hidrológicos e escolhidos locais para o lançamento de anteprojetos), projeto da exploração (são desenvolvidos outros estudos, além dos topográficos, como os relativos à tráfego, hidrologia, geologia, geotécnica, etc.), projeto da locação (projetos geométrico, drenagem, terraplenagem, pavimentação, etc.) e projeto definitivo (é o conjunto de todos esses projetos, complementado por memórias de cálculo, justificativa de soluções e processos adotados, quantificação de serviços, especificações de materiais, métodos de execução e orçamento).
3 – Quais as etapas devem ser seguidas para elaboração de um anteprojeto de estrada?
Reconhecimento da região; possíveis locais de passagem; levantamento de obstáculos topográficos, geológicos, hidrológicos; coleta de dados; mapas, cartas, fotos aéreas, topografia, dados socioeconômicos, de tráfego, estudos anteriores; levantamento de alternativas possíveis; traçado da rodovia: representa espacialmente a rodovia (planta e perfil); diretriz do traçado: ampla faixa de terreno ao longo e ao largo da qual presume-se que possa ser lançado o traçado da rodovia; pontos de passagem obrigatórios; levantamento de quantitativos e custos preliminares das alternativas; avaliação dos traçados; elaboração de plantas e perfis.
4 – Quanto à declividade em um projeto de estradas. Explique.
Declividade é a tangente do ângulo com a horizontal. Na prática, a declividade é expressa em porcentagem. As declividades máximas recomendadas pelo DNIT dependem da classe da estrada de rodagem, considerando como principal fundamento para essas recomendações a velocidade que os automóveis e, principalmente, os caminhões, conseguem manter nos aclives. Na maior parte das regiões do estado de São Paulo aceita-se uma declividade média de 7% como muito boa para um projeto seguro.
5 – Como apresentar um projeto de estradas? Quais elementos compõem um projeto? Explique.
Um projeto de rodovia pode ter subdivisões conforme suas necessidades, mas de maneira geral, os projetos são padronizados, compreendendo os seguintes tópicos: Estudo de tráfego, estudo de viabilidade técnica-econômica, estudos hidrológicos, estudos topográficos, estudos geológicos e geotécnicos, projeto geométrico, projeto de terraplanagem / obras de arte correntes, projeto de drenagem, projeto de pavimentação, projeto de obras de arte especiais, projeto de interseções, retornos e acessos, projeto de obras complementares, projeto de sinalização, projeto de desapropriação, projeto de instalações para operação da rodovia, orçamento dos projetos, plano de execução dos serviços, documentos para licitação, estudo de impacto ambiental (EIA), relatório de impacto ambiental (RIMA).
6 – Quanto ao desenvolvimento do traçado de uma estrada, argumente sobre curvas horizontais, verticais, superelevação e superlargura.
As curvas horizontais são usadas para desviar a estrada de obstáculos que não possam ser vencidos por algum outro motivo de projeto.
As curvas verticais devem ser suaves e bem concordadas com as tangentes verticais, elas devem estar contidas nos trechos de curva horizontal. Isto, além de oferecer melhor aspecto estético tridimensional, aumenta as distâncias de visibilidade em alguns casos.
Superelevação inclinação transversal da pista nas curvas horizontais, para compensar o efeito da força centrífuga sobre os veículos.
Superlargura é uma largura adicional dada à pista nos trechos em curva de modo a assegurar ao tráfego condições de segurança e comodidade.
7 – Qual a importância de um levantamento topográfico planialtimétrico para um projeto geométrico?
O levantamento topográfico planialtimétrico tem como objetivo mapear a superfície de um terreno. Esse método permite tanto a medição das projeções horizontais quanto das diferenças de alturas do relevo. Tal mapeamento gera dados que são imprescindíveis para a elaboração do projeto geométrico.
8 – Quanto ao traçado do eixo de uma estrada, qual a importância da utilização de cartas geográficas, fotos, imagens?
Ao iniciar os trabalhos de reconhecimentos, quando se tem acesso a cartas geográficas, mapas, fotos ou imagens, os trabalhos preliminares são bem facilitados, tendo em vista que, com estas informações, já é possível determinar previamente alternativas de traçados para a estrada.
9 – Pode-se também fazer reconhecimento terrestre para elaboração do projeto de uma estrada, como se dá esse reconhecimento?
Em duas etapas: Primeiramente o local é inspecionado, verificando todos os possíveis traçados, em seguida é realizado um levantamento topográfico.
10 – Na etapa de reconhecimento de campo, quais trabalhos de escritório podem ser elaborados no projeto prévio da estrada?
Na etapa de reconhecimento é feito um relatório completo e detalhado que recebe o nome de Memorial do Reconhecimento, no qual devem ser justificadas todas as opções adotadas.
O memorial deve apresentar uma descrição dos dados coletados, abordando aspectos econômicos gerais da região atravessada, fornecendo notícias sobre a cultura do solo, população e atividade econômica principal das cidades e povoados atravessados, enfim, tudo que possa contribuir para uma atualização do conhecimento socioeconômico da região.
Além da parte de texto, deve ser elaborado o desenho da linha de reconhecimento em planta e perfil. 
Os traçados são representados graficamente através de um anteprojeto geométrico em planta e perfil. Em planta, consiste no lançamento de tangentes e curvas circulares, observadas as condicionantes expostas acima. Em perfil, consiste no lançamento do greide preliminar das alternativas dos traçados, podendo ou não ser concordado por curvas verticais, dependendo da escala das plantas.
Todas as alternativas de traçado da estrada serão orçadas em nível preliminar, para servir de base na avaliação técnico-econômica. A avaliação técnico-econômica das alternativas de traçado consiste em se obter os custos totais de transporte, composto dos custos de construção, operação e conservação, de cada alternativa.
11 – Após a elaboração do projeto geométrico, o mesmo tem que ser materializado para implantação da obra, como se dá o transporte dos dados de projeto para o campo?
Através da planta baixa, que é a representação da projeção da estrada sobre um plano horizontal. A Planta Baixa, em geral, é desenhada na escala 1:2.000.
O Perfil Longitudinal, que é a representação da projeção da estrada sobre uma superfície cilíndrica vertical que contém o eixo da estrada em planta, normalmente é desenhado nas escalas 1:2000 (horizontal) e 1:200 (vertical).
A representação gráfica do perfil longitudinal, preferencialmente, deverá ser feita na mesma folha em que é desenhada a planta, com correspondência de estaqueamento.
12 – Acidentes geográficos encontrados no trecho onde será projetada a estrada interfere no projeto? Explique.
Regiões topograficamente desfavoráveis geralmente acarretam grandes movimentos de terra, elevando substancialmente os custos de construção.
As condições geológicas e geotécnicas podem inviabilizar determinada diretriz de uma estrada. Na maioria dos casos são grandes os custos necessários para estabilização de cortes e aterros a serem executados em terrenos desfavoráveis (cortes em rocha, aterros sobre solos moles, etc.).
13 – Volume do Tráfego é importante para o projeto de uma estrada?
Explique.
Sim, o conhecimento da composição dos volumes é essencial pelos os efeitos que os veículos exercem entre si, a composição da corrente de veículos que passa por uma via influi em sua capacidade; as porcentagens de veículos de grandes dimensões determinam as características geométricas que devem ter as vias, e os seus pesos as características estruturais; os recursos que podem ser obtidos dos usuários de uma via, dependem entre outros fatores, da composição do seu tráfego.
14 – Quais os tipos de tráfego existem em uma rodovia?
Tráfego Existente ou Normal: definido como sendo aquele que já se utiliza de um determinado trecho, independente da realização ou não do investimento;
Tráfego Desviado: definido como sendo aquele que, por razão das melhorias introduzidas em um trecho, é desviado de outras rotas para o trecho em questão;
Tráfego Gerado: definido como sendo aquele constituído por viagens criadas pelas obras realizadas no trecho;
Tráfego Induzido: definido como sendo aquele criado por modificações socioeconômicas da região de influência do trecho.
15 – Quais os principais tipos de classificação de rodovias? Explicar.
Quanto à posição geográfica: As rodovias federais no Brasil são identificadas pela sigla BR, seguindo-se um traço, uma centena, uma barra e outra sigla correspondente ao estado da federação onde está implantada. O primeiro algarismo define a direção dominante da rodovia. As rodovias estaduais trazem a sigla do estado, seguida de um traço e, logo a seguir, uma centena. Cada estado da Federação tem uma maneira própria de classificar essa centena, não havendo, ainda, uma normatização única para todos eles. As rodovias municipais também não possuem uma normalização única quanto à denominação.
Quanto à função: arteriais, coletoras e locais.
Quanto à jurisdição: estradas federais, estradas estaduais, estradas municipais e estradas vicinais.
Quanto à proximidade de aglomerados populacionais: rodovias urbanas e rodovias rurais.
Quanto à finalidade: comerciais e estratégicas
Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica): Classe 0, Classe I, Classe II, Classe III e Classe IV.
16 – O que você entende por elementos geométricos das estradas de rodagem? Explicar.
São elementos gráficos das interseções, retornos e acessos, como: pistas, acostamentos, faixas de mudança de velocidade, faixa de domínio, superelevações, canteiros, ilhas, declividade transversal e longitudinal, elementos de curvas verticais e horizontais, valor e posição de gabaritos mínimos da passagem superior ou inferior, coordenadas dos eixos dos pilares.
17 – O que é greide de uma estrada?
É a inclinação longitudinal em relação à horizontal, geralmente expressa em percentagem. A sua representação, no plano vertical, corresponde a um perfil constituído por um conjunto de retas, concordado por curvas, que, no caso de um projeto rodoviário, irá corresponder ao nível atribuído à estrada.
18 – O que é seção transversal de uma estrada? Quais os tipos de seção, represente graficamente.
Seção transversal pode ser descrita como cortes da estrada, feitos por planos verticais, perpendiculares ao eixo da estrada.
19 – O que são taludes de corte e aterro?
Talude é a forma de caracterizar a inclinação da saia do aterro ou a rampa do corte. Talude de Corte: a inclinação desses taludes deve ser tal que garanta a estabilidade dos maciços, evitando o desprendimento de barreiras. A inclinação deste tipo de talude é variável com a natureza do terreno. Talude de Aterro: a inclinação deste tipo de talude depende da altura do aterro.
20 – O que são faixas de tráfego? Explique.
Faixa de tráfego é denominado o espaço especificado à passagem de um veículo por vez. A largura das faixas de rolamento é obtida adicionando-se à largura do veículo de projeto a largura de uma faixa de segurança, função da velocidade de projeto e do nível de conforto de viagem que se deseja proporcionar.
21 – Como se dá a classificação dos terrenos ou regiões onde a estrada será construída?
A Norma de estradas do DNER determina a existência de 4 tipos de regiões: plana, ondulada, montanhosa e região escarpada.
22 – O que significa velocidade de projeto e velocidade de operação?
Velocidade de projeto é a velocidade selecionada para fins de projeto, da qual se derivam os valores mínimos de determinadas características físicas diretamente vinculadas à operação e ao movimento dos veículos. Normalmente é a maior velocidade com que um trecho viário pode ser percorrido com segurança, quando o veículo estiver submetido apenas às limitações impostas pelas características geométricas. Velocidade de Operação é a mais alta velocidade com que o veículo pode percorrer em uma dada via atendendo às limitações impostas pelo tráfego, sob condições favoráveis de tempo. Não pode exceder a velocidade de projeto.
23 – O que significa veículo de projeto?
Veículo de projeto é o veículo teórico de uma certa categoria, cujas características físicas e operacionais representam uma grande quantidade das características da maioria dos veículos existentes nessa categoria.
24 – Qual a importância de calcular a distância de visibilidade nas rodovias? Quais os tipos de distância?
A distância de visibilidade é um parâmetro muito importante, ela analisa vários parâmetros que são utilizados para desenvolver o tempo de reação, nela pode-se verificar que quanto maior a velocidade, menor a visão periférica do motorista. Em um projeto as distâncias utilizadas são: distância de visibilidade de frenagem e distância de frenagem.

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