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1 - Aula Ambiental - Política Nacional do Meio Ambiente - Lei nº 6 938 de 1981

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A POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Lei nº. 6.938 de 31 de agosto de 1981
Faculdade Católica de Rondônia
Disciplina: Direito Ambiental
Profª.: Mestre Marta Luiza L Salib
Surgimento: Ecodesenvolvimento pregado em Estocolmo, 1972. 
Milagre Econômico no Brasil (1968/1974)
Objetivo: equilíbrio entre a política desenvolvimentista vigente à época e a proteção do meio ambiente. 
Papel principal: proteger o meio ambiente, sem se tornar um obstáculo ao desenvolvimento econômico, pregando o desenvolvimento sustentável que teve seu embrião na Declaração de Estocolmo!
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
A PNMA surge para regulamentar o artigo 8º, XVII, alíneas c, h e i da CF de 1967. 
Competência da União para legislar sobre:
c) normas gerais de direito financeiro; de seguro e previdência social; de defesa e proteção da saúde; de regime previdenciário;
h) jazidas, minas e outros recursos minerais; metalurgia; florestas, caça e pesca;
i) águas, energia elétrica e telecomunicações. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
É anterior a CF/88 e foi por ela recepcionada.
A Lei 6.938/81 é um exemplo do exercício da competência concorrente, onde a União fixa normas gerais. 
A partir desta Lei é que podemos falar, efetivamente, no direito ambiental como uma ciência autônoma. (Fase da Tutela Autônoma do Meio Ambiente)
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Mesmo com todo o discurso em Estocolmo e com a implantação desta política de proteção, local e mundial, a agressão ao Meio Ambiente cessou? 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
03 Dezembro de 1984 – Acidente industrial e químico em Bhopal na Índia. Indústria de pesticidas deixou vazar gás letal do isocianato de metila, produzindo uma nuvem que se espalhou. Só neste dia, morreram 3 mil pessoas ainda dormindo; 20 mil posteriormente e 500 mil pessoas sofreram problemas por causa do gás. 
Em 26 de abril de 1986 - acidente nuclear na cidade de Chernobyl, na Ucrânia. Explosão do Reator nº. 04. A radiação atingiu 100 mil Km². Governo soviético admitiu 15 mil mortes; fala-se em 80 mil. Estima-se que entre 14 mil e 30 mil cânceres adicionais de tireóide aconteçam em 70 anos. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Setembro de 1987 – acidente com o Césio 137 em Goiânia/GO. Maior acidente nuclear do mundo fora de Usinas Nucleares. Abandono irregular de aparelho de Raio X. Rendeu 6 mil toneladas de lixo radioativo, confinados em 1200 caixas, 2900 tambores e 14 contêineres (enterrados em buraco revestido de aço e concreto) em Abadia de Goiás/GO, onde deve ficar por 180 anos. 
Entre 1984 e 1987 - houve a morte de 60 milhões de pessoas vítimas de desnutrição e consumo de águas impróprias e também neste período, agravou-se a crise hídrica na África provocando a morte de um milhão de pessoas. 
Março de 1989 – Super petroleiro Exxon Valdez colide em um bloco de gelo, deixando vazar 36 mil toneladas de petróleo bruto, o que se espalhou pelas águas do mar do Alasca. 1800 km de praia ficaram cobertas de piche. Um dos maiores acidentes ecológicos da história dos EUA e do mundo. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
1987 – Apresentação do Relatório Brundtland – no âmbito da ONU. “Nosso Futuro Comum”
	- Estudo de 7 anos, chefiado pela primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, que propôs uma primeira noção de desenvolvimento sustentável, como sendo aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas necessidades!
1992 - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD
	 Conhecida como ECO 92 ou Cúpula da Terra, foi realizada no Rio de Janeiro. 
	* Deu origem a Declaração do Rio de Janeiro e vários outros documentos, como Agenda 21, Convenção sobre diversidade biológica e a Convenção quadro sobre Mudança de clima. 
Pontos importantes da ECO-92
Consagra o conceito de desenvolvimento sustentável e consenso acerca da importância desenvolvimento sustentável, inclusive pelos países em desenvolvimento;
Acordo entre os países em desenvolvimento para receberem apoio financeiro e tecnológico para alcançarem modelos de sustentabilidade, inclusive com redução de consumo de combustíveis fósseis (carvão e petróleo). 
Princípios importantes expressos nesta Convenção:
- Princípio da Garantia do desenvolvimento econômico e social ecologicamente sustentado; (Disposto em vários Princípios: 2,4, 12)
- Princípio da Avaliação prévia dos impactos ambientais das atividades de qualquer natureza (Princípio nº. 17)
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Política Nacional do Meio Ambiente, nas palavras de Ricardo Carneiro¹:
“a política ambiental é a organização da gestão estatal no que diz respeito ao controle dos recursos ambientais e à determinação de instrumentos econômicos capazes de incentivar as ações produtivas ambientalmente corretas”.
- Em suma, política ambiental compreende as diretrizes gerais firmadas em lei para harmonizar e integrar as políticas públicas de meio ambiental dos entes federativos, visando torná-las mais eficazes. 
1 CARNEIRO, Ricardo. Direito ambiental: uma abordagem econômica. Rio de Janeiro: Forense, 2013. p. 98.
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Esta Lei introduz um MICROSSISTEMA LEGAL DE PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE, pois subdivide-se a PNMA em:
Princípios destinados a formulação da PNMA;
Objetivos (Geral e específicos) da PNMA
Instrumentos de implementação da PNMA
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
1 - OBJETIVOS DA PNMA
1.1 - OBJETIVO GERAL: Artigo 2º, caput, da Lei 6.938/81:
“A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioecônomico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, (…)”
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Preservar: Manter o estado natural dos recursos naturais; Evitar intervenção humana
Melhorar: Por meio da intervenção humana, melhorar a qualidade ambiental, com manejo adequado das espécies animais, vegetais e dos outros recursos naturais; 
Recuperar: Buscar o status quo ante de uma área degradada por meio da intervenção humana, fazendo com que ela volta a possuir as características ambientais anteriores. 
É o objetivo mais difícil, pois em alguns casos, o dano ambiental é tão grande que se torna impossível a reversão. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
1.2) OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA PNMA
- Artigo 4º da Lei 6.938/81:
1) Compatibilizar desenvolvimento econômico-social com a preservação do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
2) Definir áreas prioritárias de ação governamental relativas a qualidade e ao equilíbrio ecológico;
3) Estabelecer critérios e padrões de qualidade e normas relativas ao uso e manejo dos recursos ambientais;
4) Desenvolver pesquisas e tecnologias para melhorar o uso racional dos recursos ambientais;
	
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA PNMA
Artigo 4º da Lei 6.938/81:
5) Difundir tecnologias de manejo, divulgar dados e informações ambientais e trabalhar para promover a consciência pública da necessidade da qualidade e equilíbrio ecológico. 
6) Preservar e restaurar os recursos ambientais para sua utilização racional;
7) Impor ao poluidor e ao predador a obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos e impor ao usuário a contribuição pelo uso dos recursos ambientais. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Ambos os objetivos (geral e específicos) tem a concepção de que a PNMA tem como 
	primeira finalidade maior: a promoção do desenvolvimento sustentável e como 
	última finalidade maior: a efetivação doprincípio da dignidade da pessoa humana. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
2 - ASPECTOS PRINCIPIOLÓGICOS 
O artigo 2º da Lei traz alguns princípios, mas que em verdade, pode-se perceber que a redação dos artigos sugere mais ações a serem tomadas do que princípios propriamente ditos. 
Assim, os “princípios” citados nestes artigos são uma decorrência dos princípios gerais do Direito Ambiental, senão vejamos:
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
 Aspectos principiológicos 
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia á vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioecônomico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I –Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; (PRINCÍPIO DA NATUREZA PÚBLICA DA PROTEÇÃO AMBIENTAL)
II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar (PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL)
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
 Aspectos principiológicos 
IX – proteção de áreas ameaçadas de degradação; (PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO)
X – educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente. (PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO)
3 – INSTRUMENTOS PARA PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE
São mecanismos utilizados pela Administração Pública ambiental para atingir os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente. 
Fundamento constitucional: Art. 225, §1º e seus incisos da CF/88. 
Estão previstos no artigo 9º da Lei nº. 6.938/81. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Art. 9º. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: 
I – Estabelecimento de padrões de qualidade ambiental. 
	Padrões de qualidade: Decorrem das normas firmadas pelas leis ambientais e pelos órgãos administrativos que indicam valores máximos de poluentes permitidos. Indica os níveis de poluição do ar, da água, do solo e dos ruídos. 
- Ex: Resolução CONAMA nº. 420/2009: “Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto a presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas”. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Art. 9º. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: 
II – o zoneamento ambiental;
	
* Zoneamento ambiental ou zoneamento ecológico econômico: - Regulamentado pelo Decreto nº. 4.297/2002, que em seu artigo 2º o define assim: 
	
		Art. 2º. O ZEE, instrumento de organização do território, 		a ser obrigatoriamente seguido na implantação de 			planos, obras e atividades públicas e privadas, estabelece 		medidas e padrões de proteção ambiental destinados a 		assegurar a qualidade 	ambiental, dos recursos 		hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, 		garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria 		das condições de vida da população. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
OBS: O zoneamento NÃO SUBSTITUI o Plano Diretor Urbano ou leis de ordenamento dos territórios, de competência dos munícipios, mas firma normas gerais e objetivos que deve ser levados em consideração para fixação das zonas de proteção ambiental. 
	- Tanto que o artigo 5º do Decreto 4.297/2002 diz: 
		Art. 5º: O ZEE (…) obedecerá aos princípios da função 		socioambiental da propriedade, da prevenção, da 			precaução, do poluidor-pagador, do usuário-pagador, da 		participação informada, do acesso equitativo e da 			integração”. 
Obs: 	Artigo 186 da CF/88;
		Artigo 182, §2º da CF/88.
 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Art. 9º. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: 
III – a avaliação de impactos ambientais;
AIA: Instrumento de gestão administrativa ambiental que permite avaliar a qualidade e quantidade do impacto ambiental a ser causado por uma obra ou empreendimento. É um instrumento de defesa do meio ambiente. Tem por finalidade embasar as decisões quanto ao licenciamento. 
- Por meio desse documento, é possível apontar a viabilidade ambiental de certa atividade, aumentando os impactos positivos e minimizando os impactos negativos. 
 - Fundamento jurídico: Princípio da Prevenção e da Precaução. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Fundamento jurídico: Princípio da Prevenção e da Precaução. 
A AIA é um elemento imprescindível para o Licenciamento Ambiental. Mas nem sempre foi assim. 
1972 – Primeira vez que o Brasil realizou uma AIA, na construção da hidrelétrica de Sobradinho/RJ, por exigência do Banco Mundial, que financiou feito por técnicos estrangeiros. 
1977 - Decreto Estadual nº. 1.633/77: 1ª regramento pormenorizado no Brasil: Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras – SLAP -, no RJ.
1990 – Decreto 99.274/90, art. 7º, IV, que regulamentou a Lei 6.938/81. 
Fica clara a possibilidade de se exigir a realização de estudos ambientais, vinculando- o ao procedimento de licenciamento: 
		Art. 7º. Compete ao Conama (…)
	IV – determinar, quando julgar necessário, antes ou após o respectivo 	licenciamento, a realização de estudo das 	alternativas e das possíveis 	consequências ambientais 	de projetos públicos ou privados (…)
 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
AIA não se confunde com o EIA, que origina o RIMA! 
EIA: Estudo de impactos ambientais. É documento técnico onde se avaliam as consequências para o ambiente do projeto analisado. É responsável por dizer a respeito de análises, bibliografias, coleta de materiais; é multidisciplinar. Faz parte do processo de análise da Avaliação de impacto ambiental. Art. 225, §1º, IV da CF/88. 
		
RIMA: Relatório de impacto ambiental. É o Relatório em que se apresenta as conclusões do estudo do impacto ambiental. Este relatório é responsável pelos levantamentos e conclusões, devendo o órgão público licenciador analisar o relatório. 
Aprovado o RIMA em audiência pública, o órgão ambiental emite a Licença Prévia.
 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
IMPORTANTE: Apenas em obras de impacto ambiental é que se exige o EIA/RIMA. 
- Em Obras que terão menos impacto também exige-se a licença, mas com outros estudos ambientais mais simplificados. 
- Previsão: Art. 3º, parágrafo único da Resolução CONAMA nº. 237/97: 
		Art. 3º. A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas 		efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio 		dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de 		impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, 		garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo 			com a regulamentação. 
		Parágrafo único: O órgão ambiental, verificando que a atividade ou 			empreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação 		do meio ambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo 		processo de licenciamento!. 
- De qualquer forma, teremos avaliação de impacto ambiental (AIA), conforme prevê o artigo 9º da Lei 6.938/81, mas não necessariamente através do EIA/RIMA! 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Obs: Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
Detectar os impactos negativos e positivos de determinado empreendimento ou atividade no meio ambiente artificial (ou meio ambiente urbano)
Contemplar os impactos dos empreendimentos quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades.
Lei municipal define quais atividadesprecisarão de EIV
Não substitui a elaboração do EIA: tem funções claramente distintas. 
 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Art. 9º. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: 
IV – o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; 
Licenciamento Ambiental: É o processo administrativo que tramita perante a instância administrativa responsável pela gestão ambiental, a fim de realizar um controle prévio das atividades humanas, estabelecendo condições e exigências para o exercício de atividades potencial ou efetivamente lesivas ao meio ambiente. 
Licença Ambiental: é o ato administrativo complexo resultante do procedimento administrativo de licenciamento, no qual se realizam estudos ambientais que embasam a concessão ou não do pedido, com amplo contraditório. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Conceitos na Resolução CONAMA nº. 237/97:
Art. 1º. Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva o potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. 
Licença Ambiental: Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.”
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
PROCESSO X PROCEDIMENTO
	* Forma-se uma relação jurídica entre Estado/Administração e o administrado, tendo como base os preceitos constitucionais que devem animar todos os processos: 
		* Contraditório
		* Ampla defesa
		* Devido processo legal: (juízo imparcial, razoável duração do processo, decisões motivadas etc). 
A Licença ambiental é um instrumento de gestão ambiental. 
Quando se exige essa licença?? 
		Quando for ser dado uso incomum a um recurso ambiental. 
		Sendo o bem ambiental de uso comum do povo, ou seja, da coletividade, então não se pode fazer uso de um recurso natural de todos de forma incomum sem que se tenha autorização para tanto. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
* Devemos ter em mente que o art. 170, VI da CF/88 presume que a atividade econômica agride o meio ambiente, trazendo como Princípio da ordem econômica brasileira a Defesa do Meio Ambiente, senão vejamos:
	Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: 
VI – DEFESA do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação. 
Assim, cabe ao empreendedor requerer a licença ambiental para fins de dar regularidade ao uso do recurso ambiental. Neste sentido, o Art. 10 da Lei 6938/81: 
		Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de 		estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, 		efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, 		de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento 		ambiental. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Art. 9º. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: 
IX – as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental; 
Deriva do Princípio do poluidor-pagador. 
Previsão no artigo 14 da Lei 6.938/81. 
Previsão ainda no artigo 225, §2º da CF/88:
	Art. 225. (…)
	§2º: Aquele que explorar recursos minerais fica o brigado a 	recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a 	solução técnica exigida pelo órgão público competente, na 	forma da Lei”. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
Art. 9º. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: 
XIII – instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros. 
- Instrumentos econômicos são formas de alterar padrões comportamentais com alteração econômica do valor bem, fazendo com que os produtores busquem alternativas menos poluidoras para produzir. 
	
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
	
* Concessão florestal: Art. 3º, VII da Lei 11.284/06. 
	Delegação onerosa dando direito de praticar manejo florestal sustentável para exploração de produtos e serviços em uma unidade de manejo. 
* Servidão Ambiental: Art. 9º, A da Lei 6938/81. 
	Renúncia voluntária do proprietário rural ao direito de uso, exploração ou supressão dos recursos naturais de sua propriedade. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
- José Afonso da Silva (istribui os instrumentos do artigo 9º em três Grupos: 
* 1º GRUPO: Instrumentos de intervenção ambiental: 
	São os mecanismos condicionadores das condutas e atividades do meio ambiente: Ex: Estabelecimento de padrões de qualidade (Artigo 9º, I)
* 2º GRUPO: Instrumentos de controle ambiental:
	Medidas tomadas pelo Poder Público para verificar se as pessoas (públicas ou particulares) se adequaram às normas e padrões ambientais, podendo ser anteriores, simultâneas ou posteriores à ação. 
	Ex: Licenciamento. (Art. 9º, IV)
* 3º GRUPO: Instrumentos de controle repressivo:
	Medidas sancionatórias aplicáveis à pessoa física ou jurídica. Ex: Penalidades (Art. 9º, IX)
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
1) (FCC/2014 – TJ/CE) A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando, conforme a Lei 6.938/81, assegurar:
a) o aparelhamento do Estado no controle das atividades poluidoras e degradadoras, principalmente do bioma amazônico;
b) condições ao desenvolvimento socioeconômico aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana;
c) estabilidade agrícola;
d) a permanência de espécies ameaçadas de extinção;
e) a livre concorrência sustentável.
REVISÃO 
GABARITO: Letra B
		* Fundamento: Art. 2º, caput, da Lei 6.938/81
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
2) (VUNESP/2009 – TJMT) Conforme a Lei 6.938/81, a Política Nacional do Meio Ambiente visará:
a) ao cancelamento de critérios e padrões fixos de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
b) ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias estrangeiras orientadas para o uso comercial de recursos ambientais;
c) à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativas à quantidade e ao equilíbrio comercial e ecológico, atendendo exclusivamente interesses da União;
d) à imposição, ao poluidor e ao predador, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins exclusivamente políticos;
e) à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
GABARITO: Letra E
		* Fundamento: Art. 4º, I, da Lei 6.938/81
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
3) (FCC/2010 – MPE/AP) A Construtora RS possui como projeto a construção de um estabelecimento que, para o seu funcionamento, precisará utilizar recursos ambientais capazes de causar degradação ambiental. Dessa forma, de acordo com a Lei nº. 6.938/81, referida construção: 
a) Não dependerá de prévio licenciamento ambiental, poiseste somente é necessário se a atividade dor potencialmente poluidora;
b) Dependerá de prévio licenciamento ambiental, já que utilizará recursos ambientais capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental;
c) Não dependerá de prévio licenciamento ambiental, pois trata-se de construção e o licenciamento ambiental somente é necessário quando há a ampliação de estabelecimentos que causar degradação ambiental;
d) Dependerá de prévio licenciamento ambiental apenas se a atividade for efetivamente poluidora;
e) Dependerá de prévio licenciamento ambiental apenas se o proprietário limitar o uso de toda a sua propriedade para preservar os recursos ambientais. 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81
GABARITO: Letra B
		* Fundamento: Art. 10, da Lei 6.938/81
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81

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