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1 Hepatite & HIV Hepatite • Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado e que pode resultar desde uma simples alteração laboratorial (portador crônico que descobre por acaso a sorologia positiva), até doença fulminante e fatal (mais freqüente nas formas agudas). • Existem várias causas de hepatite, sendo as mais conhecidas as causadas por vírus (vírus das hepatite A, B, C, D, E, F, G, citomegalovírus, etc). • Outras causas: drogas (antiinflamatórios, anticonvulsivantes, sulfas, derivados imidazólicos, hormônios tireoidianos, anticoncepcionais, etc), distúrbios metabólicos (doença de Wilson, politransfundidos, hemossiderose, hemocromatose, etc), transinfecciosa, pós-choque. Em comum, todas as hepatites têm algum grau de destruição das células hepáticas. Hepatite B & HIV Hepatite B • Hepatite B ( HBV ) é a maior causa de hepatite aguda e crônica assim como de carcinoma hepático. Estes vírus pode causar infecção aguda limitada ou crônica de longa duração – os pacientes crônicos são o maior “reservatório” do vírus. • Características imunológicas deste vírus: – 1 sorotipo com 8 sub-sorotipos – Danificação do fígado é secundária à resposta imune celular anti-viral – A infecção pode ser aguda ou crônica – Imunização é geralmente eficaz a longo-prazo – Prevenção da transmissão mãe-feto ( primeiro com imunização passiva do bebê e depois ativa ) – Ag de superfície (HBsAg) e do “core” (HBcAg) Hepatite B • Patologia • Degeneração dos hepatócitos (necrose focal) • Infiltrado linfocitário no parênqima do fígado • Necrose extensiva • Cirrose • Imunopatogenia • Resposta CTLs limitada que na fase aguda inibe quase totalmente a replicação viral • Resposta Th2 (na fase aguda) e amplificação de geração de células B • Produção de Igs • Resposta Th1 • Apoptose hepatócita • Liberação de TNF-alfa e IFN- gama • Cronicidade-displasia hepatocitária Hepatite B • Diagnóstico laboratorial: – Detecção de HBsAg na fase aguda e crônica – Detecção de anti-HBc- IgM no periodo de janela 1 2 3 4 5 6 2 Hepatite B (Prevenção) • Pool passivo de Igs com anti-HBsAg • Imunização – vacina ( purificação proteica ou DNA)- sucesso em 95% casos • Evitar a exposição para indivíduos em risco • ( dentistas, médicos, enfermeiros, profissionais de saúde….. ) e imunização • Atitude comportamental Hepatite C • A hepatite C é uma doença viral do fígado causada pelo vírus da hepatite C (HCV). A hepatite C exige cuidados, devido à inexistência de vacina e limitações do tratamento, e à sua alta tendência para a cronicidade que complica eventualmente em • Vírus da hepatite C (VHC) • Grupo: Grupo IV ((+)ssRNA) • Família: Flaviviridae • Género: Hepacivirus • Espécie: Vírus da hepatite C HCV • O vírus da hepatite C é um RNA-vírus flavivirus, um dos poucos dessa família que não é transmitido por artrópodes. • Este vírus tem um genoma de RNA simples de sentido positivo (é usado diretamente como mRNA na síntese protéica). • Há vários genótipos (variações) deste vírus, sendo 6 as mais importantes (1 a 6), sendo que estes estão subdivididos em mais de 50 subtipos (1a, 1b, 2a, etc). Os genótipos chegam a apresentar 30 a 50% de diferença no seu RNA. Esta divisão é importante porque cada subtipo tem características próprias de agressividade e resposta ao tratamento. HCV • Reproduz-se no citoplasma e retículo endoplasmático, produzindo dez proteínas virais. Algumas destas proteínas inibem a apoptose (morte programada) da célula e outras inibem a ação do interferon. Tem envelope bilipídico e portanto não sobrevive a condições secas. • O vírus tem uma preferência forte (tropismo), em infectar os hepatócitos do fígado. Os sintomas da hepatite são pelo menos tanto devido à ação necessária do sistema imunitário como aos danos causados pelo vírus. • A hepatite C é atualmente a principal causa de transplante hepático em países desenvolvidos e responsável por 60% das hepatopatias crônicas. HCV • Após infecção, o vírus praticamente só se multiplica no fígado. Há vários tipos de progressão. • Em 15% dos casos há hepatite aguda, com icterícia (pele e olhos amarelos), febre, dores abdominais, mal estar, diarreia e fadiga. Segue-se após alguns meses a resolução e cura completa. Os sintomas são devidos à destruição eficiente e rápida pelo sistema imunitário dos hepatócitos infectados e é essa acção que permite a cura. • Em 85% dos casos, incluindo quase todas as crianças, a hepatite inicial pode ser assintomática ou leve. O sistema imunitário não responde eficazmente ao vírus, e o resultado é cronicidade em 80% dos casos. Destes, 40% progridem rapidamente para cirrose e morte. HCV • Infecta apenas seres humanos e chimpanzés. • Hoje existe tratamento para a hepatite C. Embora ainda não se possa falar de cura definitiva (há necessidade de esperar pelos resultados finais dos estudos observacionais de longa duração em curso) as taxas de resposta mantida variam entre os 50 e os 60% de todos os doentes tratados. • Ao contrário da hepatite B, o vírus da hepatite C não incorpora o genoma celular, permanecendo no citoplasma da célula hepática, pelo que o objetivo de cura completa com a eliminação do vírus C seja, em teoria, possível. 7 8 9 10 11 12 3 HIV • Sindrome da Imunodeficiência Adquirida reconhecido pela primeira vez em 1981, como agente causador do HIV. • Em 1985 desenvolvem-se os 1ºs testes de diagnóstico e detecção e ao mesmo tempo testados agentes terapêuticos. • Afeta o sistema imune e envolve a imunidade celular, podendo no entanto ser assintomática. Desenvolvendo-se associa-se a infecções oportunistas, tipos de cancro,perda de peso e degeneração do SNC. • Drogas antivirais ( HAART) • Pertence á classe dos retrovírus ( com RT) o que lhe permite sintetizar DNA a partir de RNA • É relativamente “ semelhante” ao SIV dos macacos • São bem conhecidos e estudados HIV-1 e HIV-2, sendo o primeiro predominante na África Central, EUA, Europa e Austrália; o HIV-2 é menos comum e é encontrado em algumas partes da europa e África Oeste. HIV • Principais características no SI do HIV: • Infecção de células TCD4+, monócitos-macrófagos,FDC e células de Langerhans • Defeitos globais progressivos da imunidade celular e humoral • Depleção de TCD4+ • Ativação B policlonal • Aumento de produção de Igs • Progressão da doença apesar da resposta imune HIV - Diagnóstico Clínico • carga viral no sangue (PCR) • anticorpos virais (ELISA) • « cél. CD4+ ( «200 cel/mm3) • « níveis séricos de IgG e IgA • infecções oportunisticas, ex Candida albicans, P.carinii • tuberculoses • linfoadenopatia Desregulação Hormonal • Uma deficiência na concentração de hormônio circulante pode resultar de um defeito básico na glândula alvo que produz o hormônio, sendo a condição denominada DEFICIÊNCIA PRIMÁRIA, ou na hipófise, sendo chamada a condição de DEFICIÊNCIA SECUNDÁRIA; caso o defeito se situe no hipotálamo, teremos a disfunção TERCIÁRIA. • Primária: Na glândula periférica • Secundária: Na hipófise • Terciária: No hipotálamo Tireóide: controle metabólico Tiroxina (tirosina + iodo = T3 e T4)-> estimula o metabolismo oxidativo --> nas crianças promove o crescimento e maturação do SNC --> Bócio endêmico: difícil acesso a iodo = hipotireodismo = aumento da glândula 13 14 15 16 17 18 4 Hipotireoidismo = diminuição ou ausência de tiroxina Diminuição da atividade celular até cerca da metade Hipertireoidismo = aumento de tiroxina Aumento da atividade celular até cerca do dobro do normal Hipofunção na criança:cretinismo biológico (hipotireoidismo em crianças) Retardamento no desenvolvimento físico, mental e sexual. Hipofunção no adulto: bócio endêmico (hipotireoidismo em adultos) Crescimento exagerado da glândula por deficiência de iodo na alimentação (bócio), apatia, sonolência, obesidade, sensação de frio, pele seca e fria, fala arrastada, edema (inchaço - mixedema), pressão arterial e freqüência cardíaca baixas. Hiperfunção da glândula: hipertireoidismo Alto metabolismo, emagrecimento, agitação, nervosismo, pele quente e úmida, aumento da pressão arterial, episódios de taquicardia, sensação contínua de calor, globo ocular saliente (exoftalmia). Ilhotas de Langerhans (Pâncreas) Secreção 2 hormônios importantes: ◼ Insulina ◼ Aumento do transporte de glicose através da membrana celular ◼ Aumento da intensidade do metabolismo da glicose ◼ Ausência de insulina (diabetes) – células utilizam gorduras e proteínas para energia (aumento da concentração de glicose no sangue e ácidos graxos) Glucagon ◼ Aumento da concentração sanguínea de glicose através: ◼ Ação direta no fracionamento do glicogênio hepático em glicose ◼ Conversão do aminoácido em glicose (glicogênese) <- Ações antagônicas da insulina e do glucagon Pâncreas -> Exócrina: e Endócrina Diabete melitus: altos níveis de glicose no sangue e urina Tipo 1: Juvenil, insulino- dependente = deficiência na produção de insulina Tipo 2: adulta = níveis normais ou acima do normal de insulina no sangue. Causada por baixa sensibilidade das células a insulina Diabetes mellitus tipo 1 ◼ No caso da Diabetes mellitus tipo 1, esta aparece quando o Sistema imunitário do doente ataca as células beta do pâncreas. ◼ Normalmente se inicia na infância ou adolescência, e se caracteriza por um déficit de insulina, devido à destruição das células beta do pâncreas por processos auto-imunes ou idiopáticos. ◼ Só cerca de 1 em 20 pessoas diabéticas tem diabetes tipo 1, a qual se apresenta mais freqüentemente entre jovens e crianças. ◼ Este tipo de diabetes se conhecia como diabetes mellitus insulino-dependente ou diabetes infantil. Nela, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. As pessoas que padecem dela devem receber injeções diárias de insulina. A quantidade de injeções diárias é variável em função do tratamento escolhido pelo endocrinologista e também em função da quantidade de insulina produzida pelo pâncreas. Diabetes mellitus tipo 2 ◼ Diabetes Tardio - tem mecanismo fisiopatológico complexo e não completamente elucidado. Parece haver uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tecido periférico à insulina, levando ao fenômeno de resistência à insulina. ◼ As células beta do pâncreas aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba por levar as células beta à exaustão. ◼ Desenvolve-se freqüentemente em etapas adultas da vida e é muito freqüente a associação com a obesidade; anteriormente denominada diabetes do adulto, diabetes relacionada com a obesidade, diabetes não insulino-dependente. 19 20 21 22 23 24 5 Diabetes gestacional ◼ A diabetes gestacional também envolve uma combinação de secreção e responsividade de insulina inadequados, assemelhando-se à diabetes tipo 2 em diversos aspectos. ◼ Ela se desenvolve durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do bebê. Embora possa ser temporária, a diabetes gestacional pode trazer danos à saúde do feto e/ou da mãe, e cerca de 20% a 50% das mulheres com diabetes gestacional desenvolvem diabetes tipo 2 mais tardiamente na vida. ◼ A diabetes mellitus gestacional (DMG) ocorre em cerca de 2% a 5% de todas as gravidezes. ◼ Ela é temporária e completamente tratável mas, se não tratada, pode causar problemas com a gravidez, incluindo macrossomia fetal (peso elevado do bebê ao nascer), malformações fetais e doença cardíaca congênita. Ela requer supervisão médica cuidadosa durante a gravidez. Os riscos fetais/neonatais associados à DMG incluem anomalias congênitas como malformações cardíacas, do sistema nervoso central e de músculos esqueléticos. Para que servem os rins? Entre as muitas funções do rim salientam-se as seguintes: 1. O rim é responsável pela eliminação dos resíduos tóxicos produzidos pelo nosso organismo como a uréia e o ácido úrico. É a sua função de filtração, de limpeza ou de depuração. 2. O rim controla o volume dos líquidos, portanto qualquer excesso de água no corpo é eliminado pela urina; é o chamado efeito diurético. 3. O rim exerce controle sobre os sais de nosso corpo, eliminando os seus excessos ou poupando-os nas situações de carência. 4. A partir do controle do volume (líquidos) e dos sais, ele exerce grande influência sobre a pressão arterial e venosa do nosso organismo. 5. O rim produz e secreta hormônios: a eritropoetina, a vitamina D e a renina. A eritropoetina interfere na produção dos glóbulos vermelhos e a sua falta pode levar a uma anemia de difícil tratamento. A vitamina D, calciferol, controla a absorção intestinal de cálcio. E a renina, junto com a aldosterona, controla o volume dos líquidos e a pressão arterial de nosso organismo. • Como se reconhece que o rim está doente? • O rim pode ser atingido por doença de origem imunológica, inflamatória, infecciosa, neoplásica, degenerativa, congênita e hereditária. • A primeira atitude da pessoa é observar a urina, seu volume, sua cor, seu cheiro e a maneira como é eliminada (jato). O volume de urina pode estar aumentado ou diminuído. Grandes volumes diários de três a quatro litros ocorrem na diabete e podem ser a manifestação inicial de outras doenças renais. A cor pode se manifestar turva, esbranquiçada ou sanguinolenta. Sintomatologia • O ato de urinar pode ter alterações como dor, ardência, urgência, ou urinar em pequenas quantidades em inúmeras micções diurnas ou noturnas. • Pode ocorrer também a presença de inchaço nos pés, mãos e olhos. • Quando o rim está inflamado, infectado ou aumentado por tumor ou obstrução ocorre dor nas costas ou flancos. • Um dos sintomas iniciais de doença renal pode ser a presença freqüente de micção noturna, ou seja, a pessoa é acordada durante a noite porque está com vontade de urinar. • Quando há cálculos a dor é aguda, intensa e em cólica. • Os principais fatores de risco para doença renal são: hipertensão (pressão alta), diabetes, idade acima de 60 anos, histórico de doença renal na família e presença de doença cardíaca ou cardiovascular. • Outros sintomas que não são específicos de doença renal: cansaço e fraqueza por anemia, falta de apetite, náuseas e vômitos, pele pálida e seca, sinais de anemia, e aumento da pressão arterial. Exames Diagnósticos • Caso haja suspeita que a pessoa tenha doença renal os exames iniciais são o exame de urina e a dosagem da creatinina no sangue. • O exame de urina pode evidenciar perda de proteína, glicose, sangue, pus e bactérias. • A creatinina é uma substância que existe no sangue e constitui um produto do metabolismo muscular, sendo razoavelmente constante. Suas taxas variam de acordo com a massa muscular do indivíduo. Quando ocorre aumento nas taxas de creatinina significa que há uma diminuição da capacidade de filtração dos rins. • Outro exame simples que pode ser realizado é a ecografia dos rins ou do abdome que pode demonstrar a presença de cálculos, sinais de obstrução das vias urinárias, alterações na forma e tamanho do rim. As principais doenças do rim e suas características mais comuns Nefrite • Caracteriza-se pela presença de albumina e sangue na urina, edema e hipertensão. Infecção Urinária• O paciente se queixa de dor, ardência e urgência para urinar. O volume urinado torna-se pequeno e freqüente, tanto de dia como de noite. A urina é turva e mal cheirosa podendo surgir sangue no final da micção. Nos casos em que a infecção atingiu o rim, surge febre, dor lombar e calafrios, além de ardência e urgência para urinar. Cálculo Renal • A cólica renal, com dor no flanco e costas é muito característica, quase sempre com sangue na urina e em certos casos pode haver eliminação de pedras. 25 26 27 28 29 30 6 Obstrução Urinária • Ocorre quando há um impedimento da passagem da urina pelos canais urinários, por cálculos, aumento da próstata, tumores, estenoses de ureter e uretra. A ausência ou pequeno volume da urina é a queixa característica da obstrução urinária. Insuficiência Renal Aguda • É causada por uma agressão repentina ao rim, por falta de sangue ou pressão para formar urina ou obstrução aguda da via urinária. A principal característica é a total ou parcial ausência de urina. Insuficiência Renal Crônica • Surge quando o rim sofre a ação de uma doença que deteriora irreversivelmente a função renal, apresentando-se com retenção de uréia, anemia, hipertensão arterial, entre outros. Tumores Renais • O rim pode ser acometido de tumores benignos e malignos. E as queixas são de massas palpáveis no abdômen, dor, sangue na urina e obstrução urinária. Doenças Multissistêmicas • O rim pode se ver afetado por doenças reumáticas, diabete, gota, colagenoses e doenças imunológicas. Podem surgir alterações urinárias em doenças do tipo nefrite, geralmente com a presença de sangue e albumina na urina. Doenças Congênitas e Hereditárias • Um exemplo dessas doenças é a presença de múltiplos cistos no rim (rim policístico). Nefropatias Tóxicas • Causadas por tóxicos, agentes físicos, químicos e drogas. Caracterizam-se por manifestações nefríticas e insuficiência funcional do rim. 31 32
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