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Síncopes e Convulsão

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Amanda Carpes e Davi Prietsch
SEMINÁRIO DE SÍNCOPE E CONVULSÃO 
SÍNCOPE: 
‣ É uma perda súbita de consciência de curta duração acompanhada de perda de 
tônus motor (Isabela Benseñor);
‣ É a perda súbita e transitória da consciência e do tônus muscular postural 
(Porto).
‣ Síncope = desmaio.
‣ Nem sempre o sintoma acontece de maneira completa, podendo ser parcial a 
perda de consciência (pré-síncope ou lipotimia).
‣ Podemos agrupar as causas de desmaio em ‘cardíacas' e ‘extra-cardíacas’.
CAUSAS CARDÍACAS
diminuição do fluxo sanguíneo cerebral
CAUSAS EXTRA-CARDÍACAS
Arritmias e transtornos da condução 
Bradiarritmias (bloqueio atrioventricular)
Taquiarritmias (taquicardia paroxística)
Metabólicas 
Hipoglicemia
Alcalose respiratória por hiperventilação
Hipoxia
Diminuição do débito cardíaco 
Insuficiencia cardíaca aguda (infarto agudo do 
miocárdio)
Obstrução do fluxo sanguíneo pulmonar
Tetralogia de Fallot
Hipertensão pulmonar primária
Estenose pulmonar
Embolia pulmonar
Síncope neurogênica 
Síndrome do seio carotídeo
Síncope vasovagal
Síncope da micção
Neuralgia glossofaríngea
Epilepsia
Regulação vasomotora anormal 
Estenose aórtica
Hipotensão postural ou ortostática
Obstruções “extra-cardíacas” do fluxo de 
sangue
Aterosclerose cerebral e de vasos da crossa da 
aorta
Reflexo da tosse
Compressão torácica 
Tamponamento cardíaco
Manobra de Valsalva
Diminuição mecânica do retorno venoso 
Mixoma atrial 
Trombose de prótese valvar cardíaca
Psicogênica
Hipovolemia aguda
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Amanda Carpes e Davi Prietsch
‣ Causas cardíacas:
‣ Bradiarritmias: Pode causar síncope quando houver bradicardia com 
frequência menor que 30 a 40 bpm. 
‣ Síndrome de Stokes-Adam: síndrome bradicárdica clássica. Caracterizada 
por haver perda de consciência acompanhada de convulsões.
‣ Provocada por parada cardíaca, bradicardia acentuada, taquicardia 
intensa, flutter ou fibrilação ventricular, que impossibilitam uma adequada 
perfusão cerebral. 
‣ Muito frequente nos portadores de cardiopatia chagásica crônica com 
bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro grau.
‣ Pode ter início com tonturas, sensação de vertigem e escurecimento 
visual, sobrevindo a seguir perda da consciência, convulsões, eliminação 
voluntária de fezes e urina, podendo ocorrer parada respiratória.
‣ Sequência cronológica: 
‣ Taquiarritmias: Pode causar síncope com frequência acima de 150 bpm.
‣ As taquiarritmias supraventriculares (taquicardia atrial, fibrilação atrial) ao 
diminuirem o fluxo cerebral, causam isquemia cerebral manifestada por 
tonturas, lipotimia, paralisias focais e transitórias, confusão mental e 
conduta anormal.
‣ Insuficiência cardíaca aguda: ela, excepcionalmente, é capaz de reduzir o fluxo 
sanguíneo cerebral a ponto de produzir sintomas.
‣ Tetralogia de Fallot: Cardiopatia que cursa com redução do fluxo pulmonar, 
mistura de sangue entre os ventrículos e a saída do sangue pela aorta 
biventricular, tudo isso ocasionando uma redução de conteúdo de oxigênio no 
sangue, ou seja, baixa saturação, podendo ocorrer anoxia cerebral, a qual 
pode determinar síncope.
‣ Estenose aórtica: A perda de consciência ocorre em razão um baixo débito 
cardíaco e desvio de sangue para os músculos esqueléticos. Síncope 
relacionada com exercício físico.
‣ Diminuição mecânica do retorno venoso: A perda de consciência pode ser 
resultado também da obstrução súbita de um orifício valvar por mixoma de 
átrio esquerdo, trombose de uma prótese valvar e embolia pulmonar.
‣ Causas extra-cardiacas: 
‣ Alcalose respiratória por hiperventilação: Ocorre principalmente em mulheres 
jovens, tensas e ansiosas. Os sintomas são dormência nas extremidades, ao 
redor da boca e região peitoral confusão mental e, às vezes, tetania. Seu 
mecanismo é a redução do fluxo sanguíneo cerebral por aumento do fluxo 
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Amanda Carpes e Davi Prietsch
sanguíneo periférico, no território esplâncnico e muscular, devido a uma 
vasodilatação, resultando em hipotensão.
‣ Hipoglicemia: Pode determinar desmaio especialmente em indivíduos diabéticos 
que receberam doses de insulina acima das suas necessidades, em portadores 
de neoplasias de células insulares, de insuficiência hepática e da doença de 
Addison. A hipoglicemia por jejum prolongado raramente causa perda de 
consciência, manifestando-se por palpitação, sudorese fria, tonturas, confusão 
mental e comportamento anormal.
‣ Síncope neurogênica: É o tipo mais comum de desmaio, podendo ser 
desencadeada por impacto emocional, visão de sangue, dor intensa, lugar 
fechado e ambiente quente. Uma das suas principais características é a rápida 
recuperação ao deitar o paciente. A perda de consciência pode ocorrer 
abruptamente ou ser precedida de sensação de mal-estar geral, fraqueza, 
tonturas, palidez, sudorese, bocejos, desconforto abdominal ou náuseas. Admite-
se que o mecanismo dessa síncope é o desvio do sangue para os músculos, em 
consequência da queda de resistência periférica por vasodilatação. Há inibição 
generalizada do tônus simpático com aumento relativo da atividade vagal. Por 
isso, costuma ser designada de síncope vasovagal.
‣ Hipotensão postural: Caracteriza-se por acentuada queda tensional quando o 
paciente se levanta do leito e adota a posição de pé. Pode ocorrer em 
indivíduos normais (em pé por muito tempo), costuma ser observada após 
exercícios físicos exaustivos, inanição, enfermidades prolongadas, 
desequilíbrio hidroeletrolítico com depleção de Na e K, grandes varizes nos 
MMII. Em todas essas condições, a causa da síncope é o acumulo de sangue 
nos vasos dos MMII. 
‣ Há um tipo especial de hipotensão postural, cuja característica é o 
caráter crônico e recidivante, podendo ser primária ou estar associada a 
várias doenças (insuficiência suprarrenal, diabetes, síndrome da má 
absorção, insuficiência cardíaca grave, pericardite constritiva e estenose 
aórtica). Seu quadro clínico tem uma tríade: anidrose, impotência sexual 
e hipotensão ortostática. É mais frequente em homens de 40 a 70 anos. 
Quando o paciente se põe de pé, há uma rápida e progressiva queda da 
pressão arterial, acompanhada de fraqueza, tonturas, borramento visual e 
síncope. Este tipo de hipotensão postural é devido a um transtorno da 
inervação autonômica.
‣ Síndrome do seio carotídeo: Uma entidade rara que se caracteriza por queda 
de pressão arterial e acentuada bradicardia após estimulação do seio 
carotídeo. O paciente apresenta tonturas, escurecimento visual, cefaleia, e 
desmaio.
‣ Síncope pós tosse: Os acessos podem causar hipotensão reflexa e 
bradicardia, que se acentuam pelo menor retorno venoso produzido pelo 
aumento da pressão intratorácica.
‣ Síncope pós-micção: A vasodilatação pode produzir uma hipotensão súbita e 
colapso, ao urinar ou depois, logo após levantar-se de decúbito prolongado.
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Amanda Carpes e Davi Prietsch
‣ ANAMNESE:
‣ A investigação diagnóstica em paciente que teve desmaio compreende a 
análise do episódio em si: tempo de duração | ocorrência ou não de convulsão 
| incontinência fecal ou urinária | mordedura de língua | sudorese e palidez.
‣ Bem como eventuais sintomas prodrômicos: irregularidades do ritmo cardíaco 
| dor anginosa | auras* | parecias | parestesias | incoordenação | vertigem ou 
movimentos involuntários.
‣ Eventuais manifestações surgidas após a recuperação da consciência: 
confusão mental | cefaleia | tonturas e mal estar.
‣ É necessário investigar também as condições gerais do paciente: tempo 
decorrido desde a última refeição | grau de tensão emocional | posição do 
corpo, a atitude do indivíduo no momento da crise | execução de esforço físico 
ou mudança súbita na posição do corpo | temperatura ambiente | ocorrência de 
doença recenteou prévia.
‣ Na maioria das vezes, o episódio sincopal se inicia com sensação de fraqueza, 
tonturas, sudorese e palidez, outras vezes, ocorre subitamente sem 
manifestações prodrômicas.
‣ Na síncope, a pressão arterial cai rápida e intensamente, a fc diminui e a 
respiração torna-se irregular. 
CONVULSÕES | EPILEPSIAS: 
‣ Definições: 
‣ Crise epiléptica: exacerbação paroxística de uma determinada função cortical, 
que pode ser motora, sensitiva, psíquica ou comportamental. São 
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Amanda Carpes e Davi Prietsch
manifestações decorrentes de descargas bioelétricas, originadas em alguma 
área cerebral. Tais manifestações podem apresentar-se de variadas maneiras, 
de acordo com o tipo e a extensão das descargas envolvidas;
‣ Convulsão: movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e 
paroxísticos, que ocorrem de maneira generalizada ou apenas em segmentos 
do corpo. Aparece na epilepsia, no tétano, em episódios febris em criancas, 
nos estados hipoglicemicos, intoxicações exógenas, tumores cerebrais, 
meningites, síndrome de Adam-Stokes.
‣ Epilepsia: síndrome caracterizada por crises epilépticas recorrentes (duas ou 
mais);
‣ Estado pós-ictal: período logo após a crise, marcado por uma disfunção da 
área cerebral afetada.
‣ Tipos de Crise Epiléptica:
‣ Nas crises parciais ou focais, as manifestações clínicas (as quais dependem do 
ponto afetado) ocorrem devido a descargas bioelétricas em locais restritos do 
encéfalo. Verificam-se duas possibilidades: parciais simples e parciais complexas.
‣ Parcial Simples: sintomas focais (de uma determinada área cortical) sem 
alteração da consciência. Podem ser fenômenos sensoriais (auras) - 
parestesias, sintomas visuais, auditivos, olfatórios, autonômicos (piloereção, 
rubor, palidez, salivação, sensação epigástrica, náuseas) ou psicoilusórios 
(alucinacoes, ilusões, dejavu, jamaisvu). Podem ser fenômenos motores - abalos 
clônicos (marcha jacksoniana), crises tônicas focais. As crises motoras podem ter 
um estado pós-ictal marcado por uma paresia do membro afetado (paralisia de 
Todd).
‣ Parcial Complexa: ‘nasce' no lobo temporal ou frontal - caracterizada pela 
alteração da consciência (não resposividade, olhar distante), seguida de 
automatismos oroalimentares (mastigar, estalar os lábios, engolir) e perseveração 
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Amanda Carpes e Davi Prietsch
(movimentos repetidos). A crise caracteristicamente dura 45-90s. No estado pós-
ictal, o paciente apresenta um período de confusão e desorientação.
‣ Crise parcial com Generalização Secundária: é extremamente comum a crise 
epiléptica começar parcial (simples ou complexa) e evoluir para TCG. Na verdade, 
isto é mais comum do que termos uma TCG propriamente dita (sem a crise 
parcial). 
‣ As crises generalizadas ocorrem quando as descargas afetam a maior parte do 
córtex cerebral, o que determinará vários tipos de manifestações clínicas, sendo 
as convulsivas e não convulsivas as mais importantes.
‣ Há dois tipos fundamentais: tônicas e clônicas, além delas há um tipo que 
soma ambas, tônico-clônicas.
‣ Tônicas: se caracterizam por serem sustentadas e imobilizarem as articulações;
‣ Clônicas: são rítmicas, alternando-se contrações e relaxamentos musculares em 
ritmo mais ou menos rápido.
‣ Crise Tônico-clônica Generalizada (Grande Mal): perda da consciência com 
queda, seguida de uma fase tônica (“grito epiléptico”, espasmo tônico extensor 
de todo o corpo, apneia e cianose) e terminada pela fase clônica (abalos clônicos 
simétricos bilaterais). São comuns a salivação e a liberação do esfíncter urinário. 
Duração geralmente <90s. Estado pós-ictal marcado por um período de 15-30min 
de letargia, confusão mental. O paciente acorda se queixando de dores 
musculares e fadiga.
‣ Crise Mioclônica: abalos clônicos bilaterais e simétricos (cabeça, tronco e 
membros), sem a perda da consciência. Pode evoluir para o grande mal.
‣ Crise Atônica: atonia súbita de todo o corpo, levando à queda imediata, ou só da 
cabeça. A consciência é preservada.
‣ Ausência (Pequeno Mal): lapsos curtos e sucessivos da consciência (<10s). 
Podem ocorrer diversas vezes no mesmo dia, podendo chegar ao número de 
cem.
Associação de Crises: muitos pacientes possuem mais de um tipo de crise, em 
momentos diferentes (ex.: pequeno mal e grande mal). Além disso, qualquer tipo de 
crise parcial ou generalizada (ausencia, mioclônico, atônica) pode se transformar 
em TCG.
ANAMNESE:
‣ Obtenção de uma história clínica detalhada: 
‣ Na ocorrência de tal evento devemos buscar informações a respeito de 
um início generalizado ou focal;
‣ A presença de aura ocorre em crises focais;
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Amanda Carpes e Davi Prietsch
‣ Interroga-se o paciente a respeito da lembrança sobre a crise e se 
experimentou uma sensação imediatamente antes da crise.
‣ Nas crises de inicio generalizado não há aura.
‣ Descrição de uma testemunha que tenha presenciado a crise;
‣Eletroencefalograma (EEG); 
‣ Exame de imagem cerebral: preferencialmente ressonância magnética de 
crânio.
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