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TDE PROCESSO CIVIL

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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E PRECLUSÃO 
	Os embargos de declaração são utilizados para suprir uma omissão, expelir uma contradição, explanar uma obscuriedade ou reparar um erro material. A inexistência de embargos de declaração ocasiona preclusão, de maneira que se possa utilizar este tipo de recurso. A alegação da omissão, da contradição, da obscuriedade ou do erro material apresentada na decisão pode ser feita em outro recurso, observando a configuração do efeito devolutivo. 
No agravo de instrumento e na apelação, os vicíos podem ser alegados, mesmo que não tenha embargos de declaração, de forma que esses recursos apresentam efeito devolutivo de argumentação livre, sem nenhuma vinculação. 
A apresentação de uma omissão, de uma contradição, da obscuriedade ou do erro material, pode ser feita pela apelação ou pelo agravo, ocasionando o pedido de anulação ou de reforma da decisão. 	
Assim, por exemplo:
		 "se o juiz não condenou a parte vencida ao pagamento de honorários de 		sucumbência, a parte contrária pode opor embargos de declaração para que 		seja suprida a omissão e acrescentada a condenação. Não opostos os 			embargos de declaração, é possível que tal pedido seja formulado na 			apelação." (DIDIER JR.; CARNEIRO DA CUNHA, Pag. 263, 2016). 
A preclusão, não pode impedir que sejam opostos embargos de declaração, porém não proíbe que a questão seja posta na apelação. Contudo, ocorre a perda do direito de apresentar embargos, porém, não ocorrerá necessariamente a perda do direito de alegar o vicío. O efeito devolutivo da apelação e do agravo de instrumente, se dispõe no artigo 1,013 do CPC.
No recurso especial e no recurso extraordinário, é preciso ocorrer pré-questionamento, de acordo com esta situação, os embargos de declaração devem ser opostos, com a finalidade de que ocorra a supressão da omissão, o eliminação da contradição e o esclarecimento da obscuriedade ou da correção do erro material. 
Contudo, é importante apontar que a ausência de embargos de declaração resulta na preclusão do direito em impugnar os próprios embargos. 
Regularidade Formal dos Embargos de Declaração 
	Os embargos de Declaração devem ser feito por petição escrita designada ao orgão prolator da decisão, incluindo o requerimento para a complementação do julgado, em vista de compensar a omissão, eliminar a contradição, explicitar a obscuriedade e reparar o erro material. 
É importante que os embargantes, demonstrem aonde se encontra a omissão, a contradição, a obscuriedade e o erro material, de forma que a falta desses inviabiliza os embargos de declaração apresentados pelo órgão julgador, em decorrência da regra da dialeticidade. 
Natureza da Decisão que Julga os Embargos de Declaração 
	Os embargos de Declaração são examinados e julgados pelo mesmo órgão que manifestou a decisão embargada. Quando os embargos são examinados, o órgão julgador deve julga-ló por uma decisão que obtenha a mesma natureza do ato judicial embargado. Desta forma, se os embargos forem opostas a sentença, serão julgados por outra sentença, e nso casos de acordão, se forem opostos contra o acórdão, deverá ser julgados por novo acórdão. 
Desta forma, opostos embargos contra acórdão, devem ser julgados por um novo acórdão, de forma que não é permitido que o relator disponha de decisão isolada. Com isto, não é permitido nos embargos de declaração que o relator que aplicou o artigo 932 do CPC, negue o seguimento ou já de o provimento. Ainda, é possivel que os embargos de declaração sejam opostos contra a decisão isolada de relator. 
Contudo, os embargos produzem o chamado efeito integrativo, tendo por objetivo integrar, complementar, aperfeiçoar a decisão embargada, de forma a acabar com a prestação jurisdicional que está inacabada, incompleta e imperfeita. 
Competência
Órgão prolator da decisão embargada (artigo 1,024, CPC) 
A competência para julgar o embargos, ambos iguais para o exame de admissibilidade como para o de mérito, é do mesmo órgão jurisdicional que proferiu a decisão embargada. O ideal é que os embargos sejam julgados pelo mesmo Juiz, porém isto não é exigido. 
A decisão judicial deve ser entendida de forma geral, por um todo, utilizando a técnica da interpretação para compreender o que foi decidido. É considerável a distinção das atividades de formação de uma decisão e de sua aplicação. 
Entretando, todos podem interpretar um sentença, visto que qualquer outro juiz e não o juízo, podem apreciar e julgar o embargos de declaração. Uma vez que a competência para julgar embargos não é dirigida a pessoa do juiz. 
Se um decisão embargada é um acordão, é de responsabilidade do acórdão decidir os embargos de declaração, é importante considerar que se a decisão embargada foi proferida por um membro do Tribunal, os embargos devem ser julgados por decisão unipessoal. De forma como expõem o artigo 1.024, em seu parágrafo 2º do CPC: 
		"Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de 			relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator 		da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente". (DIDIER JR.; 			CARNEIRO DA CUNHA, Pag. 266, 2016). 
 Inclusão em pauta, caso não sejam julgados na sessão subsequente (art. 1.024, § 1°) 
	Os embargos de declaração não são envolvidos em pauta, e não se admite sustentação oral. Quando for oposto contra acórdão, o relator deve apresentar em messa na sessão subsequente, expondo voto.
Como dispõe o artigo 1.024, § 1° do CPC, se o embargos não forem levados na sessão subsequentes, impedindo o julgamento nesta sessão, haverá a inclusão em pauta de forma a evitar prejuízos e indefinições. 
	A regra objetiva-se ao príncipio da cooperação e da boa-fé, além de proteger o contraditório, possibilitando que as partes possam saber a data do julgamento, dessa forma, sendo possivel acompanhá-lo e se for necessário apresentar elucidade de fato. 
FUNGIBILIDADE COM O AGRAVO INTERNO: NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PARA AJUSTAR AS RAZÕES (ART. 1024, §3°) 
De acordo com o artigo 1.024, §3° do CPC, pode-se extrair a regra da fungibilidade entre os embargos de declaração e agravo interno. 
Contudo, se o recurso cabível for o agravo interno, e não os embargos de declaração, o órgão julgador identificará como se fossem agravo interno, desde que designe a intimação do recorrente para o prazo de cinco dias, para acrescentar as razões recursais de maneira a ajustar com o artigo 1.021, §1º, que impõem a impugnação estipulada da decisão agravada pelo recorrente. 
Conclusão
Os embargos de declaração são utilizados para suprir a omissão, a contradição, a obscuriedade e/ou reparar um erro material. A inexistência de embargos de declaração ocasiona preclusão, de maneira que se possa utilizar este tipo de recurso. 
É importante ressaltar que os embargantes, demonstrem a está a omissão, a contradição, e obscuriedade e o erro material, contudo, a falta dos mesmo inviabiliza os embargos de declaração, em virtude da regra da dialeticidade. 
Os embargos de Declaração são examinados e julgados pelo mesmo órgão que manifestou a decisão embargada. Os embargos produzem o chamado efeito integrativo, tendo por objetivo integrar, complementar, aperfeiçoar a decisão embargada, de forma a acabar com a prestação jurisdicional que está inacabada, incompleta e imperfeita.

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