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DOUTO JUÍZO DA XX VARA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEL DA COMARCA DE XX - UF Processo Nº ... (10 linhas) MARIA CÂNDIDA, já devidamente qualificados nos autos do processo em epigrafe que move em face de ENERGIA´S, por intermédio de seu advogado (já também devidamente qualificado), vem respeitosa e tempestivamente perante este Douto Juízo, com base no artigo 41 da Lei 9.099/95, vem apresentar: RECURSO INOMINADO Visando a modificação da sentença já proferida nas folhas xx presentes neste processo, conforme razões de fato e de direito a seguir aduzidos. Por fim, requer a este Douto Juízo que o recurso devidamente recebido em seu duplo efeito (se for o caso) e devidamente processado, eis que o mesmo é tempestivo e devidamente preparado, conforme comprovante em anexo, encaminhando-se ao Egrégio Tribunal de Justiça deste Estado. Nestes termos, pede e espera deferimento. Local, data Advogado OAB /UF EGRÉGI TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS DO ESTADO DO XX - UF Processo Nº ... RAZÕES DO RECURSO RECORRENTE: MARIA CÂNDIDA RECORRIDO: ENERGIA’S JUÍZO DE ORIGEM: XX VARA CÍVEL DA COMARCA DE XX - UF AÇÃO: AÇÃO DE ANULAÇÃO PROCESSO ORIGINÁRIO Nº: ... Egrégio Tribunal de Justiça; Colenda Câmara; Nobres Desembargadores. Não merece prosperar a sentença proferida pelo juiz a quo pelas razões a seguir expostas: 1 – DA TEMPESTIVIDADE E DO PREPARO O artigo 1003, parágrafo 5º do Código de Processo Civil prevê que o prazo para interposição do presente recurso é de 15 dias contado da data da ciência da decisão. Conforme pode-se perceber o presente recurso está no prazo legal previsto em Lei, bem como suas custas de preparo estão devidamente pagas conforme guias em anos (fls...). 2 – DOS FATOS A Recorrente interpôs uma Ação de Anulação em face da empresa Energia´s com o argumento foi coagida a assinar a confissão de uma dívida no montante de R$ 15.000,00 (quinze mil reais ), essa quantia foi cobrada pela recorrida após uma inspeção no medidor de energia que constatou a existência de uma irregularidade comumente conhecida como “gato”. A Recorrente alega que foi coagida pela Recorrida a assinar a confissão de dívida pois em caso de recusa a provisão de energia de sua residência seria interrompida. Temendo ficar sem o fornecimento de energia em sua casa, a recorrente assinou o termo e concordou em parcelar o valor devido em 5 (cinco) prestações mensais e sucessivas, porém a mesma não tem condições de arcar com o pagamento das parcelas devidas mais os valores referentes ao seu consumo mensal sem que isso comprometa a sua subsistência visto que a soma desses valores é superior ao valor total do seu salário. A falta do pagamento desse montante resultará na interrupção do fornecimento de energia e foi por conta disso que a recorrente interpôs a ação inicial. Em Contestação a recorrida alegou que o documento de confissão da dívida assinado é válido, visto que o mesmo preenche todos os requisitos de validade. Alegou também a incompetência do juizado especial para o julgamento da Ação, visto que existia a necessidade da realização de uma perícia para comprovar em juízo a alteração ou não do medidor de energia. O juiz a quo acolheu a preliminar de incompetência alegada pela Recorrida e julgo extinto o processo sem resolução do mérito. 3 – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 3.1 – DO PEDIDO DA REFORMA DA SENTENÇA – PAREI AQUI No caso em tela é possível perceber que houve um erro no procedimento visto que se faz desnecessária a realização de perícia para a resolução do empasse, a própria Recorrente já atestou haver a irregularidade não se faz necessário uma nova perícia, até por que a Recorrente não está contestando a afirmação da existência da irregularidade e sim a cobrança arbitrária em cima da mesma. A relação entre as partes é uma relação de consumo e deve ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor para resolução do empasse, a Recorrida é a fornecedora do serviço enquanto a Recorrente é a consumidora. Não é permitido que o fornecedor, de forma unilateral, efetue uma cobrança sem que antes esclareça como chegou ao valor total que deverá ser cobrado, assim o pedido da Recorrente encontra fundamento. É valido lembrar que o Artigo 22 do Código de Defesa do Consumidor diz que Art. 22 - Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código. O fornecimento de energia é um serviço essencial, assim diante do que está previsto em lei, não poderá a Recorrida suspender o seu fornecimento ao seu bel prazer. 4 – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS Isto posto, pede e requer: a) Que seja o presente recurso seja recebido e reconhecido, em razão de sua validade e tempestividade; b) Que seja deferido o provimento para invalidar a decisão tomada de forma monocrática devendo julgar procedente o pedido inicial da recorrente de anulação da confissão da dívida firmada entre as partes. c) Que em caso de não acolhimento total dos pedidos arguiidos pela Recorente, seja reduzido o valor das parcelas devidas afim de estar dentro dos princípios da razoalidade e proporcionalidade. d) Que o apelado seja intimado para apresentar contrarrazões; Nestes termos, pede e espera deferimento. Local, data Advogado OAB/UF
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