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Anestesio P2

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Continuação anestesia locorregional 
● Cálculo de volumes e doses 
● Na anestesia epidural, na dependência do volume bloqueia as raízes nervosas 
● Quanto maior o volume maior a quantidade de raízes nervosas bloqueadas e maior 
a abrangência 
● Um dos métodos mais comum pro cálculo do volume é feito em função do peso - 
alguns Mls por quilo. 
● Se utilizar 0,2ml/kg - consegue abranger uma altura até as raízes nervosas de L3/L4 
- suficiente para anestesiar membro pelvico 
● volumes menores que esse podem ser utilizados se quiser um bloqueio mais caudal 
aqueles ao membro pélvico - cirurgia perineal, cauda 
● Promover bloqueios mais abrangentes, craniais - 0,36 / 0,4 por kg suficientes para 
bloqueios até a altura de T10 e T11 - todo abdome e inervação dos ovários - OSH 
● Em gatos o volume epidural é menor 
● Abrangência da anestesia epidural depende do volume aplicado 
● Alguns problemas - animais podem ter massas diferentes com um mesmo tamanho 
de coluna - animais com mesmo tamanho de coluna com pesos diferentes - este 
cálculo para animais obesos ou muito grandes pode acabar superestimando o 
volume - efeitos adversos - caso seja muito alto pode haver bloqueio simpático e a 
ventilação pulmonar pode ser comprometida - nesta situação para animais obeso se 
reduz os volumes anestésicos > aproximadamente 20% 
● Forma mais precisa para calcular volume e que minimiza diferenças - cálculo por 
tamanho de coluna = distância occipital coccígea - medir a distância do osso 
occipital até a primeira vértebra coccígea, e essa distância em cm pode se 
correlacionar com o volume de solução anestésica 
● 0,05 - suficiente para cirurgia em membro pélvico 
● 0,10 - suficiente para OSH 
● 0,15 - bloqueio inclusive na região torácica (geralmente não se utiliza, faz 
abordagem mais cranial ao invés de lombo sacra) 
● Escolha do volume - peso ou tamanho de coluna 
● Na maioria das vezes anestesia epidural combina anestésicos locais e opióides 
● Muitos fármacos já foram testados no espaço epidural, mas nenhum se tornou mais 
eficiente que a combinação de anestésicos locais d opióides 
● Se quiser somente analgesica nao precisa do anestesico local 
● Analisar a necessidade da anestesia e analgesia 
● Maior bloqueio sensitivo que motor - cesarianas 
● Duração - avaliar se precisa de maior ou menor tempo de ação - curta duração 
lidocaína 
Para analgesia só se pode aplicar morfina por via epidural 
● Aspectos farmacológicos necessário lembrar 
● Anestésicos locais devem estar a curta distância do seu local de acção - altura dos 
nervos espinhais - graças a pequena distancia se utiliza volume pequenos para 
abranger por vários nervos espinhais 
● Pouco tecido conectivo e adiposo favorece a difusão do anestésico local e faz a 
latência ser baixa em comparação a outras técnicas de anestesia regional 
● Lipossolubilidade que também se relaciona com a vascularização - se for muito 
lipossolúvel tem alta absorção sistêmica no espaço epidural que também é 
favorecido pela vascularização. Agentes mais hidrossolúveis sofrem menos 
absorção sistêmica e boa absorção para o liquor - acontece com a morfina -se 
distribui por toda a medula espinhal e promove analgesia ao nível de todas as raízes 
nervosas 
● Pode combinar dois opióides hidrossolúvel e lipossolúvel - morfina e fentanil - 
morfina é absorvida pelo líquor e abrange todo o espaço epidural, porém tem uma 
latência alta e efeito de longa duração, já o fentanil (lipossolúvel) tem ação mais 
segmentar, menos abrangente, 100x mais potente com latência menor e duração 
curta - quando passar o efeito do fentanil a morfina estará agindo 
● Vasopressor no espaço epidural - diminui absorção sistêmica e aumenta a duração 
do bloqueio 
● Coeficiente de partição - faz referência com a lipossolubilidade - mais lipossolúvel 
tem baixo coeficiente de partição, menos lipossolúvel e mais hidrossolúvel alto 
coeficiente de partição 
● Dispersão no neuroeixo - anestésicos locais se dispersam pouco no neuroeixo, 
opióides hidrossolúvel se dispersam muito no neuroeixo e volume é pouco 
importante 
● Concentração da substância anestésica pode influencia na duração do efeito 
● Aumenta ou diminui o tempo - quantidade de fármaco 
● Dose de anestésico local - não se calcula pela dose e sim pelo volume 
● Nos opióides se calcula dose 
● Morfina - volume pouco importa, pouco impactante - normalmente se dilui em um 
volume se 0,2 ml/kg. O que importa é a dose (0,1mg/kg) 
● Analgesia torácica porque é absorvida pelo liquor 
● Pode manter o esfíncter urinário contraído - por mais que a bexiga distendida 
● Fentanil - basicamente a dose para uso sistêmica 
● Efeito segmentar - extensão da analgesia depende do volume aplicado 
● Meperidina - opioide fraco - não utilizado mais hoje em dia 
● Verificar eficiência 
● Inervação do panículo acompanha emergência dos forames das raízes nervosas - 
verifica até qual dermátomo o bloqueio se estendeu 
 
Dor 
● Dor é um evento fisiológico = informação de que algo está lesando o tecido 
● Quando se torna frequente debe ser tratada, pq se nao for irá cronificar e seu 
manejo será difícil 
● Dor é tida como um sinal vital 
● Alguns acreditam que a dor não deve ser tratada - impede que o animal manipule a 
ferida 
● Não há motivos para não se tratar a dor - principalmente a dor aguda 
● Dor não tratada pode trazer diversas consequências negativas 
● Dor imunossuprime torna o paciente mais suscetível a infecção 
● Percepção da dor ocorre no córtex cerebral - porém se percorre todo um caminho - 
vias da dor 
● Lesão - Estímulo nociceptivo sofre processo de tradução que transforma estímulo 
mecânico, térmico, químico em informação (nervosa), potencial de ação percorre 
trajeto em uma fibra sensitiva até chegar a medula espinhal (transmissão), 
modulação - neurônios medulares (interneurônios) vão dizer se aquele estímulo vai 
continuar progredindo até chegar no córtex ou se ficará retida na medula, se chegar 
no córtex há a percepção consciente da dor, projeção - se for para o córtex 
passando por diversas estruturas 
● tratamento da dor envolve intervenções em cada uma das etapas 
● Transduçao: ​nociceptor é uma rermknacao nervosa que consegue converter 
estímulo em energia elétrica 
● A medida que nociceptores deflagram potencial de ação propaga para uma fibra 
sintética 
● Nociceptores na dependência do neurônio podem ser de diferentes tipos 
● A: mais calibrosas e são bastante mielinizadas 
● C: não mielinizadas de diâmetro pequeno 
● Influencia na velocidade da transmissão 
● Nociceptores são associados a essas fibras podendo ser de baixo limiar ou alto 
● Limiar: mínimo que a célula precisa ser estimulada para que deflagre um potencial 
de ação 
● Baixo limiar: pequeno estímulo consegue despolarizar 
● Alto limiar:precisa de estímulo maior 
● Estímulos inócuos -receptores de baixo limiar. Apenas apertar a mão se sente, se 
continuar a apertar estimula oa se alto limiar e há percepção de estímulo doloroso 
● Fibra C e A delta são as específicas de dor 
● Outra diferença de fibra A e C: dor rápida e lenta, associadas a mesma agressão 
● Na hr do trauma inicia através das fibras A delta - dor localizada e definida 
● Passado algum tempo região continha a doer de forma mais difusa, proveniente das 
fibras C 
● Fibras C = fibras lentas de dor 
● Todo o processo onde as fibras enviam a informação sensitiva até a medula - 
transdução e transmissão. 
● Nociceptor transdução 
● Fibras transmissão 
● Quando uma lesão ocorre uma série de substâncias químicas são produzidas 
localmente - pode estimular ou sensibilizar os nociceptores 
● Estimular significa fazer diretamente o nociceptor despolarizar 
● Sensibilizar - diminui limiar, faz com que ele seja mais baixo 
● Por isso região inflamada dói bastante 
●Imagem: se o estímulo for inócuo não há resposta de dor, porém pode ter um 
estímulo de intensidade maior que o inócuo, que provoca dor. Quando estímulo 
inócuo produz uma resposta a dor menor que o esperado ocorre ​analgesia​ (se 
diminui resposta a dor a um estímulo progressivamente maior). Outra situação onde 
há um estímulo que é nocivo que provoca resposta mais intensa, maior que o normal 
há ​hiperalgesia, ​acontece em pacientes que não tem a dor bem tratada. Outra 
situação onde o paciente pode sentir dor mediante estímulo inocuo - ​alodinia. 
● Respostas de dor a estimulo inocuo - alodinia 
● Resposta a dor acima do normal ao estímulo nocivo -hiperalgesia 
● Resposta a dor menor que o normal ao estímulo nocivo - analgesia 
● Hiperalgesia induzida por opióide: ​fentanil - efeito adverso - opióides muito 
potentes podem internalizar os receptores opióides, fazendo com que a célula não 
consiga mais responder ao opioide 
● Cetamina tem efeito antihiperalgésico, pode ser associada aos opióides 
● Quanto mais eficaz o tratamento da dor no transoperatório, mais fácil será o 
tratamento no pós operatório 
● Transmissão: ​fibras levam as informações dos nociceptores até a medula espinhal 
● Quando chegam no corpo dorsal da ME fazem sinapse com interneurônios 
● Processo em que as fibras sensitivas fazem sinapse com os interneurônios é 
chamado de modulação – evento que diz se a informação fica retida na medula 
espinhal ou se prossegue de forma ascendente ao encéfalo 
● Se as sinapses excitatórias estiverem mais ativas manda a informação adiante 
● Se as inibitórias estiverem mais ativas tende a ficar retido 
● Morfina inibe transmissão na medula espinhal, retendo a informação 
● Receptores: muitos são alvos da terapia farmacológica 
● Bloqueio da transmissão excitatória ou potencialização das vias inibitórias podem 
fazer com que informação fique restrita a medula espinhal e não acenda 
● Tramadol pode ativar receptor opioide inibitório, porém com potência baixa. Seu 
principal mecanismo é relacionado com diminuição da captação de noradrenalina e 
estimula a liberação de serotonina (efeito inibitório na sinapse) 
● Projeção:​ informação sensitiva segue por diferentes caminhos passando por várias 
regiões do encéfalo ; 
● Passagem pelo hipotálamo: pode ativar respostas neuroendócrinas, que fazem 
liberação de adrenalina, noradrenalina, cortisol quando o paciente sente dor 
● Paciente com dor tem maior nível circulante de catecolamina e cortisol 
● Ascendente: da medula ao encéfalo 
● Modulação descendente: informação do encéfalo vai para a medula espinhal e pode 
inibir a projeção ascendente da informação. Algumas substâncias produzidas ao 
nível encefálico podem fazer modulação descendente – endorfinas, encefalinas, 
serotonina produzida ao nível central 
● Produção de endorfina é aumentada quando há prática de exercícios – atividade 
física ajuda no controle da dor 
● Serotonina – neurotransmissor da felicidade 
● Quando informação chega no córtex há percepção consciente que só acontece se o 
animal estiver acordado, anestesiado e em coma não acontece. Percepção da dor é 
exclusivamente consciente 
● Quando se deprime a atividade cerebral do paciente está atuando somente na 
percepção da dor – anestesia geral – não está tratando a dor, paciente só não está 
percebendo conscientemente a dor 
● Diferencia percepção de nocicepção. Nocicepção envolve várias outras coisas – 
transmissão de impulso e resposta ao estímulo nocivo (transmissão,modulação, 
projeção...) Só se trata a dor se consegue interferir nestas etapas antes das 
percepção. Ativação dessas etapas fazem com que o manejo e tratamento da dor 
seja mais difícil. Paciente retorna da anestesia com muita dor. 
● Se bloquear a transmissão da informação dolorosa nas mais variadas etapas a partir 
da nocicepção antes da percepção, há uma eficácia maior no tratamento da dor 
● Anestesia infiltrativa bloqueia a nocicepção – nociceptores não despolarizam 
● Aguda ou crônica – relacionada ao tempo de duração do processo 
● Dor aguda geralmente é fisiológica – sempre haverá lesão tecidual 
● Dor crônica é patológica e frequentemente se instala quando dor aguda não é 
adequadamente tratada – evolução da dor aguda. Muitas vezes não está 
relacionada a uma lesão tecidual propriamente dita – existe porque há sensibilização 
central e córtex está sendo constantemente estimulado 
● Centralização da dor – mais difícil de tratar – importante tratar dor aguda 
● Se há muita estimulação do córtex porque não tratou a dor, neurônios ficam 
sensibilizados e frequentemente disparam e transmitem a informação dolorosa 
● Diagnóstico da dor 
● Apenas observar o paciente te dá uma avaliação subjetiva 
● Cada avaliador tem uma forma natural de enxergar o paciente 
● Em dias diferentes o mesmo avaliador pode fazer avaliações diferentes do paciente 
que está com a mesma intensidade de dor 
● Escalas de avaliação da dor permitem melhor avaliação – adotam alterações 
comportamentais e alguns escalas que avaliam parâmetro fisiológicos 
● Escalas que trabalham pontuações e permitem avaliar a evolução 
● Escala composta de dor de Glasgow: ​a mais utilizada 
● Formulários com algumas etapas e anotar a pontuação de acordo com o que o cão 
apresenta apresenta 
● No final soma os pontos e a partir de uma certa pontuação é necessário tratar 
● Para gatos além das alterações comportamentais, há avaliação da expressão facial 
do gato – avaliar posição das orelhas e formato do focinho – somar as pontuações e 
avaliar se é necessário tratamento 
● Caso o paciente esteja andando e a pontuação seja de 6 ou mais pontos precisa de 
tratamento da dor (cão) – pontuação máxima de 24 e partir de 6 trata 
● Escala de Melbourne:​ além de parâmetros comportamentais utiliza alguns 
fisiológicos 
● EVA: ​régua e conta quantos milímetros – a mais sujeita a erros 
● régua sem nenhuma marcação e aponta onde acha que está a dor do animal 
● várias pessoas avaliam e marcam e depois pega uma régua de 100mm e conta 
quanto de dor o animal tem 
● escalas servem para padronizar a avaliação da dor, permitindo que cada avaliador 
tenha a mesma conclusão 
● Tratamento: ​envolve conhecer as vias da dor, e pode interferir em qualquer etapa. 
Atuar somente na percepção é a pior das estratégias 
● Atuar na transdução é a melhor – nem sempre possível 
● Transdução: ​AINES não é potente o suficiente para bloquear a transdução, mas 
diminui os mediadores inflamatórios diminuindo sensibilização 
● Transmissão: ​alfa 2 agonistas também influenciam na transmissão, porém os AL 
são os principais, fazendo anestesia infiltrativa ao redor do nervo 
● Modulação: ​opióides atuam tanto na modulação espinhal como supra espinhal – faz 
com que menos informação suba para o córtex 
● Projeção:​ anestésicos locais que sejam empregados diretamente no espaço 
epidural 
● Analgesia pre-emptiva:​ é melhor tratar a dor quando ela ainda não ocorreu / ainda 
não existe / antes do estímulo nocivo ocorrer. Uso de alguns analgésico na MPA 
trata a dor antes dela ocorrer e faz com que a dor seja muito mais facilmente tratada. 
Realizada de diversas formas. 
● Metadona, antiinflamatório, infusão analgésica antes do estímulo nocivo e tramadol 
ao final da cirurgia – OSH – protocolo do Zanoni Danone 
● AINEs:: inibem a COX, menor produção de prostaglandina que sensibilizariam o 
nociceptor. Alguns podem atuar também sobre a bradicinina que inicia a ativação do 
nociceptor. 
● Se quiser atuar ao nível dos nociceptores sem AINEs utilizar anestesia infiltrativa 
● AINEs na orquiectomia – muito eficaz 
● Cetamina: ​efeito analgésico em baixas doses e efeito antihiperalgésico – que se 
opõe ao efeito adverso dos opióides 
● Sempre associar cetamina quando utilizar opioide por infusão contínua● O tratamento da dor é sempre multimodal – sempre tratar em várias das etapas da 
transmissão através de vários mecanismos de ação diferente

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