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POP 08 Fisioterapia nas lesões ortopédicas nos MMII 2

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Procedimento 
Operacional Padrão
POP/UNIDADE DE 
REABILITAÇÃO/008/2016
Atuação Hospitalar da Fisioterapia nos 
Pacientes com Lesões Ortopédicas nos 
MMII
Versão 1.0
UNIDADE DE 
REABILITAÇÃO 
 
 
 
 
 
Procedimento Operacional 
Padrão 
 
POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/008/2016 
Atuação Hospitalar da Fisioterapia nos Pacientes com 
Lesões 
Ortopédicas nos MMII 
 
 
 
 
 
Versão 1.0 
 
 
 
 
® 2015, Ebserh. Todos os direitos reservados 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh 
www.Ebserh.gov.br 
 
 
 
Material produzido pela Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do 
Triângulo Mineiro / Ebserh 
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ministério da Educação 
 
Atuação hospitalar da fisioterapia nos pacientes com lesões ortopédicas 
nos MMII –Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da 
Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Uberaba: EBSERH – 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 2016. 21p. 
 
Palavras-chaves: 1 – Protocolo; 2 – Fisioterapia; 3 – Traumatologia; 4 – 
Membros inferiores 
 
 
 
 
 
HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO 
ADMINISTRADO PELA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES 
(EBSERH) 
Avenida Getúlio Guaritá, nº 130 
Bairro Abadia | CEP: 38025-440 | Uberaba-MG 
Telefone: (034) 3318-5200 | Sítio: www.ebserh.gov.br/web/hc-uftm 
 
 
ALOIZIO MERCADANTE OLIVA 
Ministro de Estado da Educação 
 
 
NEWTON LIMA NETO 
Presidente da Ebserh 
 
 
LUIZ ANTÔNIO PERTILI RODRIGUES DE RESENDE 
Superintendente do HC-UFTM 
 
 
AUGUSTO CÉSAR HOYLER 
Gerente Administrativo do HC-UFTM 
 
 
DALMO CORREIA FILHO 
Gerente de Ensino e Pesquisa do HC-UFTM 
 
 
MURILO ANTONIO ROCHA 
Gerente de Atenção à Saúde do HC-UFTM 
 
 
ADRIANO JANDER FERREIRA 
Responsável pela Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HC-UFTM 
 
 
RENATA DE MELO BATISTA 
Chefe da Unidade de Reabilitação do HC-UFTM 
 
 
EXPEDIENTE 
 
 
Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo 
Mineiro 
 
Produção 
 
 
 
 
HISTÓRICO DE REVISÕES 
 
Data Versão Descrição Gestor do POP Autor/responsável por 
alterações 
15/01/2016 1.0 
Trata da padronização do 
tratamento fisioterapêutico 
hospitalar nos pacientes com 
lesões ortopédicas dos MMII no 
Hospital de Clínicas da UFTM 
Renata de Melo Batista 
Andréa 
LicrePessinaGasparine 
Fabiana Barroso Rocha 
Moreira 
Ieda Mara L Gomes 
Karoline Cipriano 
Raimundo de Oliveira 
Priscila SalgeMauad 
Taciana Freitas Agrelli 
 
 
 
 
 
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Pacientes com Lesões Ortopédicas nos MMII 
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SUMÁRIO 
OBJETIVO ............................................................................................................................................ 6 
GLOSSÁRIO ......................................................................................................................................... 6 
APLICAÇÃO ......................................................................................................................................... 6 
I INFORMAÇÕES GERAIS ................................................................................................................. 6 
I.I Introdução ...................................................................................................................................... 6 
I.II Objetivos Gerais da fisioterapia ................................................................................................... 7 
I.III Indicações ................................................................................................................................... 8 
II. Descrição das tarefas ......................................................................................................................... 8 
II.I Prescrição de exercícios ............................................................................................................... 8 
II.II Fisioterapia no Pós-Operatório de Artroplastia de Quadril ........................................................ 8 
II.III Fisioterapia no pós-operatório de fratura transtrocanteriana ................................................... 10 
II.IV Fisioterapia Pós Fratura Diafisária De Fêmur ......................................................................... 11 
II.V Fisioterapia No Pós-Operatório De Artroplastia Total de Joelho ............................................. 12 
II.VI Fisioterapia nas Fraturas de Patela .......................................................................................... 13 
II.VII Fisioterapia nas Fraturas de Platô Tibial ................................................................................ 14 
II.VIII Fisioterapia nas Fraturas de Diáfise Tibial ........................................................................... 16 
II.IX Fisioterapia nas Fraturas de Pilão Tibial ................................................................................. 17 
II.X Fisioterapia nas Fraturas de Tornozelo ..................................................................................... 18 
REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................................ 20 
 
 
 
 
 
 
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OBJETIVO 
 
 Padronizar o tratamento fisioterapêutico nos pacientes com lesões ortopédicas dos membros 
inferiores (MMII) internados no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Triângulo 
Mineiro (UFTM). 
 
 
GLOSSÁRIO 
ADM – amplitude de movimento 
HC-UFTM - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
MMII –membros inferiores 
MMSS –membros superiores 
POP – Protocolo Operacional Padrão 
DF – Distrito Federal 
EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares 
Ed. - Edifício 
OMS – Organização Mundial de Saúde 
RAFI - Redução aberta e fixação interna 
 
 
APLICAÇÃO 
 
Setores do HC-UFTM que prestam assistência aos pacientes com traumas ortopédicos de MMII. 
 
I INFORMAÇÕES GERAIS 
 
 I.I Introdução 
As patologias traumáticas atualmente destacam-se nas estatísticas de diagnósticos e 
internações hospitalares, tendo em vista o aumento da violência urbana e da quantidade de veículos 
automotores (de Castro et al 2013). O trauma já atinge o primeiro lugar entre os agravos que 
 
 
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acometem a população produtiva, tornando-se um grave problema de saúde pública pela magnitude 
das sequelas orgânicas e emocionais que produz (Whitaker, Gutiérrez , Koizumi,1998). 
No Brasil, em 2005, foram registrados 36.661 óbitos e 124.283 internações hospitalares 
decorrentes de acidentes de trânsito. Já em 2009, esses números aumentaram, respectivamente, para 
38.469 e 134.317, portanto, ocorreu um crescimento de 4,93% na taxa de óbito e 8,07% nas 
internações hospitalares (BRASIL, 2010). Em 2012, a taxa de internação hospitalar (SUS) por causas 
externas registrou 73% das internações para o sexo masculino e 27% para o sexo feminino. 
Quanto à faixa etária, elevados são os valores de frequência.Para a idade de 20 a 59 anos 
59,8%. Houve aumento expressivo de internação para pessoas idosas (70 anos ou mais): 63%. 
(Ministério da Saúde/Datasus-SIH/SUS). 
Gumieiro et al, destacam como causa para essa incidência, as fraturas secundárias a 
osteoporose e osteoartrose. Em estudo realizado por de Castro et al (2013) ocorre a apresentação da 
distribuição dos acometimentos de traumas segmentares. Para os membros inferiores há a incidência, 
em ordem crescente, de acometimento segmentar de 6,3% para joelho, 8,4% tornozelo, 10,7% pé, 
12,8% tíbia e 15,5% fêmur. 
Dada à grandeza dos números de vitimas do trauma e a complexidade dos distúrbios 
ortopédicos e traumatológicos faz-se necessário o investimento pelo Serviço de Ortopedia e 
Traumatologia, em especial, o segmento, fisioterapia, para a criação de uma rotina procedimental de 
tratamento fisioterapêutico visando potencializar a intervenção, viabilizando uma ordem sequencial 
de evolução funcional para um melhor planejamento e organização da reabilitação física. 
 
 
I.II Objetivos Gerais da fisioterapia 
• Restaurar e manter completa ADM; 
• Melhorar e restaurar a força muscular; 
• Reduzir e/ou prevenir edemas; 
• Manter a representação cortical do segmento; 
• Manter a função do sistema nervoso; 
• Manter a função respiratória. 
 
 
 
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I.III Indicações 
 Pacientes internados no HC-UFTM que se encontram no pós-operatório de traumas dos 
MMII e que tenham prescrição médica. 
 
II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS 
 
II.I Prescrição de exercícios 
 
- Exercícios ativos, ativo-assistidos e passivos: 
Mínimo: 2 séries de 5 repetições 
Máximo: 3 séries de 10 repetições 
 
- Exercícios isométricos: 
Mínimo: 2 séries de 3 repetições de 6 segundos cada 
Máximo: 2 séries de 5 repetições de 6 segundos cada 
 
- Alongamento: 
Mínimo: 1 série de 3 x de 20 segundos cada 
Máximo: 1 série de 5 x de 30 segundos cada 
 
 
II.II Fisioterapia no Pós-Operatório de Artroplastia de Quadril 
 
Fase 1 
1° PO 
- Posicionamento do membro operado com leve abdução (colocar rolo entre as pernas). 
- Orientação para o paciente a respeito das precauções com o quadril: não fechar a perna operada, 
não cruzar a perna operada, não inclinar o tronco para frente, não deitar do lado operado, sentar 
sempre de forma recostada. 
 
 
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- Exercícios metabólicos. 
- Exercícios isométricos de quadríceps, abdômen e glúteos. 
- Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
- Exercícios ativos para os MMSS, MI contralateral à cirurgia. 
 
Fase 2: 
2° ao 5° PO 
- Repetir os exercícios da fase 1. 
- Exercícios ativos de flexão e extensão de joelho (se possível, caso contrário, realizar o movimento 
de forma ativa-assistida). 
- Exercícios ativos de abdução do quadril (se possível, caso contrário, realizar o movimento de forma 
ativa-assistida). 
- Exercícios de ponte unipodal (fisioterapeuta auxilia o membro inferior operado). 
- Treinamento de mobilidade no leito. 
- Treinamento de sedestação à beira do leito, do lado operado. (Sem permitir que o tronco e o quadril 
façam um ângulo acima de 90°). 
- Entrega da cartilha quanto ao posicionamento e exercícios a serem realizados em domicilio até o 
retorno ao ambulatório. 
 
Fase 3: 
6° ao 10° dia pós operatório 
- Repetir os exercícios da fase 2. 
 
* Treino de marcha com carga total progressiva (utilizando o andador), quando prótese cimentada. 
* Nas próteses não cimentadas a deambulação depende do material utilizado e intercorrências no 
intraoperatório, sendo assim será realizada após liberação médica em prontuário. 
-1° mês toque de artelhos. 
-2° mês carga parcial. 
-3° mês carga total progressiva. 
 
 
 
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II.III Fisioterapia no pós-operatório de fratura transtrocanteriana 
 
Fase 1: 
 1° PO 
- Posicionamento do membro operado em posição neutra. 
- Orientar o paciente que o membro operado não pode realizar alavanca e nem movimentos bruscos. 
- Exercícios metabólicos. 
- Exercícios isométricos de quadríceps, abdômen e glúteos. 
- Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
- Exercícios ativos para MMSS e MI contralateral à cirurgia. 
 
Fase 2: 
2° ao 5° PO 
- Manter os exercícios da fase 1. 
- Exercícios ativos de flexão e extensão de joelho e quadril (se possível, caso contrário, realizar o 
movimento de forma ativa-assistida). 
- Exercícios ativos de abdução e adução do quadril (se possível, caso contrário, realizar o movimento 
de forma ativa-assistida). 
- Exercícios de ponte unipodal (fisioterapeuta auxilia o membro inferior operado). 
- Treinamento de mobilidade no leito. 
- Treinamento de sedestação à beira do leito, com a coxa do membro operado completamente 
apoiada na cama. 
- Entrega da cartilha quanto ao posicionamento e exercícios a serem realizados em domicilio até o 
retorno ao ambulatório. 
 
Fase 3: 
5° ao 10° dia pós operatório 
- Manter os exercícios da fase 2. 
 
 
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* Treino de marcha com toque de artelhos (utilizando o andador), de acordo com liberação médica. 
 
II.IV Fisioterapia Pós Fratura Diafisária de Fêmur 
 
TRAÇÃO TRANSESQUELÉTICA 
- Manter MI sob tração. 
- Exercícios metabólicos. 
- Exercícios isométricos de extensores do joelho e glúteo. 
- Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
- Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
- Posicionamento adequado no leito. 
 
FIXADOR EXTERNO 
- Mobilização patelar (se possível). 
- Exercícios metabólicos. 
- Exercícios isométricos de extensores do joelho e abdutores quadril. 
- Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
- Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
- Posicionamento adequado no leito e sentado no leito, com cuidado em relação ao membro 
fraturado. 
 
OSTEOSSÍNTESE 
 
Fase 1: 
1º PO 
- Posicionamento adequado do MI. 
- Mobilização patelar (se possível). 
- Exercícios metabólicos. 
- Exercícios isométricos de extensores do joelho e abdutores quadril. 
 
 
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- Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
- Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
 
Fase 2: 
2º ao 5º PO 
- Mantem condutas da fase 1. 
- Flexão e abdução do quadril ativo ou ativo-assistido. 
- Tríplice flexão ativa ou ativa-assistida da extremidade inferior. 
- Mudança de decúbito, sentar beira leito. 
 
Fase 3: 
6º a 10º dia 
- Manter conduta da fase 1 e 2. 
- Alongamentos dos músculos isquiotibiais, quadríceps e tríceps sural. 
- F1exão na posição supina e abdução em decúbito lateral. 
- Extensão ativa do joelho em cadeia cinética aberta de 90° a 30° de flexão (respeitando o 
posicionamento do MI todo apoiado sobre a superfície da cama). 
- Fortalecimento de tríceps sural com resistência elástica. 
- Ganho de ADM de flexão do joelho mantida por 10 minutos; 
 
* Treino de marcha com carga toque de artelhos (fase 2), podendo progredir para a fase 3 com carga 
de 20 kg ( de acordo com liberação médica) 
 
 
II.V Fisioterapia No Pós-Operatório de Artroplastia Total de Joelho 
 
Fase 1: 
1° PO 
- Posicionamento do MI com coximpara extensão do joelho. 
- Exercícios isométricos de quadríceps, glúteos, abdutores e adutores de quadril. 
 
 
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- Exercícios metabólicos. 
- Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
- Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
- Orientações quanto ao posicionamento, carga e cuidados com a prótese. 
 
Fase 2: 
2º ao 5° PO 
- Mantém exercícios da fase 1. 
- Ganho de ADM no mínimo 45° (passivo, auto-passivo). 
- Estimular exercícios ativos de flexão e extensão de joelho. 
- Colocar paciente sentado. 
- Deambulação com andador. 
- Crioterapia. 
 
Fase 3: 
6° ao 10° PO 
- Mantém exercícios fase 1 e fase 2. 
- Mobilização patelar. 
- Ganho de ADM ativa até 90°. 
- Exercícios isométricos em diferentes ângulos. 
- Marcha com andador. 
- Evitar deformidades em flexão de joelho. 
 
* Marcha carga total progressiva já no 2º PO com prótese cimentada, se não houver intercorrências 
intraoperatórias. 
 
II.VI Fisioterapia nas Fraturas de Patela 
 
RAFI (Redução Aberta e fixação interna) 
Fase 1: 
 
 
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1º PO 
-Elevar a extremidade para diminuir edema. 
-Exercícios metabólicos. 
-Exercícios isométricos para glúteos. 
-Exercícios isométricos para extensores, abdutores e adutores (caso não haja lesões de cadeia 
extensora). 
-Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
- Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
 
Fase 2: 
2º ao 5º PO 
-Mantém exercícios da fase 1. 
- Exercícios ativos de quadril em todos planos. 
- Alongamento de tríceps sural. 
- Iniciar descarga de peso com auxílio de muleta ou andador. 
-Iniciar exercícios ativos de joelho na posição sentada, se fixação estável (RAFI). 
-Não fazer exercícios passivos para joelho (RAFI). 
 
Fase 3: 
6º ao 10º PO 
 - Mantém exercícios da fase 1 e 2. 
- Flexão e extensão ativo de joelho sem sustentação de peso. 
- Mobilização patelar. 
 
* Treino de marcha com carga total progressiva (de acordo com liberação médica e de acordo com 
lesões de partes moles) 
 
II.VII Fisioterapia nas Fraturas de Platô Tibial 
RAFI 
Fase 1: 
 
 
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1º PO 
- Manter MI operado elevado. 
- Exercícios metabólicos. 
- Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
- Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
- Exercícios isométricos de glúteo máximo. 
 
Fase 2: 
2º ao 5º PO 
- Mantém exercícios fase 1. 
- Exercícios ativo-assistido leves de joelho de 40º a 60º (*Evitar estresse em varo e valgo). 
- Treino de sedestação, respeitando a amplitude angular do exercício anterior. 
 
Fase 3: 
6º ao 10º PO 
- Mantém exercícios fase 1 e 2. 
- Transferências sem sustentação de peso. 
- Exercícios ativo-assistido de flexão de joelho até 90º. 
- Deambular com muletas, pacientes idosos com andador (*sem sustentação de peso). 
- Não realizar exercícios de fortalecimento no MI tratado cirurgicamente. 
 
* Sustentação de peso parcial ou total só ao final da 12º semana. 
* Liberação de carga parcial após 8 a 10 semanas e carga total por volta da 12º semana. 
* Não permitir sobrecarga de estresse em varo ou valgo de joelho. 
 
 
FIXAÇÃO EXTERNA 
Se o fixador for do tipo “híbrido”, realize os mesmos exercícios da RAFI. Se o fixador atravessar o 
joelho, nenhum movimento na articulação do joelho será permitido. 
 
 
 
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Fase 1: 
1º PO 
- Manter MI operado elevado. 
- Exercícios metabólicos. 
- Exercícios isométricos de glúteo máximo e abdominal. 
- Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
 
Fase 2: 
2º ao 5º PO 
- Mantém exercícios da fase 1. 
- Treino de sedestação, sem flexão de joelho. 
- Treino da prática mental (lateralidade e funcionalidade). 
 
Fase 3: 
6º ao 10º PÓS-OPERATÓRIOS 
- Mantém exercícios fase 1 e 2. 
 
 
II.VIII Fisioterapia nas Fraturas de Diáfise Tibial 
 
Fase 1: 
1º PO 
- Manter MI operado elevado. 
- Exercícios metabólicos. 
- Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
- Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
- Isometria de quadríceps e glúteo máximo. 
 
Fase 2: 
2º ao 5º PO 
 
 
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- Mantém exercícios da fase 1. 
- Exercícios ativo-assistido e ativos de joelho (se joelho livre). 
 
Fase 3: 
6º ao 10º PO 
- Mantém exercícios da fase 1 e 2. 
- Transferências sem sustentação de peso. 
- Deambular com muletas, pacientes idosos com andador *. 
- Não realizar exercícios de fortalecimento no MI tratado cirurgicamente. 
 
* A sustentação de peso varia com o padrão da fratura e também com o método de fixação 
1) Osteossínteses: padronizado pelo serviço. 
2) Haste medular: 
• Fratura instável: Sustentação parcial (ponta de dedos) com muleta ou andador na primeira 
semana. 
• Fratura estável: sustentação de peso imediata com muleta ou andador. 
3) Fixador externo: Sustentação parcial (ponta de dedos) com muleta ou andador. 
 
 
II.IX Fisioterapia nas Fraturas de Pilão Tibial 
 
RAFI e FIXADOR EXTERNO 
Fase 1: 
1º PO 
-Paciente com aparelho gessado. 
-Posicionamento adequado do MI para evitar edema. 
- Exercícios ativo metacarpo falangianas. 
- Exercícios isométricos para cadeia extensora, abdutora e adutora. 
- Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
- Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
 
 
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Fase 2: 
2º ao 5º PO 
- Mantém exercícios da fase 1. 
- Marcha com muletas, sem apoio. 
- Exercícios ativo metacarpo falangianas, joelho e quadril. 
 
Fase 3: 
6º ao 10º PO 
- Prosseguir metacarpo falangianas. 
-Prosseguir exercícios ativos para aumento da ADM de metacarpo falangianas e joelho. 
- Iniciar exercícios suaves, aumento da ADM de tornozelo retirado gesso bivalvado ou órtese. 
- Prosseguir exercícios ativos para aumento da ADM de metacarpo falangianas. 
 
 
II.X Fisioterapia nas Fraturas de Tornozelo 
 
Fase 1: 
1º PO 
- Imobilização do Tornozelo. 
- Controle de edema de dedos (ciclo: ativação cadeia linfática inguinal, arraste nos dedos, ativação 
cadeia linfática poplítea). 
- Exercícios isométricos de quadríceps, glúteo máximo e glúteo médio, abdutores e adutores de 
quadril 
- Mobilização de articulações adjacentes livres. 
- Treino de Imagética Motora (3 minutos - lateralidade; 3 minutos - funcionalidade; 5 a 8 minutos 
treino de espelho). 
- Crioterapia (combinada com elevação da extremidade) 15 minutos. 
 
Fase 2 
2º ao 5º PO 
 
 
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- Imobilização do Tornozelo. 
- Controle de edema de dedos (ciclo: ativação cadeia linfática inguinal, arraste nos dedos, ativação 
cadeia linfática poplítea). 
- Exercícios isométricos de quadríceps, glúteo máximo e glúteo médio, abdutores e adutores de 
quadril 
- Mobilização de articulações adjacentes livres. 
- Treino de Imagética Motora (3 minutos - lateralidade; 3 minutos - funcionalidade; 5 a 8 minutos 
treino de espelho).- Crioterapia (combinada com elevação da extremidade) 15 minutos. 
 
Fase 3 
6º ao 10º PO 
- Exercícios ativos com carga elástica progressiva para fortalecimento de musculatura de joelho e 
quadril. 
- Exercícios de alongamento de cadeia muscular posterior do membro contralateral: MÍNIMO (1 
série, 3 repetições, 20 segundos cada); MÁXIMO ( 1 série, 5 repetições, 30 segundos cada). 
- Exercício auto-passivo de DORSIFLEXÃO (com faixa) para ganho de ADM de tornozelo. 
- Treino de Imagética Motora (3 minutos - lateralidade; 3 minutos - funcionalidade; 5 a 8 minutos 
treino de espelho). 
- Treino de Marcha com descarga parcial 20 Kg. 
 
Orientações domiciliares 
- cuidados com posicionamento do membro. 
- treino de imagética motora (lateralidade e funcionalidade). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
D. N.Gumieiro; G. J. C. Pereira; M. F.Minicucci; C. E. I.Ricciardi; E. R. Damasceno e B. 
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HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO 
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