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Encontro 05 - Esgoto Sanitário

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Sistema Predial de Esgoto Sanitário 
SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO 
• Definição: conjunto de aparelhos sanitários, tubulações e dispositivos destinados a
coletar e afastar da edificação as águas servidas encaminhando-as para o fim 
adequado. 
• Norma: NBR 8160/99 – Sistemas Prediais de Esgotos Sanitários: Projeto e
Execução. 
• Rede interna: ramais de descarga, ramais de esgoto e tubos de queda.
• Rede externa: subcoletores e coletor predial
DESCONECTORES E CAIXAS 
• Desconectores: aparelho que possui fecho hídrico. Ex.: vaso sanitário, caixa
sifonada, caixa de gordura. 
• Sifão: dispositivo que recebe efluentes do esgoto sanitário, impedindo o retorno dos
gases, graças ao fecho hídrico. Deve ser munido de inspeção que permita a sua 
limpeza. 
• Caixa sifonada: dispositivo destinado a receber efluentes do ramal de descarga e
águas de lavagem de piso, encaminhando-as ao ramal de esgoto. Também é dotada 
de fecho hídrico. Cada entrada deve receber apenas um aparelho sanitário. 
•  As caixas sifonadas 
possuem uma saída de 
esgoto e uma, três ou 
sete entradas de esgoto. 
•  Caixas sifonadas com 
entradas de 40mm não 
suportam máquinas de 
l a v a r . A s c a i x a s 
sifonadas de mictórios 
devem ser utilizadas 
somente para eles. Nos 
mictórios e em tanques, 
deve-se utilizar a caixa 
sifonada com tampa 
cega, a fim de evitar a 
evaporação da urina e a 
passagem de espuma, 
respectivamente. 
• Fecho hídrico: é a camada de líquido que veda a passagem de gases e de
insetos. O fecho mínimo deve ter 50mm. 
• Caixa de passagem: caixa destinada a receber águas de lavagem de pisos
ou efluentes de tubulação secundária, podendo possuir grelha ou tampa 
cega, conforme sua destinação, ou seja, havendo ou não o retorno de gases. 
Não possui fecho hídrico e, por isso, não é um desconector. 
• Caixa ou ralo seco: caixa destinada a receber águas provenientes do piso
(lavagem ou de chuveiro). Possui entrada somente pela parte superior 
(grelha) e uma saída, na lateral ou fundo, a qual deve se ligar a uma caixa 
sifonada, para a devida proteção, visto não ser dotado de sifão. 
• Ramal de descarga: tubulação que recebe efluentes diretamente dos
aparelhos sanitários. Transportam a vazão de 1 aparelho somente. 
• Ramal de esgoto: tubulação destinada a receber efluentes dos ramais de
descarga, transportando a vazão de mais de um aparelho. 
• Tubo de queda: tubulação vertical que coleta o esgoto dos pavimentos
mais elevados e transporta para o térreo. O sentido é sempre descendo. 
• Caixa retentora de gordura: dispositivo utilizado para separar e reter
materiais gordurosos indesejáveis, impedindo-os de chegar nas tubulações. 
Razões para utilização da caixa de gordura: 
-  Evitar entupimento da rede predial de esgoto, devido à aderência da 
gordura nas paredes da tubulação, diminuindo o seu diâmetro; 
-  Facilita a manutenção do sistema; 
-  Aumenta a vida útil do sumidouro; 
-  Impede a passagem de gases. 
• Na caixa de gordura, o esgoto entra pela parte superior e cria uma zona
tranquila onde a gordura fica retida por flutuação. A gordura se solidifica 
e adere às paredes da caixa, que deve ser retirada periodicamente. 
• Caixa de Inspeção: caixa adequadamente disposta para permitir
mudança de direção, limpeza e desobstrução das tubulações, 
possibilitando melhor fluxo dos efluentes. 
• Subcoletor: tubulação que corre ao redor da edificação conduzindo ao
destino final; 
• Coletor predial: última tubulação que leva o esgoto para o destino final
•  Ventilação: as instalações primárias de esgoto devem ser dotadas de 
ventilação, visando evitar a ruptura do fecho hídrico dos desconectores 
assim como possibilitar a saída dos gases emanados dos coletores. 
- Toda edificação de um só pavimento deve ter, pelo menos, um tubo 
ventilador de DN 100. O tubo se liga diretamente à caixa de inspeção, 
subcoletor ou ramal de descarga de um vaso sanitário e se prolonga até 
acima da cobertura. Caso esta edificação seja residencial e tenha no máximo 
três vasos sanitários, o diâmetro poderá ser reduzido para DN 75. 
-  Em edificação de dois ou mais pavimentos, os tubos de queda devem ser 
prolongados até acima da cobertura, para que o último trecho superior 
funcione como tubo de ventilação, assim como todos os desconectores 
(vasos sifonados, sifões e caixas sifonadas) devem ter tubos ventiladores 
individuais, ligados à colunas de ventilação. 
 
- Ramal de ventilação: tubo ventilador interligando o desconector ou ramal 
de descarga de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação 
ou a um tubo ventilador primário. 
- Tubulação de ventilação primária: prolongamento do tubo de queda acima 
do ramal mais alto a ele ligado e com extremidade aberta à atmosfera 
situada acima da cobertura do prédio. 
Esquema genérico de ventilação 
Esquema de ventilação com tomada acima 
do ramal de esgoto e saída em nível 
superior ao dos aparelhos. 
CRITÉRIOS E ESPECIFICAÇÕES PARA PROJETO 
•  Objetivo das instalações: 
-  Permitir o rápido escoamento dos esgotos sanitários; 
-  Vedar a passagem de gases e animais para o interior das tubulações; 
-  Não permitir vazamento e formação de depósito no interior das tubulações; 
-  Evitar a poluição do sistema de água potável. 
•  Características das edificações: 
-  Deve - se ter especial atenção a arquitetura, principalmente no caso de prédios, 
onde o tubo de queda deve obrigatoriamente passar no sentido vertical; 
-  Escolas e hospitais não devem ter o funcionamento interrompido e caixas de 
inspeção devem ser localizadas fora da área comum; 
-  Hospitais com rígidos critérios de assepsia, colocar tampas cegas em ralos 
sifonados; 
-  Proteger as tubulações de atos de vandalismo em locais como estádios 
 
Ramal de Descarga 
- Os ramais de descarga de pias de 
cozinha ou da copa ligam-se direto a 
tubos de queda específicos para caixas 
de gordura, não devendo jamais serem 
ligados a ralos sifonados; 
- As bacias sanitárias devem ser ligadas 
diretamente à caixa de inspeção 
(edificação térrea) ou a tubos de queda 
(quando em pavimento superior); 
- Os ramais de descarga de lavatórios e 
bidês, banheiras, ralos e tanques devem 
ser ligados diretamente ou por meio de 
caixa de passagem à caixa sifonada ou 
sifão exceto: 
A) Conjunto de lavatórios ou mictórios
quando instalados em bateria nos
sanitários coletivos;
B) Lavatórios e pias de cozinha que sejam
do tipo duas cubas;
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA PROJETO 
Ramais de descarga para edifícios com mais 
de 4 pavimentos 
Ramais de descarga para edifícios com até 4 
pavimentos 
-  Ramais de descarga de vasos sanitários, caixas ou ralos sifonados, caixas retentoras 
e sifões devem ser ligados diretamente à caixa de inspeção ou à outra tubulação 
primária, desde que a mesma seja inspecionável. 
-  O comprimento do trecho entre um ramal de descarga e um ponto de inspeção não 
deve ser superior a 10m. 
-  Os ramais de descarga ligados em série ou em bateria, quando ligados a um mesmo 
ramal de esgoto, devem ter ligações em junção de 45° com curvas ou joelhos. 
Caixas Sifonadas 
-  Os chuveiros e as águas de lavagem de pisos podem ser coletados em ralos 
simples (secos), os quais devem ser ligados ás caixas sifonadas; 
-  As caixas sifonadas localizadas no térreo podem ser ligadas diretamente 
nas caixas de inspeção; 
-  Apesar do sifão poder substituir periodicamente a caixa sifonada, pois este 
tem a mesma função, este deve ser utilizado somente junto aos aparelhos. 
Caixas de passagem 
-  Não podem receber despejos fecais; 
-  As caixas que recebem efluentes de pias de cozinha e mictórios devem ter 
tampa cega. 
 Ramal de esgoto 
-  O ramal de esgoto do térreo deve ser ligado diretamente à caixa de 
inspeção por uma tubulaçãoindependente e não a um tubo de queda. Caso 
haja entupimento deste, pode haver refluxo para os ralos do térreo; 
•  Tubos de Queda 
-  Deve ter diâmetro constante ao longo de seu 
comprimento; 
-  Deve ser instalado numa única prumada ou 
um único alinhamento reto; 
-  Havendo necessidade de mudança de 
direção, as peças que serão utilizadas devem 
ter ângulo central não superior a 90o, ser de 
raio longo e dispor de peças de inspeção; 
-  Os tubos de queda devem se prolongar até 
acima da cobertura para ventilação, mantendo 
o mesmo diâmetro, com exceção dos casos 
previstos no ítem referente á ventilação; 
-  O tubo de queda deve ser locado o mais 
próximo possível da bacia sanitária, pois o 
trecho desta até o tubo de queda é de DN 
100mm, apresentando maior custo; 
-  As peças de inspeção devem se localizar em 
trechos apropriados da tubulação, de modo a 
serem faci lmente ut i l izadas quando 
necessárias. 
Ligação do tubo de queda com o ramal de 
esgoto. 
Detalhe do trecho inferior do tubo de queda 
com a curva longa e peças de inspeção para 
eventuais desobstruções. 
Corte geral de um edifício com tubos de queda e 
ramais de esgoto 
Esquema geral de um tubo de queda e 
coluna de ventilação 
•  Ventilação Primária 
-  A coluna de ventilação deve possuir diâmetro 
constante; 
-  A extremidade inferior deve ser ligada a um 
subcoletor ou a um tubo de queda, conectado 
em ponto situado abaixo da ligação do 
primeiro ramal de esgoto ou descarga; 
-  A extremidade superior deverá situar-se 
acima da cobertura da edificação; 
-  A extremidade aberta do tubo de ventilador 
deve ser situada a mais de 4m de qualquer 
janela, porta ou outro vão de ventilação; 
-  Todo desconector deve ser ventilado e a 
distância de um desconector à conexão com o 
tubo ventilador ao qual estiver ligado deve 
atender ao disposto na tabela ao lado; 
-  A ligação na parte superior do tubo 
ventilador deve ocorrer no mínimo 15cm 
acima do mais alto aparelho servido, a fim de 
evitar eventual refluxo pelo tubo ventilado. 
Distância máxima permitida para a ventilação. 
Sanitário: distância de inserção de ramal de 
ventilação. 
Esquema para a ligação do ramal de 
ventilação ao ramal de esgoto. 
Ligação incorreta: ramal de ventilação ligado ao 
ramal do vaso sanitário pode causar obstrução 
e perder sua função. 
Caixa sifonada ligada diretamente ao vaso 
sanitário: acarreta retorno de efluentes e mau 
cheiro 
•  Máquina de Lavar 
-  Nas instalações em prédios a partir de dois andares que recebem no 
tubo de queda descarga de aparelhos como pias, tanques, máquinas de 
lavar e similares, é preciso evitar a ligação de aparelhos ou tubos 
ventiladores nos andares inferiores, em trechos de instalações 
considerados como zonas de espuma; 
-  neste caso deve-se isolar o tubo de queda da máquina de lavar. 
Embora apresente um pequeno aumento nos custos, a fim de diminuir o 
refluxo de espuma. 
•  Caixas de Inspeção 
- Deve ser prevista quando ocorrer: 
A) Mudança de direção; 
B) Mudança de diâmetro; 
C) Mudança de declividade dos subcoletores ou do coletor predial; 
D) Interligação de subcoletores 
- Em prédios com mais de dois pavimentos, as caixas de inspeção devem 
se localizar a mais de 2m de distância dos tubos de queda a elas ligados, 
tendo em vista as interferências estruturais; 
- A distância entre a última caixa de inspeção e o coletor público não deve 
ser superior a 15m. Em alguns municípios é exigido uma caixa de 
inspeção no passeio frontal ou em área próxima. 
Caixa de Inspeção pré-fabricada. 
Posição da caixa de inspeção para 
edifícios com mais de 5 pavimentos. 
•  Caixa Retentora de Gordura 
-  Deve ser instalada em local de fácil acesso, de preferência o mais 
próximo possível das pias; 
-  Em edificações com vários pavimentos, os ramais das pias devem 
descarregar em um tubo de queda independente, que conduzirá os 
efluentes para uma caixa de gordura coletiva situada no pavimento 
térreo. É vedado o uso de caixas individuais em cada pavimento; 
-  As caixas devem ser vedadas e podem ser de plástico, concreto, 
alvenaria, etc. Podem ser pré-fabricadas ou moldadas no próprio local; 
-  Para as caixas de gordura recomenda-se a sua divisão em duas 
câmaras: uma receptora e a outra vertedora, separadas por um septo 
não removível. A parte submersa do septo deve possuir no mínimo 
20cm, altura esta abaixo do nível da geratriz inferior da tubulação de 
saída. O outro segmento, acima do líquido, deve possuir cerca de 20cm. 
•  Subcoletor e coletor predial 
-  O coletor predial deve ter cota suficiente para se ligar ao coletor 
público por gravidade. Atentar para o nível em que se encontra o 
mesmo, que é informado pela concessionária local, e em geral 
localizado a cerca de 2m de profundidade. 
-  O projetista deve verificar as interferências com a estrutura e a 
fundação ao longo do caminho até chegar ao coletor público, 
verificando as cotas a fim de garantir a continuidade da tubulação; 
-  O comprimento máximo deve ser de 15m. Caso isso não seja 
possível, deve-se colocar uma caixa de inspeção; 
-  As mudanças de diâmetro de subcoletores e coletores devem ser 
efetuadas por intermédio das caixas de inspeção; 
-  Em casos especiais para as edificações situadas abaixo da cota do 
coletor público, o esgotamento deve ser efetuado por instalação 
elevatória. 
DIMENSIONAMENTO 
•  Sistema de esgoto funciona por gravidade; 
•  Dimensionamento é simples e efetuado por meio de tabelas, em função do 
material e da declividade mínima. Não há necessidade da verificação da 
pressão; 
•  Com base nas Unidades Hunter de Contribuição (UHC) e nas declividades 
mínimas, é possível dimensionar todo o sistema. A UHC é um fator 
numérico que representa a contribuição considerada de cada tipo de 
aparelho sanitário em função da utilização habitual do mesmo. 
•  Fórmula básica adota é a de Chèzy, utilizada para cálculo de canais a meio 
seção. Esta fórmula foi materializada em tabelas as quais fornecem 
diretamente os diâmetros dos trechos calculados; 
•  Tubulações com DN igual ou menor que 75 devem ter uma declividade 
mínima de 2% e tubulações com um DN igual ou superior a 100 uma 
declividade mínima de 1%. As declividades estabelecidas para cada trecho 
devem ser constantes. 
- Ramal de descarga: é o trecho compreendido entre o aparelho e a caixa sifonada 
ou, no caso do vaso sanitário, entre ele e o subcoletor ou tubo de queda. Seu 
dimensionamento é função do número de Unidades Hunter de Contribuição. O 
dimensionamento é imediato a partir dos valores indicados nas tabelas, 
ressaltando-se a adoção do diâmetro mínimo DN 40. 
 - Ramal de esgoto: é o trecho entre a saída da caixa sifonada e a ligação ao ramal 
da bacia sifonada. È determinado em função do somatório das UHC de acordo com 
as tabelas. 
 
• Exemplo: 
TUBOS DE QUEDA 
• Deve ter diâmetro uniforme ao longo de todo o seu comprimento. Seu
dimensionamento é função do somatório das Unidades Hunter de 
Contribuição (UHC) dos ramais de esgoto conectados ao tubo de queda 
em cada andar; 
• Nenhum vaso sanitário deve descarregar num tubo de queda com
diâmetro inferior a 100mm; 
• Nenhum tubo de queda deve ter diâmetro inferior ao da maior tubulação
que se liga à ele; 
• Nenhum tubo de queda que receba descarga de pias de copa, de cozinha
ou de pias de despejo deve ter diâmetro inferior a DN 75, excetuando-se 
os casos de tubos de queda que recebam até 6UHC de contribuição em 
prédios de até dois pavimentos, quando então pode-se utilizar o DN 50. 
EXEMPLO 
• Dimensionamento é
imediato, em função dos 
valores encontrados na 
tabela para tubos de queda; 
• Para o prédio em questão,
a c o l u n a r e c e b e 
contribuição de cada vaso 
sanitário, em cadaum dos 
s e t e p a v i m e n t o s , 
perfazendo um total de 77 
UHC para todo o tubo. 
Considerando a tabela de 
dimensionamento, tem-se 
um DN 100. 
• Caso o somatório fosse
inferior a 70, não seria 
possível adotar DN 75, em 
função do mínimo exigido 
para tubos de queda que 
recebam efluentes de vasos 
sanitários ser DN 100. 
COLETRO PREDIAL E SUBCOLETOR 
• Dimensionamento é baseado
no somatório das UHC bem 
como nas declividades mínimas 
expressas na tabela; 
• O diâmetro mínimo exigido é
DN 100; 
• Para o caso de prédios
r e s i d e n c i a i s , d e v e s e r 
considerado o aparelho de 
maior descarga, para o cálculo 
das UHC; 
• Seguindo o exemplo anterior,
considerando o edifício com 5 
t u b o s d e q u e d a e a s 
respectivas caixas de inspeção, 
subco le tores e co le tores 
prediais, até a ligação ao 
coletor público. A declividade 
adotada foi de 1%, visto ser a 
declividade mínima. 
Esquema geral 
com tubo de 
queda, 
subcoletores e 
coletor predial. 
Disposição no 
terreno das caixas 
de inspeção de 
acordo com o 
cálculo da tabela. 
VENTILAÇÃO 
• Para o exemplo em
questão: 
- Ramal de ventilação: para 
o grupo dos aparelhos com
vaso sanitário, UHC = 11 e, 
portanto, DN 50 (tabela); 
- Coluna de Venti lação: 
contribuição de 77 UHC 
para o tubo de queda. 
Portanto entra-se com o 
valor de DN 100 para o tubo 
de queda e 140 para UHC 
(valor imediatamente acima 
de 77). A altura do edifício é 
de, no mínimo, 7x3=21m. 
Logo adota-se o DN de 75 
para a coluna de ventilação. 
-  Atenção para as distâncias 
de um desconector ao tubo 
ventilador. 
Tabelas 3.6 e 3.7 - pág. 234 - Creder 
Tabela 3.8 - pág. 235 - Creder 
ELEMENTOS ACESSÓRIOS 
• CAIXA DE INSPEÇÃO
- Caso tenha forma prismática, o menor lado deve ter 0,60m, caso a forma seja 
cilíndrica, o diâmetro interno mínimo deve ser de 0,60m; 
- A profundidade máxima é variável, em função da declividade dos subcoletores, 
não devendo ultrapassar 1m; 
-  A profundidade mínima da primeira caixa é função dos DN das tubulações de 
entrada e saída e da declividade da tubulação de entrada; 
-  Para edificações de maior porte e mesmo para as últimas caixas, onde o 
volume de efluentes é maior, deve-se aumentar as dimensões planas para 0,80m 
ou até mesmo 1m. Apenas para instalações especiais as caixas devem ser 
calculadas em função dos volumes de esgoto. 
• CAIXA RETENTORA DE GORDURA
- Deve ter dimensões mínimas para que o líquido esfrie e com isso a gordura se 
solidifique ficando retida nos limites a seguir: 
A) Para despejos provenientes de uma pia, utilizar caixa pequena;
B) Para uma ou duas cozinhas, utilizar, no mínimo a caixa tipo pequena;
C) Acima de duas, até 12 cozinhas, utilizar a caixa tipo dupla;
D) Acima de 12 cozinhas, ou para cozinhas industriais, de restaurantes, escolas,
quartéis, etc, utilizar caixas do tipo especial, com dimensões calculadas; 
- Existem esses tipos de caixas pré-fabricadas do tipo pequena, simples, dupla, nas 
condições impostas pela NBR 8160, não necessitando de cálculos, sendo, 
portanto, adotados; 
-  A caixa do tipo especial pode ser calculada de acordo com: 
V = (2xN) + 20, onde V é o volume da caixa em litros e N é o número de pessoas 
servidas pela cozinha. 
CAIXA DE PASSAGEM 
-  Dimensões mínimas: 
A) cilíndrica: diâmetro mínimo interno de 15cm;
B) prismática: deve permitir a inscrição de um círculo de 15cm de diâmetro.
- A tubulação de saída deve ser dimensionada como ramal de esgoto. 
CAIXA SIFONADA 
- Dimensionamento imediato, bastando atender: 
Efluentes até 6UHC: DN 100 
Efluentes até 10UHC: DN 125 
Efluentes até 15UHC: DN 150 
FOSSA SÉPTICA 
• A disposição do líquido coletado pelo coletor predial de uma
instalação predial pode ser efetuada de duas maneiras: 
A) Coletor da rede pública
B) Em sistema individual (particular), quando não houver no local rede
pública de esgoto. 
• O sistema adotado no Brasil é, em tese do tipo separador absoluto,
recebendo somente efluentes dos coletores prediais de esgoto, não 
admitindo a inclusão de coletores da águas pluviais; 
• Esses resíduos somente podem ser despejados em rios, lagos ou
mar caso já tenha sido tratado previamente, a fim de reduzir o seu 
índice poluidor a níveis compatíveis com os corpos receptores. A 
solução utilizada neste caso é a fossa séptica. 
• norma que rege o projeto, construção e instalação: NBR 7229/93
DEFINIÇÃO 
• Fossa séptica é um recipiente geralmente de planta retangular ou circular
onde o líquido sofre decantação, removendo-se os sólidos grosseiros, que 
retidos formam o lodo. Com isso, os efluentes da fossa possibilitam: 
- A retirada parcial da sua carga orgânica que, se jogada em um corpo d
´água causa poluição; 
- Maior facilidade de ser infiltrado ou filtrado pelo solo graças à retirada de 
sólidos. 
• O efluente da fossa séptica deve ser disposto com cuidado, existindo
várias alternativas: 
A) O efluente é infiltrado no terreno, por meio de escavações no mesmo;
B) O efluente da fossa é lançado por valas no terreno para sofrer filtração.
Depois, o líquido que percolou é recolhido e disposto. Esse processo é 
chamado de linhas de filtração; 
C) O efluente da fossa é enviado a um dispositivo chamado de filtro
anaeróbio, constituído por um tanque de formato circular no qual colocam-
se pedras. O líquido percola no meio das pedras e a matéria orgânica fica 
retida. 
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA PROJETOS 
• Deve haver fácil ligação entre
o coletor predial e o coletor
público; 
• O Poço freático deve-se situar-
se acima do sumidouro, a fim de 
evitar sua contaminação; 
• Para avaliar a possibilidade de
uso de um solo no local de 
infiltração, seja para sumidouro 
ou vala de infiltração, utiliza-se 
o ensaio de infiltração que tem
como ob je t i vo es t imar a 
quantidade diária de líquido que 
o solo deixa infiltrar;
• O nível do fundo do sumidouro
deverá ficar, no mínimo a 1,00m 
a cima do lençol freático. Distâncias recomendadas entre o poço e a fossa séptica. 
TESTE DE INFILTRAÇÃO 
• Visitar o local e verificar qual o tipo de solo (estimativa);
• Considerando a infiltração média do solo faz-se uma estimativa grosseira
da profundidade do sumidouro (tabela); 
• Abre-se uma vala com a profundidade média do futuro sumidouro a fim de
se fazer o teste nesta profundidade; 
• Aberta a vala, fazer 3 escavações do formato de uma caixa com as
dimensões de 30 x 30 x 30cm cada; 
• No dia anterior ao teste, encher as caixas com água;
• No dia do teste, colocar 15cm de água e medir o tempo que a mesma leva
para baixar o nível de 1cm; 
• Adotar o menor dos 3 tempos que será o tempo padrão de infiltração do
solo; 
• Com o tempo obtido, entra-se na tabela e é possível encontrar o
coeficiente de infiltração do solo; 
• O cálculo da área útil do sumidouro é dado por: A = V/C, onde A é a área
necessária, V é o volume de esgotos e C é o coeficiente de infiltração.

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