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Logistica Reversa e Reciclagem - Uma discussao de processos

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DIRETORIA DA PÓS-GRADUAÇÃO
MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL E SUPPLY CHAIN MANAGEMENT 
JÚLIO DE PONTES JUNIOR	
LOGÍSTICA REVERSA E RECICLAGEM:
UMA DISCUSSÃO DE PROCESSOS.
SÃO PAULO
2013
JÚLIO DE PONTES JUNIOR 
LOGÍSTICA REVERSA E RECICLAGEM:
UMA DISCUSSÃO DE PROCESSOS.
								
Monografia apresentada à Diretoria de pós-graduação da Universidade Nove de Julho, como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Logística	Empresarial e Supply Chain Management.
Orientadora : Prof.ª Ms. Gisele de Souza Cordeiro Zorzella Di Dio
SÃO PAULO
2013
JÚLIO DE PONTES JUNIOR 
LOGÍSTICA REVERSA E RECICLAGEM:
UMA DISCUSSÃO DE PROCESSOS.
						
Monografia apresentada à Diretoria de pós-graduação da Universidade Nove de Julho, como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Logística	Empresarial e Supply Chain Management.
Aprovado em __de________________de 2013.
Banca Examinadora:
_________________________________________________________.
Prof.ª Ms. Gisele de Souza Cordeiro Zorzella Di Dio (Orientadora).
__________________________________________________________.
Membro:__________________________________________________.
SÃO PAULO
2013
AGRADECIMENTOS
	Agradeço, primeiramente a Deus, por sua presença em todos as horas e momentos, principalmente nas horas do apuro, onde o desespero te leva a pensar que não é capaz para tanto, porém quem acredita e não desiste fácil, sabe que alcançará seu objetivo. Se não alcançar 100%, sabe que chegará mais perto de sua realização. 
	|A todos que torceram por mim, acreditaram em mim, meus familiares, meus amigos, colegas de trabalho, colegas da graduação, da pós-graduação e a minha família religiosa, que participaram dessa conquista, direta ou indiretamente.
	Agradeço em especial a Professora Gisele Di Dio pelo suporte, apoio e atenção dedicada para realização deste trabalho.
	Espero que com toda essa dedicação, passo de uma fase para outra, e alcance uma oportunidade para ingressar na carreira acadêmica, que é meu objetivo principal. Muitos nascem, vivem e morrem, sem realizações, por falta de uma simples oportunidade. 
RESUMO
	 A logística reversa é o processo responsável pelo fluxo inverso dos produtos de pós-consumo e pós-venda ao ciclo de produção ou de negócios, visando o reaproveitamento, inspeção por garantia, reciclagem, reuso ente outros. É uma importante ferramenta, essencial para a conservação do meio ambiente. A sociedade tem se demonstrado cada vez mais preocupada com as questões ambientais, buscando preservá-la para garantir sustentabilidade para gerações futuras. O presente estudo tem por objetivo de esclarecer, através de estudos bibliográficos a relação entre logística reversa e reciclagem, seus aspectos, importância destes processos na cadeia de suprimentos e a necessidade de incluí-los nos planejamentos estratégicos das Organizações. A implantação da logística reversa, aumenta as possibilidades de adquirir um diferencial competitivo que, além de agregar valor ao produto, pode prover à mesma uma maior rentabilidade, além de satisfazer às necessidades e expectativas dos clientes. 
Palavras-chaves: Logística reversa. Reciclagem. Meio ambiente. Legislação Ambiental. 
ABSTRACT
Reverse logistics is the process responsible for the reverse flow of products from post-consumer and post-sales cycle from production or business, aiming reuse, inspection by guarantee, recycling, reuse other entity. It is an important tool, essential for the conservation of the environment. The company has proved increasingly concerned with environmental issues, seeking to preserve it to ensure sustainability for future generations. The present study aims to clarify, through bibliographical studies the relationship between reverse logistics and recycling aspects, the importance of these processes in the supply chain and the need to include them in the strategic planning of organizations. The implementation of reverse logistics, increases the chances of acquiring a competitive advantage that, besides adding value to the product, can provide the same increased profitability, in addition to satisfying the needs and expectations of customers.
Keywords: Reverse Logistics. Recycling. Environment. Environmental Legislation.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1 – Cadeia de abastecimento.........................................................................................11
Figura 2 – Fluxo do processo logístico direto x processo logístico reverso.............................15
Figura 3 – Fluxograma logística reversa de pós-venda.............................................................17
Figura 4 – Canais de distribuição diretos e reversos.................................................................20
Figura 5 – Símbolos de materiais para coleta seletiva..............................................................24
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO.............................................................................................................8
2	REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................9
2.1	Conceitos de logística................................................................................................9-10
2.2	A logística empresarial e o Supply Chain Management..........................................10-11
2.3	Logística Empresarial no Brasil...............................................................................11-13
2.4	Logística Reversa.....................................................................................................13-14
2.5	Produtos de pós-venda.............................................................................................15-16
2.6	Produtos de pós-consumo.............................................................................................16
2.7	O desafio da Logística Reversa...............................................................................17-18
2.8	Canais de distribuição reversos de bens de pós-consumo e de pós-venda..............18-19
2.9	Reciclagem....................................................................................................................21
2.10	Etapas da reciclagem.....................................................................................................22
2.11	Aspectos econômicos a serem considerados para a reciclagem..............................22-24
2.12	A importância e vantagens da reciclagem...............................................................24-26
2.13	Legislação Ambiental..............................................................................................26-27
2.14	Crimes ambientais...................................................................................................27-28
3	METODOLOGIA DA PESQUISA............................................................................28
4	APRESENTAÇÃO DOS DADOS E ANÁLISE DA PESQUISA.......................29-30
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................30-31
6	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................32-33
1. INTRODUÇÃO
	Na atualidade, nossa sociedade vive uma grande preocupação com o equilíbrio ambiental. O aquecimento global e poluição por exemplo, são importantes motivos para preocupação com o meio ambiente e as pessoas e empresas pelo mundo, estão cada vez mais se sensibilizando com o tema, tendo consciência , que devemos acompanhar o crescimento global, porém com o mínimo impacto ambiental, atendendo nossas necessidades, proporcionando sustentabilidade a novas gerações. A partir daqui, logística reversa e reciclagem são temas relevantes para realização desse processo. 
	A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle
de fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. (GUARNIERI, 2010)
	A reciclagem é um processo de recuperação de materiais descartados, transformando-os em matéria-prima, para desenvolvimento de novos produtos, gerando economia no fluxo de negócios contribuindo com a preservação do meio ambiente. 
	O objetivo da pesquisa, é investigar os conceitos de logística reversa e reciclagem, analisá-los e compará-los, apresentando se há pontos em comum . O problema de pesquisa se resume na seguinte questão: Os processos de logística reversa e reciclagem são semelhantes ?
	A justificativa para o presente trabalho é apresentar o diferencial que a logística reversa e reciclagem pode proporcionar para as empresas, contribuindo para melhor entendimento desses processos , as semelhanças e divergências entre eles , e o incentivo para maior preocupação com o meio ambiente, agregando valor na imagem da empresa e maior competitividade. É um estudo de extrema importância, visto que ainda é pouco explorado no meio acadêmico e no contexto organizacional.
	Esse trabalho está organizado da seguinte maneira : introdução, referencial teórico, metodologia da pesquisa , apresentação dos dados - análise da pesquisa e considerações finais, conforme apresentado a seguir :
2. REFERENCIAL TEÓRICO
	Neste capítulo, é realizada uma pesquisa bibliográfica do tema proposto, onde foram analisados conceitos de logística, logística reversa, cadeia de abastecimento, reciclagem entre outros, buscando melhor entendimento desses processos.
2.1 Conceitos de logística 
	A Logística é segmento responsável por prover recursos, equipamentos e informações para execução de todas as atividades de uma empresa. Ela está interligada com a administração, economia, contabilidade, estatística, marketing, engenharia, tecnologia da informação e recursos humanos.
	Mediante o comentado, pode-se perceber que o termo logística, vai muito além do que temos em mente, porque quando falamos em logística, pode-se pensar apenas em movimentação e transporte.
	 O termo logística vem do grego logos, significando “discurso, razão, racionalidade, linguagem”, mais especificamente da palavra grega logistiki, significando contabilidade e organização financeira. A palavra logística tem a sua origem no verbo francês loger, que significa alojar ou acolher. Foi inicialmente usada para descrever a ciência da movimentação, suprimento e manutenção de forças militares no terreno. Posteriormente utilizada para descrever o gerenciamento do fluxo de materiais numa organização, desde a matéria-prima até aos produtos acabados.(CARVALHO,2002)
	 A Logística pode ser compreendida como uma das mais antigas e inerentes atividades que tem como objetivo principal disponibilizar bens e serviços gerados por uma sociedade, nos locais, tempo, quantidades e qualidades em que são necessários aos utilizadores. A sua introdução como atividade empresarial tem sido gradativa ao longo da história empresarial, de uma simples área de materiais a uma área estratégica no atual cenário empresarial, buscando evolução constantemente, atendendo as necessidades com o menor custo possível. Tanta evolução se dá a partir da segunda guerra mundial, onde evidência como suporte às novas tecnologias produtivas em empresas industriais. (LEITE, 2003)
	 O investimento em logística tem sido valioso para as organizações conquistarem novos espaços no mercado . Disputar preços, qualidade e prazos já não é mais um diferencial competitivo, suficiente para se manter atuante. Podemos considerar a Logística como nova porque a pouco mais de 160 anos, o Barão de Jomini, um dos maiores nomes da estratégia militar de sua época, foi quem usou a expressão logística pela primeira vez. (RAZZOLINI FILHO,2009)
	Pode-se afirmar , com base em Lambert, Stock e Vantine (1998), que o papel da logística nas organizações é complementar às ações de marketing da empresa, visando garantir vantagens diferenciais no mercado, proporcionando um direcionamento eficaz do produto ao cliente e colocando o produto no lugar certo no momento certo. É oportuno demonstrarmos o quão importante é a logística para a rotina das organizações, uma vez que, atualmente, não são as empresas maiores que superam as menores. São as mais ágeis que superam as mais lentas, e é exatamente o que a logística se propõe a fazer : dotas as organizações de novas condições competitivas, uma vez que ganha o mercado quem chega primeiro. (RAZZOLINI FILHO, 2009)
2.2 A logística empresarial e o Supply Chain Management
	Supply Chain Management é o planejamento e gerenciamento de todas as atividades envolvidas com a aquisição, conversão e o gerenciamento logístico. Inclui principalmente a coordenação e colaboração com os parceiros dos canais , que podem ser fornecedores, intermediários, provedores de serviços terceirizados e clientes. Em essência o Supply Chain Management integra o gerenciamento do suprimento e da demanda, internamente e ao longo da cadeia de suprimentos. (LEITE, 2003)
	Logística Empresarial é a parte do Supply Chain Management que planeja, implementa e controla o eficiente e efetivo fluxo direto e reverso, a estocagem de bens, serviços e as informações relacionadas entre o ponto de origem e o ponto de consumo, no sentido de satisfazer as necessidades do cliente. (LEITE, 2003)
	Percebe-se que logística não é supply chain (FIGURA 1). Ela é um processo dentro da cadeia de suprimentos, que permite e visa a organização do fluxo, incluindo em suas atividades o gerenciamento de transportes, gestão de frotas, armazenagem, manuseio de materiais, atendimento de pedido, gerenciamento de estoques, gestão de demanda e gestão de prestadoras de serviços. Em graus variados, a função logística também inclui fornecedores e contratos, planejamento e programação da produção, empacotamento e atendimento ao cliente. Envolve todos os níveis de planejamento e execução – estratégico, tático e operacional. 
Figura 1: Cadeia de abastecimento
Fonte: Guialog (2000)
2.3 Logística empresarial no Brasil
	No Brasil, o desenvolvimento e importância da logística empresarial tornam-se evidentes a partir de 1990, com a abertura econômica que o país começava a vivenciar, e se acelerou a partir de 1994, com a estabilização econômica propiciada pelo plano real. Com a estabilização da moeda, que se observa a evolução da logística no País, pelo expressivo desenvolvimento e aumento de transações empresarias em diversas cadeias industriais e agropecuárias, pela percepção dos valores de estoques envolvidos, pela presença marcante de operadores logísticos internacionais atuando no Brasil, pelas privatizações realizadas na área de ferrovias, portuária e hidroviária, e certamente pela maior participação no cenário internacional. (LEITE, 2003)
	Com o resultado desta internacionalização do país, observa-se o expressivo crescimento de atividade em diversas cadeias produtivas, tanto nas existentes como naquelas de novos produtos, que colocam em evidência a contribuição da logística no seu equacionamento.
	Sendo assim, o aumento de exigências na competição interna e externa, a maior conscientização empresarial de suas possibilidades competitivas, a preocupação com os custos de estoques e transportes, a exigência de velocidade de resposta, a necessidade de melhorar a matriz de transportes nacional e a exigência de formação de especialistas, evidenciam a logística empresarial no país. (LEITE,2003)
	No Brasil, podemos afirmar que a logística está passando por mudanças, um período revolucionário extraordinário , tanto nas práticas empresariais , quanto na eficiência , qualidade e disponibilidade de infraestrutura de transportes e comunicações , ferramentas fundamentais para existência e evolução da Logística.
Porém uma das maiores dificuldades das organizações atualmente, é conseguir profissionais com qualificação e experiências necessárias para atuar no gerenciamento logístico. 
	 A maioria dos profissionais que se propõem a atuar na área é oriunda de transportadoras ou da área de compras, estoques e armazenagem, profissionais estes que possuem uma visão prática e limitada do que seja, realmente, a logística empresarial. Embora já existam vários cursos para formar esse contingente de colaboradores tão necessários, ainda vai demorar algum tempo para que tenhamos profissionais mais qualificados e experiente disponíveis no mercado. (RAZZOLINI FILHO, 2009)
A Logística empresarial no Brasil vem constituindo-se em um negócio de grandes proporções que evoluiu muito rapidamente nos últimos anos, e passou por profundas transformações em direção a maior sofisticação.
	 Hoje, com os mercados cada vez mais dinâmicos e globalizados, os clientes ficaram cada vez mais informados e exigentes. Para satisfazê-los, são necessários produtos com ciclos de vida bem mais curtos e com semelhança tecnológica muito grande. Surgiu, então, o conceito de logística integrada que significou considerar como elementos de um sistema todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos, desde o período de aquisição dos materiais até o ponto de consumo final; assim como os fluxos de informações que gerem os produtos em movimento. (FIGUEIREDO, 2003)
	A evolução da logística ao longo do tempo pode ser medida entre outras coisas pelo conjunto de atividades executadas no âmbito de sua responsabilidade. A observação das grandes empresas brasileiras indica uma significativa diversidade de atividades sendo realizada pela organização logística, os resultados sugerem alto grau de diversificação das operações, compatível com países mais desenvolvidos. (FIGUEIREDO, 2003)
	Dentre as atividades logísticas, aquela que consome a maior parte dos recursos é o transporte. Esta também é a operação que apresenta os custos mais visíveis, por ser quase totalmente terceirizada nas empresas. No caso dos custos associados a outras operações logísticas, como a armazenagem e a gestão de estoques, nem sempre são considerados alguns custos menos visíveis ou que não representam desembolsos diretos, como os custos de oportunidade e depreciação.(FIGUEIREDO, 2003)
2.4 Logística Reversa 
	A Logística Reversa é o processo de planejamento, implementação e controle de fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem , com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado, agregando valor ambiental, logístico, financeiro e legal as empresas que a adotam. As formas de operacionalizar o retorno dos resíduos depende da viabilidade econômica e do objetivo/foco da empresa, os resíduos podem ser vendidos para o mercado secundário, reciclados, reutilizados, incinerados para gerar energia, descartados em aterros corretos, desmontados e vendidos em partes etc.,(GUARNIERI, 2011)
	Hoje vivenciamos uma indiscutível ânsia de lançamento de novos produtos e novos modelos em todos os setores empresariais. Inovação tem sido uma das ferramentas mais importantes, que integra diretamente o marketing a logística. Empresas elaboram produtos e modelos específicos para satisfazer a diferentes segmentos de clientes em uma variedade de aspectos, além das cores, tamanhos, capacidades, especificações diferenciadas, os produtos são segmentados por idade e sexo, etnia, cultura, sabor e odor de diversas naturezas, tamanho e tipo de embalagem, nível de açúcar, gordura etc.,
	Em consequência , observa-se uma redução de vida dos produtos em todos os setores. O ciclo de vida dos produtos reduz-se em consequência da introdução de novos modelos, que tornam os anteriores obsoletos, ultrapassados, fora de moda. Por outro lado, o ciclo de vida útil dos produtos reduz-se em consequência de seu próprio projeto, pela concepção de ser utilizado uma única vez, pelo uso de materiais de menor durabilidade, pela dificuldade técnica e econômica de conserto, entre outros motivos. (LEITE, 2003)
	Com a descartabilidade a curto prazo, têm se quantidades maiores de produtos, ainda sem uso ou já consumidos, que retornam de alguma forma ao ciclo produtivo ou de negócios. Produtos obsoletos sob diversas óticas, com defeitos ou dentro da garantia, com validade vencida, com excesso de estoque, etc., não consumidos ou com pouco uso, retornam ao ciclo de negócios na busca de recuperação de valor. 
	Produtos em fim de vida útil, ou sem condições de reutilização e resíduos industriais, não apresentando interesse ao primeiro proprietário, retornam ao ciclo de negócios ou produtivo com o mesmo objetivo, porém por caminhos diferentes dos primeiros. Percebe-se os reflexos que o retorno destas quantidades crescentes de produtos de pós-venda e pós-consumo causam nas operações empresariais. O retorno dos produtos de pós-venda, em grande quantidade, precisa ser equacionado sob pena de interferir nas operações e na rentabilidade das atividades das empresas. (LEITE,2003)
	É muito importante que por outro lado, observa-se que as crescentes quantidades de produtos de pós-consumo exaurem os sistemas tradicionais de disposição final e, se não equacionados, provocam poluição por contaminação ou por excesso. Legislações ambientais, visando redução do impacto, desobrigam gradativamente os governos e responsabilizam as empresas, pelo equacionamento dos fluxos reversos dos produtos de pós-consumo. A falta de equacionamento destes fluxos reversos pode-se constituir em riscos à imagem da empresa, a sua reputação de empresa cidadã e da ciência e comprometimento da responsabilidade socioambiental perante a comunidade.
	Existem diversas razões que justificam o retorno dos produtos nas categorias de pós-venda e pós-consumo (Figura 2) , envolvendo a qualidade, acordos comerciais que permitem o retorno, reparo, consertos e manutenção dos produtos ou de seus componentes, embalagens retornáveis, interesse de sua reutilização e produtos que chegam ao seu fim de vida útil. (LEITE, 2003)
	
Figura 2 : Fluxo do processo logístico direto x processo logístico reverso
Fonte: www.rumosustentável.com.br ; acesso 26/01/2013 às 13:28hs.
2.5 Produtos de pós-venda
	O retorno por qualidade, refere-se a produtos que retornam por apresentar defeitos de fabricação ou de funcionamento, avarias no produto ou na embalagem. Estes produtos poderão ser submetidos a consertos ou reformas que permitam retornar ao mercado primário, ou a mercados diferenciados que denominamos secundários, agregando-lhes valor comercial, ou ainda ser enviados a outros destinos. (LEITE, 2003)
	Cadeias reversas de retorno por acordo comercial, referem-se, por exemplo, à movimentações de estoques devido a erros de expedição, excesso de estoques no canal de distribuição, mercadorias em consignação, liquidação de estação de vendas, o retorno de produtos, pontas de estoque etc., que serão reintegrados ao ciclo de negócios através de redistribuição e venda em outras áreas geográficas ou canais de vendas. 
	Cadeias reversas de reparo e manutenção, originam-se na necessidade de substituição de componentes dos produtos ao longo de sua vida útil. Exemplos típicos são os produtos dos setores de eletrodomésticos, informática, telefonia, sistemas de comunicação, eletroeletrônicos, automóveis, entre outros, nos quais os programas de logística reversa visam equacionar os fluxos reversos de peças novas e reparadas, remanufaturadas de maneira a prestar serviço de pós-venda e satisfação do cliente. (LEITE, 2003)
	O fluxo de componentes reparados ou remanufaturados poderá alimentar o próprio sistema de assistência técnica ou eventualmente ser revalorizado pela venda em mercado secundário, ou a outros destinos na hierarquia de revalorização de bens. (LEITE, 2003)
	O segmento de logística reversa de embalagens retornáveis, utilizadas principalmente no transporte de produtos entre empresas
visando maior velocidade no fluxo logístico, redução de danos ao produto, economia de custos, garantia de integridade nos produtos de alto valor agregado, ou ainda constituindo-se da atividade principal em empresas de locação de embalagens, têm apresentado crescimento. Embora com características diferentes em cada caso o equacionamento dos seus fluxos logísticos diretos e reversos são realizados simultaneamente, exigindo além de recursos logísticos, transportes, armazenagens e informações, os de administração e de processamento industrial para sua recolocação no circuito. (LEITE, 2003)
2.6 Produtos de pós-consumo
	Quando os produtos retornados apresentam boas condições de uso, ou seja, existe interesse em sua reutilização por outro interessado, será destinado a mercados de segunda mão sendo comercializado ou simplesmente repassado a novos interessados até atingir o fim de vida útil. Nesse último caso, denominamos cadeias reversas de “Fim de vida útil” o produto poderá ser desmontado para aproveitamento de seus componentes com ou sem remanufatura, retornando ao mercado secundário ou à própria industria que o reutilizará. Nestes casos geralmente uma parcela residual de materiais é destinada ao canal reverso de reciclagem, onde serão reaproveitados. 
	O caso dos bens de pós-consumo descartáveis, cada vez mais usuais em sociedades modernas, tipifica esta categoria de término de vida útil e, desde que haja condições logísticas, tecnológicas e econômicas, retornam através do canal reverso de reciclagem industrial, onde os materiais constituintes são reaproveitados e se constituirão em matérias-primas secundárias reintegradas no ciclo produtivo. Caso não haja as citadas condições constituirão o “Destino Final”, ou seja, serão destinados a aterros sanitários, lixões e incineração com recuperação energética, ou se nenhum destes destinos for utilizados, constituirão poluição ambiental. (LEITE, 2003)
Figura 3: Fluxograma logística reversa de pós-venda
Fonte: Leite Consultorias (2005)
2.7 O desafio da logística reversa 
	Implementar um modelo de logística reversa não é tarefa simples em nenhum segmento de mercado. Por outro lado, também não se trata de um trabalho impossível. No Brasil mesmo, há casos bem sucedidos nas áreas de agrotóxicos e de pneus. 
	Paulo Roberto Leite, presidente do Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB), adverte que uma coisa é falar do retorno dos produtos. Outra é realizar esse trabalho. Evidentemente, isso se planeja e se realiza. Só que, na realidade, para fazer isso fisicamente e operacionalmente, a complexidade é grande e, normalmente, envolve custos que não são desprezíveis. Então há necessidade de que o compartilhamento seja, de fato, uma ação setorial, ou empresarial, ressalta.
	Leite explica que o compartilhamento de responsabilidade não é algo a ser definido juridicamente ou por força da Lei, mas por força de objetivos comuns dos diversos participantes da cadeia, o que , eventualmente, pode se transformar em regulamentação legislativa no futuro. “As legislações, para serem corretas e boas, precisam ter em vista este compartilhamento de responsabilidade. Significa que todos os elos da cadeia são responsáveis por este retorno. Porque se qualquer elo não se responsabilizar – com atos ou ações que propiciem o retorno, certamente não haverá eficiência na cadeia. Isso que a regulamentação futura certamente fará”. Destaca Paulo Roberto Leite.
	Um dos desafios na implementação de um modelo de logística reversa eficiente para o setor é a conscientização dos consumidores.
	Outro desafio muito importante, praxe para o processo, são referente a custos. Para o processo de logística reversa, os custos são elevados e precisam ser subsidiados. Quem disser que todos estes reaproveitamentos são sustentáveis economicamente não sabe o que está falando. Porque não são. Por isso tem que ser subsidiado. Mas não há riscos de que isso eleve significativamente o preço dos produtos. Se houver entendimento colaborativo entre as empresas, o aumento será para todos. (LEITE, 2003)
2.8 Canais de distribuição Reversos de bens de Pós-Consumo e de Pós-Venda
	Conforme Leite (2003), existem três grandes categorias de bens produzidos; os bens descartáveis, os bens semiduráveis e os bens duráveis classificados de acordo com a sua vida útil. Estas definições são fundamentais para um melhor entendimento das atividades dos canais de distribuição reversos.
Bens descartáveis: São bens que apresentam duração de vida útil média de algumas semanas, raramente superior a seis meses. São exemplos de bens descartáveis os produtos de embalagens, brinquedos, materiais para escritório, suprimentos para computadores, artigos cirúrgicos, pilhas de equipamentos eletrônicos, fraldas, jornais, revistas, etc.
Bens duráveis: São os bens que apresentam duração de vida útil variando de alguns anos a algumas décadas. Exemplos: automóveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, as máquinas e os equipamentos industriais, edifícios, aviões, navios, etc. 
Bens semiduráveis: São os bens que apresentam duração média de vida útil de alguns meses, raramente superior a dois anos. Sob o enfoque dos canais de distribuição reversos dos materiais, apresenta características ora de bens duráveis, ora de bens descartáveis. 
Exemplos: baterias de veículos, óleos lubrificantes, baterias de celulares, computadores e seus periféricos, revistas especializadas, etc. 
	O acelerado desenvolvimento tecnológico vivenciado pela sociedade nas últimas décadas, a introdução de novos materiais que têm substituído outros com a melhoria de desempenho técnico do produto e de sua embalagem e redução de custos dos produtos, associados ao acirramento da competitividade, como consequência da globalização e da própria tecnologia, têm feito que empresas passem a se diferenciar pela constante inovação, reduzindo drasticamente o ciclo de vida dos produtos causando um alto grau de obsolescência e assim sendo uma alta tendência a descartabilidade. Esta tendência têm causado modificações nos hábitos mercadológicos e logísticos das empresas modernas, exigindo alta velocidade no fluxo de distribuição física dos produtos. (LEITE, 2003)
	Uma das consequências é a redução do ciclo de compra, observando-se um aumento das quantidades de produtos devolvidos nas cadeias reversas de pós-venda, exigindo um sistema de logística reversa mais eficiente. Por outro lado, com os ciclos de vida cada vez menores, os produtos ditos duráveis serão descartados mais rapidamente transformando-se em semiduráveis. Da mesma forma , os produtos semiduráveis se tornarão descartáveis. Assim sendo, os produtos de pós-consumo aumentam e exaurem os meios de disposição final, tornando-se necessário equacionar o problema de retorno dos bens de pós-consumo. (LEITE, 2003)
	A figura abaixo ilustra o fluxo de produtos nos canais de distribuição diretos, desde as matérias-primas até o mercado, chamado de mercado primário dos produtos. Os canais de distribuição reversos de pós-consumo são constituídos pelo fluxo reverso de uma parcela de produtos e de materiais constituintes originados no descarte dos produtos após a sua utilização pelo usuário original e retornando ao ciclo produtivo. Dois são os subsistemas reversos: os canais reversos de reciclagem e os canais reversos de reuso. (LEITE, 2003)
	Os canais reversos de pós-venda são constituídos pelas diferentes formas e possibilidades de retorno de uma parcela de produtos, com pouco e nenhum uso, que fluem no sentido inverso, do consumidor ao varejista ou ao fabricante, do varejista ao fabricante, entre as empresas, motivado em geral por problemas de qualidade, garantia, processos comerciais entre empresas e retornando ao ciclo de negócios de alguma forma.
Figura 4: Canais de distribuição diretos e reversos
Fonte: Leite (2003)
Exemplos de canais reversos:
Quadro 1 : Canais reversos
Fonte: www.logisticadescomplicada.com.br/logisticareversa; acesso 10/02/13 às 13:30hs.
2.9 Reciclagem
	Pode ser definida
como a atividade de recuperação de materiais descartados que podem ser transformados novamente em matéria-prima para a fabricação de novos produtos. Também se denomina reciclagem o retorno da matéria-prima ao ciclo de produção, além de designar, genericamente, o conjunto de operações envolvidas para esse retorno. (RAZZOLINI FILHO, 2009)
	A partir do primeiro choque de petróleo, em 1973, países e empresas passaram a ver a reciclagem como uma iniciativa estratégica, ganhando popularidade, sobretudo, pelo aspecto econômico do impacto provocado pelo aumento significativo no preço do barril de petróleo, e não tanto pelas questões ambientais, como preferem destacar os ambientalistas. É importante esclarecer que, na maior parte dos processos de reciclagem, o produto reciclado é absolutamente diferente do produto original e também não pode ser reutilizado para compor o mesmo produto que lhe deu origem. (em alimentos, por exemplo, somente são aceitos materiais virgens como embalagem). (RAZZOLINI FILHO, 2009)
2.10 Etapas da reciclagem
	A reciclagem pode ser dividida em etapas, ou técnicas, com a finalidade de aproveitar os resíduos (detritos). Essas etapas podem ser divididas em : coleta, separação, revalorização e transformação.
	A caracterização das etapas do processo de reciclagem, considerando as atividades que cada uma delas compreende, pode ser descrita da seguinte maneira: (RAZZOLINI FILHO, 2009, P.101)
	Coleta : É a atividade de recolhimento dos materiais, nos locais onde são depositados ou descartados pelos consumidores ou usuários.
	Separação: Atividade de triagem dos materiais por seus tipos (plástico, vidro, metal, madeira, papel etc.;)
	Revalorização: Etapa intermediária em que os materiais separados (classificados) são preparados para serem transformados em novos produtos.
	Transformação: É o processamento dos materiais revalorizados para a geração de novos produtos/insumos destinados a novos ciclos produtivos. 
	Paralelamente aos conceitos e atribuições de cada etapa, devemos, dar continuidade no processo, enfocar o fator econômico envolvido na implantação ou execução da reciclagem, ou seja, nos aspectos que garantem a sustentabilidade dessa atividade. (RAZZOLONI FILHO, 2009)
2.11 Aspectos econômicos a serem considerados para a reciclagem 
	Sob uma perspectiva logística, visando garantir a sustentação econômica da atividade de reciclagem, devem ser considerados alguns aspectos importantes, quais sejam: (RAZZOLINI FILHO, 2009, P.102)
- A demanda existente no mercado por materiais reciclados;
- Os custos envolvidos no processo – coleta(transporte), separação, armazenagem e revalorização (preparação do material antes do processamento, inclusive a sua limpeza);
- Os custos de processamento (transformação);
- As quantidades de materiais disponíveis (o volume é essencial para garantir economias de escala);
- As distâncias entre a fonte geradora e o local de reciclagem, em função dos custos de transporte envolvidos para produtos geralmente de baixo valor agregado;
- As facilidades logísticas necessárias para o suporte operacional (armazéns, equipamentos de movimentação etc.);
- As características e aplicações do resultado da reciclagem (produto).
	Como podemos perceber, o desenho de um sistema logístico reverso para reciclagem implica várias questões de ordem econômico-financeiras, devendo ser realizado após criteriosas análises de relação custo-benefício. Segundo Vilhena (2007), as discussões sobre as questões ambientais, inseridas em um contexto mais amplo de “desenvolvimento sustentável” estão ganhando espaço no Brasil, e a reciclagem é a mola propulsora deste processo, pois o conceito abrange diversos aspectos técnicos, econômicos e sociais da relação Homem x Meio Ambiente.
	 Entender a importância da reciclagem é o primeiro passo, mas saber praticá-la é o desafio maior. Ao contrário do que muitos imaginam, a relação custo-benefício de um projeto de reciclagem bem gerenciado pode apresentar resultados positivos surpreendentes. Já é possível enumerar alguns casos pelo Brasil. 
	Apenas a título de informação, devemos esclarecer que para a identificação dos diferentes tipos de materiais em processos de coleta seletiva foram padronizados símbolos e cores para cada tipo de material que é coletado com o objetivo de reciclagem. (RAZZOLINI FILHO, 2009)
	Na figura 5, ilustra o comentado acima, diferenciando os tipos de materiais através símbolos e cores divididos em : Resíduos perigosos, Resíduos não recicláveis, Resíduos orgânicos, metais, papel, madeira, Resíduos ambulatoriais, Resíduos radioativos, vidro e plástico.
Figura 5 : Símbolos de materiais para coleta seletiva
Fonte:oktiva.net (Programa parque vivo da Universidade Federal do Ceará)
	Precisamos compreender a questão do retorno de materiais ao ciclo produtivo, sob uma perspectiva logística, como um fato econômico-financeiro que pode ser benefício às empresas se esse processo for bem gerenciado.(RAZZOLINI FILHO, 2009)
2.12 A importância e vantagens da reciclagem
	Reciclar significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o consumo. Esta necessidade foi despertada pelos seres humanos, a partir do momento em que se verificou os benefícios que este procedimento trás para o planeta Terra. A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países desenvolvidos. Muitos governos e ONGs estão cobrando de empresas posturas responsáveis: o crescimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio e papel, já são comuns em várias partes do mundo.
	No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar . Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma forma de reduzir custos de produção. Um outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho neste setor e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio já são uma boa realidade nos centros urbanos do Brasil.
	Muitos materiais como, por exemplo , o alumínio pode ser reciclado com um nível de reaproveitamento de quase 100%. Derretido, ele retorna para as linhas de produção das industrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas. 
	Muitas campanhas educativas têm despertado a atenção para o problema do lixo nas grandes cidades. Cada vez mais, os centros urbanos, com grande crescimento populacional, tem encontrado dificuldades em conseguir locais para instalarem depósitos de lixo. Portanto, a reciclagem apresenta-se como uma solução viável economicamente, além de ser ambientalmente correta. Nas escolas, muitos alunos são orientados pelos professores a separarem o lixo em suas residências. Outro dado interessante é que já é comum nos grandes condomínios a reciclagem do lixo. Assim como nas cidades, na zona rural a reciclagem também acontece. O lixo orgânico é utilizado na fabricação de adubo orgânico para ser utilizado na agricultura.
	Como podemos observar, se homem souber utilizar os recursos da natureza, poderemos ter, muito em breve, um mundo mais limpo e mais desenvolvido. Desta forma, podemos conquistar o tão sonhado desenvolvimento sustentável do planeta.
	Exemplos de produtos recicláveis :
	Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão entre outros), garrafas, frascos de medicamentos, cacos de vidro;
	Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel;
	Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre, alumínio;
	Plástico: potes de plástico, garrafas pet, sacos plásticos, embalagens e sacolas de supermercado.
Fonte: www.suapesquisa.com/recilagem
: Acesso em 06/03/2013 às 12:43hs.
	
Exemplos de produtos não recicláveis :
	Papel: vegetal, celofane, encerados ou impregnados com substâncias impermeáveis, carbono, sanitários usados, sujos, engordurados ou contaminados com algum substância nociva a saúde, revestidos com algum tipo de parafina ou silicone, fotografias , fitas e etiquetas adesivas.
	Plástico: plásticos (tecnicamente conhecidos como termofixos), usados na indústria eletroeletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos; plásticos tipo celofane; embalagens plásticas metalizadas, por exemplo, de alguns salgadinhos.
	Vidro: espelhos, vidros de janela, vidros de automóveis, lâmpadas, tubos de televisão e válvulas, ampolas de medicamentos, cristal, vidros temperados planos ou de utensílios domésticos. Os demais vidros são 100 % recicláveis, isto é, os cacos de uma garrafa podem transformar-se em outra garrafa nova igual, sem perda de material.
Fonte: www.institutogea.org.br/oquepodeserreciclado.html; Acesso em 15/03/13 às 11:15hs.	
2.13 Legislação Ambiental
	As leis que tratam do meio ambiente no Brasil estão entre as mais completas e avançadas do mundo. Até meados da década de 1990, a legislação cuidava separadamente dos bens ambientais de forma não relacionada.
	Com a aprovação da Lei de Crimes Ambientais, ou Lei da Natureza (Lei nº9.605 de 13 de Fevereiro de 1998), a sociedade brasileira, os órgãos ambientais e o Ministério Público passaram a contar com um mecanismo para punição aos infratores do meio ambiente. 
	A Lei de Crimes Ambientais reordenou a legislação ambiental brasileira no que se refere às infrações e punições. Uma das maiores inovações foi apontar que a responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co - autoras da infração, explica Luciana Stocco Betiol, especialista em Direito Processual Civil e pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).
	Para ela, no entanto, mais do que os avanços representados pela lei, o Brasil carece de mecanismos de fiscalização e apuração dos crimes. O Pais possui um conjunto de leis ambientais considerados excelentes, mas que nem sempre são adequadamente aplicadas, por inexistirem recursos e capacidades técnicas para executar a lei plenamente em todas as unidades federativas, explica. 
	Tanto o Ibama quanto os órgãos estaduais de meio ambiente atuam na fiscalização e na concessão de licença ambiental antes da instalação de qualquer empreendimento ou atividade que possa vir a poluí-lo ou degradá-lo.
	O Ibama atua, principalmente, no licenciamento de grandes projetos de infraestrutura que envolvam impactos em mais de um estado e nas atividades do setor de petróleo e gás da plataforma continental. Os estados cuidam dos licenciamentos de menor porte. 
Fonte: www.brasil.gov.br/meio-ambiente/legislacao-e-orgaos/legislacao ; Acesso 06/03/13 às 16:19hs.
2.14 Crimes ambientais
	De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, eles são classificados em seis tipos diferentes:
. Crime contra a fauna: agressões cometidas contra animais silvestres, nativos ou em rota migratória;
. Crimes contra a flora: destruir ou danificar floresta de preservação permanente mesmo que em formação, ou utilizá-la em desacordo com as normas de proteção;
. Poluição e outros crimes ambientais: a poluição que provoque ou possa provocar danos a saúde humana, mortalidade de animais e destruição significativa da flora;
. Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural: construção em áreas de preservação ou no seu entorno, sem autorização ou em desacordo com a autorização concedida;
. Crimes contra a administração ambiental: afirmação falsa ou enganosa, sonegação ou omissão de informações e dados técnico-científicos em processos de licenciamento ou autorização ambiental;
. Infrações administrativas: ações ou omissão que viole regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. 
Fonte: www.brasil.gov.br/sobre/meio-ambiente/legislacao-e-orgaos/legislacao; acesso em 06/03/13 às 16:30hs.
3. METODOLOGIA DA PESQUISA
	O método científico é um processo rigoroso pelo qual são testadas novas ideias acerca de como a natureza funciona. Como os cientistas são curiosos e observadores, sua curiosidade os leva a observar com atenção um fato, sobre o qual fazem questionamentos e procuram encontrar respostas. Na busca pela solução desses questionamentos, seguem as seguintes etapas, conhecidas em conjunto como o método científico:
	Observação: observam um fato, reconhecem nele um problema e buscam solucioná-lo;
	Pesquisa bibliográfica : reúnem informações sobre o assunto;
	Hipótese: a partir das informações coletadas, procuram explicar o problema;
	Experiências: planejam e realizam experiências para confirmar ou negar suas hipóteses;
	Conclusão: tiram conclusões sobre o que descobriram nas experiências e aplicam-nas para dar resposta ao problema. (CELICINA AZEVEDO, 2009, p.11)
	Neste trabalho foi realizado uma pesquisa bibliográfica constituída por consulta a livros, revistas científicas e artigos de congressos, e o acesso aos documentos foram obtidos por meio de bibliotecas e internet, com o objetivo de identificar quais os pontos a serem abordados na elaboração desta pesquisa.	
	
4. APRESENTAÇÃO DOS DADOS E ANÁLISE DA PESQUISA
	O procedimento adotado para coleta dos dados no presente trabalho, foi através de pesquisas bibliográficas , artigos científicos, revistas, livros, biblioteca virtual e sites voltado ao assunto sobre logística reversa e reciclagem. Sobretudo, além deste critério, foram priorizados neste estudo os seguintes requisitos: à relevância e o seu direcionamento para o tema.
	Sob essa perspectiva, os estudos (livros) selecionados para análise dos processos foram os seguintes : CARVALHO, 2002 – Logística ; FIGUEIREDO, 2003 – Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos ; RAZZOLINI FILHO, 2009 – O reverso da logística e questões ambientais no Brasil; LEITE, 2003 – Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. Os artigos científicos foram : LEITE, 2006 – Da logística empresarial à logística reversa; SHIBAO, MOORI E SANTOS, 2010 – A logística reversa e a sustentabilidade empresarial; MOTTA , 2011 - 	Logística reversa e a reciclagem de embalagens no Brasil; GUARNIERI, OLIVEIRA, STADLER E KOVALESKI, 2005 – A logística reversa de pós-venda e pós-consumo agregando valor econômico, legal e ecológico às empresas; LEITE, 2009 – Logística reversa: a complexidade do retorno de produtos; LEITE,2009 – Logística reversa : inibidores das cadeias reversas; LEITE, 2005 - Logística reversa e a competitividade empresarial; BISPO E GUARNIERI, 2007 – Benefícios e contribuições sócio-ambientais da logística reversa: o caso do retorno do garrafão de água mineral de 20 litros; LOURENÇO E LIRA, 2012 – Logística reversa: Uma análise comparativa entre três processos reversos de resíduos vítreos. Na pesquisa virtual, foram visitados os seguintes sites : www.patriciaguarnieriblogspot.com; www.instituogea.org.br; www.logisticadescomplicada.com.br; www.rumosustentavel.com.br;www.brasil.gov.br www.suapesquisa.com.br/reciclagem; www.pt.wikipedia.org/wiki/logistica; www.fatecid.wordpress.com/o-que-é-logistica-reversa; Por fim, a metodologia científica foi desenvolvida com base no livro da autora Celicina Borges Azevedo – Metodologia científica ao alcance de todos, 2009. 
	Para simplificação da nomenclatura, o termo “processos” será por várias vezes utilizado para nomear a Logística Reversa e reciclagem e/ou estudos analisados.
	Com todo conteúdo abordado, buscou identificar as relações entre os processos, com o objetivo de criar condições adequadas para a comparação e chegar na seguinte consideração: 
	A Logística Reversa é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com objetivo de recuperar valor ou realizar o descarte adequado. (GUARNIERI,2011).
A Reciclagem é a atividade de recuperação de materiais descartados que podem ser transformados novamente em matéria-prima para fabricação de novos produtos.(RAZZOLINI FILHO, 2009).
	O ciclo de vida dos produtos não terminam após serem usados pelos consumidores. Após esse descarte, surge a reciclagem e/ou reaproveitamento dos materiais utilizados. Essa questão se tornou foco no meio empresarial, e vários fatores cada vez mais as destacam, estimulando a responsabilidade das empresas sobre o fim da vida útil de seus produtos. 
	A logística reversa permite que a reciclagem seja realizada, e destes processos extrai benefícios como diminuição da poluição e melhora na qualidade de vida das pessoas. Outro benefício que a matéria-prima reciclada apresenta, é a vantagem econômica que as empresas obtêm, reduzindo seus custos com insumos. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	Aos poucos a logística reversa está ganhando espaço nas empresas, incluindo a preocupação com o meio ambiente, visando aumentar a produtividade e ao mesmo tempo gerar mais empregos e renda. Usando o processo reverso sustentável, utilizando a matéria-prima de forma consciente, melhora a imagem da empresa, a inclusão social, agrega valor ao produto, aumenta seus ganhos econômicos e sociais, diminui o impacto ambiental e aumenta a competitividade sem comprometer as próximas gerações. 
	A logística reversa é uma grande oportunidade de se desenvolver um planejamento dos fluxos de resíduos, bens e produtos descartados, seja eles por fim de vida útil, reaproveitamento , inspeção ou obsolescência, dentro ou fora do ciclo produtivo e de negócios.
	A reciclagem é um processo com finalidade de aproveitar os resíduos e reutilizá-los como matéria-prima. Os materiais que poderiam se tornar lixo, ou que já estão no lixo, são coletados, separados e tratados para serem reutilizados como insumos na produção. Na prática , produtos que foram consumidos, sua função ou utilidade original se exauriu por questões técnicas ou de viabilidade econômica e foi transformado em sucatas, não sendo mais aplicável para seu uso inicial sem que passe por processos industriais. O resultado desse processo, gera matéria-prima secundária, e pode até retornar para a mesma empresa que a empregou, entretanto as transformações ocorridas no processo são de reciclagem. A reciclagem, é portanto um item do pós-consumo, e isto caracteriza a Logística Reversa de pós-consumo . As empresas que adotam o processo de reciclagem, além de colaborar com a preservação do meio ambiente, obtém benefícios como a redução de custos, devido a matéria-prima de origem reciclável, ser mais barata do que a matéria-prima original. 
	Por todo o exposto, na comparação entre os processos, pode-se considerar que a logística reversa vai muito além da reciclagem e seus processos não são semelhantes. Portanto, não podem ser classificadas como Logística reversa as operações simples de coleta e de reciclagem. Reciclagem pode ser considerada como um dos caminhos traçados em função de uma operação de logística reversa.
	Pelas pesquisas efetuadas, pode-se observar que esses processos são incipientes, e há pouca disponibilidade de materiais bibliográficos sobre esses assuntos. Ainda são poucos autores especializados no Brasil. Tanto que o primeiro livro a falar sobre logística reversa no Brasil, foi lançado em 1993, pelo saudoso autor PAULO ROBERTO LEITE, considerado pioneiro no assunto. 
	Sugere-se como estudo para futuros pesquisadores, meios de reduzir custos sobre a logística reversa e a reciclagem, tecnologia para Logística reversa e meios de transportes para retorno de produtos ao ciclo produtivo ou de negócios. Muitas empresas não adotam esses processos por conta dos altos investimentos que devem ser aplicados para implantação. 
	
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIREDO,K,F et al, Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos, São Paulo/Atlas 2003;
RAZZOLINI FILHO, E. O reverso da logística e questões ambientais no Brasil, 2009
AZEVEDO, CELICINA BORGES. Metodologia científica ao alcance de todos. 2.ed. Barueri-SP: Manole 2009.
LEITE, PAULO ROBERTO. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. 1ª .ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003.
CARVALHO,J.M.C. Logística – 3ª ed. Lisboa : Edições Silabo 2002.
GUARNIERI, PATRICIA. Blog Logística reversa e sustentabilidade: Disponível em www.patriciaguarnieriblogspot.com; Acesso em 23/01/13.
INSTITUTO GEA. O que pode ser reciclado ?; Disponível em www.institutogea.org.br/oquepodeserreciclado.html; Acesso em 15/03/13.
LOGÍSTICA REVERSA E RECICLAGEM; Disponível em www.logisticadescomplicada.com.br/logística-reversa ; Acesso em 10/02/13.
FLUXO DO PROCESSO DE LOGÍSTICA DIRETO X PROCESSO DE LOGÍSTICA REVERSO : Disponível em www.rumosustentável.com.br ; acesso 26/01/13.
IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM: Disponível em www.suapesquisa.com/recilagem : Acesso em 06/03/2013 .
O QUE É LOGÍSTICA REVERSA : Disponível em www.fatecid.wordpress.com//o-que-e-logistica-reversa : Acesso em 17/03/13.
LOGÍSTICA : Disponível em www.pt.wikipedia.org/wiki/logistica: Acesso em 06/03/13.
LEGISLACÃO AMBIENTAL: Disponível em www.brasil.gov.br/meio-ambiente/legislacao-e-orgaos/legislacao ; Acesso 06/03/13.
LEITE, PAULO ROBERTO. Da Logística empresarial à Logística Reversa . Artigo publicado na revista Banas qualidade (JULHO/2006).
MOTTA, WLADMIR HENRIQUES. Logística Reversa e a Reciclagem de embalagens no Brasil. Artigo publicado no VII Congresso nacional de excelência em Gestão – (AGOSTO/2011).
BISPO, E.C; GUARNIERI,P. Benefícios e contribuições sócio-ambientais da Logística reversa: o caso do retorno do garrafão de água mineral de 20 litros. Artigo publicado no Congresso Internacional de Administração – (SETEMBRO/2007).
LOURENÇO,J.C.;LIRA,W.S. Logística Reversa : Uma Análise Comparativa entre três processos reversos de resíduos vítreos. Artigo publicado em 28.12.2012 – REUNIR – Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade – Vol 2, nº4,p.19-34, SET-DEZ/2012.
LEITE, PAULO ROBERTO. Logística Reversa e a competitividade empresarial. Artigo publicado em AGOSTO de 2005 na Revista Tecnologística.
ORSOLON, MARCOS. Hora de reciclar ; Reportagem publicada na REVISTA ANAMACO – ANOVI – EDIÇÃO 61 – (AGOSTO/2010).
LEITE, PAULO ROBERTO. Logística Reversa – Inibidores das cadeias reversas ; Artigo publicado pela Revista Tecnologística – 2009.
LEITE, PAULO ROBERTO. Logística Reversa – A complexidade do retorno de produtos; Artigo publicado na revista Tecnologística – DEZ/2009.
GUARNIERI,P.;OLIVEIRA,I.L.;STADLER,C.C.;KOVALESKI,J.L.; A Logística Reversa de pós-venda e pós-consumo agregando valor econômico, legal e ecológico às empresas; Artigo publicado na ADM2005 – Congresso de administração e no 4º COMEXSUL – Congresso Sul Brasileiro de Comércio Exterior – (SETEMBRO/2005).
SHIBAO,F.Y.;MOORI,R.G.;SANTOS,M.R.; A Logística Reversa e a Sustentabilidade Empresarial; Artigo publicado no XIII SEMEAD – Seminários em Administração (SETEMBRO/2010).

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