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1 Nomes: Ruan Max Gomes Lourenço Nomes: Nilton Cesar da Silva Oliveira Disciplina: Sociologia Ambiental Turma: B Período: 5° RELATÓRIO TÉMATICO Estudo de caso: A invasão de óleo no Litoral do Nordeste O Brasil vem sendo marcado com vários acontecimentos de desastre ambiental, tendo como um dos principais atores o homem pela falta da fiscalização dos órgãos responsáveis e a conscientização da própria população. Há quase dois meses, os brasileiros estavam tentando se recuperar dos incêndios na Amazônia, e mal saímos desse acontecimento e já entramos em outro em um curto intervalo de dias. Agora o acontecimento é no Nordeste, causado por um derramamento de óleo derivado do petróleo no oceano atlântico que atingiu as praias. Até o presente momento não se tem uma origem certa do que causou esse derramamento de petróleo, mas existem teorias que tenha sido através de transporte clandestino de óleos da Venezuela, devido às sanções dos Estados unidos, promovendo com que alguns piratas façam o transporte desse óleo para outros países clandestinamente, podendo ter ocorrido que esses navios em alto mar tenham entrado em choque ou até mesmo afundamento. Essa é umas das teorias que tem sido abordada sobre o caso. Os primeiros aparecimentos aconteceram no dia 30 de agosto, uma sexta feira, onde a Secretaria do Meio Ambiente de Conte, Município a 30 km de João Pessoa no Estado de Paraíba, recebeu ligações com o relato que tinha banhistas saindo do mar sujo. Nas medidas que os dias iriam passando, o aparecimento das manchas se agravava mais, alcançando os demais Estados, causando preocupações para os moradores locais e banhistas das praias. Quando mais o tempo passava, não se tinha nenhuma resposta do governo, fazendo com que a própria população tomasse a frente para impedi maiores danos ao meio ambiente, porém colocando suas saúdes em riscos, pelo o motivo de muitos que estavam fazendo mutirão para tirar as manchas de óleos não tinha preparação técnica e nem os EPIs adequados para determinado procedimento. O Jornal EL PAÍS em sua reportagem sobre o aparecimento das manchas de óleo, retratou o comentário do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que “ele insinuar que a organização Greenpeace teria derramado o óleo na costa brasileira, o que mais parece uma cortina de fumaça para acobertar o verdadeiro problema. Ele próprio 2 desmontou a estrutura para ações previstas no Plano Nacional de Contingência. Só reagiu mais de 40 dias depois após o início da tragédia e ainda parece não saber o que fazer”. Percebemos o despreparo dos responsáveis nos órgãos públicos, buscando brigas ideológicas onde se deveria ter a preocupação para barra o progresso das manchas de óleo do Nordeste. Sendo um desastre de escala Nacional, é necessário que o Governo da República, juntamente com os Órgãos responsáveis, procure soluções o mais rápido possível para conter a situação. É bom trazemos para a discussão que quando ocorre um vazamento de petróleo de grandes proporções que afeta o país, é convocado o plano de contingência que deve ser colocado em ação. Apesar de o Brasil ter o seu próprio plano previsto em lei o PNC (Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo), o Governo meio que não ligou para o que vinha ocorrendo no Nordeste, dizendo que o vazamento foi criminoso, colocando pontos ideológicos acima da causa ambiental, mas nada de resolver o problema, pois já se passaram mais de 50 dias desde a primeira vez em que o petróleo foi visto em uma praia brasileira e o Brasil não o acionou. Conforme as informações do Jornal News Brasil, a professora de Direito Marítimo Ingrid Zanella, da Universidade Federal de Pernambuco, relata que: O governo do presidente Jair Bolsonaro criou um Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pelo IBAMA, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Marinha, sem fazer menção ao Plano Nacional de Contingência. Esse grupo de acompanhamento está previsto no PNC, e duas de suas atribuições são "avaliar se o incidente de poluição por óleo é de significância nacional" e "acionar o PNC em caso de incidente de poluição por óleo de significância nacional". Até agora não se falou oficialmente em acionamento do PNC. “Não temos outro instrumento em lei para conter esse tipo de dano, que certamente é de significância nacional. Temos que nos munir de todas as pessoas capazes de conter esse tipo de dano, e o PNC é o instrumento eficiente para esse tipo de situação". Além disso, o Brasil é signatário de uma convenção internacional sobre Preparo, Resposta e Cooperação em caso de Poluição por Óleo, de 1990. Para Zanella, "se o Brasil for inerte, pode até ser responsabilizado internacionalmente". "O Brasil é vítima agora. Mas quando falamos em responsabilidade ambiental, não agir é igual a poluir." É necessário ressaltar que essas manchas de óleos que chegam ao litoral do Nordeste, é uma parte pequena do que está em alto mar. “O petróleo venezuelano é mais consistente, denso e tem grandes componentes químicos que ao contrário de outros tipos, ficam visíveis na superfície da água e podem ser aspirados por máquinas ou contidos com boias com mais facilidade, o óleo venezuelano que hoje chega ao litoral 3 nordestino viaja pelas correntes marítimas submerso, em uma profundidade de 50 cm a 1 metro. Muitas vezes sequer é notado pelos navios que patrulham em alto mar. Ao longo dessa trajetória, explica o geocientista, parte dele é evaporada. Outra parte entra em decomposição, atingindo o fundo do mar de forma permanente. O que sobra continua sua trajetória pelas correntes marítimas, sofrendo com a temperatura e a salinidade da água e tornando-se o piche espesso que, agora, chega às praias do Nordeste, (EL PAÍS, 2019)”. Percebe-se que o nível de contaminação química do petróleo é altíssimo e em águas isso se torna pior, por ser conduzida para outros locais por causa das correntes marinhas, sendo essa é a maior preocupação, pois os aparecimentos poderão aumentar em consequências do que ainda esta em alto mar, gerando consequências tanto social e ambiental para a população local e turista. O mais chocante é a falta de resposta dos órgãos públicos responsáveis para a população, pois o óleo continua vindo da fonte original e ainda não se sabe onde esta localizada essa fonte. As consequências ecológicas nos impactaram principalmente futuramente com a contaminação do ecossistema marinho, pois o que estamos vendo é apenas uma pequena parcela do que os nossos olhos conseguem ver do que foi trazido para a costa, afetando as zonas estuarinas, corais e mangues. O estado crítico dos corais, estuários e mangues tem causado preocupação aos pesquisadores, por ser uma situação tensa entre a população que sobrevive da pesca e do turismo e por esses ambientes terem grande biodiversidade. A contaminação das espécies marinhas como peixes, recifes de corais e frutos do mar, por exemplo, afeta todo um ecossistemas, e a presença dessas substâncias químicas pesadas que não conseguisse ver, mas que estão presente na água contamina os peixes tanto na área que teve o vazamento, como nas regiões que esse óleo passou até chegar ao litoral. A presença desse óleo no oceano está nos causando e causará consequências ambientais em grandes escalas, como a morte de espécies marinhas, como foi o caso das tartarugas encontradas nas praias e o aparecimento dos peixes mortos. Nos manguezais um ecossistema costeiro de transição entre os biomas terrestre e marinho é possível encontra um ambiente rico em matérias orgânicas e espécie especifica, mas com os aparecimentos das manchasde óleos nas regiões costeiras, fez com que esses ambientes receberam materiais tóxicos, trazendo consequências ambientais e econômicas para os moradores que vivem da venda das espécies presentes. 4 Outra consequência para os manguezais é que as raízes são extremamente importantes para a árvore, são raízes respiratórias que ocorrendo delas serem recobertas por óleo, ocorre o sufocamento dessas raízes, prejudicando a árvore. As consequências que vemos hoje são apenas umas amostras pequenas do que virá futuramente dessas regiões de transições por não ter protocolo de limpeza de óleo em mangue. Estima-se que em torno de 60% a 70% das espécies de importância econômica, utilizados na pesca, utilizam, em pelo menos uma fase da vida os manguezais, afetando o sustento de quem vive do mar. E quando mais o tempo passa mais difícil ficarem de retirar o óleo, que está depositado nos manguezais, estuários e principalmente o mar que não se consegue medir a extensão dos danos. O desastre ambiental no litoral nordestino deixou o setor turístico apreensivo, com diminuição de reservas nos próximos meses. Os pesquisadores orientam a população a não se alimentar com animais de áreas afetadas pelo óleo, por precaução. O não consumo dos pescados afetará principalmente os moradores locais que vivem do que é vendido na região, seja de forma direta ou indiretamente. Tal impacto direto serão pela presença do óleo na área de pesca, impedindo as atividades pesqueiras nas regiões atingidas. Já o impacto indiretamente será causado pela queda da quantidade nas vendas dos pescados, pelo o fato de que os consumidores estão com anseio de consumir os peixes nas praias atingidas. Outra causa que afetará a economia local das regiões será a diminuição de turistas nas praias, principalmente nos próximos meses com a chegada do verão, onde os moradores que vivem da pesca, artesanatos e das demais economias que é produzida no litoral, serão os mais afetados pela sua dependência do que é produzido nas praias. Como foram supracitados no início do relatório, muitos moradores locais e turistas, vendo a situação das praias, voluntariamente fizeram mutirões para coletar o óleo que chegava à região costeira do Nordeste, muitos deles sem os equipamentos necessários, sem nenhuma preparação. Da mesma forma que as substâncias químicas fazem mal para os animais, não é diferente para as pessoas que tiveram o contato diretamente com o óleo derivado do petróleo. O óleo pode entrar pela pele, e ir também para o cérebro. Se a autoridade federal tem um plano de contingência do óleo, eles não deveriam deixar que os voluntários fizessem as coletas, evitando problemas futuros de saúde para os que tiveram contado direto. A recomendação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA) são de não entrar na água nos locais que foram atingindo, até que tenha o laudo sobre quais substancias que estão presente na água. Segundo a 5 superintendente do órgão em Pernambuco, Lisânia Pedrosa, a elaboração do protocolo foi iniciada para estabelecer as medidas mais adequadas para lidar com a chegada do óleo às praias. As consequências para as pessoas que tiveram contato diretamente com o óleo podem causar danos na saúde graves futuramente, pois os três compostos voláteis do petróleo é que são extremamente perigosos, que além de alto potencial cancerígeno, a exposição ao benzeno, tolueno e xileno pode provocar doenças no sistema nervoso central. Listada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) como uma substância altamente perigosa, o benzeno é responsável por provocar anemia e aumenta as chances de infecções e de desenvolvimento de cânceres sanguíneos como a leucemia. Para os especialistas o óleo microscópico dessa substância é de grande risco para a saúde, sua substância é a mais tóxica e podem ser absorvida pela pele quando as partículas de óleo se soltam da mancha e são dissolvidas na água. Se a pele absorver, o óleo vai causar dermatite, podendo até entrar na corrente sanguínea e provocar série de consequências. É aí também que os peixes e crustáceos podem se contaminar, e essas substâncias entrar na cadeia alimentar das espécies marinhas e humanas em uma escala de longo prazo, com as pessoas se alimentado dos peixes contaminados dos compostos químicos, provocando câncer, leucemia e doenças do sistema nervoso. É de grande importância que o Estado Nacional se reúna juntamente com os diversos órgãos públicos para que se possa fazer uma discussão técnica sobre os presentes e futuras consequências para o país, tanto nos eixos ambientais, como econômico e saúde, pois com a contaminação dos peixes que consequentemente será consumido pela população, nos trará graves danos para a saúde pública do Brasil. É necessário que se tenha o reforço das políticas ambientais e não o enfraquecimento delas, juntamente com fiscalizações rígidas para que não se venha repetir os tantos de desastres ambientais que o Brasil vem passando ultimamente. INDAGAÇÕES De que formas os órgãos responsáveis lidará com as causas futuras trazidas pela contaminação do óleo nos ecossistemas, na saúde e nas economias locais? Será que existe um ou existirá um planejamento? E sobre as chegadas desse óleo nos grandes rios, como exemplo o rio São Francisco, entre outros que tem sua foz no oceano atlântico, o Estado tem feito o monitoramento e tem procurado soluções para impedir a chegadas neles? 6 REFERÊNCIAS PIMENTA, M. Nós, nordestinos, fomos esquecidos. [S. I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: https://www.brasil.elpais.com. Acesso em: 30/10/2019. BETIM, F. Desastre ambiental nas parias do Nordeste. [S. I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: https://www.brasil.elpais.com. Acesso em: 30/10/2019. BETIM, F. O pesadelo ambiental do Nordeste ameaça pescadores e PIB do turismo. [S. I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: https://www.brasil.elpais.com. Acesso em: 30/10/2019. PAMPLONA, N. Desastre nas praias do NE é inédito no mundo, diz coordenadora do IBAMA. [S. I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 30/10/2019. BRITTO, D. Óleo no Nordeste. [S. I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: http://marcozero.org. Acesso em: 30/10/2019. LUNA, L. Força-tarefa de pesquisadores monitora óleo na costa alagoana. [S. I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: https://ufal.br/ufal/noticias. Acesso em: 30/10/2019. GRAGNANI, J. O plano para conter derrames de petróleo que não foi acionado pelo governo federal para o Nordeste. [S. I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: https://www.bbc.com. Acesso em: 30/10/2019. MANZANO, F. Petróleo tem benzeno, tolueno e xileno que trazem riscos graves à saúde, diz especialista. [S. I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: https://g1.globo.com. Acesso em: 30/10/2019.
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