Buscar

Estudo de caso: A invasão de óleo no Litoral do Nordeste

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

1 
 
Nomes: Ruan Max Gomes Lourenço Nomes: Nilton Cesar da Silva Oliveira 
Disciplina: Sociologia Ambiental Turma: B Período: 5° 
 
RELATÓRIO TÉMATICO 
Estudo de caso: A invasão de óleo no Litoral do Nordeste 
 
 O Brasil vem sendo marcado com vários acontecimentos de desastre ambiental, 
tendo como um dos principais atores o homem pela falta da fiscalização dos órgãos 
responsáveis e a conscientização da própria população. Há quase dois meses, os 
brasileiros estavam tentando se recuperar dos incêndios na Amazônia, e mal saímos 
desse acontecimento e já entramos em outro em um curto intervalo de dias. Agora o 
acontecimento é no Nordeste, causado por um derramamento de óleo derivado do 
petróleo no oceano atlântico que atingiu as praias. 
 Até o presente momento não se tem uma origem certa do que causou esse 
derramamento de petróleo, mas existem teorias que tenha sido através de transporte 
clandestino de óleos da Venezuela, devido às sanções dos Estados unidos, promovendo 
com que alguns piratas façam o transporte desse óleo para outros países 
clandestinamente, podendo ter ocorrido que esses navios em alto mar tenham entrado 
em choque ou até mesmo afundamento. Essa é umas das teorias que tem sido abordada 
sobre o caso. 
 Os primeiros aparecimentos aconteceram no dia 30 de agosto, uma sexta feira, 
onde a Secretaria do Meio Ambiente de Conte, Município a 30 km de João Pessoa no 
Estado de Paraíba, recebeu ligações com o relato que tinha banhistas saindo do mar 
sujo. Nas medidas que os dias iriam passando, o aparecimento das manchas se agravava 
mais, alcançando os demais Estados, causando preocupações para os moradores locais e 
banhistas das praias. Quando mais o tempo passava, não se tinha nenhuma resposta do 
governo, fazendo com que a própria população tomasse a frente para impedi maiores 
danos ao meio ambiente, porém colocando suas saúdes em riscos, pelo o motivo de 
muitos que estavam fazendo mutirão para tirar as manchas de óleos não tinha 
preparação técnica e nem os EPIs adequados para determinado procedimento. 
 O Jornal EL PAÍS em sua reportagem sobre o aparecimento das manchas de 
óleo, retratou o comentário do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que “ele 
insinuar que a organização Greenpeace teria derramado o óleo na costa brasileira, o que 
mais parece uma cortina de fumaça para acobertar o verdadeiro problema. Ele próprio 
2 
 
desmontou a estrutura para ações previstas no Plano Nacional de Contingência. Só 
reagiu mais de 40 dias depois após o início da tragédia e ainda parece não saber o que 
fazer”. Percebemos o despreparo dos responsáveis nos órgãos públicos, buscando brigas 
ideológicas onde se deveria ter a preocupação para barra o progresso das manchas de 
óleo do Nordeste. 
 Sendo um desastre de escala Nacional, é necessário que o Governo da 
República, juntamente com os Órgãos responsáveis, procure soluções o mais rápido 
possível para conter a situação. É bom trazemos para a discussão que quando ocorre um 
vazamento de petróleo de grandes proporções que afeta o país, é convocado o plano de 
contingência que deve ser colocado em ação. 
 Apesar de o Brasil ter o seu próprio plano previsto em lei o PNC (Plano 
Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo), o Governo meio que 
não ligou para o que vinha ocorrendo no Nordeste, dizendo que o vazamento foi 
criminoso, colocando pontos ideológicos acima da causa ambiental, mas nada de 
resolver o problema, pois já se passaram mais de 50 dias desde a primeira vez em que o 
petróleo foi visto em uma praia brasileira e o Brasil não o acionou. Conforme as 
informações do Jornal News Brasil, a professora de Direito Marítimo Ingrid Zanella, da 
Universidade Federal de Pernambuco, relata que: 
O governo do presidente Jair Bolsonaro criou um Grupo de Acompanhamento e 
Avaliação (GAA), formado pelo IBAMA, a Agência Nacional de Petróleo 
(ANP) e a Marinha, sem fazer menção ao Plano Nacional de Contingência. Esse 
grupo de acompanhamento está previsto no PNC, e duas de suas atribuições são 
"avaliar se o incidente de poluição por óleo é de significância nacional" e 
"acionar o PNC em caso de incidente de poluição por óleo de significância 
nacional". Até agora não se falou oficialmente em acionamento do PNC. “Não 
temos outro instrumento em lei para conter esse tipo de dano, que certamente é 
de significância nacional. Temos que nos munir de todas as pessoas capazes de 
conter esse tipo de dano, e o PNC é o instrumento eficiente para esse tipo de 
situação". Além disso, o Brasil é signatário de uma convenção internacional 
sobre Preparo, Resposta e Cooperação em caso de Poluição por Óleo, de 1990. 
Para Zanella, "se o Brasil for inerte, pode até ser responsabilizado 
internacionalmente". "O Brasil é vítima agora. Mas quando falamos em 
responsabilidade ambiental, não agir é igual a poluir." 
 
 É necessário ressaltar que essas manchas de óleos que chegam ao litoral do 
Nordeste, é uma parte pequena do que está em alto mar. “O petróleo venezuelano é mais 
consistente, denso e tem grandes componentes químicos que ao contrário de outros 
tipos, ficam visíveis na superfície da água e podem ser aspirados por máquinas ou 
contidos com boias com mais facilidade, o óleo venezuelano que hoje chega ao litoral 
3 
 
nordestino viaja pelas correntes marítimas submerso, em uma profundidade de 50 cm a 
1 metro. Muitas vezes sequer é notado pelos navios que patrulham em alto mar. Ao 
longo dessa trajetória, explica o geocientista, parte dele é evaporada. Outra parte entra 
em decomposição, atingindo o fundo do mar de forma permanente. O que sobra 
continua sua trajetória pelas correntes marítimas, sofrendo com a temperatura e a 
salinidade da água e tornando-se o piche espesso que, agora, chega às praias do 
Nordeste, (EL PAÍS, 2019)”. 
 Percebe-se que o nível de contaminação química do petróleo é altíssimo e em 
águas isso se torna pior, por ser conduzida para outros locais por causa das correntes 
marinhas, sendo essa é a maior preocupação, pois os aparecimentos poderão aumentar 
em consequências do que ainda esta em alto mar, gerando consequências tanto social e 
ambiental para a população local e turista. O mais chocante é a falta de resposta dos 
órgãos públicos responsáveis para a população, pois o óleo continua vindo da fonte 
original e ainda não se sabe onde esta localizada essa fonte. 
 As consequências ecológicas nos impactaram principalmente futuramente com a 
contaminação do ecossistema marinho, pois o que estamos vendo é apenas uma pequena 
parcela do que os nossos olhos conseguem ver do que foi trazido para a costa, afetando 
as zonas estuarinas, corais e mangues. O estado crítico dos corais, estuários e mangues 
tem causado preocupação aos pesquisadores, por ser uma situação tensa entre a 
população que sobrevive da pesca e do turismo e por esses ambientes terem grande 
biodiversidade. 
 A contaminação das espécies marinhas como peixes, recifes de corais e frutos do 
mar, por exemplo, afeta todo um ecossistemas, e a presença dessas substâncias químicas 
pesadas que não conseguisse ver, mas que estão presente na água contamina os peixes 
tanto na área que teve o vazamento, como nas regiões que esse óleo passou até chegar 
ao litoral. A presença desse óleo no oceano está nos causando e causará consequências 
ambientais em grandes escalas, como a morte de espécies marinhas, como foi o caso das 
tartarugas encontradas nas praias e o aparecimento dos peixes mortos. 
 Nos manguezais um ecossistema costeiro de transição entre os biomas terrestre e 
marinho é possível encontra um ambiente rico em matérias orgânicas e espécie 
especifica, mas com os aparecimentos das manchasde óleos nas regiões costeiras, fez 
com que esses ambientes receberam materiais tóxicos, trazendo consequências 
ambientais e econômicas para os moradores que vivem da venda das espécies presentes. 
4 
 
 Outra consequência para os manguezais é que as raízes são extremamente 
importantes para a árvore, são raízes respiratórias que ocorrendo delas serem recobertas 
por óleo, ocorre o sufocamento dessas raízes, prejudicando a árvore. As consequências 
que vemos hoje são apenas umas amostras pequenas do que virá futuramente dessas 
regiões de transições por não ter protocolo de limpeza de óleo em mangue. 
 Estima-se que em torno de 60% a 70% das espécies de importância econômica, 
utilizados na pesca, utilizam, em pelo menos uma fase da vida os manguezais, afetando 
o sustento de quem vive do mar. E quando mais o tempo passa mais difícil ficarem de 
retirar o óleo, que está depositado nos manguezais, estuários e principalmente o mar que 
não se consegue medir a extensão dos danos. O desastre ambiental no litoral nordestino 
deixou o setor turístico apreensivo, com diminuição de reservas nos próximos meses. 
 Os pesquisadores orientam a população a não se alimentar com animais de áreas 
afetadas pelo óleo, por precaução. O não consumo dos pescados afetará principalmente 
os moradores locais que vivem do que é vendido na região, seja de forma direta ou 
indiretamente. Tal impacto direto serão pela presença do óleo na área de pesca, 
impedindo as atividades pesqueiras nas regiões atingidas. Já o impacto indiretamente 
será causado pela queda da quantidade nas vendas dos pescados, pelo o fato de que os 
consumidores estão com anseio de consumir os peixes nas praias atingidas. 
 Outra causa que afetará a economia local das regiões será a diminuição de 
turistas nas praias, principalmente nos próximos meses com a chegada do verão, onde 
os moradores que vivem da pesca, artesanatos e das demais economias que é produzida 
no litoral, serão os mais afetados pela sua dependência do que é produzido nas praias. 
 Como foram supracitados no início do relatório, muitos moradores locais e 
turistas, vendo a situação das praias, voluntariamente fizeram mutirões para coletar o 
óleo que chegava à região costeira do Nordeste, muitos deles sem os equipamentos 
necessários, sem nenhuma preparação. Da mesma forma que as substâncias químicas 
fazem mal para os animais, não é diferente para as pessoas que tiveram o contato 
diretamente com o óleo derivado do petróleo. O óleo pode entrar pela pele, e ir também 
para o cérebro. Se a autoridade federal tem um plano de contingência do óleo, eles não 
deveriam deixar que os voluntários fizessem as coletas, evitando problemas futuros de 
saúde para os que tiveram contado direto. 
 A recomendação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos 
Renováveis (IBAMA) são de não entrar na água nos locais que foram atingindo, até que 
tenha o laudo sobre quais substancias que estão presente na água. Segundo a 
5 
 
superintendente do órgão em Pernambuco, Lisânia Pedrosa, a elaboração do protocolo 
foi iniciada para estabelecer as medidas mais adequadas para lidar com a chegada do 
óleo às praias. 
 As consequências para as pessoas que tiveram contato diretamente com o óleo 
podem causar danos na saúde graves futuramente, pois os três compostos voláteis do 
petróleo é que são extremamente perigosos, que além de alto potencial cancerígeno, a 
exposição ao benzeno, tolueno e xileno pode provocar doenças no sistema nervoso 
central. Listada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) como uma substância 
altamente perigosa, o benzeno é responsável por provocar anemia e aumenta as chances 
de infecções e de desenvolvimento de cânceres sanguíneos como a leucemia. 
 Para os especialistas o óleo microscópico dessa substância é de grande risco para 
a saúde, sua substância é a mais tóxica e podem ser absorvida pela pele quando as 
partículas de óleo se soltam da mancha e são dissolvidas na água. Se a pele absorver, o 
óleo vai causar dermatite, podendo até entrar na corrente sanguínea e provocar série de 
consequências. É aí também que os peixes e crustáceos podem se contaminar, e essas 
substâncias entrar na cadeia alimentar das espécies marinhas e humanas em uma escala 
de longo prazo, com as pessoas se alimentado dos peixes contaminados dos compostos 
químicos, provocando câncer, leucemia e doenças do sistema nervoso. 
 É de grande importância que o Estado Nacional se reúna juntamente com os 
diversos órgãos públicos para que se possa fazer uma discussão técnica sobre os 
presentes e futuras consequências para o país, tanto nos eixos ambientais, como 
econômico e saúde, pois com a contaminação dos peixes que consequentemente será 
consumido pela população, nos trará graves danos para a saúde pública do Brasil. É 
necessário que se tenha o reforço das políticas ambientais e não o enfraquecimento 
delas, juntamente com fiscalizações rígidas para que não se venha repetir os tantos de 
desastres ambientais que o Brasil vem passando ultimamente. 
 
INDAGAÇÕES 
 De que formas os órgãos responsáveis lidará com as causas futuras trazidas pela 
contaminação do óleo nos ecossistemas, na saúde e nas economias locais? Será que 
existe um ou existirá um planejamento? 
 E sobre as chegadas desse óleo nos grandes rios, como exemplo o rio São 
Francisco, entre outros que tem sua foz no oceano atlântico, o Estado tem feito o 
monitoramento e tem procurado soluções para impedir a chegadas neles? 
6 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
PIMENTA, M. Nós, nordestinos, fomos esquecidos. [S. I.]: Virtual Book, 2019. 
Disponível em: https://www.brasil.elpais.com. Acesso em: 30/10/2019. 
 
BETIM, F. Desastre ambiental nas parias do Nordeste. [S. I.]: Virtual Book, 2019. 
Disponível em: https://www.brasil.elpais.com. Acesso em: 30/10/2019. 
 
BETIM, F. O pesadelo ambiental do Nordeste ameaça pescadores e PIB do turismo. [S. 
I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: https://www.brasil.elpais.com. Acesso em: 
30/10/2019. 
 
PAMPLONA, N. Desastre nas praias do NE é inédito no mundo, diz coordenadora do 
IBAMA. [S. I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. 
Acesso em: 30/10/2019. 
 
BRITTO, D. Óleo no Nordeste. [S. I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: 
http://marcozero.org. Acesso em: 30/10/2019. 
 
LUNA, L. Força-tarefa de pesquisadores monitora óleo na costa alagoana. [S. I.]: 
Virtual Book, 2019. Disponível em: https://ufal.br/ufal/noticias. Acesso em: 
30/10/2019. 
 
GRAGNANI, J. O plano para conter derrames de petróleo que não foi acionado pelo 
governo federal para o Nordeste. [S. I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: 
https://www.bbc.com. Acesso em: 30/10/2019. 
 
MANZANO, F. Petróleo tem benzeno, tolueno e xileno que trazem riscos graves à 
saúde, diz especialista. [S. I.]: Virtual Book, 2019. Disponível em: https://g1.globo.com. 
Acesso em: 30/10/2019.

Outros materiais