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Apostila Didática Aula 5: Hematopoese, antígenos leucocitários e citocinas Aula 4: prática artigo Resposta Imune à doença de chagas Profa Dra Cynthia Lyra Neves Estudo dos órgãos linfóides inicia-se com a medula óssea responsável por realizar a hematopoese (Figura 1). Neste processo de formação das células sanguíneas, o órgão de aspecto esponjoso (medula) presente no interior dos ossos longos produz as células da série vermelha ou hemáceas, as células da série branca ou leucócitos e plaquetas. Os leucócitos são células que realizam a função de defesa no organismo. O ponto de partida para a hematopoese é ativação de uma célula pluripotente ou célula tronco que é estimulada por citocinas liberadas pelas células do estroma da medula óssea. Existe uma grande variedade de citocinas no interior deste órgão sendo as interleucinas e o fator estimulante de colônia de granulócitos e macrófagos consideradas as mais importantes neste processo. Figura 1. Principais células sanguíneas originadas a partir da célula progenitora hematopoéitca. A estimulação via citocinas induz a diferenciação da célula tronco em progenitor mielóide ou linfóide, sendo a primeira precursora das hemáceas, plaquetas, granulócitos neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e macrófagos enquanto a segunda dá origem aos linfócitos B, linfócitos T e células matadoras naturais (do inglês natural killer – NK). Dentre as células da linhagem mielóide estão os fagócitos que exercem um papel fundamental nas respostas imunes, já dentre as células da linhagem linfóide encontramos os linfócitos que exercem funções de defesa mais sofisticadas. COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE – MHC APOSTILA DIDÁTICA Aula 1. Profa Cynthia Lyra Neves O MHC (do inglês, Major Histocompatibility Complex) consiste em um conjunto de genes altamente polimórficos localizados no DNA dos seres vertebrados. Nos seres humanos este complexo gênico é chamado de antígeno leucocitário humano (do inglês, Human Leucocyte Antigen – HLA). Os principais genes do HLA são denominados de HLA-A, HLA-B e HLA-C. Em camundongos o MHC é chamado de H2. Esta espécie animal é a mais estudada em Imunologia devido à grande semelhança ao MHC humano quanto à localização cromossômica, estrutura e função das moléculas do MHC. O termo MHC deve-se aos estudos realizados com transplantes que demonstraram a participação destas moléculas nos processos de aceitação ou rejeição dos enxertos. As moléculas do MHC são expressas nas superfícies de todas as células nucleadas na forma de heterodímeros. As moléculas do MHC são classificadas em moléculas de classe I e classe II. MHC I: Moléculas clássicas de histocompatibilidade. Expressas em quase todas as células nucleadas dos vertebrados. Apresentação de peptídeos antigênicos aos Linfócitos T CD8+ (Citotóxicos). MHC II: Expressas em células como os linfócitos, os macrófagos, células dendríticas. Apresentação de peptídeos antigênicos aos Linfócitos T CD4+ (Auxiliares). Citocinas são responsáveis pelo aumento da expressão de moléculas do MHC. ATIVAÇÃO DO LINFÓCITO T (LT) Os LT reconhecem peptídeos estranhos associados ao MHC. Ambas as populações de LT virgens têm o primeiro contato com Ag estranhos nos órgãos linfóides periféricos. A presença de macrófagos e as células dendríticas garantem o processamento e apresentação dos peptídeos antigênicos. Resposta de citotoxidade As células T CD8+ ativadas são capazes de eliminar Ag estranhos de natureza endógena via mecanismos de citotoxidade. Os LT citotóxicos apresentam uma rica granulação citoplasmática contendo várias toxinas como a perforina e a granzima que são liberadas sobre as células infectadas. O contato entre a célula citotóxica e a célula alvo infectada é muito próximo levando a formação de um espaço virtual chamado de sinapse imunológica. NK: Células citotóxicas da resposta inata As células NK são linfócitos onde participam da vigilância imunológica e capazes de eliminar células infectadas, transformadas ou tumorais. Para tanto, as NK utilizam dois receptores de membrana sendo um de ativação e o outro inibitório. As células NK infiltrantes de tumores têm sido utilizadas como ferramentas no tratamento de alguns tumores malignos. Inicialmente se remove uma biópsia do tumor e se realiza a separação das células NK utilizando-se anticorpos específicos para marcadores de superfície das NK que posteriormente são estimuladas em meio de cultura com a citocina IL-2. A resposta imune mediada por LT é altamente complexa e necessária para a montagem de respostas imunes adaptativas apropriadas para cada tipo de Ag estranho que venha penetrar no organismo. APOSTILA DIDÁTICA Aula 1. Profa Cynthia Lyra Neves Apostila Didática Aula 5: Hematopoese, antígenos leucocitários e citocinas
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