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Prévia do material em texto

A água do planeta
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Quando olhamos do espaço uma imagem do 
planeta Terra é possível observar a presença de muita água. 
Por que será? Mas, olhando ao meu redor 
não parece ser tanta assim!
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Água
A Terra é o único planeta conhecido a ter água na forma líquida em tão grandes extensões. 
Essa água nem sempre esteve aí. Deve ter surgido há bilhões de anos, a partir da intensa ati-
vidade vulcânica que existia no planeta. Acumulada nas grandes depressões da crosta terrestre, 
formou oceanos, mares, rios e lagos. 
Cerca de 73% da superfície do planeta é coberta de água, que pode estar nos oceanos, 
nos continentes e na atmosfera. Toda a água do planeta forma a hidrosfera. 
Observe como toda essa água está distribuída em nosso planeta:
Mares e oceanos 
97,5%
 97,5% da água do planeta está nos mares e 
oceanos. A água dos oceanos contém maior 
quantidade de sais dissolvidos, provenien-
tes do solo e das rochas. Por essa razão é 
que denominamos água salgada. A média é 
de 3,3% a 3,7% de sal no mar, entretanto a 
salinidade varia muito de um mar ou oceano 
para o outro. Se toda a água dos oceanos 
secasse, teríamos uma área com o tamanho 
do continente africano coberta de sal.
 1,98% da água do planeta está congelada 
nos polos e nas grandes altitudes, consti-
tuindo as geleiras. Acredita-se que se toda 
a água em estado sólido derretesse, o nível 
dos mares subiria, cobrindo grande parte 
dos continentes.
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Água congelada 
1,98%
Água subterrânea 
0,51%
Rios e lagos 
0,009%
Vapor de água 
0,001%
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 0,009% está nos rios e lagos. É a água 
que chamamos de doce, mas também 
contém sais minerais dissolvidos, en-
tretanto em menor quantidade que 
na água salgada dos oceanos. 
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 0,51% são águas subterrâneas, a água 
penetra formando os lençóis d’água 
subterrâneos nos poros das rochas per-
meáveis.
 0,001% no máximo está na atmosfera, 
em forma de vapor de água.
Aquífero 
O Brasil é um país privilegiado quando o assunto é água. Cerca de 11,6% de toda a água 
doce do mundo está no Brasil, a maior parte na região Amazônica. Mas, existe uma grande parte 
de água que não está visível aos nossos olhos, são as águas subterrâneas, como as do Aquífero 
Guarani. Um dos maiores aquíferos do mundo, com cerca de 1,2 milhões de quilômetros quadrados, 
enterrado embaixo de oito estados brasileiros, além do Paraguai, Argentina e Uruguai.
Um aquífero não se trata de um mar ou um lago subterrâneo sob nossos pés, 
mas uma vasta camada de rocha porosa encharcada de água. A água ocupa o espaço 
existente entre os grãos de areia.
Observe nesta imagem um pedaço do aquífero: 
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1. Além do Guarani, sob a superfície de São Paulo há outro reservatório chamado Aquífe-
ro Bauru, que se formou mais tarde. Ele é muito menor, mas tem capacidade suficiente 
para suprir as necessidades de fazendas e pequenas cidades.
2. O líquido escorre muito devagar pelos poros da pedra e leva décadas para caminhar 
algumas centenas de metros. Enquanto desce, ele é filtrado. Quando chega, está lim-
pinho.
3. Nas margens do aquífero, a erosão expõe pedaços do arenito. São os chamados aflo-
ramentos. É por aqui que a chuva entra, e também por onde a contaminação pode 
acontecer.
4. A cada 30 metros de profundidade, a temperatura do solo sobe 1 grau Célsius. Assim, 
a água lá do fundo fica aquecida. Nesse ponto, ela está a quase 50 graus.
(Superinteressante, ed. 142. jul 1999.)
Água nos seres vivos
Sem água, a vida no planeta não seria da forma como conhecemos; ela é fundamental, 
inclusive no processo de fotossíntese. Em muitas espécies de seres vivos, como nos seres 
humanos, a água auxilia entre outras coisas no controle de temperatura corporal e no transporte 
das substâncias necessárias a todas as partes do corpo.
Agora, observe estas imagens:
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5% 67% 93% 90% 95% 70%
As partes pintadas de azul representam a quantidade de água nos seres vivos. Como você 
pode notar, a água é um elemento abundante na maior parte dos seres. Essa quantidade varia 
de espécie para espécie. A água-viva, como o próprio nome sugere, tem muita água em sua 
estrutura, cerca de 95%. Você mesmo é formado em parte por água. Cerca de 65% a 70% da sua 
massa corresponde à água presente em seu corpo, compondo células, sangue, urina, suor e até 
ossos, que contêm, aproximadamente, 22% de água. 
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Vivendo sem água
E como viver nos desertos, onde a água é uma raridade? Nesses locais, a sobrevivência é 
muito difícil, a falta de água é um dos desafios a serem vencidos, exigindo de seus habitantes 
adaptações a essas condições. Entre os animais, é comum esconderem-se durante as horas mais 
quentes do dia, beber pouca ou nenhuma água, suar e urinar muito pouco. 
O rato-canguru é um roedor que vive nos desertos de areia. Ele quase nunca bebe água, 
raramente urina, suas fezes são muito secas e só sai à noite para se alimentar. Consegue 
aproveitar ao máximo a água presente nas sementes secas.
Algumas espécies de besouros que habitam o Deserto da Namíbia (no sul da África) apro-
veitam a água da névoa que ocorre nessa região. Eles elevam as pernas traseiras e colocam a 
cabeça para baixo, pois nessa posição a névoa se condensa sobre seu corpo e as gotinhas de 
água escorrem até a sua boca, garantindo suas necessidades. 
A água no mundo 
A água tem se tornado um elemento de disputa entre nações. Um relatório do Banco 
Mundial, datado de 1995, alerta para o fato de que “as guerras do próximo século serão 
por causa de água, não por causa do petróleo ou política.”
Hoje, cerca de 250 milhões de pessoas, distribuídas 
em 26 países, já enfrentam escassez crônica de água. 
Em 30 anos, o número de pessoas saltará para 
3 bilhões em 52 países. Nesse período, a quanti-
dade de água disponível por pessoa em países do 
Oriente Médio e do norte da África estará reduzida 
em 80%.
A projeção que se faz é que, nesse período, 8 bilhões de pessoas habitarão a terra, 
em sua maioria, concentradas nas grandes cidades. Daí, será necessário produzir mais 
comida e mais energia, aumentando o consumo doméstico e industrial de água. Essas 
perspectivas fazem crescer o risco de guerras, porque a questão das águas torna-se 
internacional.
Em 1967, um dos motivos da guerra entre Israel e seus vizinhos foi justamente a 
ameaça, por parte dos árabes, de desviar o fluxo do Rio Jordão, cuja nascente fica nas 
montanhas no sul do Líbano. O Rio Jordão e seus afluentes fornecem 60% da água ne-
cessária à Jordânia. A Síria também depende desse rio. 
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A populosa China também sofre com o problema. O grande crescimento populacional 
e a demanda agroindustrial estão esgotando o suprimento de água. Das 500 cidades que 
existem no país, 300 sofrem com a escassez de água. Mais de 80 milhões de chineses 
andam mais de um quilômetro e meio por dia para conseguir água e assim acontece com 
inúmeras nações. 
Um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta duas sugestões 
básicas para diminuir a escassez de água: aumentar a sua disponibilidade e utilizá-la 
mais eficazmente. Para aumentar a disponibilidade, uma das alternativas seria o aprovei-
tamento das geleiras; a outra seria a dessalinização da água do mar. 
Esses processos são muito caros e tornam-se inviáveis para a maioria dospaíses que so-
frem com a escassez. É possível, ainda, intensificar o uso dos estoques subterrâneos profun-
dos, o que implica utilizar tecnologias de alto custo e o rebaixamento do lençol freático.
(Disponível em: <www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/agua-desafio/index.htm>.
Acesso em: set. 2007.)
O texto acima é de 1997. Para você, as estimativas apresentadas no texto permanecem as 
mesmas ou sofreram alterações nos últimos 10 anos? Discuta com seus colegas e professor.
1. É muito comum encontrarmos galões de água nos locais de trabalho, estudo, lazer e 
de serviços. Mas por que devemos ingerir água frequentemente?
Solução:
Para repor as perdas que ocorrem pela urina, fezes, suor e respiração. 
1. Com relação à água no planeta Terra, responda:
a) Do total de água existente na superfície do planeta, quanto pode ser usado pelo 
ser humano?
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b) Que nome seria mais apropriado para o nosso planeta? 
2. Leia o texto abaixo e responda às questões a seguir:
 O Mar Morto é um grande lago represado entre colinas na parte mais baixa do vale 
do Rio Jordão, cerca de 396m abaixo do nível do mar. A concentração de sais, isto 
é, sua salinidade, é de 25%, bem superior à encontrada em outros locais da Terra. É 
constante a evaporação do Mar Morto, além disso, quando chove na região, as águas 
descem dos morros, levando grande quantidade de sais, que se depositam no fundo 
do lago. Praticamente não existem seres vivos. 
a) Por que ele recebe esse nome?
b) Que condições citadas no texto favorecem o acúmulo de sais?
c) Qual é a diferença entre a água dos rios, lagos e oceanos quanto a salinidade?
3. Com relação à água doce disponível no mundo, responda:
a) Apesar da riqueza de rios e lagos, podemos afirmar que toda população tem abun-
dância de água?
b) Podemos afirmar que o nosso organismo é um depósito de água? 
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4. De toda a quantidade de água existente no planeta, 1,98% da água está congelada. 
a) Em que regiões da Terra essa água está concentrada em maior quantidade?
b) Para você, que desafios os ambientes onde a água está congelada oferecem à exis-
tência de vida?
Planeta Água!
 Você sabia que 73% do planeta Terra é composto por água? Que essa água é uma das 
coisas mais importantes para que exista vida no planeta? E que a proporção de água 
no corpo humano é semelhante à do nosso planeta?
5. Sobre a água e os seres vivos, escreva certo ou errado para as alternativas abaixo.
a) ( ) A existência de água em nosso corpo pode ser comprovada através do 
suor, sendo encontrada também no sangue e em órgãos.
b) ( ) A água é encontrada em muitos alimentos que ingerimos, mas não pode 
ser considerada um alimento.
c) ( ) Tem função fundamental no controle da temperatura corporal.
d) ( ) Não é importante para os processo vitais.
6. Você já deve ter observado que a água dos oceanos tem cor; em alguns lugares ela é 
azul, em outros ela é verde. Mas, por que isso ocorre? Pesquise sobre o assunto.
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Do que a água é feita?
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Lilo, entender o porquê da Terra 
ser conhecida como planeta água até é fácil. 
Mas, do que a água é feita?
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Bem Juca, a água é formada por dois 
elementos químicos: hidrogênio e oxigênio. E neste 
módulo aprenderemos juntos um pouco mais 
sobre essa maravilha do nosso planeta.
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Aprendendo sobre a água
Composição da água
A pergunta que o Juca fez na abertura deste módulo não é recente, ela vem ocupando a 
mente de pensadores há muitos séculos.
A importância da água para o ser humano e para todos os organismos da Terra é uma 
certeza que os filósofos da Antiguidade já tinham. No entanto, a descoberta da composição quí-
mica dessa substância foi uma construção coletiva, as observações de diversos pesquisadores 
foram sendo somadas até que se pudesse entender do que a água é feita.
Finalmente, o químico francês Lavoisier (1743-1794) mostrou que a água não era uma 
substância simples, mas composta de moléculas formadas por oxigênio e hidrogênio, que po-
deriam ser separadas.
O oxigênio e o hidrogênio são átomos e, ao se combinarem, obedecem sempre a uma mes-
ma proporção: para cada átomo de oxigênio existem dois átomos de hidrogênio. Essa relação 
entre os dois tipos de átomos fica expressa na fórmula química da água, que é: 
 H2O
H é a representação química do 
hidrogênio e o índice dois, junto a ele, 
indica a existência de dois átomos desse 
elemento.
O é a representação química do oxi-
gênio, e a ausência de um número à sua 
direita indica que há apenas um átomo desse 
elemento em cada molécula de água.
Você saberia dizer o significado da 
palavra hidrogênio? Procure em um dicio-
nário e confira a sua resposta.
As moléculas de água têm muitas características que lhe conferem propriedades únicas, 
responsáveis por muitos dos fenômenos que garantem a vida sobre a Terra. Entre essas carac-
terísticas, podemos citar o fato de ela apresentar afinidade com muitas substâncias. Devido a 
esse fato, a água também é chamada de solvente universal. Isso pois a água pode dissolver 
várias outras substâncias. 
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A.Tipos de água
Você já esteve no mar? Se esteve, sentiu o 
gosto que ele tem?
É salgado, não é mesmo?
Isso significa que a água do mar não é 
pura, ela contém sais dissolvidos.
A água do mar contém quase todos os ti-
pos de elementos existentes na Terra, alguns em quantidades muito pequenas, outros muito 
abundantes, como o cloreto de sódio (sal de cozinha). Há também muitos gases dissolvidos.
Nas águas de rios também há grande quantidade de substâncias em solução. Os rios So-
limões e Negro, por exemplo, são famosos porque, no seu encontro, as águas de cada um deles 
não se misturam e seguem paralelas por um longo trecho. As águas do Rio Solimões são barren-
tas e turvas, carregando grande volume de sedimentos. As águas do Rio Negro são escuras, mas 
transparentes, parecem chá preto. São assim por causa do tipo de material que forma o leito do 
rio: solos arenosos e pobres em sais minerais.
Então, podemos concluir que, na natureza, a água raramente é pura. Ela contém sempre 
um volume variado de materiais dissolvidos em seu meio.
Por causa dessa grande diversidade, costumamos identificar a água de acordo com suas 
características mais importantes. Veja alguns exemplos:
Águas minerais ou de fontes
Para a mitologia grega, essas águas surgiram quando Poseidon, deus dos mares e dos rios, 
furioso, secou todas as fontes de água da Grécia. Porém, encantado com a beleza de uma jovem 
que lhe pedia ajuda buscando algo para beber, tocou seu tridente em uma rocha e ali fez nascer 
uma fonte de água. 
Essa tentativa de explicar a origem das fontes de água, já na Antiguidade, revela a impor-
tância que a água sempre teve para a humanidade.
A explicação mitológica é apenas uma curiosidade. De fato, como surgem as fontes 
minerais?
Sua origem está na água das chuvas, que se infiltra no solo e passa por diferentes mi-
nerais, recebendo partículas deles. Quando as águas encontram uma camada impermeável de 
rochas, vão acumulando e podem, pela pressão que se forma, aflorar em algum ponto do solo, 
nas nascentes.
Cada fonte mineral é única, porque a água que brota realizou um “caminho” só dela. As 
fontes são classificadas de acordo comos minerais predominantes em sua composição físico- 
-química. Podem ser alcalinas, sulfurosas, magnesianas, ferruginosas. Alguns desses tipos 
de águas são indicados como auxiliares no tratamento de diversas doenças. Observe no rótulo 
a seguir a composição química desta marca de água mineral:
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Analisando o rótulo de água mineral 
ao lado, qual é a composição química 
que ela apresenta?
Além das águas minerais potáveis, há águas de estuários, denominadas salobras; elas são 
impróprias para o consumo, pois são salgadas e se parecem com a água do mar.
Água destilada – água pura
É a água quimicamente pura, não há sais minerais dissolvidos. É incolor (sem cor), ino-
dora (sem cheiro), insípida (sem gosto) e não deixa resíduo quando evaporada. Embora seja 
água pura, não serve para ser bebida. É utilizada na preparação de medicamentos, em baterias 
de automóveis ou em experiências químicas nas quais não pode haver elementos desconhecidos 
participando das reações. Essa água é obtida em laboratórios com o uso de destiladores. 
Água potável
É a água que pode ser consumida pelo homem. 
Para ser potável, a água deve:
 ser incolor, perfeitamente transparente e não ter cheiro (inodora); 
 conter alguns sais minerais naturais – considera-se satisfatória a água que apresenta 
0,03 gramas de sais dissolvidos; 
 conter mais ou menos entre 0,03 e 0,06 gramas de ar dissolvido; 
 ser estéril, isto é, isenta de micro-organismos causadores de doenças; 
 ser fresca.
Tendo todas as características acima, a água serve para o consumo e o preparo dos ali-
mentos.
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Água poluída
É a água que contém impurezas e que, por isso, é imprópria para o consumo humano. 
Muitas vezes, a poluição é tão grande que somente alguns tipos de micro-organismos mais 
resistentes conseguem se desenvolver nesse tipo de água. As águas poluídas são resultado da 
ação do homem sobre o meio ambiente.
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Não confunda água poluída com água contaminada!
A água poluída é aquela que contém impurezas, já a água contaminada é aquela 
que contém substâncias e micro-organismos nocivos à saúde. Muitas vezes a água po-
luída está contaminada.
Água dura e água mole
Você certamente já ouviu o ditado “água mole em pedra dura tanto bate até que fura.” 
Será que é dessa água mole que vamos falar? E o que é essa tal de água dura?
Bem, a água mole é quase o que você está imaginando. Os pesquisadores chamam de água 
mole a água da chuva, que é bastante pura, não como a água destilada, pois ela pode apresen-
tar partículas dispersas na atmosfera, mas ainda assim é mais pura que as águas de superfície 
e tem menos minerais que as águas de fontes.
E água dura? Como pode a água ser dura? Será gelo?
Não. Essa denominação não tem nada a ver com o estado físico da água. Estamos falando 
de água no estado líquido. 
A água dura contém sais de cálcio e magnésio e eles dificultam a formação de espuma 
quando usamos detergentes nesse tipo de água.
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Poluição das águas
A poluição das águas tem sido um problema para a nossa sociedade e é tempo de 
pôr fim a todo o custo nesse assunto. Nestes últimos anos, o governo tem tentado sen-
sibilizar a opinião pública para essa situação, que tem vindo a agravar-se devido a falta 
de fundos.
Os oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nos rios, além do lixo dos 
centros industriais e urbanos localizados no litoral.
Parte da poluição é muito visível: rios espumosos, um brilho oleoso à superfície de 
um lago, cursos de água entulhados de lixo doméstico. Mas grande parte é invisível.
As principais áreas de preocupação são as que se encontram próximas de terras e de 
aglomerados humanos. É aí que a poluição se concentra.
Nos mares, lagos e rios existe uma enorme diversidade de espécies diferentes, muitas 
das quais fornecem à humanidade comida nutritiva. Desde a baleia do oceano até o mais 
pequeno crustáceo de água doce tem sido dizimado pelo homem.
Saiba mais
Nas cidades e regiões agrícolas, são lançados diariamente cerca de 10 bilhões de litros de 
esgoto que poluem rios, lagos, lençóis subterrâneos e áreas de mananciais.
Curiosidade
O excesso de material orgânico no mar leva à proliferação descontrolada de micro-orga-
nismos como algas, que acabam por formar as marés-vermelhas, que matam peixes e deixam 
os frutos do mar impróprios para o consumo do homem.
Informe-se
Anualmente, 1 milhão de toneladas de óleo se espalha pela superfície dos oceanos, 
formando uma camada compacta que demora para ser absorvida. 
Efeito da poluição na saúde do homem 
Os constantes despejos das fábricas e dos centros urbanos estão carregados de subs-
tâncias que podem constituir causa séria de poluição, como ovos de parasitas, fungos, 
bactérias, vírus que ocasionam doenças como tifo, tuberculose, hepatite e cólera.
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Importante
O escoamento de água de superfícies impermeáveis como ruas, edifícios e outras 
áreas pavimentadas para esgotos, a grande quantidade de lixo industrial localizado no 
litoral, somado ao excesso de fertilizantes, que vão infiltrar-se no solo e poluir os lençóis 
de água subterrâneos e, por sua vez, os rios ou ribeiros onde estes vão dar são conside-
rados como principais causadores na poluição aquática.
Poluição química das águas 
É um tipo de poluição que atinge rios e oceanos. Dois tipos de poluentes caracterizam 
a poluição química. São eles:
a) biodegradáveis – são produtos químicos que, ao final de um tempo, são de-
compostos pela ação de bactérias. Ex.: detergente, inseticidas, fertilizantes, 
petróleo etc;
b) persistentes – são produtos químicos que se mantêm por longo tempo no 
meio ambiente e nos organismos vivos. Esses poluentes podem causar graves 
problemas, como a contaminação de alimentos, peixes e crustáceos. Ex.: DDT 
(agrotóxico), mercúrio etc.
 Curiosidade
Geralmente, o mercúrio é utilizado na mineração para separar o ouro de outros 
minerais ou outros materiais nos rios. Se um peixe contaminado por mercúrio 
for ingerido por pessoas, ele pode levar essas pessoas à morte se não tomarem 
providências imediatas.
Poluição por organismos patogênicos
Efeitos na saúde
A água pode ser infectada por organismos patogênicos existentes nos esgotos. Assim, 
ela pode conter: 
 bactérias – provocam infecções intestinais epidérmicas e endêmicas (febre 
tifoide, cólera, leptospirose etc); 
 vírus – provocam hepatites, infecções nos olhos etc; 
 protozoários – responsáveis pelas amebíases etc; 
 vermes – esquistossomose e outras verminoses. 
Soluções 
Para que toda essa devastação ao meio ambiente seja ao menos amenizada é preciso 
que algumas medidas sejam tomadas, como:
 maior interesse por parte do governo em fiscalizar e punir severamente os na-
vios que derramam impunemente petróleo e poluentes químicos na água dos 
oceanos, associado ao controle do lançamento clandestino de esgotos nos rios 
e esgotos provenientes de indústrias, amenizaria em grande parte a diminuição 
dessa poluição;
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 redução no uso de fungicidas, que, aplicadas nas lavouras, atingem os rios, 
intoxicando os peixes e, consequentemente, afetando a saúde do homem.
Poluição dos rios 
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Como fruto da atuação do homem sobre o meio ambiente, surge o problema da po-
luição dos rios.
As fontes de poluição das águas dos rios resultam, entre outros fatores, dos esgotos 
domésticos, despejos industriais, escoamento da chuva das áreas urbanas e das águas do 
retorno de irrigação. Desse modo, principalmente no século atual, o grande crescimento 
populacional e o desenvolvimento industrial, além do uso cada vez maior de fertilizantes 
químicos e inseticidasnas lavouras têm causado sérios danos aos rios e à vida de modo 
geral. Além desse fato, muitos outros são causadores da poluição dos rios:
 Os inseticidas usados nas lavouras, que destroem o fitoplâncton existente nos 
rios, o qual é responsável pela renovação de 70% do oxigênio da atmosfera.
 Os sedimentos que são transportados para os rios pelas enxurradas, em decor-
rência das práticas agrícolas que não se preocupam com a conservação do solo. 
Esses detritos não deixam a luz do sol penetrar na água, dificultando as formas 
de vida subaquática.
 Quando é ultrapassada a capacidade de autodefesa da água em sanear os detritos, 
em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios, ocorre o aparecimento de 
gases nocivos à vida aquática.
Nos últimos anos, vem-se agravando a poluição nos rios, causada pela poluição 
industrial. Em várias partes do mundo ocorre envenenamento de pessoas, causado pela 
presença de produtos químicos nocivos nas águas fluviais.
Em abril de 1984, a população ribeirinha do Rio São Francisco viu cerca de 500 mil 
toneladas de peixes de várias espécies mortos. A causa não foi apurada ou divulgada, 
admitindo-se, entretanto, que ocorreu poluição com metal pesado.
As consequências da poluição do São Francisco são drásticas. Inicialmente, surge 
o problema da alimentação de milhares de pessoas que vivem da pesca ao longo 
desse rio, além de interromper o ciclo biológico, pois em um curto tempo ocorrerá 
a morte da flora marginal, que, afetada, poderá causar a queda de barreiras, dificul-
tando a navegação.
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Nos rios, a poluição existente e a concentração de coliformes constitui mesmo uma 
ameaça. Mas não é tudo. O esgoto é composto por grandes quantidades de matéria 
orgânica e organismos patogênicos e ainda sais minerais, que, chegando sem tratamento 
a um rio, a matéria orgânica é degradada, consumindo muito oxigênio. Os organismos 
patogênicos sobrevivem e os sais minerais alimentam a flora existente, que se reproduz 
rapidamente e, em alguns casos, produz substâncias tóxicas. O tratamento dos esgotos 
eliminaria os organismos patogênicos e facilitaria o controle do desenvolvimento das 
plantas fluviais, aumentando a quantidade de oxigênio na água.
Do tratamento de esgoto poderíamos retirar um adubo. O processo adotado retira 
os nutrientes do esgoto, concentrando-os no material sólido, o qual, após tratamento, 
transforma-se em um excelente condicionador de solos. É uma importante fonte de ma-
téria orgânica e pode ser utilizado para reduzir as quantidades de fertilizantes químicos, 
melhorar as características físicas do solo, acrescentar micronutrientes essenciais ao 
desenvolvimento das plantas, melhorando a produtividade do agricultor, e o melhor é 
que evita a intoxicação de rios próximos. Basta usar a cabeça!!!
(Disponível em: <http://br.geocities.com/econtato/pol_aguas.html>. Acesso em: set. 2007.)
1. A água para o consumo humano deve ser potável. Que características ela deve apre-
sentar?
Solução:
Deve ser incolor, transparente e sem cheiro. Deve conter ar e alguns sais minerais na-
turais dissolvidos. Deve ser isenta de impurezas e ser fresca.
1. Leia a poesia abaixo que fala a respeito da água: 
Lição sobre a água
Antônio Gedeão
Esse líquido é água
Quando pura é inodora, insípida e incolor,
Reduzida a vapor,
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Sob pressão e a alta temperatura,
Move os êmbolos das máquinas de vapor.
É um bom solvente,
Embora com exceções, mas de um modo geral, dissolve tudo bem, ácidos, 
bases e sais.
Congela a zero graus centígrados
E ferve a cem, quando à pressão normal.
Responda:
a) O segundo verso cita três características da água pura. Quais são elas e o que 
significam esses termos?
b) O autor diz que a água é um bom solvente. Que propriedade química responde por 
essa facilidade em dissolver compostos?
c) Cite duas substâncias solúveis em águas e duas não solúveis. 
2. Sabendo que a fórmula química da água é H2O, explique o que representa cada ele-
mento.
3. Sobre a água, escreva V para verdadeiro ou F para falso nas afirmativas. Corrija as que 
estiverem erradas.
( ) Água dura contém sais de cálcio e magnésio.
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( ) Água mole é um tipo de água mineral.
( ) A preocupação com a qualidade e a oferta de água é uma característica dos tempos 
modernos.
( ) Água salobra é própria para o consumo humano.
4. Por que a água destilada não é considerada água potável? Quais são as principais 
utilidades que ela possui?
5. O texto abaixo é uma adaptação da publicação na revista National Geographic do 
Brasil, de maio de 2004. Leia-o e responda ao que se pede.
 O enigma H
 A água é esquisita – graças à ligação de hidrogênio. 
 A água proporcionou os oceanos, as nuvens, os rios e os lagos – e contribuiu para 
dar forma a tudo que vive no planeta Terra. Assim, na próxima vez em que você 
estiver na praia, admirando a beleza e a vastidão do mar, lembre-se: tudo isso é 
possível graças às ligações dos átomos de hidrogênio.
a) Explique o que são essas ligações de hidrogênio às quais o texto se refere.
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6. Em alguns locais, a água pode aflorar à superfície em temperaturas maiores que a temperatura 
ambiente – são as águas termais. Por que isso ocorre? Pesquise. 
7. Informe-se sobre locais no Brasil que possuem águas termais e que se transformaram em locais 
turísticos. Relacione-os.
Ciclo da água
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A água onde a vida surgiu e com a qual 
os dinossauros se refrescaram e mataram 
a sede é a mesma água que vemos e usamos hoje. Mas, como 
isso é possível? Neste módulo, você compreenderá como ocorre 
o ciclo da água e os estados físicos que ela possui.
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O ciclo que não acaba
A água passa por constante processo de reciclagem. A mesma água com que você já tomou 
banho hoje, amanhã pode cair na forma de chuva, molhar o jardim, entrar pela raiz de uma planta, 
virar seiva e compor parte de um fruto que você mesmo poderá comer no mês que vem. Esse com-
plexo processo ao qual a água é submetida constantemente recebe o nome de ciclo da água. 
O ciclo da água pode ser resumido em esquemas como os que vemos a seguir:
Nuvens
Mar
Evaporação
Vapor 
de água
Transpiração das 
plantas e animais
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Durante o dia, o calor do Sol faz com que parte da água da superfície evapore e suba 
para as camadas mais altas da atmosfera na forma de vapor. Ali, com as temperaturas muito 
baixas, o vapor se condensa, formando gotículas de água que, juntas, constituem as nuvens. 
Condensação em forma de chuva
Chuva
Nuvens
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Quando as nuvens estão muito carregadas, pode ocorrer a chuva. Com a chuva, a água 
retorna à superfície, onde pode entrar no solo, formando os depósitos subterrâneos, ou cair 
sobre oceanos, rios e lagos.
Mar
Evaporação
InfiltraçãoÁguas subterrâneas
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Nas águas superficiais, começa tudo de novo: evaporação, condensação, precipitação e, 
ao cair sobre a superfície, evaporação... em um ciclo que não tem fim!
Todo esse processo é possível porque a água sofre mudanças em seu estado físico. Mas, o 
que entendemos por estados físicos?
Os estados físicos da água
Como você já notou, a Terra é um planeta muito diferente dos demais conhecidos. Somente 
nele há tanta água na forma líquida, constituindo os lagos, rios e oceanos. Isso é possível por 
causa das temperaturas amenas queo planeta registra. Se estivesse um pouco mais perto do 
Sol, a água viraria vapor. Se estivesse mais longe, toda água seria gelo. 
Entretanto, apesar de constituir a maior parte da água existente no planeta, não é só no 
estado líquido que ela se encontra. A água também é encontrada no estado sólido (nos polos) 
e gasoso (em forma de vapor na atmosfera). 
Podemos concluir que a água é encontrada em três estados físicos: sólido, líquido e 
gasoso.
Cada um dos estados físicos da água apresenta características próprias. Veja:
Sólido Líquido Gasoso
Forma constante variável variável
Volume constante constante variável
Força de coesão 
(união) forte intermediária fraca
Mas, o que significa tudo isso?
Vamos relembrar?
A água é um composto formado por moléculas contendo dois átomos de hi-
drogênio e um átomo de oxigênio que, na linguagem química, é representada pela 
fórmula H2O.
 Molécula: é a menor por-
ção de uma substância.
 Átomo: partículas meno-
res, que formam as mo-
léculas.
Representação da molécula da água.
Em qualquer um dos estados físicos em que a água se encontre, terá a mesma 
composição, entretanto o que muda de um estado para o outro é a disposição das 
moléculas entre si.
 
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Disposição das moléculas de água em função do estado físico:
Moléculas da água em 
estado sólido.
Moléculas da água em 
estado líquido.
Moléculas da água em 
estado de vapor. 
 No estado sólido, as moléculas se encontram muito próximas umas das outras, 
com fortes ligações entre si e quase nenhum movimento. Essas características 
fazem com que um sólido não mude de forma nem de volume mesmo quando colo-
cado em recipientes diversos.
Teste essa informação: pegue um cubo de gelo e coloque-o dentro de uma panela, 
bacia ou caixa plástica. O que aconteceu ao cubo? Ele mudou de forma? Passou a ocupar 
um espaço maior ou menor?
 No estado líquido, essa união entre as moléculas é menos intensa. Por isso, um líqui-
do tem forma variável, apesar de manter volume constante mesmo quando colocado 
em recipientes diversos.
Teste essa informação: pegue um copo com água, vire o conteúdo do copo em uma 
panela, agora despeje essa água na bacia e depois na caixa. O que você observou? A água 
mudou de forma? E o volume? Ao final de sua verificação, coloque a água de volta no copo. 
Ela ocupa o mesmo espaço? Então, o que podemos afirmar a respeito de seu volume?
 No vapor de água, essa união entre as moléculas é muito fraca, elas estão afastadas 
umas das outras, em movimento bastante desordenado e se chocam entre si. Um gás 
não tem forma nem volume constantes, ao contrário, é expansível, isto é, tende a 
ocupar todos os espaços disponíveis.
Teste essa informação: encha um balão de borracha, mantendo o bico do balão 
fechado. Dentro dele há ar. Que forma tem esse ar? Agora, solte o bico do balão. O que 
aconteceu com o ar que estava ali dentro? E que forma ele tem agora? Será que ocupa o 
mesmo volume que ocupava antes?
As mudanças de estado físico na água
O gelo das montanhas e dos polos participa do ciclo da água, pois, ao derreter, passa ao 
estado líquido e se incorpora às águas de superfície. Quando um corpo no estado sólido passa 
a líquido, dizemos que houve fusão.
A água no estado líquido evapora lentamente à temperatura ambiente, isto é, se transforma 
em vapor; então, a passagem lenta da água do estado líquido para o estado de vapor recebe o 
nome de evaporação.
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Em seguida, esse vapor de água, ao alcançar camadas mais frias da atmosfera, se con-
densa, produzindo gotículas de água. A passagem da água da forma de vapor ao estado líquido 
recebe o nome de condensação. 
Essa água pode retornar na forma de chuva (estado líquido) ou na forma de cristais de 
gelo (neve e granizo), quando passa de líquido a sólido, no fenômeno da solidificação.
Observe, neste esquema, as mudanças de estado da água:
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Sublimação
estado sólido estado líquido
estado gasoso
(vapor d'água)
fusão
solidificação
vaporização
condensação ou 
liquefação
sublimação
Que tal conhecermos mais um pouco 
sobre as mudanças de estados físicos 
da água? Vamos lá!!!
Condensação: de gasoso para líquido.
Solidificação: de líquido para sólido.
Fusão: de sólido para líquido.
Vaporização: de líquido para gasoso.
Sublimação: de sólido para gasoso e 
vice-versa.
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O que foi necessário para que essas mudanças de estado acontecessem?
Além da pressão, a temperatura também influencia.
E você sabe o que é temperatura?
Temperatura é a medida do calor de um corpo, de agitação de partículas. O calor então 
é uma forma de energia.
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Para determinar as temperaturas, usamos instrumentos denominados termômetros. Você 
deve conhecer os termômetros de mercúrio ou de álcool usados atualmente, mas o primeiro 
termômetro foi construído por Galileu (1564-1642) e tinha água em seu interior. 
O termômetro de Galileu era formado por um tubo de vidro com uma bola na ponta. 
Para montá-lo, Galileu se aproveitou da capacidade que os corpos têm de se expandir 
quando aquecidos. Assim, ele aqueceu a esfera na ponta do tubo e o virou dentro de um reci-
piente com água tingida. Quando o ar dentro do bulbo chegou à temperatura ambiente, reduziu 
seu volume e a água entrou no tubo. Estava feito o termômetro. Sempre que a temperatura 
ambiente aumentava, o ar dentro do bulbo expandia e empurrava a coluna de água para baixo. 
O contrário acontecia quando as temperaturas caíam.
A capacidade de dilatação dos corpos devido à ação do calor já era conhecida, porém 
Galileu foi o primeiro a utilizá-la para observar as variações de temperatura.
E por que há essa dilatação?
Como dissemos, o calor é uma forma de energia e, quando um corpo é aquecido, as par-
tículas que o compõem se agitam mais e se afastam, o corpo passa a ocupar um volume maior, 
e se dilata. O contrário acontece quando ele perde calor, o movimento das partículas diminui, 
elas se aproximam e o corpo ocupa um volume menor.
1. Complete cada frase com a expressão “ganho” ou “perda”:
Solução:
a) A fusão se faz quando há de calor. 
b) A solidificação acontece quando há de calor. 
c) A água dos oceanos passa a vapor com de calor.
1. Vamos brincar de adivinhação? 
Podem três serem um só?
ganho
ganho
perda
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De uma maneira geral, isso parece impossível. Como três coisas 
distintas poderão ser uma só? Mas para a água é diferente. Ou será que 
o gelo, a água líquida e o vapor de água não são a mesma coisa? São 
apenas água, só que em estados diferentes. Pronto, solucionamos a 
charada!
Mas, como será que isso ocorre? Os cientistas relatam que a expli-
cação está nas partículas.
Vamos lá! Que tal esclarecermos para nosso amigo Gotinha como 
se comportam as patículas para cada estado físico? 
a) Relacione a coluna A com o estado físico correto da coluna B.
Coluna A Coluna B
( a ) Moléculas afastadas por terem grande repulsão ( ) Sólido
( b ) Moléculas unidas por terem grande coesão ( ) Líquido
( c ) Coesão e repulsão iguais ( ) Gasoso
b) E na natureza? Como podemos comprovar a existência dos três estados físicos da 
água?
2. Para observar as mudanças de estado físico da água basta olhar alguns fenômenos 
que ocorrem dentro de nossas casas no dia a dia. Com base neles, cite um exem-
plo para cada uma das mudanças de estado físico da água:
Fusão: 
Solidificação: 
Condensação: 
Vaporização: 
Será que vocês podem me ajudar 
a desvendar esse mistério?
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3. Leia o texto abaixo. Ele faz parte do livro Serões de Dona Benta e História das Invenções, 
escrito por Monteiro Lobato. 
“– E o que é temperatura, vovó?
– Temperatura é a medida do calor de um corpo. Dizer, como já ouvi, ‘a temperatura 
hoje está muito quente’, é asneira. Pode-se dizer que a temperatura está agradável 
ou desagradável – mas dizer que está fria ou quente, é asneira. E para medir a 
temperatura há os termômetros.
– Eu sei o que é! – gritou Emília. Um vidrinho com uma listinha prateada dentro.
– Nada disso. O termômetro é um tubo de vidro com uma colunazinha de mercúrio 
dentro, mercúrio ou álcool.”
 Como disse D. Benta, os termômetros atuais têm mercúrio ou álcool em seu interior, 
e não água, como o termômetro de Galileu. Sabendo que a temperatura de solidi-
ficação da água é de 0ºC, do álcool é de –114ºC e do mercúrio, de –39ºC, procure 
justificar a vantagem em usar álcool ou mercúrio no interior dos termômetros. 
Pense o que aconteceria ao termômetro de água num lugar em que, durante o in-
verno, as temperaturas ficassem muito baixas.
4. Você já ouviu falar que ao colocarmos uma garrafa com água no congelador não de-
vemos enchê-la totalmente. 
a) Qual é a razão para isso?
b) Por que, ao retirarmos uma garrafa da geladeira, após alguns instantes ela está 
coberta de gotículas de água? 
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5. Este é o item 4 da “Declaração Universal dos Direitos da Água”:
 “O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus 
ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a 
continuidade da vida sobre a Terra. Esse equilíbrio depende, em particular, da preser-
vação dos mares e oceanos, onde os ciclos começam.”
Agora explique estas afirmações:
a) O futuro do planeta depende da preservação da água e de seus ciclos.
b) Os ciclos começam nos mares e oceanos.
6. O mais interessante é saber que a água de um rio da região Sul do Brasil pode virar 
chuva na região Norte.
a) Você concorda com essa afirmativa? Justifique
b) Explique, com suas palavras, como ocorre o ciclo da água, citando todas as suas 
mudanças de estados físicos. Logo em seguida, faça um desenho, representando-o.
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7. Leia esta manchete de jornal:
Ventos e chuva de granizo fazem mais estragos
 O vento forte e a chuva de granizo que chegaram no final da tarde de ontem foram sufi-
cientes para fazer muitos estragos em Campinas e região, em apenas uma hora. (...) O 
vento registrado no momento da chuva de granizo foi de 84km/h. Técnicos do Centro 
de Pesquisas Agrícolas (Cepagri), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) 
explicaram que a chuva de granizo ocorreu porque a temperatura estava muito alta e 
houve rápida evaporação.
(Correio Popular. Cidades. 13 nov. 2003.)
a) Onde você mora já ocorreram chuvas de granizo? Causaram algum prejuízo?
b) Você sabe como o granizo se forma? Explique esse processo.
 Busque informações sobre esse assunto em fontes diversas como livros, revistas e 
internet. Traga para a sala de aula e comente com os colegas e professor. 
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Estados físicos da água
Objetivo
Um dos fatores que podem influenciar na mudança de estado físico da água é a tem-
peratura. Vamos investigar como isso ocorre?
Obs.: A atividade deverá ser realizada em casa pelos alunos.
Procedimento
1. Coloquem água em formas de plástico, deixando-as no congelador. Retire-as ao final 
de 60 minutos. O que você observou?
2. Como podemos explicar o que aconteceu?
3. Deixe as formas fora do congelador durante 60 minutos. O que você observa? Justi-
fique.
4. Coloque as formas de gelo novamente no congelador. O que acontecerá?
 
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5. O volume de água na forma de gelo logo que retirada do congelador e após ser dei-
xada fora é o mesmo? Justifique.
6. Por que a água passa do estado sólido ao estado líquido quando deixamos o gelo 
algum tempo fora do congelador?
Estados físicos da matéria
Vamos continuar investigando?
1. Coloque um cubo de gelo num prato ou em cima de uma tigela de água quente e 
outro dentro de uma garrafa térmica. Qual dos cubos de gelo funde mais depressa?
Registre as suas observações nas questões que seguem.
a) Você medirá o tempo de alguma forma? 
b) Os cubos de gelo precisarão ser todos iguais? Justifique. 
2. Quanto tempo demorou para o cubo de gelo que estava em cima da tigela com água 
quente derreter?
 
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3. Qual cubo de gelo demorou mais para derreter: o do prato ou o da garrafa térmica? 
Justifique.
4. Explique, por meio de um desenho, o que aconteceu aos cubos de gelo em cada uma 
das situações. 
5. Coloque um termômetro num copo cheio de gelo, registrando a temperatura inicial, 
após 10 minutos e após 20 minutos.
Tempo/minutos Temperatura/ºC
inicial
10 minutos
20 minutos
6. Que conclusões você obteve com o experimento?
 
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Propriedades da água
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Lilo, por que uns objetos flutuam e outros 
afundam na água? Por que a água jorra 
pelos furos da garrafa?
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Calma Juca! Tudo isso pode ser explicado através 
do estudo das propriedades da água. E, neste 
módulo, aprenderemos tudo sobre elas! 
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A água e suas propriedades
Solubilidade da água
Essa praia tranquila fica às margens da 
Lagoa de Araruama, no estado do Rio de Ja-
neiro. Apesar de associarmos lagoas aos de-
pósitos de água doce, nem sempre é assim 
e a Lagoa de Araruama é uma exceção, suas 
águas são muito salgadas. Na verdade, são 
uma vez e meia mais salgadas que a água dos 
oceanos. A presença de tão grande volume de 
sais se deve à alta evaporação, ao baixo índi-
ce de chuvas e à pequena entrada de água na 
lagoa. Acumular tanto sal é possível porque, 
como vimos anteriormente, a água dissolve 
muitas substâncias e os sais são algumas delas.
Se colocarmos um pouco da água da lagoa em um copo e olharmos, aparentemente, só há 
água dentro dele. No entanto, sabemos que os sais estão ali, dissolvidos. A água é o solvente, isto 
é, a substância que dissolve; e os sais compõem o soluto, isto é, aquilo que está sendo dissolvido.
Além de ser capaz de dissolver sais em lagoas, mares e oceanos, a água dissolve muitas 
outras substâncias, inclusive grande número de compostos necessários à manutenção da vida.
Os organismos dependem da água e de sua capacidade de dissolução para sobreviver. As 
plantas absorvem água e sais minerais do solo. No corpo humano, o sangue, que tem grande vo-
lume de água, transporta, dissolvidos em seu meio, açúcares, minerais e aminoácidos, levando- 
-os de um lado para outro dentro do corpo.
A presença de substâncias dissolvidas na água altera o valor de uma de suas propriedades, 
a densidade, e torna mais fácil ou mais difícil a flutuação.
Densidade
Responda sem vacilar: o que pesa mais, um quilograma 
de algodão ou um quilograma de chumbo?
Bom, se você prestou atenção à pergunta, provavelmente 
não errou, pois ela costuma ser feita para confundir crianças pe-
quenas ao misturar conceitos de massa e volume. Um quilograma 
de algodão tem muito mais volume que um quilograma de chum-
bo, no entanto, ambos têm a mesma massa, um quilograma.
Volume: espaço ocupado por um corpo.
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Lagoa de Araruama.
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Mas, se você não se deixou enganar pela primeira pergunta, responda agora: por que há 
tão grande diferença de volume entre as duas substâncias?
A resposta está relacionada ao conceito de densidade. O chumbo é muito mais den-
so que o algodão, isto é, comparando as partículas que compõem o chumbo com as que com-
põem o algodão, as do chumbo estão muito mais próximas, fazendo com que haja muita matéria 
acumulada em um pequeno espaço.
A densidade dos corpos é uma constante física, calculada pela divisão entre a massa e o volu-
me ocupado pelo corpo. Podemos usar uma fórmula bem simples para fazer esse cálculo, veja:
 d = densidade (g/cm3)
 m = massa (g = gramas)
 V = volume (cm3)
m
V
No caso da água, sabemos que um grama dessa substância pura ocupa um volume de 
1cm3, então, podemos afirmar que a densidade da água é de 1g/cm3.
A densidade auxilia a explicar alguns fenômenos de flutuação, quando podemos afirmar 
que corpos com densidade menor que 1 flutuam na água e corpos com densidade maior que 1, 
afundam.
Veja no quadro a seguir a densidade de algumas outras substâncias:
Gasolina 0,7 g/cm3
Álcool 0,8 g/cm3
Gelo 0,92 g/cm3
Alumínio 2,7 g/cm3
Ferro 7,9 g/cm3
Chumbo 11,3 g/cm3
Mercúrio 13,6 g/cm3
Ouro 17,5 g/cm3
Mas a flutuação não pode ser explicada apenas com as diferenças de densidade. Para que 
ela aconteça, um princípio físico descoberto há mais de 2 000 anos também tem grande parti-
cipação. Veja a seguir:
Princípio de Arquimedes
Entre 287 e 212 a.C. viveu, na Grécia, na cidade de Siracusa, um importante inventor e 
matemático. Seu nome: Arquimedes. Ele inventou várias armas, algumas usadas na defesa de 
sua cidade. 
Além de tudo isso, descreveu um fenômeno físico que recebeu o nome de Princípio de 
Arquimedes. Leia a história dessa descoberta.
d =
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Conta-se que Arquimedes foi procurado pelo Rei Hierão para solucionar um problema. Ele 
havia entregado uma barra de ouro a um ourives para que fosse feita uma coroa. Quando ela 
ficou pronta, o rei desconfiou que o ourives houvesse trocado parte do ouro por outros metais 
de menor valor, como o cobre e a prata. Inquieto com suas suspeitas, ele precisava saber a 
verdade, mas não autorizava que, para isso, a coroa fosse derretida. Então, chamou Arquimedes 
e expôs seu problema.
A questão intrigou o sábio, que ficou imaginando uma forma de resolvê-la. Diz a história, 
que a solução lhe ocorreu quando entrou em uma banheira e a água transbordou. Conta-se que 
ele saiu pelas ruas gritando “Eureka, eureka”, cujo significado é “Encontrei!”.
Mas que resposta ele teria “encontrado”?
Será que você conseguiria tirar alguma conclusão da observação de Arquimedes?
Pense a respeito.
Agora, confira a solução do problema:
Arquimedes percebeu que, ao entrar na banheira, a água que transbordou tinha o mesmo 
volume de seu corpo. Então, pensou que se colocasse uma barra de ouro igual a do rei na água 
e medisse o volume de água derramado, bastaria comparar essa quantidade com a que fosse 
deslocada pela coroa.
Agora, imagine que o resultado da experiência de Arquimedes fosse o que se vê a seguir. 
Que conclusões poderiam ser tiradas?
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coroa ouro
Se o volume de água deslocado pela coroa fosse menor que aquele deslocado pela barra 
de ouro de mesma massa, a conclusão seria que o ourives misturou outros metais menos densos 
ao ouro, ou seja, a coroa não era feita de ouro puro.
Porém, se você quer saber como terminou o episódio em Siracusa, saiba que a história 
não nos conta o final desse caso – teria o ourives roubado o ouro, ou não?!
A importância do Princípio de Arquimedes
Mas as observações de Arquimedes não se limitaram a essa questão da coroa. Analisando 
mais atentamente o fenômeno, ele concluiu que:
“Um corpo imerso em um fluido (líquido ou gás) recebe, por parte dele, uma força 
vertical para cima, de intensidade igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo.”
Essa força do líquido sobre o corpo recebe o nome de empuxo.
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Se isso lhe parece confuso, então preste atenção ao experimento representado a seguir:
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A B
Em A, a pedra esticou a mola até uma determinada altura.
Em B, a pedra é mergulhada na água e observamos que a deformação da mola é bem 
menor. A diferença corresponde ao peso do volume de água deslocado.
A aparente diminuição de peso da pedra é exatamente igual ao peso do volume de água 
que ela desloca. Tudo acontece como se algo empurrasse a pedra para cima, tornando-a mais 
leve; esse “empurrão” é dado por uma força que recebe o nome de empuxo.
O Princípio de Arquimedes é fundamental na compreensão dos mecanismos de flutuação.
Quando o empuxo é maior ou igual ao peso do corpo, este flutua. Quando o 
empuxo é menor, afunda.
Veja um exemplo de como o empuxo explica a flutuação dos corpos. No primeiro desenho, 
temos uma tampa metálica; no segundo, um prego. Por que um flutuou e o outro afundou?
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No primeiro caso, a tampa deslocou um gran-
de volume de água e recebeu um grande empuxo. 
No segundo, o prego deslocou um volume muito 
pequeno de água e recebeu um empuxo pequeno, 
afundando.
Cientes disso, os construtores de navios pro-
curam fazê-los com uma forma tal que o volume de 
água deslocado seja grande e o peso dessa água 
seja maior que o peso do navio. Desse modo, eles 
flutuam, ainda que possuam muitas toneladas.
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Pressão
Observe esta imagem e tente reproduzir o experimento.
Para fazê-lo, você vai precisar de:
 água; 
 garrafa plástica descartável;
 bacia larga;
 prego;
 fita-crepe.
Solicite ajuda a um adulto para furar a garrafa com o prego.
Para marcar o círculo a ser furado, você pode colocar uma fita-crepe ao redor da 
garrafa, ela irá orientar a localização dos furos. Faça oito pequenos furos um pouco 
abaixo da metade da altura da garrafa. Cole uma tira de fita-crepe sobre os furos. Encha 
a garrafa de água e coloque-a sobre a bacia. Retire a fita e observe.
O que acontece?
Os jatos de água têm o mesmo tamanho nas diversas direções?
Quando a coluna de água acima dos furos diminui, o que acontece? Por quê?
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Tente explicar o fenômeno observado.
O que vimos é resultado da pressão que a coluna de líquido exerce: quanto mais alta ela es-
tiver, mais distante a água irá jorrar, pois a pressão será maior. Todos os jatos de água atingem a 
mesma distância, mostrando que a pressão é exercida em todas as direções com igual intensidade.
A pressão exercida pelos líquidos, em especial a água, é um fator que torna muito difícil a 
exploração dos oceanos. Os seres humanos só podem mergulhar alguns metros, porque os equipa-
mentos mais sofisticados também sofrem os efeitos da pressão.
Os animais abissais (das grandes profundidades) têm diversos mecanismos adaptativos que 
permitem a sobrevivência em um ambiente tão difícil quanto esse!
A figura ao lado é de um peixe abissal, mas não se 
engane com o jeito que ele tem. Na verdade, esse peixe 
mede de 10 a 15 centímetros apenas. Uma das estratégias 
usadas para suportar as violentas pressões das profundida-
des é o tamanho pequeno; outra é manter a pressão interna 
tão elevada quanto a pressão externa, de modo que uma 
compense a outra.
Seres que vivem entre 4 000m a 5 000m de profun-
didade suportam pressões 400 a 500 vezes maiores que 
aquela que nós sentimos ao nível do mar. 
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Estudando a pressão
No século XVII, o físico francês Blaise Pascal (1623-1662) fezimportantes observações 
sobre a pressão exercida pelos líquidos. Nos dois exemplos a seguir, temos a demonstração dos 
efeitos da pressão sobre um líquido e sobre um sólido. Observe:
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Se um tubo contendo água for fechado nas duas extremidades por rolhas e se bater-
mos em uma delas como no esquema anterior, veremos que a rolha da outra extremidade será 
arremessada ao longe.
Se um pedaço de madeira tiver uma rolha afixada em cada extremidade e batermos em 
uma delas, veremos que a outra não reage à batida. 
A partir dessas observações, Pascal concluiu que:
Os líquidos transmitem integralmente em todas as direções e sentidos, as pressões 
que recebem.
Essa conceituação ficou conhecida como Princípio de Pascal.
O Princípio de Pascal tem inúmeras aplicações em nosso dia a dia. Veja alguns exemplos:
O fluido é pressionado em A, 
em geral, com auxílio de um 
compressor de ar.
Os elevadores hidráulicos são usados em postos de gasolina para auxiliar na troca de 
óleo dos carros. A vantagem desse sistema é que ele parece multiplicar a força exercida, pois a 
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pressão realizada em A é transmitida integralmente para 
todos os pontos do líquido em B.
Esse princípio também é a base do funcionamento 
dos freios dos carros. Você já viu que, em alguns filmes, 
o “bandido” sabota o carro do “mocinho” cortando uma 
mangueira que leva ao fluido de freio? Com isso, o carro 
“perde os freios” e pode sofrer um acidente grave.
Vasos comunicantes
Despejando um líquido em recipientes que se comuniquem 
entre si, ele mantém o mesmo nível em todos eles. Monte um expe-
rimento como o que segue. Para isso, você vai precisar de:
 duas seringas com capacidades diferentes;
 um pedaço de tubo de plástico.
Retire os êmbolos das seringas, ligue as extremidades com 
o tubo plástico. Coloque água no interior de uma das seringas.
Note que o nível da água nas duas seringas é o mesmo e 
isso se repetiria mesmo se tivéssemos um sistema com recipientes tão diferentes quanto o que 
está representado.
Observe:
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O princípio dos vasos comunicantes tem impor-
tantes aplicações, entre elas a distribuição de água nas 
cidades. Você já viu como são as caixas d’água das cida-
des? São construções bem altas e os canos que ligam- 
-nas às casas das cidades formam um sistema de va-
sos comunicantes, permitindo que a distribuição se faça 
sem gasto de energia.
Porém, se você mora em um edifício, sabe que exis-
tem bombas hidráulicas para impulsionar a água até os 
andares mais altos. Isso é preciso porque, nesse caso, al-
guns andares podem ser mais altos que as caixas d’água, ou 
então elas são subterrâneas, e a água não chega até eles.
Depósito para fluido de freio.
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Caixa d’água em Curitiba, Paraná.
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Tensão superficial
Observe esta imagem:
O mosquito é capaz de caminhar sobre 
a superfície da água como se ali existisse uma 
fina película. Isso acontece porque as molécu-
las da superfície da água líquida, em contato 
com o vapor de água existente no ar, faz com 
que as moléculas da superfície fiquem mais 
próximas entre si, criando uma espécie de 
tensão, conhecida como tensão superficial.
A tensão superficial explica, também, 
o fato das bolhas serem esféricas. 
1. Qual é a propriedade responsável em misturar o soluto no solvente?
Solução: 
é a solubilidade.
1. Analise a figura a seguir:
Puxa! Uma pedra 
tão grande e 
tão leve!
Ufa! De 
repente ficou 
pesada!
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Tensão superficial formada pelo contato do inseto com 
a água.
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 Qual propriedade da água pode explicar o fato de a pedra embaixo da água aparentar 
estar mais leve?
 2. “Ali, ao contrário de todos os mares do mundo, é impossível morrer afogado – a água 
é tão densa que não deixa o corpo afundar. Nem sequer mergulhar. Quem tenta, volta 
à superfície mais rápido que quando desceu.” (Revista Terra, jun. 1997.) 
a) Porque o texto diz que é impossível morrer afogado no Mar Morto?
3. Leia o texto abaixo: 
 “Uma fábula da Rússia conta a história de um camponês bem simplório que morava 
à beira-mar. Todas as vezes que via passar ao largo um belo navio, corria até a praia, 
apanhava uma pedra e atirava-a na água. A pedra, naturalmente, afundava. O bom 
homem, olhando admirado para a imensa massa metálica do navio que flutuava mag-
nificamente, sacudia os punhos e bradava: ‘Por que ele flutua, sendo tão pesado, e a 
pedra não?’” 
 Procure responder à pergunta feita pelo camponês. 
 Assinale a única alternativa correta.
a) Os freios dos automóveis são aplicações práticas do(a):
a) Princípio de Arquimedes. b) empuxo.
c) densidade. d) Princípio de Pascal.
b) Um clipe é capaz de flutuar na superfície da água devido à:
a) capilaridade. b) tensão superficial.
c) comunicância. d) pressão.
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4. Um cidadão comprou um lindo terreno em uma parte alta da cidade. Ali, ele construiu 
uma casa de dois andares e colocou a caixa de água entre a laje do segundo andar e 
o telhado. Pouco antes de sua mudança, foi testar se tudo estava de acordo, e qual 
não foi sua surpresa ao constatar que a água não chegava à caixa. Baseado em tudo 
que você aprendeu neste capítulo, procure explicar uma possível causa para esse 
problema e como ele poderia ser solucionado.
5. Pegue um copo completamente cheio de água. Tente colocar algumas moedas ou 
botões ou pequenos objetos em seu interior sem que a água transborde. Nossa pro-
posta foi viável ou não? O que você pôde observar? Explique.
6. Você sabe o que são eclusas? Então pesquise o significado da palavra e, a seguir, 
busque explicações sobre o funcionamento desses sistemas. Qual é a propriedade da 
água que permite o funcionamento das eclusas? Pesquise também sobre o sistema de 
eclusas que funciona no Canal do Panamá.
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Experimento 1
Você vai precisar de: 
 um copo;
 água;
 uma colher de chá de sal.
Procedimento
Coloque água no copo e adicione a ela uma colher de chá de sal. Mexa e observe.
Você consegue ver o sal na água?
Mas, se você não o vê, ele terá desaparecido?
Faça um paralelo entre a sua demonstração e a água da Lagoa de Araruama.
Experimento 2 
Material necessário
 bacia plástica; 
 água; 
 massa de modelar. 
Procedimento
1. Coloque água na bacia até 3/4 de sua capacidade. Faça uma bola com a massa de 
modelar e coloque-a dentro da água. Observe. 
2. Agora pegue a mesma massa e modele com ela um objeto parecido com uma canoa. 
Coloque-o dentro da água. Observe.
a) O que aconteceu na primeira experimentação?
 
 
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b) E na segunda?
 
c) Como você explicaria o fato de que o mesmo material, em quantidades iguais, 
tenha se comportado de modo diferente?
 
d) Qual era a relação empuxo X peso da água deslocada no primeiro experimento?
e) E no segundo?
Experimento 3
O comportamento das moléculas de água que compõem a matéria pode ser altera-
do com a variação da temperatura ou com a pressão. Quando a temperatura é baixa, as 
moléculas ficam próximas devido à força de coesão (união). Quando se eleva a temperatu-
ra, ocorre um afastamento entre as moléculas devido à força de repulsão (afastamento). Já 
a pressão, pode ser conceituada como o resultado de uma ação sobre uma superfície. Para 
entender melhor como isso ocorre, vamos aos nossosexperimentos sobre o assunto!
Material necessário
 1 garrafa Pet com tampa; 
 prego;
 água;
 bacia;
 2 seringas;
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 tubo fino de plástico (como sugestão, os utilizados em hospital para soro);
 corante qualquer (líquido ou em pó).
Procedimento
Pressão da água 1
1. Fure a base da garrafa com o prego e a coloque dentro da tigela. 
2. Coloque água dentro da garrafa e feche. 
3. Segure a garrafa pela boca sem apertá-la e a levante sobre a bacia.
a) O que aconteceu com a água durante o tempo em que a garrafa ficou 
fechada? Justifique.
b) O que você pode observar ao abrir a tampa da garrafa? Justifique.
Pressão da água 2
1. Mergulhe a primeira seringa na água (para ficar mais fácil a visualização, dis-
solver o corante na água antes). Puxe o êmbolo e coloque água até a metade 
da seringa.
2. Prenda uma das extremidades do tubo de soro na primeira seringa.
3. Mergulhe a segunda seringa na água. Puxe o êmbolo até enchê-la e, em segui-
da, encaixe a outra extremidade do tubo de soro.
4. Deixe as duas seringas na posição vertical e empurre os êmbolos simultaneamente.
5. Repita a experiência com as seringas na posição horizontal.
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Discuta com seus colegas e seu professor o que foi observado no experimento. Ano-
te, através de um texto e de um desenho, as conclusões no quadro abaixo.
Experimento 3
A densidade é a relação entre a massa de uma substância e o volume que ela ocupa.
Nem todos os objetos ou líquidos possuem a mesma densidade. Comprovaremos isso 
na experiência a seguir:
Material necessário
 1 béquer ou copo de vidro;
 copo alto;
 água;
 groselha;
 azeite ou óleo;
 mel;
 álcool.
Procedimento
1. Coloque água até a metade do copo ou béquer.
2. Core a água com a groselha para poder visualizar mais facilmente todas as 
fases.
3. Coloque, no copo alto, a mistura de água e groselha.
4. Acrescente, cuidadosamente, o azeite na superfície da água corada.
5. Adicione o álcool etílico, em seguida, o mel.
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 Explique o que ocorreu ao final do experimento.
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O planeta está com sede
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P ara o ser humano, a água tem uma importância que vai além de matar e saciar sua sede. A água 
participa de diferentes atividades humanas, como a 
geração de energia elétrica, abastecimento doméstico e 
industrial, agricultura, transporte de cargas, piscicultura 
e recreação. A água usada nessas atividades vem, na 
maioria das vezes, direto dos rios e lagos e, muitas 
vezes, somente parte dela volta aos locais de origem, e 
ainda assim alterada em suas características originais. 
Os rios, por exemplo, ficam sujos, cheios de entulho e 
tornam-se impróprios para o banho e sem condições 
para o desenvolvimento de vida.
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Por que será que a água corre o risco 
de acabar? Será nossa culpa?
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Interferência humana na 
circulação da água
Você já viu cenas como estas? Como você pode notar, os 
rios também se constituem em depósito de lixo e esgoto. Mas não 
são só os rios; as águas subterrâneas, lagos e mares também são o 
destino final de muitos dos poluentes lançados no ambiente. 
Mas, o que é poluição da água? Poluição é a adição de subs-
tâncias sólidas, líquidas e/ou gasosas e que alteram as características 
originais da água. A poluição da água está associada, principalmen-
te, ao aumento da população, à expansão industrial, agrícola e das 
áreas urbanas. Os principais processos de poluição da água são:
 Contaminação – é a introdução, na água, de substân-
cias nocivas ao ambiente, como substâncias tóxicas e 
micro-organismos. 
 A contaminação de rios, aquíferos subterrâneos e lagos 
em ambientes rurais provém do uso de agrotóxicos e 
adubos nas práticas agrícolas, que acabam sendo car-
regados para os rios e lagos pela chuva. Além disso, os 
resíduos gerados pelas indústrias e cidades também têm um potencial poluente muito 
grande. 
 Eutrofização – quando um rio ou lago recebe uma carga excessiva de nutrientes 
(nitrogênio e fósforo), de origem agrícola ou industrial, pode ocorrer o crescimento 
descontrolado de algas e plantas aquáticas. A palavra eutrofização significa “bastan-
te alimento”. A eutrofização traz efeitos negativos para o equilíbrio do ecossistema, 
como a diminuição dos níveis de oxigênio e do pH das águas, podendo haver perda da 
fauna, flora e da qualidade da água para consumo humano.
 Acidificação – ocorre quando o meio fica ácido, como consequência da chuva ácida, 
da presença de substâncias químicas, podendo acarretar a degradação da vegetação e da 
vida aquática.
 Assoreamento – a destruição das matas ciliares e o processo erosivo nos solos e 
rochas resultam em um depósito de sedimentos (areia, argila, lodo), que provoca a 
redução da profundidade e do volume útil dos lagos e rios.
No Brasil, a principal causa da poluição dos rios é o esgoto doméstico, pois cerca de 80% 
dele é lançado diretamente nos rios e no mar, sem receber nenhuma forma de tratamento. 
Escoamento da água da chuva.
Esgoto lançado direto no rio. 
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As enchentes
Observe estas imagens:
Em cidades como São Paulo, é comum a ocorrência de enchentes, que causam muitos trans-
tornos à população como a perda de bens materiais e o aumento das doenças. 
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Enchente em São Paulo.
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Pantanal.
A energia que vem da água
Não é de hoje que o ser humano usa a força da água para facilitar suas tarefas do dia a 
dia. Por volta do ano de 600 a.C., as rodas d’água já eram empregadas para irrigar áreas agrí-
colas e, mais tarde, para moer o trigo. A água movimenta as pás da roda d’água, produzindo 
energia na forma de movimento. Esse tipo de energia era aproveitada para produzir trabalho. 
Em uma roda d’água vertical, por exemplo, quanto maior a altura da queda de água maior será 
a energia produzida. 
A invenção da máquina a vapor, no final do século XVIII, só foi possível porque o ser 
humano percebeu que a evaporação da água, provocada pelo seu 
aquecimento, produz um aumento de pressão. A pressão do vapor 
de água também produz movimento que pode ser utilizado como 
trabalho (energia). Essa descoberta dá um novo impulso às ativi-
dades humanas, tornando a vida mais ágil, substituindo a tração 
animal e a força dos ventos. 
Com a água em movimento, também é possível obter ener-
gia elétrica. No Brasil, a principal fonte de energia elétrica é pro-
veniente de usinas hidrelétricas. Mas, como funciona uma usina 
hidrelétrica?
 A água do rio é captada e represada por meio de uma 
barragem formando uma represa.
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Roda d’água.
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 Canais conduzem a água da represa, que 
passa pela turbina hidráulica. As turbi-
nas localizam-se nas partes mais baixas 
da barragem. 
 Ao passar pela turbina, a água faz com que 
ela gire, transformando energia hidráulica 
em energia mecânica. 
 O eixo da turbina está acoplado a um 
gerador, que também gira, produzindo 
eletricidade. 
 A energia elétrica passa por cabos, trans-
formadores e linhas de transmissão, que 
chegam aos lugares de consumo.
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Navio movido a vapor.
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Funcionamento de uma hidrelétrica.
Mais uma vez a água! Consideradoo combustível do futuro, o hidrogênio é obtido pela 
eletrólise da água. Além de liberar muita energia, esse combustível não polui, pois o único 
produto da reação é a água, que poderá sofrer nova eletrólise. Naves e estações espaciais já 
usam essa fonte de energia e algumas indústrias automobilísticas já estão testando veículos 
movidos a hidrogênio.
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Enchentes 
Enchente não é, necessariamente, sinônimo de catástrofe. É apenas um fenômeno 
natural dos regimes dos rios. Não existe rio sem enchente. Por outro lado, todo e qual-
quer rio tem sua área natural de inundação. As inundações passam a ser um problema 
para o homem quando ele deixa de respeitar esses limites naturais dos rios. Por exemplo, 
quando remove as várzeas e quando se instala junto às margens. Ou então quando altera 
o ambiente de modo a modificar a magnitude e o regime das enchentes, quando desma-
ta, remove a vegetação e impermeabiliza o solo.
“As alterações que o homem provoca na bacia hidrográfica, alterando suas caracte-
rísticas físicas, também aumentam o prejuízo dessas enchentes”. Como o homem altera 
as características da bacia? 
De diversas formas. A primeira, e a mais importante, é quando ele suprime a cober-
tura vegetal e introduz obras com características de impermeabilização do solo, como 
construção de casas, telhados, pavimentação de ruas, quintais etc. Perdemos a capaci-
dade de retenção da água através da vegetação e perdemos também a capacidade de in-
filtração dessa água no solo. Por conseguinte, os volumes de água que chegarão aos rios 
serão sempre maiores. E, portanto, os prejuízos das inundações também serão maiores. 
A pergunta que fica é: como podemos enfrentar o problema dos prejuízos decorrentes 
das inundações? 
Existem, basicamente, três formas: a primeira é não ocupar as áreas de inundação; a 
segunda é não alterar – ou alterar o menos possível – as características físicas da bacia 
hidrográfica, e, por último, através da implantação de obras de contenção de cheias, 
como a construção de barragens, reservatórios, construção de diques para proteção de 
áreas de riscos altos de inundação, enfim, outras obras de engenharia, do tipo desasso-
reamento de rios e ampliação de seus leitos. Todas essas obras têm uma característica 
comum: são extremamente caras e onerosas para a sociedade. Conquanto tenha um certo 
grau de eficiência, nós podemos dizer que elas não são absolutamente eficazes porque, 
mesmo contando com essas obras, sempre haverá um evento de chuva, um evento de 
cheia que provocará uma inundação maior do que aquelas para as quais essas obras fo-
ram projetadas.
(BOMBONATTO, Constante. Disponível em: <www.tvcultura.com.br/ 
aloescola/ciencias/agua-desafio/>.)
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1. Quais são os principais processos de poluição da água?
Solução:
Contaminação, eutrofização, acidificação e assoreamento.
1. O petróleo polui a água do mar, pois durante o transporte, a limpeza dos petroleiros 
é feita no mar e, além disso, podem ocorrer vazamentos. O petróleo se espalha sobre 
a água, impedindo a passagem de luz, comprometendo a vida aquática. Considerando 
o que você aprendeu sobre a densidade da água anteriormente, por que quando há 
vazamento formam-se enormes manchas de petróleo na superfície da água? 
2. “Postos para abastecimento de hidrogênio ainda são raros. Hoje, estão em operação 
em todo o mundo quase 70 unidades para reabastecimento com hidrogênio: duas 
dúzias nos EUA e igual número na Europa, uma dúzia no Japão e uma dezena em 
outros países. Abastecer com hidrogênio pressurizado um protótipo como o FCV da 
Ford leva cerca de cinco minutos. (...) Em sua unidade de Torrence, na Califórnia, a 
Honda construiu um posto de serviços que divide a água em combustível hidrogênio 
e oxigênio, usando eletricidade gerada por uma série de painéis fotovoltaicos solares. 
Esse seria o objetivo final da produção do hidrogênio ‘verde’.” (Scientific American. 
Brasil, ano 3, n. 35.)
a) Por que o hidrogênio é considerado um combustível verde?
b) Por que no Brasil a principal fonte de energia elétrica vem dos rios?
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3. “No início do mês de maio de 2002, o país foi surpreendido por um anúncio dramático 
feito pelo Executivo Federal. Os reservatórios das represas de energia elétrica tinham 
terminado o período de chuvas em um nível excepcionalmente baixo nas regiões Nor-
deste, Sudeste e Centro-Oeste. Por consequência, medidas de contenção do consumo 
de energia deveriam ser adotadas, com o objetivo de evitar que se caminhasse para o 
racionamento e, posteriormente, para os desligamentos do fornecimento, programa-
dos ou não (‘apagões’).” 
 Qual é a relação entre o nível baixo das represas e o racionamento de energia elétrica?
4. “A natureza fez uma muralha para proteger seu tesouro escondido. O paredão de 
basalto é o guardião. Cobre mais de 90% da imensa caixa d’água subterrânea. Sobre 
o Aquífero Guarani existe uma camada de basalto, uma rocha vulcânica praticamente 
impermeável – uma proteção natural. Mas o basalto não é tão seguro assim. Existem 
rachaduras naturais, por onde a água da superfície escorre. É o caminho da recarga 
do aquífero e de uma possível contaminação. (...) E no Centro-Oeste, o agronegócio 
prospera sobre o aquífero. (...). “ (Globo Repórter. 18 fev. 2005.)
 Cite uma razão para a preocupação com o desenvolvimento do agronegócio sobre o 
aquífero?
5. O nitrogênio e o fósforo contidos nas fezes humanas e nos restos de matéria orgânica 
lançados ao mar pelo esgoto doméstico pode levar a um crescimento além do normal 
de algas planctônicas, o que por sua vez reduz o nível de oxigênio dissolvido na água. 
Que nome recebe esse processo? 
6. Se você fosse um ambientalista em campanha, qual seria seu lema para a prevenção 
das enchentes?
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7. No ano de 2002, muitas cidades brasileiras foram afetadas pelo “apagão”. Seus ci-
dadãos tiveram que, de um dia para o outro, buscar novas alternativas de energia e 
mudar hábitos em relação ao consumo de energia elétrica. Comente o assunto com 
seus colegas e professor e, juntos, construam um cartaz promovendo formas de eco-
nomizar energia elétrica. Exponham-no em algum lugar visível da escola.
Água para consumo
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C omo já vimos, a necessidade humana por água vai além das biológicas, isto é, vai além da ne-
cessidade de beber água. Pense em todas as coisas que 
você faz e que dependem da água. Pensou? Agora leia 
esta manchete: 
Água, o desafio 
mundial do futuro
A Organização das Nações 
Unidas (ONU) declarou que os 
próximos dez anos serão chamados 
de a Década Internacional da Água. 
O objetivo é não deixar esfriar as 
discussões sobre os imensos pro-
blemas hídricos que a humanidade 
enfrenta, tal como poluição dos 
rios, o risco do desabastecimento e 
o elevado número de pessoas sem 
acesso ao saneamento básico (2,6 
bilhões de seres humanos).
(Gazeta do Povo, 27 mar. 2005.)
Você acredita que um dia vai faltar água? Por quê?
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Reservas mundiais de água doce
Lilo, como você acha que vai ser 
a vida no planeta sem água?
Não sei Juca. Como será que anda o ritmo 
do desperdício de água no mundo?
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Segundo a ONU, se o consumo e o desperdício de água continuarem no mesmo ritmo, em 
2025 apenas um quarto da humanidade terá água para atender as suas necessidades mínimas. 
Em alguns países da África e da Ásia, onde a água é um recurso escasso, cada habitante tem 
direito a 8 litros de água por dia, bem menos que os 50 litros diários recomendados pela ONU. 
Observe os dados

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