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Diabetes e Atenção

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�PAGE �11�
SUMÁRIO
81 INTRODUÇÃO	�
92 OBJETIVOS	�
93.1 Objetivo Geral	�
93.2 Objetivos Específicos	�
104 REFERENCIAL TEÓRICO	�
104.1 Contexto histórico	�
104.2 Atenção farmacêutica	�
154.3 Diabetes	�
174.4 Complicações associados à diabetes mellitus	�
174.5 Interações Farmacocinéticas	�
184.6 Interações Farmacodinâmicas	�
205 METODOLOGIA	�
23REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
26APÊNDICES/ ANEXOS	�
�
�
RESUMO
Palavras - chave: Atenção Farmacêutica. Diabetes mellitus. Farmácia comercial. �
1 INTRODUÇÃO
O diabetes mellitus (DM) é uma patologia metabólica caracterizada pelo aumento da concentração plasmática de glicose, resultante de deficiência na secreção e/ ou na ação da insulina (NUNES; LOPES; FONTELES 2012). A incidência e prevalência do DM está associando ao envelhecimento da população, a maior urbanização, a falta de práticas de atividades físicas, dieta inadequada, obesidade são fatores que contribuem para o aumento de DM em todo o mundo (SANTOS et al., 2010). 
Segundo Almeida, Belfort e Monteiro (2017), a atuação farmacêutica de forma individual ao paciente tem aumentado e promovido impacto positivo nas condições de saúde da população. As ações farmacêuticas tem como finalidade prevenção, identificação e resolução de problemas relacionados ao medicamento, diminuindo possíveis agravos à saúde. 
A assistência farmacêutica dá suporte a atenção à saúde, com o sistema de apoio ao diagnóstico e tratamento, bem como informações em saúde, no intuito de assegurar o acesso e o uso de medicamentos. A gestão técnica de assistência farmacêutica é definida como grupo de serviços farmacêuticos interdependentes que enfatiza na qualidade, no acesso e o uso racional de remédios, ou seja, na fabricação seleção, aquisição, armazenamento e dispensação de medicamentos (SANTOS; ROSA; LEITE, 2017). 
A problemática da pesquisa gira em torno da importância do profissional farmacêutico no acompanhamento contínuo do paciente portador de diabetes, bem como as orientações fornecidas pelo mesmo. Com base no exposto, foram levantados os seguintes questionamentos: qual o papel do farmacêutico na farmácia comercial? Os resultados sobre os cuidados com os pacientes diabéticos são positivos? Ao decorrer deste trabalho serão respondidas todas essas questões. 
Desta forma, surge a necessidade de uma atuação farmacêutica qualificada, visto que o diabetes é uma doença bastante complexa, podendo também estar associada a outras comorbidades. O farmacêutico receberá o paciente de forma individual dando orientações sobre uma alimentação adequada, o estímulo e a prática de exercício físico, verificar o índice de massa corpórea (IMC) e o uso correto e racional de hipoglicemiantes orais. 
Neste contexto, ressalta-se a relevância do presente trabalho, no sentido de avaliar os efeitos dos resultados terapêuticos aos portadores de diabetes, melhorando assim sua qualidade de vida. 
2 OBJETIVOS 
3.1 Objetivo Geral
Descrever a importância das ações do farmacêutico no cuidado ao paciente diabético em uma farmácia comercial na cidade de Parnaíba-PI
3.2 Objetivos Específicos
Descrever o perfil dos usuários do serviço farmacêutico em uma farmácia comercial.
Investigar a percepção dos pacientes quanto à atenção prestada pelo farmacêutico.
Demostrar a importância do profissional farmacêutico na melhoria da qualidade de vida do paciente diabético.
4 REFERENCIAL TEÓRICO 
4.1 Contexto histórico
O surgimento da profissão farmacêutica não é bem conhecido, apenas existem registros de indivíduos que produziam e dispensavam medicamentos, conhecidos como curandeiros.
Até o século Xl, ensinava-se farmácia como parte do estudo da medicina. A primeira referência que se tem separando a farmácia da medicina data de 1240, quando foi escrita a magna carta da profissão farmacêutica, por Frederico ll, imperador romano, criando a farmácia como profissão independente. O argumento era “o fato de a prática da farmácia requerer conhecimento, habilidades, iniciativas e responsabilidades especiais, como o objetivo de garantir um cuidado adequado às necessidades medicamentosas das pessoas” (PEREIRA e NASCIENTO, 2011, p. 246).
Nas décadas de 30 e 40, com o crescimento da indústria e o uso da tecnologia na produção de medicamentos, ocasionou uma diminuição gradual das funções do farmacêutico. O espaço de trabalho do profissional, o conhecimento sobre medicamento e o ensino de farmácia sofreram muitas mudanças. Contudo, o farmacêutico começou a atuar em outras atividades, na qual também fazia parte da sua formação, levantando questionários sobre sua identidade profissional (SATURNINO et al., 2012). No Brasil, a luta pela atuação do profissional farmacêutico e pela valorização das farmácias como estabelecimento de saúde tem sido empreendida pelos conselhos, sindicatos de farmacêuticos e ministério da saúde (Oliveira et al., 2013)
O farmacêutico tem função importante na Assistência Farmacêutica, na medida em que é o único profissional da equipe de saúde que tem sua formação técnico-científica fundamentada na articulação de conhecimentos das áreas biológicas e exatas. Em relação à atividade do farmacêutico neste teatro de operações, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu que esse é o profissional com melhor capacitação para conduzir as ações destinadas à melhoria do acesso e promoção do uso racional de medicamentos, sendo ele indispensável para organizar os serviços de apoio necessário para o desenvolvimento pleno da assistência farmacêutica (SANTOS; ROSA; LEITE 2017 p40). 
4.2 Atenção farmacêutica
A evolução da ciência, com ênfase no setor farmacêutico, viabilizou a criação de diversos tipos de medicamentos que podem ser utilizados para a cura de diversas enfermidades. Porém, a ingestão de medicamentos é algo sério que deve ser realizado apenas quando existe a comprovação cientifica de que aquela composição química é a mais adequada para o indivíduo em questão. 
Dessa forma, a farmácia se consolidou como uma ciência que possui como objetivo estudar a fundo todos os aspectos que envolvem o desenvolvimento de novas medicações, as respostas orgânicas frente a ingestão desses medicamentos, as doenças existentes e suas possibilidades de cura através do uso de medicamentos. Sendo assim, o profissional licenciado em farmácia deve sempre participar da escolha dos medicamentos que irão ser utilizados pelos pacientes, devido ao fato de que detém o conhecimento necessário para analisar toda a situação e escolher a combinação mais adequada (MENEZES, 2000).
Menezes (2000) coloca a atenção farmacêutica como a conexão que o farmacêutico deve sempre estabelecer com o seu paciente, ou seja, a relação de confiança que deve existir entre esses dois agentes. Isso porque o profissional de farmacêutico, ainda mais quando o paciente é idoso, deve acompanhar de perto as respostas que o organismo do paciente da frente à ingestão dos medicamentos prescritos, bem como também deve verificar a diminuição dos sintomas que geraram a ingestão medicamentosa. 
Enquanto isso, a assistência farmacêutica está mais ligada as ações que o farmacêutico deve tomar com todos os seus pacientes, em busca de prevenir, auxiliar na diminuição de sintomas e viabilizar a cura de patologias. Essa assistência deve ocorrer sempre que o paciente apresenta dúvidas em relação a manifestações adversas apresentadas pelo seu corpo, bem como quando nota a evolução de algum quadro clínico. É função de o profissional farmacêutico alertar o paciente, com ênfase naquele que se encontra na terceira idade, sobre a importância de realizar uma consulta médica e executar exames em busca de respostas mais precisas em casos mais graves (OLIVEIRA, 2005). 
Para Pereira (2008) a atenção farmacêutica é ainda mais especifica e apresenta uma importância extrema para a qualidade de vida e a manutenção da saúde de pacientes idosos. Isso porque o profissional farmacêutico precisa realizar uma análise criteriosa para disponibilizaruma atenção farmacêutica de qualidade para o seu paciente. Em busca de reduzir ou até mesmo anular as interações medicamentosas negativas, a atenção farmacêutica deve levar em consideração todo o histórico médico do paciente, suas alergias, intolerâncias e a composição química de todos os medicamentos que o paciente faz uso frequente. 
Essa atenção farmacêutica é detalhada e diminui o risco de que o paciente faça uma combinação de medicamentos onde um fármaco prejudica ou potencializa a ação do outro. Indo além, ainda é preciso verificar os hábitos alimentares, o estilo de vida e a composição química completa de suplementos alimentares e vitaminas industriais utilizadas pelos pacientes. 
Sabe-se que Assistência e Atenção Farmacêutica são conceitos distintos. A Assistência Farmacêutica é um conceito muito mais amplo, que engloba uma soma de práticas e condutas como a seleção, programação e aquisição de medicamentos, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços entre outros e é composta por profissionais multidisciplinares enquanto que a Atenção Farmacêutica é voltada para as atividades específicas do farmacêutico no âmbito da atenção à saúde (BRUM, 2008; CONSENSO BRASILEIRO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA, 2002; SANTOS; ROSA; LEITE, 2017). 
Atenção Farmacêutica é uma definição que está inserida no conceito de Assistência Farmacêutica, na qual é baseada no modelo prático, centrado no paciente, que surge como alternativa para a melhora da qualidade do processo de utilização de medicamentos alcançando resultados concretos. O modelo de prática predominante na farmácia comunitária passou a ser a orientação e dispensação farmacêutica (HOLLAND & NIMMO, 1999). 
A atenção farmacêutica se baseia em um acordo entre o paciente e o farmacêutico. O profissional garante ao paciente compromisso e competência. Estabelece-se um vínculo que sustenta a relação terapêutica, identificando as funções comuns e as responsabilidades de cada parte e a importância da participação ativa. Na realidade é um pacto para trabalhar a favor da resolução de todos os problemas relacionados com medicamentos, reais ou potenciais. O problema é real quando manifestado, ou potencial na possibilidade de sua ocorrência (CIPOLLE et al., 2000; POSEY, 1997).
O profissional se responsabiliza pela necessidade, segurança e efetividade da farmacoterapia do paciente. Ao prestar a atenção farmacêutica o profissional se responsabiliza de garantir que o paciente pode cumprir os esquemas farmacoterápicos e seguir o plano de assistência, de forma a alcançar resultados positivos (LEE & RAY, 1993).
A polifarmácia, consumo de cinco medicamentos concomitantes ou mais, constitui-se uma prática frequente entre os idosos, cuja prevalência em estudos brasileiros varia de 5 a 27%. Entre os fatores associados a essa prática, destacam-se: sexo feminino, idade maior ou igual a 80 anos, autoavaliação de saúde regular, doenças crônicas e números de consultas médicas no ano. O crescimento da indústria farmacêutica e o marketing de medicamentos também podem contribuir para o aumento das prescrições pelos profissionais de saúde, propiciando o uso de múltiplos medicamentos pelos idosos. 
Os idosos são mais vulneráveis a desfechos indesejáveis relacionados ao uso de medicamentos, devido principalmente as alterações fisiológicas ocasionadas pela senescência, bem como, as potenciais interações medicamentosas, fatores que podem afetar a segurança e aumentar a mortalidade do paciente estão diretamente associadas às condições clínicas do indivíduo (SECOLI, 2010). 
O conhecimento das mudanças fisiológicas no idoso e as possíveis consequências nos processos farmacocinéticos (absorção, distribuição, metabolização e excreção) e/ou farmacodinâmicos (mecanismos de ação), são indispensáveis no momento da prescrição (PYLE & TOLBERT, 1994). 
A proporção de idosos vem aumentando na população do Brasil, e este envelhecimento tem como explicação a continuação do processo de declínio da fecundidade e simultaneamente, o crescimento da expectativa de vida, tanto dos homens como das mulheres. 
A probabilidade de prescrição medicamentosa para o idoso é maior, quando comparada com outras faixas etárias, em virtude do tratamento de doenças crônicas e/ou agudas intercorrentes (VARMA, 1994; SCHUMANN, 1999). Comumente o idoso tem como prática a automedicação, para alívio dos sintomas relacionados à doença ou a outro problema qualquer de saúde, vinculados ou não com a idade (ROE, 1994; SCHUMANN, 1999). 
Envelhecer é um processo fisiológico e natural da vida, que com o avanço da medicina, tecnologia entre outros, está possibilitando que cada vez mais pessoas possam ter uma expectativa de vida mais alta, salvo claro, as exceções, populações que ainda são desprovidas de qualquer assistência básica (BUENO et al., 2009). 
4.3 Diabetes
No Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2013, encontraram uma prevalência de diabetes mellitus em adultos de 6%. Em 2015, estimou- se que cerca de 14,3 milhões de brasileiros teriam diabetes, sendo que 40% não são diagnosticados. Além disso, aproximadamente 130.700 mortes estão relacionadas à doença (NEVES et al., 2018).
O diabetes mellitus (DM) tipo I acomete principalmente crianças e adolescentes de 10 a 14 anos podendo ocorrer também em adultos, e é em geral abrupta. A característica marcante é a tendência à hiperglicemia grave e cetoacidose. A destruição das células beta é geralmente causada por um processo autoimune, em geral rapidamente progressiva, que pode ser detectado do ácido glutâmico, anti ilhotas e anti insulina. O DM tipo II costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos, e está relacionado há uma deficiência relativa de insulina, isto é, há um estado de resistência à ação da insulina, associando a um defeito na sua secreção, o qual é menos intenso do que o observado no DM tipo I. O DM tipo II após o diagnóstico pode evoluir muitos anos antes de requerer insulina para controle, seu uso nesses casos não evita a cetoacidose, mas controla o quadro glicêmico. A cetoacidose nesses casos é rara e quando se apresenta é em decorrência de quadros de infecção ou estresse. A hiperglicemia desenvolve-se lentamente permanecendo assintomática por vários anos (Brasil, 2014). 
O DM tipo II é uma síndrome metabólica onde há diminuição de insulina ou resistência da mesma nos órgãos periféricos, acarretando a hiperglicemia e glicotoxicidade. A resistência é observada no tecido muscular onde a concentração de insulina permitirá a captação de glicose pelo mócito. Essa resistência da insulina é influenciada por obesidade, sedentarismo, como também por fatores genéticos, podendo ocorrer associação com outras condições como aterosclerose, dislipidemia, hipertensão arterial. Pessoas com essa condição são chamados de portadores de síndrome plurimetábolica (MARCONDES, 2003). 
A sintomatologia clássica do Diabetes são polidipsia, polifagia poliúria e perda de peso involuntária. Outros sintomas também levantam a suspeita clínica como letargia, astenia, cansaço, prurido cutâneo e vulvar, balanopostite e infecções de repetição. O diagnóstico, algumas vezes pode ser feito através de complicações crônicas como neuropatia, retinopatia ou doença cardiovascular aterosclerótica. O DM na maioria das vezes é assintomático, podendo ser diagnosticado a partir de fatores de risco (BRASIL, 2013).
Os exames laboratoriais mais utilizados para suspeita de DM ou regulação glicêmica alterada são:Glicemia de jejum, teste de tolerância à glicose (TTG) e, em alguns casos, hemoglobina glicada. Quando o paciente em uma consulta requerer diagnóstico imediato, pode ser disponibilizado teste de glicemia feito com glicosimetro e fitas reagentes. Não havendo urgência, deve ser solicitado uma glicemia de jejum no plasma por laboratório, se o resultado for alterado recorrer ao TTG 75g. (BRASIL, 2013). As informações sobre o tratamento do diabetes serão relatadas nos parágrafos seguintes pelos autores Fráguas, Soarese Brostein, (2009).	
Uma dieta balanceada contendo carboidratos de baixo índice glicêmico, distribuídos em cinco refeições durante o dia, e a pratica de exercícios físicos na rotina para o controle de peso é primordial para o controle do diabetes. 	O tratamento medicamentoso consiste em antidiabéticos orais, dividem-se sensibilizadores da ação da insulina (metforminas) e secretagogos da insulina (glinidas). A monoterapia ou a combinação de duas ou mais dessas drogas dependerão do estagio e do componente fisiopatológico da doença.
A insulinoterapia consiste no tratamento do diabetes tipo I. É usado no tipo II em situações onde os agentes orais não respondem devido toxicidade à glicose, e de forma definitiva quando ocorre falência das células beta.Transplante pancreático é utilizado em casos especiais de pacientes com DM tipo I, onde há difícil controle, principalmente em consequência de uremia, há indicação de transplante renal. No DM tipo II tem sido empregada cirurgia de by pass intestinal visando aumento de secreção endógena de incretinas.
4.4 Complicações associados à diabetes mellitus
A retinopatia diabética (RD) acomete pessoas entre 20 e 74 anos, principal causa de cegueira em diabéticos. É comum afetar mais o portador de DM do tipo 1 e está relacionada a DURAÇÃO DO diabetes. Apresenta em aproximadamente 25% dos indivíduos com DM1 após cinco anos de diagnostico, tendo um aumento de até 100% após 20 anos da doença, porém, essas alterações da retina são raras antes do inicio da adolescência, independente do tempo de duração do DM. A RD não proliferativa caracteriza-se pela existência de microaneurismas, exsudatos duros ou algodonosos e podendo aparecer pequenas hemorragias na retina, já a retinopatia proliferativa há o surgimento de novos vasos, induzidos pela isquemia retiniana (TSCHIEDEL, 2014).
A nefropatia diabética (ND) é determinada pelo aumento de albumina excretada na diurese, na ausência de outras patologias renais, e é detectada pela mensuração da albumina urinária através de exames laboratoriais, o surgimento também compromete o sistema cardiovascular. Nos portadores de DM está relacionada a um grau de evolução muito grande para o óbito, 100 vezes maior para em relação a população não diabética e 50 vezes comparado a pacientes diabéticos sem nefropatia diagnosticados. Os fatores de risco para os pacientes podem ser genéticos ou não que implicam no desenvolvimento de ND, fatores como hipertensão arterial, dislipidemia, controle glicêmico, obesidade podem influenciar na progressão da ND. 
4.5 Interações Farmacocinéticas
As interações farmacocinéticas ocorrem quando a associação medicamentosa resulta em uma modificação no poder de ação de algum componente dos fármacos envolvidos. Essa interação ocorre a través da absorção, completa ou parcial, do corpo de uma droga sob outro. Essa ação pode ocorrer durante todas as fases de ação do medicamento no organismo, e não costuma ser previsível, por isso merecem a atenção de um profissional farmacêutico (KATZUNG, 1994; RANG, 2003).
Essa absorção que ocorre entre os fármacos pode ser favorecida pelas condições em que se encontra o organismo do paciente em questão, por esse fato, as interações farmacocinéticas são diferentes quando os pacientes em questão são idosos (GRAHAME; ARONSON, 2002), bem como mostra a tabela abaixo: 
Para que essa interação não ocorra, ou não seja maléfica para o organismo hospedeiro, é preciso que o profissional farmacêutico faça os cálculos necessários levando em consideração os aspetos que favorecem a ocorrência por parte do organismo idoso. É preciso que ambos os fármacos associados estejam em equilíbrio dinâmico durante todas as fases de ação, desde a absorção até o descarte (KATZUNG, 1994; RANG, 2003). 
4.6 Interações Farmacodinâmicas
As interações farmacodinâmicas fazem referência direta aos efeitos colaterais causados pelos fármacos, principalmente aqueles utilizados através de associação. A farmacodinâmica parte do princípio de que o organismo hospedeiro influência de forma significativa no tipo de resposta que cada fármaco irá apresentar quando colocado em ação, sendo isoladamente ou em associação (HOEFLER, 2005). 
Para que os estudos relacionados a farmacodinâmica sejam bem executados, é preciso que o profissional esteja atento a toda composição química do fármaco, seu local de ação, o nível de concentração utilizado, todo leque de possíveis efeitos e a todas as respostas do organismo a ação da droga, momentânea e em logo prazo (MELGAÇO, 2011). 
Os fármacos utilizados em associação apresentam interações farmacodinâmicas que podem ser benéficas, quando são intencionais, ou maléficas, quando são inesperadas. As interações entre os fármacos associados que são esperadas são aquelas em que há ajuda mutua contra a patologia que está adoecendo o paciente. Por outro lado, as interações farmacodinâmicas indesejadas ocorrem quando há uma interferência química entre os componentes envolvidos, diminuição ou aumento no efeito de alguns medicamentos que podem acarretar em hipersensibilidade, desenvolvimento de doenças, dentre outros (SECOLI, 2001). 
Bem como todas as outras interações apresentadas, as interações farmacodinâmicas podem ser influenciadas pela idade do paciente, sua pré-disposição genética, existência de doenças crônicas ou distúrbios e associação incorreta de outros medicamentos (CARVALHO, 2013). 	
5 METODOLOGIA
6 RESULTADOS 
�
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APÊNDICES/ ANEXOS
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