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Nanotecnologia e Biossegurança

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL
Maysa Araújo França
NANOTECNOLOGIA E BIOSSEGURANÇA
BRASÍLIA
2019
Maysa Araújo França
NANOTECLOGIA E BIOSSEGURANÇA
O trabalho apresenta a disciplina nanotecnologia e a biossegurança
Professor (a): Dra. Ana Carolina Rocha
Brasília
2019
RESUMO
O presente no estudo analisa as probabilidades de regulamentação legal nanotecnologia frente constante tensão entre benefícios do avanço tecnológico e os riscos desconhecidos dessa nova tecnologia. A discussão sobre a criação de normas voltadas para a nanotecnologia se implanta no contexto da formulação de políticas de desenvolvimento científico-tecnológico, de gestão de riscos ambientais e de riscos à saúde humana. Como até o presente não permanecem normas jurídicas específicas que identifiquem a nanotecnologia e estabeleçam limites à sua utilização, busca-se aproximar a análise do princípio de cuidado admirável fundamento para a tomada de decisões diante das dúvidas e, também, pensar sobre as suas aplicações pela regra jurídica no contexto da teoria da sociedade de risco.
Apesar das oportunidades e do fascínio acesos em torno dessa tecnologia emergente, cientistas dos mais diversos campos conhecimento abordam a grande problemática envolvendo a nanotecnologia no mundo hodierno, referindo a potencialmente e também os riscos que elas podem trazer nas áreas.
INTRODUÇÃO
A devotada tensão entre benefícios e riscos, avanço tecnológico e a atenção tem sido a tônica dos recentes debates sobre a regulamentação na Nanotecnologia. Há riscos avulsos à nanotecnologia num cenário claro e ainda difícil definição, mas que, contudo, não podem ser superestimados, como, por exemplo, aqueles relacionados aos direitos do atributo intelectual, risco políticos em relação ao impacto no desenvolvimento econômico de países e regiões, riscos em relação à privacidade, quando sensores em miniatura se tornarem imperceptíveis, riscos ao meio ambiente, com lançamento dos trabalhadores e dos consumidores em contato com nano materiais.
Nesse sentido, diversos são os desafios para a formulação de políticas de desenvolvimento científico-tecnológico e de gestão de riscos no âmbito da nanociência e nanotecnologia. Nessa discussão complexa são básicas o estabelecimento de conexões entre temas como: sustentabilidade e a definição legal e ética do limite para as pesquisas e a inclusão no meio ambiente de nano-produtos e nano-partículas e intervenção em organismos vivos (biossegurança/nano segurança), vinculação tecnológica nacional e a questão do direcionamento do fomento da ciência, o balanço entre financiamento público e privado das pesquisas e a dissimilação imaterial das inovações em nanotecnologia, além da democratização do acesso a informação e o fortalecimento participação da sociedade.
NANOTECNOLOGIA:
O conceito de nanotecnologia deriva do prefixo grego "nános", que significa anão e de téchne equivale a ofício e logos, a conhecimento. O ponto de partida o termo nanotecnologia refere-se ao tamanho da intervenção humana sobre a matéria. Segundo Durán, Matoso e Morais (2006, p.19):
[...] nano é um termo técnico usado em qualquer unidade de medida, significando um bilionésimo dessa unidade, por exemplo, um nanômetro equivale a um bilionésimo de um metro (1nm = 1/1.000.000.000m) ou aproximadamente a distância ocupada por cerca de 5 a 10 átomos, empilhados de maneira a formar uma linha [...].
Ou seja, "nano" é uma medida, não um objeto. Nanotecnologia pode ser conceituada como um conjunto de técnicas usadas para manipular átomo por átomo para a criação de novas estruturas em escala manométrica. Essa manipulação decorre, de maneira especial, da evolução dos microscópios atômicos que podem escanear e perceber a estrutura de átomos e moléculas.
As manipulações na escala manométrica (menor que 100 nanômetros) que lidam com mudanças admiráveis das propriedades da matéria, devido aos "efeitos quânticos". Observados em nanoescala os materiais podem expor características diferentes das substâncias em escala micro ou macro, tais como: novas propriedades mecânicas, materiais que se tornam mais resistentes, mais fortes, mais leves, mais elásticos; novas propriedades óticas que possibilitam o controle da cor da luz pela escolha seletiva do tamanho do nano objeto (lasers, diodos com frequências diferentes e apropriadas a diversos usos); novas propriedades magnéticas que aperfeiçoam os usos na eletrônica, em computadores e nas telecomunicações.
A nanociência e a nanotecnologia, basicamente interdisciplinares, potencializam a "nova convergência tecnológica" decorrente da combinação sinérgica de desiguais áreas do conhecimento, com um imenso potencial de inovação.
O poder real da ciência da nano escala é a convergência de diversas tecnologias – incluindo biotecnologia, ciências cognitivas, informática, robótica etc., com a nanotecnologia como o possibilitado chave. A lógica da convergência tecnológica está no fato de que os blocos básicos de construção de toda a matéria, fundamental para todas as ciências, tem sua origem em nano escala. (ETC, 2002 p. 23)
Entre as principais apostas da nanotecnologia encontrar-se a sua vinculação às ciências de manipulação da vida (biologia molecular e bioengenharia). Tecnologias convergentes que aprovam o estudo e a criação de novas estruturas e organismos a partir da interação entre sistemas vivos e sistemas artificiais a ponto de falar-se em biologia sintética.
A LEI DE BIOSSEGURANÇA BRASILEIRAEM RELAÇÃO À NANOTECNOLOGIA 
A Biossegurança surgiu no século XX, após um longo caminho que se percorreu até se adotar medidas que normatizassem as questões envolvendo os riscos constante ocorridos com a pratica de diferente tecnologia, sejam elas em laboratório ou com o uso de técnicas avançadas de cultivo de agricultoras, correlacionadas ao meio ambiente. Em face disso, procurou-se adotar leis e metodologias ou diretivas especificas com o objetivo de se buscar medidas preventivas que tornar o mínimo e controlassem os riscos que estavam acontecendo. Algumas formas de tecnologia oferecer com desafios especiais, pois elas nos levam a pensar sobre significado de ser humano, o que significa gerenciar os riscos, e qual é o papel do Direito na negociação do futuro tecnológico.
O conceito de biossegurança começou a se formar no início da década de 1970 por ocasião da Conferencia de Asilomar (Goldim, 1997). Foi então, que a comunidade cientifica discutiu os impactos de engenharia genética sobre a sociedade. Nessa década o foco de atenção voltava-se para saúde do trabalho frente aos riscos biólogos no ambiente ocupacional. Mas, o conceito de biossegurança ao longo dos anos e décadas foi sofrendo alterações (Goldim,2003).
Segundo a Comissão de Biossegurança da Fundação Oswaldo Cruz (Teixeira et al.2010) pode-se definir biossegurança como “ [...] o conjunto de ações voltadas para s prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes ás atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde humana, de animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados”. Esse foco de atenção voltar ao ambiente ocupacional e amplia-se para a proteção ambiental e a qualidade. Não é centrado em apenas técnica de DNA recombinante.
Em termos práticos, entende-se por biossegurança um conjunto de políticas e de ações públicas e privadas compatíveis com disciplina jurídica dos riscos conhecidos, dos riscos potenciais e da ignorância relacionados ao emprego e/ou desenvolvimento de modernas tecnologias, tendo por proposito evitar a configuração de danos graves e/ou irreversíveis não apenas ao ambiente natural, mas igualmente à saúde humana e à hereditariedade (Pereira e Silva,2007,2008). Para melhor compreensão do conceito, convém esclarecer que, se toda tecnologia, em seu amplo significado, ocupa-se da ação humana sobre humana sobre coisas e pessoas, as modernastecnologias ocupam-se das ações humanas cujas consequências não se restringem aos contemporâneos, não se limitam do ponto de vista especial, nem excluem o imprevisto (Pereira e Silva,2008a, p.900-1; Van Griethuysen, 2004, p. 27; Caubet,2005, p.40-1).
Com a criação da Lei n°. 8.974, de 05 de janeiro de 1995, posteriormente revogada pela Lei n°. 11.105, de 24 de março de 2005, o Brasil instituiu a Lei de Biossegurança objetivamente regulamentar os incisos II, IV e V do §1° do art.225 CF/1988 e estabelecer normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvessem organismos geneticamente modificados (OGMs) e seus derivados, além d criar o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), o qual reestruturou a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
A regulamentação da Lei de Biossegurança no Brasil teve como finalidade de estabelecer o mecanismo e regras que visam à proteção de seres humanos bem como do meio ambiente quando da utilização de técnicas envolvendo a biotecnologia moderna, seja em experimentos realizados em laboratórios ou em teste de campo que impliquem qualquer tipo de risco ou que possa provocar qualquer tipo de impacto ambiental.
Verifica-se que o conceito de biossegurança é bastante recente e inclui a questão dos agroquímicos e da nanotecnologia que poderiam ser tratados em uma só lei.
A vigente Lei Biossegurança, regulamente pelo Decreto n°. 5.591, de 22 de novembro de 2005, disciplinou apenas incisos do artigo 225 da CF/1988.A lei mistura em seus artigos e incisos a regulamentação dos transgênico destinados à agricultura com a regulamentação da utilização de células tronco e colagem ligadas à medicina. O apontamento da lei anuncia matérias tão díspares como embrião, transgênico e biossegurança, os quais necessitariam ter sido tratados cada um em lei específica. Além disso, trata de matérias conexas como a criação do Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) e da reestruturação do CTNBio, a qual necessitaria estar contida em lei especifica, a exemplo da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, da lei de Política Nacional de Educação Ambiental. Afinal, constitui-se em tema que deve possuir um lastro social de discussão e participação.
RISCOS DA NANOTECNOLOGIA:
A Organização não Governamental canadense Erosion, Technology and Concentration, conhecida como Grupo ETC, em diversas publicações na Internet e publicações impressas analisa os diversos impactos da nanotecnologia sobre a sociedade, a economia e o meio ambiente. A partir de uma perspectiva ampla, segundo os pesquisadores do ETC (2009), podemos agrupar quatro grandes problemas para a coletividade decorrentes do uso da nanotecnologia:
1) O controle tecnológico na nano escala como elemento fundamental para o controle corporativo. Conforme ETC as tecnologias em nano escala fazem parte da estratégia operativa para o controle corporativo da indústria, dos alimentos, da agricultura e da saúde no século XXI. A nanotecnologia protegida pelos Direito de Propriedade Intelectual pode significar o avanço na privatização da ciência e uma terrível concentração de poder corporativo, pelas grandes empresas transnacionais.
2) Controle social a partir convergência entre informática, biotecnologia, nanotecnologia e ciências cognitivas: "A convergência ocorre quando a nanotecnologia se funde com a biotecnologia (permitindo o controle da vida através da manipulação de genes) e com Tecnologia da Informação (permitindo o controle do conhecimento através da manipulação de Bits) e com Neurociência cognitiva (permitindo o controle da mente através da manipulação dos neurônios)." O grupo ETC utiliza o termo BANG, para apresentar a convergência tecnológica entre bits, átomos, neurônios e genes. Conforme os estudos dessa organização não governamental o BANG "trata-se de uma cruzada tecnológica para controlar toda a matéria, vida e conhecimento."
De acordo com a teoria do Little BANG, os neurônios podem ser reengenheirados de tal forma que nossas mentes "falem" diretamente a computadores ou membros artificiais; vírus podem ser engenheirados para atuarem como máquinas ou, potencialmente, como armas; redes de computadores podem ser fundidas com redes biológicas para desenvolver inteligência artificial ou sistemas de vigilância. De acordo com o governo norte-americano, a convergência tecnológica irá "melhorar o desempenho humano" nos locais de trabalho, nos campos de futebol, nas salas de aula e nos campos de batalha. (ETC, 2005, p. 24):
3) Riscos Ambientais e Riscos para a Saúde Humana: a nanobiotecnologia pode criar fusão entre a matéria viva e a não viva, resultando em organismos híbridos e produtos que não são fáceis de controlar e se comportam de maneiras não previsíveis. Alta reatividade e mobilidade e outras propriedades advindas de seu pequeno tamanho também têm grande probabilidade de acarretar novas toxicidades. Diversas são as indagações quanto aos riscos do contato com nanopartículas para a segurança dos trabalhadores e dos consumidores. O grande problema reside no fato de que ao se utilizar de nano implementos, não se tem certeza dos fatores nocivos provenientes dos produtos e subprodutos nanotecnológicos. Alguns estudos publicados demonstraram que cobaias submetidas a partículas "nano" apresentaram modificações morfofisiológicas drásticas, alguns resultando em morte. [01] Devido ao tamanho reduzido fica difícil determinar o grau de dispersão nano estruturas no meio ambiente.
4) A incerteza científica acerca das nanopartículas e o vácuo na regulamentação: Dados toxicológicos sobre nano partículas manufaturadas são escassos, mesmo existindo produtos comerciais no mercado (insumos agrícolas, cosméticos, filtros solares). Os critérios utilizados para saber a toxicidade das substâncias na escala macro não trazem certezas quando confrontados com a nanotecnologia. Não existem metodologias confiáveis para estabelecer diferença entre as propriedades encontradas na "Macroescala" e na "Nanoescala". É importante evidenciar que no Brasil inexistem leis e dispositivos capazes de prevenir ou até mesmo abordar as peculiaridades dessa nova revolução tecnológica. As normas jurídicas que podem ser utilizadas para, por exemplo, autorizar a comercialização de um determinado produto nanotecnológico para a agricultura não diferem das normas e critérios técnicos para os demais produtos, pois não existe uma diferenciação pelo Direito entre o tratamento legal da nanotecnologia e de outras tecnologias.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
https://periodicosonline.uems.br/index.php/RJDSJ/article/download/1854/1505 Acesso-06/05/2019
https://pgbb.prpg.ufg.br/up/493/o/Defesa_Loreci_2016-watermark-ilovepdf-compreseed.pdf Acesso-08/05/2019
https://jus.com.br/artigos/14019/nanotecnologia-e-o-principio-da-precaucao-na-sociedade-de-risco-Acesso-09/05/2019

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