Materiais não convencionais na construção civil-convertido

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Universidade Paulista - UniP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Materiais não convencionais utilizados 
na construção civil 
(Bambu, Fibra vegetal e Terra crua) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alcivone Castro Alves – N155FJ1, Arquitetura e Urbanismo AU5P30 
Brasília 2019 
 
 
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INDICE: 
1.0 SOBRE BAMBU.....................................................................................................PÁG 03 
2.0 TIPOS DE TRATAMENTOS QUE PODEM SER REALIZADOS NO BAMBU 
ANTES DE SUA UTILIZAÇÃONA CONSTRUÇÃO CIVIL................................PÁG 03 
 2.1 TRATAMENTO POR IMERSÃO..................................................................PÁG 03 
 2.2 FUMAÇA......................................................................................................PÁG 04 
 2.3 TRATAMENTOS QUÍMICOS.......................................................................PÁG 04 
 2.4 BOUCHERIE................................................................................................PÁG 04 
3.0 EXEMPLOS DO USO DO BAMBU NA CONSTRUÇÃO........................................PÁG 05 
4.0 FIBRA VEGETAL....................................................................................................PÁG 06 
5.0 EXEMPLO DO USO DA FIBRA VEGETAL NA CONSTRUÇÃO...........................PÁG 07 
6.0 TERRA CRUA..........................................................................................................PÁG 07 
7.0 TÉCNICAS CONSTRUTICAS COM TERRA CRUA.......................................PÁG 08 E 09 
8.0 REFERENCIAS.......................................................................................................PÁG 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FONTE: Materioteca (2018) 
 
1.0 SOBRE O BAMBU: 
 Atualmente o bambu vem ganhando espaço em projetos por todo o mundo, 
embora o Brasil seja dono de imensas reservas naturais o seu uso por aqui está 
apenas começando. 
 O bambu diferente do que muita gente pensa, possui características que 
chegam a ser comparadas com as do aço, como a sua resistência as forças de 
compressão e tração podendo ser usado simultaneamente para esses esforços 
desde que devidamente calculados. 
 Vários sistemas construtivos podem ser construídos com esse material, sua 
forma mais comum de utilização é a forma tradicional roliça, porém ele ainda pode 
ser ripado aumentado sua flexibilidade, e transformado em tábuas. 
 Entre suas vantagens podemos citar: a sua sustentabilidade, economia e 
durabilidade, se for tratado corretamente ele chega a durar até 25 anos, além disso 
o seu uso tem uma economia de até 30% no valor total da obra se comparado aos 
materiais tradicionalmente utilizados. (Segundo dados do professor Khosrow 
Ghavani do departamento de engenharia civil da PUC-RJ). 
Em alguns países asiáticos o seu uso já chega a quase 6 mil anos. 
2.0 TIPOS DE TRATAMENTOS QUE PODEM SER REALIZADOS NO BAMBU 
ANTES DE SUA UTILIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: 
2.1 TRATAMENTO POR IMERSÃO: 
 Logo após sua corta o primeiro procedimento a 
ser realizado é a sua imersão em água corrente, que 
tem como objetivo reduzir o amido do colmo através da 
ausência de ar (fermentação biológica anaeróbica), 
com esse procedimento evita-se o ataque de 
“carunchos”. 
BAMBU – O aço verde 
 
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FONTE: YouTube (2011) 
FONTE: Mon.arq (2018) 
FONTE: Slidex (2016) 
2.2 FUMAÇA: 
 Com esse tratamento exposto a fumaça e calor, 
os colmos tornam-se menos atraentes aos carunchos, 
e degrada o amido, além disso o bambu fica 
enegrecido, porém pode ocorrer rachaduras durante 
esse procedimento. 
 
2.3 TRATAMENTO QUÍMICO- ácido bórico e borato de sódio: 
 Este tipo de tratamento, já tira a questão de 
sustentabilidade do bambu visto que os produtos utilizados 
são altamente agressivos para o meio ambiente, porém 
eles são muito mais eficientes e adequados para 
construções em grande escala. Este tipo de tratamento 
deve penetrar profundamente no colmo do bambu, além 
disso os tratamentos químicos podem ser divididos em oleosos, oleossolúveis e 
hidrossolúveis. 
2.4 BOUCHERIE: 
 Neste método um conservante é forçado sob 
pressão sob todo o colmo do bambu substituindo a 
seiva, para a eficiência deste procedimento deve ser 
levado em consideração a espécie do bambu, sua 
idade e comprimento. Vale ainda ressaltar que o 
produto utilizado é altamente químico, pode contaminar 
o solo ou água se despejado indevidamente além de que se usado em alta 
quantidade pode intoxicar o operador levando até a morte. 
 
 
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FONTE: Maia (2009) 
FONTE: Marques (2011) 
FONTE: EcoEficientes (2019) 
FONTE: ArchDaily (2017) 
3.0 EXEMPLOS DO USO DO BAMBU NA CONSTRUÇÃO: 
 Ao lado vemos exemplo do uso de bambus 
sendo como andaimes utilizados na construção de 
um prédio no Hong Kong. 
 
 
 
 
 
 Exemplo do uso do bambu sendo utilizado na 
substituição do aço em estruturas para construção 
de casas no interior. 
 
 
 
 
 
 Exemplo de bambu sendo utilizado de forma 
estrutural na construção de uma residência. 
 
 
 
Estrutura de ponte com o uso de Bambus. 
 
 
 
 
 
 
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4.0 FIBRA VEGETAL 
 Como próprio nome já diz a fibra vegetal é uma a fibra extraida de plantas 
fibrosas, são encontradas em seus caules, folhas e ate frutos em porcentagens 
diferentes. O estudo desse tipo de materia na construção civil começou na Inglaterra 
em 1970, já no Brasil se iniciou por volta de 1980 pelo Centro de Pesquisa e 
Desenvolvimento da Bahia (Ceped), o estudo dessas fibras tem por finalidade 
reforçar matrizes frágeis e substituir a atual fibra de amianto (material 
compravadamente cangerígeno usado em caixas d’agua, telhas etc.) . O Ceped 
categoriou 19 fibrass que tem um potencial para serem usados na área da 
construção, elas são categorizadas a partir de suas características fisicas e 
propriedades mecanicas como: resistência a tração, elasticidade e alongamento na 
ruptura. 
 O material resultante da mistura com esse tipo de fibra vegetal é 
porpularmente chamado de fibrocimento (fibras vegetais, cimento e aditivos) entre 
suas vantagens podemos citar sua menor densidade, e maior resistência ao 
compararmos com outros materiais cerâmicos, além de ser um produto que pode ser 
pré moldado, e possibilita geometrias diversas. 
 Em países desenvolvidos o amianto já foi banido, assim tem-se investido 
cada vez mais em fibras que substituam as antigas fibras cangerigenas. 
 Por se tratar de um material que sofre rapida deteorização por ser algo 
orgânco biodegradável, as fibras vegetais antes de serem utlizadas passam por um 
processo superficial com agentes hidrofobizantes (que repelem a água). Resultados 
mostram que os materiais criados com essa fibra modificada melhoram 
significativamente sua durabilidade. 
 Mesmo tendo descobertas diversas fiibras que possuem caracteristicas para 
serem utilizadas na construção, atualmente o Ceped concentra suas pesquisas nas 
fibras de sisal e coco 
 
 
 
 
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Fibra do coco 
FONTE: TocaDoVerde (2019) 
Fibra do Sisal 
FONTE: Cotesi (2019) 
Telhas confeccionadas com 
fibrocimento fortalecido com 
fibras vegetais 
FONTE: Envolverde (2012) 
Placa pré-moldada com 
matriz cimentícea reforçada 
com fibras naturais. 
 
FONTE: Confea (2016) 
 
 
5.0 EXEMPLOS DO USO DA FIBRA VEGETAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL: 
 
 
 
 
6.0 TERRA CRUA 
 A terra crua nada mais é do que o uso da própria terra sem nenhum benefício 
na contrução civil, ela é o material mais antigo do mundo utilizado nas contruções. 
Astécnicas utilizadas com o barro são as mais diversas encontradas em diversas 
civilizações antigas. 
 Ao contrário do que se pensa, a terra sem nenhum aditivo não é frágil, 
quando bem projetadas elas podem ter uma enorme durabilidade, entre suas 
 
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FONTE: Ecodhome (2011) 
FONTE: Contigo (2017) 
FONTE: Ecodhome (2011) 
vantagem podemos citar sua excelencia como isolante térmico e acustico, otimo 
para criar equilíbrio de umidade no ambiente, não tem resíduos de produts químicos, 
e absorção de odores e gorduras. Este tipo de técnica não requer uma mão de obra 
especializada desde que se siga corretamente as técnicas. Além disso outras 
características devem ser levadas em consideração para a sua melhor resistência 
sísmica: Observas a presença de níveis freáticos, escolha de um bom materal (terra/ 
argila), a construção possivelmente será mais robusta. 
7.0 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS COM TERRA CRUA: 
8.1 ADOBE: Massa feita “in loco” com 60 a 70% de 
areia, 30 a 40% de argila, e agua o suficiente para 
que se obtenha uma plasticidade moldavel. Pode-
se adicionar ainda fibras vegetais, ou esterco 
aumentando sua resistência. Com essa técnica é 
possivel criar blocos (tijolos) em formas e deixa-los 
secando a sombra, virando-os periodicamente para 
uma cura por igual. Estes podem ser utilizados nas 
mais diversas construções. 
8.2 COB: é praticamente a mesma técnica do 
adobe, porém são feitas com bolotas assentadas 
uma do lado da outras, fazendo toda a base do 
projeto e esperando a secagem da mesma antes de 
se prosseguir subindo a construção. 
 
8.3 TAIPA: Neste processo a massa de terra é 
colocada em uma forma onde será construido a 
parede e socada até se formar um bloco compacto, 
as camadas devem ser pequenas, porém bem 
socadas. 
 
 
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FONTE: CoisasDaRoça (2017) 
8.4 PAU-A-PIQUE: Nesta técnica uma estrutura em 
madeira ou bambu é construída e coberta com a 
massa de terra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8.0 REFERENCIAS 
VERDE, Pensamento. O uso do bambu na construção civil. 2014. Disponível em: 
<https://www.pensamentoverde.com.br/arquitetura-verde/bambu-construcao-civil/>. Acesso 
em: 20 fev. 2019. 
ZORN, Annalise. Ponte de bambu na Indonésia demonstra alternativas sustentáveis 
para infraestruturas. 2019. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/874064/ponte-
de-bambu-na-indonesia-demonstra-alternativas-sustentaveis-para-infraestruturas>. Acesso 
em: 20 fev. 2019 
ECOD, Redação. Tire suas dúvidas sobre o uso do bambu na construção. 2011. 
Disponível em: <http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2011/abril/tire-suas-duvidas-
sobre-o-uso-do-bambu-na>. Acesso em: 20 fev. 2019. 
SOUZA, Andressa Martinelli . OS DIVERSOS USOS DO BAMBU NA CONSTRUÇÃO 
CIVIL. 2014. 103 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Departamento 
Acadêmico de Construção Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Paraná, 
2014. Disponível em: 
<http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5872/1/CM_COECI_2014_1_08.pdf>. 
Acesso em: 20 fev. 2019 
SAVASTAN, Holmer. A experiência brasileira com as fibras vegetais: Artigo. Edição 32 - 
Janeiro/1998. 1998. Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-
civil/32/artigo285563-1.aspx>. Acesso em: 20 fev. 2019. 
SOARES, Verônica. FIBRAS VEGETAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL. 2015. Disponível em: 
<http://minasfazciencia.com.br/2015/09/30/fibras-vegetais-na-construcao-civil/>. Acesso em: 
20 fev. 2019. 
VOCE, Recriar. Vantagens da construção com Terra Crua. 2017. Disponível em: 
<http://www.recriarcomvoce.com.br/blog_recriar/vantagens-da-construcao-com-terra-crua/>. 
Acesso em: 20 fev. 2019. 
 ECOD, Redação. EcoD Básico: Construção em terra crua. 2012. Disponível em: 
<http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2012/dezembro/ecod-basico-construcao-em-
terra-crua>. Acesso em: 20 fev. 2019