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4 1 INTRODUÇÃO O presente artigo está alinhado aos estudos sobre a Atuação Do Conselho Tutelar de Lucas do Rio Verde – MT em Face do Comprimento de suas atribuições no Tendo como alvo dos estudos a atuação dos Conselhos Tutelares no âmbito municipal, na busca para efetivar as garantias previstas na Constituição Federal, no (ECA) Estatuto da Criança e Adolescente e os Direitos Fundamentais das Crianças e Adolescentes. Terá como objetivo deste artigo, as atribuições do (CT) Conselho Tutelar e a atuação de seus membros quanto às atividades administrativas e aplicação das medidas protetivas, quando descumprimento das garantias e direitos das crianças e adolescentes. Analisa-se também eficiência e a eficácia da instituição Conselho Tutelar como ferramenta para possibilitara aplicação com efetividade dos direitos e garantias reservada as crianças e adolescentes. Será realizado uma sucinta exposição sobre o avanço da história dos direitos e garantias importantes reservados às crianças e adolescentes, começando da pré-história, passando sucintamente pela Idade Média, e o começo do Século XX, onde nesse período as crianças e os adolescentes eram mais uma das dores de cabeça para o Estado, sem muitos direitos garantidos; utilizando-se os códigos penais, até meados do século XX, onde aparecem as primeiras leis destinadas exclusivamente às crianças e adolescentes. Logo após, será discutido Conselho Tutelar como órgão de autonomia, destinado a zelar pelos direitos das crianças e adolescentes, como recomenda o artigo 131 do ECA, assim como suas atribuições e competências. Observando a atuação do Órgão Conselho Tutelar, procurando mostrar as maneiras quanto à conduta no que diz respeito às formas que o Conselho Tutelar tem compreensão dos atos danosos aos direitos de crianças e adolescentes, e evidenciando a existência real do prejuízo, de que forma o Órgão tenta resolver, defendendo e efetivando o cumprimento dos direitos estabelecidos pelo ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente, utilizando a prática das Medidas Protetivas, e se necessário, sua apresentação junto ao Ministério Público que é uma instituição pública autônoma, a quem a 5 Constituição Federal atribuiu a incumbência de defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis. É o grande defensor dos interesses do conjunto da sociedade brasileira. Sendo então abordado as dificuldades que a maioria dos Conselhos Tutelares enfrentam para efetivar os direitos garantidos dentro do ECA. Há muitas atribuições, no entanto, também há muitas barreiras dentro do seu território. O Conselho Tutelar é o órgão inovador na sociedade brasileira, tem a missão de zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes, contudo boa parte da sociedade tem visão histórica diferente, resquícios do código do menor e do início da criação e implantação dos conselhos tutelares, com a visão conturbada do real interesse do CT, visto por alguns olhos como órgão repressivo, pois em seu início teve forte atuação junto à sociedade. O Conselho Tutelar é instrumento para efetivação dos direitos das crianças e adolescentes e têm como objetivo trabalhar as dificuldades existentes no cotidiano deste órgão. A cultura brasileira ainda com vestígios da época do (CM) Código do Menor trata como necessitados, somente os infratores ou crianças em risco, ainda hoje existe em nosso meio esta visão errada, mais que somente o tempo e o esclarecimento adequado para a sociedade poderão mudar esta visão que não condiz com a realidade, pois com a inovação do ECA, a política de promoção das crianças e adolescentes abrange todas em geral estejam elas em risco ou não, independentemente de sua classe social. O Conselho Tutelar é visto como órgão de frente na defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes, entretanto não é valorizado como deveria ser, a desvalorização partir não só das autoridades públicas, mais também da própria sociedade civil, que não colabora com a efetivação de seus trabalhos. Como base a dificuldade enfrentada pelos agentes do Conselho Tutelar, há a necessidade de se verificar alguns de muitos pontos importantes analisados a partir da visão onde o autor deste estudo está inserido. Muitos dos CTs não têm um item fundamental para que melhor se desenvolva seu trabalho que é o transporte. Muitos dependem de outros órgãos. E a partir dessa dificuldade, há tantas outras que pelo grau de importância do CT não deveria acontecer. A importância dessa pesquisa é fazer com que a sociedade abra os 6 olhos para a necessidade de uma mudança, mas de uma mudança o mais urgente possível, pois muitos dos Conselhos Tutelares não estão vivendo, estão sobrevivendo. 7 1.1 Tema A ATUAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR DE LUCAS DO RIO VERDE –MT, EM FACE DO CUMPRIMENTO DE SUAS ATRIBUIÇÕES NO MUNICÍPIO 1.2 Problemática Pelo exposto, se intenta analisar os referenciais citados como uma forma de melhor compreender o tema e responder de forma satisfatória a pergunta de pesquisa proposta neste projeto, qual seja: Qual medida que o Conselho Tutelar de Lucas do Rio Verde - MT, órgão que representa a sociedade, traz em caso de violação do direito das crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco no município? 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo geral Analisar em que medida o Conselho Tutelar de Lucas do Rio Verde contribui para a redução de casos onde criança e adolescente estão em situação de risco, visando identificar a existência ou não de eventual prática educativa, projetos sociais e políticas públicas voltados a crianças e adolescentes no município. 1.3.2 Objetivos específicos Estudar os Atos que previne a situação do risco que a criança e o adolescente se encontram em sua acepção jurídica e social; Realizar visitas periódicas junto ao Conselho Tutelar de Lucas do Rio Verde para compreender como é desenvolvido na pratica as ações sociais voltadas para a redução de situações onde a criança e o adolescente estão totalmente desprotegidos; Entrevistar Conselheiros Tutelares para traçar quais os avanços e desafios no cumprimento de sua função social; Analisar estudo entre a Lei 8.069/90 e a prática; Identificar quais os avanços e desafios enfrentados pelo órgão na efetivação de sua função social. 8 1.4 Justificativa A Constituição Federal de 1988 buscou garantir a todos uma existência digna, destacando aspectos sociais e dando relevo aos cidadãos, além de atribuir ao Estado relevante atuação no campo econômico. A norma também trouxe uma série de princípios e objetivos dispostos por toda a lei que, em conjunto, formam a Constituição Econômica do Brasil, fundada nas concepções de um Estado Democrático de Direito. Frente à atual conjuntura nacional e a necessidade de respeito aos ditames constitucionais de um Estado Democrático de Direito, o presente trabalho busca responder a seguinte pergunta de pesquisa: qual medida que o Conselho Tutelar de Lucas do Rio Verde - MT, órgão que representa a sociedade, traz em caso de violação do direito das crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco no município. Como também irá vislumbrar o estudo e a importância do Conselho Tutelar de Lucas do Rio Verde – MT e sua dificuldade frente ao cumprimento de sua obrigação diante da comunidade. Será feito estudo e pesquisa e terá como escopo de grande envergadura a discussãoa discussão na implantação de políticas públicas, trazendo para o bojo da temática, o presente instrumento a disposição da população criado pela Lei 8069/90, mostrando a comunidade as razões que minimizam o trabalho do conselheiro, dando um novo olhar a este trabalho que não se consegue perceber o quanto este órgão é importante e que seu papel e indispensável a comunidade. 9 2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 2.1 OS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES E SUA HISTÓRIA GERAL Desde a pré-história, pode ser considerado que “Nunca existiu direitos para as crianças e adolescentes”. Após os povos entrarem na história pode se perceber o poder praticamente soberano, do pai e/ou da mãe acerca de seus filhos, sem dar valor a vida ou a liberdade dos filhos. Na era romana a autoridade maior era a do pai mesmo com a presença da mãe, depois, só os filhos de militares tiveram esses direitos garantidos, como por exemplo: a condição de desfrutar dos patrimônios, que seus pais tivessem construídos ou adquiridos por meio de sua profissão. Devido à preocupação de defender os mais fracos surge a consideração às crianças no cristianismo. As crianças e adolescentes eram inteiramente governados pela família, que determinava a profissão e o casamento para os filhos, como afirma Bastos “existia uma unicidade [...] dada pela sociedade orquestrada pela família” (BASTOS, 2006, p.105) e a eles cabia se submeter ou resistir fugindo dos castigos e se tornando “infantes expostos”, pobres e abandonados que eram acolhidos por instituições de caridade. Na década dos anos 60, a história da criança possui relação temporal, e no início do século XIII, a descoberta da infância, porém, ela era ingressada no mundo dos adultos e não havia entre eles qualquer distinção, assim que a criança não dependesse mais de cuidados de sua mãe ou de sua ama. A preocupação com a criança era vinculada ao sistema escolar na Idade Média, como: serviços de bem-estar infantil, agência encarregadas da delinquência infantil, leis sobre o trabalho infantil, etc. Na Idade Moderna havendo uma conexão entre ambas as atitudes, uma vez que se deram internamente em uma mesma sociedade, iniciam-se a distinção do tratamento às crianças em relação aos adultos da época. Ao longo do tempo ocorreram movimentos internacionais como a Convenção para Repressão do Tráfico de mulheres e crianças em Genebra em 10 1921, o Protocolo de Emenda no Brasil aconteceu em 1955 através do Decreto 37.165, tudo isso em beneficio de crianças e adolescentes. A primeira a mencionar os direitos da criança, o que também preconizou a Declaração Universal dos Direitos Humanos da (ONU) Organização das Nações Unidas de 1959 foi a Declaração de Genebra de 1924. A Convenção Americana sobre Direitos Humanos - Pacto de San José da Costa Rica em 1969 no seu artigo 19 reafirma os Direitos, o Protocolo de San Salvador o qual reproduziu este texto no art.19 ratificou esta distinta plataforma. Foi no ano de 1989, mais precisamente em 20 de novembro, a ONU institui a Convenção sobre os Direitos da Criança, que trouxe o maior número de ratificações, servindo de base aos atuais critérios dos direitos de crianças e adolescentes. O Brasil reiterou esta Convenção pelo Decreto 99.710 em 24 de setembro de 1990. No mesmo ano em Nova Iorque, deu-se o Encontro Mundial de Cúpula pela Criança, na sede das Nações Unidas, onde 71 países firmaram um compromisso em combater o analfabetismo, erradicar doenças, melhorar a saúde de crianças e mulheres, desnutrição, e, assim, estabeleceram a Declaração Mundial sobre a Sobrevivência, o Desenvolvimento e a Proteção da criança nos anos 90. Na visão de retirada e mudança nas ruas, foi criado o movimento higienista da cidade ou também conhecido como movimento sanitarista, introduzida pela medicina social no final do século XIX e início do século XX, a exemplo da cultura grega, com a preocupação central na saúde. Suas propostas residiam na defesa da Saúde Pública, na Educação, e no ensino de novos hábitos. O higienismo brasileiro foi criado devido um objetivo central, o estabelecimento de normas e hábitos para conservar e aprimorar a saúde coletiva e individual. Vale ressaltar que os higienistas contribuíram bastante para a mudança da imagem da criança como inferior e abandonada, pois introduziram em seus hábitos, formas higiênicas, habituais, que ensinavam as mesmas a cuidarem particularmente de sua saúde. 11 2.2 Os Direitos das Crianças e Adolescentes no Brasil No início século XX, era entregue aos cuidados da Igreja Católica o desenvolvimento de políticas sociais desempenhadas pelo Estado brasileiro, às populações carentes de recursos financeiros através de instituições como a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, onde a mesma surgiu ainda no período colonial, instalando-se em Santos desde 1543, seguido pela Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Olinda e São Paulo, sendo a primeira instituição hospitalar do país, destinada a atender aos enfermos dos navios dos portos e moradores das cidades; e que atuavam também, no cuidado com os órfãos e crianças carentes. Aplicavam o sistema de “Roda das Santas Casas”, vindo da Europa no século XIX, que tinha o propósito de recolher donativos e amparar as crianças abandonadas. Na época, iniciou-se o funcionamento do estabelecimento público pioneiro, em concordância com a política nacional, para atender menores no Rio de Janeiro que na época era a Capital do País. Neste mesmo sentido, em 1927, nasceu o Primeiro Código de Menores, com a autoria de Melo Mattos, o então juiz de menores. Em 1942, nasceu o (SAM) - Serviço de Assistência ao Menor, onde na época vivenciavam um período autoritário ou do Estado Novo no País, em que a SAM era vinculada ao Ministério da Justiça moldado pelo sistema penitenciário voltado a menor idade. Durante o período do Regime Militar, mais precisamente em 1967, dois documentos significativos que instituíram a visão vigente na época, com a criação de duas leis. A primeira foi a Lei nº 4.513 de 1/12/64, responsável pela criação da FUNABEM com o objetivo de ser a grande instituição de assistência à infância, cuja ação era a internação, tanto dos abandonados e carentes como dos infratores seu principal foco, e a nível estadual, as FEBEM atribuída da tarefa executora. A segunda foi a Lei nº Lei 6697 de 10/10/79, que criou Código de Menores, de 1979; que era um instrumento de controle social da infância e da adolescência vítima da omissão e transgressão da família, da sociedade e do Estado em seus direitos básicos. Apelidada de Constituição Cidadã; a Carta Magna de 1988 representou maiores avanços para os movimentos sociais da infância no País, onde, a 12 separação dos grupos em torno do tema da infância era praticamente de dois tipos: Menoristas e Estatutistas. Os Menoristas defendiam a continuidade do Código de Menores, onde, se comprometeram a regulamentar a condição das crianças e adolescentes que estivessem em situação irregular. Já os Estatutistas, defendiam uma grande reforma no código, estabelecer novos e amplos Direitos às Crianças e aos Adolescentes, que passariam a ser sujeitos de direitos e a contar com uma Política de Proteção Integral. 2.3 Direitos Fundamentais da Criança e do Adolescente No Brasil, os direitos das crianças e adolescentes estão pontuados na Constituição Federal, Doutrina de Proteção Integral da Organização das Nações Unidas, e regulamentados na Lei nº 8.069/90, Estatuto da Criança e do Adolescente. A Declaraçãodos Direitos das Crianças, estabelecida pela ONU, prevê que a criança, em virtude de sua falta de maturidade física e mental, necessita proteção e cuidados especiais, inclusive a devida proteção legal, tanto antes quanto após seu nascimento. O artigo 1º desta Convenção classifica a criança enquanto menor de dezoito anos, com exceção se a maioridade for alcançada antes, em consonância com a legislação aplicável. O artigo 2º decreta que os Estados, comprometem-se a respeitar e aplicar a cada criança sob sua jurisdição os direitos constantes na presente convenção sem qualquer distinção, buscando meios para assegurar a proteção da criança contra discriminação, ou castigo, em função de sua condição, atividade, opinião, ou crença de seus pais, familiares ou representantes legais. Considerando-se sempre o interesse maior da criança pelas autoridades administrativas ou órgãos legislativos quando de sua atuação. No Artigo 227 da Constituição Federal de 1988, traz que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 13 Outros direitos foram garantidos tendo sempre como ponto fundamental direito à vida, e o desenvolvimento da criança e do adolescente. Segundo o artigo 8º é assegurado à gestante durante a gravidez e depois do parto, pelo (SUS) - Sistema Único de Saúde; acompanhamento médico com a realização de vários exames no pré-natal. Assim também como, o direito á alimentação da criança desde sua concepção. De acordo com a ECA são responsáveis pela saúde e vida da criança, além da família, a rede de atendimento a saúde, como hospitais, postos etc. O artigo 9º traz uma preocupação com o aleitamento materno, fazendo com que seja garantido por instituições e empregadores, inclusive as crianças, onde as mães estão em presas. O Art. 18 da Lei 8.060/90 diz: “É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.” 3 Conselho Tutelar O Conselho Tutelar é um órgão fundamental para o (SGD) - Sistema de Garantia de Direitos, é responsável por zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes, concebido pela Lei nº 8.069, de 13 de Julho de 1990, para garantir proteção de forma integral de toda a criança e adolescente do Brasil. O CT atua através de denúncia de ameaça ou violação confirmada de direitos da criança e do adolescente. Muitas das vezes, se antecipa à denúncia, age preventivamente quando fiscaliza entidades, mobiliza a comunidade onde está instalado para o exercício de direitos assegurados a todo cidadão, cobrando o melhor acompanhamento e o atendimento à criança e ao adolescente, assim como a sua família. O Conselho Tutelar é composto por cinco membros, eleitos pela comunidade para acompanharem as crianças e adolescentes e decidirem em conjunto sobre qual medida de proteção para cada caso. Devido ao seu trabalho de fiscalização a todos os entes de proteção como Estado, comunidade e família, o Conselho goza de autonomia funcional, não tendo nenhuma relação de subordinação com qualquer outro órgão do Estado. 14 No dia 27 de janeiro de 2015, o Diário Oficial da União publicou o ato normativo de número 170, que definiu as linhas gerais para o Primeiro Processo de Escolha Unificada dos Integrantes dos Conselhos Tutelares para um mandato de quatro anos. A mudança promovida pela Resolução 170/2014 do CONANDA. As eleições são realizadas sob a responsabilidade do CMDCA, e a fiscalização do Ministério Público. Importante esclarecer que a autonomia do CT funcional não é absoluta. No tocante às decisões, estas devem ser tomadas de forma colegiada por no mínimo três Conselheiros. 3.1 Atribuições e Competências do Conselho Tutelar É atribuição do Conselho Tutelar: atender, escutar reclamações, reivindicações e solicitações feitas por crianças, adolescentes, famílias, cidadãos e comunidades, orientar, aconselhar, encaminhar e acompanhar os casos. Aplica as medidas protetivas pertinentes a cada caso, medidas pontuadas no art. 101 do ECA. Para se concretizar a garantia dos direitos o Conselho Tutelar requisita serviços necessários à efetivação do atendimento adequado de cada caso. Lembrando que o Conselho Tutelar não realiza os serviços, ele requisita aos órgãos pertinentes a cada caso. Contribui para o planejamento e a formulação de políticas e planos municipais de atendimento à criança e ao adolescente. No art. 136 do ECA pode-se encontrar a definição das atribuições do Conselho Tutelar: O Conselho Tutelar é um órgão de correção às violações de direitos e atua para promover sua defesa, para isso pode requisitar serviços públicos essenciais para o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente. As medidas de proteção às crianças e adolescentes são aplicadas sempre que esses diretos sejam ameaçados e violados, tanto pela ação, omissão da sociedade do Estado dos pais ou responsáveis ou pela sua própria conduta. As medidas pertinentes aos pais ou responsáveis que é aplicada pelo CT em determinados, ou seja, quando é necessário, está de acordo com o artigo 129 do ECA, a escolha dos incisos será de acordo com cada caso. Sobre as competências dos conselheiros, a lei estabelece que haja em cada município, no mínimo, um CT. Sendo que a competência desse conselho 15 não ultrapassa o território do município, ou região administrativa. Para cada caso, entretanto, o que vai determinar a competência é o domicílio dos pais ou responsáveis, ou, à falta destes, o lugar onde se encontre a criança ou adolescente. Isso não impede que a execução das medidas de proteção cabíveis seja aplicada e posteriormente o caso é encaminhado ao CT competente fora do seu território. 3.2 Estrutura do Conselho Tutelar Segundo o ECA, a estrutura do Conselho Tutelar é definido, de acordo com o "Art. 131 – O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente." O Conselho Tutelar é permanente no sentido de que uma vez implantado, não poderá ser extinto, ou seja, não depende da vontade do governante ou de qualquer outra autoridade, o que muda são seus membros que são escolhidos pela sociedade para um mandato de quatro anos. Segundo Munir Cury: “Ser permanente significa ser contínuo, duradouro, ininterrupto. Não é acidental, temporário, eventual mais essencial e indispensável ao organismo social. Comparando com o organismo humano, não há de ser como um dente que pode ser extraído e substituído, e sim como um cérebro, sem o qual não se sobrevive”. (CURY, 2006, p.456). Assim é definido nas orientações técnicas sobre a atuação do conselho tutelar, como um órgão público municipal, que tem sua origem na lei municipal, integrando-se de forma definitiva no conjunto das instituições municipais, estaduais e federal e subordinando-se somente ao ordenamento jurídico brasileiro. É um órgão autônomo, porque tem liberdade e independência na sua atuação, ou seja, suas decisões não são submetidas a outros setores da administração pública. O autor Roberto João Elias diz: 16 “..que entende que esse órgão é autônomo, não comprometido com quer que sejae, portanto, apto a cumprir com independência a sua função, sempre com vistas aos princípios norteadores do Estatuto da Criança e dos Adolescentes, a começar pela proteção integral.” (ELIAS, 1994, p.112). Tem a missão de zelar pela efetivação dos direitos violados e para isso aplica as medidas de proteção e as pertinentes aos pais, quando achar necessário sem interferência alguma. E ser um órgão não jurisdicional quer dizer que o conselho tutelar não pertence ao poder judiciário para punir quem não cumprir suas determinações, ou jugar os conflitos, sua função é aplicar as medidas de proteção, se essas medidas não forem respeitadas o conselheiro pode representar no poder judiciário. Roberto João Elias diz: “...sobre o tema pelo fato de não estar sujeito à autoridade judiciária, por não ser jurisdicional, devendo, contudo, atacar suas decisões. Na verdade, deve atuar com independência, mas em harmonia com o Juiz da Infância e da Juventude e com o Ministério Público, visando sempre manter bom relacionamento entre as partes envolvidas na defesa dos direitos da criança e adolescente.” (ELIAS, 1994, p.112). Conselho Tutelar é um órgão colegiado encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Zelar é fiscalizar, é estar atento e sempre disposto a lutar pela sua efetivação. Isso não significa dizer que o Conselho tem o papel de atender os direitos, e sim fiscalizar para que não aconteça omissão ou violação dos pais ou responsáveis legais nem tampouco do poder público. 3.3 Conselho Tutelar: Limites para sua Atuação Dentre tantas dificuldades que atravessam os CTs do Brasil, para a verdadeira efetivação dos direitos garantidos por lei para as crianças e os adolescentes; podemos elencar alguns desses desafios cotidianos enfrentados para que o ECA seja respeitado e implementado na realidade de cada município. É claro que todos são sabedores da árdua função do conselheiro tutelar, mas percebemos ainda que existem alguns aspectos que não 17 dependem dos conselheiros para o desenvolvimento adequado de suas atividades no dia a dia do órgão. Os desafios mais difíceis são: a deficiência na rede de proteção, formação continuada, terceirização dos profissionais de apoio administrativo e técnico, falta de políticas públicas e infraestrutura adequada. Um dos principais ou maiores desafios é em relação à deficiência na rede de proteção. Ressaltando que a deficiência apresentada aqui é a falta de eficiência, interação e exercício das atividades em rede, com encaminhamentos, retornos, acompanhamento, estudo de caso, ou seja, a proteção integral, preconizada no ECA. A rede de proteção que não existe, hoje se fala em acolhimento institucional, onde seria o último encaminhamento, mas em determinadas situações é a primeira medida que se tem que aplicar, e a realidade é que não tem vagas nas instituições e muitas das vezes não existe por exemplo, casas de acolhimento, as crianças que são abandonadas em hospitais são novamente negligenciadas pelo Estado, pois têm que passar muitos dias no hospital, correndo risco de pegar infecções e outras doenças, porque tem que se esperar uma vaga, e pra recém-nascidos é a maior dificuldade, para realmente ser protegida. É possível constatar que a falta da eficiência da rede proteção é generalizado pelo número reduzido de equipamentos que integram a rede, na qual sua estrutura é de responsabilidade do Estado. Um problema enfrentado, também, é com as unidades de acolhimento (quando existem no município), que deixam a desejar, precisa ser ampliada, principalmente a questão de faixa etária e de perfil, porque perfil de criança e adolescente abandonado não tem abrigo especifico, só tem mais para exploração, abuso sexual, muitas vezes esses adolescentes são colocados junto com outras vítimas de outras violações e acabam adquirindo conhecimento de outras realidades, que termina com um adolescente sendo colocado no acolhimento desnecessariamente, não é o caso de misturar, mas é que poderia ser um acompanhamento diferenciado, e dentro dessas unidades de acolhimento era para ter cursos profissionalizantes, atuação socioeducativas, sócio familiar e realizar um trabalho com a família para poder evitar, justamente problemas de criança e adolescentes em situação de rua. 18 Uma das grandes batalhas enfrentadas pelos CTs é a dificuldade no retorno dos encaminhamentos. Quando é encaminhado um ofício a algum órgão, o CT necessita do retorno do caso encaminhado. Sem contar o descaso de muitas escolas, onde o CT necessita um pedido de vaga em um colégio, e às vezes é necessário encaminhar outros ofícios para reforçar ou até mesmo lembrar o diretor da escola que o CT solicitou a então vaga em sua escola. O CT se empenha em por um jovem em algum projeto para tirá-lo de certas situações de violação de direitos e muitas das vezes não há projeto disponíveis de prontidão. Se houve um caso envolvendo saúde, necessitando de atendimento, o CT encaminha para um posto de saúde, e este não é atendido. Seria bom se todos que trabalhassem com crianças e adolescentes falassem a mesma língua para que o trabalho pudesse fluir de maneira mais harmônica e ágil. Parece que o CT trabalha sozinho, mas sabemos que não é assim que o negócio anda. Outro desafio grande enfrentado pelos CTs é a falta de qualificação contínua para os conselheiros. Muitos desses conselheiros são eleitos e tomam posse sem nem conhecer o ECA direito. Chegam “verdes” e há a necessidade de capacitação frequentemente, pois uma ou duas capacitações durante o ano, não dão conta. Até porque, as leis e normas mudam de tempo em tempo, e é necessário que o conselheiro tutelar acompanhe essas mudanças para melhor desempenho da sua função. É necessário o conhecimento teórico para que na prática, o que foi aprendido na teoria, seja aplicado de forma coesa e assim evitar erros. E essa formação continuada é garantida pelo ECA no parágrafo único do artigo 134, que diz que a lei orçamentária municipal deve conter recursos para a formação continuada dos conselheiros. O primeiro e mais importante desafio que necessita enfrentado é a capacitação contínua, os conselheiros necessitam realmente a cada dia mais se qualificarem, para poder saber os tipos de violações, como devem ser inseridos essas crianças e adolescentes nos programas. Outro problema, que atrapalha o andamento adequado das atividades do órgão, é a terceirização, que além de ser, como já sabemos um meio de exploração dos direitos do trabalhador, para o Conselho Tutelar representa retrocessos no 19 acompanhamento dos casos, visto que acontece uma quebra de vínculos com os usuários. E também outro desafio que existe é o fato que os Conselhos Tutelares, apesar de ter tido uma melhora, porque agora se tem a equipe de multiprofissionais, mas a questão é da rotatividade que tem esses profissionais. Devido ser terceirizados. É necessário que aja concursos públicos, sem contar que facilitaria e muito principalmente na questão do acompanhamento dentro dos Conselhos Tutelares. A questão de estrutura física de muitos dos Conselhos Tutelares é constantemente exposta na mídia em geral, sem contar as redes sociais. Falta estruturação adequada aos prédios dos conselhos. Imóveis em péssimas condições de uso, sem acessibilidade, contendo goteiras, piso cedendo, banheiros precários. Muitos não têm equipamentos adequados como computadores, impressoras, armários e materiais de uso e consumo. Desde os Conselhos Tutelares até a delegacia. “Há denúncias flagrantes que não são apuradas no momento do crime eacabam perdendo a efetividade". Isso acontece pela falta de um item tão importante quanto prédios ou impressoras, o veículo exclusivo para o CT. Infelizmente a maioria dos conselhos não tem transporte dedicado ao órgão. Dependem de outros setores e muitas das vezes há a necessidade de se humilhar para conseguir o veículo junto a secretaria de transporte. Há casos que tem a necessidade de acompanhamento mensal, pois é necessário para a melhor solução do ocorrido. Como faz parte de sua atribuição, o conselho fica de sobre aviso durante a noite, quando é chamado ele tem que ir ao local da ocorrência, pois algum direito poderá está sendo violado. Se todos os conselhos tivessem seu transporte exclusivo, muita coisa não ficaria para traz, pois ajuda e muito nas ocorrências do dia-a-dia. Sem contar na questão de segurança, pois as vezes o conselho tem a necessidade de se deslocar até uma comunidade que pode ser perigosa para ele; e correr riscos infelizmente faz parte do cotidiano do conselheiro, sem o veículo o negócio fica difícil. A maioria dos CTs não tem uma secretária e um segurança em sua sede. A secretária beneficiaria o conselho em várias situações: para atender ao usuário quando os conselheiros estiverem em ocorrências, anotando recados; recebendo encomendas, ofícios destinados ao órgão. O segurança ajudaria e 20 muito, pois nos conselhos são atendidas vários tipos de pessoas; algumas chegam exaltadas e não compreende a atuação do CT, podendo até a agredir o conselheiro em seu setor. O segurança poderia coibir certos tipos de atos que podem atingir o conselheiro. 3.4 O que seria necessário para adequado funcionamento dos Conselhos Tutelares. Seria necessária a ampliação do número de conselheiros em municípios maiores. Seria de fundamental importância, pois a demanda não condiz com número de conselheiros. Há conselhos que tem ocorrências todos os dias, principalmente se for localizado em áreas consideradas de risco. Assim, terá uma boa qualidade no atendimento com relação às violações de direitos e assegurar que nossas crianças tenham momentos mais felizes, mais dignos. Porque na realidade não gostaria que aumentasse o número de conselhos, não é para aumentar o número de denúncias e violações, mas que os direitos dessas crianças sejam assegurados, sem precisar de conselheiro tutelar. Seria necessário e com urgência estruturar, formalizar, padronizar os Conselhos Tutelares com todos os equipamentos, com pessoal, formação de pessoal, a rede funcionando, que seria o CAPS, CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, Ministério Público. O Ministério Público no caso seria para fiscalizar, mas também para apoiar, hoje em dia muitos só querem punir. Se o conselheiro não tem formação para ser conselheiro, como ele pode estar trabalhando, atuando, então só aparece na hora de punir, o CMDCA totalmente omisso, não se manifesta, quando o conselheiro está no aperto. Infelizmente, a maioria dos membros que compõem o CMDCA do Brasil, está ligado a política. As vezes essa ligação partidária complica a situação do conselho, pois muitas das decisões do CT atinge muitas pessoa ligadas ao CMDCA. Sem conta que, vários membros que compõem o CMDCA, não sabe o que é e qual a função dele dentro do conselho. Por isso, sem apoio e estrutura, está muito longe do Conselho Tutelar ser o ideal para qualquer pessoa. A maioria dos CTs, não usa uma ferramenta de grande importância que é o (SIPIA) - Sistema de Informação para a Infância e Adolescência, é um 21 sistema de registro nacional de todas as informações de atendimento e acompanhamento de crianças e adolescentes do Brasil que tiveram seus direitos violados, foi criado pelo Ministério da Justiça, através da (SNDH) - Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, com o objetivo de subsidiar a ação dos conselhos de direitos e tutelares, do poder público para formulação de políticas sociais. A base do sistema é o Conselho Tutelar. O SIPIA ajudaria e muito no acompanhamento aos casos, pois às vezes uma única família é acompanhada por vários conselheiros, depois que se percebe, já perdeu um tempo que poderia ser usado no atendimento a outra denúncia. O sistema SIPIA é dividido em quatro módulos: I - Registro de ocorrências dos conselhos tutelares para garantir a promoção e defesa dos direitos fundamentais; II - Registro de medidas socioeducativas aplicadas aos adolescentes em conflito com a lei; II- PLUS - Registro dos estabelecimentos de medida socioeducativa; III - Registro das informações de crianças e adolescentes que são colocados em famílias substitutas, adoção nacional e estrangeira. IV- Registro de endereços e telefone dos conselhos de direitos Municipais e Estaduais e Conselhos Tutelares do Brasil. Grande parte dos conselhos não acessa e não alimenta os dados no SIPIA, pois os equipamentos disponíveis na sede, não dispõem de instalação de internet adequada para suportar o conteúdo do site, ao tentar o acesso, o SIPIA permanece aberto por no máximo cinco minutos e trava, por esse motivo já aconteceram inúmeras capacitações coletivas e individuais para os conselheiros, mas não alimentam os dados no sistema. As estatísticas municipais são produzidas mensalmente por alguns conselhos e entregues na supervisão dos Conselhos Tutelares. 22 4 Metodologia O presente projeto propende responder a seguinte pergunta de pesquisa: Qual medida que o Conselho Tutelar de Lucas do Rio Verde - MT, órgão que representa a sociedade, traz em caso de violação do direito das crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco no município? Este problema orientará o desenvolvimento de toda a pesquisa em tela. Quanto aos objetivos da pesquisa, caracteriza-se como exploratória. O procedimento exploratório pode ser compreendido através da visão de DENISE TOLFO SILVEIRA E FERNANDA PEIXOTO CÓRDOVA (2009, p. 35) que nos ensina: Este tipo de pesquisa tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão (GIL, 2007). Essas pesquisas podem ser classificadas como: pesquisa bibliográfica e estudo de caso (GIL, 2007). Em relação a abordagem do problema, caracteriza-se como pesquisa qualitativa, não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social (DENISE TOLFO SILVEIRA E FERNANDA PEIXOTO CÓRDOVA, 2009, p. 31), visto que os estudos serão realizados a partir de levantamento bibliográfico e experiência cotidiana junto ao Conselho Tutelar, sem utilização de recursos estatísticos, preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados. Quanto aos procedimentos técnicos, será uma revisão bibliográfica a respeito do tema e realizada pesquisa de campo, que caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e ou documental, ser realizara coleta de dados junto ao conselheiros tutelares, logo serão realizadas visitas periódicas junto ao Conselho Tutelar de Lucas do Rio Verde, bem como acompanhamento nas ações desenvolvidas pela instituição voltadas em 23 auxiliar a redução dos atos infracionais cometidos por crianças e adolescente de Lucas do Rio Verde, além da realização de entrevista com conselheiros tutelares do município, buscando identificar quais os avanços e desafiosenfrentados pelo órgão na efetivação de sua função social. 24 Cronograma Descrição fev Mar Abr Mai Jun Jul Ag Set Out Nov Escolha do tema X Definição do problema X Introdução X Metodologia X Fundamentação teórica X Entrega do projeto X Qualificação do projeto X Análise e discussão da literatura X 25 REFERÊNCIAS ARIÉS, P. 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