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CENTRO UNIVERSITÁRIO FARIAS BRITO ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA GRAZIELLA CALDAS DIEDERICHS ANÁLISE DE RESÍDUOS GERADOS EM ATENDIMENTO DE CLÍNICA DE ODONTOLOGIA: ESTUDO DE CASO NA EMPRESA ORTO SYSTEM FORTALEZA 2019 GRAZIELLA CALDAS DIEDERICHS ANÁLISE DE RESÍDUOS GERADOS EM ATENDIMENTO DE CLÍNICA DE ODONTOLOGIA: ESTUDO DE CASO NA EMPRESA ORTO SYSTEM Artigo apresentado como Projeto de Estágio do Curso de Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário Farias Brito. Orientador: Prof. MSc. Rodrigo Martins de Lima FORTALEZA 2019 ANÁLISE DE RESÍDUOS GERADOS EM ATENDIMENTO DE CLÍNICA DE ODONTOLOGIA: ESTUDO DE CASO NA EMPRESA ORTO SYSTEM RESUMO Dentre os resíduos sólidos gerados, destacam-se principalmente os oriundos da área da saúde onde os resíduos devem ter a destinação final adequada para não comprometer o meio ambiente. Assim, o presente artigo propõe a implantação de programa de gestão de resíduos de serviços de saúde em uma clínica odontológica com foco na preservação ambiental. O suporte metodológico apoiou-se em estudar e normatização vigente, segundo a norma da ANVISA RDC 222/2018, em seguida feito o detalhamento, classificação e manejo dos resíduos gerados pela unidade de saúde de acordo com a norma RDC 222 de 2018. O estudo resultou em encontrar falhas na gestão de resíduos sólidos na clínica e propor um Plano de gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS) para unidade. Desta forma conclui-se que o PGRSS permite o monitoramento dos resíduos sólidos de saúde, e consequentemente proporcionar à unidade um gerenciamento com visão focada no meio ambiente de maneira mais saudável. PALAVRAS-CHAVE: Clínica Odontológica. Gerenciamento de Resíduos. Resíduos Sólidos. ANALYSE DE DÉCHETS GÉNÉRÉS À LA CLINIQUE DE DENTISTERIE: ÉTUDE DE CAS EN SYSTÈME ORTO RÉSUMÉ Parmi les déchets solides générés, nous soulignons principalement ceux du secteur de la santé où les déchets doivent avoir la destination finale appropriée pour ne pas compromettre l'environnement. Ainsi, cet article propose la mise en œuvre d'un programme de gestion des déchets des services de santé dans une clinique dentaire axée sur la préservation de l'environnement. Le support méthodologique reposait sur l’étude et la normalisation conformément à ANVISA RDC 222/2018, suivies de la définition, de la classification et de la gestion des déchets générés par le service de santé conformément à la RDC 222 de 2018. L’étude a abouti à la découverte de défaillances dans la gestion des déchets solides à la clinique et à la proposition d’un plan de gestion des déchets médicaux solides (PGRSS) pour l’unité. Ainsi, on peut en conclure que le PGRSS permet de surveiller les déchets solides pour la santé et fournit par conséquent à l’unité une gestion plus saine. MOTS-CLÉS: Clinique dentaire. Gestion des déchets. Déchets solides. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4 2 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SAÚDE .......................................................... 5 2.1 A pele e a sua fisiologia ............................................................................................... 6 2.2 Lesões ........................................................................... Erro! Indicador não definido. 2.2.1 Lesões por pressão ................................................................................................ 7 2.2.2 Estágios da lesão por pressão ................................ Erro! Indicador não definido. 2.3 Cuidados em enfermagem na prevenção da ocorrência de lesões por pressão. Erro! Indicador não definido. 3 METODOLOGIA ............................................................................................................. 8 4. RESULTADOS ................................................................................................................ 8 4.1 Dados gerais do estabelecimento ................................................................................ 8 4.2 Caracterização do estabelecimento ............................................................................ 9 3.3 Classificação dos resíduos sólidos de saúde na unidade clínica. ............................. 10 5. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 13 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 13 4 1 INTRODUÇÃO A partir das primeiras civilizações, já se fazia necessário ter uma preocupação com o meio ambiente. Sempre existiram aqueles que tudo o que faziam, pensavam na consequência ambiental. Em contrapartida, muitos não tinham a menor preocupação em explorar algum lugar até se esgotarem os recursos dali, e após isso partiam em busca de novos lugares para fazerem o mesmo. (ALBERTO, 2016). O aumento da população, associado ao incremento da necessidade de produção de alimentos e bens de consumo, leva o homem a transformar cada vez mais a matéria-prima gerando maiores quantidades de resíduos, tanto no processo de produção industrial quanto no consumo (DIAS; SALGADO, 1999). Marques (2005) que praticamente não se pode apontar uma atividade humana que não gere resíduos ou que não interfira de uma ou de outra forma com as condições do meio. Tal constatação é de maior importância para o estudo das medidas adequadas para manter o fenômeno sob controle, principalmente no que concerne ao seu destino final, uma vez que, atualmente na maioria das cidades brasileiras, este destino termina por ser os “lixões”. (SUELLEN, 2013). É necessário saber que a problemática dos resíduos sólidos em nossa sociedade, se traduz em dados alarmantes. No mundo, atualmente são gerados 2 milhões de toneladas entre resíduos comerciais e residenciais, por dia, que equivale a 70 kg/habitante em áreas urbanas. Na cidade de São Paulo, a quantidade de resíduos gerada é 1,5 kg/dia por pessoa (NOVAES, 2003). No Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB do ano de 2008, são coletadas cerca de 259.547 toneladas de resíduos sólidos domiciliares e/ ou públicos diariamente (IBGE, 2010). Tendo em vista que a geração de resíduos sólidos é diretamente proporcional ao consumo, pode-se concluir que, quanto maior for à população urbana e o seu poder aquisitivo, já que essa camada da população é a mais influenciada pelo poder de compra e consumo que o capitalismo impõe, maior também serão, por conseguinte, os dejetos gerados por esta população, uma vez que se é sabido que, ao consumir um produto, parcela dele será descartada em forma de resíduos (PEREIRA; CURI, 2013). Dentre os resíduos gerados pelo consumo elevado do capitalismo, podemos incluir os gerados pelo comércio, principalmente na área da saúde onde os resíduos devem ter a destinação final adequada para não comprometer o meio ambiente. 5 O gerenciamento de resíduos deve ser implantado e implementado em qualquer estabelecimento que preste serviços de atenção à saúde, conforme determinam a legislação federal. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio de sua Resolução Diretória Colegiada (RDC) 222/2018, que regula Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. Portanto este projetobusca enfatizar a problemática gerada pelos resíduos sólidos de saúde, gerados pelo atendimento de pacientes na clínica odontológica já citada, e de como podemos minimizar esses impactos. Assim, o presente artigo propõe a implantação de programa de gestão de resíduos de serviços de saúde em uma clínica odontológica com foco na preservação ambiental e saúde das pessoas. 2 RESÍDUOS SÓLIDOS Desde os tempos mais remotos os resíduos são produzidos, sendo lançados no meio ambiente, de forma a ser um grande lixão. Mas foi a Revolução Industrial, que levou o homem através de indústrias a produzir objetos em larga escala, dando origem a novas embalagens, bem como a criação de novos produtos, que aumentou substancialmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas (NASCIMENTO; CRUZ, 2017). Atualmente existe uma enorme variedade de resíduos, sendo os mesmos considerados por muitos como o resto, detrito ou objetos que não servem mais A definição de resíduos sólidos é algo complexo, vez que existem diversos conceitos de residuos, dificultando a seleção dos resíduos para sua disposição final, veja a definição dada por Silva de acordo como o projeto de lei n.203/91. Resíduos são matérias resultantes de processo de produção, transformação, utilização ou consumo, oriundos de atividades humanas ou animais, ou decorrentes de fenômenos naturais, a cujo descarte se procede, se propõe proceder ou se esta obrigado a proceder.” (SILVA, 2003, p.48 ). Atualmente existe uma enorme variedade de resíduos, sendo os mesmos considerados por muitos como o resto, detrito ou objetos que não servem mais. A diretiva do conselho n° 91/156 define resíduos sólidos como substâncias ou objetos classificados em uma lista com 16 categorias de resíduos, que abrangem toda matéria ou objeto não mencionado na lista, demonstrado a complexidade de definir ou conceituar os resíduos. “Jamais o homem produziu tantos despejos como no século XX e jamais teve tantos problemas diante dos quais precisa apresentar soluções” (SCHNEIDER, 2001, p. 48). 6 2.1 Resíduos Sólidos de Saúde A NBR 12.807/93 define Resíduos Sólidos de Saúde como “Resíduo resultante de atividades exercidas por estabelecimento gerador, de acordo com a classificação adotada pela NBR 12808” (ABNT, 1993). Na NBR 12.808/93 que classifica os resíduos em três classes ABC descritas na tabela 1. Tabela 1 – Classificação dos Resíduos Sólidos de Saúde segundo a norma NBR 12.808/93. Classificação Classe A Classe B Classe C Resíduos infectantes Resíduo especial Resíduo comum Tipo A.1 Biológico Tipo B.1 Rejeito radioativo Tipo. C* Todos aqueles que não se enquadram nos tipos A e B. Tipo A.2 Sangue e hemoderivados Tipo A.3 Cirúrgico, exsudato e anatomopatológico Tipo B.2 Resíduo farmacêutico Tipo A.4 Perfurante ou cortante Tipo A.5 Animal contaminado Tipo B.3 Resíduo químico perigoso Tipo A.6 Assistência ao paciente * Por sua semelhança aos resíduos domésticos, não oferecem risco adicional à saúde pública. P. ex.: resíduo da atividade administrativa, dos serviços de varrição e limpeza de jardins e restos alimentares que não entraram em contato com pacientes. Fonte: ABNT (1993) adaptado pelo autor (2019). A RDC ANVISA n°222/18 define como geradores de resíduos de serviço de saúde todos os estabelecimentos associados a assistência à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo, laboratórios analíticos para serviços de saúde, necrotérios, funerárias, serviços de medicina legal, drogarias e farmácias inclusive de manipulação, estabelecimento de ensino e pesquisa na área da saúde, centro de zoonoses, importadores, distribuidores, produtores de materiais farmacêuticos e/ou diagnósticos in vitro, unidades móveis de atendimento à saúde, serviços de acupuntura, serviços de tatuagens, dentre outros similares (ABNT, 2018). Tais estabelecimentos geram RSS que são classificados segundo RDC 222/2018 de acordo com as seguintes categorias como mostra a figura 1. 7 Figura 1 – Classificação dos Resíduos Serviços de Saúde segundo RDC 222/2018. Fonte: WONS, 2017. A RDC Nº 222 foi aprovada em 28 de março de 2018 e publicada no dia seguinte revoga a RDC 306 a partir da entrada em vigor que conta um prazo de 180 dias após a sua publicação da nova resolução que salienta que dispõe sobre os requisitos de Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (ZANATTA, et. al., 2019) 2.1.1 Resíduos Sólidos de Saúde em clínicas odontológicas Conforme a classificação do CONAMA, e em estudo realizado por Nazar, Pordeus e Werneck (2015), os resíduos gerados pelas práticas odontológicas se enquadram nos grupos A (infectantes ou biológicos), B (químicos) e D (comuns). No grupo A, os resíduos perfuro cortantes requerem uma maior atenção devido à sua alta taxa de contaminação. No grupo B, o mercúrio metálico é o principal agente de degradação e toxicidade, logo, exige critérios especiais de manuseio, acondicionamento e destinação final (NAZAR; PORDEUS; WERNECK, 2005). O principal risco no ambiente interno da clínica é para a equipe odontológica em relação ao mercúrio, consiste preparação da amálgama, no momento do aquecimento e a consequente liberação do vapor de mercúrio. Já no ambiente externo, ou seja, para a população, o perigo está na organificação e biomagnificação do mercúrio lançado no ambiente natural (NAZAR; PORDEUS; WERNECK, 2005). 8 3 METODOLOGIA O estudo que levou ao desenvolvimento do projeto de proposta de análise de resíduos gerados em atendimento de clínica de odontologia foi realizado em quatro etapas básicas sempre por meio de visitas técnicas no local do projeto. Primeiramente, foi feito o estudo de literatura e normatização vigente, segundo a norma da ANVISA RDC 222/2018, como também um estudo do estabelecimento, com suas características gerais de atendimento e materiais. Em seguida, realizada uma consulta prévia junto a gestão da unidade odontológica, para conhecimento da existência ou não dos documentos comprobatórios e da regulamentação da unidade em relação a gestão de resíduos sólidos, seguindo as características gerais e necessidade da clínica, de acordo com as diretrizes das normas vigentes. Assim, considerando todas as especificidades, pôde ser feito a próxima etapa que consiste no detalhamento, classificação e manejo dos resíduos gerados pela unidade de saúde de acordo com a norma RDC 222 de 2018. Por fim, foi realizada a elaboração do projeto e identificação dos tipos de resíduos gerados e levantamento dos quantitativos de resíduos gerados e análise dos dados e propor um programa de gestão de acordo com a RDC 222/2018. 4. RESULTADOS A Empresa onde está sendo realizado o projeto se chama ORTO SYSTEM SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS LTDA, TOTALIS, localizada na Rua Padre Valdevino, nº 2470, empresa está no mercado desde 1989, realizando as atividades de atendimento ao cliente e atendimento clínico, serviços como: Restaurações, extrações, canal e limpeza. 4.1 Dados gerais do estabelecimento Tabela 2 – Dados gerais do estabelecimento. Razão Social ORTO SYSTEM SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS LTDA TOTALIS Nome Fantasia ODONTO SYSTEM ALDEOTA Tipo de Estabelecimento Hospitalar Propriedade Particular CNPJ 00.275.422/0010-60 Atividade Principal Atividades de atendimento odontológico. 9 Natureza Jurídica Pessoa Jurídica de Direito Privado Endereço Rua Padre Valdevino, 2470 Bairro Dionisío Torres Município Fortaleza Estado CearáFone (85) 3452-8885 Site https://home.odontosystem.com.br/ E-mail james.almeida@odontosystem.com.br Funcionamento 24 horas Responsável legal James Almeida CPF xxx.xxx.xxx-xx Contatos (85) 3452-8885 Data de fundação 1989 Fonte: Elaborado pelo autor (2019). 4.2 Caracterização do estabelecimento Tabela 3 – Caracterização do estabelecimento Número total de funcionários X colaboradores Condição de funcionamento do estabelecimento Em atividade Tipo de serviço terceirizado Limpeza e Vigilância Número total de funcionários em empresa terceirizada X funcionários Área total construída 600 m² (aproximadamente) Área total do terreno 450 m² (aproximadamente) Licença Sanitária Nº 3652.2018/06-596 Data de validade: 05/06/2019 (número fantasia) Horários de Funcionamento 08:00 ás 17:00 Estrutura física Tipo de construção: alvenaria Nº de pavimentos: Edificações térreas; Abastecimento de água Tipo: Concessionária - CAGECE Consumo interno (quantidade): X m³ Número de reservatórios: x cisternas + x caixas d’água) Condições urbanas do entorno Condições de acesso: Boa (ruas asfaltadas) Risco de enchentes: Não existe Risco de deslizamentos: Não existe Coleta de esgoto sanitário Coleta e tratamento público: Saneamento público Tratamento próprio: Não existe Fonte: Elaborado pelo autor (2019). Comentado [P1]: Necessário informar Comentado [P2]: Necessário informar Comentado [P3]: Necessário informar Comentado [P4]: Necessário informar Comentado [P5]: Necessário informar 10 4.3 Classificação dos resíduos sólidos de saúde na unidade clínica. Os resíduos do Serviço de Saúde gerados nas dependências da clínica, foram identificados e caracterizados conforme RDC Nº 222, de 28 de março de 2018 da ANVISA. Desta forma foi proposta uma maneira de disposição apropriada dos RSS, com intuito de contribuir com a melhoria da qualidade do meio ambiente e da população. No estabelecimento de serviços odontológicos constatou-se que muitos resíduos são gerados (agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões, meios de culturas, sangue coagulado, luvas descartáveis, remédios, instrumentos de resina sintética e filmes fotográficos de raios X). Podendo classificá-los como (Quadro 3): Grupo A – Infectantes; Grupo B - Que possuem substâncias químicas; Grupo D - Não possuem risco biológico Grupo E - que são perfuro cortantes ou escarificantes. Quadro 3 – Classificação dos resíduos de acordo com a (RDC 222/2018). Resíduos gerados identificados Classificação (RDC 222/2018) Restos de tecidos, sugadores Grupo A Mercúrio, amálgamas, reveladores de raio X Grupo B Embalagens, descartáveis Grupo D Bisturis, agulhas, brocas ‘Grupo E Fonte: Elaborado pelo autor (2019). É necessária uma gestão correta das técnicas de manejo dos resíduos de estabelecimentos de serviços de saúde, sendo imprescindível planejamento e realização das ações com responsabilidade garantir a segurança de funcionários, pacientes e visitantes. Na clínica foram analisados todos os resíduos produzidos observando a necessidade de se fazer algum tipo de melhoria na clínica. Verificou-se: Todas as lixeiras existentes nos consultórios odontológicos possuem identificação diferenciada de resíduos dispostos, desta forma não ocorre a mistura dos mesmos (figura 2); 11 Figura 2 – Identificação e separação das lixeiras nos consultórios Fonte: Autor (2019). Os reveladores e fixadores radiográficos utilizados na clínica odontológica são descartados sem passar por tratamento antes, logo são descartados na rede de esgotamento sanitário; Os materiais perfuro-cortantes estão sendo utilizadas descartadas em lixeiras adequadas para esse tipo de material, as embalagens estão com utilização acima do permitido (2/3 do volume) (figura 3); Figura 3– Lixeiras de materiais perfuro-cortantes Fonte: Autor (2019). 12 No ambiente da clínica odontológica foram observados que a mesma busca incentivar o descarte correto de resíduos por meio de lixeiras indicando a coleta seletiva dos materiais para serem reciclados (figura 3). Figura 3 – Lixeiras de materiais perfuro-cortantes Fonte: Autor (2019). Na tabela 4 é possível mensurar os benefícios do plano de gerenciamento de resíduos de saúde e a sua importância para o estabelecimento de saúde conforme os estudos de Ferreira, Gorges e Silva (2009). Quadro 4 – Benefícios do PGRSS. Benefícios Importância dos benefícios 1. Diminuição da probabilidade de infecções. Eliminar a probabilidade de contaminação dos pacientes através da disposição adequada dos resíduos dos serviços de saúde. Evitar a possibilidade de acidentes e contaminação dos funcionários com materiais infectados. 2. Evitar a contaminação de materiais a serem utilizados. Evitar desperdícios pelo acondicionamento em local seguro dos materiais contaminados. 3. Inibição da capacidade de disseminação de doenças. Os materiais contaminados com vírus e bactérias manuseados de forma correta inibem a propagação de doenças. 4. Melhoria da qualidade dos serviços prestados. O trabalho sendo realizado em condições adequadas e seguras serão a garantia de bom atendimento ao paciente. 5. Economia de tempo aos funcionários. As atividades tornar-se-ão mais simples e organizadas através do plano traçando os passos a serem cumpridos. Melhor definição das atribuições bem como o responsável por elas 6. Manejo adequado dos resíduos. Garantia de que os RSS serão agregados, acondicionados e identificados de forma correta a fim de serem transportados internamente, armazenados temporariamente e conforme o tipo de resíduos tratado para posterior armazenagem externa à espera da coleta e transporte até o seu destino final. 13 Benefícios Importância dos benefícios 7. Melhor reestruturação física do prédio dos consultórios. Adequação da infraestrutura do prédio de forma a atender aos padrões necessários para que as atividades transcorram de acordo com o plano traçado . 8. Preservação do meio ambiente. Com os RSS recebendo o manejo adequado os consultórios estarão contribuindo para a diminuição ou não agressão ao meio ambiente. 9. Fonte de origem dos recursos financeiros. Possibilidade de comercializar alguns materiais passíveis de reciclagem (as placas de RX que contém prata entre outros). 10. Atendimento a legislação. Dar cumprimento a RDC nº 306 de 07 de dezembro de 2004 e evitar qualquer espécie de penalidade como multas, restrições ou mesmo fechamento da empresa. 11. Definição da política ambiental. Planejar estrategicamente a implementação de ações ao programa de gestão ambiental Fonte: Adaptado de Ferreira, Gorges e Silva (2009). Com a gestão de resíduos sólidos de saúde sendo realizadas adequadamente, sendo o PGRSS a principal ferramenta que auxilia esse processo é observada na literatura vários benefícios decorrentes tais como os identificados por Ferreira, Jorge e Silva (2009). 5. CONCLUSÃO ADICIONAR AQUI AS SUAS CONSIDERAÇÕES FINAIS (GRAZIELLA) REFERÊNCIAS Brasil, Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 5. Diário Oficial da União 31 de agosto de 1993: seção 1. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR- 12.807: Resíduos de serviços de saúde – terminologia. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas; 1993. ABNT. NBR- 12.808: Resíduos de serviços de saúde –classificação. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas; 1993. ABRELPE, Panorama 2016. Disponível em: http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2016.pdf Acesso em: 25 de jun. de 2019. 14 ANVISA. Resolução RDC n. 222 de 28 de março de 2018: Dispõe sobre os requisitos de Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. Diário Oficial da União, 2018. BRASIL, Lei Nº. 12.305: estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos, 2010. DIAS, J.A.; SALGADO, M.G. Manual do Procurador Público. 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